O USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PSICOPEDAGÓGICA

Falar em aprendizagem hoje em dia, e não falar em tecnologia, é praticamente

impossível. O uso da tecnologia, se faz presente atualmente, em todos os lugares!

Há muito tempo, deixou de ser algo direcionado a classes mais privilegiadas. Hoje, é
praticamente impossível você andar na rua, e não ver pessoas conectadas a um
equipamento tecnológico, seja este, um celular, smartphone, tablet ou notebook.
Inclusive em grande parte das escolas públicas e privadas, quase 100% das crianças,
jovens e adultos tem acesso as mais diversas informações através da internet.

Sim, por que, o objetivo maior da tecnologia é levar informação e diga-se de

passagem: de todo o tipo! E para nós, psicopedagogos, se render a essa tecnologia é
uma das escolhas mais funcionais e prazerosa que existe. Afinal, qual a criança, ou
adolescente, que não gosta de estar a frente de um computador ou um tablet?

Porém, devemos como sempre fazer um planejamento anterior ao atendimento, para

pesquisar e conhecer qual software ou site disponibiliza conteúdos educativos, que
irão favorecer a nossa avaliação e até mesmo a intervenção psicopedagógica.

Quando iniciei minha carreira pedagógica, na época não era muito fácil e acessível o
acesso a internet, em escolas. Foi então que desenvolvi um método específico e
objetivo. Utilizava o recurso que tinha, ou seja, o programa denominado PAINT, que a
maioria dos computadores com sistema operacional Windows oferece.

E dentro desse programa, utilizava a ferramenta caixa de texto para escrever, e assim
elaborava exercícios com base na idade e no conteúdo pedagógico planejado para a
faixa etária. E dava super certo, as crianças adoravam utilizar o computador para fazer
tais atividades. Era uma forma de unir o lúdico com a aprendizagem, e ainda reforçar o
conteúdo aplicado em sala de aula pela professora.

Com o passar do tempo, a escola comprou novos computadores e neles tinham o

dispositivo Cd room; comprava vários softwares em cd’s para utilizar com a criançada.
E não preciso dizer que era um SUCESSO!
Atualmente utilizo alguns sites disponíveis na internet para aplicar durante a avaliação
psicopedagógica, muitos são aqueles, que disponibilizam no formato gratuito. O que
cá pra nós, facilita muito a nossa vida.

Sem contar que eles adoram utilizar o computador ou o tablet para desenvolver as
atividades (exercícios), o que facilita o processo. Pois muitas vezes, aquela criança
que não gosta de escrever (rejeição a escrita), irá conseguir expor sua ideias através
do computador e assim poderemos colher as informações necessárias. Principalmente
quando precisamos avaliar o seu potencial na construção de histórias e no
desenvolvimento da “escrita”, erros ortográficos, concordâncias e etc.

Abaixo, segue algumas possíveis observações que você pode fazer durante a
avaliação psicopedagógica

 Níveis de solução de problemas;

 A forma, o estilo dele enfrentar novas situações;
 A lógica usada na busca de uma solução;
 O nível de atenção e o foco da tarefa;
 A memorização de comandos novos e das sequências funcionais;
 O percurso que faz errado e como elimina o erro;
 O grau de persistência nas tentativas;
 O erro paralisante e o erro como estímulo para buscar novos caminhos;
 A aceitação ou rejeição de atividades propostas;
 O desejo e a determinação em produzir;
 As ansiedades e medos diante da tarefa proposta;
 O processo decisório, de escolha (o tempo e a forma: aleatória ou refletida);
 A exploração, ou não, das possibilidades do software;
 Os desenhos selecionados, os abandonados e os rejeitados;
 Os cenários e personagens escolhidos, modificados e rejeitados;
 O nível de resistência à frustração, por não atingir a meta planejada;
 Como lida com o sucesso ou o fracasso;
 A participação dela de uma forma geral, frente a esta ferramenta tecnológica;
 Se ela resiste ao uso da ferramenta (computador ou tablet), por medo do
desconhecido.