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ANTIGO TESTAMENTO 

 
LIVRO DE JÓ- PARTE I 
 
l I​ ntrodução 
 
  Hoje a nossa conversa é sobre o livro de Jó, que é um presente nesse tempo  em 
que  temos  que  lidar  com  tantas  informações  diferentes.  O  Livro  de  Jó,  chega 
para equilibrar, redimensionar coisas que estão fora do lugar.  
 
  Discutiremos  sobre  questões  do  sofrimento  humano  e  qual  o  verdadeiro  papel 
da lei da semeadura em nossas vidas, relacionada com o plantar e colher. 
 
➔ Para Refletir: 
  Por  que  o  justo  sofre?  Por  que  que  o  Cristão  sofre?  Por  que  o  povo  da  Aliança 
sofria?  O  Livro  de  Jó  traz  respostas  alternativas,  um  caminho  menos  trilhado 
pelos  púlpitos  pela  teologia  em  relacionamentos.  O  Livro  de  Jó em um livro que 
precisa  voltar  ser  estudado,  para  que  possamos  entender  a  riqueza  deste  livro 
tão fantástico. 
 
l​ Questão Teológica 
 
  Precisamos  conversar  um  pouco  que  sobre  a  ideia  da  teologia  retributiva,  ou  a 
lei  da semeadura, plantar e colher. A primeira confusão das religiões é a doutrina 
do Carma e a Lei da semeadura, a Retribuição.  
 
  Primeiramente,  devemos  esclarecer  essa  confusão.  Quando  falamos  de  carma, 
falamos  de  que  o  que  você  faz  de  bom,  vai  voltar  de  bom  para  você,  e,  o  que 
você  faz  de  mal  vai  voltar  de  mal,  dependendo  daquilo  que  você  lança  no 
universo,  ele  pode  te  retribuir  positivamente  ou  negativamente.  Isso  é  carma, 
presente nas religiões orientais como o budismo hinduísmo.  
 
  Isso  não  tem  nada  a  ver  com  cristianismo.  No carma você não sabe o  você está 
devendo  e  você  não  sabe  quanto  tempo  vai  levar  para  pagar.  No  cristianismo 
nós  temos  a  resposta,  para  isso  devemos  a  nossa  própria  vida,  temos  um  Cristo 
em eternidade que possuímos para gozar e o preço já está pago.  
 
  Perceba  que  são  raciocínios  completamente  diferentes,  quando  falamos  de 
carma, refere-se ao hinduísmo, budismo, em qualquer coisa menos cristianismo. 
 

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  A  segunda  distinção  vemos  no  evangelho,  que  a  Lei  da  semeadura  tem  uma 
relação  orgânica,  possuindo mais a ver com a Biologia do que com a física e com 
a  matemática.  A  lei  da semeadura traz que iremos colher a essência daquilo que 
plantamos,  diferente  de  acreditar  que  se  você  faz  2 kg de bondade, você recebe 
2  kg  de  bondade  se  você  faz  de  2kg  de  maldade,  você  recebe  2  kg  de maldade. 
No  raciocínio  orgânico,  você  planta  alguma  coisa  com  essência  de  bondade  e 
você vai comer alguma coisa que tem essência de bondade.  
 
  Carma  não  faz  parte  do  cristianismo,  não  se  resolve  os  problemas  depositando 
créditos  cármicos  no  universo.  Infelizmente,  muitos  cristãos  bons  e  sinceros 
acreditam nessa doutrina cármica infiltrada no pensamento o Cristão. 
 
  A  terceira  questão  é  que  muita  gente  tenta  encaixar  toda  a  vida  cristã  comum 
como  sendo  uma  questão  de  lei  da  semeadura.  Tudo  que  você  passa  na  vida 
está  relacionado  a  coisas  que  você  plantou  e  coisas  que  você  vai  colher.  O 
pensamento  bíblico  não  tinha  isso.  Pense,  e  eu  sei  que  você  vai  identificar  isso, 
muita  coisa  que  você  está  colhendo  hoje  foram  seus  pais  que  plantaram na sua 
vida,  muita  coisa  que  você  tá  colhendo  hoje,  foram  amigos  que  plantaram  na 
sua  vida,  políticos  ou  civilizações  antigas,  muito  do  que  se  colhe  hoje  é  fruto  de 
gente que plantou lá atrás que não está colhendo. 
 
l​ Atenção 
 
Então  a  primeira  afirmação  que  faço  é: nem tudo que colhemos hoje, fomos nós 
que plantamos. 
 
