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Davi Dunck

APLICAÇÃO
DA
PENA
155 Assertivas de Aplicação da Pena para estudo (corrigidas);

Indicação dos artigos do Código Penal;

Indicação de jurisprudência e súmulas cobradas em concursos;

Observações e anotações sobre as questões mais importantes;

Indicação dos aspectos mais cobrados em concursos sobre o tema.

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Davi Dunck
Professor e Advogado Criminalista
Instagram: @penal.aulas
Telegram: penalaulas
E-mail: penalparaconcursos@gmail.com

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APLICAÇÃO DA PENA
Artigos do Código Penal

Fixação da pena

Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social,


à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do
crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:

I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;

II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;

III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;

IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de


pena, se cabível.

Circunstâncias agravantes

Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não


constituem ou qualificam o crime:

I - a reincidência;

II - ter o agente cometido o crime:

a) por motivo fútil ou torpe;

b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou


vantagem de outro crime;

c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que


dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;

d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou


cruel, ou de que podia resultar perigo comum;

e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;

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f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da
lei específica;

g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério


ou profissão;

h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;

i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;

j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade


pública, ou de desgraça particular do ofendido;

l) em estado de embriaguez preordenada.

Agravantes no caso de concurso de pessoas

Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que:

I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais


agentes;

II - coage ou induz outrem à execução material do crime;

III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou


não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;

IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de


recompensa.

Reincidência

Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois


de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior.

Art. 64 - Para efeito de reincidência:

I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou


extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo
superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação;

II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.

Circunstâncias atenuantes

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Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:

I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70


(setenta) anos, na data da sentença;

II - o desconhecimento da lei;

III - ter o agente:

a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;

b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime,
evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento,
reparado o dano;

c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de


ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção,
provocada por ato injusto da vítima;

d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.

Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância


relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente
em lei.

Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes

Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se


do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como
tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do
agente e da reincidência.

Cálculo da pena

Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste


Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.

Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição


previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só
diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.

1ª FASE DA DOSIMETRIA DA PENA

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1. No momento da fixação da pena, deverá o juiz seguir o critério trifásico da
aplicação da pena que é dividido em: pena base, circunstâncias atenuantes e
agravantes e CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO do delito. (VUNESP -
2015 - MPE-SP - Analista de Promotoria - Assistente Jurídico).
Questão original: No momento da fixação da pena, deverá o juiz seguir
o critério trifásico da aplicação da pena que é dividido em: pena base,
circunstâncias atenuantes e agravantes e qualificadoras do delito.

Observação: Em relação à dosimetria da pena, o CP adotou o critério


trifásico, visto que o juiz deve passar obrigatoriamente por três fases
para aplicar a pena privativa de liberdade ao réu:

1º Fase - Circunstâncias judiciais (fixação da pena-base);

2º Fase - Agravantes e atenuantes genéricas (fixação da pena


intermediária);

3º Fase - Causas de aumento e diminuição (fixação da pena


definitiva). Somente nesta fase a pena poderá ser aplicada abaixo ou
acima dos limites mínimo e máximo previstos no tipo penal.

2. Na fixação da pena, o Magistrado após o reconhecimento da existência do


crime e sua autoria tem uma .
(MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça).

Observação: A aplicação da pena pelo juiz representa um ato


discricionário juridicamente vinculado (regrado), tendo em vista que
o juiz está limitado aos parâmetros que a lei estabeleceu (vinculação).
Contudo, dentro desses limites, poderá fazer suas escolhas para a
fixação de uma pena justa, levando-se em conta as particularidades do
caso em concreto e a pessoa do condenado (discricionariedade).

3. Na aplicação da pena, primeiro é aplicada a pena base, depois as


CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES e, por último, são

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analisadas as CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO. (FGV - 2018 - TJ-SC -
Técnico Judiciário).

Questão original: Na aplicação da pena, primeiro é aplicada a pena


base, depois as causas de aumento e de diminuição e, por último, são
analisadas as circunstâncias agravantes e atenuantes.

4. A dosimetria da pena é feita em sistema trifásico, em cujas fases são


analisadas, sucessivamente, as circunstâncias judiciais, as circunstâncias
legais e as causas especiais de aumento e de redução de pena. (UFPR -
2018 - COREN-PR - Advogado).

5. A aplicação da pena contempla 5 (cinco) etapas: a dosimetria da pena, a


análise de concurso de crimes, a fixação do regime inicial de cumprimento
de pena, a análise de possibilidade de substituição da pena privativa de
liberdade por penas restritivas de direitos e a análise de cabimento de
suspensão condicional da pena. (UFPR - 2018 - COREN-PR - Advogado).

6. Na sentença condenatória, a fixação do quantum de pena privativa de


liberdade deve observar o critério trifásico de aplicação da pena, e,
diferentemente, a fixação do número de dias-multa caso concretamente
aplicada em cumulação , NÃO LIMITA-SE à observância das circunstâncias
judiciais do art. 59 do Código Penal e da condição socioeconômica do agente.
(MPE-PR - 2017 - MPE-PR - Promotor de Justiça).

Questão original: Na sentença condenatória, a fixação do quantum de


pena privativa de liberdade deve observar o critério trifásico de aplicação
da pena, e, diferentemente, a fixação do número de dias-multa caso
concretamente aplicada em cumulação , limita-se à observância das
circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal e da condição
socioeconômica do agente.

Observação: Enquanto para aplicação da pena privativa de liberdade


o CP adotou um critério trifásico, para a pena de multa foi acolhido um

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critério bifásico, pois o juiz deve passar obrigatoriamente por duas fases
(fixação do número de dias-multa + fixação do valor de cada dia-multa).

7. Na aplicação da pena, na primeira fase do processo dosimétrico, o julgador


encontra-se vinculado a CRITÉRIO SUBJETIVO, sendo que, na hipótese de
aferir negativamente circunstância judicial, PODE exasperar a pena-base do réu
em fração superior a um sexto. (CESPE - 2015 - DPE-RN - Defensor Público).

Questão original: Na aplicação da pena, na primeira fase do processo


dosimétrico, o julgador encontra-se vinculado a critério objetivo, sendo
que, na hipótese de aferir negativamente circunstância judicial, não pode
exasperar a pena-base do réu em fração superior a um sexto.

Observação: Na primeira fase da dosimetria da pena o juiz analisará 08


(oito) circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do CP para a fixação
da pena-base (culpabilidade + antecedentes + conduta social +
personalidade + motivos do crime + circunstâncias do crime +
consequências do crime + comportamento da vítima). Considerando-se
que o CP não fixou o quantum de aumento para as circunstâncias
judicias desfavoráveis, a Jurisprudência sugere o aumento de 1/6 e a
doutrina de 1/8 para cada circunstância negativa ao réu.

8. No caso de condenado reincidente em crime doloso, porém com as


circunstâncias do artigo 59 do Código Penal inteiramente favoráveis, a pena-
base pode ser aplicada no mínimo legal. (FAPEMS - 2017 - PC-MS - Delegado
de Polícia).

9. Em tema de fixação da pena base, leva-se em consideração a culpabilidade,


entendida como o grau de reprovabilidade da conduta do agente. (MPE-PR -
2016 - MPE-PR - Promotor de Justiça).

10. Os antecedentes criminais constituem circunstância JUDICIAL que incide


NA PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA DA PENA. (FCC - 2018 - DPE-AM -
Defensor Público).

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Questão original: Os antecedentes criminais constituem circunstância
agravante que incide com a regular certidão comprobatória de
condenação anterior.
11. Os antecedentes criminais NÃO PODEM ser considerados negativamente
na aplicação da pena com o registro de atos infracionais, vedando-se, DE IGUAL
FORMA, para efeitos de reincidência. (FCC - 2018 - DPE-AM - Defensor
Público).

Questão original: Os antecedentes criminais podem ser considerados


negativamente na aplicação da pena com o registro de atos infracionais,
vedando-se, contudo, para efeitos de reincidência.

JURISPRUDÊNCIA, STJ Segundo o STJ, os atos infracionais não


podem ser considerados para fins de reincidência ou maus
antecedentes, pois tais atos não são crimes. Contudo, ressalta-se que a
prática desses atos pode servir para justificar a decretação ou
manutenção da prisão preventiva (como garantia da ordem pública).

12. Inquéritos policiais e ações penais em curso NÃO PODEM servir para
agravar a pena-base do condenado a título de maus antecedentes e de
personalidade desajustada ou voltada para a criminalidade. (CESPE - 2019 -
PGE-PE - Analista - Superior). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Inquéritos policiais e ações penais em curso podem


servir para agravar a pena-base do condenado a título de maus
antecedentes e de personalidade desajustada ou voltada para a
criminalidade.

SÚMULA 269, STJ É vedada a utilização de inquéritos policiais e


ações penais em curso para agravar a pena-base

JURISPRUDÊNCIA, STJ Para o STJ, mesmo as condenações


criminais transitadas em julgado e não utilizadas para caracterizar a
reincidência somente podem ser valoradas em relação aos

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antecedentes do réu, não se admitindo sua utilização para desvalorar a
personalidade ou a conduta social do agente.
13. Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, apenas
condenações criminais transitadas em julgado podem justificar o
agravamento da pena base. (CESPE - 2015 - TJ-DFT - Analista Judiciário).

14. Sobre a utilização de inquéritos policiais ou as ações penais em curso como


fundamento para aumentar a pena, é correto afirmar: Não é reconhecida pela
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que editou, inclusive, súmula
sobre o tema. (FCC - 2015 - TJ-SC - Juiz de Direito). SÚMULA 269, STJ

15. Sobre a utilização de inquéritos policiais ou as ações penais em curso como


fundamento para aumentar a pena, é correto afirmar: É INCABÍVEL NA
APLICAÇÃO DA PENA PARA AGRAVAR A PENA-BASE, CONFORME
ENTENDIMENTO SUMULADO DO STJ. (FCC - 2015 - TJ-SC - Juiz de Direito).
SÚMULA 269, STJ

Questão original: Sobre a utilização de inquéritos policiais ou as ações


penais em curso como fundamento para aumentar a pena, é correto
afirmar: É cabível na segunda fase e terceira fase de individualização
da pena, mas não pode intervir sobre a fixação da pena-base.

16. Segundo a orientação jurisprudencial dominante no Superior Tribunal de


Justiça, processos criminais em andamento não poderão ser valorados como
prova de antecedentes criminais EM NENHUMA HIPÓTESE. (FAURGS - 2016
- TJ-RS - Juiz de Direito). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Segundo a orientação jurisprudencial dominante no


Superior Tribunal de Justiça, processos criminais em andamento não
poderão ser valorados como prova de antecedentes criminais, salvo na
hipótese de já terem sido objeto de sentença condenatória sobre a
qual se aguarda o julgamento de recursos defensivos.

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17. É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para
agravar a pena-base. (MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor de Justiça).
SÚMULA 269, STJ

18. NÃO É possível a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso


para agravar a pena-base. (VUNESP - 2017 - Prefeitura de Porto Ferreira - SP -
Procurador Jurídico). SÚMULA 269, STJ

Questão original: É possível a utilização de inquéritos policiais e ações


penais em curso para agravar a pena-base, desde que haja
fundamentação por parte do magistrado.

