Вы находитесь на странице: 1из 14

Arno Dal Ri Júnior (org.

ANAIS Encontros de História do Direito da UFSC

Congresso Internacional

PENSAMENTO JURÍDICO E DIMENSÃO


INTERNACIONAL:

Experiências históricas e itinerários conceituais


entre os séculos XIX e XX

ISSN 2179-1449

Florianópolis
2011
“EXCEÇÕES À EXCEÇÃO": A EXCLUSÃO DA EXTRADIÇÃO PARA OS CRIMES
POLÍTICOS NOS TRATADOS ÍTALO-BRASILEIROS DE 1871 E 1932

Diego Nunes*

Resumo: O presente trabalho discute a cláusula de proibição de extradição diante de crime político
e as discussões por sua flexibilização. Para tanto, apresenta-se o cenário extradicional brasileiro
entre fins do século XIX e começo do século XX com os tratados entre Brasil e Itália celebrados no
período, verificam em que medida o tema da não-extradição por motivo político dessas normas se
inseria no debate doutrinário do período.
Palavras-chave: Extradição – crime político – exceção

Abstract: This paper aims the clause prohibiting extradition in the face of the political crimes and
discussions for its flexibility. To this end, we present the Brazilian’s extraditional scenario between
the late nineteenth and early twentieth century, illustrating it with treaties signed between Brazil and
Italy in the period, verifying to what extent the issue of non-extradition for political reasons these
rules were part of the doctrinal debate of the period.
Keywords: Extradition – political crimes – exception

1. Crime Político como Contra-Tendência na Extradição e as Cláusulas de Abertura


O instituto da extradição parece estar intimamente ligado às conseqüências que a
Revolução Francesa trouxe no modo em que os Estados do Ocidente plasmavam em instrumentos
jurídicos o princípio da soberania (BASSIOUNI, 1974, p. 370-371). A nova conformação do tecido
político interno importava numa adaptação das relações jurídicas no âmbito internacional que
apregoava a necessidade de uma “defesa internacional contra o crime” advinda de um sentimento de
solidariedade universal (PEREIRA, 1902, p. 280-282).
O fato importante desta reviravolta para o presente trabalho é a conformação que os
crimes político adquirem dentro do instituto da extradição neste período de sistematização traçado
no início do século XIX. Se o asilo era constantemente destinado a criminosos comuns e a entrega
destinada aos insurgentes políticos fugidos de seu país de origem, a extradição se preocupa com a
cultura moral dos povos, de modo que se foca nos crimes comuns que assolariam o direito natural
(BASSIOUNI, 1974, p. 370ss).
O crime político, por sua vez, ganha um novo tom. Afastada a idéia de lesa-majestade,
cria-se uma nova visão sobre a figura do revolucionário. Tal proibição é, portanto, fruto de um
período histórico – não havia antes de 1815, acompanhando a parábola do Estado liberal (ALOISI,
1938). É a construção da idéia de soberania de um lado, a impedir qualquer ingerência de outro país

