Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
FOZ DO IGUAÇU
2010
ANDRE EDUARDO BORGES
FOZ DO IGUAÇU
2010
TERMO DE APROVAÇÃO
___________________________________________
___________________________________________
– professor relator
___________________________________________
– professora convidada
A Deus
Dedico
AGRADECIMENTOS
Valéria
Ao orientador Dr. Osvaldo Coelho, pela paciência e pela preciosa consultoria nos
aspectos técnicos.
Especial agradecimento ao prof. Dr. Rigoberto Lazaro Pietro Cainzos, pela ajuda em
todas as duvidas apresentadas, relativas ao geoprocessamento.
Ao meu amigo Felype Machado de Souza, pelo apoio, paciência nas leituras dos
textos preliminares e disposição em ajudar sempre.
Aos meus pais, que mesmo à distância sempre estiveram presentes, graças a forma
que me ensinaram.
O destino não é questão de sorte, é questão de decisão;
não é algo que se espera, é algo que se consegue.
Willian J. Bryan
SUMÁRIO
LISTA DE FOTOGRAFIAS...........................................................................................ix
LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................ix
LISTA DE TABELAS.....................................................................................................xi
LISTA DE ANEXOS.....................................................................................................xii
RESUMO.....................................................................................................................xiii
ABSTRACT.................................................................................................................xiv
RESUMEN...................................................................................................................xv
INTRODUÇÃO............................................................................................................16
1. OBJETIVOS............................................................................................................17
1.1 Objetivo Geral....................................................................................................17
1.2 Objetivos específicos ........................................................................................17
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................18
2.1 Geoprocessamento...........................................................................................18
2.2 Sistema de Informação Geográfica...................................................................18
2.3 Sensoriamento Remoto.....................................................................................20
2.3.1 Sensor TM Landsat.....................................................................................21
2.4 Processamento digital de imagens....................................................................22
2.4.1 Registro de imagens...................................................................................23
2.4.2 Eliminação de ruído....................................................................................23
2.4.3 Realce de imagens.....................................................................................24
2.4.4 Segmentação..............................................................................................24
2.4.5 Transformação IHS.....................................................................................25
2.4.6 Classificação de imagens...........................................................................25
2.5 Análise de imagens...........................................................................................26
2.5.1 Respostas espectrais dos alvos.................................................................27
2.6 A utilização do sistema GPS.............................................................................29
2.7 Atividades agrícolas relevantes da região.........................................................30
2.7.1 Soja.............................................................................................................31
2.7.2 Milho............................................................................................................32
2.7.3 Trigo............................................................................................................32
2.7.4 Mandioca.....................................................................................................33
2.8 Clima..................................................................................................................33
2.9 Solo....................................................................................................................34
2.10 Vegetação........................................................................................................35
2.11 O Paraguai.......................................................................................................36
2.11.1 Uso do solo na região oriental..................................................................38
2.11.2 O Paraguai e a região do Alto Paraná......................................................39
2.11.3 Resumo comparativo da legislação sobre proteção de recursos naturais
brasileira e paraguaia...........................................................................................41
3. METODOLOGIA......................................................................................................44
3.1 Caracterização e localização da área de estudo..............................................44
3.2 Materiais............................................................................................................45
3.3 Softwares utilizados...........................................................................................46
3.4 Trabalho de campo............................................................................................47
3.5 Trabalho de escritório........................................................................................57
3.5.1 Georreferenciamento das imagens............................................................60
3.5.2 Realce e correção de ruído.........................................................................62
3.5.3 Segmentação e classificação.....................................................................63
3.5.4 Produção de imagens e mapas digitais......................................................66
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................70
4.1 Comparativo das áreas de vegetação entre 1985 e 2009.............................70
4.2 Áreas de mata ciliar.......................................................................................74
4.3 Expansão agrícola da região.........................................................................75
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................78
6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES....................................................................80
GLOSSÁRIO...............................................................................................................82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................85
ANEXOS......................................................................................................................90
LISTA DE FOTOGRAFIAS
LISTA DE FIGURAS
ix
Figura 6 - Registro de imagem pelo Spring 4.3.3.......................................................60
Figura 7 - Georreferenciamento via gvSIG.................................................................61
Figura 8 - Georreferenciamento pelo Quantum GIS...................................................61
Figura 9- Ruido na imagem da banda 4 de 17 de março de 2009 do Landsat 5TM..63
Figura 10 - Recorte de imagem segmentada com similaridade 8 e área de 55 pixels.
.....................................................................................................................................64
Figura 11- Mapa da região de estudo do ano de 1985. Composição colorida
RGB543.......................................................................................................................66
Figura 12 - Mapa da região de estudo do ano de 2009. Composição colorida
RGB543.......................................................................................................................67
Figura 13 - Mapa de uso do solo 2009, dos municípios de San Alberto, Itakyry e
Minga Porã..................................................................................................................68
Figura 14 – Classes: cobertura vegetal (verde), cursos hídricos (azul) e ação
antrópica (vermelho) - 1985.......................................................................................72
Figura 15 - Classes: cobertura vegetal (verde), cursos hídricos (azul) e ação
antrópica (vermelho) - 1999.......................................................................................72
Figura 16 – Classes: cobertura vegetal (verde), cursos hídricos (azul) e ação
antrópica (vermelho) - 2009.......................................................................................73
Figura 17 - Mapa de distancias de 100 metros em torno dos cursos d'água.............74
Figura 18 - Pontos ao redor de cursos hídricos onde não há vegetação...................75
Figura 19 – Evolução do desmatamento e recuperação de vegetação nativa ocorrida
na região noroeste do município de San Alberto (composição colorida RGB543)
entre os anos de 1985 (a) e 2009 (b)..........................................................................77
x
LISTA DE TABELAS
xi
LISTA DE ANEXOS
xii
RESUMO
xiii
ABSTRACT
The evolution of agricultural areas may be determined in several ways, but for a
quick assessment at a lower cost, it becomes essential the use of GIS, preferably
adopting a GIS open source or free.
In Paraguay there are no detailed studies of the evolution of agricultural areas. In
order to fill part of this gap, we studied the evolution of the agricultural area of the
municipalities of Itakyry, San Alberto and Minga Pora, adopting for the study satellite
images and software distribution free and a low-cost software.
The main objective was to quantify the agricultural areas of the cities studied in the
period between 1985 and 2009, and so were used for this Landsat 5TM images of
the period with less cloud cover.
Most of the work was carried out with the Spring application, with which it was
possible to perform the geocoding and other steps in the geoprocesing.
It was found in this work that the agricultural area of these cities has increased
almost three and a half times the period, so that they now account for almost 33% of
all agricultural areas of Alto Paraná area, with a cultivated area of 246.863,43
hectares.
In general, the methodology presented in this paper was useful to evaluate the
development of the agricultural area of the municipalities concerned, and it can help
in the detailed study of other regions.
xiv
RESUMEN
xv
INTRODUÇÃO
16
1. OBJETIVOS
17
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Geoprocessamento
18
superfície terrestre e representados numa projeção cartográfica. (DRUCK et all,
2004).
