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MANUAIS COMPACTOS DE GESTÃO

Nº 6

REFLEXOS DAS POLÍTICAS


ECONÔMICAS NO RESULTADO DAS
EMPRESAS

Núcleo Soluções Contábeis Ltda


Belo Horizonte
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Maio/2008
3

“Afinal, o que está acontecendo?


Pelo menos, podemos tentar... para não...
Ei, espere aí!!! Estamos indo ou vindo?”

“Ele nunca vai me acertar dessa distância!”


General... - II Guerra Mundial
“Celebres últimas palavras”
Seleções Reader Digest
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5

APRESENTAÇÃO

Não se pretende com este trabalho apresentar a visão do economista


sobre o assunto. O enfoque é muito mais modesto, ou seja, apresentar a visão
de um gerente financeiro sobre questões da macroeconomia em seu trabalho.
Isso para que possa tomar decisões sustentadas em fatos concretos,
analisando a situação da economia, suas possíveis evoluções e os reflexos
que incidirão nos resultados da empresa.
Como disse um “guru” do setor: “nada mais prejudicial à empresa que
tomar a decisão certa no momento errado.” Talvez somente pior que isso seria
“tomar a decisão errada no momento certo” Ou qualquer coisa do gênero.
Para que isso possa ser feito, a primeira sugestão é buscar uma
linguagem mais voltada para o leigo do que para o economista. Afinal, temos
apenas o objetivo de apresentar algumas linhas mal traçadas . Ter uma visão
do que está ocorrendo na economia e sua evolução é fundamental para se
tomar decisões corretas.
O resultado do desconhecimento do que está acontecendo na economia
pode ser ilustrado pela fábula abaixo:
Um dia um escorpião, querendo atravessar um rio, pediu uma carona a
um sapo. O sapo, que não parecia bobo nada, respondeu:
- Você está doido. Se ajudá-lo, no meio da caminhada, acabará por
me picar.
- Não seja burro. Seu eu fizer isso, nos afundaremos e morreremos.
O sapo, que não parecia nada bobo, mas era, concedeu:
- OK. Suba, que lá vamos nós.
E assim o escorpião fez. No meio do caminho, o escorpião ataca. Antes
de morrer, o sapo perguntou:
- Porque fez isso? Estou te ajudando. E, além do mais, vamos morrer
juntos.
O escorpião respondeu:
- Eu não posso fugir à minha natureza! Por isso fiz isso, mesmo que
me custe a vida.”

Se considerar o escorpião como o mercado e você como o sapo (nada


pessoal, é claro), entenderá o que tem essa fábula a haver com nosso assunto.
Aliás, os americanos têm um ditado que cabe bem neste espaço:

“Sucesso nos negócios é uma questão de sorte. Pergunte a qualquer


fracassado!”

Assim, as competências (e estar informado é uma das principais) são


fundamentais na gestão dos negócios. Diferente de outras áreas, somente boa
aparência e caldo de galinha não costumam funcionar.

Marcelo Pereira da Fonseca


Moacir Rodrigues Reis Filho
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PESQUISA
Caso 1

Vamos supor que você seja empresário e, pela manhã, tranqüilamente, esteja
lendo o jornal. Você lê, por exemplo:

 que o Atlético ganhou do Cruzeiro, como sempre (viaja...)


 que a taxa de inflação no mês de foi de 0,65%;
 que a crise da Argentina continua;
 que o compulsório vai passar de 10% para 20%;
 que o América Futebol Clube vai vender a Kombi, porque mais um
torcedor desistiu de sofrer.
 que as estradas de Minas têm mais buracos do que queijo;
 Enfim, as baboseiras de sempre, que você lê, mas não presta muita
atenção.

À tarde, aparece na sua loja o Carlos, seu velho amigo de infância, pessoa
correta e honesta, que lhe informa que a mãe dele está muito mal e está
liquidando o próprio negócio às pressas. O negócio é igual ao seu, só que em
outro bairro. E lhe oferece:

 o estoque de vários produtos, a 80% do custo pago ao fornecedor;

 você pagará somente o material que estiver em bom estado;

 tudo virá com nota fiscal, tudo legal e de acordo com a lei;

 você terá 30,60,90 dias para pagar (ele vai negociar as duplicatas
com um banco), sendo que o prazo normal dos fornecedores não
ultrapassa 30 dias.