*
Doutorando em História do Direito pela Università degli Studi di Macerata (Itália). Membro do Grupo de Pesquisa em História da
Cultura Jurídica – Ius commune (CNPq-UFSC). Mestre em Teoria, Filosofia e História do Direito pela Universidade Federal de Santa
Catarina, possui graduação em Direito também pela UFSC. Foi professor substituto de Direito Penal na UFSC. Curriculum vitae on-
line: http://lattes.cnpq.br/7745448598386819.
1
sobre o seu território; e do outro, de respeitar essa mesma ingerência não julgando alguém pelo qual
a soberania é limitada. E, conforme Pessina no crime político não há interesse à soberania a não ser
para o Estado requerente, de modo que escapa à idéia de justiça universal (1906, p. 65-66).
Toda essa discussão1 veio a reverberar na lei de extradição da Bélgica em 18332, a
primeira a trazer expressamente a proibição de extradição por motivos políticos. Por conseqüência,
o primeiro tratado a prever tal exceção foi o franco-belga de 18343.
A grande questão, porém, era a definição do que seria um delito de natureza política. O
debate doutrinário sobre o tema entre o fim do século XIX e início do século XX é muito extenso e
não pode ser resolvido aqui. Para a consideração das cláusulas de abertura é importante entender a
classificação dos crimes políticos, que se não é consenso quanto a qual das possibilidades deve
prevalecer, ao menos indicam as balizas pelos quais os tratados possam pender. O crime político
pode ser entendido seja no seu aspecto objetivo quanto subjetivo. O primeiro visa uma ação voltada
diretamente contra a ordem política, como os atos de espionagem política e a tomada da sede de um
parlamento ou palácio presidencial. Mesmo que envolvam atos de violência e de fraude, esta é
direcionada à instabilidade da ordem vigente. Já o segundo, apesar de também ter o escopo de
turbar ou modificar a ordem política, materializa-se por um ato manifestamente conhecido como de
delito comum, como um atentado à pessoa de um político ou a realização de um crime patrimonial
para a subsistência de um movimento subversivo (Moscatelli, 1908, p. 1164).
No presente estudo serão confrontados os modelos italiano e brasileiro, que adotaram
estratégias diferentes. O Brasil sempre concedeu um caráter dinâmico a tal concepção ao deixar sua
definição a cargo da doutrina e jurisprudência (SIQUEIRA, 1933, p. 16; DAL RI JR., 2006;
NUNES, 2010)4. Os códigos penais sardo de 1859 e o unitário de 1888, que vigeram ao tempo do
tratado de 1871 também não continham dispositivo conceituador. Todavia, o Código Penal de 1930
procurou cristalizar tal conceito, resultando na redação de seu artigo 8 que acolheu a teoria mista.
Assim, para os fins da legislação italiana valeria a concepção que aceitava tanto o crime político

1
Um quadro completo da sucessão das obras jurídicas que paulatinamente começaram a discutir, propor e aceitar a proibição de
extradição por motivos políticos – que nos dizeres de Pessina "è divenuto coscienza giuridica universale" (1906, p. 65) – pode ser
encontrado em Moscatelli (1908, p. 1160).
2
Art. 6 Il sera expressement stipulé dans ces traités que l’étranger ne pourra porsuivi ou puni pour aucun délit politque antérieur à
l’extradition, ou pour aucun fait connexe a un semblable délit, ni pour aucun des crimes ou délits non prévis par la présente loi ;
sinon, toute extradition, toute arrestation provisoire, sont interdites (BELGIQUE, 1833, p. 1).
3
Il est expressement stipulé que l’étranger cont l’extradition aura été necordée, ne pourra dans aucun cas être porsuivi ou puni pour
aucun délit politque antérieur à l’extradition, ou pour aucun fait connexe a un semblable délit, ni pour aucun des crimes ou délits non
prévis par la présente convention (BELGIQUE, 1834, p. 285).
4
O mais próximo que se chegou nesse período compreendido no presente trabalho foi o disposto no art. 15 do Decreto nº 848, de 11
de outubro de 1890, que organizava a Justiça Federal . Ali constava que os crimes contra a segurança do Estado previstos no
código de 1890 seriam considerados como políticos para fins da competência atribuída à Justiça Federal para o julgamento dos
crimes políticos: “Art. 15. Compete aos juizes de secção processar e julgar: [...] i) os crimes políticos classificados pelo Código Penal,
no livro 2º, titulo 1º e seus capitulos, e titulo 2º, capitulo 1º”. Nos dizeres de Galdino Siqueira (1932, p. 114), apesar de sua
discordância, no sentido de que políticos seriam somente os crimes contra a forma de governo, e não os que atentassem contra a
existência do Estado (1933, p. 16-17). Comenta a principal jurisprudência do STF à época (1933, p. 28-29).
2
objetivo quanto o meramente subjetivo, o que traz sérias conseqüências no campo da extradição,
como se verá adiante.
No tocante à extradição, os tratados em questão entre os dois países continham a
proibição de extradição, assim como o atual tratado de 1989. Até aqui o Brasil sempre preservou tal
cláusula em seus concertos, como se depreende das listas de tratados elaboradas pela doutrina
(BRIGGS, 1909; ACQUARONE, 2003), e por vezes a fez uso5.
Percebe-se, pois, que o caráter político de um crime torna-se uma garantia na exata
medida em que é uma questão que ataca diretamente a soberania, de modo que de um lado o Estado
requerido não pode julgá-lo porque essa infração não lhe fere seja porque não é o ente lesado, seja
porque não diz respeito a uma agressão à moral universal; e de outro porque não pode
humanitariamente entregar uma pessoa que será julgada sem a devida isenção de ânimo, dado que
seu crime é atuar como opositor político da ordem política vigente.
Desta feita o crime político se estabeleceu como uma contra-tendência no campo
extradicional. Retirar uma inteira categoria de crimes que em geral recebiam grande atenção dos
ordenamentos penais, muitas vezes com penas das mais severas, não parecia estar a favor de um
desenho de direito penal internacional6.
Entendido o crime político como uma infração pela qual o Estado requerido não teria o
interesse de imiscuir-se e, antes ainda, de proteger um cidadão estrangeiro em solo seu do arbítrio
de seu Estado natal, certo seria que continuar a entender determinadas infrações como políticas
manteria o obstáculo à extradição. Neste sentido,
Particolarmente delicato è il problema relativo alle “eccezioni all’eccezione”. I reat politici
fanno eccezioni alla cooperazione penale; ma resta da vedere se taluni reati politici a causa
di loro caratteri particolare facendo eccezione all’eccezione rientrano nella regola di
estradabilità (QUADRI, 1967, p. 45).
A estratégia, portanto, se colocou no desafio de entender determinados crimes que de
forma ampla seriam taxados de político como comuns quando revestidos por determinadas