Desta forma o SIG pode ser entendido, como ferramentas computacionais para o
geoprocessamento, que permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de
diversas fontes (fotos aéreas, imagens de satélite, cartas topográficas, imagens
vetoriais, dados cadastrais das regiões observadas, etc.) e criar bancos de dados
georreferenciados (CÂMARA et al., 2001). Permite ainda a automatização da
produção de documentos cartográficos.
19
2.3 Sensoriamento Remoto
Ainda pode ter uma conotação mais restrita às plataformas orbitais, conforme Silva
(2003) que o considera como uma tecnologia que obtém medidas de um objeto sem
tocá-lo e, oferece diversos produtos caracterizados por imagens de diversas
resoluções espaciais e espectrais.
20
2.3.1 Sensor TM Landsat
O sensor TM opera em sete bandas espectrais, sendo três da região do visível, três
na região do infravermelho refletido e uma na região termal, cujas aplicações mais
comuns à análise ambiental são mostradas na tabela 1. A largura da faixa imageada
é de 185 km (MOREIRA, 2007).
O satélite Lansat 5 percorre uma órbita polar sol-síncrona a uma altitude de 705 km
e uma inclinação de 98,2º. Seu período de revolução é de 99 minutos, passando
pelo equador normalmente às 9:45 da manhã (± 15 min) da hora local, e realiza
desta forma 14,5 órbitas por dia e, retorna ao mesmo ponto de cobertura em 16 dias
(revisita). (NASA, sd)
21
Tabela 1 - Principais aplicações e características das bandas do sensor TM
22
combinações de imagens diferentes, de épocas diferentes, de acordo com o objetivo
desejado. (NOVO, 2008).
Sua correção consiste basicamente em estimar os pixels das faixas onde não
existem dados a partir dos vizinhos mais próximos. Uma das metodologias mais
comuns, consiste em substituir o pixel faltante pela média de seus vizinhos (INPE,
sd; NOVO, 2008).
23
2.4.3 Realce de imagens
A técnica de realce de contraste tem por objetivo melhorar a qualidade das imagens
sob os critérios subjetivos do olho humano. Utilizada na fase inicial do
processamento digital de imagens, para facilitar a identificação de padrões (INPE,
2006).
Conforme Rosa (2001), diz respeito à modificação de imagens para torná-las mais
apropriadas às capacidades da visão humana. Segundo estas técnicas, as imagens
são modificadas por funções matemáticas, que por sua vez alteram os níveis de
cinza de uma imagem, de modo a destacar certas informações espectrais e
melhorar a qualidade visual da imagem, facilitando a análise posterior do
fotointérprete. Ainda segundo este autor, as principais técnicas de realce de imagens
são: ampliação de contraste, geração de composições coloridas e filtragem digital.
2.4.4 Segmentação
24
divisão nestas áreas de “pixels” semelhantes, consiste basicamente em um
processo de crescimento de regiões, de detecção de bordas ou de detecção de
bacias (INPE, 2006).
A cor de um objeto, em uma imagem pode ser representada pelas intensidades das
componentes vermelho R, verde G e azul B, no sistema de cores RGB, ou pela
intensidade I, pela cor H e pela saturação no espaço IHS, onde a intensidade ou
brilho é a medida de energia total envolvida em todos os comprimentos de onda, que
é responsável pela sensação de brilho da energia incidente sobre o olho; o matiz ou
cor de um objeto é a medida do comprimento de onda médio da luz que se reflete, o
que determina a cor do objeto e, a saturação expressa o intervalo de comprimento
de onda em torno do comprimento de onda médio, no qual a energia é refletida ou
transmitida. Um alto valor de saturação resulta em uma cor espectralmente pura, da
mesma forma que um baixo valor indica uma mistura de comprimentos de onda,
produzindo tons pastéis (INPE, 2006).
25
das bandas analisadas. A classificação envolve a atribuição de uma “classe
espectral” a cada pixel dos dados espectrais disponíveis (NOVO, 2008).
Rosa (2001) tem uma definição mais simples, na qual a classificação é o processo
de reconhecimento de classes ou grupos cujos membros exibem características
comuns.
26
A interpretação ou análise visual de imagens orbitais é muito semelhante a
interpretação de fotografias aéreas. Consiste em obter as informações dos alvos de
acordo com suas respostas espectrais, quando observados nas imagens.
(MOREIRA, 2007).
A análise visual pode ser definida como o ato de examinar uma imagem com o
propósito de identificar objetos e julgar suas propriedades. Durante este processo,
são realizadas diversas atividades, quase simultaneamente, quais sejam: detecção,
reconhecimento, análise, dedução, classificação e avaliação de precisão. (NOVO,
2008).
27
reflectância como o fenômeno mais analisado (MENESES & MADEIRA NETTO,
2001).
Moreira (2007) acrescenta ainda, que outros fatores tem sido citados, como por
exemplo: a cor do solo, as condições de drenagem do solo, a temperatura, a
localização, entre outros. De um modo geral, a quantidade de energia refletida por
um solo é função de todos esses fatores, e em determinadas condições, um
parâmetro pode sobrepujar os outros em termos de reflectância, resultando num
espectro característico do parâmetro em questão.
A água, tem uma reflectância muito pequena, em torno de 4%, o que faz com que os
sensores disponíveis sejam muitas vezes insensíveis às mudanças de cores da
mesma (MENESES & MADEIRA NETTO, 2001).
28
Como os ambientes da superfície terrestre sofrem mudanças, a data da imagem é
uma informação extremamente importante, pois a imagem é uma representação de
uma parte da superfície da Terra no momento da passagem do satélite
(FLORENZANO, 2002).
Conforme diversos autores citados por ÂNGULO FILHO (2001), o GPS, mesmo o de
navegação, tem várias aplicações na área florestal e agricultura, porém, sofrendo
influência em sua precisão devida à cobertura vegetal e ao tamanho das áreas
mapeadas.
De acordo com SOUZA (2001) “O GPS é um potente meio para aquisição de dados
para Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s), como por exemplo, o
cadastramento de ruas, edifícios, dutos, elementos da infra-estrutura urbana, limites
de propriedades, entre outros”.
29
Conforme diversos autores citados por ÂNGULO FILHO (2001), o GPS, mesmo o de
navegação, tem várias aplicações na área florestal e agricultura, porém, sofrendo
influência em sua precisão devida à cobertura vegetal e ao tamanho das áreas
mapeadas.
De acordo com SOUZA (2001) “O GPS é um potente meio para aquisição de dados
para Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s), como por exemplo, o
cadastramento de ruas, edifícios, dutos, elementos da infra-estrutura urbana, limites
de propriedades, entre outros”.
30
Atualmente, entretanto, apenas algumas culturas agrícolas podem ser efetivamente
monitoradas através do sensoriamento remoto. Somente as que ocupam a maior
área, sendo cultivadas mecanicamente e, em talhões cujas dimensões mínimas
geralmente superam dez hectares de área (LUIZ e EPIPHANIO, 2001).
Pelo mesmo motivo, as espécies vegetais que pertencem a esse grupo (plantadas
em grandes áreas) também são aquelas que apresentam alto interesse econômico
ao longo de sua cadeia produtiva (LUIZ, 2003).
