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DIREITO PENAL

Lei Penal no Tempo III – Ultratividade, Lei Temporária e Lei Excepcional, Lei Intermediária

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LEI PENAL NO TEMPO III –


ULTRATIVIDADE, LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL, LEI
INTERMEDIÁRIA

DIRETO DO CONCURSO
1. (UEG/PC-GO/2018) Sobre a lei penal, tem-se o seguinte:
a. A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal
admite a aplicação combinada das partes benéficas de leis penais distintas (lex tertia).
b. A ultratividade da lei penal temporária, prevista no art. 3º do Código Penal, constitui
exceção legal à regra do tempus regit actum.
c. Não se aplica a lex gravior ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessa-
ção da permanência.
d. A retroatividade de lei penal benéfica ao réu é expressamente prevista na Convenção
Americana sobre Direitos Humanos.
e. Admite-se a aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal.

COMENTÁRIO
a. Ao contrário do que propõe a alternativa, a jurisprudência atual do Superior Tribunal de
Justiça e do Supremo Tribunal Federal não admite a aplicação combinada das partes
benéficas de leis penais distintas.
b. A ultratividade da lei penal temporária não constitui exceção legal à regra do tempus
regit actum, aplicando-se aos fatos ocorridos durante sua vigência.
c. De acordo com a súmula 711 do Supremo Tribunal Federal, a lex gravior, isto é, a no-
vatio legis in pejus (lei mais gravosa), deverá ser aplicada ao crime permanente caso a
sua vigência seja anterior à cessação da permanência.
d. A retroatividade de lei penal benéfica ao réu é expressamente prevista no art. 9º da
Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
e. Não se admite a aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal.
ANOTAÇÕES

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LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA

A maioria das leis correspondem a leis que têm duração indeterminada, de modo que,
uma vez publicadas e colocadas em vigor, irão durar para sempre ou até que venham ser
revogadas por outro lei. Por outro lado, as leis excepcionais ou temporárias correspondem
a leis que irão apresentar um prazo preestabelecido de sua vigência, ou seja, irão vigorar
apenas por um determinado período de tempo.
5m

Obs.: são exemplos de leis temporárias a Lei n. 12.663/2012, Lei da Copa, que esteve vi-
gente até o dia 31 de dezembro de 2014 e a Lei n. 13.284/2016, Lei das Olimpíadas,
que vigorou até o dia 31 de dezembro de 2016. Ambas as leis dispunham acerca de
condutas incriminadoras que visavam a proteger os bens materiais e imateriais da
FIFA e do Comitê Olímpico das Olimpíadas durante o período de ocorrência des-
ses eventos.

Cabe apontar que as leis excepcionais ou temporárias (também chamadas de leis inter-
mitentes) são:
a. Autorrevogáveis: a própria lei temporária ou excepcional irá dispor sobre o momento
em que deixará de estar em vigor.

Obs.: vale destacar que a lei excepcional corresponde a uma lei que irá existir e terá apli-
cação prática durante um período excepcional/anormal, como durante o período de
guerra, de calamidade pública ou de calamidade de saúde pública. Assim, seria per-
feitamente possível, por exemplo, que durante o período relativo à pandemia do co-
rona vírus o Congresso Nacional editasse uma lei excepcional que punisse as pesso-
as que saíssem às ruas sem máscaras. Nesse contexto, a norma seria considerada
uma lei excepcional devido ao fato de que, certamente, apresentaria um dispositivo
determinando que uma vez cessada a pandemia, não seria mais crime sair às ruas
sem máscara.

Obs.²: diferentemente das leis temporárias, as leis excepcionais não possuem uma data
certa de término: estas durarão enquanto a situação excepcional persistir.
10m

De acordo com o art. 3º do Código Penal:


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Art. 3ºA lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

Conforme a leitura do artigo acima reproduzido, embora se tenha decorrido o período de


duração da lei temporária ou hajam cessado as circunstâncias determinantes da lei excepcio-
nal, essas leis deverão ser aplicadas ao fato praticado durante a sua vigência.
Em outras palavras, caso determinado indivíduo pratique fato atípico de sair às ruas sem
máscara e, posteriormente, durante determinado período de tempo surja uma lei excepcio-
nal ou temporária tornando o fato típico e o sujeito pratique o mesmo ato um dia antes de
haver decorrido o prazo de duração da lei ou de se terem cessado as circunstâncias que a
determinaram (voltando o fato a ser atípico), ele poderá responder a inquérito/ação penal e
até mesmo ser condenado pelo fato praticado na vigência da lei excepcional ou temporária.
Assim, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, deverá ser aplicada ao fato praticado
durante sua vigência ainda que seja prejudicial ao réu.

