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m m m de utilidade publica
B I ? A Z U A
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HL O U E J A N E I R O
l Y P J G I l f P H I A N A C I Ú H » L.
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\ VENERANDA MEMORIA.
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clm?u íKilviipí.
IISTJDICJ3.
PRIMEIRA PARTE.
I l i T I l O D U C Ç A Ü .
PAUS.
SuMMARto. — Causa occasional deste csrriplo. — Dis-
cussão dosysleina de garantia de juros cm França de 1839
a lSí-2.— Prevenções no Brazil contra a garantia de juros.—
o caminho de ferro de Pnraguassú victim a desse erro. — A
Província de S. Paulo a mais ousada no emprego da ga-
rantia de juros c a mais avançada na construcção dos ca-
iu iitlios de ferro
CAPITULQ I.
u m i I D li.
I'A.-.S
* i|I> F r a i c o i » UaHliulvny 4 lavor
till g a r a n t i a lie j u r o s m i c n i i l i n p o s i r . l u at. s y s t e m a , h s „ , b -
v e n ç u c s . - O c a l c u l o ilas s u l i v r - n i n f s 1,- tão l a l l i v e l como
o ilos o r ç a m e n t o s , c m q u e ellas se f u n d a m - fx,unpins li-
mados m i rt'ile das v i a s ferroa» da I l e s p a n h a . - O n i n m n do
Micliol C h e v a l i e r . - f i a r a u t l a do j u r o s aos c a m i n h o s dc
l o r r o do P a r i s a O r l e a n s e das Í n d i a s f n g l e z a s . - I m p o s s i b i -
l i d a d e dc i m p o r t a r o capital ingtez no B r a z i l , som garantiu
lie j u r o s . - N ã o f a z e m excepção as c o m p a n h i a s d"illumi-
naçao a g u e a Companhia Rio do Janeiro City Impro-
v e m e n t s . - X o t á v e i s a r g u m e n t o s de J l i c l i e l C l i c ' v a l i o r . . . n
R.AL'ITLI.0 III.
S l » ) U M o . _ s a , . f i ( M o t fntw H w » » « . * da U r a n a .„
ronsti-uc-rao ile s u a s v i a s f é r r e a s . - E x e m p l o s tom;,,!.,s na
f r a n c a , I t a l i a , S u é c i a . P r u s s i a t I t i i s M a . - l l a r a n t i a de |lm .<
« i > u x l l l » s p e c u n i á r i o s no C a n a d á e nos E s t a d o s - l l n i d o s -
P r e s t a r ã o de c r e d i t o . - Subscripcão de a r ç õ e s . - A « a r a n t n
de j u r o s n o P c r i i e n a R c p n l d i r a A r g e n t i n a . - D i s c u s s ã o ,|i
i j u o t a de g a r a n t i a de j u r o s adoptada no B r a z i l - n w i i
m e n t o i m p o r t a n t e nesta . j u e s k l o . - P r o v a a f a v o r <1,
g a r a n t i a d e j u r o s concedida aos c a m i n h o s de ferro h r i -
zileiros !_
C.U'ITULO IV.
I'.APITH.O V.
m U b t a n
a S n » r r ' ' " "" " "°|Ul arsm"™11' ™»f»
m , , s l i l
(i,h i ' T - " u l u » a s « m p n a w Sarati-
n u a s . — A g a r a n t i a de j u r o s espirituosamente dnlinida
m tartholenv.-Demonstrarão , h símile _ _ Apullrarao
IMUCF.. IX
V\r, s.
CAPÍTIU) Vf.
CAITITU) VI h
CAPITULO VIII.
CAPITULO IX.
PAc s .
sob a pressão de idúas s o c i a l i s t a s . — Um o l h a r p a r a o fu-
t u r o . — A r g u m e n t o s enérgicos dc B a r t h o l o u y e C h e v a l i e r . —
IndilTereiica dos capitalistas.—Discussão do m e l h o r s y s t e m a
de rescisão dos contractos d a s c o m p a n h i a s . — L e i geral dos
c a m i n h o s de f e r r o . — L e i g e r a l das dócas ü!
CAPÍTULO X.
CAPITULO XI.
SUMMAIUO.— jMoDopolio g o v e r n a m e n t a l c i n i c i a t i v a i n -
dividual.—Governo e companhias (em continuação).—
O r i g e m do monopolio g o v e r n a m e n t a l n a F r a n ç a . — I n c o n -
v e n i e n t e d i s t r i b u i ç ã o dos d i n h e i r o s p ú b l i c o s . — P o r t o s de
m a r í r a n c e z e s e i n g l c z c s . — O p i n i ã o de Mr. P a s c a l , enge-
n h e i r o director das obras h y d r a u l i c a s do porto de Marselha.
— O estado de g u e r r a põe á p r o v a os dons systeiuas.—
Exemplo recente no o r ç a m e n t o da I t a l i a . — C u s t e i o das
obras de u t i l i d a d e publica pelos governos.—Impossibi-
lidade dos agentes o f l i c i a c s . — P a r e c e r d a commissão de
obras p u b l i c a s d a cam a r a dos d e p u t a d o s . — E x e m p l o das
l l e s s a g c r i e s I m p é r i a l c s . — N a p o l e ã o I e os canaes de F r a n ç a .
— Opinião dc Perdonnet ( A u g u s t e ) . — C o n s t r u c ç ã o e custeio
dos c a m i n h o s d c ferro d a B é l g i c a pelo governo.—Confissão
do s e u e r r o pelo proprio g o v e r n o . — E x e m p l o d a Inglaterra.
— C r i s e m i n i s t e r i a l p r o d u z i d a pela c o m p r a e ccntraíisação
d a rêde telcgrapliica pelo g o v e r n o . — E x e m p l o final d a ta-
r i f a d a a r m a z e n a g e m da a l f a n d e g a do R i o de J a n e i r o antes
d a organização da c o m p a n h i a d a d6ca da alfandega SI
SECUNDA PARTE.
A LEI DA G A R A N T I A D E J U R O S .
VWcli) XI:.
I'ACS.
Si" M MA urn.—A nova lei do g a r a n t i a de juro s nos c a m i n h o s
d* ferro j t m v n i o h o s . — T e n l a i i vas a n t e r i o r e s . — Projecto
dc lei lie- 7 lie AJhü r|:' ISiii em favor D.is r a m hi hos de
ferro c do 17 do Ri'inmbi'o do 1807 em favor d<i porto o das
dócus de» .Maranhão.— E n v i i d a no orçamento e m 17 do
A b r i l dc ÍK73.—Iiitroduci;,l'.> do discurso do senador Si-
n i m l m . — Desanimo o falia do fi'> dos nossos c s t a d i s l a s . —
O quo pódo r c m i l a r do c u m p r i m e n t o da lei d c 2 i do Se-
tembro do Í87J in
capitulo xui.
S U M M A R M . - E s t u d o s para applicaçfto da n o v a lei D<-> ga-
n i í l i a do j u r o s , — P l a n o s p r e l i m i n a r e s . — D a d o s estatísticos.
— Demon st EM rã. 1 da receita Í i í j m i l a dc í — Só os ca-
m i n h o s dc forro crono micos do liilola est rei la poderão dar
c u m p r i m e n t o á lei do 2í do S o l e m l i r o . - I n s u f l i c i c i i c i a das
g a r a n t i a s p r o v i n c i a l . — Os c a m i n h o s do ferro garantidos
d e v e m l i g a r centros produrtoros a portos do ex.port.acAo.
— C o m o deverão ser repartidos os 100.000:000s(wü pelas
províncias do I m p é r i o . — J o l o n i s a r ã o s i m u l t a n e a cora a
construcção das vias ferroas g a r a n t i d a s . — O § 3 . ° do art. i.°
da lei de "2í dc Setembro a i n d a fornece um argumento
cili favor da {/ftmnlia de juros IV/
XII GA 11 ANTI A DE JlUUí
CAPITULO X I V .
PAHS,
CAITITU) XV.
CAITITU) XVI.
CAITITU) XVII.
I'A-IS,
CANUTO WILL
CAVITILO XIX.
PA cs.
S n r M A i u n . — E s t u d o e discussão das cmprezas ás quaes
do preferencia deve ser appl irada a g a r a n t i a de j u r o s
(eonliiiuaude.).— P r o v í n c i a dn E s p i r i t o S a n t o . — C a m i n h o
do ferro diis v a l i e s do i in Santa Maria e do Rio Doro ou da
V i c t o r i a , ca pilai dn E s p i r i t o Santo, a Ouro P r e l o , capital
do Minas G e m e s . — l o t a ç ã o m a r í t i m a nn porto da Victoria.—
C a m i n h o do f^rro do v a ü c do M u n i r v . — N e c e s s i d a d e da
creação de novos pnrios de romntoreio transatlantieo.--
P r o v í n c i a s do R i o de Janeiro n de Minas fier;ses.— Questões
imporlaulos a resolver pelas deputações destns duas pro-
v í n c i a s . — O líiii :[e Janeiro nfm é pnrtn n a t u r a l do S. F r a n -
cisco. — P r o v i n d a de S. p . n i l o . — I n i c i a i i v a nos c a m i n h o s
de f e r r o . — l l ' l i i o r a i i i e n l n dn p B i d e Santos 209
apnrxo xx.
avrn'LO XXI.
