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NUTRIÇÃO DE RUMINANTES

Para o criador aumentar a produção do seu rebanho basicamente há duas


saídas: aumentar as despesas ou melhorar a eficiência. Embora muitas vezes estes
dois fatores caminhem juntos, é possível obter eficiência trabalhando sobre as
seguintes áreas:
 GENÉTICA: procurar usar os melhores semens disponíveis visando a
obtenção de animais produtivamente superiores.
 MANEJO: cadastrar todos os animais segundo as principais
informações necessárias para um bom controle do rebanho: peso ao
nascer, pai, mãe, pesagens periódicas, datas das coberturas, datas dos
partos, produção por lactação, intervalo entre partos, alocação em lotes
específicos de acordo com a produção, etc...
 NUTRIÇÃO: esta é a área onde pode-se obter resultados mais
prEcocemente, visto que é possível otimizar a utilização dos alimentos
já disponíveis . Depois, numa segunda etapa, pode-se partir para a
aquisição e/ou produção de novos alimentos.

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS NA NUTRIÇÃO


DE RUMINANTES

Como vimos anteriormente a nutrição é um dos pilares que sustenta a


produção de ruminantes. Desta forma, o conhecimento profundo de nutrição animal
é fundamental para o aumento da produtividade na criação de bovinos e bubalinos.
Para melhor entendimento é necessário que conheçamos importantes termos
técnicos utilizados na avaliação da composição química e de valor nutricional de
alimentos para ruminantes, assim como algumas relações existentes entre eles. Os
termos apresentados em negrito e itálicosão definidos em ordem alfabética.

NUTRIÇÃO: É a utilização adequada dos principais nutrientes, por parte do


organismo, para satisfação das necessidades nutricionais dos animais.

NUTRIENTES: É qualquer constituinte alimentar, ou um grupo de constituintes do


alimento de composição química semelhante e que entra no metabolismo celular e
concorre para promover a vida do organismo. Os seis grandes grupos químicos são
proteína, hidratos de carbono (carboidratos), lipídios, vitaminas, minerais e água.

ALIMENTO: é uma mistura complexa de nutrientes. Os constituintes do alimento


podem ser expressos na base seca (matéria seca) ou na base úmida
(considerando também a umidade, ou seja, o teor de água. Presente)
ALIMENTO

ÁGUA
MATRÉRIA SECA
(Umidade)

MATÉRIA ORGÂNICA MATERIA INORGÂNICA

Macro e
Micronutrientes
Glicídios Lipídio Proteína Vitamin
(Carboidrato s s as

DIETA:
Entende-se por dieta ou RAÇÃO a mistura de alimentos que é fornecida aos
animais. O termo dieta ou RAÇÃO, no caso dos ruminantes não deve ser confundido
com concentrado. RAÇÃO é todo o alimento que o animal ingere num período de
24horas. DIETA indica os componentes de uma ração, ou seja, é o ingrediente
alimentar ou mistura de ingredientes, incluindo a água, a qual é ingerida pelos
animais.

INGREDIENTES:
Componente de qualquer combinação ou mistura que constitui um alimento.

RAÇÃO BALANCEADA:
É uma mistura de alimentos convenientemente equilibrada para fornecer
todos os nutrientes exigidos pelos animais.

MATÉRIA ORGÂNICA (M.O.):


A quantidade de matéria orgânica de uma amostra é determinada diminuindo-
se o valor percentual de cinzas do valor percentual de matéria seca:
% M.O. = % de MS - % de CINZAS

MINERAIS ou MATÉRIA INORGÂNICA (MI)


É um grupo fundamental de nutrientes. Constituem aproximadamente 5% do
peso vivo do animal sem considerar a água (Rovira, 1996). Com exceção de carbono,
hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que se unem para formar moléculas orgânicas, os
elementos restantes que compõem as células vivas são elementos minerais. Os
minerais são classificados conforme a quantidade em que os mesmos aparecem nos
tecidos (Chaves, 1985). Esta divisão classifica-os em dois grupos:
1. Macronutrientes: são cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio, enxofre e
cloro.
2. Micronutrients: encontram-se neste grupo cobre, ferro, manganês, zinco,
iodo, molibidênio e selênio.

CINZAS:
Representam a matéria mineral presente nos alimentos. Medem a quantidade
de minerais. São obtidas através de incineração das amostras a 550 °C, em uma
mufla ou forno durante três horas (Pigurina, et al., 1991)

ADITIVOS:
São substâncias não nutritivas, adicionadas aos alimentos para melhorar suas
propriedades ou seu aproveitamento.

DEFICIENCIA NUTRITIVA:
Inexistência ou insuficiência de um nutriente essencial.

CARÊNCIA:
Quadro sintomático apresentado pelo animal como conseqüência de
deficiência nutritiva.

EXIGÊNCIA NUTRITIVA:
Quantidade de cada nutriente requerida por determinada espécie e categoria
de animal, para sua boa manutenção, sua produção e reprodução eficientes.

DIGESTIBILIDADE:
A digestibilidade, normalmente expressa em percentual, representa a
porcentagem de alimento consumido, que não foi eliminado pelas fezes e,
conseqüentemente, foi utilizado pelo animal para suprir as funções de manutenção,
produção e reprodução. E se refere a capacidade que o alimento tem de ser digerido
pelo animal.

CONVERSÃO ALIMENTAR:
Capacidade de um alimento se converter em uma unidade de produto animal.

Consumo de
Alimento CA =
Ganho de Peso

EFICIENCIA ALIMENTAR:
Quantidade de produto animal obtido por uma quantidade unitária de
alimento.
Ganho de Peso
E.A. = x 100
Consumo de
Alimento
NRC: Sistema de Exigência Nutritiva elaborada pela Academia Nacional de Ciências
e Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA.

