Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
2010
Prof. Sandro Jucá www.tinyurl.com/SanUSB
LISTA DE ABREVIATURAS E/OU SÍMBOLOS
Abreviatura/Símbolo Significado
FV Fotovoltaico
GE General Electric
RTC Real-Time-Clock
A rápida evolução das fontes de energias alternativas durante as duas últimas décadas
resultou na instalação de vários sistemas pelo mundo (Koutroulis, 2001). No entanto, esse
esforço exige um conhecimento detalhado dos dados meteorológicos do local onde o sistema
será instalado e os resultados operacionais a partir de outros sistemas semelhantes, se
disponível. Muitos sistemas de aquisição de dados têm sido desenvolvidos no intuito de
recolher e processar esses dados, bem como acompanhar o desempenho dos sistemas de
energias alternativas em operação, a fim de avaliar o seu desempenho (Blaesser, 1997),
(Wilshaw et al, 1997), (kim et al, 1997).
Uma característica comum à concepção dos métodos descritos acima, é que utilizam
para medir os sinais de interesse e fazer a interface dos dados coletados para um PC uma
interface serial RS-232. No entanto, a transmissão serial limita a performance do sistema, se
um controle avançado de capacidade é desejado.
Em síntese, o foco e o maior benefício deste trabalho será apresentar o estado da arte
de sistemas supervisórios, bem como as tecnologias de aquisição e transmissão de dados
aplicados a plantas de energias alternativas, solar e eólica, com base na necessidade desse
crescente mercado.
Em 1958 foi publicado nos Estados Unidos um livro intitulado Energy for man : from
windmills to nuclear powe1, onde o autor mostra a evolução da produção de energia pelo
homem desde tempos imemoráveis, quando eram usados os antiquados moinhos de vento na
China, até o início da segunda metade do século XX, quando a energia nuclear parecia uma
opção para um futuro brilhante de energia barata e inesgotável para a humanidade. Nas
palavras atribuídas a Edward Teller, o pai da bomba de hidrogênio, “a energia nuclear seria
tão barata que não valeria a pena cobrar” (too cheep to be collected).
De fato, o surgimento da energia eólica como uma alternativa real para fornecer energia
necessária para melhorar o padrão de vida do mundo moderno apareceu, de certa maneira,
como uma surpresa, dado que as sociedades contemporâneas industrializadas haviam
aposentado a utilização desta forma de energia, vista até então como atrasada, ineficiente e, de
certa forma, até mesmo nostálgica. De fato, a humanidade tem uma longa história de
exploração engenhosa da energia eólica, cujos primeiros registros remontam há centenas de
anos AC na China para bombeamento de água. Por volta do século II AC os cataventos de
eixo vertical já eram usados na Pérsia e no Oriente Médio para moer grãos. Estes cataventos
foram trazidos para a Europa no século XI pelos soldados e comerciantes que retornaram das
cruzadas contra os “hereges e infiéis” que ocupavam a Terra Santa. Ali, eles foram
aprimorados pelos holandeses e, mais tarde, pelos ingleses. O apogeu dos cataventos na
1
Thirring, Hans. Energy for man : from windmills to nuclear power. Harper Torchbooks, 1958, New York.
Prof. Sandro Jucá www.tinyurl.com/SanUSB
Europa ocorreu no século XVIII, quando havia mais de 10.000 em operação, apenas na
Holanda, onde eram usados para aliviar o esforço humano em diversos labores. Com o
surgimento das máquinas a vapor na Inglaterra, o aproveitamento a energia eólica pelos
cataventos, foi sendo abandonada, pela sua incapacidade de competir baixos preços,
comodidade e confiabilidade da energia produzida pela queima do carvão. Residualmente, os
cataventos tiveram um importante papel no desenvolvimento do Oeste Norte-americano no
final do século XIX, suprindo água para as locomotivas e para o gado (em áreas afastadas de
fontes e cursos d’água), para pequenas irrigações e até mesmo para produção de eletricidade
em lugares remotos.
Observe que até então, os usos da energia dos ventos (uma forma de energia intrinsecamente
intermitente) ao longo da história da humanidade, se bem que importante, esteve limitado a
aplicações isoladas, para uso no próprio local onde era feita a captação da energia do vento,
tanto para a produção de trabalho mecânico como para geração elétrica. Foi justamente este
fator limitativo que tornou a geração eólica pouco atrativa como opção energética, dando uma
impressão errada das suas verdadeira possibilidades. Por exemplo, a captação da energia dos
ventos para geração de energia elétrica em locais isolados requer a adição de outros
dispositivos para compensar a variação da potência eólica, seja para armazenar os excessos,
através de instalação de baterias e acumuladores, seja para compensar as faltas, através do
acoplamento de geradores a diesel etc., complicando sobremaneira o sistema. No entanto, se,
em vez projetada para consumo direto, esta energia gerada pelos cataventos for interligada a
uma rede de distribuição de energia elétrica, ter-se-ia, de início, uma primeira grande
descomplicação (eliminação da necessidade de acumuladores). E mais, se for possível
construir um grande número de cataventos em um local conveniente, os chamados parques
eólicos (wind farms) - incorporando os avanços da ciências e tecnologias modernas
(aerodinâmica, ciências dos materiais etc.) – acoplando-os diretamente a redes de distribuição
de eletricidade, poder-se-ia utilizar a energia dos ventos para produzir eletricidade em larga
escala e a custos competitivos com as outras opções em uso no mercado.
De fato, a experiência nos últimos 20 anos vem mostrando que os cataventos (turbinas
eólicas) podem ser um componente importante para alimentar a rede elétrica naqueles locais
onde há bons ventos, podendo ser competitivos com os outros sistemas em uso, em termos de
custo, confiabilidade e aceitação pública.