Pai.S.
ANNEXOS.
•
A r a m o s . 1 , — S u h v e u r ã o e garantia de j u r o s . _ ( t : i l r a r t o
da memoria sobre as docas do .Maranhão escripta em 1868). m
A x t r e x o x . a — E c o n o m i a das obras p u b l i c a s . - 0 i]uc
mais convoin ao governo: garanlir 7 % pur 3D annus
ou 8 % por 30 annus ? 2ga
I N T R O D U C Ç Ã O .
de receita l i q u i d a ; e C e u C = l i , 3 I t se elles
se contentameom 7 ",/,.
E m gerai C = — r e p r e s e n t a d o por t a taxa dos j u -
ros annuaes, exigida pelos emprezarios.
Os projectos e orçamentos, feitos pelos engenheiros,
dão o custo O das « l i r a s . Se esta somma O & maior do
que C deve o governo dar uma subvenção S = O — C .
E ' por esta formula que se determina a quota da
subvenção por kilometro ou para toda a l i n h a , confor-
me os cálculos forem feitos para cada klometro ou para
Ioda a linha cm globo.
O governo liespanhol, depois de ter assim determi-
nadoa quota da subvenção, que devia dar a cada kilo-
metro do caminho de ferro, ou a todo elle, punha a
« u p r e z a em adjudicação.
CAPITULO I, 11
si é t e n d u , q n ' i i s s o n l e n m e s u r e de le d i s l r i l j u e r a u l i e u
de le r e e e v o i r .
n l i n e d e s f o r m e s les p l u s h e u r e u s e s ol les plus fécon-
des, sous lesquelles ils p u i s s e n t n u n p l i r le r ô l e de d i s -
pensateurs d u cró. l i t est, sans eontrrdil, la garanlie
d'tin minimum d'inlerAt p o u r les e n t r c p r i s e s d'utiliti
publique. •
Hi MU.UUO. —Sar[ilii;ins telle., pelas iiai;iii:s da Kuropa na cons-
liuerão (le suas vias férreas. — Exemplos liunailns na tranca
I Lai ia, Suissa, Prussia e Russia —Garantia de jurose auxílios
pecuniários no Canadá o nos Estados-Unidos.—Prestação de
credito. — Siibscripçilo (le acções. — A «aranlia de juros no
Peril e na Republica Argentina.—Discussão da qunla de ga-
rantia de juros adoptada no Rrazil — Documento impouaule
nesta questão.—Prova real a favor da garantia de juros c.on-
eedida aos caminhos dç ferro hrazileiros.
Compulsando a h i s t o r i a da c n n s t r u c ç ã o d o s r a m i n h o s
de f e r r o n a E u r o p a , v é - s e por toda a parte os g o v e r n o s
g a r a n t i n d o j u r o s , s u b v e n c i o n a n d o , e até construindo
por i n t e i r o os c a m i n h o s de ferro e entregando sua
gerencia a companhias, como aconteceu em França
para o c a m i n h o de. f e r r o de P a r i s a S t r a s b u r g o , e do
llennes a Brest.
Eis aqui exemplos de g a r a n t i a de j u r o s tomados
il'enlre m u i t o s :
0 governo f r a n c e z g a r a n l i u j u r o s de i "/„ por 30
annos á l i n h a de D i j o n .1 R e s a n ç o n , o á de Bordeaux a
Cette por 90 a n n o s ;
O grão-ducado da Toscana garanliu S */, para o
c a m i n h o d e f e r r o de L u c r a a P M n j a :
•18 liARAXTlA BE JtiltOS.
Ministério da fazenda :
21." verba.—Adiantamento da garan-
tia de 2 c/0 proviuciacs ás estradas
de ferro da Bahia, Pernambuco e
S . Paulo (>34:4300333
Ministério da a g r i c u l t u r a :
1 0 . a v e r b a — G a r a n t i a dc juros ás es-
tradas de ferro ' 1.238:8005373
Somma l.ai3-.230,>70(>
Somma 34.310:977,5777
;,s
- o i M . i » d « - mihararos ':""!rez;,s 1
d
':,ul;u,
dado i i n l d i r a . - E x e m p l o s MO B r a i i l . - Maxima dc »i«be>
e u c v a l i e r pura r e g u l a r as « b ç ú e í e m r c os g o v e r n o s , os
n r r / . a r i o s o as c o m p a n h i a s . - O corpo dc ponies e c a l c i t a s
lo F r a n ç a c m l u l a c o m as c o m p a n i o n s de r a m i n h o s de f e r r o .
_ Estadistas e empresários. - L n l a s entre o Progresso e a
Rotina. - t e m p l o s da I n g l a t e r r a , da f r a n ç a e do B r a z i l . -
Missão social dos r i o s .
i
In i.iíiMU hi «mo .
111) Eslas mesmas ideas furam assim expressas por Joseph Gar.
iiier. — (Trailé il'Ecououiic Polili sue — Cíiapiire VI)
» Lcs voies navigaldes soai souvenl supcricurcs à toiítesles
aiitres stirLoul depuis rapplicalion de la vapeur; mais dans
heaueonp de cas los íleuves, qui soul liien ties routes qui mar-
cltent, Conime disail Pascal, tie marchem qua la descenle, ct
Jl'olfrcnt pas une voie rccul.isv pur suite de la diilieutlé de la.
remonte, du trop pleiu uu de rinsuffisanee des eau.x aux di-
versos époques de rániiée, de la glace en liiver, des roehcrs,
des bancs de sable nu des rapiiles qui eu obstruem le cours.--
CAPITULO VIII.
K e f i r o - n i c a e m p r e z a d e m i n e r a ç ã o Ho r i c o j a z i g o d e c a r -
v ã o d e p e d r a d o v a l l e do T u b a r ã o , c i a Santa Calliarina.
D i z e m aiguns economistas qui; u m paiz é tanto mais
rico e civilisado quanto mais ferro o carvão dc p e d r a
produz e consome.
Nesta escala que I r i s h : posição occnpará o B r a z i l , que
n ã o t e m u m a só m i n a i l r c a n ã o d e p e d r a e m e x p l o r a ç ã o
r e g u l a r , que não tem u m alio f o r n o e m a c t i v i d a d e , c u j a
industria mctallurgica a i n . l a 110 a n n o de 1874 se r e -
sume em alguma* forjas c.Ualãas, esparsas nos Ínvios
s e r I õ e s tlc M i n a s r de ( í o y a z !I
Muitos estadistas da E u r o p a p n . l c m i q u e s e c o n s i d e r e
o c a r v ã o de p e d r a c o n í r a b a i n l o d c g u e r r a ; ainda na ul-
t i m a g u e r r a a P r u s s i a l\v. á I n g l a t e r r a uma reclamação
nesle sentido.
ESTATÍSTICA
( E m toneladas inglozas.}
j
1
)
da Prata. 1
ó
Rio Grande
Maranhão.
"IVJ.OJ.
do Sul.
ANNOS,
ó ÍE
Parú.
Ç
RiO
Somma. 77.5.17 815 2.950 100 1.589 10.5Í>7 25.127 171.142 295.917
ESTATÍSTICA
Somma 874.258 »
s u p e r a b u n d a n t e e m u n i paia, que c a r e c e de I n d o .
l i ' pui' issn qua todos os que se iul.eivssa111 péla pros-
p e r i d a d e «lo l i r a z i l , mV,, ori-enbeims, na vanguarda,
devemos combater ineossanlemoiite [tela m a i s c o m p l e t a
v i c t o r i a e incessante pratica nesle. pai'/.. d,.s sã u s p r i n -
c í p i o s da s e i e n c i a c c n i e n n i c a , ila i n i c i a t i v a imnviuua
e do e s p i r i l o d i assnriarão.
i l n a r i l o a m i m , d i r e i s e m p r e coin I m a : los l i i t p i n :
T a i l ! , | i i - . i i i ;•>•!!«• <!>•*'« f r r s ! - . f ! r . - imui c u m r . je
,i,-.r ( .n.lr3i par nmour de niou pays la nohle cause de
|-,K„ril u'as.ueia:i'i:i, s i n s mi' lais.-er ttuposer |,:ir des
s e n i l i s m , ' - a.« c o r p o r a l inn, d';n! m i e i s l r a l i e n ei de n u -
i v a u c r a l i c , oi p i r des b e s o m s m e i i l e u r , de patiuiiaee,
J'iiiilUL'iii'e, ou de e o r r u p l i o n . »
CAPITULO J\.
S i - J i i u m o . — Mimwpolii» g o v c i i u m v n n l •• i n i c i a i * » iiiditM»»!.