2.7.1 Soja
A soja (Glycine max (L.) Merrill) que hoje é cultivada mundo afora, é muito diferente
dos ancestrais que lhe deram origem: espécies de plantas rasteiras que se
desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do Rio Amarelo, na
China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de
cruzamentos naturais, entre duas espécies de soja selvagem, que foram
domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China. (EMBRAPA, 2003).
No seu início, surgiu como um cultivo de rotação para o trigo, cuja semeadura havia
sido fortemente impulsionada pelo governo com generosos planos de financiamento,
em busca da obtenção do auto-abastecimento deste cereal, que até então era quase
que totalmente importado. (CAPECO, 2008)
31
Porém o impulso mais forte foi dado pela abertura do caminho até o Leste (hacia el
Este) e a construção da Ponte da Amizade, o que permitiu a expansão da fronteira
agrícola nos Estados do Alto Paraná, Caaguazú e Canindeyu. (CAPECO, 2008)
2.7.2 Milho
O milho é encontrado nos mais diversos ambientes, desde a latitude 40º S até 58º N
e altitudes que variam entre os 3.000 m, nos Andes peruanos, até abaixo do nível do
mar, em regiões do mar Cáspio, o que levou a uma grande especialização e
adaptação da planta. Atualmente, além das três Américas, é cultivado praticamente
em todas as outras regiões do mundo. (CASTRO & KLUGE, 1999).
2.7.3 Trigo
Aceita-se que o trigo foi cultivado pela primeira vez entre os rios Tigre e Eufrates, na
antiga Mesopotâmia (atual Iraque), ao redor de 6.700 a.C. Desde os primórdios da
agricultura no sudoeste da Ásia, há cerca de 10.000 anos, uma região montanhosa,
32
árida, onde existe grande variação térmica e pouca precipitação, as histórias do trigo
e da civilização humana estão interligadas. (CASTRO & KLUGE, 1999).
Conforme dados da FAO (2009) e MAG (2009) na safra referente ao ano de 2007,
foram semeadas 320.000 ha de trigo, com um resultado final de 800.000 toneladas
colhidas.
2.7.4 Mandioca
2.8 Clima
33
As temperaturas médias anuais variam desde 25,9 ºC ao norte (Bahía Negra) a 21,4
ºC no canto noroeste da região oriental (Pedro Juan Caballero). Os verões são
quentes e muito quentes. Por isso, a evapotranspiração potencial alcança valores de
até 2.100 mm (VERMA, 1982). A máxima absoluta oscila desde 40,8 ºC
(Encarnación) a 44,0 ºC (Mariscal Estigarribia). No inverno, ocorrem geadas
noturnas (até uma temperatura mínima absoluta de -6,0 ºC), exceto no extremo
noroeste (GATZLE, 1999).
2.9 Solo
34
últimos anos, projetos hidrelétricos tem aproveitado o poder dos rios para gerar
eletricidade, que por sua vez, criou receita para o Paraguai (PARAGUAY, 2005).
2.10 Vegetação
A planície ondulada do vale do Alto Paraná esteve coberta uma vez por uma floresta
subtropical rica em espécies, muitas das quais se converteram em anos recentes em
terras aráveis intensamente cultivadas (particularmente com soja e cereais
temperados). FAO (2005).
35
palmito juçara (Euterpe edulis), que é endêmico da Mata Atlântica (GALINDO-LEAL
& CÂMARA, 2005).
Por ocasião da colonização, muitos imigrantes pagaram suas terras apenas com o
dinheiro ganho na venda da madeira existente em suas propriedades (MENEZES,
1987).
O país possuía até 2005, 184.800 km2 de matas (WORLDBANK, 2009 e FAO, 2005).
Segundo os dados mais atuais a respeito da vegetação, todo o Paraguai possuía em
2008 uma área de 91.078,67 km2 de mata (uma redução de quase 51% da
vegetação), e a região oriental uma área de mata nativa de 22.328,79 km 2 (MAG,
2009).
2.11 O Paraguai
Ainda segundo Vazques (2006), neste processo, a chamada região Oriental teve
sempre maior capacidade de suporte às populações humanas que o Chaco, devido
principalmente ao dispositivo biofísico restritivo deste último, se comparado com a
região Oriental.
36
A presença de brasileiros na agricultura do Paraguai começou nos primórdios de
1950, inicialmente com a cultura do café, que naquele tempo não existia no
Paraguai. Em princípios de 1960 um inimigo muito conhecido dos cafeicultores, a
geada, chegou pra valer e de uma vez só matou milhares de pés de café. Os
primeiros brasileiros imigraram para o Paraguai na década de 1950, mas a grande
quantidade de imigrantes lá chegou na década de 1970 e, por volta de 1977 se
iniciou a expansão dos cultivos de soja no país (MENEZES, 1987).
Por volta dos anos 1980, o cultivo do algodão, que havia sido incentivado pelo
governo, ocupava cerca de 20% do total da superfície cultivável. Em 1981, 138.232
unidades produtivas de dedicavam ao cultivo de algodão e 67% delas tinham um
tamanho que oscilava entre 2 e 20 ha (FORMENTO, 2003).
37
O Paraguai possui uma população de 6,23 milhões de pessoas e uma área total de
406.800 km2 (WORLDBANK, 2009), das quais 15.983.481 ha se concentram na
região Oriental (FAO, 2005).
38
Figura 1 - Superficie semeadas com os principais cultivos identificados pelo Ministerio de
Agricultura y Ganadería, MAG.
Fonte: MAG, 2008 e BCP, 2008 citado por IICA (sd).
Por volta da década de 1980, o Alto Paraná se encontrava em sétimo lugar em área
plantada de algodão, e a menor produção relativa a outros estados se deve a
povoados de campesinos principalmente brasileiros, que se dedicavam a outros
cultivos (FORMENTO, 2003).
39
De acordo com dados da FAO (2009), o Alto Paraná possui uma área de 13.729
km2, uma precipitação anual variando de 1.475 a 2.474 mm (acima da média
nacional) e uma declividade entre 5 a 16%.
40
Esta característica dos cultivos da região pode ser explicada a partir das
explanações dadas por VAZQUES (2006), segundo o qual, na região predomina a
agricultura empresarial.