Diante disso, você verifica a sua necessidade das mercadorias no estoque.


Constata que seu estoque está já no ponto de pedido e que, portanto, as
mercadorias de seu colega virão em boa hora, ainda mais com as vantagens
oferecidas.

Pergunta: se você fosse o Sr. Luiz Carlos faria o negócio? Porque?

Antes de ler uma sugestão de resposta na página seguinte, enumere


abaixo as razões para aceitar ou recusar o negócio. Procure razões
objetivas e não fique “viajando” com possíveis armadilhas na transação.
Não existem!
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Se você respondeu sim, e provavelmente o fez, parabéns. Você acaba


de entrar num buraco que, provavelmente, não poderá sair. Isso mesmo!

 “Mas, espere aí, você disse que o negócio era honesto”. (Você pensando).
 E é.
 “Mas...tudo indica que é um ótimo negócio: preço muito bom, prazo acima
do mercado...” (Você novamente, pensando que está pensando, como nós
fazemos normalmente).
 E é.
 Então o que está errado?
 Você leu as notícias do jornal, não? Mas não procurou entender, saber o
que significa aquilo que é realmente importante:
o Não o Galo, o Cruzeiro, o América (será que ainda existem
torcedores desse time?), claro. Você pode quebrar o “galho” deles
em questões financeiras (indo ao estádio) mas eles dificilmente o
ajudarão em caso de dificuldades.
o O importante, ali, é o aumento do Compulsório e como refletirá isso
em seus negócios e resultados. É o assunto que veremos adiante.
Ou seja, algumas Políticas Econômicas e seus reflexos nos
resultados das empresas.
o Ah, a crise da Argentina também poderá pegá-lo de jeito, mas isso é
assunto para outra oportunidade. (Você se lembra dos reflexos das
geadas nos laranjais da Flórida? Pois é, hoje isso vale para todos os
tipos de negócio, não só para a indústria de sucos).
o Nunca se esqueça: por mais atraente que seja o “canto das sereias”
(Você leu a Odisséia, de Homero? Não? Nem sonha o que está
perdendo!), na hora de abrir um negócio, o mercado é implacável se
fizer besteira - não adianta chorar. Viu a fábula do sapo e do
escorpião, acima?

O que ocorrerá? O governo aumentou o compulsório – haverá uma


redução dos meios de pagamentos (dinheiro em circulação) e menos dinheiro
disponível para empréstimos nos bancos. Isso vai elevar os juros e queda no
consumo. Suas vendas vão cair, mas o seu amigo negociou as duplicatas com
o banco, que...você sabe o resto desta história!
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ESTUDO DE CAS..., digo, TRAGÉDIA

O Sr. Cláudio estava desesperado. Pensamentos tenebrosos lhe


passavam pela cabeça a um ritmo alucinante:

 pedir mesada ao Luizão (associado conjugal), ou


 ir à torcida do Cruzeiro, com a camisa do galo, ou vice-versa
 comer 15 barras de chocolate (ele é diabético), ou
 comprar apartamento pelo sistema financeiro, ou
 abrir conta com cheque especial (epa!, não precisa exagerar).

Tinha motivos concretos para sentir isso. Tinha uma pequena empresa
e estava completamente perdido. Tinha que tomar decisões e não tinha dados
como tomá-las.

Vejamos....

 Como a economia reflete em seu negócio?

 Se você estivesse no lugar do Sr. Cláudio, qual das alternativas


(pensamentos tenebrosos) escolheria?