ATENÇÃO

15m

b. Ultrativas: a lei temporária ou excepcional se aplica aos fatos ocorridos durante sua
vigência mesmo após ter sido revogada, ainda que seja prejudicial ao réu.
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DIRETO DO CONCURSO
2. (CESPE/TJ-PR/2019) Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que
os tipos penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro de
2014. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a referida legislação é
um exemplo de lei penal
a. excepcional.
b. temporária.
c. corretiva.
d. intermediária.

COMENTÁRIO
Em razão de apresentar uma data estabelecida para sua revogação, a Lei Geral da Copa
consiste em um exemplo de lei penal temporária.

3. (CESPE/PC-TO/2008) Na hipótese de o agente iniciar a prática de um crime permanente


sob a vigência de uma lei, vindo o delito a se prolongar no tempo até a entrada em vigor
de nova legislação, aplica-se a última lei, mesmo que seja a mais severa.

LEI PENAL INTERMEDIÁRIA

Imaginemos que determinado delito tenha sido praticado durante a vigência da Lei A,
que estabelecia a pena de 2 (dois) a 4 (anos) de reclusão por aquele tipo de crime. Passado
algum tempo surge a Lei B, revogando a Lei A e determinando uma pena mais benéfica, de 1
(um) a 2 (dois) anos de reclusão para aqueles que praticassem aquela espécie de crime. No
entanto, alguns meses depois surge a Lei C, revogando a Lei B e apresentando uma pena de
3 (três) a 6 (seis) anos relativa à pratica daquele ato.
20m
Supondo-se que o agente do ato seja julgado em data posterior à vigência da Lei C, qual
lei deveria ser aplicada ao caso concreto:
• a Lei A, vigente à época dos fatos e mais benéfica que a Lei C?
• a Lei C, vigente à época do julgamento; ou
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a Lei B, mais benéfica que a Lei A, porém que não estava vigente à época dos fatos e

tampouco é a lei vigente à época do julgamento?
Perceba que, por obviedade, a Lei C não poderia ser aplicada em decorrência do princí-
pio da irretroatividade da lei penal gravosa. Nesse caso, entre a Lei A e a Lei B deveria ser
aplicada a lei penal intermediária, isto é, a Lei B: em que pese essa não ser a lei vigente à
época dos fatos e nem à época do julgamento, deve ser aplicado o princípio do “tempo rege o
ato”, de modo que, por ter sido a Lei A revogada pela lei B, a última, por se apresentar como
a lei mais benéfica, retroativa em relação à Lei A, é a que deverá ser aplicada.

Obs.: observe que, caso a Lei C apresentasse uma determinação de pena mais benéfica
que a Lei B, ela é que seria a lei que deveria ser aplicada.

ATENÇÃO

Em suma, a lei penal intermediária consiste na lei benéfica que teve vigência após a prá-
tica do ato, porém foi revogada antes do julgamento do réu. De acordo com o entendimento
do Superior Tribunal Federal, a lei intermediária pode ser utilizada para beneficiar o réu. (STF,
RE 418876, 04/06/2004).

DIRETO DO CONCURSO
4. (VUNESP/TJ-RO/2019) Tendo em conta as normas previstas no Código Penal relaciona-
das à aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta.
a. As leis intermitentes vigoram por prazo determinado e têm por característica a não ul-
tratividade.
b. A lei penal não retroagirá, exceto se mais benéfica ao réu, desde que não iniciada a
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execução penal fixada em condenação transitada em julgado.


c. O princípio da continuidade normativa permite reconhecer abolitio criminis pela revoga-
ção da lei, se a conduta permanece típica em outro dispositivo legal.
d. A lei intermediária – vigente entre a data do fato e do julgamento – se mais favorável,
terá dupla extra atividade: irretroatividade quanto à lei vigente na data do fato e ultrati-
vidade quanto à vigente na data do julgamento.
e. A lei penal mais gravosa aplica-se ao crime continuado, se sua vigência é anterior à
cessação da continuidade.

COMENTÁRIO
a. As leis temporárias ou excepcionais, também denominadas como leis intermitentes,
vigoram por prazo determinado e tem por característica a ultratividade.
b. A lei penal não retroagirá, exceto se mais benéfica ao réu, ainda que a execução penal
já tenha sido fixada em condenação transitada em julgado.
c. De fato, o princípio da continuidade normativa refere-se à permanência típica da con-
duta em outro dispositivo legal. Entretanto, esse princípio não permite o reconhecimen-
to da abolitio criminis.
25m
d. A lei intermediária – vigente entre a data do fato e do julgamento – se mais favorável,
terá dupla extra atividade: retroatividade quanto à lei vigente na data do fato e ultrativi-
dade quanto à vigente na data do julgamento.
e. Assim como sugere a alternativa, a lei penal mais gravosa aplica-se ao crime continu-
ado, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade.
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GABARITO

1. d
2. b
3. C
4. e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Parte Geral - ERICO DE BARROS PALAZZO.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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