Todas energias renováveis (exceto a das marés e a geotérmica), bem como a energia dos
combustíveis fósseis, vem direta ou indiretamente do sol. O sol irradia cerca de 100*1012 KW
para a terra. Deste total, cerca de 1 a 25 é convertido em energia eólica. Isto equivale a cerca
de 50 a 100 vezes a energia convertida em biomassa por todas as plantas da terra.
As regiões próximas ao equador da terra (00 de latitude) são mais aquecidas pelo sol do que as
demais: quanto mais longe do equador, menor é o aquecimento. Estas áreas mais quentes
estão indicadas pelas cores vermelho, laranja e amarelo na fotografia infravermelha das
temperaturas superficiais do mar tiradas pelo satélite NOAA-7 em julho de 1984. Devido à
diferença de densidade entre o ar frio e o quente, este último tende a subir em direção ao céu,
até atingir uma altitude de 10 km, e daí se espalhar em direção aos pólos norte e sul. Se a terra
não girasse, as massas de ar chegariam simplesmente aos pólos, onde desceriam, devido ao
esfriamento e retornariam em direção ao equador.
A força de Coriolis
Dado que a terra gira sentido leste, qualquer movimento no hemisfério sul dirigido ao polo sul
é desviado para a esquerda; pelo mesmo motivo o movimento inverso (do polo sul em direção
ao equador) é desviado para a direita. (no hemisfério norte ocorre o contrário. Esta força
aparente de desvio é conhecida como Força de Coriolis (em homenagem ao matemático
francês Gustave G. Coriolis, 1972-1843).
Os ventos nascem no equador e se movem para o sul e para o norte nas camadas mais altas da
atmosfera. Em torno da latitude de 300 em ambos hemisférios a força de Coriolis impede o ar
de continuar o movimento original. Nesta latitude há uma zona de alta pressão que força as
massas de ar a descer. Na medida que as massas de ar sobem no equador, cria-se uma região
de baixa pressão nas camadas mais baixas, a qual atrai as massas de ar vindas do norte e do
sul. Nos pólos, há uma região de alta pressão devido ao esfriamento do ar.
A altura da atmosfera que nos interessa onde acontecem todos os fenômenos climáticos que
nos interessam (inclusive o efeito estufa) é chamada de troposfera.
As direções dos ventos prevalecentes são importantes para a instalação de turbinas eólicas,
dado que pretende-se obviamente instalá-las em áreas com o mínimo de obstáculos possíveis
a direção dos ventos prevalecentes. No entanto é preciso levar em conta que a geografia e
topografia local irão influenciar os resultados
Os ventos que estudamos até agora são chamados de ventos geostróficos (ventos da
troposfera). Os ventos geostróficos são produzidos pelas variações de temperatura e pressão e
não sofrem grande influência pela superfície da terra. Os ventos geostróficos ocorrem a
altitudes acima de 1.000 m do nível do solo. A velocidade destes ventos é medida através de
balões climáticos.
Ventos superficiais
Em altitudes abaixo de 100 m os ventos são muito influenciados pela superfície terrestre.
Como veremos a seguir, a sua velocidade é amortecida pela rugosidade superficial da terra e
pelos obstáculos. A direção dos ventos próximos á superfície são um pouco diferente da
direção dos ventos geostróficos. Os ventos usados no aproveitamento de energia eólica são os
ventos superficiais. Portanto, é preciso estudar o comportamento dos ventos superficiais e
saber como calcular a energia útil que se pode obter destes ventos.
Embora os ventos globais sejam importante para determinar os ventos prevalecentes em uma
dada área, as condições climáticas locais podem condicionar e influenciar as direções de
vento dominantes. Os ventos locais são o resultado de uma superposição dos efeitos globais
com os efeitos locais. Quando a influência dos efeitos globais é pequena, em comparação com
os locais, o padrão os ventos locais serão dominados pelos efeitos locais.
Brisas marinhas As massas de terra são aquecidas pelo sol mais rapidamente do que o mar.
Portanto, durante o dia o ar sobre o solo se eleva, criando uma região de baixa pressão ao
nível do solo, a qual, atrai o ar mais frio proveniente do mar. Este ar é chamado de brisa
marinha.
A Monção do Sudeste da Ásia são na verdade uma forma de brisa marinha e brisa terrestre
em grande escala, cuja direção varia entre estações do ano, devido ao fato de que as massas
terrestres são aquecidas ou resfriadas mais rapidamente do que o mar.
Ventos de montanhas
Estes ventos podem ser muito potentes, como por exemplo o Fohen nos Alpes, o Chiook nas
Montanhas Rochosas e o Zonda na Cordilheira dos Andes. Outros exemplos de ventos locais
são o Mistral que desce o Vale do Reno em direção ao Mar Mediterrâneo e o Siroco, um
vento sul vindo Saara para o Mar Mediterrâneo.