PRINCIPAIS NUTRIENTE NA MATÉRIA SECA

PROTEÍNA

Definição:

São nutrientes orgânicos nitrogenados presentes em todas as células


vivas, portanto, essencial à vida do animal. Depois da água, são os compostos mais
abundantes. Ela forma o principal constituinte do organismo animal, sendo, pois,
indispensável para o crescimento, reprodução e produção.
#As proteínas, como nutrientes, diferenciam-se como elementos estruturais.
Os açucares e gorduras são utilizados no organismo para produção de energia, e das
reações metabólicas nas quais se envolvem, resultam gás carbônico (CO 2) e água:
são consumidos sem deixar resíduos. (Obviamente, quando a energia é excessiva,
formam-se depósito de gordura). Já a proteína é usada na construção de estruturas
orgânicas e produtos de secreção; formadas por unidades chamadas aminoácidos , a
sua composição é concreta e palpável.
# Uma proteína é de unidades chamadas aminoácidos, que obedecem a
seguinte fórmula geral:

NH2 O

R C C

H OH

# Caracterizam os aminoácidos, o radical amino (NH2) ligado ao carbono


adjacente ao grupo carboxílico (COOH). Os aminoácidos das proteínas são
conjugados uns aos outros por ligações pepitídicas (união entre alfa amino grupo de
um com o grupo carboxílico do outro). O aminoácido mais simples é a glicina.

NH2 O

H C C

H OH
# A junção de vários aminoácidos forma ema cadeia polipeptídica, que
constitui uma proteína. Na digestão, os aminoácidos são liberados no intestino
delgados, e aí absorvidos. Os nutrientes são aminoácidos, não as proteínas que os
contêm (hoje admite-se que dipeptídios e tripeptídios sejam liberados e aproveitados
como tais).
# Todos os animais necessitam receber uma quantidade de proteína e, além
disso, para o homem, suínos, aves, cães e etc. a quantidade é tão importante quanto
a qualidade. O mesmo não acontece com os bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e
eqüinos.

Especificidade:

As proteínas de origem vegetal diferem entre si e diferem das de origem


animal. Cada espécie animal tem suas proteínas específicas e seus órgãos, tecidos e
fluídos encerram proteínas diferentes. Não há duas proteínas que sejam iguais em
sua ação fisiológica.

Composição Química das Proteínas:

São formados de Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O) e Nitrogênio (N).
Muitas encerram no Enxofre (S); algumas em Ferro (Fe) e Fósforo (P). Podem
apresentar, também Cobre (Cu), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg).

Funções das Proteínas:

 Formação dos tecidos


 Manutenção e Reparo
 Fonte de energia
 Secreção de glandulares
 Anticorpos e Equilíbrio Ácido-Básico
 Qualidade de proteína

Valor Protéico Bruto:

As proteínas de um alimento podem ser estimadas quimicamente a partir de


seu conteúdo em nitrogênio. A porcentagem de nitrogênio obtida se expressa em
termos de proteína bruta, multiplicando-se por 6,25. Este processo se baseia em
duas suposições:

 Todas as proteínas contêm 16% de nitrogênio


 Todo o nitrogênio contido no alimento está em forma protéica.

# Ambas suposições não são inteiramente corretas.

# Em verdade, o teor de proteína varia de 13 a 18%. O quadro abaixo mostra os


valores médios para conversão em proteína bruta, segundo CRAMPTON E HARRIS
(1969).

Quadro 01. Valores médios de nitrogênio em proteína segundo CRAMPTON E


HARRIS (1969).
Categoria de Alimento %N na Proteína Fator de Conversão
Sementes oleaginosas 18,5 5,40
Grão de cereais 17,0 5,90
Folhas 15,0 6,60
Tecidos do animal 16,0 6,25
Valor Biológico das Proteínas:

Na maioria dos métodos de laboratório empregados para medir o valor nutritivo


das proteínas de uma ração, destina-se o valor biológico. O valor biológico de uma
proteína é a percentagem dela que é utilizada pelo organismo animal, relativamente a
quantidade absorvida, ou seja:

Nfixado
VB = x 100
Nabsorvido

# O método de Thomas Mitchell leva em consideração a teoria de Folin, segundo a


qual há duas formas de metabolismo do nitrogênio
 exógeno, de natureza variável, dependendo da qualidade de proteínas ingeridas
 Endógena, de natureza constante, representa a excreção de nitrogênio,
quando o animal recebe uma dieta sem nitrogênio.
# O valor biológico das proteínas, segundo este método, é determinado pela
seguinte fórmula:

VB = Ni (Nf-Nm) – (Nu-Ne)
Ni (Nf-Nm)

VB valor Biológico %
Ni nitrogênio do alimento
Nf nitrogênio das fezes
Nm nitrogênio metabólico fecal, eliminado nas fezes em regime isento de N.
Nu nitrogênio da urina.
Ne nitrogênio urinário endógeno, eliminado nas fezes em regime isento de N.

Exemplo de Proteínas:

Aminoácidos, Alanina, Arginina, Ácido Aspártico, Citrulina, Cistina, Cisteína,


Fenilanina, Glicina, Histidina, Hidroxiprolina, Isoleucina, Leucina, Metionina,
Ornitina, Prolina, Taurina, Tirosina, Treonina, Tripitofano, Valina

DIGESTÃO DA FONTE PROTEÍNA e DA NÃO PROTÉICA

As proteínas das dietas dos animais ruminantes contêm nitrogênio sob duas
formas: nitrogênio protéico (proteína verdadeira) que se constitui de cadeias longas
de aminoácidos unidas por ligações peptídicas, e nitrogênio não protéico que
compreende a uréia, ácidos nucléicos, nitratos, nitritos sais de amônia, aminoácidos
e outros.
A proteína verdadeira consumida pelo animal pode ser metabolizada no rúmen
segundo dois caminhos diferentes:
1. Escapar da degradação microbiana e passar para o omaso e abomaso,
atingido o intestino onde sofrerá digestão e seus aminoácidos absorvidos.
2. Sofrer proteólise (quebra da cadeia protéica aminiácidos) e deaminação pelas
enzimas microbianas, com formação de amônia e esqueletos carbônicos de
cadeia curta.
A produção de amônia no rúmen ocorre após os microorganismos proteolíticos
que habitam este compartimento realizarem a chamada proteílise, ou seja, a
“quebra” das ligações peptídicas que unem as cadeias protéicas, liberando peptídicos
e aminoácidos. Posteriormente os aminoácidos podem ser deaminados (retirado o
radical amina), resultando na produção de amônia (NH3) e esqueletos carbono. A
amônia é o principal e o principal constituinte de nitrogenado solúvel presente no
fluído ruminal. A concentração de amônia no rúmen é influenciada principalmente
pela quantidade e pela solubilidade da proteína diedética (soma das frações
protéicas de todos os alimentos