19. Na aplicação da pena, é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações


penais em curso para agravar a pena-base, configurando-se, porém, a má
antecedência se o acusado ostentar condenação por crime anterior, transitada
em julgado após o novo fato. (VUNESP - 2017 - TJ-SP - Juiz de Direito).
SÚMULA 269, STJ

20. DA MESMA FORMA QUE É vedada a utilização de inquéritos policiais em


andamento para aumentar a pena-base, NÃO É possível a utilização de ações
penais em curso para requerer o aumento da referida pena. (CESPE - 2016 - TJ-
DFT - Juiz de Direito). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Embora seja vedada a utilização de inquéritos


policiais em andamento para aumentar a pena-base, é possível a
utilização de ações penais em curso para requerer o aumento da referida
pena.

21. Os antecedentes criminais NÃO PODEM ser verificados a partir da existência


de ações penais em curso E inquéritos policiais na mesma condição. (FCC -
2018 - DPE-AM - Defensor Público). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Os antecedentes criminais podem ser verificados a


partir da existência de ações penais em curso, mas não de inquéritos
policiais na mesma condição.

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22. A sentença condenatória definitiva pela prática de crime posterior NÃO
PODERÁ configurar maus antecedentes caso o trânsito em julgado ocorra antes
do julgamento do primeiro crime. (FGV - 2015 - DPE-MT - Analista - Advocacia).
SÚMULA 269, STJ

Questão original: A sentença condenatória definitiva pela prática de


crime posterior poderá configurar maus antecedentes caso o trânsito em
julgado ocorra antes do julgamento do primeiro crime.

23. Os antecedentes criminais NÃO PODEM aumentar a pena-base acima do


mínimo legal com o registro decorrente da aceitação de transação penal pelo
acusado. (FCC - 2018 - DPE-AM - Defensor Público).

Questão original: Os antecedentes criminais podem aumentar a pena-


base acima do mínimo legal com o registro decorrente da aceitação de
transação penal pelo acusado.

24. Em tema de fixação da pena base, leva-se em consideração a conduta


social, que se refere ao histórico da vida social do condenado. (MPE-PR -
2016 - MPE-PR - Promotor de Justiça).

25. A circunstância judicial da personalidade do agente, MESMO SENDO própria


do direito penal do autor, FOI recepcionada pela Constituição de 1988,
RELATIVAMENTE AO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. (FCC -
2016 - DPE-BA - Defensor Público).

Questão original: A circunstância judicial da personalidade do agente,


por ser própria do direito penal do autor, não foi recepcionada pela
Constituição de 1988.

Observação: Ninguém pode ser punido exclusivamente por razões


pessoais (princípio da responsabilidade pelo fato), mas apenas pelo fato
praticado. Contudo, embora a CF adote o direito penal do fato, nada
impede a valoração da personalidade (circunstâncias pessoas do réu)

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para a fixação da pena em atendimento ao princípio da individualização
da pena.

26. O direito penal do autor poderá servir de fundamento para a redução da


pena quando existirem circunstâncias pessoais favoráveis ao
acusado. (CESPE - PC-MA - 2018 - Delegado de Polícia).

27. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e legais


que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a opção
correta: Uma condenação transitada em julgado de fato posterior ao narrado na
denúncia, não serve para fins de reincidência, BEM COMO NÃO PODE servir
para valorar negativamente a personalidade e a conduta social do agente.
(CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito).

Questão original: Uma condenação transitada em julgado de fato


posterior ao narrado na denúncia, embora não sirva para fins de
reincidência, pode servir para valorar negativamente a personalidade e
a conduta social do agente.

JURISPRUDÊNCIA, STJ A condenação transitada em julgado por fato


posterior ao crime em julgamento não pode ser utilizado para fins de
reincidência bem como para valorar negativamente os antecedentes, a
personalidade ou a conduta social do réu. De outro lado, se a
condenação definitiva corresponder a fato anterior ao delito em
julgamento, mas com o trânsito em julgado posterior, pode ser utilizado
para valorar negativamente os antecedentes do réu.

28. Em tema de fixação da pena base, leva-se em consideração os antecedentes


criminais do agente, que, em razão da aplicação do princípio da inocência, são
considerados apenas as CONDENAÇÕES TRANSITADAS EM JULGADO por
crimes a penas privativas de liberdade, RESTRITIVAS DE DIREITOS OU
MULTA, ANTERIORES ao fato que está sendo julgado. (MPE-PR - 2016 - MPE-
PR - Promotor de Justiça).

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Questão original: Em tema de fixação da pena base, leva-se em
consideração os antecedentes criminais do agente, que, em razão da
aplicação do princípio da inocência, são considerados apenas as
condenações por crimes a penas privativas de liberdade, posteriores
ao fato que está sendo julgado.

29. Valter, maior e capaz, foi preso preventivamente em uma das fases de uma
operação policial. Ele já era réu em outras três ações penais e estava indiciado
em mais dois outros IPs. Nessa situação, as ações penais em curso NÃO
PODEM ser consideradas para eventual agravamento da pena-base referente
ao crime que resultou na prisão preventiva de Valter, BEM COMO os IPs não
podem ser considerados para essa mesma finalidade. (CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Delegado de Polícia). SÚMULA 269, STJ

Questão original: Valter, maior e capaz, foi preso preventivamente em


uma das fases de uma operação policial. Ele já era réu em outras três
ações penais e estava indiciado em mais dois outros IPs. Nessa situação,
as ações penais em curso podem ser consideradas para eventual
agravamento da pena-base referente ao crime que resultou na prisão
preventiva de Valter, mas os IPs não podem ser considerados para essa
mesma finalidade.

30. José da Silva, réu primário e com condenações criminais anteriores, porém
sem trânsito em julgado, confesso, cometeu crime de estelionato contra a
Previdência Social, causando prejuízos significativos à autarquia, sendo
condenado à pena de 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de reclusão e 13 (treze)
dias-multa, em regime inicial aberto. Com base nessas informações, é
CORRETO afirmar: INDEPENDENTEMENTE DE SER primário, o juiz NÃO
PODERIA ter aumentado a pena-base ante as circunstâncias judiciais
FAVORÁVEIS, NÃO PODENDO SOPESAR, para tanto, (CP, art. 59) os
antecedentes criminais e as consequências do delito. (CP, art. 59). (TRF - 3ª
REGIÃO - 2018 - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz federal).

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Questão original: Com base nessas informações, é CORRETO afirmar:
Ainda que primário, o juiz poderia ter aumentado a pena-base ante as
circunstâncias judiciais desfavoráveis, sopesando, para tanto, (CP,
art. 59), os antecedentes criminais e as consequências do delito.

Observação: As circunstâncias judiciais tem caráter residual


(subsidiário), pois só podem ser valoradas quando tais circunstâncias
não constituírem elementos do próprio tipo penal ou circunstâncias legais
(qualificadoras / atenuantes ou agravantes / causas de aumento ou
diminuição da pena), sob pena de bis in idem.

31. Em tema de fixação da pena base, leva-se em consideração as


circunstâncias do crime, as quais não podem coincidir com as circunstâncias
agravantes e atenuantes. (MPE-PR - 2016 - MPE-PR - Promotor de Justiça).

32. Em tema de fixação da pena base, leva-se em consideração as


consequências do crime, sempre excluindo-se aquelas que são as próprias
de cada delito. (MPE-PR - 2016 - MPE-PR - Promotor de Justiça).

33. ADMITE-SE o agravamento da pena-base nos delitos praticados contra a


Administração Pública com fundamento no elevado prejuízo causado aos cofres
públicos, a título de consequências do crime. (FAUEL - 2017 - Prev São José -
PR - Advogado).

Questão original: Não se admite o agravamento da pena-base nos


delitos praticados contra a Administração Pública com fundamento no
elevado prejuízo causado aos cofres públicos, a título de consequências
do crime.

JURISPRUDÊNCIA, STJ Segundo o STJ, os argumentos genéricos ou


as consequências inerentes ao próprio delito não podem ser valoradas
negativamente para fundamentar a circunstância judicial
consequências do crime

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ATENÇÃO: Para o STJ, é perfeitamente admissível o agravamento da
pena-base em relação às consequências do crime com base no valor
do prejuízo sofrido pela vítima. Além disso, nos crimes praticados contra
a Administração Pública, admite-se a exasperação da pena-base com
fundamento no elevado prejuízo causado aos cofres públicos, a título de
consequências do crime.

34. Determinada sentença justificou a dosimetria da pena em um crime de roubo


da forma seguinte: A culpabilidade do réu ficou comprovada, sendo a sua
conduta altamente reprovável; não constam informações detalhadas sobre seus
antecedentes, mas consta que ele foi anteriormente preso em flagrante acusado
de roubo embora não haja prova do trânsito em julgado da condenação e
que responde também a dois inquéritos policiais nos quais é acusado de furtar.
A conduta social do réu não é boa e denota personalidade voltada para o crime;
os motivos e as circunstâncias do crime não favorecem o réu; e as
consequências do fato são muito graves, pois as vítimas, que em nada
contribuíram para a deflagração do ato criminoso, tiveram prejuízo expressivo,
já que houve desbordamento do caminho usualmente utilizado para a
consumação do crime. É relevante observar que, sendo o réu pobre,
semianalfabeto, sem profissão e sem emprego, muito provavelmente voltará ao
crime, fato que, por si, justifica o aumento da pena-base como forma de
prevenção. Tendo em vista os elementos apresentados na justificação hipotética
descrita, assinale a opção correta de acordo com a jurisprudência do STJ.

34.1. Por ser inerente ao crime de roubo, compondo a fase de criminalização


primária, a perda material, NESTE CASO, PODERIA justificar o aumento da
pena-base como consequência negativa do crime. (CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz
de Direito).

Questão original: Por ser inerente ao crime de roubo, compondo a fase


de criminalização primária, a perda material não poderia justificar o
aumento da pena-base como consequência negativa do crime.

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34.2. O juiz NÃO DECIDIU corretamente, pois NÃO APRESENTOU justificação
convincente, baseando-se EM FUNDAMENTOS GENÉRICOS E ILEGAIS.
(CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz de Direito).

Questão original: O juiz decidiu corretamente, pois apresentou


justificação convincente, baseada no princípio do livre
convencimento.

34.3. Considerando que o réu já tinha sido preso em flagrante por roubo e,
mesmo sem o trânsito em julgado da respectiva sentença, ele ainda responde a
dois inquéritos policiais por furtos, NADA OBSTANTE, NÃO JUSTIFICA-SE a
exacerbação da pena-base. (CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz de Direito). SÚMULA
269, STJ

Questão original: Considerando que o réu já tinha sido preso em


flagrante por roubo e, mesmo sem o trânsito em julgado da respectiva
sentença, ele ainda responde a dois inquéritos policiais por furtos,
justifica-se a exacerbação da pena-base.

34.4. O juiz deveria ter levado em conta o fato de as vítimas em nada terem
contribuído para a ocorrência do crime também como motivo para NÃO
EXASPERAR a pena-base do réu, JÁ QUE O COMPORTAMENTO NEUTRO
DAS VÍTIMAS JAMAIS PODE AGRAVAR A PENA-BASE DO RÉU. (CESPE -
2016 - TJ-AM - Juiz de Direito).