5
“No direito e na prática de nossa chancelaria, desde muito cedo se acolheu a proibição de acolher a extradição dos criminosos
políticos. Ficaram célebres dois casos na história diplomática do Brasil. Em 1873, o nosso governo recusou a entrega ao Uruguai de
indivíduos de diversas nacionalidades, que haviam capturado, com fins políticos, o vapor argentino Porteña, encalhando-o em
Maldonado, e passando para o território do Brasil. O segundo caso é o do reconhecimento do Governo brasileiro de que não se
podia pedir a extradição de Moisés Niemeyer, Julio Cesar de Barros e outros, oficiais e insurretos na revolta de 1893-1895, os quais
haviam atacado a força policial de Coxilha Negra” (ESPINOLA FILHO, 1954 [2000], p. 191; BRIGGS, 1909, p. 51-55).
6
“"Il pressuposto essenziale in materia di estradizione è costituito dalla natura del reato per il quale la richiesta viene inoltrata. Intesa
l'estradizione come strumento di collaborazione internazionale per la lotta alla delinquenza, non dovrebbero in teoria sorgere ostacoli
determinati dalla natura del reato, perchè la difesa dal crimine costituisce uno degli scopi fondamentali di qualsiasi comunità
organizzata come Stato” (CATELANI, STRIANI, 1983, p. 191). Moscatelli enumerava algumas razões para que se pudesse justificar
esse freio à colaboração internacional frente à matéria: “Ogni studioso imparziale della storia deve riconoscere che spesso le nazione
hanno trovato nelle loro revoluzionipolitiche il segreto dei loro nuovo destini. I partecipi di queste imprese ed i comtemporanei non
possono apprezarle con equità: il tempo e la distanza sono necessari ad un giudizio imparziale. Per giudicare se un atto politico è
delittuoso non bisogna fermarsi alle sue conseguenze immediate; ma si deve anche tener conto dei suoi risultati più indireti che
spesso è difficile valutare e preverede. Ora questo apprezamento non che è possibile al governo il quale fu dal fatto stesso
minacciato, è piú facile per la nazione straniera; ed ecco perchè essa non devi venir costretta a partecipare dalla repressione di un
movimento in cuiforse scorge un potente risveglio per lo Stato apparentemente leso. E devesi anche tener conto della coscienza
politica dell’Europa moderna. Spesso gli abitante del paese di rifugio sentono ardente simpatia per i rifugiati politici, i quali lottano e
soffrono per principi i quali forse hanno già costato lotte e sofferenze agli abitanti del paese di rifugio. Quei fuggiaschi, se consegnati,
sabrebbero forse trattati con barbarie dal partito vincitore, e sembrano quindi meritevoli di tutti il favore di un popolo libero” (1908, p.
1161).
3
circunstâncias, e assim ofensivo ao sentimento geral de justiça dentre as nações civilizadas e por
isso não haveria óbice numa possível entrega.
Ao longo do século XIX surgiram algumas limitações que paulatinamente foram
determinando a construção das cláusulas extradicionais no campo do crime político. A primeira
exceção à proibição de extradição contra criminosos políticos foi justamente no caso da delito que
por excelência rememorava à antiga tradição do crimem laesae maiestatis: o regicídio, ou de forma
geral, o atentado à vida do chefe de Estado. Tal abertura na proteção estabelecida ao estrangeiro
dissidente político em seu país de origem surgiu de um incidente diplomático bastante localizado, o
atentado sofrido pelo imperador francês Napoleão III em 1854 em solo belga. A Bélgica, que já
possuía uma lei que regulava a extradição e a proibia diante de crime político, por meio de reforma
legislativa inseriu um dispositivo junto à cláusula de proibição de extraditar criminosos políticos7.
No ano seguinte, a cláusula tornou-se parte de novo tratado franco-belga de extradição. Daí o
dispositivo ter tornado-se conhecido como “cláusula belga”.
O novel parágrafo ajusta-se perfeitamente ao atentado ocorrido meses antes, na medida
em que estabelece a flexibilização da cláusula-padrão para o ato no seu âmbito subjetivo de atacar o
soberano enquanto representante político. Na verdade essa inversão de lógica, tratando o atentado
ao soberano como crime comum, como se percebe não tem qualquer cunho garantista; antes, serve a