FONTE NÃO PROTEICA (Uréia)

Quando a uréia alcança o rúmen, ela é rapidamente desdobrada em amônia e


CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico) pela enzima uréase, produzido pelas
bactérias. O mesmo processo de transformação ocorre quando o animal ingere uma
fonte de proteína verdadeira, proveniente do capim ou farelo de algodão, por
exemplo.
A amônia presente no rúmen (pH 5,5 a 7), resultante da uréia ou de uma fonte
protéica, é utilizada pelos microorganismos (ureolíticas e proteolíticos) para síntese
sua própria proteína. Para que isso ocorrera, essencial a presença de uma fonte de
energia (celulose, e amido, por exemplo). A proteína assim formada é chamada de
proteína bacteriana.
À medida que adigestão ruminal progride, todo o alimento ingerido pelo
animal, juntamente com as bactérias e seus produtos, continua a avançar pelo trato
digestivo. Quando o bolo alimentar alcança o abomaso, que possui acidez (pH 2 a 3)
e é considerado o estomago verdadeiro do ruminante, as bactérias são destruídas e
o seu conteúdo é liberado. No abomaso e no intestino delgado todas as frações
alimentares são digeridas. A digestão da proteína bacteriana nada mais é do que sua
quebra em aminoácidos, os quais serão absorvidos no intestino e novamente
transformados em proteínas, agora pelo próprio animal.
Existe ainda outro processo de produção de uréia, no próprio metabolismo do
animal, e conhecê-lo é importante para se entender como do animal se intoxica por
excesso de uréia. A uréia assim produzida é chamada “uréia endógena” (Figura 5) e
é sintetizada no fígado. Nesse processo, a amônia proveniente da degradação da
proteína ou da uréia, e absorvida pela parede do rúmen, alcança o fígado pela veia
porta. No fígado, a amônia é convertida em uréia. Parte dessa uréia volta ao rúmen,
parte vai para saliva e parte é excretada pela urina. Esse processo é conhecido como
“ciclo da uréia”.
O equivalente protéico da uréia gira em torno de 260%, significando que
teoricamente, o fornecimento de 100g de uréia a um animal resultaria em 260g de
proteína microbiana, caso a uréia fosse totalmente utilizada pelos microorganismos.
Entre os fatores que afetam a utilização da uréia, o mais importante é o
fornecimento de energia. Em condições de deficiência de energia, as bactérias não
se desnvolvem de maneira eficiente.

Recomendações de utilização do Nutriente Não Protéico (NNP)


Para segura e eficiente da uréia, os seguintes pontos devem ser considerados:

 A população microbiana deve estar adaptada para a utilização da uréia. O


aumento da quantidade de NNP deve ser gradativo, de modo a favorecer
uma
alteração no equilíbrio entre os diversos micro-organismos do rúmen,
favorecendo o desenvolvimento das bactérias capazes de utilizar a amônia;
 Os animais devem ser adaptados por um período de duas semanas, no
mínimo. Se a quantidade de uréia a ser administrada for alta, recomenda-se
um período de adaptação maior;
 Quanto maior a quantidade de uréia, mais parcelado deverá ser seu
fornecimento, para evitar a formação de altas concentrações de amônia no
rúmen e melhorar o aproveitamento do N amoniacal;
 A quantidade máxima de uréia que pode ser fornecida e aproveitada gira em
torno de 40g/100kg de peso vivo. Esse dado serve apenas como orientação,
uma vez que os limites dependem da quantidade de energia na dieta. Com
dietas com baixa energia e em animais não adaptados, 40g/100kg de peso
vivo podem causar intoxicação.

Em caso de intoxicação por uréia, sugere-se administrar, por via oral, de 3 a4


litros de uma solução de ácido acético a 5%, ou mesmo de vinagre comum, repetindo
o tratamento três horas mais tarde, caso persistam os sintomas.
Não havendo esses produtos na fazenda, aconselha-se força o animal a ingerir,
boca abaixo, de 20 a 30 litros de água bem fria, de preferência gelada.

Sintomas de intoxicação: incluem inquietação, surdez, tremores da pele e dos


músculos, salivação excessiva, micção e defecação constante, respiração ofegante,
incoordenação motora, enrijecimento das pernas, colapso respiratório e morte.

Importância da Proteína:

o Constituem cerca de 18% do corpo de uma vaca adulta.


o O leite contém uns 3,5% de proteína.
o O organismo não pode fabricar proteína a custa de carboidrato e graxas,
porém pode ser vir como fonte de energia. Energia cara.
o As proteínas são constituídas de aminoácidos. São conhecidos até agora 25
aminoácidos.
o Durante a digestão as proteínas dos alimentos são desdobradas em
aminoácidos, que formaram novas proteínas requeridas pelo organismo.
o Ruminantes novos não são capazes de sintetizar aminoácidos, por tanto,
precisam receber ração protéica de boa qualidade (leite).
o Vacas em lactação deve Ter no mínimo 14% de PB, na MS.
o Para Vacas de alta produção de Leite, no terço inicial da lactação, recomenda-
se 18 a 20%PB, na MS.
o O teor de PB recomendada no primeiro ano de vida do bezerro- 14 a 18%, além
de feno ou pasto e alimentos com alto teor de energia.
o Para novilhas, recomenda-se 14 a 16% PB e 65 a 70% de NDT.
o Proteína em excesso pode causar problemas para vaca em lactação, sobre
carregando o fígado e os rins- Ocasiona maior gasto de energia e por outro
lado os aspectos econômicos, proteína é cara.
o Animais em crescimento 12% PB e 60% NDT e 8,5% PB e 56% NDT para touro
adultos.
CARBOIDRATOS (HC) ou HIDRATOS DE CARBONO ou GLICÍDIOS

