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História cultural, linguagem fílmica e

ditadura militar brasileira


Cultural history, film language and Brazilian military dictatorship
Historia cultural, lenguaje cinematográfico y dictadura militar brasileña

Igor Barbosa Cardoso 1*


1
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte/MG – Brasil

Dellamore, Carolina; Amato, Gabriel; Ba- Sob a organização dos doutorandos Ca-
tista, Natalia (orgs.). A ditadura na tela: o ci- rolina Dellamore, Gabriel Amato e Natalia
nema documentário e as memórias do regime Batista, o livro A ditadura na tela procura
militar brasileiro. Belo Horizonte: Faculdade equilibrar as análises oriundas dos estudos
de Filosofia e Ciências Humanas, 2018. culturais, levando em consideração a lin-
guagem cinematográfica, em uma articula-
Há algumas décadas, os estudos cultu- ção interdisciplinar. Logo na introdução (“A
rais flexibilizaram uma tradição de estudos ditadura na tela: questões conceituais”) – es-
históricos a fim de refletir sobre as políticas crita pelos organizadores –, três pressupostos
de identidade que discutem a questão do su- orientam a curadoria: os filmes documentais
jeito a partir de conflitos sociais em que há são tratados como “trabalhos de recordação
afirmação ou negação de identidades étni- interessados na construção de identidades e
cas, nacionais, etárias, de gênero, de classe de projetos políticos no tempo presente de
e outras. A renovação dos estudos históricos sua produção” (p. 12); são previamente in-
impactou as análises fílmicas no sentido de dexados de modo que pactuam com o espec-
superar o diagnóstico estrutural da produ- tador um “compromisso de exploração da
ção cultural de massa para voltar o olhar às realidade” (p. 13); e são resultados de uma
condições efetivas e específicas de produ- conformação cultural atual que demanda
ção e recepção da obra. O olhar histórico e narrativas memorialísticas. A partir desses
sociológico tendo o cinema como fonte de pressupostos, os historiadores articulam –
pesquisa passou a privilegiar, quando muito, alguns com mais sucesso – elementos fílmi-
o nível narrativo-dramático, em detrimento cos e extrafílmicos para compreender os po-
dos componentes propriamente estéticos. sicionamentos assumidos pelos diretores em

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2237-101X02104312.
Resenha recebida em 19 de dezembro de 2018 e aceita para publicação em 28 de maio de 2019.
*
Doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais / Departamento de História, Belo Horizonte/MG –
Brasil. E-mail: igorbcardoso@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2460-2693.

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seus trabalhos bem como a relação de suas contundência do discurso, quanto os depoi-
obras com o público. mentos mais fragmentários e fugidios, além
A ditadura na tela é fruto do projeto de dos silêncios e pausas). A análise da violên-
extensão, de título homônimo, conduzido cia e da perseguição política pelas quais três
pelo Núcleo de História Oral da UFMG. Em gerações de mulheres foram submetidas,
parceria com equipamentos públicos de Belo proposta de Medeiros, é compreendida por
Horizonte – Centro de Referência da Moda Fernandes no campo das estratégias estatais
e Museu da Imagem e do Som (MIS) Cine de construção de uma memória sobre a di-
Santa Tereza –, o projeto exibiu, entre 2014 tadura, uma vez que o documentário é fruto
e 2017, diversos documentários a respeito do da iniciativa do projeto Marcas da Memória,
período ditatorial brasileiro (1964-1985), se- que tem por finalidade construir alternati-
guidos de discussões fomentadas por pesqui- vas à atuação dos órgãos oficiais de repara-
sadores convidados. O livro é constituído de ção – geralmente, de caráter pecuniário – ao
duas partes. A primeira (“As batalhas de me- fornecer material para o reconhecimento de
mória no cinema documentário sobre a dita- experiências de violência durante a ditadura.
dura”) é resultado da reunião de dez artigos De modo relativamente semelhante,
oriundos dessas intervenções públicas. Em ­Gabriel Amato analisa Memória do movi-
parte por isso, não é possível encontrar uni- mento estudantil (2007), documentário di-
cidade metodológica de análise. Os temas rigido por Silvio Tendler, relacionando os
abordados também são diversos: a militân- elementos propriamente fílmicos e o debate
cia de mulheres, estudantes universitários e historiográfico sobre a União Nacional dos
operários; a relação entre Estado, futebol e Estudantes (UNE), entidade que finan-
imprensa; na produção cultural, a literatu- ciou a produção documental por meio de
ra de temática lésbica de Cassandra Rios, o Lei Federal de Incentivo à Cultura. A par-
grupo inovador Dzi ­Croquettes, o movimen- tir do conceito exposto por Marie-Claire
to (musical) tropicalista e os silêncios sobre Lavabre, de que a memória histórica é uma
o cantor Wilson Simonal. sobreposição das fronteiras entre a prática
Juliana Ventura Fernandes analisa Re- social da memória e a atividade intelectual
pare bem (2012), documentário da cineasta historiográfica, Amato propõe que a estéti-
portuguesa Maria de Medeiros. No artigo, ca realista de Tendler corrobora a narrativa
alguns aspectos próprios da composição fíl- hegemônica sobre o movimento estudantil
mica são abordados, tais como a constru- desenvolvida em O poder jovem (1968), de
ção cênica (locações quase sempre na casa ­A rthur P
­ oerner, segundo o qual “o estudan-
das entrevistadas), a montagem (que faz te brasileiro é um oposicionista nato” (p. 56).
coincidir a fala das entrevistadas com ima- Amato explora com acuidade o recorte rea-
gens documentais, reforçando o argumento lizado pelo documentarista dos documentos
apresentado) e, especialmente, a oralidade de época, das trilhas sonoras não originais,
(considerando tanto os momentos de maior dos acontecimentos, das personagens e das