—Governo it C o m p a n h i a s . — A iniciativa particular leni direito
pela Constituição (lo Império a inti-rvir nas emprezas de utili •
daile publica. - O p i n i ã o tie Michel C l i e v a l i c r . - Conselhos dc Sir
J o h n T t c n u i e aos engenheiros iuglc7.cs.— IndilTercuça nacional
pelas o b r a s do ulilidailc p u M i c a . - t ' r i n c i p i o s i n ^ l e z e s . - A h s u r -
flo das ohras com usufructo p r a t u i l o . - l n i l u e n c i a inaiclica da
politica n a s obras p u b l i c a s . - L u s o c impropriedade das obras
construídas pelos Governos.
iu
ants™ be rer.os.
g r a v a d o s os n o m e s d o s c o n s t r u e t o r e s d o g r a n d e viaduc-
to de C e i n d e a u , n o e a m i n l i o d e f e r r o de l l r i v e s aCap-
denac, que passava então por ser a o l i r a desse genero
mais economieamcnte eonslruida em França.
O l u x o e a o s t e n t a ç ã o nas obras de u t i l i d a d e publica,
ropreliensiveis e lioje lür a de uso nos paizes mais
r i c o s da E u r o p a , d e v e m e v i d e n t e m e n t e s e r d e l o d o b a -
n i d a s e m u m p a i z , c o m o o n o s s o , o n d e a i n d a se e s t á p o r
encetar as u b r a s d e primeira necessidade, indispensáveis
para melhorar as c o n d i ç õ e s naturaes dos nossos por-
l o s de m a r ; o n d e c e n t r o s p r o d u c l o r e s d e g r a n d e i m p o r -
laucia ainda cominunicani com us seus portos d c m a r
por m i s e r á v e i s picadas, que d i l l i r i l i n c n t c p e r m i t l e m o
transpurte das mercadorias mesmo ás custas de ani-
m a r a I'-
i : \ m T L o XI,
de u t i l i d a d e p u b l i c a .
A I n g l a t e r r a nos v a i fornecer t a m b é m u m a c x c e l l e n t e
prova da i n c o n v e n i ê n c i a de m o n o p o l i s a r e m os governos
os s e r v i ç o s , connexos com as obras p u b l i c a s .
Nos ú l t i m o s tempos do segundo I m p é r i o francez os
Inglezes. seduzidos pelos b r i l h a n t e s resultados appa-
reiites, oblidos cm P a r i s e na F r a n ç a por l l a u s s m a n e
Napoleão 111, q u i z e r a m i n t r o d u z i r na sua p á t r i a a een-
Iralisacão g o v c m a m e n l a l na execução e n a g e r e n c i a das
obras de utilidade p u b l i c a : o que elles d e n o m i n a v a m -
o systema do C o n l i n e n l e .
À e x p e r i ê n c i a devia ser feita nos telegraphos e nos
c a m i n h o s de f e r r o .
Nesta propaganda, c u m p r e d i z e r , h a v i a também g r i l a
de má l e : na I n g l a t e r r a , como j á foi mencionado neste
e s c r i p l o (Vide Cap. I X ) , ha nada menos de 327 com-
panhias de caminhos de ferro c o m um c a p i t a l de perto
(le 10(1 milhões de l i b r a s e s t e r l i n a s IÍI00 m i l contos pro-
x i m a m e n t e ) , que não podem d i s t r i b u i r dividendo a l g u m .
Nada m e l h o r para taes companhias do que a venda ao
g o v e r n o de u m a propriedade, que não lhes produzia
renda a l g u m a .
Pedia-se, pois, por todos os orgàos da p u b l i c i d a d e , a
compra immediate dos telegraphos e dos c a m i n h o s do
ferro pelo governo i u g l e z .
A f i n a l o p a r l a m e n t o , esquecendo as bellas í n a x n n a s lia
pouco citadas, de S i r J o h n R o n n i e , votou £ 7 . 0 0 0 . 0 0 0 ,
cerca de 7 0 : 0 0 0 j 0 0 0 , para a acquisição da rede l e l e g r a -
phica da I n g l a t e r r a .
Não f a l t o u quem deste lado do A t l â n t i c o , neste nosso
pai/,, tirasse desse e r r o da I n g l a t e r r a a r g u m e n t o s contra
as companhias e a favor do monopolio g o v e r n a m e n t a l .
Ouaiito a m i m , t i n h a certeza que a a d m i n i s t r a ç ã o in-
gleza, que na g u e r r a da C r i m e a d e i x o u á m i n g u a do
niaiitiuienlos c de calçado o sou e x e r c i t o , h a v i a dc mr
100 M M 1 I U BE «BO».
« l i i i i p r i n c í p i o s de 1871 o S r . S c u d a n i o r c , e n l c n d e n -
ilo-se com o S r . L o w e , m i n i s t r o das iiuanç.as, a este res-
n e i l n , obteve i l e l l e , [.ara os mesmos l i n s , u m aildila-
m c n l o de m a i s & 1.000.«»». A l e m dcsla soiiuna, p o r e m ,
i g u a l m e n t e antes que houvesse sido r e c e b i d a , ja c m
Fevereiro de 1H7S haviam sido despendidas mais
V 100.0)0: sendo necessaria unia outra verba desla
m e s m a i m p o r t â n c i a , para fazer lace ao dc/icií na secção
l e l e g r a p h i c a , apresentado pelo r e n d i m e n t o comparado
com as despezas de c u s t e i o . Na mesma data o S r . Seu-
d a n i u r e , chamado a c o i i l a s , expendeu que não ?C> l i a v i a
esgotado todos os c r é d i t o s espreiaes e recursos ao sou
alcance, no postulado do aperfeiçoaiuenio do s v s l e m a
dos Iclegraplios, como que t i n h a , por aiilicipação dc
r e c e i l a , já gasto m a i s ne.stc mesmo ohjeclo cerca de
£ 50(1.000.
« "Vê-se pois que o i n i u t s l r o das linailças eonliecia a
situação, não e s l i r n a n d o , o n t r e t a u l o , necessário ou
plausível recorrer na oecasião ao p a r l a m e n t o , para
augment!) de s u b v e n ç ã o . Por seu t u r n o oSr.Scuda-
m o r e , lendo exposlo ao S r . L u w e as i i r c u m s t a n c i a s , em
que se achava, j u l g o u que uaila m a i s lhe restava lazer
nossesenlido; conlinuando,semdislraliir-se, aadianlar
i m p e r t u r b a v e l m e n t e os trabalhos, d e q u e eslava incuni-
biilo ; tanto m a i s que, sendo expostos ao m i n i s t r o o seu
plano e idéas, parecera este a p p r o v a l - o s .
. A s s i m , pois, lia falta de o u l r o s subsídios, a pro-
porção que ia isso tornando-se necessário em prol -da
execução dos seus c o m n i e t t i m e n t o s , o Sr. Scudamore
apropriava a este d e s í g n i o todas as q u a n t i a s , que achava
á mão, sem a l l e n d c r a nenhuma oulra consideração.
O r a , averigua-se que a r e p a r t i ç ã o dos c o r r e i o s tinha
m u i t a s vezes e m seu poder saldos, que se e l e v a v a m a
£ t.000.Oi 10 p r o v e n i e n l c s de excessos líquidos de receita
geral.
< Tendo esgotado os mais r e c u r s o s , o S r . S c u d a i u o i c
começou a prevalecer-se deslos saldos com a ine-nn
franqueza que aiitcri'>riueiilo, a|iplicando-os com pro
Wü AIIA.VIIA DE It'tlllS,
garam.
a imputabilidade criminal.
« liste estadista é homem da m a i s e m i n e n t e capaei-
dado c a l t a ospliera, arrogante, poréin o até insolente
f o r e m s u j e i t a s as m e r c a d o r i a s d e p o s i t a d a s , observan-
do-se as s e g u i n t e s r e g r a s :
< 1." Conceder-se-ha ás m e r c a d o r i a s , contempladas na
t a b c l l a n°. 7 , 30 dias, e ás d e m a i s CO de estada l i v r e ,
contados da data da sua d e s c a r g a .
• 2 . " V e n c i d o o prazo de estada l i v r e , e p e r m a n e c e n -
do as m e r c a d o r i a s e m deposito, a a r m a z e n a g e m será
c a l c u l a d a e cobrada por m e z , c o n s i d e r a n d o - s e vencido
o mez no dia em que e l l e p r i n c i p i a r , até a data do des-
pacho, do modo s e g u i n t e :
« Da data da descarga até li mezes na razão d e . 1 •/,
« Da mesma data até 1 anno 1 1,2
« I d e m até 13 mezes 2
0 I d e m até 18 mezes ~
« I d e m até á l mezes 3 •/,
• I d e m até 2 annos 3 ijí % '
« P o r lodo o tempo excedente a 2 annos 4 °/„
A p r i m e i r a observarão a fazer a esta t a r i f a se r e f e r e
ao longo prazo da estadia l i v r e , que é de 30 dias para
as m e r c a d o r i a s da tabclla n . ° 7 , e de 0 0 dias p a r a todas
as o u t r a s .