A Lei de Betz
Vamos supor a hipótese razoável de que a velocidade média do vento na área do rotor da
turbina seja a média entre a velocidade do vento antes de alcançar o rotor, v1, e a velocidade
do vento após a passagem através da área do rotor, v2, isto é:
v = (v1 + v2)/2
Por sua vez, vimos anteriormente, [equação (2)], A massa de ar que atravessa a área do rotor
por unidade de tempo é:
A potência do vento, P, extraída pelo rotor é igual à queda da energia cinética ocorrida na
passagem do vento pela turbina por unidade de tempo:
v2 = xv1, onde x é uma variável a ser determinada. Substituindo v2 na equação anterior, temos:
Agora vamos comparar a equação acima com a potência original do vento passando pela
mesma área sem sofrer qualquer distúrbio pelo rotor:
Pd = ½πρR2v13
d(Pmax/Pd)/dx = 0, ou:
ax2 +bx + c = 0
Cuja solução é:
x = - b ± √(b2 – 4ac)
2a
x = - 2 ± √4 + 12
x = 1/3
Daí:
Pmax = (16/27)Pd
A medição das velocidades dos ventos é usualmente feita através de um anemômetro como o
mostra a figura de um anemômetro colocado na parte superior de um gerador eólico instalado
no Campus do Pici na UFC mostrado na figura 2.1.
Este é o tipo de anemômetro mais usado. Ele tem um eixo vertical, ao qual estão acopladas
três cubas para capturar o vento. O número de rotações por minuto é registrado
Prof. Sandro Jucá www.tinyurl.com/SanUSB
eletronicamente. Normalmente o anemômetro tem uma espécie de leme que serve para
Existem anemômetros extremamente baratos que podem ser usados para medições
meteorológicas ou para serem montados nas turbinas eólicas2. Mas estes anemômetros baratos
não servem para medições de velocidade de vento projetos de energia eólica; isto porque eles
podem produzir erros de medição de 5 a 10 %, o que é inaceitável para a indústria de energia
eólica. No dimensionamento de um parque eólico um erro de 10 5% na velocidade do vento
pode levar a um desastre econômico. No caso de um erro de 10 % na velocidade do vento, a
energia eólica disponível será sobre ou sub estimada em (1,1)3, ou seja, 33 %. Considerando-
se que, como será mostrado adiante, as medições de velocidade do vento são feitas a 10 m de
altura, e que o rotor é colocado em alturas de cerca de 50 m, o erro final do cálculo da energia
disponível pode ser superior a 70 %.
2 *)
O uso de anemômetros montados na turbina tem como objetivo acionar o dispositivo de orientação do
rotor contra o vento.
Em grandes alturas da superfície do solo, por volta de 1 km, a superfície exerce um efeito
desprezível sobre o vento. No entanto, nas camadas mais baixas da atmosfera, as velocidades
do vento são afetadas pela fricção com a superfície terrestre. Na indústria eólica se faz uma
distinção entre rugosidade do terreno (a influencia dos obstáculos) e orografia da área (a
influencia do contorno do terreno). Trataremos da orografía quando investigarmos os
chamados efeitos aceleradores, a saber, o efeito túnel e o efeito de colina.
Rugosidade
Em geral, quanto maior a rugosidade do terreno maior será a perda de velocidade do vento.
Óbviamente, os bosques e as grandes cidades amortecem muito o vento, enquanto que as
pistas de concreto dos aeroportos só o amortecem ligeiramente. As superfícies de água são
inclusive mais lisas que as pistas de concreto, e terão portanto menos influencia sobre o vento.
Também as árvores altas e os arbustos amortecem o vento de forma considerável.
Cizalhamento do vento
Pelo fato de que a velocidade do vento diminui na medida em que nos aproximamos do nível
do solo, costuma-se referir-se a este fenômeno de cizalhamento do vento. O efeito do
cizalhamento do vento é importante para o projeto de aerogeradores. Considerando uma
turbina eólica com uma altura do eixo de 40 metros e com um diâmetro do rotor de 40 metros,
pode-se observar que o vento sopra a 9,3 m/s quando o extremo da pá se encontra na sua
posição mais elevada, e apenas a 7,7 m/s quando o referido extremo se encontra na posição
inferior. Isto significa que as forças que atuam sobre a pá do rotor quando está na sua posição
mais alta são muito maiores que quando está na sua posição mais baixa.
De acordo com o Balanço Energético Nacional de 2009 (ano base 2008), a matriz
energética brasileira está composta em sua maior parte de fontes hídricas (73,1%), onde
podemos visualizar esse percentual e a distribuição geral na figura 3.1. Isso faz com que o
Brasil tenha um dos mercados de fornecimento de energia elétrica mais limpos do mundo.
Porém, de acordo com Tabbush (2009), a variabilidade das fontes hídricas é o risco
principal para a estabilidade, em um cenário em que se espera que a demanda cresça entre
4,7%-5.0%, anualmente, até 2020. E, devido às necessidades de manutenção, bem como
baixos níveis de precipitação pluviométrica a capacidade atual está em 79,4 GW contra um
pico de demanda de quase 65 GW, ocorrido em 2008 – portanto, tendo ainda uma reserva de
capacidade de 22%. Espera-se que os picos de demanda cresçam 4,7% anualmente até 2020
alcançando assim 115 GW. A principal estratégia do MME (Ministério de Minas e Energia) é,
portanto, reduzir a participação das fontes hídricas e em uma extensão menor marginalizar a
participação das fontes a gás – as quais são em sua maior parte provenientes da Bolívia. Os
principais beneficiários dessa política serão, preferencialmente, as fontes menos caras, tais
como térmicas, biomassa e eólica.
É grande a expectativa para o próximo leilão de fontes alternativas, previsto para ser
realizado em agosto de 2010. De acordo com previsões de agentes de mercado, espera-se que
sejam inscritos até 14,5 mil MW de projetos, sendo 1.500 MW de PCHs, 1.000 MW de
térmicas a biomassa e nada menos que 12.000 MW de eólicas. A previsão, segundo
especialistas, é que sejam contratados cerca de 1.000 MW médios. Apesar da alta
competitividade entre essas 3 fontes, esse leilão ainda será separado por produto. Ou seja, as
fontes não competirão entre si (Polito, 2010).