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais
alto em faixa marginal cuja largura mínima será: (Redação dada pela Lei
nº 7.803 de 18.7.1989)
1. de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10
(dez) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de
18.7.1989)
2. de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de
10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; (Redação dada pela Lei
nº 7.803 de 18.7.1989)
41
3. de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50
(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; (Redação dada pela
Lei nº 7.803 de 18.7.1989)
4. de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de
200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; (Redação dada
pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)
5. de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham
largura superior a 600 (seiscentos) metros; (Incluído pela Lei nº 7.803
de 18.7.1989)
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou
artificiais;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos
d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de
50 (cinquenta) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de
18.7.1989)
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°,
equivalente a 100% na linha de maior declive;
f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangues;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do
relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções
horizontais; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)
h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que
seja a vegetação. (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)
Já no Paraguai, a lei que trata do tema (Lei Nº 3239/07 – Lei de recursos hídricos
(SEAM, sd)) é bem mais limitada no que se refere às APP´s, conforme podemos
verificar nos itens abaixo:
Artigo 23. – As margens sob domínio privado adjacentes aos cursos hídricos
estarão sujeitas, em toda sua extensão, às seguintes restrições:
a) Uma zona de uso público com uma largura de cinco metros para zonas
urbanas e de dez metros para zonas rurais. Dentro das atividades que a
42
regulamentação defina como de uso público, não poderão impor-se os
usos recreativos, direito reservado ao proprietário. Ficará a cargo das
prefeituras definir e regulamentar os alcances da área de uso público sem
prejuízo das competências que podem exercer as demais autoridades
públicas no exercício de suas atribuições.
b) Uma zona de proteção de fontes de água de uma largura de cem metros
de ambas as margens, na que se condicionará o uso do solo as
atividades que ali se realizem, sonforme ao que se estabeleçam as
normas jurídicas ambientais. A área de polícia não incluirá a zona de uso
público e estará adjacente a esta.
c) Aos efeitos do inciso “b”, os proprietários ribeirinhos cujos imóveis haviam
tido ou deviam haver tido matas protetoras deverão reestabelecê-las ou
reflorestar a superfície necessária para recupera-las e conserva-las.
Outro item que não é abordado é o que se refere às encostas e locais com declive
acentuado, muito provavelmente devido à pequena declividade da região de estudo.
43
3. METODOLOGIA
Nesta região é comum a prática de dois ciclos agrícolas por ano, com plantio de
safrinha de milho ou trigo após o período normal da safra de verão, onde predomina
a cultura da soja, com algumas áreas semeadas com milho verão. Diferentemente
44
de outras regiões, onde também se cultivam o girassol e a canola pela agricultura
empresarial.
3.2 Materiais
Foram obtidas imagens do satélite Landsat 5 TM, de 1985 até 2009 em períodos de
safra de verão e safrinha de inverno, selecionando imagens disponíveis da
órbita/ponto 224/077 com menor cobertura de nuvens (os detalhes das imagens
obtidas podem ser vistos na Tabela 3).
45
Utilizou-se também uma imagem pancromática do Landsat 7 ETM de 05 de agosto
de 1999 (resolução espacial de 15 metros), com o único objetivo de realizar uma
melhora na resolução espacial das imagens do Landsat 5 TM, via transformação
IHS.
Para o processamento das imagens orbitais foi utilizado o software SIG Spring,
versão 4.3.3, o Quantum GIS 1.4 e o software gvSIG 1.1.1 (programas distribuídos
gratuitamente, que desta forma vem de encontro com o objetivo primeiro do
presente trabalho), além do Software GPS TrackMaker Pro, para a coleta dos pontos
do GPS e geração de arquivos Shapefile.
O Quantum GIS (QGIS), assim como o gvSIG é um software gratuito distribuído sob
a licença GNU / GLP. Trata-se de um SIG Open Source amigável, resultado de um
projeto oficial da Open Source Geospatial Foundation (OSGeo). Ele roda em Linux,
Unix, Mac OSX e Windows e suporta vários tipos de dados, vetoriais e raster, além
de possuir várias funcionalidades de banco de dados. A atual versão possui
46
implementada função de suporte ao banco de dados PostgreSQL (QUANTUM GIS,
sd).
47
Foto 1 - Área de soja em fase inicial do desenvolvimento (foto do autor – 12/11/2007)
Foto 2 - Soja na fase reprodutiva (florescimento), recobrindo todo o solo (foto do autor -
11/12/2007)
48
Foto 3 - Soja em fase reprodutiva (foto do autor - 22/01/2008)
49
Foto 5 - Soja em ponto de colheita (foto do autor: 30/03/2010).
50
Itakyry, de textura mais arenosa, enquanto a região mais a leste, de San Alberto e
Minga Porá, possuem solos mais argilosos.
Foto 7 - Área de milho safrinha, ainda não recobre toda superfície do solo (foto do
autor)
51
Foto 8 - Milho safrinha, cobrindo totalmente a superfície do solo (foto do autor)
Foto 9 - Limite entre área de cultivo e área de mata (foto do autor - 11/04/2008)
52
Foto 10 - Área de pastagem com mata ao fundo (foto do autor: 30/03/2010).
53
Foto 12 - Área de trigo em fase vegetativa (foto do autor – 24/07/2009)
54
GPS (fotos 14 e 15) que foram anotadas em caderneta de campo com as
respectivas descrições dos pontos de coleta.
55
representativas de todas as respostas espectrais relevantes encontradas na
imagem.
Os pontos foram coletados a campo, pois, segundo Moreira (2005), para se evitar o
erro de inclusão ou omissão é necessário conseguir informações no campo ou
através de fotografias aéreas, que servem como verdade terrestre.
56
As coletas de pontos amostrais foram realizadas em diversas datas durante o ano
de 2009 e 2010, e se concentraram nos períodos de cultivo das safras agrícolas da
região.
Para o desenvolvimento da primeira etapa, foi efetuada uma pesquisa junto ao INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), buscando informações referentes às
imagens de satélites da série Landsat 5 TM desde a data de seu lançamento até os
dias de hoje com condições de processamento, ou seja, sem cobertura de nuvens.
57
bandas espectrais a cada uma das três cores aditivas: azul, verde e vermelho,
obtendo melhor identificação dos diferentes usos e ocupações dos solos.
Figura 4 - Imagem da divisão política do município de San Alberto, composição colorida (RGB543).
58
Figura 5 - Divisão política do município de San Alberto, composição colorida falsa cor (RGB 453).
59
3.5.1 Georreferenciamento das imagens
60
Figura 7 - Georreferenciamento via gvSIG
61
Foram selecionados para o georreferenciamento 41 pontos, levantados na área de
estudo através de GPS de navegação modelo Garmim Etrex Vista. As imagens
georreferenciadas utilizando-se os pontos coletados foram as do Landsat 5 TM de
17 de março de 2009 e de 15 de janeiro de 2010, da órbita / ponto 244 – 077.
Após o registro, foi realizado um realce linear das bandas 5, 4 e 3 das referidas
imagens, de forma a permitir uma melhor distinção das diferentes feições do terreno
e outras características das imagens, necessárias ao processo de classificação.
62
Figura 9- Ruido na imagem da banda 4 de 17 de março de 2009 do Landsat 5TM
63
subdivisão excessiva em uma mesma área, optou-se por esta combinação devido a
outras combinações agruparem em uma mesma área classes distintas, ou
realizarem uma segmentação excessiva de uma mesma classe.
64
Foram testados para os classificadores Bhattacharya e Isoseg os limiares de
aceitação de 75, 90, 95 e 99.9%, optando-se pelo limiar de 95% quando se
combinou as bandas 5, 4 e 3 para a segmentação. Nos limiares menores o número
de classes foi insuficiente, agrupando áreas de respostas espectrais diferentes. Na
maior similaridade gerou-se um número de classes excessivo, e destes a
similaridade de 95% foi a que melhor separou as diversas classes existentes, apesar
de gerar um maior número de classes, o que aumentou um pouco o trabalho de
identificação das mesmas, mas praticamente eliminou o trabalho de pós-
classificação.