Definição:
São os nutrientes que fornecem energia e calor ao organismo, formados por
carbono, hidrogênio, e oxigênio.
# Dependendo de como os elementos químicos estão ligados entre si, temos:
- Compostos simples: açucares e o amido – maior valor alimentício, devido a fácil
digestão-
Ex: milho, tanto grão como silagem; a batata doce; a cana ; a mandioca.
- Complexos: celulose e a lignina – para os ruminantes é facilmente digerida
(microrganismo do rúmen)-
Ex: pastos, gramíneas e leguminosas.
# Açucares simples: di e monossacaridios, sacarose, lactose, celobiose, glicose,
frutose, manose, galactose e outros.
# Lignina: componente da parede celular de menor digestibilidade. Com o da
lignina ocorre uma da digestibilidade. A lignina não é solúvel em água, o que não
ocorre com os componentes mais valiosos, como proteína. Assim, forrageiras
cortadas e exposta a chuva perdem seus nutrientes mais rapidamente.
Função dos Carboidratos:
 Fornece energia para todas as atividades físicas: andar mastigar, digerir,
respirar e outras.
 Manter a temperatura corporal
 Formar gordura corporal
 Formar graxa e açucares do leite
 Manutenção da vida do feto.

LÍPIDIOS ou GORDURAS

Definição:
São substâncias insolúveis em água mas solúveis em éter, clorofôrmio,
benzeno e outros solventes orgânicos chamados extratores.
# Na análise bromatologica é denominado de Extrato Etéreo, constitui boa
fonte de calor e energia.
# Exemplos de Lipídios: Ceras, Fosfatídeos de glicerol, Lecitina e Esteróides,

Funções:
Fornecem 2,25 vezes + energia do que os carboidratos e proteínas
 – o calor de combustão dos principais nutrientes variam de acordo com a sua
composição - CHO 4Kcal
- Gordura 9kcal
- Proteína 4Kcal
 Isolamento térmico(toucinho)
 Fonte de AG essenciais (lonolênico, linoleico, aracdônio)
 Precursor da vitaminas D2 e D3
 Produz água metabólica
 Auxilia na absorção de certas vitaminas
 São necessárias para o crescimento e fazem parte da cobertura protetora do
corpo(Lã).
 Tornam a carne + macia e + apetecível.
OBS: Os ácidos graxos(AG) insaturados, originados da hidrólise de lipídios
ingeridos, são hidrogenados e transformados em saturados pelos microorganismos
do rúmen. Sendo assim, o fornecimento de AG insaturado não o conteúdo deste
tipo de AG nas gorduras do leite e dos tecidos.

Importante:

 O fornecimento de gorduras acima de 7%- consumo voluntário e na


digestibilidade.
 Os lipídios têm função energética, porém em menor proporção açucares
solúveis e a celulose.
 Gordura da digesta – 10 a 20% proveniente dos microorganismos (protozoários)

ENERGIA

# A energia deriva do metabolismo dos carboidratos (amidos, açúcares,


celulose, hemicelulose), lipídios (triglicéridios, ácidos graxos, graxas) e proteínas. As
vitaminas e outras substâncias também podem fornecê-la, mais a quantidade é
desprezível.
# Existem vários sistemas energéticos: NDT, Bruta, Digestível, Metabolizavél,
Líquida.

NDT:

É a mais utilizado para bovinos e bubalinos de corte. Baseia-se nasoma da


fração da Proteína digerível(PD) + Carboidrato Digerível +(2,25 x Gordura Digerível):
NDT % = %PD + %FD + (2,25 x %EED)
Energia bruta(EB):
É a energia desprendida da queima total dos alimentos. É assim denominada
porque não há qualquer indicação de quanto o animal pode aproveitar.
Energia Digestível(ED):
É a energia do alimento ingerido menos a energia perdida nas
fezes.
ED = EBingerida - EBfezes
# As fezes são compostos pela porção não digerível e não absorvível do alimento,
mais microorganismos e descamações, enzimas e muco do trato gastrointestinal.
Energia Metabolizável (EM):
É a energia digestível menos a energia perdida na urina e nos gases
produzidos no trato gastrointestinal e que são liberados para o exterior.

EM = ED- EBurina- EBgazes


# Dentre os gases produzidos no rúmen, o metano(CH4) é o mais importantes. Nos
animais monogástricos este gás é insignificante.
# Para as aves usa-se somente EM porque não consegue-se separar a urina das
fezes.
Energia Líquida (EL): Ë a energia efetivamente utilizada pelo organismo, seja para
se manter, seja para produção. É a energia metabolizável menos o Incremento
Calórico (IC). EL = EM - IC

# IC: É o aumento da produção de calor acompanhada de um aumento de


temperatura do corpo e de uma aceleração metabólica quando o alimento está
sendo digerido e metabolizado pelo animal.

Importante (carcoidrato):
o Os microorganismos fermentam boa parte dos carboidratos em AGV s.
o Embora o sistema de EL seja o mais preciso, por razões praticas usa-se o
sistema NDT na criação de gado de corte.
o No confinamento o sistema EL é mais utilizado por ser mais preciso.
o A fibra é importante para o funcionamento normal do rúmen.
o Dietas baixas em fibra = acidose( {} de ácido no rúmen e no sangue),
deslocamento do abomaso e baixo teor de gordura no leite.
o Dietas em fibra causam redução no consumo e naturalmente, possuem
menor quantidade de energia.
o Em touros a subnutrição( energia) causa atraso na puberdade, problemas na
produção de sêmen crescimento; volume ejaculado e {} de esperma.
o 1kg de NDT equivalente a 4.400Kcal de ED.
o Os requerimentos para o crescimento são maiores nos animais jovens.