Até maio de 2010 havia no Brasil uma potência total instalada em parques eólicos de
cerca de 990 MW (Projetos anteriores e posteriores ao PROINFA). Ao fim de 2010, esse
número poderá chegará a 1.060 MW, e aproximadamente 400 MW em projetos
O efeito fotovoltaico, que é a base da geração direta de eletricidade a partir da energia solar, é
conhecido desde 1839 através dos estudos realizados por Edmund Becquerel. Naquele ano,
Becquerel demonstrou a possibilidade de conversão da radiação luminosa em energia elétrica,
mediante a incidência de luz em um eletrodo mergulhado em uma solução de eletrólito. Em
1873, Willoughby Smith descobriu a fotocondutividade do selênio. Em 1887, na Inglaterra,
W.G. Adams e R.E. Day observaram que a exposição do selênio à radiação produzia uma
corrente elétrica [3]. Charles Fritz descreveu, em 1883, a primeira célula produzida a partir de
pastilhas de selênio, com eficiência de conversão de energia solar em elétrica em torno de 1%
[4].
A partir da década de 50, foi desenvolvido pela primeira vez um processo de purificação de
monocristais de silício, que vinha sendo estudado desde o fim da década de 40. Este processo,
conhecido como processo Czochralski, é largamente utilizado até hoje. No ano de 1958,
começou a utilização de células fotovoltaicas nos programas espaciais; esta aplicação teve
tanto sucesso que se utiliza até hoje.
Entre os anos de 1961 e 1971 não foi observado qualquer progresso na tecnologia das células.
Nesse período, os esforços foram concentrados na redução de peso e custos das células, bem
como, na melhoria da resistência das células à radiação existente no espaço. Em 1972, foi
anunciado o desenvolvimento da "célula violeta", com 15,2% de rendimento. Esse aumento
de rendimento atribuiu-se à melhora na resposta da célula na região azul do espectro, à
diminuição da resistência interna e ao aumento do processo de coleta dos portadores na célula.
A geração fotovoltaica de energia recebeu um grande impulso com a crise mundial de energia
de 1973/1974. A partir do fim da década de 70, a produção de células solares para uso
terrestre superou a produção para equipamentos espaciais, em aplicações como bombeamento
de água, irrigação, estações isoladas residenciais e telecomunicações [3]. Esta tendência
crescente vem sendo acompanhada, até os dias atuais, por inovações como o aumento da
eficiência das células de silício bem como uma significante redução nos custos de produção
dos módulos fotovoltaicos.
A fonte de energia solar permaneceu como um enigma durante muito tempo. Embora várias
hipóteses tenham sido formuladas, nenhuma conseguia explicar de forma satisfatória como o
Sol era capaz de liberar tanta energia durante tanto tempo. Hoje em dia é aceita a hipótese de
que esta energia provém da fusão de núcleos atômicos. O processo mais freqüente é a
transformação de quatro núcleos do isótopo mais comum de hidrogênio (H1) em um núcleo do
isótopo mais comum do hélio (He4). Ocorre, portanto, a transformação de quatro prótons em
uma partícula α de hélio constituída por dois prótons e dois nêutrons. A massa da partícula
ké menor que a dos quatro prótons de hidrogênio de origem e a energia correspondente a esta
diferença de massa (∆m) é mostrada pela equação 2.1 divulgada pelo físico alemão Albert
Einstein (1879-1955).
A massa de ar, AM, é definida como sendo a massa de ar compreendida entre o caminho
percorrido pela radiação solar desde a incidência na atmosfera até atingir a superfície terrestre
como mostra a figura 4.1. Matematicamente, a massa de ar é definida da seguinte forma: AM
= 1 / cos θz , onde θz é a distância angular entre o feixe solar e a vertical no local de
incidência.
Quando o Sol está no zênite do local, o caminho ótico percorrido pela radiação dentro da
atmosfera terrestre é igual à unidade, ou seja, AM 1,0 (AM igual a 1,0 não é sinônimo de
meio dia terrestre, pois o Sol, ao meio dia, não está necessariamente no zênite local). À
medida que cresce o ângulo entre o feixe solar e a vertical local (ângulo zenital - θz), aumenta
a massa de ar. Isto ocorre aproximadamente com a secante de θz, deste modo, ao atingir
aproximadamente 48º, a massa de ar é de 1,5 e com θz = 60º, a massa de ar chega a 2,0.
De toda a radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, apenas uma fração
atinge a superfície terrestre devido à reflexão e à absorção dos raios solares pela atmosfera.
Notadamente, se a superfície receptora estiver inclinada com relação à horizontal, haverá uma
terceira componente refletida pela superfície. O coeficiente de reflexão destas superfícies é
denominado de “albedo”. Dessa forma, uma parte da radiação global na superfície terrestre é
refletida pela superfície.
A componente direta da radiação global e a posição relativa entre um plano qualquer situado
na superfície terrestre determina uma série de ângulos, que são:
A declinação, δ, é a posição angular do Sol, ao meio dia, em relação ao plano do equador.
Quando o Sol está ao norte do equador, a declinação é positiva, caso contrário, negativa. A
variação angular da declinação é -23,45º< δ < +23,45º.
A latitude, ø, é a distância angular medida sobre a superfície da Terra a partir do equador até
o ponto em questão. É considerada positiva no hemisfério norte e negativa no hemisfério sul.
A latitude situa-se entre –90º< ø < +90º.
O ângulo de incidência, θ, é o ângulo entre o feixe da radiação direta que incide no plano e a
reta normal ao mesmo.
O ângulo zenital, θz, é o ângulo entre o feixe de radiação e a vertical do local. θz coincide
com θ quando o plano está na horizontal.