Nas docas do H a v r e , c u j a t a r i f a é a n n u a l m c n t c r e v i s t a
pela sua p r a ç a do c o m m e r r i o e pelo g o v e r n o f r a n c c z , e
na q u a l , p o r t a n t o , d e v e m estar p l e n a m e n t e s a t i s f e i t o s
us j u s t o s i n t e r e s s e s de todas as p a r t e s , não lia estadia
livre.
O seu regulamento d i z t e x t u a l m e n t e no a r t . 2'j>
« A r t i c l e 21 Magasinage.
« L c m a g a s i n a g e , c o u r r a pour la p a r t i e e n t i é r e , d u
j o u r de 1'entrée des p r e m i e r e s colis en e n t r e p ô t , i l s e r a
établi si ir le pohls brut des colis et paijr comptant li lit
sortiu des marchantlises par m a r q u e s separées pour les
m a r c h a n d i s e s s u j e i t e s à eotilage.»
O l a r g o prazo de estadia l i v r e tornou-se lauto mais
inconveniente e até i n j u s t o quanto na p r a t i c a se d e i x a
s a b i r sem pagar a l g u m d i r e i t o a m e r c a d o r i a da tabella
n . ° 7 que se demora 29 dias, e se faz pagar por dous mezes
de estadia a que flea 31 d i a s !
14
103 GARANTI \ DE JUH0S.
Exercícios.
1861-18fi- 11'Í:8I3s719
1802-181)3 179:411,»378
1833-1804 18S-.300.S108
1801-1803 129:06A>978
1863-1800 113:187*301
o que dá para o quinquennio de 1861—1860—a re-
ceita média annual de 150:890:>897.
Sendo esta a receita bruta, produzida pela armaze-
nagem, deveria ella satisfazer á despeza do pessoal, em-
pregado nos armazéns, e á renda e amortização dos ca-
pitaes immobilizaclos nos edifícios.
O pessoal empregado neste* annos nos armazéns da
alfandega era, cm termo médio, de 272 operários, 18
lieis de armazéns, alem do administrador das capatazias
e de seus Ires ajudantes que dirigem este serviço.
O vencimento annual deste numeroso pessoal impor-
tava, em termo médio, em:
272 operários a U300, c m 3 0 0 d i a s . 122:400^000
18 fieis de armazéns a 2:000*000. 36:000*000
Administrador das capatazias 6:400*000
Seus tres ajudantes 6:000*000
Somma 170:800*000
CM'lTl'LO Kl. |tl7
vãmente i l l i i n i t a d o s , imiossiWliUnitodaconcurrenria,
i|ui: lhe p o s s a m o p p ô r a i n i c i a t i v a i n d i v i d u a l e o e s p i r i t o
de associação. Quando pela accuniulação do- e r r o s t o r -
nam-se. [dies s e n - h e i s já não ha recurssos v i t a e s no
paiz, tendo desde m u i t o perecido a i n i c i a t i v a i n d i v i d u a l
0 O e s p i r i t o de associação e m d e s i g u a l l u l a c o m a omni-
potência o l l i c i a l '
E no e n l a u l " só ha progresso r e a l , onde llorcsccui
1 lilieialiva iiidivilliial e o e s p i r i t o de a s s o c i a ç ã o . . . .
l i p r í n c i p e Napoleão, depois dc l e r estudado o e s t e i o
i n d u s t r i a l das nações na exposição u n i v e r s a l de P a r i s ,
r e s u m i u a s s i m o resultado de suas l u r u h r a ç ã e s :
. I , ' o b s e r v a t i o n , p i i 111'a frappé l o u l d'ahord e'est .pie
(le ees grands c o n t o u r s j a i l l i t une foisde plus la preUTe
qui- les socieles inodcrncs doivcnl marcher vers li
liberie.
« Ião e x a m i n a i ! ! la p r o v e n a n c e el [ ' o r i g i n e des ri-
ebi'sses, élalóes i nos v o i k j ' a i pu eoiUaster .]U0 !i
1
sejeéaorHe i>Mmtri-H( '''"ir 11'itiou dqirwi /«ir //esses ton!
•P Uh>m'ité eí iíes!eic<ei'!í i/Viiitia/ircin'/i'reiee'Ie..
: 'A !. iW
M.MWHA P A U T E
305
. , „ , . , lci lie "iir.intia <le juros camiiilios it"
g,
N e s s e 'anno o p a r l a m e n t o b r a z i l e i r o concedeu por uma
,ci l a todas as c o m p a n h i a s , que se o r g a n i z a r e m o
az p ra eoustrueção de estradas de f e r r o tsençao de
d i r e i t o s de importação para todo o m a t e r i a l e t r e m o-
dànte necessários á eoustrueção e ao c u s t e , o das mesmas
d
? À r t 1 • E ' a u t o r i z a d o o g o v e r n o para facultara
todas as' c o m p a n h i a s , que se o r g a n i z a r e m para cons-
u cão de estradas de f e r r o , no B r a z i l , isenção de d -
r e ü o s dc importação r e l a t i v o s a todo o m a t e r i a l , t r e m
112 GARANTIA DE Jl'BOS.
N l sessio de 17 do A b r i l do 1873, c i a n d o c m -
l
. orem,«toda receita o despeza geral do „ » -
perio, f " i â mesa a seguinte emenda:
« A r t i g o . O governo fica autorizado:
S.fcUeosdemoLtraudoa.suaseendieõe.depro.pe-
r Í Í
, V A gaianúr, na falta do pagamento por parte
de g a r a n t i r j u r o s aos c a m i n h o , de ferro p r o -
, i „ c aes ganhou lorea durante a discussão da lo. n .
«3U7 (1c 10 do S lembro de 1S73 para a eonstrneçao da
; j e de r a m i n h o s do ferro c o m m e r c e s e e s t r a t e g , c < *
„ i nroNÍneia do R i o Grande do S o l .
Appròvado pelacamava o p r o j e c t o d e l c i , a e n n a t r a n s -
rvinln foi apresentado ao senado.
A 3' de Setembro de . 8 7 3 os E x m s . S r s . Senadores
I L V Gansansão de S i n i m b u e Pompeu de Souza
Brasil apresentaram um projecto substitutivo que,
AS
137
137 G A R A N T I A DE Jl'BOS.
1 ns
, „,,„1,1, ,1» 4 •/.-—»> ^anilhos dc I m »
E s t u d a n d o d e t i d a m e n t e a applicação da l e i de ga-
„ n m de j u r o s aos c a m i n h o s de f e r r o p r o v i n n a e s se
he evá logo que do c u m p r i m e n t o desla let so
n C r e s u l t a r be,teficios e da m a i o r m o n t a p m o o n -
g n n f c c i m e n t o , r i q u e z a e p r o s p e r i d a d e deste Imperto.
E
' t ! 7 « t ^ t ' " f i U d e 2 C d e J u n l i o de 1832
seri d'ora' e m d i a n t e observada com as seguintes
nos paizes novos, faltos tie capital, que tòm tudo por
fazer e que não podem nem devem sacrificar u m c e i t i l
a preconceitos o a vaidades 1
Não teremos mais, como nos tristes dias da i n f a n d a
das vias f e r r e i s no B r a z i l , caminhos de ferro de 900:0004
por légua, incapazes como o da Bahia a Alagoinhas de
pagar as despezas de c u s t e i o .
Construir-sc-hão caminhos de ferro economicos, úteis
ao paiz, remuneradores aos seus accionistas e promo-
tores, pelo exemplo de sua prosperidade, de novas em-
prezas de viação.
O § í . ' do a r t . 1 . " da lei de 24 de Setembro de 1873,
diz:
. § 2 . ° Havendo garantia provincial o governo se
l i m i t a r á a afiançal-a. »
T e m a pratica demonstrado que a praça de Londres
recebe mal as garantias de juros p r o v i n c i a l . F o i já
narrado no final do Capitulo ,V o occorrido com a ga-
r a n t i a de j u r o s da p r o v i n d a do Rio Grande do S u l
ao caminho de ferro de Porto Alegre a Nova Hamburgo.
Não puderam organizar-se em Londres, apezar de
garantias provineiacs, as companhias dos caminhos de
ferro do n o r t e de S . P a u l o , de Antonina a C o r i t i b a
no Paraná, da Parahyba do Norte, do Ceará, de Ala-
gtlas, etc., etc.
Todos estes factos demonstraram á maior evidencia a
necessidade desta disposição da lei de 2 i de Setembro
tie 1873.