responder uma hipótese não pensada originalmente de modo que se retorne à lógica de intolerância
aos ataques à pessoa do soberano.
No último quartel do século XIX, foi a vez de considerar os atos de anarquismo como
crimes comuns na medida em que negava todas as formas de governo existentes, inclusive as ainda
não experimentadas à época, como o comunismo, apesar de paradoxalmente ser um movimento
político.
Nesse sentido posicionou-se o Instituto de Direito Internacional na sessão de Genebra,
em 1892. A tendência se espalhou, e a “emergência anárquica” foi tratada com normas excepcionais
nos ordenamentos internos (FRANCO, 1932, p. 28-30), apesar de utilizarem-se estratégias diversas
(MECCARELLI, 2009), colocando os novos tipos penais ou agravamento de condutas já existentes
ora no corpo dos códigos penais (p. ex., França), ora em legislações especiais (p. ex., Itália e
Brasil).
A abertura à flexibilização da proibição de extradição no caso de crimes de natureza
política proporcionada seja pela cláusula de atentado, seja pela distinção entre crimes políticos e
sociais fez com que o debate chegasse à tortuosa questão da pluralidade de crimes. O dilema estava
centrado nos casos em que o mesmo agente realizava duas infrações, uma de natureza comum e
7
Article unique. Le paragraphe suivant est ajouté à l’art. 6 de la loi du 1er octobre 1833 : Ne sera pas réputé délit politique, ni faite
connexe à un semblant délit, l’attentat contre la persone du chef d’un gouvernementétrangerou contre celle des membres de sa
famille, lorsque cet attentat constitue le fait soit de meurire, soit de assassinat, soit de empoisonement (BELGIQUE, 1856, p. 1).
4
outra de natureza política. O crime político por sua natureza peculiar seria capaz de impedir a
extradição ou se poderia fazer a mensuração de qual das infrações seria mais grave? Discute-se,
pois, qual o crime principal, se o comum ou o político.
Esse foi um dos principais temas da sessão de Oxford, finalizada em setembro de 1880,
organizada pelo Instituto de Direito Internacional. Os debates ali travados tinham como objetivo
portar orientações para o deslinde de situações como as citadas supra. Como resultado, formulou-se
a exceção para os crimes conexos dentre as resoluções tomadas sobre extradição 8. O primeiro
diploma a tratar especificamente sobre o assunto foi a lei suíça de 1892 que, inspirada nas
resoluções do instituto (MOSCATELLI, 1908, p. 1154), estabeleceu a cláusula de preponderância9.
Se por um lado, esta última flexibilização a surgir talvez seja a que tocou de modo mais
inteligente e racional o conceito de crime político, pois mete em foco a relevância das infrações
políticas ao forçadamente comparar seus efeitos com as infrações de direito comum conexas, de
outro não foi capaz de delimitar o que seria preponderante: o Estado que representa a coletividade
das pessoas ou a individualidade que é protegida pelas cartas de direitos?
A generalidade dos tratados se debruça apenas sobre a conseqüência de tal juízo, e não
da valoração do fato em si. Uma vez reconhecida a preponderância da infração política, veta-se a
extradição. Quando, ao invés, toma-se o crime comum como principal, permite-se a extradição
condicionada à impossibilidade de se julgar o crime político conexo ou mesmo de utilizá-lo como
circunstância agravante ao juízo sobre o crime comum.
Esse quadro no campo extradicional demonstra a presença de um elemento que parece
não conseguir se desatrelar do crime político no que diz respeito aos seus caracteres originários: a
contingência. Tratada por Mario Sbriccoli (1998) como traço permanente do sistema penal italiano,
ela se faz ainda mais forte no campo do direito penal político. Os três exemplos de cláusulas de
abertura apresentados colocam-se dentro desta perspectiva. A cláusula belga e a distinção entre
crimes políticos e sócias de modo muito claro, na medida em que manipulam o conceito para obter
um resultado que se desligue da tradição garantista que a proibição de extradição ao crime político
assumiu para se reaproximar dos cânones repressivos da lesa-majestade, sempre em nome da
colaboração internacional na defesa da criminalidade. No caso da cláusula suíça, dada a sua