 Mais uma pequena reflexão. Preencha o quadro abaixo, anotando na


segunda coluna o que faz nos casos de movimentos econômicos
específicos (1ª coluna):

Economia Decisão
Aumento da inflação
Redução do PIB
Aumento de impostos
Corte nas despesas públicas
Aumento na taxa de câmbio

Não é simples? De uma certa forma, você já aprendeu a se movimentar nessa


economia louca que é a brasileira. Senão já tinha quebrado. Lembre-se, porém,
coerência é sempre fundamental! Além disso, é importante lembrar, os reflexos
das políticas econômicas nos resultados das empresas não é sempre o
mesmo. Cada setor, cada empresa, tem suas próprias peculiaridades e pode
ser afetada de forma diferente.
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A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO MACROECONÔMICO


TEXTOS

Textos do livro“MBA Compacto NEGÓCIOS – O’Brien, Virgínia” Ed. Campus

Texto 1 O macro e o micro da Economia


A economia estuda o comportamento dos indivíduos, da sociedade, das
empresas e das indústrias e como utilizam seus recursos no processo de
produção de consumo de bens. As economias têm duas ramificações
independentes: a microeconomia, que mede o comportamento individual das
famílias, empresas e indústrias, bem como a quantidade e preço de
mercadorias específicas; e a macroeconomia, que mede o comportamento
econômico geral.
Os indicadores econômicos são medidas de atividade, abrangendo os
números da produção, os preços dos bens e o emprego. Esses indicadores são
significativos para os gerentes porque podem proporcionar informações vitais
para um processo decisório eficaz. Sabendo se o índice de desemprego está
alto ou baixo, gerentes hábeis podem tomar decisões melhores relativas ao
aumento ou redução da produção (lembre-se do Sr. Luiz Carlos), estruturação
dos níveis salariais ou contratações.
Tanto a micro quanto a macroeconomia tem por objetivos a capacidade
de prever o futuro e facilitar o processo decisório com base na avaliação do
impacto de estratégias e decisões alternativas. Os gerentes devem estar
familiarizados com todos os indicadores, o que eles medem e o que as
medidas significam.

Texto 2 - Macroeconomia
A atividade econômica reflete-se, principalmente, em indicadores
básicos derivados de diferentes fontes:

 PIB – Produto Interno Bruto


 Produção Industrial
 Nível de Emprego
 Renda Pessoal
 Inflação
 Taxa de câmbio em relação ao US$
 Reservas em moedas fortes
 Investimentos
 Resultado da balança de pagamentos

Texto 3 - Colocando os dados econômicos


A renda pessoal e os dados sobre o consumo fornecem aos gerentes
conhecimentos sobre a força real e potencial da demanda do consumidor.
A produção industrial reflete o nível da atividade econômica. Os
aumentos de produção fortalecem a economia, elevam as taxas de juros e
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refletem o aspecto de fornecimento da economia. Os gerentes podem


determinar o estado do mercado em geral acompanhando os números da
produção e, com base na observação do modo como essas mudanças afetam
as taxas de juros, podem estruturar suas finanças de forma adequada.
O PIB constitui o indicador mais amplo da atividade econômica de um
país. Como os números do PIB podem ser divididos em moeda de poder
aquisitivo constante e preços inflacionados, o PIB é uma ferramenta valiosa
para avaliar o que está efetivamente acontecendo em uma economia. Um
crescimento do PIB real indica uma expansão da economia, enquanto que seu
declínio é sinal de recessão.

Texto 4 - Use o PIB como guia para inflação e taxas de juros


Em geral, economias em rápida expansão fazem uso dos recursos
existentes. Isso indica que a demanda está se fortalecendo em relação ao
fornecimento. Pode indicar também que a inflação está subindo e as taxas de
juros podem aumentar. Por outro lado, uma redução do PIB ou um crescimento
mais lento implicam em diminuição da demanda.

Texto 5 - Tenha consciência dos ciclos


Um envolve as três fases da atividade econômica: recessão,
recuperação e expansão. Os gerentes devem ter consciência das futuras
condições econômicas, sobretudo das flutuações a curto prazo, a fim de
poderem tomar decisões de negócios acertadas. Por exemplo, varejistas de
roupas, que precisam fazer seus pedidos antes da chegada da estação, devem
saber como será a demanda por mercadorias no futuro. Se os trajes de banho
para o verão forem pedidos no outono anterior com base na análise do
comprador de que a economia estará mais forte no futuro e sua avaliação
estiver errada , ele poderá estar com uma pilha de trajes de banho encalhada
quando chegar o outono seguinte.