SISTEMA GIGESTIVO DOS RUMINANTES

CARACTERISTICAS DO RÚMEN COMO CÂMERA DE FERMENTAÇÃO


O rúmen e o retículo funcionam como uma câmara de fermentação perfeita = pq
mantêm um ambiente favorável ao desenvolvimento da população microbiana.
Fatores que Mantêm as Condições de Câmara do Rúmen:

1. Temperatura – entre 38º a 42ºC mantida pelos mecanismos de


regulação térmica do animal;
2. Ausência de ar – embora possa ocorrer a presença de oxigênio
livre, agregado a alimentos ou a água;
OBS1: Existem ainda, outros gases reguladores como: gás carbônico, metano,
amônia e hidrogênio.
3. pH – varia de 5,5 a 7,0 – ácidos graxos voláteis (AGV) que podem ser
prontamente absorvido no rúmen podem variar o pH;
OBS2: - A quantidade de ácidos produzidos pela fermentação é regulada pelo nível
de acidez no liquido do rúmen.
- O tipo de alimento também influi decisivamente no pH, isto é, na acidez.
- O equilíbrio da acidez indicado pelo pH é importante pq mantém em atividade os
microorganismos da fermentação.

OBS3: bactérias e protozoários, responsáveis pela fermentação dos alimentos,


habitam o rúmen e se mantêm pela constância da temperatura, do pH e pela
ausência de Ar.

GRUPOS DE MICROORGANISMOS DO RÚMEN E PRODUTOS DA


FERMENTAÇÃO

Grupos de Substâncias Produtos Finais Principais


Microorganismos Fermentadas
Celulolíticas Celulose Ácidos Graxos Voláteis (AGV) alta
proporção de ácidos acéticos (2
carbonos)
Aminolitícas Amido Ácidos Graxos Voláteis (AGV) alta
proporção de ácidos propiônico
Glicolíticas Açucares Simples Ácidos Graxos Voláteis (3 carbonos)
alta proporção de ácidos butíricos (4
carbonos)
Latilíticas Ácidos Ácidos Graxos Voláteis (AGV) alta
proporção de ácidos lático (5 carbonos)
Lipolíticas Gorduras Ácidos Graxos Livres
Proteolíticas Proteínas Aminoácidos e Amônia (NH3)
Ureolíticas Uréia Gás Carbônico e Amônia (NH3)
Metanogênicas Hidrocarbonetos Gases metânicos
Protozoários Açucares, amidos, Ácidos Graxos Voláteis (AGV) ácidos
Flagelados celulose, acéticos, propiônico, butírico e gases.
e Ciliados hemicelulose e
proteínas

PRODUTOS FINAIS DA DIGESTÃO


Os AGV são absorvidos pelas paredes do rúmen e passam à corrente
sangüínea nas formas de ácido acético, que irá formar as gorduras do leite e do
corpo; ácido propiônico, que irá formar a lactose (açúcar do leite) e a glicose
sangüínea; e o ácido butírico. Em reduzidas quantidades são formados açucares, a
partir de celulose.
Alimentos equilibrados e de boa digestibilidade, gramíneas e leguminosas no
ponto ótimo de consumo, normalmente produzem as seguintes percentagens de
AGV.
 Ácido acético: 50 a 65%
 Ácido propiônico: 18 a 20%
 Ácido butírico: 12 a 20%
Diminuir as quantidades de celulose em relação ao amido da ração, a
tendência é de se formar maior quantidade de ácido propiônico e menor quantidade
de ácido acético, fazendo com que diminua a gordura do leite e o animal ganhe
gordura no corpo, aumentando o peso.

CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS


O volume dos alimentos indica, a princípio, a forma em que se pode agrupa-
los com a finalidade de estabelecer uma classificação. Assim, temos alimentos de
alta concentração de nutrientes, os concentrados, e os que possuem baixa
concentração, os não concentrados ou volumosos.
Geralmente, as rações são compostas dos dois grupos. Algumas vezes,
usam- se somente os volumosos, entretanto, nunca se usam exclusivamente
concentrados na alimentação dos ruminantes.
A chave a seguir mostra uma classificação baseada nos teores de umidade
e fibra dos alimentos.
Volumosos
Os alimentos não concentrados ou volumosos são aqueles que contêm mais
de 18% de fibra bruta na MS. Constituem a maior parte da ração, fornece nutrientes e
desempenham papel especial no metabolismo ruminal.
A vacas leiteiras em produção necessitam, no mínimo de 17% de fibra na MS
para que seja produzido um teor de gordura normal no leite, cuja fonte principal é a
fibra celulósica dos alimentos volumosos.

Volumosos Secos

Volumosos Aguosos

Concentrados
São alimentos ricos em energia e proteínas, ou em ambos. Possuem de 85-
95% ou mais de MS. A sua fração energética compreende, principalmente, o amido,
seguido dos açucares mais simples e das gorduras. Em geral possuem mais de 60%
de NDT e baixo teor de fibra.

Concentrados energéticos
São os concentrados com 16% ou menos de proteínas, representados pelos
grãos de cereais e seus subprodutos. O teor de fibra é variável, sempre menor que
18%. O teor de matéria gordurosa varia bastante, conforme o grão utilizado ou
subproduto deste.

Farelo de arroz desengordurado


Grão triturado de milho
Farelo de trigo
Grão triturado de sorgo
Grãos de aveia
Concentrado protéico

Concentrados protéicos

Compreende os farelos e farinhas de cereais (com 20 a 30% de proteínas) e


os farelos de oleaginosas (com 30 a 50% de proteínas), que são os de origem
vegetal. Os de origem animal contém de 34 a 82% de proteínas.
Os concentrados protéicos de origem vegetal são os mais usados para
alimentação do gado. Em geral, são usados os subprodutos das agroindústrias de
extração de óleo comestível, como as tortas e farelos de soja, amendoim, girassol,
algodão e outros. São fontes de proteína com teores de 30 a50%.
CONSIDERAÇÕES SOBRE ALGUNS ALIMENTOS
MILHO Alimento
Energético:
O principal componente dos concentrados comerciais, rico em pró-
vitamina A;
Alta energia (85-88% NDT na matéria seca);
Baixo teor de proteína (7-10%) e vitamina D;
Baixo teor em Cálcio e moderado em fósforo;
Deve ser moído p/ aumentar a eficiência de uso;
Pode ser ensilado com alto teor de umidade(70-80% de MS);
Pode ser fornecido até 70% na ração, em vacas leiteiras recomenda-se
manter a FDN em até 28%.
O rolão de milho possui cerca de 80-90% do valor do grão moído e de 7
a 8% de Proteína. Recomendado p/ animais em crescimento

SORGO

Possui cerca de 85-90% do valor do milho;


Necessita ser moído para se obter máxima digestibilidade;
Maior teor de PB, mais variável em comparação com o milho(8-12%);
Baixo teor de Ca e moderado P.
Fator antinutricional: produção de ácido cianídrico(HCn), no rúmen, é
tóxica ao animal principalmente plantas jovens.