Questão original: O juiz deveria ter levado em conta o fato de as vítimas


em nada terem contribuído para a ocorrência do crime também como
motivo para exasperação da pena-base do réu, a fim de atender as
funções repressivas e preventivas da sanção penal.

34.5. A exasperação da pena-base por causa da pobreza, ignorância ou


desemprego caracteriza a prática do que a doutrina denomina direito penal do
inimigo. (CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz de Direito).

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35. Um homem, maior de idade e capaz, conduzia em seu veículo três
comparsas armados com revólveres: eles pretendiam praticar um roubo.
Avistaram um caminhão de cargas estacionado em um posto de gasolina e,
aproveitando-se da distração do motorista, os três comparsas abordaram-no
com violência e subtraíram parte da carga de computadores e notebooks. Os
quatro foram presos logo em seguida e os bens foram restituídos à vítima. Em
julgamento, o homem que transportava os comparsas confessou a conduta e
informou que o seu papel na empreitada criminosa era somente aguardar os
comparsas e propiciar a fuga. Foi informado nos autos que o réu respondia a
processo por crime de roubo, o que foi considerado como antecedente. Na
sentença, ele foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão. Ao
analisar a dosimetria da pena, o juiz considerou que a culpabilidade estava

reprovável, sua personalidade é voltada para o crime; os motivos e as


circunstâncias do crime não o favoreceram; as consequências do crime
revelaram-se graves e as vítimas em nada contribuíram para o seu

assistido pela defensoria pública. Acerca dos fundamentos da sentença proferida


na situação hipotética apresentada, assinale a opção correta, considerando a
jurisprudência dos tribunais superiores. (CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz de Direito).

35.1. As razões apresentadas pelo juiz para analisar a dosimetria da pena são
todas inidôneas para fundamentar acréscimos na pena-base.

35.2. O fato de o réu estar respondendo a processo por crime de roubo NÃO
ENSEJA o agravamento da pena-base. SÚMULA 269, STJ

Questão original: O fato de o réu estar respondendo a processo por


crime de roubo enseja o agravamento da pena-base.

2ª FASE DA DOSIMETRIA DA PENA

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36. As circunstâncias legais são descritas pela lei penal de maneira prévia, ou
na parte geral, ou na parte especial do Código, ou em leis extravagantes.
(MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça).

36. As circunstâncias legais são descritas pela lei penal de maneira prévia, ou
na parte geral, ou na parte especial do Código, ou em leis extravagantes.
(MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça).

Observação: As circunstâncias legais (qualificadoras / atenuantes e


agravantes / causas de aumento e diminuição da pena) estão previstas
na parte geral e especial do CP, bem como em leis extravagantes.

37. A circunstância agravante NÃO INCIDE QUANDO qualifiqua o crime, BEM


COMO QUANDO constitui elementar. (FCC - 2015 - TJ-AL - Juiz de Direito).

Questão original: A circunstância agravante incide ainda que


qualifique o crime, mas não se dele constituir elementar.

Observação: Segundo o CP, as agravantes são circunstâncias legais


que aumentam a pena do réu na segunda fase da dosimetria da pena,
desde que não constituem ou qualificam o crime, sob pena de bis in idem.

ATENÇÃO: Havendo duas ou mais qualificadoras, o juiz deve utilizar


apenas uma delas para qualificar o crime, e a outra será utilizada como
agravante (quando prevista em lei como agravante). Caso contrário, não
havendo previsão legal, ela irá funcionar como circunstância judicial
desfavorável (1ª fase).

38. Reconhecida a incidência de duas ou mais causas de qualificação, APENAS


UMA será utilizada para qualificar o delito, E A OUTRA SERÁ UTILIZADA
COMO CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE (QUANDO PREVISTA EM LEI), OU
COMO CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL, RESIDUALMENTE. (TRF - 2ª Região -
2017 - TRF - 2ª Região - Juiz federal).

23
Questão original: Reconhecida a incidência de duas ou mais causas de
qualificação, ambas serão utilizadas para qualificar o delito,
influenciando a fixação da pena-base que, nesse caso, será
necessariamente definida acima do mínimo previsto no preceito
secundário do tipo qualificado.

39. AS AGRAVANTES previstas no CP são numerus clausus, ou seja, não é


possível invocar circunstância AGRAVANTE que não tenha sido expressamente
prevista no texto legal. (CESPE - 2016 - TJ-DFT - Juiz de Direito).

Questão original: As agravantes e as atenuantes previstas no CP são


numerus clausus, ou seja, não é possível invocar circunstância
atenuante ou agravante que não tenha sido expressamente prevista no
texto legal.

Observação: As agravantes estão descritas de forma taxativa no CP,


pois são prejudiciais ao réu. De forma diversa, as atenuantes estão
previstas em rol exemplificativo, admitindo-se atenuantes não descritas
em lei para beneficiar o réu (atenuantes inominadas).

40. Não ofenderá o princípio da legalidade o juiz que, ao prolatar sentença


condenatória, reconhecer de ofício, em favor do réu, atenuantes que não
estejam previstas em lei nem foram alegadas pelas partes. (CESPE - 2015 -
TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal).

41. A circunstância agravante pode ser reconhecida pelo juiz, ainda que não
alegada pelo Ministério Público, consoante expressa previsão legal. (FCC -
2015 - TJ-AL - Juiz de Direito).

42. As circunstâncias agravantes incidem NÃO APENAS sobre os crimes


dolosos. (CESPE - 2017 - DPE-AL - Defensor Público).
Questão original: As circunstâncias agravantes incidem apenas sobre
os crimes dolosos.

24
Observação: Segundo entendimento dominante pela doutrina e
jurisprudência, as agravantes se aplicam apenas aos crimes dolosos
(e preterdolosos). A única exceção é a agravante da reincidência que
se aplica tanto aos delitos dolosos como culposos.

JURISPRUDÊNCIA, STF O Supremo já admitiu a incidência da


agravante do motivo torpe a crime culposo (no famoso caso do navio
Bateau Mouche i aplicada tal agravante (nos homicídios
culposos), visto que os responsáveis pela embarcação almejavam a
obtenção de lucro fácil

43. Embora prepondere na doutrina o entendimento de que apenas a agravante


genérica da reincidência se aplica aos crimes culposos, já admitiu o Supremo
Tribunal Federal, como tal, em crime culposo, o motivo torpe. (FUNDEP -
Gestão de Concursos - MPE-MG - Promotor de Justiça).

44. A incidência da circunstância atenuante NÃO PODE conduzir à redução da


pena abaixo do mínimo legal. (FCC - 2015 - DPE-MA - Defensor Público).
SÚMULA 231, STJ

Questão original: A incidência da circunstância atenuante pode


conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.

Observação: A lei não determina o percentual de aumento ou


diminuição referente às agravantes ou atenuantes. Por consequência,
nesta 2ª fase, o juiz não pode ultrapassar o máximo legal ou mesmo
reduzir a pena abaixo do mínimo legal.

SÚMULA 231, STJ circunstância atenuante não pode


conduzir à redução da pena abaixo
45. Inexiste, nas agravantes e atenuantes genéricas, previsão legal taxativa
acerca do quantum a ser aplicado, cabendo ao juiz defini-lo. (CESPE - 2017 -
DPE-AL - Defensor Público).

25
46. Na aplicação da pena, a incidência de circunstância atenuante não pode
conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal EM NENHUMA HIPÓTESE.
(VUNESP - 2017 - TJ-SP - Juiz de Direito). SÚMULA 231, STJ

Questão original: Na aplicação da pena, a incidência de circunstância


atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal,
a não ser que utilizada a confissão para a formação do
convencimento do julgador, hipótese em que o réu fará jus à
diminuição, ainda que aquém do piso.

47. Segundo a orientação jurisprudencial dominante no Superior Tribunal de


Justiça, quando da aplicação do método trifásico da pena, o juiz poderá aplicá-
la abaixo do mínimo legal apenas no momento de fixação da pena definitiva,
não sendo possível diminuí-la em momento anterior, ainda que reconhecida
alguma circunstância atenuante. (FAURGS - 2016 - TJ-RS - Juiz de Direito).
SÚMULA 231, STJ

48. Na segunda fase de aplicação da pena, a pena intermediária NÃO PODE ser
fixada abaixo do mínimo legal. (FGV - 2015 - DPE-MT - Analista - Advocacia).
SÚMULA 231, STJ

Questão original: Na segunda fase de aplicação da pena, a pena


intermediária pode ser fixada abaixo do mínimo legal.

49. Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, NÃO DEVE
aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver circunstância atenuante. (CESPE
- 2015 - TJ-PB - Juiz de Direito). SÚMULA 231, STJ

Questão original: Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao


aplicar a pena, deve aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver
circunstância atenuante.
50. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da
pena abaixo do mínimo legal. (CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO -
Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 231, STJ

26
51. No momento de reconhecer a presença de circunstâncias atenuantes e
agravantes, não poderá o magistrado fixar a pena abaixo do mínimo legal ou
acima do máximo cominado ao tipo. (FGV - 2018 - TJ-SC - Técnico Judiciário).
SÚMULA 231, STJ

52. A circunstância agravante NÃO PODE elevar a pena acima do máximo


previsto em lei para o crime. (FCC - 2015 - TJ-AL - Juiz de Direito).

Questão original: A circunstância agravante pode elevar a pena acima


do máximo previsto em lei para o crime.

53. Ronaldo, maior e capaz, e outras três pessoas, também maiores e capazes,
furtaram um veículo que estava parado em um estacionamento público. Depois
de terem retirado pertences do veículo, o abandonaram perto do local do assalto.
O grupo foi preso. Constatou-se que Ronaldo era réu primário, tinha bons
antecedentes e que agira por coação dos outros elementos do grupo. Nessa
situação, se a coação foi resistível, se houver confissão do crime e se as
circunstâncias atenuantes preponderarem sobre as agravantes, a pena de
Ronaldo NÃO PODERÁ ser reduzida para abaixo do mínimo legal. (CESPE -
2018 - Polícia Federal - Delegado de Polícia). SÚMULA 231, STJ

Questão original: Nessa situação, se a coação foi resistível, se houver


confissão do crime e se as circunstâncias atenuantes preponderarem
sobre as agravantes, a pena de Ronaldo poderá ser reduzida para
abaixo do mínimo legal.

54. Constitui circunstância agravante a prática de crime por motivo fútil ou


torpe. (MPE-RS - 2017 - MPE-RS - Secretário de Diligências).

55. É circunstância que sempre AGRAVA a pena ter o agente cometido o crime
em estado de embriaguez preordenada. (CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª
REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária).

Questão original: É circunstância que sempre atenua a pena ter o


agente cometido o crime em estado de embriaguez preordenada.

27
Observação: As circunstâncias agravantes mais cobradas em provas
são:

a) a reincidência;

b) ter o agente cometido o crime: por motivo fútil ou torpe; contra


ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; contra criança, maior de 60
(sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; em estado de embriaguez
preordenada.