O ângulo horário, ω, é a distância angular entre o feixe solar e o meridiano local. ké
considerado negativo no período da manhã (Sol antes do meridiano local), e positivo no
período da tarde. Cada hora do dia corresponde a uma mudança de 15º em ω.
A altura solar, hs, é o ângulo entre a radiação direta e o plano horizontal. É numericamente
igual a 90º- θz [6].
A energia solar incidente no meio material pode ser refletida, transmitida ou absorvida. A
parcela absorvida dá origem aos processos de fotoconversão e termoconversão.
Os fótons mais energéticos do espectro solar possuem cerca de 12,4 eV (0,1 µm), enquanto
que o pico de emissão está nos fótons com energia de 2,48 eV (0,5 µm).
As células fotovoltaicas de silício absorvem fótons com energia igual ou superior a 1,127 eV,
correspondendo a comprimentos de onda de até 1,1 m [7]. Portanto, fótons com comprimento
de onda superior a 1,1 µm não são capazes de transpor os elétrons da camada de valência para
a camada de condução e, assim, gerar eletricidade; apenas aquecem as células. Comparando
com a distribuição espectral da radiação solar, figura 2.2, verifica-se que as células solares
mais comuns não são capazes de absorver cerca de 30% da energia solar que incide sobre
elas, compreendida pela faixa espectral com o comprimento de onda maior que 1,1 µm.
Se, por outro lado, forem introduzidos átomos pertencentes ao grupo III da tabela periódica
com apenas três elétrons de ligação, como é o caso do boro, haverá falta de um elétron para
satisfazer as ligações com os átomos de silício da rede. Esta falta de elétron é denominada
lacuna e com pouca energia, um elétron de um local vizinho pode passar a essa posição. Diz-
se, portanto, que o boro é um aceitador de elétrons ou um dopante P.
Se, partindo de um silício puro, forem introduzidos átomos de boro em uma metade e de
fósforo na outra, será formado o que se chama junção PN. O que ocorre nessa junção é que
elétrons livres do lado N passam ao lado P onde encontram as lacunas que os capturam. Isto
faz com que haja um acúmulo de elétrons no lado P, tornando-o negativamente carregado e
uma redução de elétrons do lado N, que o torna eletricamente positivo. Essas cargas
aprisionadas dão origem a um campo elétrico permanente, também chamado de banda
proibida, que dificulta a passagem de mais elétrons do lado N para o lado P; o processo
alcança um equilíbrio quando o campo elétrico forma uma barreira capaz de barrar os elétrons
livres remanescentes no lado N. Este mesmo fenômeno acontece com os diodos quando se
forma a camada de depleção.
Além disso, muitos fótons que são absorvidos disponibilizam energias maiores do que o
necessário para criar um par elétron-lacuna. O excesso de energia absorvida pelos elétrons da
célula fotovoltaica é convertido em calor. Por estas razões a eficiência máxima da célula de
silício alcançada em laboratório é em torno de 27% [6].
* Energéticos e iluminação pública, incluindo módulos, baterias, controladores de carga, inversores e estruturas
de módulos;
Nesse contexto, observamos que é uma grande alternativa para o Brasil utilizar
sistemas autônomos de energia fotovoltaica, já que ainda temos milhões de pessoas sem
acesso à rede elétrica convencional, e analogicamente há um grande potencial para a
implementação dos sistemas autônomos nos países em vias de desenvolvimento, onde se
encontram grandes áreas que permanecem sem fornecimento de energia elétrica. As
sucessivas evoluções tecnológicas e a diminuição dos custos de produção nos países
industrializados, poderão também contribuir para a generalização deste tipo de aplicação.
No caso dos sistemas com ligação à rede, a rede pública de distribuição de eletricidade
opera como um acumulador de energia elétrica. A Alemanha é um exemplo de país onde a
maioria dos sistemas fotovoltaicos encontram-se ligados à rede. Nestes sistemas, a totalidade
da energia produzida é injetada na rede pública de distribuição de energia elétrica, como
resultado da receita adicional que é conseguida pelo maior valor que é pago, por cada unidade
de energia elétrica produzida por sistemas fotovoltaicos. Na Alemanha, há previsões no
sentido de que, no ano 2050, os sistemas fotovoltaicos possam ser responsáveis por uma fatia
significativa da energia elétrica fornecida, cerca de um terço (GREENPRO, 2004).
Na figura 4 temos um sistema híbrido com 3 diferentes fontes de energia: a solar, com
162 módulos fotovoltaicos; a eólica, com três aerogeradores; um grupo gerador a diesel e um
banco com 120 baterias, que armazenam energia para o suprimentos das cargas, por um
período médio de 10h sem gerações eólica e solar. A potência instalada do sistema é de 40
kW, atendendo as 89 casas da comunidade, apresentando um consumo de 9 kW, gastos pelas
residências e iluminação pública (MME, 2010).
O GSM (Sistema Global para Comunicação Móvel) foi concretizado e teve sua
especificação reescrita pela ETSI. Caracterizou-se como um meio de acesso TDMA para
sistemas de comunicação para dispositivos móveis com uma arquitetura aberta com
transmissão inicialmente definida sobre o espectro de 900 MHz (Lopes, 2008).
GSM é uma tecnologia desenvolvida para a telefonia móvel que pode também ser
utilizada para transmissão de dados. Sua velocidade máxima de transmissão de dados é de 270
Kbps o que é relativamente baixa comparada aos modernos sistemas de comunicação
existentes, um exemplo é a tecnologia 3G. Com o 3G a velocidade pode aumentar para até 7,2
Mbps dependendo da rede disponível. Do ponto de vista econômico, o GSM pode ser uma
boa opção quando a quantidade de banda passante exigida (demanda) for pequena. Outra
vantagem da tecnologia GSM é a facilidade de transmissão de dados (Protocolo AT).