FARELO DE TRIGO

Seu teor de PB varia de 13-18%, 13-17% de FB e 71% de NDT na MS;


É uma boa fonte de P, Se e Fé, pobre em caroteno;
O teor de extrato etéreo (EE) é de 4,5% podendo rancificar-se e FDN
11%;
Para altos níveis de produção deve ser limitado devido o seu relativo
elevado teor de FB (20-25% do concentrado).

FARELO DE ARROZ

Apresenta 70% de NDT, 13-15% de PB na MS;


Rica em Ca e P, contém mais de 13% de EE, pode
rancificar causando efeito negativo sobre o consumo e a
destruição da vitamina E, vitamina A;
Usado p/ ruminantes até 20% ou 5% de EE na ração
MANDIOCA

Pode ser usada in natura ou desidratada e moída para prod. De [ ];


Raiz fresca rica em amido e NDT (70%), pobre em PB (2-3%) e
recomendada de 2-3% do peso do animal/dia;
Fator antinutricional: linamarina, convertida em HCn no rúmen;
Raspa recomendada até 100% de substituição do milho
1 kg de milho equivale a 1kg de RMCA + farelo de algodão.

Alimentos Protéicos:

FARELO DE SOJA

Suplemento protéico padrão e com o qual são comparadas outras fontes de


proteínas (qualidade e custo) e é mais usado em virtude de sua composição de
aminoácidos.
Teor de proteína varia de 40 a 50%;
Possui de 70 a 80% de NDT e não contêm mais de 7% de FB;
É baixo em Ca e moderado em P, e rica e caroteno e vitamina D;
Fator anti-nutricional anti-tripisina e urease (monogastricos e bovino de
corte);
Semente integral - 38a 40%PB, 17 a 18% de óleo, 85 a 94% NDT e deve ser
limitada a 20% do concentrado ou 2,5kg/animal/dia, por possuir 20% de EE e
apresentar uréase (contribui p/ da hidrolise da uréia ruminal causando
intoxicação.

FARELO DE ALGODÃO

Possui 33 a 40% PB;


60 a 70% NDT;
10 a14% de FB;
Baixo em Ca e alto em Fósforo, assim como o farelo de soja não há limitações
quanto o seu uso;
Semente integral de soja é um excelente alimento energético, além de possuir
25% PB, alto teor de óleo (24%) e deve ser limitado a 20% do concentrado. É
recomendado p/ bovinos em crescimento(3kg/an/dia), vacas leiteiras (4kg/na/dia).
Outros Alimentos

MELAÇO
Apresenta de 70 a 75% de NDT na MS;
Rico em açucares, Ca, Mg, K;
Apresenta limitações ao uso devido ao nitrato e vitamina K que provoca
diarréia;
É uma fonte de energia altamente degradável no rúmen e bastante
palatável;
É recomendado para bovinos no máximo 15% da MS, e normalmente
usado em 10% do concentrado;
Fornecido a bovinos adultos em até 4kg/na/dia, após o uso de
adaptação reduz os riscos com acidose, 7% de melaço aumenta a
palatabilidade da ração de bezerros.

CEVADA
Possui 70-75% de NDT;
11-12% de Proteína Bruta;
5-6% de Fibra;
Pode ser fornecido como único ingrediente no concentrado.

POLPA CÍTRICA
Possui de 6-7% de PB, 13-14% de FB, 73-76% NDT e cerca de 90%
de valor energético do milho;
Baixo em P e alto em Ca devido certos compostos usado durante
o processamento;
Fator antinutricional: fonte de cal podem apresentar dioxina, substância
cancerígina transmitida ao homem pela carne e leite;
Normalmente é limitado a 20 a 25% da dieta total ou uso até 2kg/na/dia

TORTA DE DENDÊ
Possui 14% de PB e 60% NDT ;
Em média 60,75 de NDT;
0,2% de Ca e 0,69% deP;

FARELO DE COCO
Obtida após a extração parcial da gordura;
20% de PB, 50% de NDT;
Recomendado para bovinos em até 2kg/ani/dia e no caso de vacas, em
até 30% da ração.
PROCEDIMENTO PARA A FORMULAÇÃO DE RAÇÕES

Identificação dos
animais: Aptidão,
Estado fisiológico,
Finalidade,
Tipo de animal,
Fase de desenvolvimento

Verificação das Exigências Nutricionais(Tabela 01)

# Existe uma série de tabelas de exigências nutricionais e de composição de


alimentos disponíveis, para se orientar na formulação de rações.

Ex: Nutrient Requirements of Dairy Cattle, Nutrient Requirements of Beef Cattle e


outras.

a) Seleção dos ingredientes a serem utilizados e sua


composição (Tabela02)

# A seleção dos nutrientes deverá seguir critérios que permitem uma


formulação de ração que seja nutricionalmente adequada, palatável e econômica.

CONSUMO DE MS: 3,5%PV = 17,5kg


500kg x 3,5 / 100 = 17,5kg
Composição química dos alimentos (Base de MS)
b) Formulação propriamente dita

# Após estabelecer as exigências nutricionais, seleção e composição dos


ingredientes com seus preços, implanta-se estes dados em planilhas de cálculo ou
diretamente no sistema de programação linear, que será tratado no presente curso.