56. Após uma discussão, Carlos desferiu ameaça contra a vida de Luís. Para ter
coragem de executar o que foi dito, Carlos ingeriu bebida alcoólica. Nessa
situação, caso seja condenado, a ingestão de bebida alcoólica será
RELEVANTE na dosimetria da pena. (CESPE - 2015 - TJ-PB - Juiz de Direito).

Questão original: Após uma discussão, Carlos desferiu ameaça contra


a vida de Luís. Para ter coragem de executar o que foi dito, Carlos ingeriu
bebida alcoólica. Nessa situação, caso seja condenado, a ingestão de
bebida alcoólica será irrelevante na dosimetria da pena.

57. Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve


agravar a sanção a ser aplicada a quem tiver coagido outrem a praticar o crime
no caso de concurso de pessoas. (CESPE - 2015 - TJ-PB - Juiz de Direito).

58. Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa


de terras, planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após
analisar detidamente a rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento
oportuno para efetivar seu plano. O Código Penal NÃO DISPÕE o planejamento
prévio à prática do intento criminoso como circunstância de agravamento
genérico da pena. (CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia).

Questão original: Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças


decorrentes de disputa de terras, planeja matar seu desafeto Paulo,
também maior e capaz. Após analisar detidamente a rotina de Paulo,

28
Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano. O
Código Penal dispõe o planejamento prévio à prática do intento
criminoso como circunstância de agravamento genérico da pena.

59. A confissão do réu é uma circunstância atenuante que implica a redução da


pena, CONTUDO, NÃO PODE REDUZIR A PENA ABAIXO do mínimo legal
previsto para o caso em tela.

Questão original: A confissão do réu é uma circunstância atenuante que


implica a redução da pena para menos do mínimo legal previsto para o
caso em tela.

Observação: As circunstâncias atenuantes mais cobradas em provas


são:

a) ser o agente menor de 21 (menoridade relativa), na data do fato, ou


maior de 70 anos (senilidade), na data da sentença;

b) o desconhecimento da lei;

c) ter o agente confessado espontaneamente, perante a autoridade, a


autoria do crime;

d) ter o agente cometido o crime por motivo de relevante valor social ou


moral.

ATENÇÃO: A pena poderá ser ainda atenuada em razão de


circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não
prevista expressamente em lei (atenuantes inominadas ou atenuantes de
clemência).

60. A confissão judicial do réu implica em REDUÇÃO DA PENA em face da


presença de CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE. (MPE-SP - 2017 - MPE-SP -
Promotor de Justiça).

29
Questão original: A confissão judicial do réu implica em redução
máxima da pena em face da presença de causa especial de
diminuição de pena.

61. A confissão judicial do réu implica em diminuição de sua pena


INTERMEDIÁRIA. (MPE-SP - 2017 - MPE-SP - Promotor de Justiça).

Questão original: A confissão judicial do réu implica em diminuição de


sua pena final.

62. NÃO APENAS à confissão qualificada se impõe a incidência de atenuante


na segunda fase da dosimetria da pena. (CESPE - 2017 - MPE-RR - Promotor
de Justiça).

Questão original: Apenas à confissão qualificada se impõe a incidência


de atenuante na segunda fase da dosimetria da pena.

Observação: A confissão qualificada é aquela em que o réu reconhece


ter praticado o fato, contudo, alega tese de exclusão da ilicitude ou da
culpabilidade (essa confissão funciona como circunstância atenuante
para o STJ, mas não para o STF).

ATENÇÃO: Não só a confissão qualificada, mas qualquer confissão (seja


parcial ou com retratação posterior) pode funcionar como circunstância
atenuante, desde que utilizada pelo juiz como fundamento para embasar
a condenação.

SÚMULA 545, STJ confissão for utilizada para a formação


do convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no

63. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e legais


que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a opção
correta: A confissão espontânea em delegacia de polícia DEVE servir como
circunstância atenuante, AINDA QUE O RÉU SE RETRATE sobre essa

30
declaração em juízo, DESDE QUE A CONFISSÃO SEJA UTILIZADA PELO
JUIZ COMO FUNDAMENTO PARA EMBASAR CONDENAÇÃO. (CESPE -
2019 - TJ-BA - Juiz de Direito). SÚMULA 545, STJ

Questão original: A confissão espontânea em delegacia de polícia pode


servir como circunstância atenuante, desde que o réu não se retrate
sobre essa declaração em juízo.

64. Confissão ocorrida na delegacia de polícia e não confirmada em juízo PODE


ser utilizada como atenuante, QUANDO o juiz a utilize para fundamentar o seu
convencimento. (CESPE - 2017 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Procurador
Municipal). SÚMULA 545, STJ

Questão original: Confissão ocorrida na delegacia de polícia e não


confirmada em juízo não pode ser utilizada como atenuante, mesmo que
o juiz a utilize para fundamentar o seu convencimento.

65. A confissão espontânea na delegacia de polícia retratada em juízo deverá


ser considerada atenuante da confissão espontânea, DESDE QUE o magistrado
A utilize para fundamentar a condenação do réu. (CESPE - 2019 - DPE-DF -
Defensor Público). SÚMULA 545, STJ

Questão original: A confissão espontânea na delegacia de polícia


retratada em juízo deverá ser considerada atenuante da confissão
espontânea, ainda que o magistrado não a utilize para fundamentar a
condenação do réu.

66. A retratação, em juízo, da anterior confissão na fase de investigação, obsta


a aplicação da atenuante da confissão espontânea, a não ser que a confissão
retratada venha a ser considerada na fundamentação da sentença. (MPDFT -
2015 - MPDFT - Promotor de Justiça). SÚMULA 545, STJ

67. A confissão do acusado PODERÁ ser levada em consideração na dosimetria


da pena se for alegada alguma causa excludente de antijuridicidade ou

31
culpabilidade (confissão qualificada). (TRF - 3ª REGIÃO - 2018 - TRF - 3ª
REGIÃO - Juiz federal). SÚMULA 545, STJ

Questão original: A confissão do acusado não poderá ser levada em


consideração na dosimetria da pena se for alegada alguma causa
excludente de antijuridicidade ou culpabilidade (confissão qualificada).

68. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e legais


que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a opção
correta: A confissão qualificada, na qual o réu alega em seu favor causa
descriminante ou exculpante, não afasta a incidência da atenuante de
confissão espontânea. (CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito). SÚMULA 545,
STJ

69. Conforme o STJ, aquele que, ao juiz, admite a autoria de um crime, ainda
que alegue, em seu favor, a existência de causa excludente de ilicitude, pode
se beneficiar da atenuante genérica relativa à confissão espontânea. (CESPE
- 2015 - TRE-MT - Analista). SÚMULA 545, STJ

70. Em determinado processo por furto qualificado pelo rompimento de


obstáculo, o réu confessou a subtração do bem, porém, negou o arrombamento.
Em caso de condenação, no que pertine à aplicação da pena, a confissão parcial
dos fatos: impõe a incidência da atenuante genérica da confissão
espontânea. (FGV - 2015 - TJ-PI - Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador).

71. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da


pena: Ser o agente menor de 21 anos NA DATA DO FATO e maior de setenta
anos na DATA DA SENTENÇA. (CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas


na aplicação da pena: Ser o agente menor de 21 anos e maior de setenta
anos na data do fato.

32
72. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ser o agente menor de 21
(vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (SETENTA) ANOS, na data da
sentença. (NUCEPE - 2017 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: São circunstâncias que sempre atenuam a pena ser o


agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 60
(sessenta) anos, na data da sentença.

73. No momento da fixação da pena, deverá o juiz considerar a menoridade


relativa do agente na segunda fase do cálculo da pena (circunstâncias
atenuantes e agravantes). (VUNESP - 2015 - MPE-SP - Analista de Promotoria
- Assistente Jurídico).

74. A circunstância atenuante referente à senilidade é definida pelo CÓGIDO


PENAL. (CESPE - 2017 - DPE-AL - Defensor Público).

Questão original: A circunstância atenuante referente à senilidade é


definida pelo Estatuto do Idoso.

75. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ter o agente cometido o
crime por motivo de relevante valor social ou moral. (NUCEPE - 2017 - SEJUS-
PI - Agente Penitenciário - Superior).

76. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da


pena: O desconhecimento da lei. (CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

77. O desconhecimento da lei é uma causa atenuante. (CONSULPLAN - 2017


- TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária).
78. O desconhecimento da lei é inescusável, CONTUDO, CONSTITUI
circunstância atenuante da pena. (MPE-RS - 2017 - MPE-RS - Secretário de
Diligências).

Questão original: O desconhecimento da lei é inescusável, razão pela


qual não constitui circunstância atenuante da pena.

33
79. Constitui atenuante genérica o DESCONHECIMENTO DA LEI, embora o
desconhecimento da lei seja inescusável. (CESPE - 2017 - DPE-AL - Defensor
Público).

Questão original: Constitui atenuante genérica o erro sobre a ilicitude


do fato, embora o desconhecimento da lei seja inescusável.

80. São circunstâncias que sempre atenuam a pena ter o agente cometido o
crime por motivo de relevante valor social ou moral. (NUCEPE - 2017 - SEJUS-
PI - Agente Penitenciário - Superior).

81. Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente


Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita
raiva, Carlos foi à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um
revólver pertencente à corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao
clube depois de quarenta minutos, armado com o revólver, sob a influência de
emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra a
cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida. Por ter
agido influenciado por emoção extrema, Carlos poderá ser beneficiado pela
incidência de CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE. (CESPE - 2018 - PC-SE -
Delegado de Polícia).

Questão original: Por ter agido influenciado por emoção extrema, Carlos
poderá ser beneficiado pela incidência de causa de diminuição de
pena.

82. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da


pena: Ter o agente cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto,
se não o provocou. (CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas
e de Registros).

83. Após regular instrução processual penal na qual o réu Sandro se defendeu
de denúncia ofertada pelo Ministério Público dando-o como incurso no art. 155
§4º, incisos II e III, do Código Penal, comprovou-se que o acusado, pulando um
muro de três metros de altura e se utilizando de uma chave falsa, acessou uma

34
residência quando o morador estava viajando e subtraiu de lá um relógio
avaliado em aproximadamente R$ 10.000,00. Descoberta a autoria, por um
vizinho que conhecia o réu e o viu entrando no local, Sandro foi eventualmente
denunciado e, no dia da audiência de instrução, ao ser interrogado, confessou o
crime e, por estar respondendo em liberdade, trouxe o relógio íntegro, para
devolver para a vítima, se dizendo arrependido. Nesse contexto, é correto
afirmar: O réu faz jus ao reconhecimento da atenuante genérica do art. 65,

(IESES - TJ-SC - 2019 - Titular de Serviços de Notas e de Registros).

84. Na aplicação da pena, o desconhecimento da lei constitui circunstância


atenuante, podendo ainda a pena ser atenuada em razão de fato relevante,
embora não previsto em lei, anterior OU POSTERIOR ao crime. (VUNESP - 2017
- TJ-SP - Juiz de Direito).

Questão original: Na aplicação da pena, o desconhecimento da lei


constitui circunstância atenuante, podendo ainda a pena ser atenuada
em razão de fato relevante, embora não previsto em lei, desde que
necessariamente anterior ao crime.