Da mesma forma, foram produzidos mapas de uso do solo para os anos de 1985 e
2009, utilizando o classificador não supervisionado Isoseg com limiar de aceitação
de 95%. Neste procedimento foram geradas 20 classes temáticas para o ano de
1985 e 28 classes para o ano de 2009. Optou-se por mapear individualmente cada
classe, adicionando cada uma a um plano de informação, de forma a isolar as
classes e melhor identificá-las. Neste processo as imagens temáticas geradas foram
sobrepostas às composições coloridas do Landsat e analisadas individualmente e
associadas as classes temáticas adotadas, de forma similar ao procedimento
realizado por RIZZI e RUDORF (2005) em seu trabalho de estimativa de área de
soja.
65
3.5.4 Produção de imagens e mapas digitais
Figura 11- Mapa da região de estudo do ano de 1985. Composição colorida RGB543.
66
Figura 12 - Mapa da região de estudo do ano de 2009. Composição colorida RGB543.
67
Figura 13 - Mapa de uso do solo 2009, dos municípios de San
Alberto, Itakyry e Minga Porã.
Neste mapa, muitas áreas de mata que sofreram algum tipo de ação antrópica (mata
rala, onde foram removidas as madeiras de lei) ainda foram incluidas na categoria
de cobertura vegetal, o que não foi feito nas imagens onde se avaliou ação antrópica
como sendo todo tipo de modificação ocorrida na vegetação nativa.
68
A exatidão expressa quão próximo uma medição que se faz representa a verdadeira
quantidade a ser medida. A precisão expressa a fidelidade nas repetições da
medição (MIRANDA, 2005).
É muito importante a correta definição destes dois termos, os quais geram muita
confusão, principalmente por muitas vezes receberem a mesma definição. Podemos
verificar isto quando buscamos estas definições em dicionários, que as definem
como sinônimos.
69
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
70
Tabela 4 - Quantidades em ha e porcentagem das áreas de mata e que
sofreram ação antrópica no município de Itakyry entre 1985 e 2009.
Área com ação Área com ação
Ano Mata (ha) antrópica (ha) Mata (%) antrópica (%)
1985 165.658,86 30.173,58 84,24% 15,34%
1990 164.572,74 31.570,02 83,89% 16,09%
1994 114.633,54 81.771,12 58,29% 41,58%
1999 111.846,33 84.746,16 56,88% 43,10%
2004 68.186,34 126.866,25 34,67% 64,51%
2009 42.064,11 154.110,51 21,39% 78,37%
Optou-se por tal forma de trabalho para facilitar a avaliação do avanço das ações
antrópicas mata adentro (figuras 12 a 14) . Percebeu-se com o presente estudo que,
por ocasião da promulgação da lei de desmatamento zero no Alto Paraná, pelo
menos no que se refere a região de estudo, já não havia praticamente mais nada o
que se preservar.
Nas visitas a campo, em diversas às áreas de mata, percebeu-se que muitas delas
já tiveram suas espécies de maior valor comercial (aplicação madeireira) já
totalmente exauridas.
71
Figura 14 – Classes: cobertura vegetal (verde), cursos hídricos (azul) e Figura 15 - Classes: cobertura vegetal (verde), cursos hídricos (azul) e
ação antrópica (vermelho) - 1985 ação antrópica (vermelho) - 1999
72
Figura 16 – Classes: cobertura vegetal (verde), cursos hídricos (azul) e ação antrópica (vermelho) - 2009
73
4.2 Áreas de mata ciliar
Percebe-se pelo mapa de distancias gerado que na maioria das áreas em que a
agricultura ou pecuária avançou, as nascestes e os cursos d’água estão de alguma
forma ameaçados. Em muitos pontos não existe nenhum tipo de vegetação, ou sua
ocorrência é esparsa.
Em uma análise visual rápida feita nos mapas temáticos da área de estudo (fração
na Figura 18) pode-se constatar a extensão do problema.
Figura 18 - Pontos ao redor de cursos hídricos onde não há vegetação
Nas imagens de 1985 não foram encontradas áreas que correspondessem a areas
de pastagem, somente áreas agrícolas, e nesta época já havia um início da
expansão agrícola da região de estudo, que se intensificou em 1990, saindo de uma
área total de aproximadamente 70.658 ha, para uma área de 246.863 ha em 2009
somente de área agrícola nos tres municípios, mais um total de 41.545 ha de
pastagens.
a b
Figura 19 – Evolução do desmatamento e recuperação de vegetação nativa ocorrida na região
noroeste do município de San Alberto (composição colorida RGB543) entre os anos de 1985 (a) e
2009 (b).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A região por ser tipicamente rural, caracteriza-se por áreas cobertas por matas
secundárias, pastagens associadas a criação de gado, por cultivos e reflorestamento
(FLORENZANO, 2002), e além disto, residencias esparsas, municípios pequenos, o
que dificulta a identificação da categoria “urbano”.
Para uma maior precisão do trabalho deveria ter sido realizado o modelo de
amostragem aleatória estratificada, com um mínimo de amostras para cada
categoria de uso de solo, por ser a mais adequada para o trabalho proposto,
conforme MOREIRA (2007).
O Itakyry possui também a maior área agrícola da região, com 48,21% de superfície
cultivada (possui também a maior superfície total), seguido por Minga Porã com
27,17% e San Alberto que tem 24,63% de toda a área agrícola da região de estudo.
Arquivo ASCII
Arquivo cujas informações estão codificadas de acordo com a tabela ASCII.
Arquivo raster
É um arquivo criado por uma série de pontos, chamados "pixels" organizados em
linhas e colunas.
Arquivo vetorial
Arquivo gráfico cujas informações estão armazenadas sob a forma vetorial, ou seja,
por coordenadas formando pontos, linhas e poligonos.
ASCII
American Standart Code for Information Interchange. Tabela de códigos de oito bits
estabelecida pelo American National Standart Institute (ANSI), para todos os
caracteres do teclado do computador. Define um padrão para equipamentos de
computação.
Atributo
Tipo de dado não gráfico que descreve as entidades representadas por elementos
gráficos. Termo usado para referenciar todos os tipos de dados não gráficos e,
normalmente alfanuméricos, ligados a um mapa.
Banda
Um dos níveis de uma imagem multiespectral, representado por valores refletidos de
luz ou calor de uma faixa específica do espectro eletromagnético.
Datum
Superfície de referência para controle horizontal (X,Y) e vertical (Z) de pontos.
Fuso UTM
Zona de projeção delimitada por dois meridianos cuja longitude difere de 6 graus e
por dois paralelos de latitude 80 graus, Norte e Sul.
GPS
Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global.
Sistema criado para navegação, utilizando sinais emitidos por satélites artificiais.
Suas aplicações incluem navegação e posicionamento no mar, no ar e sobre a
superfície terrestre.