MÉTODOS DE CÁLCULO DE RAÇÕES

A) Quadrado de Pearson

# Este método é bastante prático e permite o ajuste do nutriente, como por


exemplo:

Exemplo 01:
Considerando que se precise de uma mistura suplementar com 16% de
PB e encontram-se disponíveis na propriedade dois alimentos (A e B), com teores de
PB de 25% e 10%, respectivamente.

(A) 25% 16 –10 = 6 partes do alimento A

16%
(B)10 25 – 16 = 9 partes do alimento B
%

Total = 15 partes da mistura (A+B)

# Este resultado mostra que para 15 partes de mistura serão necessários 6 do


alimento A e 9 do alimento B. Extrapola-se para 100kg de MS de concentrado, serão
necessários 40kg de A 60kg de B.

15kg  100kg 15kg 100kg


6kg x 9kg x
x = 40kg x = 60kg
Exemplo 02:
Supondo-se que se quer formular uma ração para conter 16% de PB e 2500
Kcal de EM/kg para vacas leiteiras, com os seguintes ingredientes:
Ingredientes PB EM Kcal/kg
%
Farelo de soja(FS) 54,6 2664
Milho(M) 8,5 2880
Farelo de Algodão(FA) 38,0 2400
Pasp.int.Mandioca(RIM) 3,0 2200
FORMULAÇÃO DE DIETAS E MANEJO NUTRICIONAL

Para a formulação de dietas ou projeção de ganho de peso, precisamos conhecer a


composição dos alimentos e as exigências nutricionais dos animais que variam
conforme:
 Espécie
 Sexo
 Categoria
 Raça
 Peso vivo
 Condição corporal
 Ganho de peso desejado

Para calcularmos a dieta de bovinos de corte, devemos levar em


consideração algumas variáveis:
Exemplo:
 Qual é o peso vivo?. ............................................. 340 kg
 Idade em meses? ...................................................19 meses
 Porte? .................................................................. Médio
 Condição corporal?. .............................................Regular
 Sexo?. ................................................................ Macho castrado
 Ganho de peso desejado?. .................................... 1,1 kg/animal/dia

As dietas são calculadas basicamente sobre as necessidades de energia


(NDT) e proteínas dos animais, pois são os constituintes mais importantes, e
também mais caros. Outros constituintes como cálcio e fósforo e um teor mínimo de
fibra, também devem ser ajustados.

Definição do uso de concentrado

Vários são os fatores pré-determinantes da quantidade de concentrado:


 Disponibilidade de volumoso
 Qualidade do volumoso
 Categoria animal
 Ganho de peso desejado
 Custo dos alimentos
Normalmente, a quantidade usual de volumoso situa-se entre 50 e 70% da
matéria seca total da dieta, enquanto o concentrado é usado na proporção de 30 a
50%.

Cálculo de dietas – um exemplo prático

Cálculo de uma dieta para novilhos de 360 kg de peso e ganho médio diário de
0,91 kg/dia, segundo exigências nutricionais (NRC, 1984). A observação da
tabela
4.2 demonstra que um novilho de 360 kg para um ganho de 0,91 kg/dia necessita de
8,4 kg de matéria seca, consome 2,3% do seu peso vivo em matéria seca, necessita
de 0,78 kg de proteína bruta ou 9,2% da matéria seca e de 5,67 kg de NDT na
matéria seca ou 67,5% de NDT do total da dieta. Estes números podem ser
visualizados na tabela 7.2 (1a linha). Na 2a linha dessa mesma tabela, optou-se pelo
fornecimento de silagem de milho com 7,8% de PB e 63,0% de NDT. O uso de
silagem foi definido em 70% do total da matéria seca, o representa 5,9 kg de matéria
seca. Há um déficit (3a linha) de 2,5 kg de matéria seca, 0,32 kg de PB e 1,96 kg de
NDT, o que representam 12,8% e 78,4% de PB e NDT, respectivamente, na matéria
seca faltante.

EX: cálculo do % PB (como chegar aos 12,8%)


Se 2,5 kg de MS .......... devem ter 0,32 kg de PB
1,0 kg de MS .......... deve ter X

X = (0,32 x 1,0) / (2,5 x 100) X


= 12,8 % de PB
Para o cálculo do % de NDT, repete-se o mesmo
raciocínio. Se ..................... 2,5 kg de MS devem ter
1,96 kg de NDT
1,0 kg de MS ...........deve ter X

X = (1,96 x 1,0) / (2,5x100)


X = 78,4% de NDT

Desta forma, foi montada a tabela 7.2


Tabela 7.2. Exemplo de cálculo de dieta para novilhos de 360 kg de peso e ganho
médio diário de 0,91 kg/dia, segundo exigências nutricionais (NRC, 1984).
MS P NDT
B
Kg/dia % Kg % Kg
Necessidade 2,3 % PV 8,4 9,2 0,78 67,5 5,67
Silagem de milho 70% 5,9 7,8 0,46 63,0 3,71
Déficit 2,5 12,8 0,32 78,4 1,96

Quadrado de Pearson

Para calcular o concentrado, usaremos o método de quadrado de Pearson,


ajustando inicialmente a proteína, usando dois ingredientes: farelo de trigo e milho
em grão.
Para o uso do quadrado de Pearson, mostraremos a seqüência da sua
montagem.
o
1 passo:
Colocam-se os ingredientes e entre eles o valor desejado.
Neste caso, é de 12,8% da PB.
Quadrado de Pearson (ajuste de proteína)

Ingredientes PB Proporção
%
Farelo de trigo
Desejado 12,8%
Grão de milho

2o passo:
Colocam-se os valores da proteína dos ingredientes, considerando-se 16%
de PB para o farelo de trigo e 9% de PB para o milho.
Quadrado de Pearson (ajuste de proteína)