85. A clemência incide em circunstâncias anteriores OU POSTERIORES à


prática do crime, EMBORA NÃO PREVISTAS expressamente no CP. (CESPE -
2017 - DPE-AL - Defensor Público).

Questão original: A clemência incide em circunstâncias anteriores OU


POSTERIORES à prática do crime, nas hipóteses previstas
expressamente no CP.
86. São circunstâncias atenuantes, a serem consideradas na aplicação da
pena: Circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não
prevista expressamente em lei. (CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

87. Que, para a incidência da atenuante da clemência, é PRESCINDÍVEL que


não tenha sido reconhecida a configuração de qualquer outra expressamente

35
prevista em lei. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE-MG - Promotor de
Justiça).

Questão original: Que, para a incidência da atenuante da clemência, é


imprescindível que não tenha sido reconhecida a configuração de
qualquer outra expressamente prevista em lei.

88. No concurso de AGRAVANTES E ATENUANTES, a pena deve aproximar-


se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como
tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade e da
reincidência. (FCC - 2015 - TJ-RR - Juiz de Direito).

Questão original: No concurso de causas de aumento ou de


diminuição, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas
circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que
resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade e da
reincidência.

Observação: Havendo a presença de agravantes e atenuantes


simultaneamente, a regra geral é pela compensação entre elas
(equivalência das circunstâncias). Excepcionalmente, não haverá a
compensação se houver alguma circunstância preponderante, isto é,
aquele que resulta dos motivos determinantes do crime, da
personalidade do agente e da reincidência.

89. INDEPENDENTEMENTE DE TER SIDO fixada a pena-base em seu mínimo


legal, NÃO É possível compensar a atenuante da confissão espontânea e o
aumento referente à continuidade delitiva. (TRF - 2ª Região - 2017 - TRF - 2ª
Região - Juiz federal).

Questão original: Fixada a pena-base em seu mínimo legal, é possível


compensar a atenuante da confissão espontânea e o aumento referente
à continuidade delitiva.

36
90. No concurso de circunstâncias legais, a pena deve aproximar-se do limite
indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que
resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente
e da reincidência. (UFPR - 2018 - COREN-PR - Advogado).

91. Dispõe o Código Penal que, no concurso de agravantes e atenuantes, a


pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias
preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos
determinantes do crime, da personalidade do agente e da: reincidência. (CS-
UFG - 2017 - TJ-GO - Juiz Leigo).

92. No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do


limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais
as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do
agente e da reincidência. (CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista
Judiciário - Área Judiciária).

93. No concurso de agravantes e atenuantes entende-se por circunstâncias


preponderantes as que resultam dos motivos determinantes do crime, da
personalidade do agente e da REINCIDÊNCIA. (FCC - 2015 - DPE-MA -
Defensor Público).

Questão original: No concurso de agravantes e atenuantes entende-se


por circunstâncias preponderantes as que resultam dos motivos
determinantes do crime, da personalidade do agente e da primariedade.

94. A circunstância agravante PODE PREPONDERAR sobre circunstância


atenuante. (FCC - 2015 - TJ-AL - Juiz de Direito).

Questão original: A circunstância agravante nunca prepondera sobre


circunstância atenuante.

95. A confissão judicial do réu implica em compensação com eventual


AGRAVANTE. (MPE-SP - 2017 - MPE-SP - Promotor de Justiça).

37
Questão original: A confissão judicial do réu implica em compensação
com eventual majorante.

JURISPRUDÊNCIA, STJ Admite-se a compensação entre a


atenuante da confissão espontânea com as seguintes agravantes:
reincidência, promessa de recompensa, ou violência contra a mulher.

JURISPRUDÊNCIA, STF A agravante da reincidência prepondera


sobre a atenuante da confissão espontânea.

ATENÇÃO: Para o STJ, se o réu for multireincidente não se aplica a


compensação com a confissão espontânea, preponderando a
reincidência (em obediência aos princípios da proporcionalidade e da
individualização da pena).

96. A confissão judicial do réu implica em compensação com eventual


circunstância agravante. (MPE-SP - 2017 - MPE-SP - Promotor de Justiça).

97. ADMITE-SE compensação da atenuante da confissão espontânea com a


agravante da reincidência. (CESPE - 2017 - MPE-RR - Promotor de Justiça).

Questão original: Não se admite compensação da atenuante da


confissão espontânea com a agravante da reincidência.

98. É possível, na segunda fase da dosimetria da pena, a compensação da


atenuante da confissão espontânea com a agravante da reincidência, não
havendo preponderância. (TRF - 2ª Região - 2017 - TRF - 2ª Região - Juiz
federal).

99. A atenuante da confissão espontânea NÃO É preponderante em relação à


reincidência, POSSIBILITANDO a compensação plena entre uma e outra na
segunda fase da dosimetria. (CESPE - 2017 - TRE-TO - Analista Judiciário - Área
Judiciária).

38
Questão original: A atenuante da confissão espontânea é
preponderante em relação à reincidência, impossibilitando a
compensação plena entre uma e outra na segunda fase da dosimetria.

100. Um homem, maior de idade e capaz, foi preso em flagrante por ter subtraído
duas garrafas de uísque de um supermercado. A observação da ação delituosa
por meio do sistema de vídeo do estabelecimento permitiu aos seguranças a
detenção do homem no estacionamento e a recuperação do produto furtado. O
valor do produto subtraído equivalia a pouco mais de um terço do valor do salário
mínimo vigente à época. Na fase investigatória, constatou-se que o agente do
delito possuía condenação transitada em julgado por fato semelhante e que
respondia por outras três ações penais em curso. Tendo como referência essa
situação hipotética, assinale a opção correta, considerando a jurisprudência dos
tribunais superiores: É CABÍVEL ao caso a compensação integral da atenuante
de confissão espontânea e da agravante de reincidência específica. (CESPE -
2018 - TJ-CE - Juiz de Direito).

Questão original: Não cabe ao caso a compensação integral da


atenuante de confissão espontânea e da agravante de reincidência
específica.

101. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e


legais que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a
opção correta: A múltipla reincidência AFASTA a necessidade de integral
compensação entre a atenuante da confissão espontânea e a agravante da
reincidência, haja vista a PREPONDERÂNCIA DA AGRAVANTE DA
REINCIDÊNCIA QUANDO O RÉU FOR MULTIREINCIENTE. (CESPE - 2019 -
TJ-BA - Juiz de Direito).

Questão original: A múltipla reincidência não afasta a necessidade de


integral compensação entre a atenuante da confissão espontânea e a
agravante da reincidência, haja vista a igual preponderância entre as
referidas circunstâncias legais.

39
102. No momento da aplicação da pena, o juiz pode compensar a atenuante da
confissão espontânea com a agravante da promessa de recompensa.
(CESPE - 2017 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Procurador Municipal).

103. No caso de concurso entre a atenuante da confissão espontânea e a


agravante de violência contra a mulher, é correto afirmar que: a agravante da
violência contra a mulher e a atenuante da confissão espontânea se
compensam, por serem igualmente preponderantes. (FGV - 2015 - TJ-PI -
Analista Judiciário).

REINCIDÊNCIA
PENAL

104. Os Tribunais Superiores reconheceram a RECEPÇÃO da reincidência pela


Constituição de 1988, EM CONSIDERAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. (FCC - 2016 - DPE-BA - Defensor Público).

Questão original: Por violar o direito penal do autor e o princípio do


ne bis in idem, os Tribunais Superiores reconheceram a não recepção
da reincidência pela Constituição de 1988.

105. A reincidência NÃO É elemento típico do direito penal do fato e tem


determinação NO AGRAVAMENTO DA PENA (CIRCUNSTÂNCIA
AGRAVANTE). (FCC - 2018 - DPE-AM - Defensor Público).

Questão original: A reincidência é elemento típico do direito penal do


fato e tem determinação na adequação típica da conduta criminosa.

Observação: A reincidência é analisada na segunda fase da dosimetria


da pena, funcionando como circunstância agravante ao réu.

106. No momento da fixação da pena, deverá o juiz considerar a reincidência do


agente na SEGUNDA FASE do cálculo. (VUNESP - 2015 - MPE-SP - Analista
de Promotoria - Assistente Jurídico).

40
Questão original: No momento da fixação da pena, deverá o juiz
considerar a reincidência do agente na primeira fase do cálculo, no
momento da análise dos seus antecedentes.

107. Considera-se reincidente o agente que comete novo crime DEPOIS de


transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior. (MPE-RS - 2017 - MPE-RS - Secretário de
Diligências).

Questão original: Considera-se reincidente o agente que comete novo


crime antes de transitar em julgado a sentença que, no País ou no
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.

Observação: São os requisitos para a configuração da reincidência:

1º - prática de um crime (no Brasil ou em outro país);

2º - condenação definitiva por esse crime;

3º - prática de novo crime (após a data da condenação definitiva


do crime anterior).

108. Quanto à aplicação da pena HÁ reincidência quando o agente pratica uma


contravenção depois de transitar em julgado uma sentença que, no Brasil, o
tenha definitivamente condenado por um crime, mas, diversamente, NÃO
VERIFICA-SE, no entanto, a reincidência quando o agente pratica um crime
depois de passar em julgado uma sentença que, no Brasil, o tenha condenado
por uma contravenção. (FCC - 2017 - DPE-RS - Analista - Processual).

Questão original: Quanto à aplicação da pena não há reincidência


quando o agente pratica uma contravenção depois de transitar em
julgado uma sentença que, no Brasil, o tenha definitivamente condenado
por um crime, mas, diversamente, verifica-se, no entanto, a reincidência
quando o agente pratica um crime depois de passar em julgado uma
sentença que, no Brasil, o tenha condenado por uma contravenção.

41
Observação: São as hipóteses em que se verifica a reincidência:

a) crime + crime: gera reincidência;

b) crime + contravenção penal: gera reincidência;

c) contravenção penal + contravenção penal: gera reincidência;

ATENÇÃO: contravenção penal + crime: não gera reincidência


(por omissão legislativa).

109. A reincidência se verifica quando o agente comete novo crime depois de


condenação criminal definitiva por CRIME. (FCC - 2018 - DPE-AM - Defensor
Público).

Questão original: A reincidência se verifica quando o agente comete


novo crime depois de condenação criminal definitiva por contravenção
penal.

110. A prática de contravenção, depois de condenação prévia transitada em


julgado por crime, ENSEJA reincidência. (IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de
Serviços de Notas e de Registros).

Questão original: A prática de contravenção, depois de condenação


prévia transitada em julgado por crime, não enseja reincidência.
111. A prática de crime, depois de condenação prévia transitada em julgado por
contravenção penal, não enseja reincidência. (IESES - 2019 - TJ-SC - Titular
de Serviços de Notas e de Registros).

112. O agente que pratica contravenção penal, sendo condenado com trânsito
em julgado, e depois pratica crime, sendo novamente condenado com trânsito
em julgado, NÃO É reincidente. (MPDFT - 2015 - MPDFT - Promotor de Justiça).