Já os protocolos TCP/IP TCP - são os mais indicados para uma rede que possua um
alto grau de tráfego de dados por isso seu custo é maior do que do que uma rede GSM. A
velocidade de transmissão de dados dos TCP/IP pode ser acima de 1 Gbps.
O investimento para aquisição de modem GSM,o cartão SIM Card, o cabo e a antena
não ultrapassaria os R$ 3.000,00 Assim, verificamos através dessa comparação, que para a
supervisão e monitoramento remoto para áreas sem infra-estrutura adequada, usar GSM é a
melhor e a opção mais econômica.
A Rede GPRS é um serviço que não está baseado sobre um sistema de voz
permitindo assim o envio e recepção de informações usando como meio a rede de telefonia
móvel. Esta nova tecnologia deriva de sua antecessora conhecida como CSD e SMS.
A taxa de transferência teórica desta tecnologia é de até 17,2 kbps (kilobits por
segundo) fazendo uso de toda a sua capacidade com os oito timeslots ao mesmo tempo.
Sendo assim a tecnologia GPRS é aproximadamente dez vezes mais rápida do que suas
antecessoras e em muitos casos mais rápida inclusive que as tecnologias de telefonia
fixa.Uma das principais características das redes GPRS é ao invés de dedicar um canal de
rádio para cada usuário dentro de uma janela de tempo, o recurso de cada canal é
compartilhado concorrentemente entre múltiplos usuários ao mesmo tempo. Esse uso eficiente
dos recursos de rádio garante um grande número de usuários usando o mesmo canal da
rede de rádio ao mesmo tempo, fazendo com que seja potencializado o
compartilhamento da mesma largura de banda que são servidos de uma única célula.
(Lopes, 2008).
O OPC é um padrão de comunicação aberto, que tem por principal objetivo permitir a
interoperabilidade vertical entre sistemas dentro de uma organização. A primeira versão
funcional do OPC foi desenvolvida por volta de 1996, resultado do trabalho conjunto entre
fornecedores de sistemas para automação industrial. Deste esforço conjunto surgiu a OPC
Foundation, organização que define os padrões do OPC e que busca constantemente sua
melhoria e evolução. Desde seu surgimento, há mais de 10 anos, novas especificações são
elaboradas com o objetivo de agregar mais funcionalidades ao padrão OPC.
Para ficar mais claro o que é o OPC podemos fazer uma analogia com um driver
comum de impressora. Na época do MS-DOS, o desenvolvedor de um programa como um
editor de textos precisava desenvolver um driver de comunicação para cada uma das
impressoras existentes no mercado: um para a Epson-FX, um para a HP LaserJet, entre outras
impressoras. No mercado de automação industrial isso fica evidente até hoje. Se tomarmos
como exemplo um programa de supervisão, veremos que ele tem seus próprios drivers para
cada um dos CLP´s existentes no mercado. No entanto estes drivers não podem ser utilizados
em outro programa de supervisão: este outro deve possuir seus próprios drivers, para os
mesmos CLP´s.
O interessante do OPC é que uma aplicação cliente pode solicitar dados a um ou mais
servidores OPC, e o inverso também é verdadeiro, um servidor OPC pode transferir dados a
um ou mais clientes OPC. Portanto fica claro que o OPC possibilita uma variedade enorme de
comunicações, basta que os aplicativos sejam compatíveis com OPC.
É importante ressaltar que o OPC não elimina o protocolo proprietário nativo do CLP
ou equipamento de campo. O que acontece é que o servidor OPC “traduz” este protocolo
proprietário para o padrão OPC. Portanto é necessário o desenvolvimento de um servidor
OPC específico para cada um dos diferentes protocolos de comunicação existentes.
Há mais de 30 anos desde que essa padronização foi desenvolvida, a EIA publicou três
modificações. A mais recente, EIA232E, foi introduzida em 1991. Ao lado da mudança de
nome de RS232 para EIA232, algumas linhas de sinais foram renomeadas e várias linhas
novas foram definidas.
Diversos sinais são necessários para conexões onde o dispositivo DCE é um modem, e
eles são utilizados apenas quando o protocolo de programa os emprega. Para dispositivos
DCE que não são modem, ou quando dois dispositivos DTE são conectados diretamente,
poucos sinais são necessários.
Deve-se notar que nas figuras apresentadas existe um segundo canal que inclui um
conjunto de sinais de controle duplicados. Este canal secundário fornece sinais de
gerenciamento do modem remoto, habilitando a mudança de taxa de transmissão durante a
comunicação, efetuando um pedido de retransmissão se erros de paridade forem detectados, e
outras funções de controle.
6. SUPERVISÓRIOS
Nesses moldes foi instalado um sistema BIPV integrado à rede na cidade de Bogotá,
Colômbia em 2004 com operação contínua e com eficiência confiável. Um sistema de
monitoração utilizando o conceito de instrumentação virtual foi instalado em Janeiro de 2005
para medir e analisar a performance geral e a qualidade do sistema FV (Aristizábal, 2008).
Descrição do sistema:
2. Potência de 70 Wp;
4. Vmpp do módulo = 17 V;
5. Interligação com 4 módulos em série e três em paralelo com potência de 840 Wp;
Figura 19 - Visão geral do sistema BIPV conectado à rede e os dispositivos constituintes do sistema de
monitoramento (Aristizabal,2008)
Os gráficos também podem ser utilizados para fazer estudos sobre os horários e
períodos do ano em que há maior fornecimento de energia sendo, assim, possível otimizar a
eficiência da planta de bombeamento fotovoltaico.