O 1 3 . ° do a r t . 1 . ° dessa lei diz a s s i m :
« § 3 . " O governo só poderá conceder subvenção ou
garantia de j u r o s ás estradas, que s e r v i r e m de prin-
cipal communicação entre os centros produetores e os
de exportação, e não concederá estes farores a mais
de uma estrada em cada p r o v í n c i a , emquanto esta
estrada não produzir uma renda liquida, que dispenso
os ditos favores. >
E s t a disposição está perfeitamente de accôrdo com
lodos os argumentos deste c s c r i p t o .
120 G.VIUNTIA DE JUHOS.
Uecapitulando-sc tem-se:
Capital. Kúom.
T o t a l . . . . 268.571:000«000 e 10.742
1.
II.
L(
* ">"} » 1'íiis i-njrace e l In phis énorgique
J'"'"' c i v i l i a n Ins p, upiailes b a r b a r e s ou s c u i i - b a r b a r e s
lk 1
' I T . u r i i p e , ill- PAI'l'iiiui , d r P A l l l r r i q i i e el (In f A s i e ,
pnur émnnriper l e s s e n s , q les e s c l a v e s , c o n s i s t e á l e m
conslituer unr propriété lollriére i u d i v i d i l r i l e . »
A f o r m u l a ,|o f i i t u r n é. p u i s , e s u j f c .
« I I f a z e n d e i r o on 0 s e n h o r dc e f l P n l i n . l i v r r de suas
iim
das, 1"' | : ! ^ ' i n l a I us t e r r e n o s s u p é r f l u o s . e h e í e tic
1111111 -s ( I ! aerlrnia, e x p l o r a n d o s i n s m i e h i u a s c prepa-
eando ns pi m l u r t u s r u r a o s , i m n i r t l n i a n n a i l r o b t i i l o s do
• solo | i ( . ) n s colonies „ M p r i o , c n i a n e i p a e l u s . .
l e i u l . r u do 1S71I diz a s s i m :
- s A d c s p i v . a a n n u a l c o m o p a g a m e n t o da s u b -
venção (• lies juros, g a r a n l h l o s ás estradas de f e r r o
decreta,las peias a s s c i n i i l é s s prnvineiaes. a q u e 0 go-
v e r n " IK,liver feito a p p l i r a ç ã o desta l e i , s e r á elfectuadli
.peles m e i o s „ n l i n a r i o s do o r ç a m e n t o , e, 11a d e l i e i e u c i 1
f i n a das v a n t a g e n s da g a r a n t i a de j u r o s , i a , m o ja foi
''M'lnaelo, é pcriniliir aos g o u T i i o s satisfazerem os
•"eus e o i i i p r o i i i i s s n s com os recursos ordinários com
•sobras dos o r ç a m e n t o s , sem o b r i g a i - , J S a e u u t r a l i i r cni-
íireslimos avultados.
l'lUiSPKOTO.
BUDGET DA EJ1PUEZA.
CAHTAI,.
1UXE1TA.
BESPEZA.
ensr.av xeões.
C o n u m «••>»«•>(!-. analo'/o l a m h . r n se l U m n n s l r a i j u c
u m raminho I r r r n ,.1.i > da Í .niiOiirlOiOO;] por
I,mu» iíãu | « . : « . | % V h r , cnm a mo:i'i;>n;nl.i larifi», a receita
Pqnhla de ': "/„ , s.-ibi lei Híii m o v i m e n t o amiu.-il de
2 ."ITUS'IO 1-!-•• h !- (• o TiiOO 1 i l j l l l t e s .
[ [,•].! i.vinii ii t<-„ ;II Iivi.i 51' ••![ii-.'-cnLasSil o p t o j . i t l o de
e,ini:iio> ,!«• f. •!-1- I ,!,- i . 0 . ü . ; ; t M ) 0 0 p..r l.-im» « o r i a
necessário c o m p r o v a r . |>->r.i fer ins á Í-MI-.T:ILia il," j u r o s ,
que o I :i vi : : r i i 1 " .anir sl a i a i r r ria <i' a l - a i i s m o s
I: las
mnprezas, <»••"< " 1""
m ! ( , r , i a ,1,1 Maranhão e a u g u r a r prusp.Tida.li' si-n
coiomeirin c ü c r u o :
! " \o mi'llioramonl» ilu | w r l » do Jfo-
" í.ii!ll!:iiiH).J)(ii)
I!l íi;l
( ' . • m - u s m u n r á . p r i n d i a l m n H e . ei miou se-, „
1'lauIçV uma ilas pnivmcia-í menos conhecidas ilu Urazil.
—-Vi) cntanlo poucas províncias do Império mimem
ião hois conbiçõe, lopographi ai, par: siabeieciiiicnlo
do uma rede do vias lia m a s .
Os limito, da província do l Y i n h v , J , j perfeitamente
n a t u r a m : „ ,a.m í m r ü o n o ,„•„!,. s . . r didiunlo c,
m unia
:1a'. l'a : — n !,• do 1'iauliv
liaria meridion,! í, n » Parnahyb.i
Caracteres.!, ,,„;<, o rio harnahvba a província do
•''•tulty: a i n d a , l l a l s , indo a lulu,'o desta vastíssima
-l,~sl5" J,, 1|,,,lli:
I :i"liudadi da na\eaacãu a vapor
ncsl1 11
' -''""'' "•> n«s -cus princpacscoiilluenlcs e
1
rouslmcçào de caminho, d , leria, mono,nicos nas
secções dos \ a h',r preferível estai,elecòl
a e v e r u l s r obras hvdrauliras, capazes de tornar esses
eonlluentes navoiravcis a vapor.
Os principalis eonlluentes meridional's do Parnahylia
s ã o : - o Longa, o Poly, 0 Canindé, o Piauby e o
Horgueia.
Cada um destes eonlluentes olferere excelleutes
directrizes para o estai,elecuucnto de linhas ferroas.
O Longa com seus tributários produzirá a secção da
rede dos caminhos do ferro da província do 1'iauhy,
destinada a s e r v i r á zona m a r í t i m a da província.
O rio Poly prestará o seu vallc para a linha ferroa
que tem de pôr em communieação Therezina, a capitai
do P i a u h y , com Independência na fronteira do Ceará
lmlla (:r
escerá de imporlancia quando estiver
executado o caminho de ferro de Therezina, ou melhor
de S. Jose das Cajazeiras, que lhe Ilea fronteiro, a Caxias'
cammho de ferro, destinado a ligar os grandes vailes
do P a r i i a h j b a e do l l a p í c i i r í , e a estreitar cada vez
mais as relações commerciaes entre o Piauby e o Ma-
ranhão,
Os tres últimos c o i i l l u e n l c s - o Canindé o Piauby e o
1'orgueia—estão prcdeslinados a elevar o Pniuliy ao mais
alto grao de prosperidade dariilo-lhe commutucaeões
.Al'lTlUo XV lib
•to Pia uliy J « \ c r à ler per elemento principal lia bi tan les
da Europa meriilional.
A província do 1'iauhy, com seus 457.380 kilomctroa
de superfície, offercrc um vaslo campo á colonisacão.
A m i r parle deste immenso t e r r i l u r i o 6 oeeupado por
prados naturaes ubérrimos, sem malas, e por tanto
aptos para serem lavrados por emigrantes do Sul da
E u r o p a . A floresta v i r g e m , é bom lembrar, 0 reconheci-
damente um dos m i i o r e s obstáculos ao estabidecimento
dos colonos, não só no B r a s i l com» nos Eslados-üuidos
e no Canadá.
Haro é o colono, que se atreve a atacar a floresta virgem
e a estabelecer-se nas derrubadas. Na A m c r i c a d o K o r t e
são os próprios li lhos do Novo Mundo, são os yankees, que
preparam as terras e as vendem, cm estado de serem
lavradas, aos colonos europeus. Aos homens, que adop-
tam esta prolissão especial, denominam os anglo-ame-
rieanos pioneers, que os vocábulos nacionaos •explora-
rfores» e «moleiros» mal podem e x p r i m i r .
Sob o ponto de vista do accresoimo da população, os
caminhos de ferro são da maior vantagem, nãosó facili-
tando a introducção dos colonos no interior do paiz,
como principalmente promovendo, pelo bem estar, a
rapida multiplicação da população nacional.
Estudos estatísticos minuciosos tem demonstrado que
o a c c e s c i m o extraordinário da população dos Estado s
Unidos não provém tanto da immigraçào, como
geralmente se suppôe, mas principalmente do progresso
n a t u r a l da população, estimulado e possibilitado pelo
bem estar, pelo alto gráo de civilisação, e pela riqueza
geral da nação mais prospera do inundo.
E ' exactamente, levando por toda a parte a instrucção,
a i n d u s t r i a , o commercio, a civilisação e, consequen-
temente, o bem eslar, que os caminhos de ferro actuam
como os principaes agentes no rápido desenvolvimento
da população de um paiz.