GRASS
É um Sistema de Informação Geográfica (SIG) utilizado para o gerenciamento de
dados, processamento de imagem, modelagem espacial e visualização de vários
tipos de dados. É livre (Open Source) liberado sob a GNU General Public License
(GPL).
Köppen, classificação de
Tipo de classificação climática imaginada por Köppen, baseado nas letras A, B, C,
D, E, F, H, S, T, W, e, a, b, c, d, f, h, k, m, s, w.
Kosmo
Primeira plataforma SIG livre corporativa, distribuída sobre a licença GNU/GLP. O
seu design e arquitetura se baseiam na gestão e análise de informação territorial
através de bases de dados espaciais.
Landsat
Um dos programas americanos de imageamento da superfície terrestre por satélites,
iniciado pela NASA em meados dos anos 70. Também usado para designar um ou
mais satélites do programa (Landsat 4 e 5) e os dados de imagens por eles
enviados.
Mapa ou Carta
Representação gráfica analógica ou digital, geralmente em uma superfície plana e
em determinada escala, das características naturais e artificiais da superfície ou da
sub-superfície terrestre. Os acidentes são representados dentro da mais rigorosa
localização possível, relacionados em geral, há um sistema de referência
coordenadas.
Mapa de distâncias
Um mapa de distância é um tipo de análise de proximidade (medida de distância
entre objetos, comumente medida em unidade de comprimento) que apresenta
zonas com larguras especificadas (distâncias) em torno de um ou mais elementos
do mapa.
Mapa digital
Mapa produzido e armazenado em meio magnético.
Mapa temático
Mapa relacionado a um determinado tópico, tema ou assunto em estudo. Mapas
temáticos ou mapas-síntese enfatizam tópicos, tal como vegetação, geologia ou
cadastro de propriedade.
Pixels
Abreviatura de "picture elements", elementos formadores das estruturas raster,
definidos por linhas verticais e horizontais espaçadas regularmente.
Pontos de controle
Pontos topográficos ou geodésicos, identificados numa imagem e usados para
verificar e correlacionar todas as demais informações nela contidas.
SEXTANTE
Sistema de Informação Geográfica que dotou o gvSIG de capacidades de análises
geográficas tanto raster como vetoriais com mais de 150 extensões, como
geoestatística, índices de vegetação, perfis e análises hidrológicas entre outras
funcionalidades implementadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EIDT, R.C.. The climatology of South America. In E.J.J. Illes, H. Klinge, G.H.
Schwabe, and H. Sioli (eds.). Biogeography and ecology of South America. Vol. 1.
Dr. W. Junk, The Hague, 1969.
HACKER, J.B.; GLATZLE, A.; VANNI, R.. Paraguay - a potential source of new
pasture legumes for the subtropics. Tropical Grasslands 30, 1996, 273 – 281.
VERMA, G.P. Research needs for the development and improvement of dryland
agriculture in the Paraguayan Chaco. Unpublished report of the Technical and
Economic Co-operation between the Government of the Republic of India, New
Delhi, India and the Government of the Republic of Paraguay, Asunción, Paraguay,
1982.
LEY N° 2524
DE PROHIBICIÓN EN LA REGIÓN ORIENTAL DE LAS ACTIVIDADES DE
TRANSFORMACIÓN Y CONVERSIÓN DE SUPERFICIES CON COBERTURA DE
BOSQUES.
EL CONGRESO DE LA NACIÓN PARAGUAYA SANCIONA CON FUERZA DE
LEY:
Articulo 2°.- A partir de la fecha de promulgación de la presente ley, y por um período ¡nidal
de dos años, se prohíbe en la Región Oriental, realizar actividades de transformación o
conversión de superficies con cobertura de bosques, a superficies destinadas a!
aprovechamiento agropecuario en cualquiera de sus modalidades; o a superficies destinadas a
asentamientos humanos.
Artículo 3°- A partir de la fecha de promulgación de la presente ley, y por um periodo de dos
años, queda prohibida la emisión de permisos; licencias, autorizaciones y/o cualquier otra
modalidad de documento jurídicamente valido, que ampare la transformación o conversión de
superficies con cobertura de bosques nativos, a superficies destinadas a! aprovechamiento
agropecuario en cualquiera de sus modalidades; o a superficies destinadas a asentamientos
humanos.
Artículo 6°.- A los efectos de deslindar las responsabilidades, y aplicar las sanciones que
correspondan, e! Poder Ejecutivo arbitrará los medios para la realización de una auditoria
independiente para tocos los "Planes de Uso de la Tierra", que correspondan a lãs actividades
mencionadas en el Artículo 2C de la presente Ley; como también a los "Planes de Manejo y/o
Aprovechamiento Forestal, de los dos últimos años, y que hayan sido legalmente aprobados en
el marco de las Leyes Nos, 294/93 y la 422/73, dicha auditoria deberá georreferenciar, los
datos de los Planes, con la cobertura boscosa de imágenes satelitales que correspondan a los
años de aprobación de dichos Planes. E! informe de dicha auditoria y sus recomendaciones
deberán ser presentados al Congreso Nacional en un plazo de noventa días, a partir de la
promulgación de la presente Ley.
Artículo 7°.- El incumplimiento de las disposiciones de la presente Ley hará pasibles a sus
autores de las sanciones contenidas dentro del Artículo 4° de la Ley N° 716/96 "QUE
SANCIONA DELITOS CONTRA EL MEDIO AMBIENTE"
LEY Nº 536/95
CAPÍTULO I
DISPOSICIONES GENERALES
Artículo 1º.- El Estado fomentará la acción de forestación y reforestación en suelos de
prioridad forestal, en base a un plan de manejo forestal y con los incentivos establecidos en
esta Ley.
Artículo 2º.- A los efectos de esta Ley se entiende por:
a) Suelos de prioridad forestal: Cuando los estudios técnicos especializados concluyan que su
aptitud productiva es preferentemente forestal.
b) Forestación: La acción de establecer bosques, con especies nativas o exóticas en terrenos
que carezcan de ellas o donde son insuficientes.
c) Reforestación: La acción de poblar con especies arbóreas mediante plantación, regeneración
manejada o siembra, un terreno anteriormente boscoso que haya sido objeto de explotación
extractiva.
d) Plan de manejo: Plan que regula el uso y aprovechamiento sostenible de los recursos
naturales renovables de un terreno determinado, con el fin de obtener el máximo beneficio de
ellos, asegurando al mismo tiempo la conservación, mejoramiento e incremento de dichos
recursos.
Artículo 3º.- Los bosques implantados sobre suelos de prioridad forestal, con planes de
manejo aprobados por el Servicio Forestal Nacional y que se acojan a las disposiciones de esta
Ley, no están sujetos a la Reforma Agraria ni a expropiación, salvo causa de utilidad pública
para obras de infraestructura de carácter nacional, tales como caminos, puentes, canales,
represas y otros.
Artículo 4º.- Los propietarios de inmuebles que tengan interés en beneficiarse con los
incentivos establecidos en esta Ley deben presentar al Servicio Forestal Nacional el Plan de
Forestación o Reforestación, señalando el objetivo principal de las inversiones a ejecutar y
solicitando la presencia de un ingeniero forestal o agrónomo especializado para recibir las
orientaciones técnicas en el terreno y posterior aprobación del proyecto de forestación o de
reforestación, previa calificación de suelos de Prioridad Forestal.