Muitas  vezes  você  chega  para  pastorear  uma  igreja,  já  se beneficiando pelo que 
os  outros  pastores  antes  de  você  plantaram.  Às  vezes você chega no emprego e 
você  é  beneficiado  por  aquilo  que  seu  chefe  e outros companheiros de trabalho 
plantaram  antes  de  você  e,  da  mesma  forma,  muito  do  que  nós  estamos 
plantando  hoje,  serão  os nossos filhos que irão colher. Precisamos entender essa 
dimensão  de  não  tentar  reduzir  a  vida  numa  equação  de  retribuição,  sem 
enxergar que a vida é muito mais ampla do que isso. 
 
  Posso  afirmar  ainda  que,  se  o  salário  do  pecado  é  a morte, por que que a gente 
ainda não colheu?  
 
l​ Além da Teologia da Retribuição 
 
  Como  enxergar  o  que  tem  além  da  Teologia  da  Retribuição?  Diferencie  que 
retribuição  não  é  carma, não é a questão de jogar no universo e voltar para você, 
mas  é  uma  questão orgânica. Tenha em mente de que numa plantação, quando 
você  prepara  o  solo,  pode  ter  sol  demais,  chuva  demais,  e  por  questões  que são 
superiores  ao  trabalhador  do  campo,  aquela  colheita  pode  ou não dar certo. Em 

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uma  associação  orgânica,  graças  a Deus, aquilo que a gente colhe ou aquilo que 
a gente planta pode ter interferências, muitas vezes para o nosso bem.  
 
  Entendendo  o  que  é  uma  relação  orgânica,  paramos  de  fazer  contas,  de  tentar 
encaixar todo mundo numa conta espiritual que só faz sentido na nossa cabeça.  
 
  O  Livro  de  Jó  nos  permite  entender  que  existe  mais  do  que  isso,  entendendo 
que  parte é semeadura, parte é graça e parte é mistério. Parte eu explico porque 
eu  plantei,  parte  eu explico porque alguém plantou, parte eu explico porque a fé 
opera  milagres,  parte  eu  explico  porque  é graça e parte eu não explico porque é 
mistério. 
 
  Para  conversar  sobre  o  livro  de  Jó  e  a  questão  da  moralidade  do  sofrimento, 
pense: o que o ateu tem contra Deus? 
 
  O  ateu  geralmente  vai  argumentar  que  não  acredita  na  existência  de  Deus, 
porque,  se  Deus  existe,  como  que  existe  o  mal,  o  sofrimento.  Então  eles  vão 
construir  uma  série  de  argumentos  para  provar  que  Deus  não  existe  porque,  se 
existisse, o sofrimento seria uma impossibilidade.  
 
l​ Questionamento 
 
  Se  ateus  não  acreditam  na  existência  de  Deus,  por  que  preocupar-se  com  a 
moralidade, uma vez que a moralidade é necessidade de quem se relaciona com 
Deus  ou  de  alguém  que  está  buscando uma espiritualidade. Quem não acredita 
numa espiritualidade não tem necessidade de moralidade. 
 
  Dostoiévski,  em  um  de  seus  livros,  escreveu  “[...]se  Deus  não  existisse  tudo  era 
possível.”  Essa  afirmação  fez  com  que  vários  autores,  como  Sartre,  criassem 
diversas teorias acerca do tema. 
 
  Quando  o  ateu  começa  a  pensar  que  Deus  não  existe  pois,  se  existisse,  não 
aceitaria  que  existisse  o  mal  no  mundo,  ele  não  está  realmente  questionando  a 
existência  de  Deus  e  sim  supondo  que  o  padrão  de  moral  dele  é  mais 
desenvolvido  do  que  Deus.  Por  isso  que  ele  não  consegue  crer,  por  isso  que  ele 
não  pode  crer,  porque  ele  acredita  com  todas  as  suas  forças  têm  um  padrão 
ético e moral superior de Deus.  
 