Texto 6 - Dinheiro é sempre um problema


Todos os países dispõem de uma quantidade total de dinheiro para
gastar que influi em sua condição econômica. As taxas de juros e a política
monetária do país afetam a atividade econômica. A oferta e demanda por
dinheiro são resultados de uma interação complexa de uma série de fatores.
Um deles é uma demanda das instituições, organizações e indivíduos por
crédito, e outro é a resposta do sistema bancário a tal demanda. Os bancos
oferecem dinheiro por meio de empréstimos e cobram juros. Todavia, a taxa de
juros cobrada depende da oferta e demanda por crédito e da política monetária
do país.
Quando as ofertas de dinheiro estão constantes e a pessoas estão
gastando, os preços sobem. Quando as pessoas relutam em gastar os preços
caem. Quando a economia está inflacionária, há um aumento generalizado de
preços e o poder de compra da moeda diminui. Em uma recessão, a economia
está em declínio. Em uma depressão, encontra-se em acentuado declínio,
durante o qual o desemprego aumenta radicalmente, a produção cai
acentuadamente e os negócios tendem a fracassar.
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CONCEITOS ECONÔMICOS BÁSICOS

1 .Princípios que fundamentam o funcionamento do mercado:


 Princípio da demanda: em geral, quanto menor o preço de um bem,
maior será a sua procura.
 Princípio da oferta: em geral, quanto maior o preço de um bem ou
serviço, maior será a sua oferta.

2. Setores econômicos
 Famílias
 Empresas
 Governo
 Resto do mundo

3. Macroeconomia (1)
A macroeconomia é um campo da Teoria Econômica, cujo objetivo de análise,
são os chamados grandes agregados econômicos, ou seja, variáveis que, em
geral, afetam uma nação como um todo. São exemplos desses agregados:
 produto interno bruto, ou PIB
 nível geral de preços e suas variações (isto é, inflação)
 nível geral de empregos
 quantidades de moedas, taxas de juros
 taxa de câmbio, etc.

4. Produto Interno Bruto


Para acompanhar a evolução de uma economia existem diversos indicadores,
dos quais veremos, a seguir, alguns dos principais. O principal desses
indicadores é o PIB, ou Produto Interno Bruto, que

 “é a soma dos valores de todos os bens e serviços finais produzidos


dentro das fronteiras de um país durante certo período de tempo (um
ano, um semestre, um trimestre, etc.)” (1)

 “é a soma dos valores de todos os bens e serviços finais produzidos


dentro das fronteiras de um país durante certo período de tempo (um
ano, um semestre, um trimestre, etc.)” (1)

Para o cálculo do Produto Interno Bruto devemos considerar:


 os diversos tipos de bens produzidos deverão ser expressos em valores,
de acordo com o preço de venda, obtendo-se o PIB nominal (isto é, de
acordo com os valores da época da verificação);
 para se evitar a dupla contagem, serão considerados somente os bens e
serviços finais.
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5. Oferta e Demanda agregadas (2)


 A Oferta Agregada refere-se à quantidade total de bens e serviços que o
setor produtivo da economia deseja produzir e vender em um dado
período. Depende diretamente de:
o Nível de preços
o Capacidade produtiva do país
o Custos de produção (particularmente do nível de salário real,
pagos pelas empresas)
 Corresponde, em outras palavras, ao total da produção interna de bens
e serviços (PIB a preço de mercado), acrescido do valor das
importações de bens e serviços (m), ou seja:

OA = PIB pm + m

 OA = oferta agregada
 PIBpm = total da produção interna de bens e serviços (a preço de mercado)
 m = valor das importações de bens e serviços

 A Demanda Agregada, por sua vez, refere-se ao montante total que os


diferentes setores da economia desejam gastar num determinado
período, ou seja:

