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Filosofia e Ciência
Belo Horizonte
2018
Bruna Coutinho Silva
Belo Horizonte
2018
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A revolução científica foi um marco para a história humana, por promover uma
radical mudança na compreensão do mundo, do homem, do conhecimento; movimento
que possibilitou a emergência do saber científico autônomo em sua relação com a
filosofia e a religião. Esse processo foi gradual, desde meados do século XVI ao final do
século XVII, e ocorreu tendo no seu seio contradições e conflitos (REALE; ANTISERI,
1990).
Pode-se compreender esse acontecimento através dos princípios que inaugura
como fundamento da ciência, conforme Reale e Antiseri (1990), a saber:
Portanto, é com James, nos Estados Unidos, que vemos a psicologia ser orientada
gradualmente para uma perspectiva prática, e sua inserção se dá de modo significativo
no âmbito educacional e industrial.
Diante do exposto, nota-se que a revolução científica foi um marco para todo
conhecimento que, dali em diante, estava constituindo de modo autônomo seu corpus
teórico e prático, se distanciando dos saberes mais tradicionais. Uma grande revolução
do método que, como vimos, foi a condição para a emergência de um saber tal como a
psicologia. Recuperou-se um pouco o histórico de instituição deste campo de saberes e
fazeres, se fazendo notar a distância entre a revolução científica e o estabelecimento
daquela como disciplina científica e campo de atuação. Tal distância aponta também
para o desafio da emancipação da psicologia do âmago da filosofia, embora esta total
independência, a princípio, lhe rendeu o fardo de ter que se constituir nos parâmetros da
ciência moderna, ancorada nas ciências naturais, para então ter alguma legitimidade
perante a comunidade científica. Posteriormente, a psicologia revê essa total submissão
ao paradigma moderno, ao revisitá-lo e ampliá-lo, e começa a se questionar sobre suas
potencialidades e limitações para seu campo de estudos e atuação, a partir, por exemplo,
da psicanálise e da fenomenologia.
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REFERÊNCIAS