Artículo 5º.- El Servicio Forestal Nacional podrá sugerir modificaciones al plan que ante él se
presentare. Aceptadas las mismas por el interesado, deberá aprobarlos dentro del plazo de 60
(sesenta) días contado desde la fecha de su presentación. Si así no lo hiciere, se tendrá por
aprobado dicho plan, debiendo otorgarse el Certificado de Aprobación a objeto de beneficiarle
con los incentivos y con lo establecido en el Artículo 3º de esta Ley.
Artículo 6º.- Dentro del plazo de 1 (un) año computado desde la fecha del otorgamiento del
Certificado de Aprobación, el propietario debe iniciar la acción de forestar o reforestar. Para
ello y en el caso que no disponga de viveros propios, podrá adquirir en compra de los viveros
forestales que el Servicio Forestal Nacional habilitará en cada uno de los departamentos del
país, o de terceros debidamente inscriptos en la entidad de aplicación de esta ley.
El Servicio Forestal Nacional podrá autorizar a expresa solicitud del interesado y en casos
debidamente justificados, la desafectación de la propiedad del plan de forestación o
reforestación.
En este caso, el interesado deberá reintegrar a las arcas fiscales todas las sumas que se hayan
dejado de pagar en virtud de exoneraciones tributarias y las bonificaciones otorgadas por la
presente ley u otras disposiciones legales.
Dichos montos serán ajustados conforme a la variación que experimente el índice de precios al
consumidor (IPC), determinado por el Banco Central del Paraguay entre la fecha en que
debieron pagarse los tributos exonerados y la fecha del ingreso que se efectúe.
CAPÍTULO II
DE LOS INCENTIVOS A LA ACTIVIDAD FORESTAL
Artículo 7º.- El Estado desde la vigencia de la presente ley, bonificará en un 75% (setenta y
cinco por ciento) y por una sola vez para cada superficie forestada o reforestada, los costos
directos de la implantación en que incurran las personas físicas o jurídicas de cualquier
naturaleza y que se realicen en los inmuebles rurales, cuyos suelos sean calificados de
prioridad forestal.
De la misma manera se bonificará el 75% (setenta y cinco por ciento) de los costos directos
derivados del mantenimiento de la forestación y reforestación durante los 3 (tres) primeros
años, siempre que se haya efectuado de acuerdo al Plan de Manejo Forestal aprobado.
Artículo 8º.- A los efectos de hacer efectivas las bonificaciones mencionadas en el artículo
anterior, el Servicio Forestal Nacional fijará, en el mes de marzo de cada año, el valor de los
costos directos de plantación y manejo por hectáreas para la temporada del año en curso,
según las diversas zonas, categorías de suelos, especies nativas o exóticas y demás elementos
que configuren dichos costos.
Los referidos valores se reajustarán conforme a la variación que experimente el índice de
precios al consumidor (IPC), determinado por el Banco Central del Paraguay entre la fecha de
fijación de éstos y el mes anterior a aquel en que se haga efectivo el cobro de la bonificación.
Si el Servicio Forestal Nacional no fijare dichos costos dentro del plazo ya señalado, se
utilizarán para los efectos de cálculo y pago de la bonificación, los valores contenidos en la
última tabla de costos fijados, los cuales se reajustarán, en este caso y para estos efectos, en
la misma forma señalada en el párrafo anterior.
Artículo 9º.- Las bonificaciones señaladas en el Artículo 7º de esta ley, se pagarán cada vez
que los beneficiarios acrediten la nueva superficie forestada o reforestada, o las intervenciones
de manejo indicadas en el Plan de Manejo Forestal, mediante certificado expedido por el
Servicio Forestal Nacional, previo informe del funcionario comisionado para el efecto y a
petición del propietario.
Los certificados de forestación o reforestación serán otorgados a partir de los 12 (doce) meses
de implantación y luego de comprobado que la sobre vivencia de la plantación no sea menor al
80% (ochenta por ciento) por hectárea establecida.
Artículo 10.- Los montos totales de las bonificaciones anuales deberán ser previstos en el
Presupuesto General de la Nación en función a los costos por hectáreas establecidos de
acuerdo al Artículo 8º de esta Ley y a las superficies de forestación y de reforestación
establecidas en los planes de manejo.
Art. 10°.- Los montos totales de las bonificaciones anuales deberán ser previstos en el
Presupuesto General de la Nación en función a los costos por hectárea establecidos de acuerdo
al Artículo 8° de esta ley y las superficies de forestación y reforestación establecidas en los
planes de manejo.
El Ministerio de Hacienda pagará los certificados de forestación y reforestación en un plazo no
mayor de 30 (treinta) días contados desde su presentación. La demora en el pago generará, a
favor del forestador y reforestador, un interés equivalente al interés corriente de plaza para el
descuento bancario de los documentos comerciales con un incremento del 20% (veinte por
ciento).
El Ministerio de Hacienda pagará los certificados de forestación y reforestación en un plazo no
mayor de sesenta días, contados desde su presentación.
Artículo 11.- El Banco Nacional de Fomento otorgará a los beneficiarios de esta ley, créditos
preferenciales a largo plazo y a bajo interés, para cuyo efecto exigirá la presentación del
certificado de aprobación del plan junto a la solicitud de crédito.
Artículo 12.- Los propietarios podrán con autorización del Servicio Forestal Nacional importar
material reproductor, en cuyo caso, previa sanitación por las autoridades respectivas, serán
objeto de despacho inmediato, preferencial y libre de todo gravamen o tributo fiscal.
CAPÍTULO III
DEL RÉGIMEN TRIBUTARIO
Artículo 13.- Los suelos de los inmuebles rurales calificados como de prioridad forestal y los
bosques que en ellos se implanten, sometidos a las disposiciones de la presente Ley, están
sujetos al régimen tributario que en esta ley se establece, y que consiste en declararlos
exentos de cualquier otro tributo fiscal, municipal y departamental, creados o a crearse.
Ninguna modificación a este régimen tributario podrá aplicarse en perjuicio del reforestador
que haya ingresado al programa.
El impuesto inmobiliario tendrá una exención del 50% (cincuenta por ciento), mientras esté
sujeto al programa de forestación o reforestación. Las instituciones pertinentes con la sola
presentación del certificado de aprobación otorgado por el Servicio Forestal Nacional,
ordenarán de inmediato la exoneración de los impuestos señalados en este artículo.
Artículo 14.- La explotación forestal de los inmuebles rurales sometidos a la presente Ley,
tributará el Impuesto a la Renta, presumiéndose de derecho que la renta neta es igual al 10%
(diez por ciento) del valor comercial de los árboles talados o del valor de los frutos o productos
extraídos de las especies reforestadas.
