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2. DEFINIÇÕES. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 3
2. DEFINIÇÕES.
Após a perfuração atingir a cota de projeto, continua-se a injetar água, sem avançar a
perfuração, para promover a limpeza do furo. A seguir instala-se a armadura (constante ou
variável ao longo do fuste), geralmente constituída por barras de aço montadas em gaiola. No
caso de estacas de menor diâmetro (abaixo de 160mm) costuma-se juntar as barras num feixe
dotado de espaçadores.
Nas estacas trabalhando à compressão as emendas das barras podem ser feitas por
simples transpasse (devidamente fretado), porém nas estacas trabalhando à tração as emendas
devem ser feitas por solda, luvas rosqueadas ou luvas prensadas.
Uma vez instalada a armadura, é introduzido o tubo de injeção (geralmente de PVC com
diâmetro de 1 ½” ou de 1 ¼”) até o final da perfuração para proceder à injeção, de baixo para
cima, até que a argamassa extravase pela boca do tubo de revestimento, quantidade suficiente
garantindo-se assim que a água ou a lama de perfuração seja substituída pela argamassa. Esta é
confeccionada em misturador de alta turbulência, geralmente acionado por moto-bomba, para
garantir a homogeneidade da mistura.
Para atender ao consumo mínimo de cimento estipulado pela NBR 6122, ou seja, 600
kg/m³, o traço normalmente utilizado contém 80 litros de areia para 1 saco de 50 kgf de cimento
e 20 a 30 litros de água, dependendo da umidade da areia (w), o que confere à argamassa uma
resistência característica elevada, superior a 20 MPa. Devido a inúmeros fatores intervenientes,
este traço para ser utilizado precisará necessariamente ser comprovado através de ensaio de
laboratório. Este traço poderá ser alterado por outro que possa garantir um consumo mínimo de
600kg/m³ e que o controle tecnológico garanta o valor do fck mínimo de 20 MPa.
Completado o preenchimento da argamassa, é rosqueado na extremidade superior do
revestimento um tampão metálico ligado a um compressor para permitir aplicar golpes de ar
comprimido durante a extração do revestimento, operação que é auxiliada por macacos
hidráulicos. À medida que os tubos vão sendo extraídos o nível da argamassa vai abaixando
necessitando ser completada antes da aplicação de novo golpe de ar comprimido. Esta operação
é repetida várias vezes no curso da retirada do revestimento. Para o caso específico do projeto,
a pressão mínima será de 300kPa (3kg/cm²) e a máxima até 500kPa (5kg/cm²).
3.2.1.2 PERFURAÇÃO:
3.2.1.3 MONTAGEM:
Injeta-se a bainha pelo tubo auxiliar removível, de forma ascendente, com calda de
cimento fator a/c próximo de 0,5 (em peso), proveniente de um misturador de alta turbulência
até o seu extravasamento na boca do furo. Como uma boa alternativa, pode-se preencher o tubo
com calda e então introduzir a estrutura metálica. A bainha é a fase inicial de injeção em que
se pretende recompor a cavidade escavada.
Após um mínimo de 12 horas, reinjetar o tirante por meio de tubo de injeção perdido,
anotando-se a pressão máxima de injeção e o volume de calda absorvida. Não se executa a
reinjeção, a não ser que haja dois ou mais tubos perdidos.
3.2.1.5 ANCORAGEM:
a) Tirantes
A barra rígida deve estar centrada e com recobrimento totalmente seguro, certificando-
se de que a armação não será corroída. Deve-se garantir que não tenha havido perda de calda
ou resina, observando-se minutos após a injeção junto à boca do tirante se não houve
decantação.
Aceita-se um erro de deslocamento local de 15% da distância horizontal ou vertical, no
posicionamento do tirante. Porém deverá ser mantida a quantidade de tirantes prevista no
projeto para a área contida. Não há necessidade de qualquer controle rigoroso quanto à
tolerância de inclinação podendo-se aceitar uma variação em torno de 5 graus.
A calda de injeção deverá atender ao projeto, não contendo cimentos agressivos à
armação do tirante. O fator água/cimento é ajustado em campo, em função das condições de
estabilidade da cavidade perfurada e sua permeabilidade. Sugere-se que todo tirante receba pelo
menos uma fase de injeção além da bainha.
EQUIPE DE TRABALHO.
3.2.2 GERAL.
Para que se possa avançar com a aplicação desta técnica, bem como para sua otimização,
é fundamental a medida de deformação do maciço. Sugere-se que sejam tomadas medidas de
deformações da forma mais simples e prática possível. Considerando-se, no mínimo, leitura de
deformações de pinos, por estação total, em três faixas verticais do muro, de tal forma que sejam
representativas da obra. A visita do projetista ou do consultor durante a execução é fundamental,
para boa qualidade da obra. Visa avaliar as premissas de projeto, bem como analisar as pressões
e consumos das injeções dos tirantes, e os ensaios realizados. As propostas acima visam a
compilação de informações, quando não há recomendações especificas do projeto em execução.
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Eng° Benedito José Imbiriba Carneiro, DSc
Consultor Geotécnico