8
Eis a redação dos artigos: “XIII. – L’extradition ne peut avoir lieu por faits politiques. XIV. – L’État requis apprécie souverainement,
d’après les circonstances, si le fait a raison duquel l’extradition est réclamé, a ou non un caractère politique. Dans cette appréciation,
il doit s’inspirer des deux idées suivantes : a) Les faits qui réunissent tous les caractères de crimes de croit commun (assassinats,
incendies, vols), ne doivent pas étre exceptés de l’extradiotion à raison seulement de l’intention politique de leurs auters ; b) Pour
apprécier les faits commis au cours d’une rébellion politique, d’une insurrection, ou d’une geurre civile, il faut se demander s’ils
seraient on on excusés par les usages de la guerre. XV. – Em tous cãs, l’extradition pour crime ayant tout à la fois le caractère de
crime politique et de crime de troit commun ne cevra être accordée que si l’État requérant donne l’assurance que l’extradé ne sera
pas jugé par des tribunaux d’exception” (INSTITUT DE DROIT INTERNATIONAL, 1882, p. 128-129).
9
Article 10. L'extradition ne sera pas accordée pour des infractions politiques. Elle sera accordée, alors même que le coupable
alléguerait un motif ou un but politique, si le fait pour lequel elle est demandée constitue principalement un délit commun. Le tribunal
fédéral appréciera librement, dans chaque cas particulier, le caractère de l'infraction, selon les faits de la cause. Lorsque l'extradition
sera accordée, le conseil fédéral y mettra la condition que la personne dont l'extradition est demandée ne sera ni poursuivie ni punie
pour un crime politique non plus que pour son motif ou son but politique (CONFÉDÉRATION SUISSE, 1892, p. 450).
5
abertura, ela tem a possibilidade de migrar para uma ou outra direção. A questão é que as soluções
jurídicas tecnicamente abertas têm como condão esconder intenções subterrâneas, mas
decididamente direcionadas à razão de Estado.