42
Questão original: O agente que pratica contravenção penal, sendo
condenado com trânsito em julgado, e depois pratica crime, sendo
novamente condenado com trânsito em julgado, é reincidente.

113. Condenação anterior por delito de porte de substância entorpecente


para consumo próprio não faz incidir a circunstância agravante relativa à
reincidência, ainda que não tenham decorrido cinco anos entre a condenação
e a infração penal posterior. (CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público).

JURISPRUDÊNCIA, STJ Segundo o STJ, a condenação anterior pelo


crime do art. 28 da Lei de Drogas (porte de drogas para consumo
próprio) não é apta a gerar reincidência, sob o fundamento de que se
a própria contravenção penal (que tem pena de prisão simples) não gera
reincidência, mostra-se totalmente desproporcional a utilização deste
delito (que sequer tem pena de prisão) para fins de reincidência.

114. Para efeito de reincidência não prevalece a condenação anterior, se


entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver
decorrido período de tempo superior a 5 (CINCO) ANOS, computado o período
de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação.
(NUCEPE - 2017 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário - Superior).

Questão original: Para efeito de reincidência não prevalece a


condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da
pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a a
2 (dois) anos, computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação.

Observação: Em relação aos efeitos da reincidência:

- não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento


ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de
tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da

43
suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação
(período depurador).

- não se consideram os crimes militares próprios e políticos.

JURISPRUDÊNCIA, STF No que diz respeito à condenação anterior,


em relação aos maus antecedentes, apesar de o CP ter adotado o
sistema da perpetuidade, o STF acolheu o sistema da temporariedade,
sob o fundamento de que se a própria reincidência desaparece após
cincos anos da extinção da pena, os maus antecedentes (que é menos
grave que a reincidência) também deve desaparecer.

115. Para efeitos de reincidência em conformidade com o disposto no Código


Penal, considera-se reincidente o sujeito que tenha cometido novo crime: depois
de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior, cujo período entre o cumprimento ou a extinção
da pena não exceda a 5 ANOS em relação ao novo delito. (INSTITUTO AOCP -
2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Para efeitos de reincidência em conformidade com o


disposto no Código Penal, considera-se reincidente o sujeito que tenha
cometido novo crime: depois de transitar em julgado a sentença que, no
País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior, cujo
período entre o cumprimento ou a extinção da pena não exceda a 3 anos
em relação ao novo delito. (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão
de Polícia Civil).

116. Para efeitos de reincidência em conformidade com o disposto no Código


Penal, considera-se reincidente o sujeito que tenha cometido novo crime: depois
de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior, CUJO PERÍODO entre o cumprimento ou a
extinção da pena em relação ao novo delito NÃO EXCEDA 5 ANOS.
(INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia Civil).

44
Questão original: Para efeitos de reincidência em conformidade com o
disposto no Código Penal, considera-se reincidente o sujeito que tenha
cometido novo crime: depois de transitar em julgado a sentença que, no
País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior,
independentemente do tempo que tenha ocorrido entre o
cumprimento ou a extinção da pena em relação ao novo delito.

117. Para efeitos de reincidência em conformidade com o disposto no Código


Penal, considera-se reincidente o sujeito que tenha cometido novo crime:
depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o
tenha condenado por crime anterior, cujo período entre o cumprimento ou a
extinção da pena não exceda a 5 anos em relação ao novo delito. (INSTITUTO
AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia Civil).

118. Para efeitos de reincidência em conformidade com o disposto no Código


Penal, considera-se reincidente o sujeito que tenha cometido novo crime:
DEPOIS de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o
tenha condenado por crime anterior, cujo período entre o cumprimento ou a
extinção da pena não exceda a 5 anos em relação ao novo delito. (INSTITUTO
AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia Civil).

Questão original: Para efeitos de reincidência em conformidade com o


disposto no Código Penal, considera-se reincidente o sujeito que tenha
cometido novo crime: antes de transitar em julgado a sentença que, no
País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior, cujo
período entre o cumprimento ou a extinção da pena não exceda a 5 anos
em relação ao novo delito.

119. Na aplicação da pena, a reincidência não pode ser considerada como


circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial, não
prevalecendo a condenação anterior, contudo, se entre a data do
CUMPRIMENTO OU EXTINÇÃO DA PENA e a infração posterior tiver decorrido
período de tempo superior a 5 (cinco) anos. (VUNESP - 2017 - TJ-SP - Juiz de
Direito).

45
Questão original: Na aplicação da pena, a reincidência não pode ser
considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como
circunstância judicial, não prevalecendo a condenação anterior, contudo,
se entre a data do trânsito em julgado para a acusação da
condenação anterior e a infração posterior tiver decorrido período de
tempo superior a 5 (cinco) anos.

120. Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou


extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior
a 5 anos, computado o período de prova do livramento condicional ou DA
SUSPENSÃO, SE NÃO OCORRER REVOGAÇÃO. (FCC - 2016 - DPE-BA -
Defensor Público).

Questão original: Não prevalece a condenação anterior, se entre a data


do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido
período de tempo superior a 5 anos, computado o período de prova do
livramento condicional ou do regime aberto.

121. A reincidência deixa de ser considerada se transcorrer período DE TEMPO


SUPERIOR A 5 anos da data DO CUMPRIMENTO OU EXTINÇÃO DA PENA.
(FCC - 2018 - DPE-AM - Defensor Público).

Questão original: A reincidência deixa de ser considerada se transcorrer


período de 5 anos da data em que foi progredido ao regime aberto e
o novo crime praticado.

122. À luz da jurisprudência do STJ a respeito das circunstâncias judiciais e


legais que devem ser consideradas quando da aplicação da pena, assinale a
opção correta: A reincidência penal NÃO PODE ser utilizada simultaneamente
como circunstância agravante e como circunstância judicial. (CESPE - 2019 - TJ-
BA - Juiz de Direito). SÚMULA 241, STJ

46
Questão original: A reincidência penal pode ser utilizada
simultaneamente como circunstância agravante e como circunstância
judicial.

SÚMULA 241, STJ A reincidência penal não pode ser considerada


como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância
judicial

123. De acordo com preceito expresso do CP, a reincidência penal não pode ser
considerada, ao mesmo tempo, circunstância agravante e circunstância judicial,
DESDE QUE o sentenciado seja reincidente em mais de um delito. (CESPE -
2015 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal). SÚMULA 241, STJ

Questão original: De acordo com preceito expresso do CP, a


reincidência penal não pode ser considerada, ao mesmo tempo,
circunstância agravante e circunstância judicial, ainda que o sentenciado
seja reincidente em mais de um delito.

. A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância


agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. (FCC - 2017 - TRF
- 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária). SÚMULA 241, STJ

124. Consoante o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça, a


reincidência penal NÃO PODE ser considerada como circunstância agravante e,
simultaneamente, como circunstância judicial. (FAURGS - 2016 - TJ-RS - Juiz
de Direito). SÚMULA 241, STJ

Questão original: Consoante o entendimento consolidado do Superior


Tribunal de Justiça, a reincidência penal pode ser considerada como
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.
125. A reincidência penal NÃO PODE ser considerada como circunstância
agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. (FCC - 2015 - DPE-
MA - Defensor Público). SÚMULA 241, STJ

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Questão original: A reincidência penal pode ser considerada como
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.

126. A circunstância agravante da reincidência NÃO PODE ser considerada


simultaneamente como circunstância judicial. (FCC - 2015 - TJ-AL - Juiz de
Direito). SÚMULA 241, STJ

Questão original: A circunstância agravante da reincidência pode ser


considerada simultaneamente como circunstância judicial.

127. Senhor X está preso e denunciado por crime do art. 157, caput, do Código
Penal (roubo simples), cometido em 20/12/2016. Considerando-se que Senhor
X possui outras três condenações por crimes praticados anteriormente
(Sentença 01, proferida em 07/05/2015 e trânsito em julgado em 21/05/2015,
enquanto a Sentença 02, proferida em 22/12/2016, ainda não transitada em
julgado, e na terceira condenação, Sentença 03, proferida em 20/06/2016, não
transitada em julgado), na data da sentença, em 01/03/2017, será considerado
para fins de aplicação da pena, nos termos do art. 61, I do Código Penal: sem
antecedentes e reincidente. (CONSUPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços
de Notas e de Registros).

128. A, B, e C se conheceram quando estavam recolhidos na Penitenciária


Nelson Hungria. Posteriormente, estando em meio aberto, eles se
reencontraram e decidiram praticar um crime juntos. Assim, agindo em
comunhão de vontades e unidade desígnios, no dia 18/09/2017, cometeram um
latrocínio com resultado morte, sendo a prisão em flagrante convertida em
medidas cautelares diversas da prisão. Após regular instrução, o Juiz proferiu
sentença, condenando os agentes pela prática do crime do artigo 157, § 3º, in
fine, do Código Penal. Ao passar à fase de aplicação da pena, o magistrado,
analisando as certidões cartorárias de antecedentes de cada um dos réus,
constatou que A possui uma condenação transitada em julgado em 10/08/2012,
com extinção da pena em 15/05/2016. B possui duas condenações: a primeira
transitada em julgado em 05/05/2003, com extinção da pena em 23/07/2016 e a
segunda transitada em julgado em 07/02/2011, cuja execução ainda se encontra

48
em curso. C possui duas condenações, uma por crime praticado quando ele era
menor de 21 (vinte e um) anos, transitada em julgado em 03/04/2005, cuja
extinção da pena se deu 10/10/2014 e outra por fato praticado em 25/12/2017,
com trânsito em julgado em 01/08/2018, cuja execução se encontra em
andamento. Levando-se em conta as disposições previstas no Código Penal,
analise as afirmativas: (CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - Juiz de Direito).

128.1. Em desfavor do deve ser reconhecida a agravante da


reincidência, prevista no artigo 61, I, do Código Penal.

128.2. REINCIDENTE, podendo os dados constantes em sua


certidão de antecedentes criminais serem considerados em seu desfavor.

Questão original: tecnicamente primário, não podendo os


dados constantes em sua certidão de antecedentes criminais serem
considerados em seu desfavor.

128.3. gistra DUAS CONDENAÇÕES caracterizadora da


reincidência.

Questão original: uma única condenação


caracterizadora da reincidência.

128.4. MAS NÃO PODERÁ SER CONSIDERADO


COMO portador de maus antecedentes AO MESMO TEMPO, SOB PENA DE
BIS IN IDEM. SÚMULA 241, STJ

Questão original: portador de maus


antecedentes.