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entrevistas. Segundo o articulista, a seleção como as cenas do Festival da Ilha de Wight


prévia expressa determinada visão de mun- de 1970 e a versão ao vivo da faixa Alfôme-
do que acaba por reduzir “a participação po- ga, apresentada por Caetano e Gil na rede
lítica dos estudantes brasileiros à história da de televisão portuguesa em 1969. Além da
UNE e a determinado modelo de militância raridade material, Kacowicz atenta para o
dentro da entidade” (p. 59). Com efeito, a cuidadoso trabalho dispensado em Tropicá-
contracultura e o hippismo, duas manifesta- lia na condução da trilha sonora (sugerindo
ções culturais caras à juventude das décadas haver um refinamento técnico das músicas),
de 1960 a 80, permanecem silenciadas face à dos efeitos de pós-produção (com inserção
memória histórica da UNE – o que se reflete de cores vivas nas imagens em p&b) e de
no trabalho de Tendler. montagem, capazes de envolver o público
Também encontramos boa discussão em um “painel imagético-sonoro do contex-
historiográfica e de linguagem fílmica com to” (p. 133).
Davi Aroeira Kacowicz, que analisa Tropicá- Da mesma forma que Kacowicz acre-
lia (2012), documentário dirigido por Mar- dita que Tropicália pode contribuir para
celo Machado. Como Amato sugeriu em novas questões ao debate historiográfico,
relação a Memórias do movimento estudantil, Natália Batista defende a tese de que o
Kacowicz discute a reprodução de certa me- documentário Dzi Croquettes (2009), de
mória histórica sobre a efervescência cultural Tatiana Issa e Raphael Alvarez, inaugurou
dos anos 1960 no documentário de Macha- uma discussão que ainda não havia sido
do, qual seja a de que a tropicália, concei- feita pelos historiadores, isto é, o papel do
to estético que designou uma constelação teatro na resistência à ditadura pelo viés do
de vanguardas culturais, acaba reduzido ao escracho e do humor, com a abordagem das
tropicalismo, movimento musical de Gil- homossexualidades. Batista também expli-
berto Gil, Caetano Veloso, Torquato Neto e cita que o esquecimento/apagamento em
tantos outros. Em contrapartida, Kacowicz torno do grupo teatral dificulta a constru-
evidencia que a historiografia mais recente ção documentária na falta de outras anco-
compreende a contracultura brasileira para ragens narrativas. De todo modo, por meio
além das fronteiras da cena musical, a exem- de entrevistas, imagens de arquivo e trilha
plo dos importantes trabalhos de Frederico sonora, Batista acredita que Issa e Alvarez
Coelho (Eu, brasileiro, confesso minha culpa conferem uma dimensão de engajamento
e meu pecado, 2010), de Christopher Dunn do grupo diante da ditadura e um reco-
(Brutalidade jardim, 2009) e de Heloísa nhecimento de sua importância tanto no
­Buarque de Hollanda (Impressões de viagem, âmbito nacional quanto no internacional.
2004). Apesar disso, o artigo aponta que o Ademais, segundo Batista, o documentário
levantamento documental empreendido por permite questionar o pressuposto de “vazio
Machado traz fatos inéditos que podem re- cultural dos anos 1970” e, em especial, o
visar em parte a discussão historiográfica, papel dos corpos como atos políticos.

