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História da filosofia dos direitos humanos

Evolução dos tipos de direitos “conquistados” ao longo da evolução civilizatória: direitos civis -
são os mais fundamentais, direito à vida, direito à liberdade, de ir e vir, de expressão, de
pensar, direito à propriedade privada, à igualdade perante a lei; direitos políticos – se referem
ao direito de participar politicamente da escolha de representantes da administração de
governo (em múltiplos níveis), elegendo ou sendo eleitos ao se candidatarem; apesar de
determinantes, os direitos políticos muitas vezes não garantem nem coexistem com direitos
civis ou sociais; direitos sociais – os mais específicos, e contraditoriamente sujeitos à
interpretação, são eles: educação, saúde, saneamento, trabalho, moradia, salário justo, etc.,
falar em direitos sociais é relativamente fácil, principalmente nas campanhas político-
partidárias, mas quem produz a riqueza que garante os direitos sociais, e quão prejudicial pode
ser uma administração política tão distante do cotidiano quando recursos essenciais à vida
estão em jogo?

Descrição panorâmica dos fundamentos filosóficos da moralidade moderna

5 pensadores da filosofia política/ética essenciais ao desenvolvimento dos direitos humanos:

- Escola do direito natural (jusnaturalismo)

Thomas Hobbes (1588-1679): absolutista pertencente à tradição do cartesianismo; a natureza


humana fundamenta um governo forte (leviatã): “o homem é o lobo do homem”; todos teríamos
o direito (liberdade) de lutar por nossa sobrevivência (ideia de leis naturais); “ao nascer éramos
dois, eu e o medo” (contexto histórico de instabilidade política, renascimento cultural); o desejo
comum de acabar com a barbárie fundamenta o contrato social entre os homens; principal
obra: O Leviatã (1651).

John Locke (1632-1704): liberal pertencente à tradição do empirismo (teoria antiplatônica da


tábua rasa); teórico do contrato social e “pai do liberalismo”; debates sobre o estado de
natureza e a natureza humana: difere de Hobbes ao crer que os homens naturalmente se
reconheceriam como livres e iguais; direito à vida, liberdade e propriedade (civis); direito divino
dos reis (dogmatismo); principal obra: Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690).

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): contratualista pertencente à tradição do romantismo;


“apesar de naturalmente bom, o homem é corrompido pela sociedade”, instituições educativas
deturpam nossa liberdade e capacidade de julgar; debate democrático: vontade geral e
soberania do povo, surgimento da conotação negativa da liberdade; contexto: precipício da
revolução francesa; propriedade privada com um dos fundamentos da desigualdade entre os
homens; contrato social: perder a liberdade natural e ganhar a liberdade civil; principal obra: Do
Contrato Social (1762).

Revolução Francesa: quaisquer direitos podem ser naturalizados? Confusão entre direitos do
homem e do cidadão

Afunilamento do pensar relações individuo-coletivo (base política do exercício de direitos)

Immanuel Kant (1724-1804): pertencente ao idealismo transcendental (interseção consensual


entre empirismo e racionalismo); o “tribunal da razão” a que submete os direitos humanos, dá
conta da demanda de fundamentos racionais para a liberdade como condutora da vontade;
direitos iniciam seu rumo à juridificação; teoria da obrigação moral incondicional e necessária
(imperativo categórico, contrastando ao hipotético); “ser livre para impedir-se de ser livre”
(liberdade negativa) seria a legitima liberdade a fundar a moral (metafisica dos costumes);
principal obra: Fundamentação da Metafisica dos Costumes (1785).

Karl Marx (1818-1883): fundador do Marxismo (junto à Engels), pertencente à tradição


materialista/de crítica histórica; filosofia idealista alemã + socialismo utópico francês +
economia política britânica; fundamentos do materialismo histórico-dialético (classe, ideologia e
alienação); ecos da crítica social na atualidade, em consonância com o desenvolvimento
tecnológico global (alienação e fetichismo); critica da religião (ópio do povo) e do anarquismo
(relevância da práxis); ideologia e desconstrução moral; “proletários de todo o mundo, uni-
vos!”; principal obra: O Manifesto Comunista (1948).

Evolução das espécies de Estado

Estado Liberal: amplamente baseado na filosofia de Locke, consolidado após a Revolução


Francesa, primeiro regime jurídico-político a institucionalizar as novas relações entre
capitalistas (em ascendência) e realeza/nobreza (em decadência), seu lema era “liberdade
(individual para expandir o lucro de seu empreendimento), igualdade (jurídica perante a
aristocracia para equilibrar a competição) e fraternidade (da maioria camponesa para com a
causa burguesa, modificando o status quo)”; ilusão de uma igualdade formal, socialmente
cega; apêndice (tripartição dos poderes em Montesquieu).

Estado Social: o descompromisso social gerou a precarização dos trabalhadores ao longo da


Revolução Industrial, com o surgimento do socialismo pratico no leste europeu os governos
ocidentais se precaveram com a intervenção estatal na economia, na tentativa de propagar
políticas sociais públicas (que sanassem a crescente desigualdade social), uma nova ilusão de
que a igualdade material e o princípio da justiça social havia sido alcançado, mas fora apenas
amenizado, consciências anestesiadas, a burguesia forneceu o mínimo necessário para
neutralizar a possibilidade de revolução.