129. Vanessa foi denunciada como incursa no delito de furto qualificado, porque,
no dia 05 de abril de 2018, teria subtraído, mediante abuso de confiança, R$
1.000,00 da loja onde trabalhava como gerente. Realizada audiência, a Juíza
condenou a ré, nos termos da denúncia. Ao realizar a dosimetria da pena, a
Julgadora fixou a pena base no mínimo legal. Na segunda fase, aplicou a

49
agravante da reincidência e aumentou a pena em 1/6 (um sexto), sob o
fundamento de que a ré possuía uma condenação anterior transitada em julgado
antes da prática desse novo delito. Em relação à condenação anterior de
Vanessa, alegou a Juíza que, embora tenha ela recebido livramento condicional
em 21 de março de 2011 e o direito não tenha sido revogado, o livramento
somente expirou em 21 de março de 2015, sendo que a decisão que declarou
extinta a pena foi proferida em 26 de maio de 2016. Assim, com base tão
somente na reincidência da ré, a Magistrada impôs o regime fechado para início
de cumprimento da pena. Considerando a pena e o regime fixados, a decisão
proferida está: errada, porque a condenação anterior mencionada pela Juíza
já foi atingida pelo período depurador, logo, a ré é primária, podendo ser
aplicado o regime inicial aberto, uma vez que a pena fixada é inferior a
quatro anos. (FCC - 2019 - DPE-SP - Defensor Público).

130. Ricardo foi preso em flagrante por crime de estelionato em fevereiro de 2005
em Corumbá-MS, sendo definitivamente condenado, dois meses depois, à pena
de reclusão de dois anos. Cumprida a condenação, resolveu ir ao Paraguai
visando a novas oportunidades. Porém, desempregado, voltou a delinquir em
solo estrangeiro, sendo condenado no mês de setembro de 2008 à pena de três
anos por crime de roubo. Em janeiro de 2009, enquanto aguardava em liberdade
o julgamento de seu recurso, fugiu para a cidade de Ponta Porã-MS, fixando
residência. Nesta cidade, trabalhou como garçom no "Bar da Cana" até março
de 2012, quando foi preso pela Polícia Militar por utilizar o local como ponto de
venda de drogas. Na sentença pelo crime de tráfico de drogas (artigo 33, da Lei
n° 11.343/2006), o julgador agravou a pena de Ricardo por considerá-lo
reincidente. Quanto à decisão, assinale a alternativa correta: O sentenciante
agravou corretamente a pena, pois o prazo de cessação da reincidência
ocorre apenas cinco anos após o cumprimento da pena e, neste caso,
sucederia no mês de abril de 2012. (FAPEMS - 2017 - PC-MS - Delegado de
Polícia).

3ª FASE DA DOSIMETRIA DA PENA

50
131. Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve
considerar eventuais causas de aumento de pena do condenado na TERCEIRA
FASE da dosimetria. (CESPE - 2015 - TJ-PB - Juiz de Direito).

Questão original: Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao


aplicar a pena, deve considerar eventuais causas de aumento de pena
do condenado na segunda fase da dosimetria.

Observação: Na terceira e última fase da dosimetria da pena, o juiz


aplica as causas de aumento e diminuição da pena (majorantes e
minorantes). A pena poderá ser aplicada abaixo ou acima dos limites
mínimo e máximo previstos no tipo penal nesta terceira fase.

132. A individualização da pena, prevista no texto constitucional e reconhecida


pela jurisprudência, tem como fundamento maior a prevenção geral e especial,
BEM COMO o caráter retributivo por expressa definição legal, e permite ao juiz,
APENAS NA TERCEIRA FASE da dosimetria, aumentar ou diminuir a pena
aquém e além dos marcos da pena prevista no tipo. (FCC - 2018 - DPE-AP -
Defensor Público).

Questão original: A individualização da pena, prevista no texto


constitucional e reconhecida pela jurisprudência, tem como fundamento
maior a prevenção geral e especial, afastado o caráter retributivo por
expressa definição legal, e permite ao juiz, em qualquer fase da
dosimetria, aumentar ou diminuir a pena aquém e além dos marcos da
pena prevista no tipo.

133. É possível a aplicação de pena inferior à mínima na TERCEIRA FASE da


dosimetria da pena. (CESPE - 2017 - MPE-RR - Promotor de Justiça).

Questão original: É possível a aplicação de pena inferior à mínima na


segunda fase da dosimetria da pena.

134. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que devem ser
calculadas pelas circunstâncias da própria causa de aumento, E NÃO pelas

51
circunstâncias do crime, se previstas em limites ou quantidades variáveis. (FCC
- 2016 - DPE-ES - Defensor Público).

Questão original: Quanto às causas de aumento da pena, é correto


afirmar que devem ser calculadas pelas circunstâncias da própria causa
de aumento ou pelas circunstâncias do crime, se previstas em limites
ou quantidades variáveis.

135. É PERFEITAMENTE possível a incidência de uma causa de aumento de


pena sobre a pena resultante da incidência de uma qualificadora. (MPE-SC -
2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça).

Questão original: Não é possível a incidência de uma causa de aumento


de pena sobre a pena resultante da incidência de uma qualificadora.

Observação: É perfeitamente possível a incidência de uma causa de


aumento (majorante) sobre a qualificadora de um crime.

- Qualificadoras: São circunstâncias legais que aumentam os limites


(mínimo e máximo) abstratamente cominados ao crime (exemplo:
homicídio simples 6 a 12 anos de reclusão; homicídio qualificado: 12
a 30 anos de reclusão).

- Majorantes: São circunstâncias legais que aumentam a pena do réu


em quantidade fixa ou variável na 3ª fase da dosimetria da pena
(exemplo: a pena é aumentada de 1/3 quando o homicídio for praticado
contra menor de 14 ou maior de 60 anos).

136. A qualificadora da torpeza no crime de homicídio (CP, artigo 121, § 2°, inciso
I) NÃO DETERMINA a majoração do quantum de pena privativa de liberdade na
terceira fase da dosimetria. (FAPEMS - 2017 - PC-MS - Delegado de Polícia).

Questão original: A qualificadora da torpeza no crime de homicídio (CP,


artigo 121, § 2°, inciso I) determina a majoração do quantum de pena
privativa de liberdade na terceira fase da dosimetria.

52
137. O aumento de pena decorrente do concurso formal e da continuidade
delitiva constituem CAUSAS GERAIS de aumento que devem incidir na terceira
fase da dosimetria da pena. (UFPR - 2018 - COREN-PR - Advogado).

Questão original: O aumento de pena decorrente do concurso formal e


da continuidade delitiva constituem causas especiais de aumento que
devem incidir na terceira fase da dosimetria da pena.

138. Bruno, militar da Aeronáutica, em um dia de folga, atirou com sua arma de
fogo na rua onde residia e assustou moradores e transeuntes que passavam
pelo local. Nessa situação, devido ao fato de Bruno ter praticado crime de disparo
com arma de fogo, a causa do aumento de pena, prevista no Estatuto do
Desarmamento, deverá ser aplicada na sentença durante a terceira fase da
dosimetria. (CESPE - 2015 - TJ-DFT - Juiz de Direito).

139. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que o respectivo


acréscimo NÃO pode ser compensado por igual redutor de eventual causa de
diminuição. (FCC - 2016 - DPE-ES - Defensor Público).

Questão original: Quanto às causas de aumento da pena, é correto


afirmar que o respectivo acréscimo sempre pode ser integralmente
compensado por igual redutor de eventual causa de diminuição, pois
ausente prejuízo para o réu.

Observação: Diferentemente das agravantes e atenuantes (2ª fase), não


é possível a compensação entre a causa de aumento e a causa de
diminuição, pois prevalece o entendimento de que, em primeiro lugar,
aplica-se a causa de aumento, e depois a causa de diminuição (por ser
mais benéfico ao réu).

140. As majorantes e minorantes, também conhecidas como causas de


aumento e de diminuição de pena, são encontradiças em nosso Código Penal,
tanto na Parte Geral, quanto na Parte Especial, especificando o quantum do
aumento ou da diminuição da pena em frações, dobro ou triplo, por exemplo.
São aplicadas na terceira e última fase da Sentença Penal Condenatória. As

53
agravantes e atenuantes somente são encontradas em nosso Código Penal na
Parte Geral e não dizem o quantum irão agravar ou atenuar a pena do autor
delituoso, ficando a critério do juiz. Este poderá reconhecer a existência de
atenuantes inominadas. As agravantes e atenuantes são aplicadas na
segunda fase da dosimetria da pena. Já as qualificadoras somente são
encontradas na Parte Especial do Código Penal, constituindo-se em um
verdadeiro tipo qualificado, que piora a situação do autor do delito, possuindo
um novo mínimo e um novo máximo da pena em abstrato mais gravoso em
relação ao tipo fundamental ou básico. Situa-se na primeira fase da dosimetria
da pena. (MPE-GO 2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça).

141. Na hipótese de concorrerem causas de aumento ou diminuição de pena


previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz pode fazer um só aumento
ou uma única redução, o que se NÃO SE APLICA à Parte Geral. (FCC - 2015 -
DPE-MA - Defensor Público).

Questão original: Na hipótese de concorrerem causas de aumento ou


diminuição de pena previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz
pode fazer um só aumento ou uma única redução, o que se aplica à
Parte Geral, igualmente.

Observação: Segundo o CP, no concurso de causas de aumento ou de


diminuição previstas na parte especial, o juiz pode se limitar em aplicar
somente um aumento ou uma diminuição, prevalecendo, contudo, a
causa que mais aumente ou diminua (é uma faculdade do juiz, e não
uma obrigação).

ATENÇÃO: De modo diverso, se o concurso de causas de aumento ou


de diminuição estiver previsto na parte geral, o juiz deverá aplicar todas
elas.

142. No concurso de causas de aumento ou de diminuição, todas devem ser


aplicadas, se previstas na parte geral do Código Penal. (FCC - 2015 - TJ-RR -
Juiz de Direito).

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143. Na hipótese de concorrerem causas de aumento ou diminuição de pena
previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz pode fazer um só aumento
ou uma única redução sendo inaplicável esta regra à Parte Geral. (FCC - 2015
- DPE-MA - Defensor Público).

144. No concurso de causas de aumento ou de diminuição, o juiz pode limitar-


se a um só aumento ou a uma só diminuição, DESDE QUE a causa esteja
prevista na parte ESPECIAL do Código Penal. (FCC - 2015 - TJ-RR - Juiz de
Direito).

Questão original: No concurso de causas de aumento ou de diminuição,


o juiz pode limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição,
independentemente de a causa ser prevista na parte especial ou geral
do Código Penal.

145. No concurso de duas ou mais causas de aumento ou de diminuição,


promoverá o juiz, QUANDO PREVISTAS NA PARTE ESPECIAL, a incidência
de uma só, recaindo a escolha, que é da lei, sobre a que mais aumente ou mais
diminua. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE-MG - Promotor de Justiça).

Questão original: No concurso de duas ou mais causas de aumento ou


de diminuição, promoverá o juiz, em qualquer caso, a incidência de uma
só, recaindo a escolha, que é da lei, sobre a que mais aumente ou mais
diminua.

146. No concurso de causas de aumento ou de diminuição PREVISTAS NA


PARTE ESPECIAL, o juiz pode limitar-se a um só aumento ou a uma só
diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que MAIS aumente ou diminua.
(FCC - 2015 - TJ-RR - Juiz de Direito).

Questão original: No concurso de causas de aumento ou de diminuição,


o juiz pode limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição,
prevalecendo, todavia, a causa que menos aumente ou diminua.

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147. No concurso de causas de aumento e de diminuição previstas na parte
especial, PODE o juiz considerar apenas uma delas, PREVALECENDO,
TODAVIA, A CAUSA QUE MAIS AUMENTE OU DIMINUA. (FGV - 2018 - TJ-
SC - Técnico Judiciário).