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Ana Marília Menezes Carneiro debate nos finais da década de 1980 para compre-
a questão de gênero a partir de Cassandra ender a representação do feminino na obra
Rios: a Safo de Perdizes (2013), documentá- de M­ urat, em especial no que diz respeito
rio dirigido por Hannah Korich que conta à tortura de cunho sexual contra mulheres.
com depoimentos de familiares, estudiosos e Também lança um olhar atento sobre a re-
pessoas próximas da escritora, que escreveu cepção da obra no meio midiático. O artigo
romances bastante populares com temáticas não explora o estatuto do documentário de
homoeróticas. Carneiro ressalta a impor- Murat, constituído de cenas dramatizadas
tância do documentário por reapresentar e depoimentos, o que poderia enriquecer
Cassandra Rios para além dos estereótipos enormemente a análise sobre as fronteiras do
muitas vezes preconceituosos e, ainda, por dizível, uma vez que a ficção é aí elemento
levar em consideração o amplo alcance de central na abordagem de um tema sensível.
público, expressão de uma demanda social O artigo de Isabel Cristina Leite da
latente pelos temas ficcionalizados pela es- Silva também aborda a representação do
critora. Apesar da boa discussão mobilizada feminino durante a ditadura. Analisa Sub-
por Carneiro em torno do silenciamento versivas – Retratos femininos de luta contra a
midiático sobre Cassandra Rios – reprodu- ditadura (2013), documentário dirigido por
zindo em parte o argumento apresentado Fernanda Vidigal e Janaina Patrocínio. O
no depoimento de Laura Bacelar, editora de texto destaca a inclusão de novos temas pelo
grande parte dos romances de Rios –, tal- documentário para compreender o período
vez fosse interessante resgatar reportagens de da ditadura militar, como o de conciliação
época em importantes meios de comunica- entre o mundo político e o mundo privado,
ção a fim de melhor explorar – e quem sabe a maternidade, a revolução sexual e os novos
nuançar – a tese sobre a recepção de suas comportamentos por parte de setores da so-
obras durante a década de 1970, a exemplo ciedade brasileira frente ao aborto. A leitura
do perfil elaborado sobre Cassandra Rios realizada pela autora privilegia a exposição
pela revista Realidade em 1970 e da críti- da narrativa desenvolvida pelo documentá-
ca ao romance Carne em delírio escrita por rio, sem colocar questões com relação à lin-
Marina Colasanti e publicada pelo Jornal do guagem propriamente fílmica.
Brasil em 1972. A partir de Simonal – ninguém sabe o duro
Como no artigo de Juliana Ventura, a que dei (2009), documentário dirigido por
participação de mulheres na resistência à di- Cláudio Manoel, Micael Langer e C ­ alvito
tadura também é tema discutido por Débo- Leal, Bruno Vinicius de Morais tematiza
ra Raiza Carolina Rocha Silva, que analisa o corpo negro do cantor Wilson Simonal
Que bom te ver viva, documentário dirigido como parte de uma memória subterrânea
por Lúcia Murat e lançado em 1989. Silva sobre o período ditatorial. Por meio de en-
retoma o contexto de produção memorialís- trevistas concedidas por Manoel, que tam-
tica e historiográfica sobre a ditadura militar bém foi comediante do grupo global Casseta