DA = C + I + G + X

 DA= demanda agregada


 C = despesas de consumo privado (gastos das famílias com bens e serviços).
 I = Investimento privado bruto (novas edificações, montagens de novas fábricas,
aquisição de máquinas e equipamentos e variação de estoques).
 G = Gastos do governo, sejam as despesas correntes (ex. pagamento do
funcionalismo público) ou despesas de capital (ex. construção de novas escolas, de
hospitais, estradas, etc.).
 X= Exportações, ou seja, vendas de mercadorias e serviços ao exterior

 Por definição a oferta agregada será sempre igual à demanda


agregada, ou seja

PIB pm + M = C + I + G + X

 no caso em que a demanda agregada for menor que a oferta agregada,


haverá uma variação de estoques positiva que será incluída no item
Investimentos.
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6. Pleno emprego (3)


 Atingi-se o pleno emprego dos fatores produtivos quando não existem
mais recursos econômicos disponíveis para serem utilizados – seja
equipamento de capital, estoques ou mão-de-obra – esta situação
representa sempre um TETO ou LIMITE ao crescimento da renda real.

7. Inflação (4)
 O termo inflação deriva da expressão latina inflatio ou inflatione, que
designa o ato ou efeito de inflar, inchar.
 Modernamente, define-se inflação como um movimento contínuo e
ascendente do nível de preços que se associa imediatamente a um
processo dinâmico. A continuidade torna a inflação perniciosa ao
sistema econômico.

8. O nível de emprego (3)


 O desemprego e o pleno emprego são as possíveis respostas que a
estrutura de produção encontra para acomodar-se, em curto prazo, às
variações que ocorrem na economia:
 em épocas de prosperidade, o nível de emprego aumentará e poderá
atingir uma situação de pleno emprego;
 em épocas depressivas, quando a atividade dos negócios se reduz, a
dispensa progressiva de mão-de-obra é a solução que o sistema
econômico tem para adaptar-se a uma procura agregada que tende a
encolher-se.
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FATORES DE EXPANSÃO E CONTRAÇÃO DA DEMANDA


AGREGADA E DO NÍVEL DE EMPREGO (5)

FATORES DE EXPENSÃO FATORES DE CONTRAÇÃO


Diminuição dos imposto Aumento dos impostos
Retirada de subsídios à produção e ao consumo
Aumento dos gastos do governo Redução dos gastos do governo
Crédito fácil Restrições ao crédito
Juros baixos Altas taxas de juros
Expansão interna e aumento das exportações Recessão internacional e queda de nossas exportações
Desastres naturais e perdas de colheitas agrícolas
Otimismo e confiança no governo Pessimismo e falta de confiança no governo

MODELO DE UMA RESCESSÃO TÍPICA


(efeito iô-iô)

Subida da inflação

Aumento das taxas de juros

Acúmulo de estoques

Desova dos estoques a preços menores

Queda da inflação

Corte nos juros

Retomada do crescimento

Subida da inflação...
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AS POLÍTICAS ECONÔMICAS E SEUS REFLEXOS NAS


EMPRESAS

1. Objetivos fundamentais das políticas econômicas


 promover o desenvolvimento econômico
 garantir o pleno emprego e sua estabilidade
 equilibrar o volume financeiro das transações econômicas com o
exterior
 estabilidade de preços e controle da inflação
 promover a distribuição da riqueza e das rendas

2. Políticas econômicas básicas


 política monetária
 política fiscal
 política cambial
 política de rendas

3. Principais instrumentos da política econômica


Instrumentos fiscais
 despesas do governo
 investimentos
 subsídios às unidades de produção
 transferências às unidades familiares
 receitas do governo
 tributos indiretos
 sobre vendas de mercadorias
 sobre a produção de mercadorias
 sobre a prestação de serviços
 sobre operações financeiras
 tributos diretos
 sobre a renda das pessoas jurídicas
 sobre a renda das pessoas físicas
 sobre a transmissão de propriedade
 sobre ganhos de capital
 sobre ganhos de trabalho, destinados à previdência social