Estado Democrático de direito: tentativa de corrigir falhas no Estado Social vigente (Alemanha
nazista, Espanha franquista, Itália fascista, Brasil (1964-1989); máximas da origem popular do
poder e da prevalência da legalidade; forma de barrar a propagação de regimes totalitários
ainda compatíveis com o Estado Social, entretanto, inúmeros resquícios não democráticos se
persistiram ou se fortaleceram nas tecnologias políticas de controle do corpo (Foucault), como
a mídia (monopólio dos meios de comunicação) e a auto-repressão (distúrbios psicológicos,
adversidades da rotina de trabalho).

Sistemas protetivos dos direitos (Jurídico): questionamento sobre os fundamentos do poder


jurídico brasileiro, o poder exercido sob o signo da lei continua legitimo? Continua mesmo
jurídico ou passou a advogar em causa própria?; Relação intima com a moderna filosofia do
individualismo.

Tópicos adicionais para uma reflexão crítica dos direitos humanos na atualidade: Como
podemos agir com responsabilidade dentro de um espaço tão nebuloso para nós como a
política atual? Para começamos a compreender a política temos de tomar muito cuidado com
nossas bocas e ouvidos, portas para o que podemos compreender de alguém ou fazer alguém
compreender de nós (comunicação). Cada palavra, analisada com cuidado, possui muitos
significados, muitos rostos com que nos identificamos, essa é uma lógica básica das interações
politicas diárias. Por isso, quando trocamos informações no dia-a-dia, seja com nossos amigos
e familiares, seja com a imagem do candidato que nos fala da televisão, é preciso cuidado, o
conteúdo do discurso de quem fala, muitas vezes não responde apenas ao que perguntam, ou
mesmo neutralizam nossos interesses colocando outros em jogo (ideologia), fazendo, através
da distração (alienação) parecer por exemplo, que as ideias de esquerda e a direita política são
inimigas insuportáveis, quando na verdade são inseparáveis na trama da política real, que não
podemos ver, são protagonistas no teatro político repleto de burocracia ao qual respondemos
com hipocrisia, o teatro da televisão, das redes sociais e das normas que nos contam,
simplifica o jogo pra que possamos compreender e aceitar continuando participar, perpetuando
o “ordem e progresso“. Mas ordem para quem? Progresso para quem? Quem precisa ser
ordenado e quem pode progredir? Na história da filosofia europeia muitos termos foram usados
e transformados para tentar construir a melhor moralidade possível para todos, garantindo
juntamente a liberdade, mas hoje tudo mudou e precisa ser atualizado, a ideia de uma política
baseada na soberania do poder popular, que perpetue os direitos humanos por compreender
sua importância, depende das conexões que conseguimos traçar entre nós mesmos, de uma
micropolítica, vinda da vontade dos indivíduos de se interessarem, de participarem, de
descobrir um porque para isso, ao ver o quanto deixamos para trás ao ignorar a política, seja
esta partidária ou não.

Exercícios

(ENEM 2017) - A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a Deus, muito
menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior quantidade
de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar
qual curso de conduta promoveria a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que
serão afetados. [RACHELS, J. Os elementos da filosofia moral. Baruer-SP: Manole, 2006].

Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma:

A) Fundamentação científica de viés positivista.


B) Transgressão comportamental religiosa.
C) Inclinação de natureza passional.
D) Convenção social de orientação normativa.
E) Racionalidade de caráter pragmático.

(ENEM 2017) - Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século
XVIIl – em 1789, precisamente que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em
Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como
necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no
plano das ideias e das mentalidades: o Iluminismo. [FORTES, L.R.S. O Iluminismo e os reis
filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981].

Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento


que tem como uma de suas bases a:

A) Modernização da educação escolar.


B) Atualização da disciplina moral cristã.
C) Divulgação de costumes aristocráticos.
D) Socialização do conhecimento científico.
E) Universalização do princípio da igualdade civil.

(ENEM 2017) - Uma sociedade é uma associação mais ou menos autossuficiente de pessoas
que em suas relações mútuas reconhecem certas regras de conduta como obrigatórias e que,
na maioria das vezes, agem de acordo com elas. Uma sociedade é bem ordenada não apenas
quando está planejada para promover o bem de seus membros, mas quando é também
efetivamente regulada por uma concepção pública de justiça. Isto é, trata-se de uma sociedade
na qual todos aceitam, e sabem que os outros aceitam, o mesmo princípio de justiça. [RAWLS,
J. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 1997].

A visão expressa nesse texto do século XX remete a qual aspecto do pensamento moderno?

A) A relação entre liberdade e autonomia no Liberalismo.


B) A independência entre poder e moral no Racionalismo.
C) A convenção entre cidadãos e soberano do Absolutismo.
D) A dialética entre o indivíduo e governo autocrata do Idealismo.
E) A contraposição entre bondade e condição selvagem do Naturalismo.

(ENEM 2017) - Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado.
Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não
prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas
tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever
livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação
seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo,
embora saiba que tal nunca sucederá. [KANT, l. Fundamentação da metafísica dos costumes.
São Paulo. Abril Cultural, 1980].

De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto:

A) Assegura que a ação seja aceita por todos a partir livre discussão participativa.
B) Garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.
C) Opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.
D) Materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os
meios.
E) Permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas
envolvidas.

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