P a r a dar uma idéa do que produzirão os caminhos dc
ferro n o P i a u h y , sob o ponto dc vista da população, basta
1 1'' I.AIHMIA OF. IliíO:,
j , r t n i \ , | , « i a n r u a . i V i l l i 111 B i r r a »» p o r l o . l o M a r j n l . 5 o ,
. " s ã r i r c u n i l e i e n c i a tangencia quasi toda a « t e n s ã o 0»
,'osla do B r a i l , compreliendida eotre esse porto e
o do Calji'dello, projectada na foz .lo n o Parahyba
do N o l l e . ,
Assim p o i s nessa direcção são quasi leiiaos as dis-
tancias do grande entreposto dos rios S . Francisco, T o -
cantins e Parnahyha a qualquer ponto dessa zona da
costa do B r a z i l _
O l ) r . Eduardo de Moraes p r o j . r l o u a ligação oo b o l -
e a r i a e .lo R i o - P r e t o por um canal. Preli co um caminho
de ferro eeoiiomieo, de bitola de um metro, de execução
mais prompta e mais segura, e também mais etlectivo,
sob todos os pontos de vista, do que u m canal.
O inconveniente da baldeação, can tão longo trajecto,
tem sido demonstrado ultimamente, durante a segunda
guerra das bitolas das vias férreas, de importância
limito secundaria.
A deputação do Piaiihy deve, pois, instar pela ap-
nlieacãodosR.:i;i3:lliK)M)0(), que lhe competem, ao me-
lhoramento da navegação a vapor no r i o Parnahyha e
Gorgueia c ã c o n s l i u c ç i o dos kilometros de caminhos
de ferro, necessários para pôr o Piauhy em c o m m o n . -
cação directa c aperfeiçoada com o vaile do n o t>. F r a n -
Somma 8.333:OUOsOOs;
t •ie oAliVMIA [Ih JlIloS
;T hjoiiilo.
N iniM'i'ii iv-orni
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Quando o B r a z i l l i v e r 3d m i l h õ e s de h a b i t a n t e s , como
tem a c t u a l m e n t e os E s t a d o s - l l n i d o s , este c a m i n h o de
f e r r o d a r á t r e n s de prazer para se i r e m c a r r o - p a l a c i o
(palacecar) a d m i r a r o portenloso salto de G u a í r a , como
presentemente faz o caminho de f e r r o de A l b a n y a N i a -
gara f a l l s .
A oitava parallela é a d o vaile do Iguassu, u m a das m a i s
c l a r a m e n t e assignaladas pelo C r e a d n r , o a m a i s e s t r a -
tégica, que se póile t r a ç a r no B r a z i l .
F i c a esta l i n h a situada nas p r o x i m i d a d e s do p a r a l -
lelo t e r r e s t r e a o s 2 5 g r á o s do latitude s u l .
S u a estação m a r í t i m a 110 A t l â n t i c o é o p o r t o de An-
lonina lio f i i i i i l o d t vasla liaiiia de P a r a n a g u á .
OAl'lnU.O >\ll. 179
(lo Rio das Velhas, o ao Paraná pelo valle (los seus con-
fluentes Rio Grandeoo Rio Parnahyba.
T e r á , pois, esta convergente o melhor porto possível
no Atlântico—o porto do Rio de J a n e i r o .
As dez parallelas, ja deseriplas, e as seis convergen-
tes, que acabamos de especificar, formam o gigantesco
arcabouço do grande systeina de viacção do Império.
Tal é a lheoria das parallelasedas convergentes,ima-
ginada para grupar em uni quadro synoptieo, uni grande
numero de observardes lopographicas, feitas sobre o
t e r r i t o r i o do llraz.il.
Póde-se também denominal-a mais resumidamente
< Tlieoria das linhas de tliuhvrg ou das linhas depégo
porque toda cila se funda na preferencia que, em regra
geral, se deve dar aos valles pata o traçado das grandes
vias de conimunieação de um paiz. As linhas dos pla-
naltos, que exigem quasi sempre viaductose movimen-
tos de terra altíssimos, só devem ser empregadas em
casos excepcionaes. E x p l i c a d a assim esta tlieoria, cum-
pre desde j á encetar a sua c r i t i c a .
P r i m e i r o que tudo uma theoria não c a exposição de
uma verdade. Uma theoria funda-se quasi sempre e m
um certo numero de factos observados, e e m um maior
numerode hypotheses ou de dados hypotheticos. Tal 6
sempre a deficiência da intelligencia humana arcando
para comprehender os segredos do Creador !
E ' mais fácil i n t e r p r e t a r os bierogliplios dos monu-
mentos do E g y p l o do que lêr no l i v r o imrncnso da Na-
tureza, bem que algumas das letras desse l i v r o sejam
grandes e brilhantes como o sol !
E ' então que reconhecemos que toda a nossa sciencia
é apenas uin depoimento irrecusável da nossa ignorancia.
Quando dizemos o pouco que conseguimos saber demar-
camos os vastíssimos limites do m u i t o , que ignoramos.
Em toda a theoria ha pontos brilhantes ou pontos
fortes e pontos escuros ou pontos fracos.
Os primeiros são formados pelos factos reaes, rigoro-
samente nb=ervadns; os outros são aquelles. que escapam
AI'l'III.U XMI.
Soturna 8.333:000^000
A
. P r o v í n c i a de Sergipe, como a das Alagóas, tem u m
litoral sobre o A t l â n t i c o e u m l i t o r a l sobre o S . Francisco.
Os seus rios c o r r e m uns para o oceano e outros para
esse grande r i o .
Só consla que se tenha projectado para a p r o v í n c i a da
Sergipe um c a m i n h o dc f e r r o : o dc Maroim a P r o p r i a ,
c u j o traçado me parece i n c o n v e n i e n t e .
O maior r i o de Sergipe 6 o V a s a - B a r r i s . E m these, o
p r i n c i p a l caminho dc ferro de u m a p r o v í n c i a deve acom-
panhar o curso do seu m a i o r rio. Accresce que a d i r e c t r i z
o.\ r i Lu i.o xvm.
Somma 8.333:000^000
yiiem f u n d a r á a l i i a j . r i m o i r a f a b r i c » dc fiar e u w
•algodão?!!...
0 Greador dolou a p r o v í n c i a da B a l m com a u l a col-
leccão de c x c e l l e n l e s portos de l u a r sobre o A t l â n t i c o ,
a l é m dos i n n n m c r o s , que poderá estabelecer nas l o . )
léguas do Mediterrâneo b r a z i l e i r o , que são e x c l u s i v a -
mente bahianas.
Ao s u l da v a s t í s s i m a babia de Todos os S a n t o s , a babia
por e x c e l l e u e i a , possuo e-ta p r o v í n c i a , rica de^ ouro o
diamantes e só pobre de i n i c i a t i v a i n d i v i d u a l tS7>. e x -
c e l l e n l e s portos de l u a r , e n t r e o s j i u a e s i r i m a m :
— A e n s e a d a do m o r r o d e S . P a u l o ( 3 8 \ o n d e n a g l o -
r i o s i é p o c a da i n d e p e n d ê n c i a a b r i g o u - s e a e s q u a d r a b r a -
s i l e i r a , c o . n m . i m l a d u p o r L o r / C o c h r a n o , com. o s e u pa«
v í i b á u a i " v í j i a d o 0 1 iiáo d c l i n h a I ) . Vcdro /;
— O purLo de Ü i m a m ú . q u e s e r á 110 f u t u r o a e s t a ç ã o
m a r i ú m a de u n i hello c a m i n h o de f e r r o , tendo por ponto
objectivo o porto d e M a e a ú h a s 110 r i o S . Francisco, e
seguindo ovalle do R i o de C o n t a s ; este c a m i n h o dc
f e r r o a t r a v e s s a r á o R i o 8 . F r a n c i s c o sobre ponte ou e m
barco 1 \ a:mr-!)or La-trens (balmM-portC'trains) e seguirá
(39) Viile o 2 . ° r e l a t a r i a do m i n i s t é r i o da a g r i c u l t u r a do a n n o
de i s 7 2 .
Ml! \ CIO. — I'-1 Uilu 1' (i 1"''! I - J11 'I t ,e | H'V.l - , - .pi a, i l S '
j.'ivui'i;: le\e .-'T ai'l'in a.I.1 .1 a,, i a: .1 ia. de o n e . 10 a, i iliu.uajn.}
- . iiiria ild i'lSjiil'ilo Sacio. — lia oi I ii'ao lie In r. tin, ve'li.^
|n no Simla Mo rio i' I n liio Dorr ua ila Viehaa'i. eapilal dc
Kspililo Saute. a llill'o i'.n.'ie, ea piial 0' Millie ilia .e",.—]Ma-
telo nianiinin is 1 I'orln ila \00iaaa.— Canouim ee Oaa'n 'In
Yulle ila .Mllial 1'V . — ,Nen'--id.ele <ia ereií-eu 0'.' anvus I'oH.w
,|| eniiitnrnao Iraioailaliiie'.— l ' i m iina.ii,!.- Hie do Janeiro •
do Milias lioracs.— IJiio.-lnr-- iiii|io,!an['S a re^lvi'i' J.oliis n.l.• -
jiularaVs ilestas Join previneias,- I! Rio do Janeiro nI'm C [lOrlu
natural do s. Fram'isro.-Pruvimoa do S. ivnul i. — iuiriníiv i
noa caniiiilioi !I•1 íerro — M'dlioraiocrito il• > iiorlo ile Santo;
1
X u l a i agora qui era Humerus redondos:
O K i n ile J a n e i r o «lista le
S ,l,iri h i ie.au's lil)7 k i l o m .