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& Planeta, Morais identifica um projeto de narrativa evidenciada por Dellamore reside
releitura sobre o período ditatorial brasileiro na montagem empreendida por Andrade,
pretensamente assentado na renovação his- que faz o depoimento do interventor Gua-
toriográfica empreendida por Daniel Aarão racy Horta em defesa da “normalidade”
Reis Filho, para quem os anos de chumbo nos sindicatos ser contradito pelas imagens
foram de relativo consenso e legitimação de repressão policial sobre os trabalhadores
social, sendo que as esquerdas não apresen- nas ruas. A trilha sonora, com músicas de
tavam até então um programa democrático ­Belchior, também é explorada como elemen-
face ao autoritarismo de direita. Morais ava- to diegético que sugere por vezes ambigui-
lia que a forma pela qual o documentário dade com relação às imagens exibidas. O
foi recebido pela opinião pública em jornais movimento de câmara é analisado ao final,
e revistas é significativa: em geral, Wilson quando o cineasta privilegia a perspectiva do
Simonal é representado como um artista in- operário em vez do ponto de vista do palan-
gênuo e apolítico; por outro lado, a esquer- que, das lideranças, revelando a posição crí-
da é associada a um “stalinismo midiático”, tica de desconfiança assumida por Andrade.
tão autoritária quanto a própria ditadura. Marcus Vinícius Costa Lage escreve so-
Segundo Morais, a apreensão conservadora bre Memórias do chumbo: o futebol nos tempos
sobre o regime militar acaba por se silenciar do Condor (2012), uma série de quatro do-
acerca de outras questões caras à trajetória cumentários realizada por Lúcio de Castro
do cantor, como as denúncias que fazia con- sobre o uso político do futebol pelas dita-
tra o racismo e a afirmação do orgulho negro duras militares de Argentina, Brasil, Chi-
em plena década de 1960, quando o debate le e U­ ruguai. Exibida pelo canal televisivo
racial carecia de espaços institucionalizados. ESPN Brasil, a série é analisada por Lage a
Já o artigo de Carolina Dellamore versa partir da construção narrativa, ora atentan-
sobre Greve! (1979), documentário de João do-se para a composição da trilha sonora,
Batista de Andrade, que registrou o movi- ora para os cenários nos quais os entrevis-
mento grevista dos metalúrgicos em São tados depõem sobre o tema. Segundo o ar-
Bernardo do Campo (SP). Para Dellamo- ticulista, a abordagem escolhida por Castro
re, o cineasta não somente mostrou a greve, privilegia a denúncia contra a corrupção das
mas buscou especialmente intervir na reali- entidades desportivas, que seriam caracteri-
dade, na medida em que o que ele filmou zadas pela manipulação da opinião pública
foi a situação criada a partir da presença da por meio do futebol, com interferência dire-
câmera, o que Jean-Claude Bernadet deno- ta dos governos autoritários. O contexto de
minou de “dramaturgia da intervenção” (p. produção e lançamento da série – isto é, seis
87). O artigo explora a narrativa em off, que meses antes da realização da Copa das Con-
muitas vezes chega a ser irônica se contra- federações da FIFA no Brasil, quando parte
pondo à exibição das imagens e às falas dos da imprensa discutia a promoção de mega-
entrevistados. Outro aspecto da construção eventos esportivos que demandaram vulto-

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so financiamento estatal – ajuda a explicar, cumentários privilegia a inclusão de novos


segundo Lage, o posicionamento crítico do sujeitos – mulheres, negros, homossexuais –
cineasta bem como do canal televisivo. para a compreensão mais plural da ditadura
Na segunda parte do livro (“O fazer e o militar brasileira, que por vezes é centrada
guardar no campo do cinema documentá- pela atuação de partidos e lideranças políti-
rio sobre a ditadura”), a cineasta e professora cas. Em segundo lugar, no caso dos docu-
Anita Leandro (UFRJ) escreve sobre o mé- mentários que abordam atores já consagrados
todo de “montagem direta” utilizado em seu tanto pela memória quanto pela historiogra-
documentário Retratos de identificação, que fia, como no caso da atuação do movimen-
consiste no comparecimento da imagem de to estudantil ligado à UNE, o tratamento
arquivos – muitas delas inéditas e produzi- analítico dos articulistas procura explorar os
das pela polícia para fins de identificação e desvios em relação às narrativas hegemônicas.
controle do prisioneiro – diante da testemu- Por fim e em terceiro lugar, ainda que nem
nha. Segundo a autora, o método precede todos os artigos se debrucem mais detida-
a montagem propriamente dita de modo mente sobre a linguagem fílmica, fica nítido
que de entrevistada a testemunha torna- o esforço de levar em consideração tanto os
-se narradora de uma história na primeira elementos de produção e recepção das obras
pessoa. Apesar de existir uma seleção prévia quanto os elementos estéticos específicos de
das imagens e uma ordem de apresentação fontes audiovisuais. Em tempo de revisões
que designam um roteiro, a metodologia de grosseiras sobre o período, A ditadura na tela
Anita Leandro possibilita um novo campo contribui para um debate público qualifica-
de pesquisa ao despertar a potência mnêmi- do, ultrapassando a interlocução entre pares,
ca dos materiais de arquivo com a fala das algo cada vez mais necessário.
testemunhas. Ainda com relação à segunda
parte do livro, Marcella Furtado faz um apa-
nhado geral sobre o acervo do MIS de Belo Referência
Horizonte, composto basicamente por cine-
jornais institucionais produzidos pela prefei- DELLAMORE, Carolina; AMATO,
tura e por materiais brutos e editados pela Gabriel; BATISTA, Natalia (orgs.). A
TV Globo Minas. ditadura na tela: o cinema documentário e
Por fim, vale ressaltar que o livro A dita- as memórias do regime militar brasileiro.
dura na tela se mostra relevante para o atual Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e
debate historiográfico por diversos motivos. Ciências Humanas, 2018.
Em primeiro lugar, a própria seleção dos do-

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