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ASPECTOS HISTÓRICOS E REFLEXÕES ACERCA DA FORMAÇÃO DE

PROFESSORES NO BRASIL

O presente texto possui como objetivo apresentar os aspectos históricos


que marcaram a formação de professores no Brasil, com enfoque no Curso
Normal, além de uma análise dos pontos centrais e mais importantes dos textos
e da entrevista que basearam esta produção textual. O trabalho proposto é de
imensa importância para a minha formação, uma vez é fruto de reflexões e
conhecimentos acerca da capacitação e habilitação dos docentes de todo o país.

No Brasil, o início da história da formação de professores se deu ainda no


Império. A promulgação da Lei das Escolas de Primeiras Letras, em 1827,
instituiu a prática do ensino mútuo, abrindo portas para que, em 1835, fosse
criada a primeira Escola Normal do nosso país e de toda a América Latina: a
Escola Normal de Niterói. Em seguida, entre os anos de 1835 e 1883, foram
fundadas inúmeras outras escolas normais no Brasil, dentre elas as da Bahia,
em 1836, de São Paulo, em 1846, e do Rio Grande do Sul, em 1870.

Contudo, ainda era escassa legislação nacional com enfoque na formação


de professores e na educação em geral, e, por um certo período de tempo, eram
tecidas críticas às escolas normais, por muitas vezes consideradas ineficientes
e onerosas. Uma reforma se mostrou necessária, a qual foi, portanto,
implementada na Escola Normal de São Paulo, que logo se tornou referência
para as demais escolas normais do estado e do país por conferir maior
importância aos exercícios práticos de ensino e à preparação pedagógico-
didática.

Foi no período da República, no entanto, que as escolas normais


ganharam ainda mais espaço, com destaque à criação da Lei Orgânica do
Ensino Normal, em 1946, centralizando as diretrizes e normas gerais de
organização das escolas normais no âmbito nacional e atribuindo aos estados a
responsabilidade de geri-las. Dividiu-se o curso normal em dois ciclos: o 1º Ciclo
tinha como fim criar regentes de ensino primário e funcionava em Escolas
Normais Regionais; o 2º Ciclo objetivava formar professores de ensino primário
e funcionava em Escolas Normais.
Todavia, discutia-se ainda que o currículo dos ciclos era um tanto quanto
defeituoso, principalmente o do 1º Ciclo, uma vez que predominavam disciplinas
de cultura geral e havia carência de professores habilitados para o ensino
primário na época.

Em 1971, por sua vez, com a promulgação da LDBEN/71, houve a


descaracterização das Escolas Normais, que passaram a ser desvalorizadas, a
partir da instituição da habilitação específica do 2º Grau, denominada Habilitação
ao Magistério. A formação docente foi vinculada, assim, ao 2º grau, o que acabou
por reduzi-la a “uma habilitação dispersa em meio a tantas outras, configurando
um quadro de precariedade bastante preocupante” (SAVIANI, 2009).

A referida lei, polêmica, e a mobilização dos professores em prol de uma


reestruturação da formação docente no país fez nascer uma expectativa de
mudanças nos anos 80 e 90. Em 1996, foi promulgada a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, que estabeleceu que a formação de professores para atuar
na educação básica se daria em nível superior, em curso de licenciatura, sendo
exigido para o magistério na educação infantil e nas primeiras séries do ensino
fundamental a formação de nível médio, na modalidade normal. A mencionada
lei foi seguida da Resolução – CEB nº2, que regulamentou o Curso Normal e o
distribuiu atualmente em 4 anos letivos.

Passando agora a uma análise dos textos e da entrevista propostos,


gostaria de ressaltar alguns aspectos de cada um dos materiais. Em ambos os
textos, encontrei críticas e apontamentos acerca da realidade dos Cursos
Normais no Brasil. No texto “O Curso de formação de docentes, Modalidade
Normal, em nível médio – Questões atuais em perspectiva histórica”, a autora
faz uma reflexão sobre elementos como “baixa procura pelos cursos de
licenciatura, o que reflete o desinteresse pela carreira docente, o desprestígio
social, a baixa remuneração e as condições de trabalho adversas” (ASSIS, 2015,
p. 2), que teriam contribuído para uma escassez de professores com formação
superior adequada para diversos níveis de ensino, o que faz com que os alunos
encontrem “na carreira docente uma oportunidade de ascensão social e
econômica” (ASSIS, 2015, p. 2).
Já o texto “Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do
problema no contexto brasileiro” estimula a discussão sobre a necessidade de
se encarar a educação como “a máxima do desenvolvimento social” (SAVIANI,
2009), destinando a ela os recursos necessários para o seu desempenho e
desenvolvimento, pois, “ao mesmo tempo em que se proclamam aos quatro
ventos as virtudes da educação exaltando sua importância decisiva [...], as
políticas predominantes se pautam pela busca da redução de custos, cortando
investimentos” (SAVIANI, 2009). Seria primordial, segundo o autor, “ajustar as
decisões políticas ao discurso imperante” (SAVIANI, 2009).

A entrevista com o Professor Marcos Lorieri, por sua vez, tem como tema
central a apresentação didática de um panorama histórico da formação de
professores no Brasil, especialmente a partir do golpe militar e as consequências
para os cursos normais dessa época em diante no nosso país. A conversa é
marcada, inclusive, pelas críticas e observações do ponto de vista do professor,
ante seus muitos anos atuando como profissional da educação.

Em suma, no presente trabalho foi apresentado o contexto histórico de


surgimento e consolidação dos Cursos Normais de formação de professores no
Brasil e algumas reflexões sobre as necessidades de aprimoramento e maiores
investimentos na educação brasileira. Estudar e analisar esse tema é de enorme
importância para a minha formação, tendo em vista que estimula o pensamento
e o olhar crítico sobre aquilo que precisa ser aprimorado e o longo caminho que
percorremos até os dias atuais naquilo que diz respeito à formação dos
educadores de nosso país.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE ASSIS, Ligia Lobo. O curso de formação de docentes, modalidade normal,


em nível médio: questões atuais em perspectiva histórica. Educere. Paraná,
2015.
GRANETTO, Ederson; LORIERI, Marcos. Kéfera. Entrevista - Formação de
Professores - Marcos Lorieri (14m57s). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=O6TjwHId4wM>. Acesso em: 08 abr. 2020.

HORA, Dayse Martins; PIERRO, Gianine M. de Souza; FERNANDES, José


Nunes. Estágios 1 a 5. Unidade 7: Ensino Médio – modalidade normal. Rio de
Janeiro, p. 73-87.

SAVIANI, Demerval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do


problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro,
vol. 14, nº 40, jan./abr. 2009.

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