  A  grande  presunção  do  ateu  é  que sua moral é melhor do que a moral de Deus, 
então  Deus  se  torna  inútil  para  o  ateu.  Na  realidade,  no  fundo  no  inconsciente 
do  ateu  existe  um  grande  problema  e  existe  um  grande  dilema  moral  por 
acreditar que existe uma grave falha na moral de Deus.  
 

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  Entendendo  isso,  podemos  dialogar  com  pessoas  que  tem  essa  questão  ainda 
não  resolvida,  porque  a  forma  de  alcançar  esses  corações  é  tocar  nessa  ferida 
porque,  se  não  revelarmos  a  falha  moral  dessas  pessoas  e  comparativamente 
com Deus, elas continuarão se debruçando sobre esse sentimento.  
 
  O  Livro  de  Jó  traz  que  o  sofrimento  não  é  exclusividade  daquela  pessoa  que  é 
ruim e algumas questões são levantadas ao longo do livro.  
 
➔ Para Refletir: 
  Existe  adoração  pura  desinteressada?  Algum  ser  humano  realmente  se 
aproxima de Deus sem segundas intenções? Porque que o justo tem que sofrer? 
Existe possibilidade de alguém na terra não ter mais sofrimento? 
 
  Entendo  que  você  não  queira  sofrer,  mas  não  entendo  que  você  use  o 
argumento  de  que  a sua vida não deve ter mais nenhum sofrimento porque isso 
contraria  os  princípios  bíblicos.  Paulo  chama  Timóteo  e  diz,  "sofra  comigo  as 
aflições  de  quem  serve  ao  Senhor  do  ministério",  ou  ainda,  "no  mundo  tereis 
aflições  então  Bem-aventurados  sois  vós  quando,  por  causa  do  meu  nome  ou 
pelo amor do meu nome, forem injuriados perseguidos."  
 
  Sempre  buscamos  nos  relacionamentos,  caminhos  que  não  nos  façam  sofrer, 
não  existe  nenhum  caminho  na  vida  que  nos  isente  de  sofrer,  mas  podemos 
escolher o tipo de sofrimento e como iremos o administrar. 
 
  A  grande  Boa  Nova  é  que  na  cruz  Jesus  Cristo  levou  o  nosso  sofrimento 
permanente  da  eternidade,  mas  o  sofrimento  continua  sendo  uma realidade da 
vida  porque  ele  faz  parte  do  ambiente,  ele  faz  parte  como  consequência  do 
pecado que você plantou e que os outros plantaram antes de nós. 
 
  É  um  fato  Universal,  a  dor  é  um  fato  da  vida.  Todas  as  religiões  irão  tentar 
explicar  a  dor  e as pessoas se aproximam de uma religião ou de outra, porque se 
agradam  mais  com  a  resposta  que  cada  uma  tem.  Na  medida  que  existe  uma 
convenção,  para  o  Budismo,  para o Islamismo, ou seja lá qual for a religião, parte 
disso  é  que  esta  pessoa  está  se  convencendo  da  resposta  que  essa  religião  tem 
para o problema do sofrimento e da dor presente na bíblia.  
 
  Esta  é  uma  questão  de  séria  dificuldade  para  os  ateus  e  tem  sido  uma 
dificuldade  muito  grande.  Mas  quem  dessa  geração  decidiu  que  a  dor  é  imoral, 
quem  decidiu  que  sofrer  é  uma  imoralidade, se alguém está sofrendo, isso é um 
ato tremendo contra a moral ou seja lá o que for?  
 
 
 
 

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l​ Estrutura do Livro de Jó 
 
  A  abertura,  no  verso  1,  verso  2,  é  uma  apresentação  do  personagem.  Havia  um 
homem  na  terra  de  luz,  um  homem  que  se destacava, era um homem mais rico 
da  região,  um  homem  exemplar,  e  o  início  do  texto  exalta  as  atitudes  desse 
homem.  
 