Questão original: No concurso de causas de aumento e de diminuição


previstas na parte especial, não pode o juiz considerar apenas uma
delas, cabendo aplicá-las em escala.

148. No concurso de causas de aumento ou de diminuição, o juiz pode limitar-


se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa
que MAIS aumenta e mais diminua. (FCC - 2015 - TJ-RR - Juiz de Direito).

Questão original: No concurso de causas de aumento ou de diminuição,


o juiz pode limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição,
prevalecendo, todavia, a causa que menos aumenta e mais diminua.

149. Quanto às causas de aumento da pena, é correto afirmar que pode o juiz
limitar-se a um só aumento, se houver concurso de causas previstas na parte
ESPECIAL do Código Penal. (FCC - 2016 - DPE-ES - Defensor Público).

Questão original: Quanto às causas de aumento da pena, é correto


afirmar que pode o juiz limitar-se a um só aumento, se houver concurso
de causas previstas na parte geral do Código Penal.

150. Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa


de terras, planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após
analisar detidamente a rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento
oportuno para efetivar seu plano. A premeditação, que ocorre quando se verifica
que, ainda que pudesse ter desistido do crime, o agente o cometeu, NÃO É uma
causa de aumento de pena. (CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia).

Questão original: Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças


decorrentes de disputa de terras, planeja matar seu desafeto Paulo,
também maior e capaz. Após analisar detidamente a rotina de Paulo,

56
Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano. A
premeditação, que ocorre quando se verifica que, ainda que pudesse ter
desistido do crime, o agente o cometeu, é uma causa de aumento de
pena.

Observação: Toda e qualquer majorante ou minorante deve estar


taxativamente prevista em lei. A premeditação não pode elevar a pena
do réu (na 3ª fase da dosimetria da pena), por ausência de previsão legal.

151. Quanto à aplicação da pena na condenação pelo tráfico, entende o


Supremo Tribunal Federal que a maior quantidade de drogas pode incrementar
a pena-base, OU fundamentar o indeferimento do redutor legal específico de
pena disposto para a situação do chamado tráfico privilegiado (artigo 33, § 4°,
da Lei n° 11.343/2006), SENDO POSSÍVEL UTILIZAR TAL FUNDAMENTO EM
APENAS UMA DAS FASES DO CÁLCULO DA PENA, SOB PENA DE BIS IN
IDEM. (FCC - 2017 - DPE-RS - Analista - Processual).

Questão original: Quanto à aplicação da pena na condenação pelo


tráfico, entende o Supremo Tribunal Federal que a maior quantidade de
drogas pode incrementar a pena-base, sem prejuízo de adiante
igualmente fundamentar o indeferimento do redutor legal específico de
pena disposto para a situação do chamado tráfico privilegiado (artigo 33,
§ 4°, da Lei n° 11.343/2006).

JURISPRUDÊNCIA, STF/STJ Os tribunais superiores partilham o


entendimento de que as circunstâncias da natureza e quantidade da
droga apreendida devem ser levadas em consideração apenas em uma
das fases do cálculo da pena (1ª ou 3ª fase), sob pena de bis in idem.

152. Natureza e quantidade de droga não podem ser utilizadas,


concomitantemente, na primeira e na terceira fase da dosimetria da pena, sob
pena de bis in idem. (CESPE - 2017 - MPE-RR - Promotor de Justiça).

153. Que a natureza e quantidade da droga, na fixação da pena do crime de


tráfico, apenas deve ser considerada numa das fases de fixação, CABENDO ao

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juiz escolher em qual delas. (FUNDEP - Gestão de Concursos - MPE-MG -
Promotor de Justiça).

Questão original: Que a natureza e quantidade da droga, na fixação da


pena do crime de tráfico, apenas deve ser considerada numa das fases
de fixação, não cabendo ao juiz escolher em qual delas.

154. No cálculo da pena, o juiz deverá considerar o arrependimento posterior, a


culpabilidade e a confissão espontânea nas seguintes etapas, respectivamente:
terceira, primeira e segunda. (FCC - 2015 - TJ-PE - Juiz de Direito).

155. De acordo com o Código Penal, no critério trifásico de aplicação da pena: a


culpabilidade, os antecedentes do agente e as consequências do crime devem
ser considerados na 1ª fase; a confissão espontânea, a reincidência, A
COAÇÃO MORAL RESISTÍVEL E O ERRO DE PROIBIÇÃO EVITÁVEL devem
ser considerados na 2ª fase; a participação de menor importância E O
ARREPENDIMENTO POSTERIOR devem ser considerados na 3ª fase. (MPE-
PR - 2017 - MPE-PR - Promotor de Justiça).

Questão original: De acordo com o Código Penal, no critério trifásico de


aplicação da pena: a culpabilidade, os antecedentes do agente e as
consequências do crime devem ser considerados na 1ª fase; a confissão
espontânea, a reincidência e o arrependimento posterior devem ser
considerados na 2ª fase; a participação de menor importância, a coação
moral resistível e o erro de proibição evitável devem ser considerados
na 3ª fase.

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ASPECTOS MAIS COBRADOS NOS CONCURSOS

1. No que se refere à dosimetria da pena, o CP adotou o critério trifásico, visto que


o juiz deve passar obrigatoriamente por três fases para aplicar a pena privativa de
liberdade ao réu: 1º Fase: Circunstâncias judiciais (fixação da pena-base); 2º Fase:
Agravantes e atenuantes genéricas (fixação da pena intermediária); 3º Fase: Causas
de aumento e diminuição (fixação da pena definitiva). Somente nesta fase a pena
poderá ser aplicada abaixo ou acima dos limites mínimo e máximo previstos no tipo
penal.

2. Na primeira fase da dosimetria da pena o juiz deverá passar por 08 (oito)


circunstâncias judiciais (59, CP) para a fixação da pena-base (culpabilidade +
antecedentes + conduta social + personalidade + motivos do crime + circunstâncias do
crime + consequências do crime + comportamento da vítima). Considerando-se que o
CP não fixou o quantum de aumento para as circunstâncias judicias desfavoráveis, a
Jurisprudência sugere o aumento de 1/6 e a doutrina de 1/8 para cada circunstância
negativa ao réu.

3. SÚMULA 269, STJ inquéritos policiais e ações penais


em curso para agravar a pena-base

4. As agravantes são circunstâncias legais que aumentam a pena do réu na segunda


fase da dosimetria da pena, desde que não constituem ou qualificam o crime, sob pena
de bis in idem. Na hipótese de existir duas ou mais qualificadoras, o juiz deve utilizar
apenas uma delas para qualificar o crime, e a outra será utilizada como agravante
(quando prevista em lei como agravante). Caso contrário, não havendo previsão legal,
ela irá funcionar como circunstância judicial desfavorável (1ª fase).

5. As agravantes se aplicam apenas aos crimes dolosos (e preterdolosos). A única


exceção é a agravante da reincidência que se aplica tanto aos delitos dolosos como
culposos (entendimento dominante pela doutrina e jurisprudência).

6. JURISPRUDÊNCIA, STF O Supremo já admitiu a incidência da agravante do


motivo torpe a crime culposo Bateau Mouche
aplicada tal agravante (nos homicídios culposos), visto que os responsáveis pela
obtenção de lucro fácil
passageiros.

7. SÚMULA 231, STJ atenuante não pode conduzir à


redução da pena abaixo

8. São as circunstâncias agravantes mais cobradas em provas são: a reincidência; ter


o agente cometido o crime: por motivo fútil ou torpe; contra ascendente, descendente,
irmão ou cônjuge; contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher
grávida; em estado de embriaguez preordenada.

9. São as circunstâncias atenuantes mais cobradas em provas são: ser o agente


menor de 21 (menoridade relativa), na data do fato, ou maior de 70 anos (senilidade),
na data da sentença; o desconhecimento da lei; ter o agente confessado
espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; ter o agente cometido o
crime por motivo de relevante valor social ou moral.

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10. São as atenuantes inominadas (de clemência): A pena poderá ser ainda
atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora
não prevista expressamente em lei.

11. A confissão qualificada é aquela em que o réu reconhece ter praticado o fato,
porém, alega tese de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade (essa confissão funciona
como circunstância atenuante para o STJ, mas não para o STF). Com efeito, não só a
confissão qualificada, mas qualquer confissão (seja parcial ou com retratação
posterior) pode funcionar como circunstância atenuante, desde que utilizada pelo juiz
como fundamento para embasar a condenação.

12. SÚMULA 545, STJ confissão for utilizada para a formação do


convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no artigo 65, III, d, do

13. Se houver a presença de agravantes e atenuantes simultaneamente, a regra geral


é pela compensação entre elas (equivalência das circunstâncias). Excepcionalmente,
não haverá a compensação se houver alguma circunstância preponderante, isto é,
aquele que resulta dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e
da reincidência.

14. JURISPRUDÊNCIA, STJ Admite-se a compensação entre a atenuante da


confissão espontânea com as seguintes agravantes: reincidência, promessa de
recompensa, ou violência contra a mulher (se o réu for multireincidente não se aplica
a compensação com a confissão espontânea, preponderando a reincidência (em
obediência aos princípios da proporcionalidade e da individualização da pena).

15. JURISPRUDÊNCIA, STF A agravante da reincidência prepondera sobre a


atenuante da confissão espontânea.

16. A reincidência se manifesta como circunstância agravante ao réu, devendo ser


analisada na segunda fase da dosimetria da pena. São os requisitos para a sua
configuração: prática de um crime (no Brasil ou em outro país) + condenação
definitiva por esse crime + prática de novo crime (após a condenação definitiva do
crime anterior).

17. A reincidência se verifica nos seguintes casos: crime + crime; crime + contravenção
penal; contravenção penal + contravenção penal. Entretanto, existe uma hipótese que
não gera reincidência (por falha legislativa): contravenção penal + crime.

18. Relativamente aos efeitos da reincidência: não prevalece a condenação anterior,


se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver
decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova
da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação (período
depurador). Além disso, não se consideram os crimes militares próprios e políticos
para fins de reincidência.

19. SÚMULA 241, STJ A reincidência penal não pode ser considerada como
circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial

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20. O juiz só pode aplicar a pena abaixo ou acima dos limites mínimo e máximo previstos
em lei na terceira fase da dosimetria da pena (causas de aumento e diminuição da
pena majorantes e minorantes).

21. De acordo com o CP, no concurso de causas de aumento ou de diminuição


previstas na parte especial, o juiz pode se limitar em aplicar somente um aumento ou
uma diminuição, prevalecendo, contudo, a causa que mais aumente ou diminua (é
uma faculdade do juiz, e não uma obrigação). De modo diverso, se tais causas
estiverem na parte geral, o juiz deverá aplicar todas elas.

22. JURISPRUDÊNCIA, STF/STJ Para os tribunais superiores, as circunstâncias da


natureza e quantidade da droga apreendida devem ser levadas em consideração
apenas em uma das fases do cálculo da pena (1ª ou 3ª fase), sob pena de bis in idem.

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