Sahara ilista ile P i r a p o r a .
ololo principia a lames
secção lie I'M S. f r a l l i usee
n,r. ea a \ ei 1 ;>2 • .Sll'i
An lodo -li • mi I . Í 1 2 »
a," po-so que ns pertos da plan ineia da l l d i i a lieam a Sll
le il il as on : a s k i l o m e t i o s do Mediterrâneo llrazileioo I
Homo foi explicado na espnueão do grande systi-iiia
de viarção do I m p é r i o i vide r a p i l i i l o X V I I l i n a l i , o R i o
do Janeiro sll se pôde ligar ao rio S . F r a n c i s ai pela
convergente do R i o das V e l h a s , nina das mais difiiceis
do everiiçàn nesle I m i i c r i o .
E s t a c o n v e r g e n t e , inesino quando o P.razil t i v e r che-
gado a 11111 alto g r i o de prosperidade, s e r v i r á hern a
v i a j a n t e s e a m e r r a d o r i a s de importação, nunca para
transportar ao R i o dc J a n e i r o o ; prodiiclos do rio
S. F r a n c i s c o , que acharão csroamenio prompto, n a t u r a l
e i i i i m c d i a t o . pelos e x c e l l e n l e s p o c l o s da p r o v i n c i a da
Bahia.
E m these, a realizarão destas convergentes d e v e r á
sec sempre p o s t e r i o r á das p a r a l l e l a s , destinadas ao
transporte i m m e d i a t e , l ' e l a s linhas mais c u r i a s e mais
naturaes, dos produclos do i n t e r i o r do B r a z i l aos portos
de coininercío com a E u r o p a o com os E s t a d o s - U n i d o s .
Eis aqui u m argumento em a l g a r i s m o s , inteira-
mente pratico e absolutamente d e c i s i v o :
Do R i o de J a n e i r o a P i r a p ú r a , e x a c l a m c n t e lio ex-
t r e m o m e r i d i o n a l do precioso trecho das 210 léguas do
r i o S . F r a n c i s c o , lia u m a distancia de 214 léguas. Com
as c u r v a s n e c c s s a r i a s ás v i a s f e r r e a s , a distancia m i -
n i m a por t r i l h o s será de 230 léguas.
Ora, com a t a r i f a n o r m a l de 25 r s . por légua o
por arroba, o frete dc uma arroba de mercador ias,
MOU'I.II XL\ íl"
í i e i n q w i a d a de P i r a p é r a an I l i n Janeiro, rnstara
Õ.;7:i0.
(I rafo m e s m o , vendido a lOsOOO por a r r o b a , pri-
varia o agricultor de m a i s de aft ".'„ do v a l o r do seu
producto!
U calculo seria ainda m a i s desfavorável ao R i o
de J a n e i r o , npplicailo a Urubu, portei centrai das
fam-sa? 2Vi leeuas de navegação natural do alto
s . f aocisco !
K>> eiiil inlo esse mesmo porto de I ' l u b i i dista RO
léguas lia B i l i i a de Todos os Santos, e o frete da arroba
de mercadoria s e r i a , pois, do 2,\üllfl. isto é, menos de "
do freio de P i r a p ú i a ao P i o de Janeiro ! '
Mão lia liijeeeào p o s d v e l a tal argumento 1
F i q u e , p l i s , íiira de Ioda discussão que o c o m m e r e i o
de expectação o de importarão dessas preciosas 2W
leiruas do alto S . F r a n c i s c o pertence, por l e i de Deus,
aos porlos da i i i l i i a de Todos os Saiilos, e aos portos do
sul dessa p r o v í n c i a , especificados quando esboçamos as
d i r e c t r i z e s dos seus grandes caminhos de f e r r o .
Ao c a m i n h o de f e r r o D . Pedro I I pertencem, na-
t u r a l e i r r e c u s a v e l m e n t e , os vn[los do P a r a h y b a do S u l ,
lio Sapucah}', do r i o "Verde, c o vastíssimo v a l l e slo B i o -
Grande: não tem, porém, nada a v e r com o valle do
S. Francisco.
Não prosigarnos c h i m e r a s 1
Já são passados 22 annos dc aprendizagem de c a m i n h o s
de f e r r o .
F/ tempo de passar resolutamente a esponja sobre
Iodos os e r r o s do passado !
E' tempo de r e s o l v e r o grande problema da viacção
deste i m p é r i o v i r i l m e n t e , com os olhos e m Deus e no
B r a z i l , sem p r e c o n c e i t o s , sem h a i r r i s m o s e sem g o t h i -
cismos!
A p r o v í n c i a de S . P a u l o , a p r o v í n c i a do Y p i r a n g a e
da i o i c i a l h a i n d i v i d u a l é a P e n n s y l v a n i a b r a z i l e i r a ,
pordoiis nobres l i l u l o s : poios seus esforços na -'agrada
-JK
JIM i;\iiiMh in. .inii'.v
I ' l l a ,:,i i I a 111 j u11 li Í i'i i r i .1 r prill si'll ai'ilnl' lies r n l l l l u e l i l "
in n i t I is iml li -1 r i a r s , r li u dcseui o l v i i n e n t u da i u s t r u c ç a o
publica! t.'iil
S. l'aiiiu ocgulha-se tin Y p i r a n g a r <<
| > I 8 i 2 , como a
P e n n s y l v a n i a ile P h i l a d e l p h i a r de 177IÍ!
A província ih1 S . Paulii, cuinu suas erandes irinafis
Jtaliia e P e r n a n i h u e u , devia e s t a r , desde 1871. nu v a n t a -
joso f r u i r da c o n » t l i l c r ã o de ;;.(!(!(l:0fi()s(i0(l ile lias
férreas por a n n o !
Tal í: a l e t r a , repitamos ainda uma ve/ do Í it " d o
art 2 . * da L e i n . ' l !i:i:i de 17 de J u l h o de 1871 !
Mas, t e m - i i o ilenionstcado repetidas vezes este es-,
e r i p l o , se lia leis ditliceis de fazer c u m p r i r neste pai/,
são as leis, ipie autori/.ain a e u s u o ã o das grandes ohras
de utilidade p u h l i c a .
A s s i s t i n d o ás discussões do p a r l a m e n t o , a i l m i r a n d o o
ardor dos debates, c a s u p e r a h i l l i i l a n r i u dos d i s c u r s o s ,
erõr-se-hia i|iie a eveeução das leis de ohras publicas
s u c c e d e i i a i i n n i c i l i a l a m e n t e á sua v o l a ç ã u . Mas a i e r -
•dade e que l o t a m - s e as leis mais auspiciosas para o f u -
t u r o deste paiz, e passam-se Inezes, e passam-se annus
sem que n e m ao menos se penso seriamente em d a r - l h e s
cumprimento 1
P a r a que acc.iiniular exemplos' 1
O mal é o r g â n i c o ; o mal é de raça.
Registre-se sempre esta verdade para conhecimento
dos v i n d o u r o s : Nãj lai neste pai; amor e muito maios de-
votação ás ohras ile utilidade puhhea.
A g u e r r a do P a r a g u a y , conduzida pela p r o v í n c i a do
Paraná leria nislado inlinitanicnlc menos c m solda-
dos cm tempo o em . I i i . h r i r - . i l 7 ) : l e r i a elevado o P a -
r a n á a u m g r á o d e prosperidade acima de lodo, os cál-
c u l o s ; l e c i a reduzido o Pa c a r i o u a ser rlrciiamrnlo
u m a ilependeneia c o m u i e r c i a l desle l i u | i e n , , ; l e r i a dis-
pensado as laes allianras phlinas; e leria, emliiii,
acabado de uma vez para sempre coin esse í a l a l i s s i m o
encanto do R i o da P r a i a I
T u d o isso foi dito, esrrip!" e disculidn uni sem
n u m e r o de vezes desde 8 de J a n e i r o de I 8 I S ; I I M S
H o m e r o tem razão lia sempre uma g a n d r a cm todas
as grandes g u e r r a s 1
(30) Corno sionprc. no Brazil, csri próprio não passou dos es-
t u d o s ! ! ! Os estados dos nossos estadistas são —sul generis—;
são intermináveis para podarem servir de prelexlo a adiamentos
sem limites. Não cimlnvnm a maxima d» T o c n g - Proisistina-
tion is the thief ot time. -
"o de Serrei c de % k i l o m e t r e s , o de L - w i s
E ' tempo de t e r m i n a r .
