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ngenharia civil

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A engenharia civil molda a sociedade em que vivemos. Na foto, a cidade canadense de Toronto,


com destaque para a Torre CN, uma das mais altas estruturas do mundo.

A Catedral Metropolitana de Brasília e os palácios da capital federal, projetados pelo


engenheiro Joaquim Cardozo com bases delgadas que apenas tocam o chão, são as principais
conquistas da engenharia estrutural brasileira.

A engenharia civil é o ramo da engenharia que engloba a concepção, o


projeto, construção, manutenção e descomissionamento de todos os tipos de
infraestrutura necessários ao bem estar e ao desenvolvimento da sociedade,
além da preservação do ambiente natural.[1] Desta forma, esta área dedica-se à
criação de edifícios, pontes, túneis, usinas geradoras de energia, indústrias e
inúmeros outros tipos de estrutura, utilizando como ferramental as ciências, a
matemática, ferramentas, tecnologias e técnicas diversas, experiências
anteriores, o cabedal normativo e as práticas locais, levando em conta os
contextos social, econômico e ambiental.[2]
Desde o início da história, os humanos passaram a construir seus próprios
abrigos utilizando os elementos naturais ao seu redor. Posteriormente, as
estruturas adquiriram características cada vez mais complexas, reflexo do
desenvolvimento das técnicas. Passou-se então, a utilizar conhecimentos
científicos nesta área, de forma que as dimensões, a resistência e outros
atributos de uma determinada obra podiam ser estimados. Novos materiais
passaram a ser utilizados, sobretudo ferro e cimento, que possibilitaram o
surgimento das grandes estruturas que hoje compõem o cenário do mundo
moderno.
Desta forma, a formação de um engenheiro civil é fortemente ligada às ciências
exatas. Contudo, um bom profissional deve conter muitos outros atributos,
principalmente habilidades em comunicação e de análise racional dos fatos,
além de seguir um código de ética, visto que suas obras influenciam
significativamente em todos os segmentos da sociedade. Dada a vasta
abrangência, a engenharia civil divide-se em vários campos específicos,
desde geotecnia, mapeamento, até transportes, construção e estrutural, dentre
muitas outras.
A designação "engenharia civil" foi inicialmente utilizada por oposição à de
"engenharia militar".[3] Designava assim, toda a engenharia não militar. Com o
passar do tempo e na maioria dos países, o termo passou a ser utilizado num
âmbito mais restrito, referindo-se apenas ao ramo da construção, com os
outros ramos da engenharia a receberem designações distintas
(ex., industrial, agrícola, posteriormente outras).[4] Contudo, em alguns países
como a Bélgica, a Dinamarca, a França, a Noruega e a Suécia, os engenheiros
não militares são ainda genericamente referidos como "engenheiros civis",
independentemente da sua especialidade ser a construção ou outra
(mecânica, química, eletricidade, etc.).

Índice

 1História
o 1.1Antiguidade
o 1.2Período medieval
o 1.3Era moderna
 2Formação
 3Atuação profissional
o 3.1Construção civil
o 3.2Sistemas estruturais
o 3.3Geotecnia
o 3.4Transportes
o 3.5Hidrotecnia
o 3.6Curso
 4Áreas específicas
o 4.1Recursos Energéticos
o 4.2Construção
o 4.3Transportes
o 4.4Estruturas
o 4.5Recursos hídricos
o 4.6Geotécnica
o 4.7Ambiental
o 4.8Mapeamento
 5Ver também
 6Referências
 7Bibliografia
 8Ligações externas