De acordo com VESTAS (2010) Uma vez que um parque eólico está pronto e
operando, o cliente vai querer assegurar-se consistentemente que sua performance é a melhor
possível. Portanto, é crucial monitorar e controlar a performance dos aerogeradores, o qual é
feito por este sistema SCADA no estado da arte.
• VestasOnline® negócios: para parques eólicos maiores ou para clientes que querem
ferramentas avançadas para elaboração de relatórios, maior redundância ou controles
avançados e maior funcionalidade de monitoramento, tais como integração automatizada com
a rede elétrica, como controle do fator de potência, capacidade de permanecer em
funcionamento durante falhas de rede momentâneas, controle da potência ativa e reativa,
controle da tensão e frequência. Essas possibilidades de monitoramento e controle estão
ilustrados na figura 31.
O ENERCON SCADA também pode ser expandido de forma a prover aos parques
eólicos um controle inteligente da tensão. Esta função, que é um regulamento mandatório
exigido pelas concessionárias em muitos países, habilita grandes parques eólicos a se
integrarem a redes fracas. A faixa de potência reativa dos aerogeradores ENERCON é nesse
caso, usada para controlar a tensão no ponto de conexão comum. A tensão pode ser controlada
pelo operador da rede.
Além dos sistemas de controle voltados para a parte de potência acima citados, há o
pacote SCADA O & M básico para cada parque eólico. Esse sistema “básico” é utilizando
pelo pessoal técnico de Operação & Manutenção, para tratar falhas, programar manutenções
preventivas, preditivas, corretivas, emissão de relatórios estatísticos.
Na figura 36 é possível ter uma noção da quantidade de dados que podem ser
visualizados com esse sistema. A comunicação entre os aerogeradores é feito com fibra ótica,
Na figura 40, em primeiro plano, é possível termos uma noção da tela do sistema
SCADA onde os dados de um aerogerador são mostrados em tempo real, tais como
velocidade do vento, horas operacionais, estados de sensores, quantidade de energia gerada,
dados de temperatura.
Na figura 41, agora em um nível do SCADA onde os dados adquiridos, poderão ser
transformados em relatórios de análises estatísticas em modo offline, tais como fornecimento
mensal de energia x expectativa de fornecimento, média mensal de velocidade do vento,
média de fator de capacidade, rendimento, tempos de parada, disponibilidade técnica dos
aerogeradores.
S (Segundo)
M(Minuto)
H(Hora)
Escrita na variável do relógio
A 4 X
RTC com valor XX
D(Dia)
N(Mês)
Y(Ano)
Os dados do relógio RTC podem ser modificados e visualizados a qualquer momento. Pode-
se também ser visualizados os valores de qualquer posição da memória externa de
armazenamento dos valores de tensão e pressão.
Como foi visto, Sistemas SCADA (supervisory control and data acquisition) englobam um
conjunto de tecnologias especialmente desenvolvidas para monitorar e controlar processos
industriais. Os programas SCADA típicos costumam oferecer uma comunicação eficiente
com diversos equipamentos através de diversos protocolos de comunicação além de permitir o
registro de eventos, alarmes e integração com programas externos. Os programas livres,
também conhecidos como programa open source, permitem uma série de vantagens em
relações aos programas proprietários. Entre as vantagens do programa livre está a facilidade
de estudo ou modificação do código fonte, no qual é distribuído gratuitamente (Rocha, 2009).
Com base nos conceitos de SCADA e programa livre foi adotado para comunicação com o
microcontrolador para acesso dos dados em tempo real o programa Mango (Serotonin, 2010),
de código aberto, o qual oferece as seguintes características principais:
• Baseado em Browser;
• Interface em que fontes de dados podem ser configuradas, oferecendo gerenciamento de
acesso de usuários, alertas e registros de dados de automação;
Em áreas remotas ou ilhas onde a rede elétrica não é acessível, predominam os geradores
diesel que possuem desvantagens como a poluição do ar e custos de transporte de
combustíveis. O sistema eólico de bombeamento surge como uma alternativa para
aplicações de bombeamento para abastecimento de água principalmente em regiões áridas
como a região Nordeste do Brasil. Dessa forma, foi desenvolvido um sistema de
supervisão e aquisição de dados de baixo custo para bombeamento eólico, considerando as
variáveis de velocidade do vento, vazão de água e tensão do gerador eólico em uma planta
de bombeamento sem baterias, instalada no Laboratório de Energias Alternativas (LEA),
dentro do Campus do Pici na Universidade Federal do Ceará – UFC.
Prof. Sandro Jucá www.tinyurl.com/SanUSB
7.4 Planta de bombeamento eólico
Figura 7.8 – Conjunto motor – bomba centrífuga e sensores alimentados pelo sistema de
energia eólica
O gerador eólico possui uma potência nominal de 1000 W para uma velocidade do vento
de 13 m/s. A energia elétrica do gerador eólico é transmitida a um sistema de controlador de
tensão para impedir que o motor da bomba opere em um limite muito baixo de frequência. A
partir de 37 Hz o controlador permite que a bomba seja ligada e a caixa de água seja
abastecida. O quadro de medição e controle possui um inversor de freqüência para
acionamento manual do motor e um analisador de energia para coleta de dados da qualidade
da energia gerada. O diagrama completo do projeto elétrico da bomba é mostrado na figura
7.9:
Os dados coletados dos sensores de vazão, velocidade do vento e tensão do motor foram
armazenados em um banco de dados local para posterior analise. O banco de dados é
composto de duas tabelas com 45 colunas e 144 linhas. A amostragem de coleta de dados de
supervisão é a cada 10 minutos, armazenando 144 valores por dia. O número máximo foi
definido como 45 dias sendo reiniciado com comandos SQL, que podem ser digitados
diretamente no sistema de supervisão. Novas variáveis podem ser adicionadas a partir da
criação de novas tabelas no banco de dados, permitindo total flexibilidade para instalação de
novos sensores para supervisão da planta de bombeamento eólico. Os principais dispositivos
da planta foram representados na tela principal do sistema de supervisão mostrado na figura
7.11.