Instrumentos monetários
 depósito compulsório
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 operações de redesconto
 operações de mercado aberto
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Instrumentos de política cambial


 administração da taxa cambial
 valorização/ desvalorização da moeda corrente do país
 fixação de taxas cambiais especiais
 controle das operações de câmbio

Instrumentos de intervenção direta (política de rendas)


 regulação da atividade de produção
 estabelecimento de quotas de produção
 controle dos mecanismos e graus de concorrência
 fixação e controle dos preços dos produtos
 preços mínimos de garantia
 tabelamentos e fixação de tetos máximos
 regulação da remuneração dos fatores de produção
 controle dos salários

4. Análise dos reflexos das políticas econômicas nas empresas


 determinação dos indicadores que mais afetam a empresa;
 análise do comportamento da empresa frente a esses
indicadores (Ex. faturamento x PIB x inflação x câmbio)
 resultados da empresa: preços, vendas, custos, despesas, etc.;
 mercado da empresa: clientes, clientes dos clientes,
fornecedores, etc.;
 nas finanças da empresa: fluxo de caixa;
 análise permanente da conjuntura econômica quanto a
tendências, através de indicadores, alterando, se for o caso, as
premissas em que atua a empresa;
 adaptação da empresa em relação às análises “premissas x
atuação da empresa” (nível de atividades, controle financeiro,
etc.)

5. Alguns dos indicadores econômicos que devem ser


acompanhados pelo empresário:
 PIB
 evolução da inflação
 evolução do nível de emprego
 evolução dos salários reais
 nível da atividade industrial
 saldo do comércio exterior
 evolução das exportações e importações
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 evolução da taxa de câmbio do dólar


 importação/exportação por setores
 nível das divisas internacionais
 dívida externa
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REFLEXO DAS POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS NOS


RESULTADOS DAS EMPRESAS

o política monetária
 controlando a oferta total de moedas na
economia (redução ou expansão dos meios de
pagamento);
 contingenciamento do crédito, através da fixação
de limites e condições dos créditos;

o política fiscal
 tem forte impacto sobre a política monetária,
especificamente sobre o crédito, na medida em
que os prazos de recolhimento dos impostos
afetem o fluxo de caixa dos agentes econômicos.

Inflação Taxa de Meios de Consumo Investimento Emprego PIB Resultado


juros pagamento Empresa
Políticas fiscais
Aumento de impostos ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼

Redução de impostos ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲

Aumento gastos governo ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲

Redução gastos governo ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼

Políticas monetárias
Aumento compulsório ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼

Redução do compulsório ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼

umento taxa redesconto ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼

Redução taxa redesconto ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲

Venda títulos governo ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼

Compra títulos governo ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲


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 Compulsório é o percentual exigido pelo Banco Central aos bancos,


referente depósitos efetuados pelos agentes econômicos.

No caso apresentado no início:

a taxa de redesconto passou de 10% para 20%


(o governo quer reduzir a inflação)

a base monetária em circulação é reduzida
(mais dinheiro no Banco Central e menos em circulação)

a inflação se contrai
(menos dinheiro circulando...menos compras)

a taxa de juros aumenta
(menos dinheiro disponível para empréstimos)

o consumo é reduzido

o Investimento diminui
(empresário não têm a confiança necessária para investir)

o emprego se contrai

o PIB se contrai

os lucros da empresa se contraem
(o Uruguai é um bom país para se esconder, se necessário)

 Taxa de redesconto é a taxa cobrada pelo Banco Central em


empréstimos de socorro aos bancos, no caso de déficit de caixa.
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Relação entre cenários econômicos e gestão empresarial


Políticas econômicas x Equilíbrio financeiro x Balanços de Resultados x Gestão
Meios de Taxa Inflação Consumo Invest. PIB Resultado
pagamento Juros empresa
+ Imposto ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼
-Despesas governo ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼ (Figura 1)
+ Compulsório ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼
+ Taxa redesconto ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼
+ Taxa Selic ▼ ▲ ▼ ▼ ▼ ▼ ▼
- Impostos ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
+ Despesas governo ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲ (Figura 2)
- Compulsório ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
- Taxa redesconto ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
- Taxa Selic ▲ ▼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲

Enquanto isso, na empresa... (a) (b)


Equilíbrio entre entradas/saídas de Caixa

Capital Próprio

(figura 3) Rentabilidade do Capital

Necessidade de Capital de Giro

Rotatividade do Estoque

Equilíbrio prazo médio recebimento/recebimento

Imobilização de Capital

Falta de produtos para o cliente

..mama mia, e o balanço como está? (a) (b)


Liquidez

(figura 4) Endividamento

Estrutura (imobilização do capital)

Estrutura (Capital de Giro Próprio)

Ciclo Financeiro

Rentabilidade

(figura 5 (figura 6)
Gestão Gestão
 Estratégia  Estratégia
 Equilíbrio do fluxo de caixa  Equilíbrio do fluxo de caixa


Capital de giro
Estoques
↓ 

Capital de giro
Estoques
 Rentabilidade, etc.  Rentabilidade, etc.
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A figura (1) demonstra um quadro em que foram tomadas medidas de


controle da inflação, podendo ser uma ou mais de: aumento dos impostos,
redução das despesas do governo, aumento do compulsório, aumento da taxa
de redesconto, aumento da taxa da Selic (taxa de juros que o governo paga na
venda de títulos e que baliza os outros juros do mercado). Essas medidas têm
como objetivo a redução do dinheiro em circulação, e conseqüentemente o
aumento da taxa de juros no mercado financeiro, redução da inflação...
Isso vai refletir na empresa de acordo com a figura 3, coluna b, ou seja: as
vendas vão cair, o que poderá gerar desequilíbrio no fluxo de caixa, redução
dos lucros, aumento da necessidade de capital de giro... Isso tudo vai refletir no
balanço da empresa, com queda na liquidez, aumento do endividamento... E,
finalmente, poderá ocasionar sérios problemas na gestão da empresa,
conforme consta do quadro: descontrole estratégico, desequilíbrio do fluxo de
caixa, capital de giro....
Por outro lado, a figura 2 mostra uma outra situação, tendo o governo
controlado a inflação, busca o reaquecimento da economia. Assim, temos um
caminho bem diferente: redução de impostos (se você já viu isso também viu
Papai Noel – o governo baixa de um lado e aumenta do outro), mais despesas
do governo, menos compulsório... Essas medidas levarão a um aumento do
dinheiro em circulação e todas as consequências disso: redução dos juros,
aumento do consumo.... As consequências para a empresa, serão: aumento
das vendas, maior equilíbrio no fluxo de caixa, maior rentabilidade do capital...
Isso tudo irá gerar uma melhora significativa no balanço da empresa (melhoria
da liquidez, do endividamento, etc.). E, finalmente, teremos uma melhora na
gestão da empresa (todos os santos ajudam na descida).
Mas para que serve tudo isso? Para que quando o governo tomar uma
das medidas mencionadas, você possa prever as consequências na economia
e agir de modo coerente em sua empresa. Assim, lendo que o governo
aumentou o compulsório, você não irá aumentar seus estoques, etc, etc.
Lembre-se, ainda, que os reflexos de uma determinada medida do governo,
nem sempre as consequências virão de imediato.

NOTAS

(1) Conforme MACROECONOMIA PARA EXECUTIVOS – Prof. Robson


Gonçalves – Pós-Graduação em Gestão Empresarial da Fundação
Getúlio Vargas.
(2) Foschete, Mozart – MACROECONOMIA – Ed. Vest Com – 1998
(3) Kraemer, Armando – NOÇÕES DE MACROECONOMIA – Livraria
Sulina Editora -
(4) Vianna, Pedro Jorge Ramos – INFLAÇÃO – Ed. Manole – 2003
(5) Cardoso, Eliana A. – ECONOMIA BRASILEIRA AO ALCANCE DE
TODOS – Ed. Brasiliense – 17ª Edição - 1995

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