História[editar | editar código-fonte]
Engenheiro é uma palavra que surgiu no século XIV, e significava “construtor
de engenhos (máquinas) militares”. Veio do antigo francês engigneor, que por
sua vez provinha da palavra latina ingenium, isto é, qualidade, talento,
genialidade, habilidade.
Mais tarde, surgiu o engenheiro civil, que aplicava sua capacidade de descobrir
soluções práticas não na guerra mas nas cidades e em tempo de paz. [5]
Desde o início da existência humana, conhecimentos e habilidades de
engenharia tem sido necessários para evolução do padrão de vida. A partir do
momento em que tribos deixaram de ser nômades, surgiram assentamentos
que necessitavam de estrutura necessária para abrigo e proteção que, ao
longo do tempo, cresceram em complexidade. Ao decorrer dos séculos, a
grande demanda por estruturas cada vez maiores e mais eficientes
impulsionava o surgimento de novas técnicas e a formação de profissionais
habilitados para assumir tal responsabilidade. Entretanto, a profissão de
engenheiro civil só foi reconhecida oficialmente a partir da Revolução Industrial.
[6]

Engenheiros civis constroem a infraestrutura do mundo. Fazendo isso, eles


“ moldam a história das nações.

Pirâmides de Gizé, uma das sete maravilhas do mundo.

Antiguidade[editar | editar código-fonte]
São diversas as obras remanescentes que atestam o desenvolvimento da
engenharia civil ao longo de milênios. Os registros escritos destas construções,
contudo, se perderam no tempo. Grandes obras de engenharia surgiram há
mais de cinco mil anos na Mesopotâmia, embora haja poucos edifícios
remanescentes. Os sumérios que habitavam a região construíram muros e
templos e criaram canais para irrigação. Ainda na mesma região surgiu
a pavimentação, feita com pedras achatadas colocadas nos trajetos mais
movimentados das cidades. Ainda na Mesopotâmia há registro da
primeira ponte feita de pedra, que se estendia sobre o rio Eufrates. Até então,
as pontes eram feitas somente com madeira.[7]
Os pérsios, ao longo do tempo e de seus vastos domínios, foram responsáveis
por criar novas e eficientes técnicas de irrigação, além de inovarem nas
técnicas construtivas de pontes, especialmente para fins militares. No Antigo
Egito, dentre as mais notáveis obras de engenharia destacam-se as Pirâmides
de Gizé, feitas há mais de quatro mil anos, e a cidade de Alexandria (durante a
era de Alexandre, o Grande), na qual foi concebido um grande farol, não mais
existente. Contudo, na Grécia Antiga, houve, pela primeira vez, a conexão
entre a engenharia e a ciência pura, sendo um dos primeiros trabalhos
considerando aplicações práticas de princípios físicos e matemáticos atribuído
à Arquimedes, que criou um sistema capaz de transportar água para diferentes
elevações.

Ponte do Gard, na França, um aqueduto construído durante o Império Romano.

Durante a expansão do Império Romano, houve o surgimento de novas


técnicas construtivas, especialmente a partir da grande oferta de matérias-
primas e trabalho escravo. Embora não tenha grande ligação com a ciência, a
engenharia praticada pelos romanos estava fortemente ligada ao pragmatismo.
As grandes estruturas eram voltadas sobretudo para bens públicos, como
aquedutos, portos, mercados, pontes, barragens e estradas. Vitrúvio foi o autor
de um dos manuscritos mais antigos sobre engenharia, no qual descreve as
técnicas e habilidades que um profissional deve dominar, como conhecimentos
científicos, filosóficos e éticos, dentre outros. Os romanos também foram os
primeiros a utilizar concreto em suas obras, quando descobriu-se que uma
mistura formada principalmente por cinzas vulcânicas solidificava-se e dava
origem a um material tão duro quanto as rochas. [8]

Macchu Picchu, uma das cidades que se desenvolveram durante o Império Inca.

