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3) Complicações associadas ao tratamento em medicina hiperbárica:

A grande maioria dos efeitos colaterais e complicações oriundas da


Oxigenoterapia Hiperbárica (OTH) são decorrentes da Lei de “Boyle”, manifestando-se
durante a compressão (aumento da pressão dentro da câmara hiperbárica) ou a
descompressão.
As variações de pressão podem provocar lesões barotraumáticas. A complicação
mais frequente da OTH é a lesão timpânica. Podem, também, ocorrer lesões
barotraumáticas nos seios paranasais, dentes, pulmões e cavidades ocas. A exposição ao
oxigênio hiperbárico promove o chamado stress oxidativo. No entanto, a hiperóxia
transitória conduz a um aumento subsequente da formação de antioxidantes enzimáticos
que tentam contrariar este aumento de radicais livres. O resultado final é um mecanismo
protetor eficaz ao novo stress oxidativo.
Quando se alcança uma pressão parcial de oxigênio excessivamente elevada
podem surgir sinais de irritação cortical, que se manifestam em forma de crise
convulsiva, como descreveu Paul Bert em 1878. Estes cedem ao retirar a máscara de
oxigênio e passar ao ar ambiente. Estima-se que a incidência desta complicação seja de,
aproximadamente, 0,7 por 10000 tratamentos.
A toxicidade pulmonar do oxigênio pode se manifestar após exposições muito
prolongadas ao oxigênio hiperbárico (mais de seis horas). Os sinais e sintomas iniciais
são de traqueobronquite (transitórios com o cessar da exposição) e que, com a exposição
continuada, evoluem para SARA (Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto) e,
finalmente, fibrose pulmonar intersticial. Foi originalmente descrita em 1899 e é
designada por efeito Lorrain – Smith. Felizmente, graças à limitação do tempo de
exposição, pelos protocolos atuais, esse fenômeno é raro.
Podem, ainda, ocorrer alguns casos de miopia hiperbárica. Trata-se de uma
situação transitória que é revertida após dias ou semanas do final do tratamento. No
caso de pacientes portadores de catarata, pode ocorrer aceleração de sua evolução. No
recém-nascido prematuro o oxigênio em altas concentrações pode causar uma
retinopatia conhecida como fibroplasia retrolenticular.
Por fim, outra complicação, porém grave, é a embolia arterial gasosa. Ocorre no
final do tratamento, durante a descompressão quando o paciente não exala o ar dos seus
pulmões. Pela lei de “Boyle”, com a diminuição da pressão dentro da câmara ocorre
uma expansão dos gases, de tal forma que, se não houver a exalação do ar haverá uma
ruptura pulmonar com entrada de ar na circulação arterial. Esta complicação pode
ocorrer em pacientes com pneumopatias que aprisionem ar nos alvéolos, devido à
obstrução dos bronquíolos. Além disso, podem ser evidenciadas crises de claustrofobia
devido ao tratamento em câmara hiperbárica acontecer em espaços fechados.

REFERÊNCIAS:

1 Fernandes, TDF. Medicina hiperbárica. Acta Med Port 2009 [acesso em 2017 nov
18]; 22: 323-334. Disponível em: http://inbramed.ind.br/wp-
content/uploads/2014/11/003-MEDICINA-HIPERBARICA.pdf
2 Gomes C, Jesus C. Benefícios da aplicação da oxigenoterapia hiperbárica na
cicatrização de feridas das extremidades inferiores. Journal of Aging & Inovation. 2012
[acesso em 2017 nov 19]; 1(2): 40-47. Disponível em:
http://www.journalofagingandinnovation.org/wp-content/uploads/5-Oxigenoterapia-
hiperbarica.pdf
3 Lacerda EP, Sitnoveter EL, Alcantara LM, Leite JL, Trevizan MA, Mendes IAC.
Atuação da enfermagem no tratamento com oxigenoterapia hiperbárica. Rev Latino-am
Enfermagem. 2006 [acesso em 2017 nov 19]; 14(1):118-23. Disponível em:
http://gruposdepesquisa.eerp.usp.br/gepecopen/publicacoes/7bd151d9478ebe29b390f34
21ec89647.pdf
4 Lavrador LSL, Santos RCB. Sistematização da assistência de enfermagem em
câmaras hiperbáricas multipacientes [Monografia]. Salvador: Universidade de Medicina
e Saúde Pública; 2014.

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