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Ensaios e Fragmentos Filosóficos e Bibliográficos > Artigos, evocações, notas e anotações críticas > Alguns
trabalhos da Prof. Senhora D.Carolina Michaëlis de Vasconcellos
Novos estudos sobre Sá de Miranda, in-BoleDm da Segunda Classe da Academia das Sciencias de
Lisboa, vol. V, (1912).
Estudos Camonianos:
1.-0 Cancioneiro de Fernandes Tomás, Índices, nótulas e textos inéditos. Coimbra, 1922.
II. — O Cancioneiro do Padre Pedro Ribeiro. Coimbra, 1924.
Vida e obra de Luís de Camões. Versão do original alemão de W. Storck, anotada. Lisboa, na
Academia das Ciências, 1898.
Uma obra inédita do Condestável D.S Pedro de Portugal — Tragedia de la insigne reyna Do fia
Isabel, in-Estudios de erudición espar-zola en honor de M. Menéndez y Pelayo, e em eD.s
independente. Coimbra, 1922.
Estudos sobre o romanceiro peninsular, in-Cultura espah'ola, Madrid, 1907- -1909. Há separata.
Mestre Giraldo e os seus tratados de Alveitaria e Cetraria, Estudo literário e contribuições para o
futuro Dicionário EDmológico das línguas românicas peninsulares, in-Revista Lusitana, vol. XIII,
(1910).
Uriel da Costa:
1.—Notas relaDvas à sua vida e às suas obras in-Revista da Univ. de Coimbra, vol. VIII, (1992).
Notas VicenDnas: — Preliminares de uma edição críDca das obras de Gil Vicente:
11.—A Rainha Velha e o monólogo do Vaqueiro, ibiD.s, vol. VI, (1918). 111.—Romance à morte
dei-rei D.S João III, ibiD.s, vol. VII, (1919).
Lusitania.
O InsDtuto.
Biblos.
Circulo Camoniano.
Romania.
Revue Hispanique.
BulleDn Hispanique.
Cultura Espanola.
Prefaciou vários trabalhos, dentre os quais, pela sua elevada significação nacional, merece
especial registo o que consagrou ao Romance de Amadis composto sobre o Amadis de Lobeira,
por Afonso Lopes Vieira, (Lisboa, 1922).
O ano de 1925 ficará tristemente assinalado na nossa historiografia pelo falecimento de D.S
Carolina Michaëlis de Vasconcellos e Henrique da Gama Barros. Nestes infaDgáveis trabalhadores
culminaram dois aspetos da erudição nacional, e a despeito das diferenças de aDtude mental e
divergência de estudos, as suas obras são das raríssimas da nossa época que assumiram aquele
aspeto de tranquila e sedutora perdurabilidade dos grandes monumentos eruditos do século
XVIII.
Há livros que subsistem pela fecundidade das ideias e pela expressão, conceitual ou senDmental,
das aspirações mais nobres ou necessidades mais vivas do espírito; mas há outros, de mais
modesto desígnio, e que nem por isso deixam de se tornar companheiros inseparáveis do
estudioso da humanidade ou duma nação. São o vademecum do erudito, do críDco e do
observador do espírito humano, e todo o seu valor reside na soma de factos que condensam, na
segurança de método com que são trabalhados e no apuro sereno dos resultados. As obras de
D.S Carolina Michaëlis de Vasconcellos são desta esDrpe. Não pretende isto significa que não
traduzem, de par, uma conceção da vida e uma hierarquia de valorização estéDca.
Transparece dos seus escritos magnos uma ínDma confiança «no homem colaborador de Deus»,
e embora se comprazesse na exaustão minuciosa da análise filológica, em seu vívido conceito a
filologia era «amor do logos», quer dizer: da universalidade das ciências do espírito. Foi este
racionalismo que consDtuiu a base da sua Weltanschaung e se diversificou, sob a forma de
erudição, numa vaszssima curiosidade, que com igual probidade, carinho e agudeza estudava as
palavras e as ideias, a biografia e as aDtudes espirituais, a etnografia e as criações livres da
imaginação ou do raciocínio. A esta luz, a sua obra é das mais extensas que a nossa cultura
contemporânea regista. Independentemente deste aspeto, poucas se lhe poderão comparar na
intensidade dos resultados. Foi D.S Carolina Michaëlis de Vasconcellos quem, pela primeira vez
em Portugal, fez a edição sabiamente críDca, — tais as Poesias de Sá de Miranda (1885), por
então saudadas por Camilo e Antero de Quental, e o Cancioneiro da Ajuda (1904) — e não será
de surpreender que um julgador futuro faça datar destes trabalhos um novo período da erudição
literária entre nós.
A lírica camoniana, a obra vicenDna, o romanceiro, por exemplo, foram esclarecidos por esta
mente aguda e sabiamente conhecedora das literaturas peninsulares; mas o espírito que sem
sombra de tédio exauria a críDca externa, manifestou também, com exuberante riqueza de
simpaDa, uma compreensão ínDma da obra de arte. E assim é que alguns aspetos da aDvidade
literária nacional, como o lirismo trovadoresco, a novelísDca pastoril e de cavalaria, foram
inteiramente renovadas na nossa cultura por este engenho peregrino. Não é da sua pena o mais
compreensivo conspecto da literatura anDga nacional, lasDmosamente quase desconhecido?
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