Na Índia a maior parte das construções eram feitas com madeira. Contudo, a
partir do surgimento do budismo, novos e grandes templos e monastérios
foram construídos no topo e nas bordas das montanhas, o que exigiu novas
técnicas que faziam o uso de pedras e rochas. De forma similar,
o hinduísmo motivou o surgimento de grandes templos construídos com
pedras. As técnicas de engenharia na China, por outro lado, desenvolveram-se
de forma quase independente àquelas do mundo ocidental. Os chineses
utilizavam-se da grande variedade de matérias primas existentes em seu
território para construção das fundações de pedra e casas de tijolos e telhados
de argila. Destaca-se, ainda o surgimento de pontes suspensas antes feitas
com fibras de bambu e posteriormente com correntes de ferro, além
dos pagodes, templos em forma de torres. Contudo, a mais notável obra ainda
remanescente é a Muralha da China, que se estende por milhares de
quilômetros e cuja construção iniciou-se em 220 a.C.. [9]
No continente africano ao sul do deserto do Saara, as obras com estilos mais
simples utilizavam-se dos materiais existentes e dependiam da cultura das
milhares de etnias diferentes do continente. Destaca-se, contudo, um local de
cunho religioso, o Grande Zimbabwe, cuja origem remonta ao século XI.
Na América, por fim, as grandes civilizações inovaram em técnicas que os
permitiram criar grandes templos, especialmente de cunho religioso. Durante
a civilização Maia, muitas grandes obras foram realizadas, das quais destaca-
se a cidade de Teotihuacan. Os Incas, séculos depois, estenderam seus
domínios na cordilheira dos Andes e criaram elementos de infraestrutura como
pontes, estradas e complexos urbanos, centralizados na então capital, Cusco.
Dentre os principais feitos dos Astecas, contemporâneos dos Incas, destaca-se
a cidade de Tenochtitlán, capital do império dotada de complexos componentes
urbanos, localizada numa região pantanosa no centro de um lago. [10]

Mesquita de Quba, a mais antiga do mundo, fundada no ano de 622.

Período medieval[editar | editar código-fonte]


O Império Romano, devido à sua grande extensão e falta de governo central,
não conseguiu se manter unido e chegou ao fim no ano de 476. Muitas das
obras de infraestrutura, inclusive estradas, aquedutos e portos então
existentes, foram demolidas para construção de fortificações. Durante todo o
período medieval, quase não houve avanços científicos, o que afetou também
o desenvolvimento de técnicas de engenharia, que passaram a se restringir a
conceitos práticos pouco estruturados. Os árabes, sobretudo durante o período
da expansão islâmica, incorporaram técnicas romanas sobretudo utilizadas em
fortificações, embora já possuíssem conhecimentos na construção de
grandes mesquitas.[11]
Não havia método científico nas construções, pelo que eram baseadas no
sistema de tentativa e erro, sendo numerosos os exemplos de colapso de
estruturas. Neste período nota-se, ainda, a criação de grandes fortificações em
castelos, para prevenir invasões. Houve um avanço na utilização de rodas de
água para transportar água e mover moinhos. Ocorreram também avanços na
construção de canais navegáveis.[12]
Catedral de Santa Maria del Fiore, na Itália.

Era moderna[editar | editar código-fonte]


A partir da Renascença, o profissional engenheiro passou a ganhar importância
e reconhecimento, ao contrário do período medieval em que projetos eram
criados por artesãos. Um dos pioneiros do período foi Filippo Brunelleschi, que
projetou o domo da catedral de Santa Maria del Fiore em Florença. Ainda com
o surgimento da impressão de livros, começaram a surgir os primeiros manuais
com técnicas de projeto e construção.[13]
Posteriormente, a Revolução Industrial começava a mudar radicalmente o perfil
da Inglaterra, o que posteriormente viria a acontecer no restante da Europa. A
população começou a migrar da zona rural para as cidades para trabalharem
nas indústrias. As obras estruturais necessárias para o desenvolvimento
industrial era geralmente conduzida por engenheiros militares. No entanto, em
1768, o inglês John Smeaton se autodenominou 'engenheiro civil' para
diferenciar-se dos profissionais militares, criando assim uma nova e distinta
profissão. Poucos anos depois criou a Sociedade dos Engenheiros Civis, com a
finalidade de reunir profissionais para conceber e executar grandes projetos. [14]