F o i em Maio de 1803:
O senador Tbeophilo Ottoni, de saudosa memoria,
voltava de M i n a s : recuperara a saúde nessa famosa
zona, destinada a ser o Vicliy da America do Sul, rica
de aguas mediciuacs ho P i c ú , em Caxambu, em Con-
tendas, em L a m b a r y e em Caldas I
Fazia, 110 ardor dc sua gratidão a essa t e r r a , que lhe
deva e lhe restituirá a vida, a propaganda para a cous-
Irucção de tram-roads ou dc caminhos dc ferro econo-
- APmi.n XVI, âü)
E,
Est:i"menioria foi realmente o manifesto da. segunda guerra
dasbitolas, quelenise estendido ale o Brazil, e
x'igor com a votação peio parlamento em Setembro .te 18,3 de
»40.00(1:01103 de caminhos de ferro
2Õ0 OVIUNTIA DE JUIUlS,
C i IVI
ANNEXOS.
V I ,
II.
<:— i n c . a f; = i i i , i i , ' .
li pira o li.-azit
i : = l i . : i r a C — 11) r .
S - O — 20 r a ,S =zO- 10,11 r .
E 110 llraz.il S = (I - I U r.
^ t
-'GO I. A11 A.N 11A t)L J U IK'S.
mclricas S — "l}'—"\
a razão ? = 1 - f ^
0
o primeiro ler mo a — *
) H) s ..... . p 1(H)
1 = r
- T I- u,o> - '
- = 2T ^y 1[ v( 1 1+ íuu
— ) — 1
suppoiklo /I - 8
lem-so ( 1 , 0 8 )«» = 101,203 por Isso quo
o lambem
• ubsliUiiiulo lem-se :
S' = — x 2 1 9 « , 8 3 = — X 109SÍ.2:;
- I> 2 V
X 10984,2.3 ... ,.
U h
v = -7ÕTÕ.1
VXM.XOS. Ülil
, <""•' - .
de b "7 da quantia já amortizada ^ estes juros do valor
,ic
' ü » 7 ' S C v a 0 S 0 I , i r a a r a anota — , que seria ainor-
lizada s e o eapilal não tivesse solfrido esta r e d u ç ã o .
----- I I ih
m ( 2,ioo ( l ( 1 I tTO
-'>2 <;AUA"NTI\ UK imo»
"<:
2 111 +1 'ill.
'- I ' 2:111 - ... 'L:
2111) t a 1. , 1 11 "...
200 r
k
iii: , h a c <> I
r 1
2 eu (2no7a (2010 a ' fin-
que, sommando ao total da amortizarão no2."semestre,
dá:
'' <-' ( I I 11 h 1
' I '' , h . . . 'i , i
- a 1 -r 1 d- — ' 1 I h —1 (1-1-
1 — í
2H) I ' 2.10 ' '2 0 301) 201) 1
Ott
iíit l"H' + S J ^ ) 9
+ H - « + 5 5 ) ' " ' |
tem-se :
„ . •n:\iH-~)'-* ( „o i , a I
1
-2iiiij J - | - T - r 2(i5 - j
c= - c c I -f1 -'- I i 1!
I' am
ilI- iiiiilc
1 —'' — , 1I I i '— 1
, '; ' — +
- -'' = ! II -I - <' i '
d ' 2IH) d t'Oa
r los. I I 4-
1 — ) = I o ü. i h 1-i- d i — lug . d
2 H) '
lug. ih -p tl ) — il li — l i e ; , d
Tem-se puis :
ii.oSi.ii7
TõiõTi- —
''
Isto 50,73 semeslres on 25,373 annos. Assim, puis,
em 23 annos e meio teria o governo com as ipiotas
semestraes, rnrrespomlentes a garantia de 7 "/„. amor-
i i z u l o o capital e pago sempre os setts respectivos j u r e s
do 3 "/„'
Estes cálculos foram motivados pelo § I . " d o a r t . 2."
do projecto de lei n.° 53 de 11 d e J u l l i o d e lWVi, q u e d i z :
& 1 . " A garantia de juros sobre o rapil.il não poderá
« exceder ile 5 7 „ pagos durante cincoenta anilo', ou
e 7 •/, durante trinta annos.
• Nessas garantias compreltendem-se as que forem
padas assembVas provinciais.»
N . •",
7 . ° 0 c a m i n h o de f e i r o de A r i e a a Tacna com U)
m i l h a s de e x t e n s ã o ; (ica situado entro a ' i . a eaí>.a
grande parai leia da redo h a z i l e i r a o poderá servir
de escoadouro no Paeilico ai s | T . x l u c l o s , trazidos por
ambas;
f \ " O c n m i n h o de ferro de Iquiipie ;'s minas do s a l i l r e ,
coin ,'ÍO imitias do. extensão, pertencente ; i l i , i coiu-
pinlita i n g l e z 1 , qtte " explora muito vantajosamente;
ANNKXOS 9 ill
! 3! 5 Cl'STO KM LllUl.iS
ESTKKUNAS. ,
a ?•
c
DENOMINAÇÃO I-: KSTAl/lES i. i .—
1 c DOS CAMINHOS DE «M
£ bEilllU. i< a
H i f
í 'r>
£ £
1 Pay taa Pi ura 63 0.177 38tl.i2il
1 2 Pimentel a (lliiclayo 45 Í.IH .000
i 3 Torro na fe a Kten.". 50 10.400 320 1100
i Pacasuiayo a S. Poilro de
SI oc, <j nadai upa, Calas-
niquo e Magdali5na 9,1 li..WD 1 170.000
5 Mal abrigo a Áscope 25 12.800 320.000
e Sa tia verry, Truj iUo e ra-
85 8.1100 680.000
7 Cliinihotc a Huaraz c Iíc-
niav 172 27.907 4 8110 0011
! 8 Ce n o (lo Pasco 15 17:1:1a 3011.0011
íl Chancav a Lima •W I I . «ou 320.1,00
ll) Lima a'tlaUao
I I Lima a Uiorillns Ç, j ll.i-rs 21X1.0110
j 12 Lima, a Magdalona l i . SIM •Bí 000
1
i;i C.alláo a Lima o a la Oroya. i 15 110.071 4.360.81 Hl
: t i Lima a Pisco ,. 1 í5 l i . WW I.SÍO.iXIO
! 15 Cuzco a Juliaea o Puno... 230 i l 7:i9 5.0110.000
: 16 Pisco a lea 48 ti 011 290 mio
i 17 Aroquipa a Pun o 232 SI.70S :i 056.000
! 18 107 22.1:10 2 lu; 1.000
lit I ' o a Morjtie^a 63 150.132 1.003.1100
1 2) Tacna á fronteira da fiu-
108 .i:i 333 3.601 01*1
' 21 Arica a Tacna 30 S 205 320.00)
22 Ga min 1 los dc fe rro ú c Ta-
rapaca 10
So m in a 1.010 '2 34.9tt.tr>
2711 O A K A VI' ] A l i t JI'KO-
It<'f,-iiliim<>uto d a ^ n r a n t i n de j u r o » .
localidades a rjui_- f i l a i l i r c c l » ou i i n l i r c o l a m n n t o i n i c i a s-
sir: cs ponlo-' o h r i a a los o a e x t e n s ã o aproximada
ila l i n h a ; l i . 0 , a e s l a l i s l i r a da população o dos gêneros
de e x p o r t a ç ã o e i m p o r t a r ! . i das referida; localidades.
de J u l i o , de bsli'1, os l e r r e u o s d e domínio
particular, prédios e I v . n í e i l o r i a s , :|Un forem precisos
p a r a i s oliras d e , p i e traia „ paragraph,, aulcoeileule;
5 .1." i so das u i a i l e i c a s , e o u ! m s n m l e r i a e s , e x i s l e n t e s
nos t e r r e n o s d e v o l u t o s , ; n a e i o n a c s . i n d i s p e n s á v e i s paru
I r i
a collsl micção da estrada:
: , s e n ; o n u i i ( , w a
Tr°' " ' ' • ~ i 4 o f c u ,
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; v 1 ••"'«"n^lwc.Io, ü .-Oila ,IA . M i i r a a .
Acsti iil
' " l o frrrn s : , i s obras „ . , „ i ;,j ppdirio
ll!,l,I 0
'° " v r , tra,isilo descaminho. L „ "
o de outros que P e cnumodidade publiea se abeirem •
nom as respectivas companhias lerão o direito do o \ i " i r
eucargii, inijiosl.o o u t a v , alguma, polo cruzamento' do
oulras osii'adas ou caminhos do natureza, de-
eiido correr poes,,:, conta; i | ) m p ; i r ; , ^ l n , m ( . : l (](1
n Ü Z ™ " " U 1 , S "" dos referidos ca-
0 lll a :
.Ir-ÍwV-- ' ' i ' I'" "" 1 < 1 S ; S
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itill ,\r,\M'iA in. umos.