  Do  Capítulo  3  até  o  Capítulo  31  temos  uma  discussão  em versos, tudo acontece 
em  ciclos  de  seis  ou  sete  poemas  entre  Jó  e  seus  três  amigos.  Temos  um 
discurso de Eliú, personagem que aparece no meio para o final da história.  
 
  Do  Capítulo  32  até  o  capítulo 37, a quarta parte desta separação que fiz, há uma 
conversa  entre  Jó  e  Deus,  respondendo  algumas  questões,  não  exatamente  as 
questões que Jó faz, e, finalizando a estrutura, temos a restauração.  
 
  A  história  de  Jó  é  uma  história  muito  antiga,  sem  datação.  É  uma  história 
passada  de  geração  em  geração,  que  todos  conheciam  e,  em  algum  momento 
da  história,  se  resolve  escrever.  Parto  do  pressuposto  que  existe  um  narrador  e 
um  poeta,  e  houve  uma  compilação.  Existem  várias  teorias,  mas  assumo  esta 
que a obra foi escrita por duas mãos.  
 
  Temos  um  narrador  que  escreve  o  início  do livro e um poeta. Alguns dizem que 
esse  poeta  é  contemporâneo  de  Jeremias  e  está  vivendo  a  mesma  situação  de 
ruína  do  povo,  entendendo  o  que  é  estar  ali  vivendo  uma  calamidade com uma 
capacidade imaginativa e uma sensibilidade muito grande ao espírito santo.  
 
  Essa  estrutura  de  versos  é  semelhante  a  estrutura  do  Repente,  no  nosso 
português:  duas  figuras  duelam,  o  primeiro  repentista  canta  e  ele  desafia  o 
segundo,  e  o  segundo  responde  desafio.  A  estrutura  poética  tem  essa  mesma 
estrutura  de  desafios  poéticos,  muito  bem  escrito,  extremamente  inspirador  e 
que nos norteia sobre a questão do porquê que o justo sofre. 
 
  Jó  era  alguém  realizado  financeiramente  e  familiarmente,  com  os  seus  filhos, 
que  eram  muito  amigos.  Jó  exercia  muito  bem  seu  sacerdócio  no  lar.  Ele 
ofereceu  ofertas  pelos  seus  filhos,  era  alguém  que  chegou  no  topo  no  alto  da 
vida plena, realizado. Temos o primeiro emblema grande aqui. 
 
  Deus  está  reunido  com  seus  filhos  e  satanás  aparece.  Deus  o  questiona:  “De 
onde  você  vem?”.  A  resposta  dele  exemplifica,  clarifica  o  que  ele  faz:  “Eu  estou 
vindo passear por aí.”  
 
  A  ideia  é  de  que  satanás  está  pesquisando,  rodando  para  ver  as  famílias,  para 
ver  as  igrejas,  sempre  buscando  brechas  e  falhas,  para  que  ele  possa  entrar, 
destruir, questionar, roubar, matar, que é o trabalho dele.  

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  Deus  faz  uma  afirmação  surpreendente:  “Você  viu  o  meu  servo  Jó?”  e  este  é  o 
primeiro  embate  e  argumentação  de  satanás,  muito  interessante:  “É  claro  que 
ele  é  justo  e  é  claro  que  ele  te  adora,  porque  o  Senhor  cercou  ele  com  tantas 
proteções,  com  tantas  bênçãos,  que  qualquer  um  nessa  circunstância  te 
adoraria  e  te  serviria.”  Assim,  surge  o  desafio:  “Será  que  é  possível  alguém  te 
servir,  alguém  te  cultuar,  alguém  te  adorar,  sem  que  receba  essas  proteções? 
Sem  que  receba  este  muro  de  bênçãos  e  cuidado  paterno?  Se  isso cair eles irão 
blasfemar.” 
 
  Esse  é  o  desafio  de  satanás  contra Jó e eu creio que continua sendo um grande 
desafio,  se  nós  perdemos  a nossa proteção, nós iremos blasfemar contra Deus. É 
uma  grande  batalha  espiritual  que,  por  séculos  e  milênios,  continuam 
acontecendo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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