Após a gravação dos dados dos sensores no servidor de banco de dados os valores são
transferidos para arquivos individuais. Os dados coletados constituem o material de análise da
Prof. Sandro Jucá www.tinyurl.com/SanUSB
eficiência energética do sistema e de parâmetros de manutenção da planta como horas paradas
devido à ocorrência de manutenção preventiva ou eventuais manutenções corretivas no
sistema.
O gráfico da figura 7.14 pode ser aproximado pela Eq. (7.1), onde H é a pressão de
recalque do sistema de bombeamento em kPa e Q representa a vazão da bomba em m3/s :
A configuração e gravação das memórias do sistema de aquisição de dados, entre elas, a RAM
do microcontrolador, a RAM do relógio em tempo real (RTC), a EEPROM interna e a
As fontes de energia alternativa estão cada vez mais sendo introduzidas nas matrizes
energéticas de vários países, e inclusive o Brasil. Devido ao aquecimento global,
consequência do uso indiscriminado dos combustíveis fósseis, a tendência no uso de tais
energias continuará crescendo.
Verificamos que cada sistema SCADA é um sistema diferente um do outro, dado às diferentes
finalidades de quem o necessita. Porém, em termos gerais, os sistemas SCADA servem para
monitoramento (relatórios estatísticos para medir a eficiência do projeto, maximização do
fornecimento de energia, diminuição de tempos de parada das unidades geradoras),
visualização remota e em tempo real dos dados operacionais das plantas e principalmente o
controle automático e remoto das mesmas, fazendo-as interagir rapidamente e ativamente com
as redes à qual estão conectadas, sendo os exemplos mostrados relativo a todo o exposto
acima, uma das maiores contribuições desse trabalho.
Por fim, o desafio num futuro próximo, onde dependeremos muito das forças da natureza para
a garantia do fornecimento de energia, será termos sistemas de distribuição e transmissão de
energia elétrica automatizados e com adaptabilidade suficiente para resistir e se adequar às
flutuações no fornecimento de energia quando usamos recursos da natureza como o vento e a
energia solar. Evidentemente, os sistemas SCADA, serão uma das principais ferramentas para
atingirmos esse nível de automação. E voltado à tendência do desenvolvimento de sistemas de
aquisição de dados de baixo custo e softwares supervisórios livres de código aberto também é
necessário manter sempre em pauta ações para estreitar laços entre o usuário e o
desenvolvedor (aplicação x pesquisa) no melhoramento e aprimoramento dos sistemas
SCADA.
BENGHANEM, M.; ARAB, A.H.; MUKADAM, K. Data acquisition system for photovoltaic
water pumps. Renewable Energy 17 (1999), pp. 385–396.
CARVALHO, P., JUCÁ, S., BRITO, F. Sistema de supervisão e aquisição de dados aplicado
a bombeamento fotovoltaico, Revista perspectivas da ciência e tecnologia, vol. 1, pp. 23-26,
2009.
CONPET, 2010. “O uso da energia solar no Brasil ainda é incipiente”. Disponível em:
<http://www.conpet.gov.br/noticias/noticia.php?id_noticia=487&segmento=>. Acesso em 10
de maio. 2010.
DAVIDSON, Josiah. Renewables Test IQ of the Grid. Newsfocus – VOL 324 – April 2009.
Disponível em: <http://www.sciencemag.org>. Acesso em: 28 abril. 2010.
__________. “ENERCON wind turbines, grid integration and wind farm management”.
2010. Disponível em: <http://www.enercon.de/www/en/broschueren.nsf/vwwebAnzeige/
A1F46D4783166914C125747B002DD858/$FILE/Netzintegration_Windpark_eng.pdf>
Acesso em: 02 de maio. 2010.
KIM, M.; HWANG, E. Monitoring the battery status for photovoltaic systems. J. Power
Sources 64 (1997), pp. 193–196.
MME, 2010. Programa luz para todos, um marco histórico, 10 milhões de brasileiros
saíram da escuridão. Disponível em: < http://luzparatodos.mme.gov.br/luzparatodos/asp/>.
Acesso em 01 de julho. 2010.
MORJARIA, 2009. Mahesh Morjaria. “Wind Plant Systems Platform”. 2009. Disponível
em <http://www.icaen.uiowa.edu/~ie_155/Lecture/SCADA_GE.pdf>. Acesso em 02 de maio. 2010.
MUKARO, R.; CARELSE, X.F. A microcontroller-based data acquisition system for solar
radiation and environmental monitoring. IEEE Trans. Instrument. Meas. 48 (1999), pp. 1232–
1238.
POLITO, Rodrigo. Uma borracha no passado. Brasil Energia 353 (2010), pp. 67–79.
TABUSH, Eduardo. Brazil wind research note. New Energy Finance – November 2009.
WILSHAW,A; PEARSALL, N.; HILL, R. Installation and operation of the first city
center PV monitorin station in the United Kingdom. Solar Energy 59 (1997), pp. 19–26.