Iron Bridge

A Revolução Industrial trouxe consigo novas técnicas e materiais pertinentes à


engenharia. A Ponte de Ferro, no Reino Unido, foi a primeira ponte de arco
construída somente com ferro fundido, o que é considerado um marco na
história. Conforme ocorria o crescimento econômico, era cada vez maior a
necessidade de se acelerar os transportes. Por isso, houve grande ampliação
do sistema de canais e posteriormente surgiu a primeira ferrovia. A utilização
do ferro como elemento estrutural causou grandes mudanças, especialmente
por conta de sua resistência, capacidade de pré-fabricação e facilidade de
montagem. Os engenheiros civis, a partir de então, puderam inovar no formato
dos prédios, além de agilizar sua construção. Houve ainda inovação no que se
refere à construção de túneis, a partir do primeiro construído sob o rio
Tâmisa em Londres para a criação do sistema metroviário londrino.[15]
A partir do século XX, a engenharia como um todo passou a se desenvolver e
se especializar sobretudo por conta dos avanços científicos e fundamentações
teóricas do comportamento dos materiais. A partir de então surgiram grandes
estruturas antes inimagináveis, como o Viaduto de Millau, na França, a mais
alta ponte para veículos do mundo, e o Burj Khalifa, o mais alto edifício do
mundo, com mais de oitocentos metros de altura. A Sociedade Americana de
Engenheiros Civis compilou uma lista com as sete maravilhas do mundo
moderno, das quais destacam-se o Eurotúnel, sob o estreito de Dover entre
o Reino Unido e a França, o canal do Panamá, que liga o oceano
Pacífico ao Atlântico e a Usina Hidrelétrica de Itaipu entre o Brasil e o Paraguai.
[16]

Formação[editar | editar código-fonte]

Vista da Universidade de Coimbra em Portugal.

A demanda de profissionais especializados logo demandou o surgimento de


centros de ensino voltados para a engenharia. O primeiro deles foi a École
Polytechnique em Paris, criada no ano de 1794. Várias décadas depois
academias surgiram pela Europa e Estados Unidos, onde, em 1835, formaram-
se os primeiros engenheiros civis pela Instituto Politécnico Rensselaer.[17]
É necessária para a formação de um engenheiro civil uma forte base na área
de ciências exatas, especialmente matemática e física, além da análise de
dados, concepção, planejamento e execução de sistemas, identificação e
solução de problemas e uso prático de técnicas e habilidades. Desta forma, o
curso geralmente apresenta uma combinação de várias especialidades
científicas, como mecânica, hidráulica, geotécnica, ciências dos
materiais e análises estatísticas. Estes conhecimentos passam a ser aplicados
para o desenvolvimento de projetos, especialmente com o uso de ferramentas
de desenho assistido por computador (CAD). O período de formação em
engenharia civil leva entre três anos para o grau de licenciatura ou cinco anos
para o grau de mestrado. São grandes ainda as opções de especialização,
dada a vasta gama de temas que um curso de engenharia civil abrange. Deve
haver ainda uma preocupação durante a formação no que se refere a conceitos
de legislação, economia e ética, uma vez que as atividades de um engenheiro
civil afetam grande parte dos segmentos da sociedade. [17][18][19]

Atuação profissional[editar | editar código-fonte]


John Smeaton, o primeiro engenheiro civil.

Um engenheiro civil é um profissional capacitado para conceber, projetar e


construir os mais diversos componentes da infraestrutura necessários para o
bem-estar e desenvolvimento da sociedade. O local de trabalho de um
engenheiro varia conforme a especialidade escolhida, embora a maioria
trabalhe em firmas de consultoria, que criam projetos e soluções para
construção de determinada estrutura. Existem ainda muitas possibilidades no
setor público, desde o âmbito municipal até federal, além da possibilidade de
atuar em carreira militar ou no setor industrial. Tipicamente o engenheiro
precisa visitar os locais de obra e trabalhar com diferentes equipes técnicas
especializadas.[20] A Associação Americana de Engenheiros Civis define
engenharia civil como sendo:[21]

... a profissão na qual o conhecimento físicos e matemáticos enriquecidos pelo estudo,


“ experiência e prática são aplicados de forma correta para desenvolver meios de utilizar,
economicamente, os materiais e as forças da natureza para o progressivo bem-estar da
humanidade ao criar, melhorar e proteger o ambiente, ao criar instalações para a
convivência da comunidade, indústrias e meios transporte e ao fornecer estruturas para o
uso de toda a humanidade.

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