Ingredientes PB Proporção %
Farelo de trigo 16%
Desejado 12,8%
Grão de milho 9%

3o passo:
Calcula-se a proporção a ser usada de cada ingrediente através do cálculo na
diagonal, diminuindo – se a quantidade de proteína desejada da quantidade de
proteína do ingrediente, conforme demonstrado.
Quadrado de Pearson (ajuste de proteína)
Ingredientes PB Proporção
Farelo de trigo 16% H U 12,8 – 9 = 3,8
Desejado 12,8%
Grão de milho 9% U H 16-12,8 = 3,2 / 7,0

4o passo:
Calcula-se o percentual em partes a ser usado, conforme mostrado abaixo:
Em um total de 7,0 partes devem ter 3,8 partes de farelo de trigo.
7,0 partes ----------- 100%
3,8 partes ----------- devem ter X
X = (3,8 x 100) / 7,0
X = 54,3 partes de farelo de trigo

Quadrado de Pearson (ajuste de proteína)


Ingredientes PB Proporção %
Farelo de trigo 16% H U 12,8 – 9 = 3,8 54,3 farelo de trigo
Desejado 12,8%
Grão de milho
Normalmente, 9%
com um 16-12,8
U pouco de experiência
H = 3,2
no ajuste / 7,0
das 45,7e milho
dietas na escolha
dos ingredientes ao ajustar PB, também se aproxima o NDT. Como o grão de milho
possui 90,0% de NDT e o farelo de trigo 70,0%, o déficit é de 78,4%. Nesta relação
de 3,8 partes de farelo de trigo e 3,2 partes de milho, o NDT fica em 79,14%,
portanto, também ajustado.

RAÇÃO BALANCEADA PARA VACA EM LACTAÇÃO


PV: 500kg
Produção: 25kg leite (Tabela 1) ou (Tabela 6-3 NRC)
Gordura 4 %
Ganho de peso: 0,275kg/dia(Tabela 6-3 NRC)
TABELA 01 consumo de MS para produção de leite e ganho de peso do meio ao
final de lactação.
Peso Vivo 400 500 600 700 800

Leite a 4% PV
(kg)
10 2,7 2,4 2,2 2,0 1,9
15 3,2 2,8 2,6 2,3 2,2
20 3,6 3,2 2,9 2,6 2,4
25 4,0 3,5 3,2 2,9 2,7
30 4,4 3,9 3,5 3,2 2,9
35 5,0 4,2 3,7 3,4 3,1
40 5,5 4,6 4,0 3,6 3,3
45 - 5,0 4,3 3,8 3,5
50 - 5,4 4,7 4,1 3,7

1) Consumo de Máteria
Seca CONSUMO DE MS: 3,5%PV =
17,5kg 500kg x 3,5 /
Tabela de Exigências. 100 = 17,5kg MS

PB EM Ca P
(kg) (Mcal) (kg) (kg)

Mantença 14,20 0,364 0,020 0,014


Produção 25kg
gord.4% 31,00 2,250 0,080 0,049
Ganho peso
0,275kg/dia 2,35 0,088 - -
Total 47,55 2,702 0,100 0,063

Tabela 03. Composição química dos alimentos (Base de MS)

Alimento MS (%) EM (%) PB Ca (%) P


(%) (%)
Silagem de milho 33,0 2,67 8,4 0,23 0,22
Feno de gramínea 87,0 1,96 9,5 0,23 0,26
Milho grão 88,0 3,34 10,0 0,03 0,29
Far. Soja 89,0 3,29 49,9 0,30 0,68
Farelo de trigo
Fosf. Bicálcico 97,0 - 23,00 18,00
Calcário 99,0 - 40,00 -
2) Determinação da concentração de EM na Ração

Exigência EM 47,55 = 2,75


Consumo de MS 17,50

EM da Forragem:
Silagem de milho (SM) –(50%) 2,67 = 1,96 + 4,63/2 = 2,32
Feno – (50%) 1,67

EM concentrado;
49% Milho: 3,34 x 0,49 = 1,636 + 1,612 = 3,248
49% Farelo de soja: 3,29 x 0,49= 1,612
2% mineral

Forragem F
Concentrado 1-F
2,32F +3,24 (1-F) = 2,72
2,32F –3,248F = 2,72 – 3,248 F =
F = 0,57 0,528/0,928 F= 0,57
C= 0,43

3) Quantidade de Forragem
0,57 x 17,5 = 9,975
SM: 9,9 x 0,5 = 4,9
F 9,9 x 0,5 = 4,9

4) Quantidade de Concentrado
PB defict 1,82,5
EM defict 24,87
X- milho
Y-F.de soja

3,34X + 3,29Y = 24,87


(-33,4) 0,10X + 0,49Y = 1,825

3,34X + 3,29Y = 24,87


-3,34X - 16,36Y = -60,95
Y = 36,08 Y = 2,76
13,07
3,34X + 3,29Y = 24,87
3,34X + 3,29 * 2,76 = 24,87
3,34X + 9,08 = 24,87
X = 15,79 X= 4,73
3,34

Cálculo para completar os minerais:


1kg Fbc 0,18kg de P 1kg Fbc 0,23kg de Ca
x 0,007kg de P 0,04Fbc x
x = 0,04kg Fbc x = 0,009 de Ca

1kg de Calcário 0,4 kg de Ca


x 0,060 de
Ca
x = 0,15 kg de calcário
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO

MS (%) EM (%) PB (%) Ca (%) P


(%)
Exigências(1) 17,5 2,702 47,55 0,100 0,063

Forragens
Silagem milho 4,9 0,412 13,08 0,011 0,011
Feno gramínea 4,9 0,466 9,60 ,0,011 0,013

Total (2) 9,8 0,878 22,68 0,022 0,024


Defict (1-2) 1,824 24,87 0,078 0,039

Concentrado
Milho grão 4,8 0,480 16,03 0,001 0,014
Farinha soja 2,7 1,247 8,88 0,008 0,018

Total (3) 7,5 1,727 24,91 0,009 0,023

Minerais
Fosfato Bicálcico 0,04 - - 0,009 0,007
Calcário 0,15 - - 0,060 -

Total (4) 0,19 0,069 0,007


Total Geral (2+3+4) 17,49 2,605 47,59 0,100 0,063

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