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Século XX
A partir do início do séc. XX, a música ampliou sua participação nos movimentos estéticos da arte em geral,
herdando deles o aspecto filosófico.

O regente não era mais apenas um músico, era alguém que fazia de sua interpretação um manifesto filosófico, e
suas decisões, musicais e técnicas, eram guiadas por convicções filosóficas ou políticas.

O século XX proporcionou aos artistas de todas as vertentes o ambiente e as oportunidades para que se unissem
em torno de um pensamento unificado (ou de vários).

Um dos mais notáveis da nova geração de regentes foi o húngaro Arthur Nikisch (1855-1922), que sucedeu a
Hans von Bülow (1830-1894) como diretor musical da Filarmônica de Berlim, em 1895. Ele já havia sido chefe
da Ópera de Leipzig, Orquestra Sinfônica de Boston e Leipzig Gewandhaus Orchestra, e foi diretor de música
da London Symphony Orchestra.

Nikisch estreou obras importantes de Anton Bruckner e Pyotr Ilyich Tchaikovsky, que admirava muito seu
trabalho. Johannes Brahms, depois de ouvi-lo dirigir sua Quarta Sinfonia, disse: “[...] bastante exemplar, é
impossível ouvir melhor".

Nikisch levou a London Symphony Orchestra, em turnê pelos Estados Unidos, em abril de 1912, a primeira
turnê americana de uma orquestra europeia. Ele também fez uma das primeiras gravações de uma sinfonia
completa: a Sinfonia nº5 de Beethoven com a Filarmônica de Berlim, em novembro de 1913. Nikisch foi o
primeiro maestro a ter sua arte capturada em filme (infelizmente, sem som). O filme confirma os relatos de que
ele fez uso de contato visual e expressão para se comunicar com uma orquestra. Fritz Reiner afirmou que fora
influenciado por esse aspecto de sua técnica.

Regentes das gerações após Nikisch deixaram registros na ampla discografia do séc. XX. Duas figuras
particularmente influentes e amplamente gravadas foram o maestro italiano Arturo Toscanini (1867-1957) e o
maestro alemão Wilhelm Furtwängler (1886-1954). Toscanini é considerado por muitos como o maior intérprete
da obra de Verdi, mas o seu repertório era extenso, visto que tinha interpretações dos sinfonistas alemães
Beethoven e Brahms, que era particularmente renomado e gerador de influência, favorecendo tempos mais
severos e mais rápidos do que um regente, como Bülow, ou, antes dele, Wagner. Ainda assim, seu estilo mostra
mais flexibilidade do que sua reputação pode sugerir, e ele era, em especial, dotado em revelar detalhes e fazer
orquestras tocarem como se estivessem cantando.

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Wilhelm Furtwängler (1886-1954).

Furtwängler, que muitos consideram o maior intérprete de Wagner e Bruckner, conduziu Beethoven e Brahms
com muita flexibilidade de tempo, mas, de uma maneira que revela a estrutura e a direção musical de forma
particularmente clara.

Ele foi um compositor e intérprete bem-sucedido, e um discípulo do teórico Heinrich Schenker, que enfatizou a
preocupação por tensões harmônicas de longo alcance subjacentes e resoluções em uma peça, algo marcante nas
interpretações de Furtwängler. Junto com seu interesse em grande escala, moldou os detalhes da peça de uma
maneira particularmente atraente e expressiva.

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Arturo Toscanini (1867-1957).

Os dois homens tinham técnicas muito diferentes: Toscanini era italiano, com movimentos largos, marcação
clara (muitas vezes não usando a mão esquerda). Furtwängler marcava o tempo com menos precisão aparente,
porque queria um som mais arredondado (embora seja um mito que sua técnica era vaga, muitos músicos
atestaram que ele era fácil de seguir à sua maneira).

Assista aos vídeos e conheça as técnicas de cada regente:

Toscanini
(do min. 2:20 até o 2:50)

Furtwängler
(do min. 2:18 até o 2:43)

Grandes e influentes regentes como Leopold Stokowski (1882-1977), Otto Klemperer (1885-1973), Herbert von
Karajan (1908-1989) e Leonard Bernstein (1918-1990) tinham técnicas muito variadas.

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Herbert von Karajan (1908-1989).

Karajan e Bernstein formaram outro antípoda aparente nos anos 1960-80, Karajan como diretor musical da
Filarmônica de Berlim (1955-89) e Bernstein como diretor musical da Filarmônica de Nova York (1957-69), e,
em seguida, regente frequentemente convidado na Europa. A técnica de Karajan era altamente controlada, e,
eventualmente, ele conduzia com os olhos fechados.

Leonard Bernstein (1918-1990).

A técnica de Bernstein foi demonstrativa, com gestos faciais altamente expressivos e movimentos de mão e
corpo. Karajan podia conduzir por horas sem mover seus pés, enquanto Bernstein, às vezes, saltava no ar em um
clímax grande. Como diretor musical da Filarmônica de Berlim, Karajan cultivou a beleza morna e mista do
som, que, de vez em quando, tem sido criticada por ser aplicada de forma muito uniforme.

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Em contraste, em uma aparição de Bernstein com a Filarmônica de Berlim, em 1979, interpretando a Sinfonia nº
9 de Mahler, tentou fazer com que a orquestra produzisse um som "feio" em uma determinada passagem, pois
acreditava que isso era adequado ao significado expressivo da música.

Karajan e Bernstein fizeram extenso uso de avanços na tecnologia para transmitir sua arte, mas de maneiras
diferentes. Bernstein organizou grandes séries televisivas nacionais de horário nobre para educar e alcançar as
crianças e o público em geral sobre a música clássica. Karajan fez uma série de filmes no final de sua vida, mas,
neles, ele não falou.

Ambos fizeram inúmeras gravações, mas suas atitudes diferiram: Karajan, frequentemente, fez gravações de
estúdio para aproveitar os avanços na técnica de gravação, o que o fascinava. Ele desempenhou um importante
papel na definição das especificações da criação e do desenvolvimento da tecnologia do CD, mas Bernstein, em
seus dias pós Nova York, insistiu (na maior parte) em gravações de concertos ao vivo, acreditando que a música
não ganhava vida em um estúdio sem audiência.

No final do século XX, a técnica de regência, particularmente com a mão direita e a batuta, tornou-se cada vez
mais padronizada. Maestros, como Willem Mengelberg, em Amsterdã até o fim da Segunda Guerra Mundial,
tinham um tempo de ensaio extenso para moldar as orquestras com muita precisão e, portanto, poderiam ter
técnicas idiossincráticas. Os condutores modernos, que passam menos tempo com uma determinada orquestra,
devem obter resultados com menos tempo de ensaio. Uma técnica mais padronizada permite que a comunicação
seja mais rápida. No entanto, as técnicas dos condutores ainda mostram uma grande variedade, em especial, com
o uso da mão esquerda, expressão facial, ocular e linguagem corporal.

Assista aos vídeos e conheça as técnicas de cada regente:

Tchaikovsky - Symphony ¹ 5 (Karajan)


(do min. 3:14 até o 3:44)

Tchaikovsky - Symphony ¹ 5 (Bernstein)


(do min. 27:36 até o 28:06)

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