Art. 14.- La explotación forestal de los inmuebles rurales sometidos a la presente ley,
tributará el Impuesto a la Renta establecido en el Capítulo I, Título 1, de la Ley Nº 125/91, del
9 de enero de 1992 (texto modificado). Los gastos de implantación de la forestación y
reforestación serán activados como gastos preoperativos y actualizados anualmente al cierre
del ejercicio fiscal, en función al Índice de Precios al Consumidor (IPC) calculados por el Banco
Central del Paraguay, debiéndose ser utilizado proporcionalmente a la extracción en un período
no mayor a cinco años, desde la etapa de la extracción. El saldo de la cuenta activa gastos
preoperativos se deberá actualizar anualmente siguiendo el mismo procedimiento
precedentemente descripto.
Derogado por:
Ley Nº 3.703/09 Artículo 2º
CAPÍTULO IV
DE LAS SANCIONES
Artículo 20.- Fíjanse las siguientes multas que se aplicarán sobre el avalúo fiscal del inmueble
rural sometido a la presente Ley, vigente al momento de su pago por la no iniciación oportuna
del plan de forestación o reforestación aprobado y por el incumplimiento por causas imputables
al reforestador o propietario en su caso, del o de los programas de reforestación determinados
en los planes de manejo forestal:
a) Durante el primer año 5% (cinco por ciento) del valor fiscal.
b) Durante el segundo año 10% (diez por ciento) del valor fiscal.
c) Durante el tercer año 20% (veinte por ciento) del valor fiscal.
d) Durante el cuarto año 40% (cuarenta por ciento) del valor fiscal.
e) A contar del quinto año 50% (cincuenta por ciento) del valor fiscal.
Estas multas comenzarán a devengarse desde el momento en que se incurra en el
incumplimiento de los programas de forestación y reforestación contenidos en el plan de
manejo forestal de acuerdo a las fechas consignadas en él y se calcularán atendiendo a la
incidencia porcentual que tiene en el total la parte incumplida del mismo.
Artículo 21.- Cuando se hubiere interrumpido cualquier programa incluido en el plan de
manejo forestal, quedando desde ese momento los inmuebles rurales afectados a las multas
señaladas en el artículo anterior de esta Ley, la reanudación deberá ser aprobada por el
Servicio Forestal Nacional de acuerdo al mismo procedimiento a que se sujetó el plan original,
previo informe elaborado por un ingeniero forestal o agrónomo especializado acompañado de
una actualización del plan.
Artículo 22.- La reiniciación y actualización de cualquier programa del plan de manejo forestal
no eximirán del pago de las multas señaladas en el Artículo 21 de esta Ley, por el período
incumplido del plan, las que se suspenderán a contar de la fecha de la recepción del informe o
declaración jurada, en su caso, sobre el reinicio del programa.
En el caso que se produjeren nuevas interrupciones, las multas se aplicarán en la forma
señalada en el Artículo 21 de esta Ley, tomando como base para ello el porcentaje que se
estaba aplicando al momento de la actualización.
Artículo 23.- Cualquier acción de corte o explotación de las plantaciones de los inmuebles
rurales sujetos a la presente Ley deberá hacerse previa presentación y registro ante el Servicio
Forestal Nacional del respectivo Plan de Manejo. En los casos de corte final se deberá
contemplar al menos la reforestación de una superficie igual a la cortada o explotada.
El plan de manejo al que se refieren los artículos anteriores deberá ser suscrito por un
ingeniero forestal o agrónomo especializado cuando la superficie total del bosque en que se
efectúe el corte o explotación sea superior a 30 (treinta) hectáreas y en superficies menores
por un técnico forestal o técnico agrónomo especializado
La contravención a lo dispuesto en los párrafos anteriores hará incurrir al propietario del
terreno o quien efectuare el corte o explotación no autorizada, según determine el Servicio
Forestal Nacional, en una multa que será igual al doble del valor comercial de los productos,
cualquiera que fuera su estado o su grado de explotación o elaboración. Cuando los productos
se encontraren en poder del infractor, caerán además en comiso.
Si los productos provenientes del corte o explotación ejecutada en contravención a lo
dispuesto en este artículo fueren enajenados, el infractor será sancionado con una multa
equivalente al triple de su valor comercial. El Servicio Forestal Nacional determinará el valor
comercial de dichos productos.
Los productos decomisados serán enajenados por el Servicio Forestal Nacional.
La contravención a lo dispuesto en este artículo, facultará además al Servicio Forestal Nacional
para ordenar la inmediata paralización de los trabajos, a cuyo efecto podrá requerir el auxilio
de la fuerza pública.
Artículo 24.- El corte o explotación de bosques en suelos de prioridad forestal obligará a su
propietario a reforestar una superficie de terreno igual, al menos, a la cortada o explotada, en
las condiciones contempladas en el plan de manejo aprobado por el Servicio Forestal Nacional.
La obligación de reforestar podrá cumplirse en un terreno distinto a aquél en que se efectuó el
corte o explotación, sólo cuando el plan aprobado por el Servicio Forestal Nacional así lo
contemple. Las plantaciones que en este caso se efectúen se considerarán como reforestación
para todos los efectos legales.
El incumplimiento de cualesquiera de estas obligaciones, transcurrido tres años desde la fecha
del corte o explotación, será sancionado con las multas establecidas en el Artículo 21 de esta
Ley, incrementadas en un 100% (ciento por ciento).
Artículo 25.- Toda ocultación deliberada o falsedad de datos contenidos en los estudios
presentados ante el Servicio Forestal Nacional, elaborados por Ingenieros Forestales o
Agrónomos especializados, así como las alteraciones en la ejecución de los proyectos,
cometidas con el objeto de transgredir obligaciones previstas en esta Ley, serán sancionadas
con la inhabilitación de uno a cinco años del profesional responsable, previo sumario
administrativo.
Artículo 26.- Corresponderá aplicar las sanciones y multas establecidas en la presente Ley al
Servicio Forestal Nacional.
Las sumas recaudadas en concepto de multas serán depositadas en la cuenta que el Ministerio
de Hacienda habilite para la ejecución del programa creado por la presente Ley.
CAPÍTULO V
DISPOSICIONES ESPECIALES Y FINALES
Artículo 27.- Para todos los efectos tributarios relacionados con la presente Ley, y sin
perjuicio de las responsabilidades y obligaciones que correspondan a los particulares, el
Servicio Forestal Nacional deberá efectuar en los casos que proceda las comunicaciones
pertinentes al Ministerio de Hacienda.
Artículo 28.- El fiel cumplimiento del programa de forestación o de reforestación, sometido a
las disposiciones de la presente Ley, será fiscalizado periódicamente por el Servicio Forestal
Nacional y controlado contable y administrativamente por la Contraloría General de la
República.
Artículo 29.- Facúltase al Poder Ejecutivo a reglamentar la presente Ley.
Artículo 30.- Comuníquese al Poder Ejecutivo.
Aprobada por la H. Cámara de Senadores el catorce de diciembre del año un mil novecientos
noventa y cuatro y por la H. Cámara de Diputados, sancionándose la Ley, el veinte de
diciembre del año un mil novecientos noventa y cuatro.
El Presidente de la República
Juan Carlos Wasmosy
Arsenio Vasconsellos
Ministro de Agricultura y Ganadería
Orlando Bareiro
Ministro de Hacienda