2 Os Tratados Ítalo-Brasileiros entre Liberalismos e Autoritarismos


Nesta etapa do trabalho, passar-se-á a analisar os tratados entre Brasil e Itália no que diz
respeito à extradição dos crimes políticos. Dos três tratados celebrados ao longo da história dos dois
países como Estados independentes, estudar-se-ão aqueles de 1871 e 1932, à exceção do de 1989. O
critério é que esses dois concertos conviveram, a um só tempo, com o desenvolvimento dos
principais aspectos do instituto da extradição em geral e também no tocante às limitações ao crime
político e com o desenvolvimento de duas fases importantíssimas do desenvolvimento do penal
moderno, a penalística civil e a civilística penal (SBRICCOLI, 1990).

2.1 A extradição no período “liberal”: o tratado ítalo-brasileiro de 1872


Em 1872, com a estabilização do processo de unificação da Itália10, tornam-se possíveis
as tratativas para a assinatura de um tratado bilateral com o Brasil, que já mantinha uma tradição
deste tipo de concerto desde sua independência meio século antes11. Celebrado no Rio de Janeiro em
12 de novembro12, tal normativa continha as tendências daquele período.
O presente tratado mostra-se bastante rígido no tocante à limitação de extraditar em
razão do caráter político da conduta, comparado aos demais concertos do período (BRIGGS, 1909,
p. 56): “ARTIGO 9° Em caso algum se concederá a extradição por crimes ou delictos políticos ou
por factos connexos com elles”.
A impossibilidade de extradição por crime político já estava – ao menos no âmbito
objetivo do crime – indiretamente protegido pelo rol do art. 3. A limitação se faz presente com seu
máximo vigor ao impedir a extradição do sujeito que junto ao crime político tenha cometido um
crime comum àquele conexo (MOSCATELLI, 1908, p. 1161-1162).
Todavia, o tratado preocupou-se que o cometimento de um único crime político se
tornasse uma proteção eterna ao extraditando. Em seu silêncio, o tratado permitia a extradição por
outro crime comum nele previsto desde que não conectado à infração de cunho político. Para evitar
possíveis oportunismos do país requerente, o art. 10 prescreveu que tal situação somente seria
possível diante do compromisso de não processar e julgar ou impor pena nem pelo crime político
anterior, nem por eventual crime comum àquele conexo. Tal questão sempre suscitou dúvidas sobre

10
A tomada de Roma, destituindo o Estado Pontifício e retomando a histórica cidade ao Reino da Itália ocorrera um ano antes.
11
Para um histórico do surgimento do direito extradicional no Império, remetemos a Briggs (1909, p. 3ss) e, recentemente, Acquarone
(2003, p. 37ss).
12
Os detalhes dos trâmites de aprovação em BRIGGS (1909, p. 207-208).
6
a confiabilidade de tal promessa. Neste sentido, uma medida eficaz tomada pelos dois países foi a
troca de notas em 2 de Junho de 1879 que obrigava a comunicação de sentença proferida em caso
de extradição.
Como se percebe, Brasil e Itália não se valeram de nenhuma das possibilidades de
abertura à proibição de extradição ao crime político neste tratado. Desta feita, a cláusula limitadora
constituía-se como verdadeiro freio a um requerimento desta natureza. Ademais, das três hipóteses
de abertura, somente a cláusula belga já havia florescido à época do tratado. Todavia, cabem
algumas considerações específicas sobre cada uma dessas três hipóteses nesse período.
A cláusula belga não era operável nesse modelo de tratado com rol taxativo uma vez
que o atentado à vida do soberano era previsto de forma autônoma tanto no código criminal do
império quanto no código penal sardo, conforme já aventado. Pelo princípio da especialidade, não
poderia haver compatibilidade entre um homicídio e uma lesão corporal e o atentado ao soberano se
existe na legislação interna do país requerido, responsável pela aferição do caráter político do fato
outra conduta que melhor se encaixasse seja pelo bem jurídico escolhido como preponderante pelo
legislador ou pelo tipo objetivo13. Tal exclusão, todavia, estava prevista nos tratados firmados pela
Itália e pelo Brasil com vários outros países, o que demonstra que não se tratava de ignorância sobre
a matéria.
Não há também distinção entre crimes políticos e sociais. Na Itália, o anarquismo ainda
não havia tomado o destaque que lhe fez receber tratamento especial numa série de legislações
extravagantes formadoras de um duplo nível de legalidade se comparadas à disciplina do código
penal, dotado de tipos penais taxativos e penalidades menos severas (MECCARELLI, 2009). O
Brasil somente sentiria tal problema muitos anos mais tarde, de tal forma que editou sua legislação
anti-anárquica somente em 1922, em que pese ter acordado anos antes com o Chile em diferenciar o
criminoso político do social (BRIGGS, 1909, p. 60).
O tratado, enfim, negava os postulados da cláusula suíça, já que a limitação frente aos
crimes políticos tornava-se uma presunção absoluta de que o crime comum conexo não era
preponderante14. Como conseqüência, não havia nenhum mecanismo que garantisse uma extradição
apenas pelo crime comum conexo.
Como se percebe, o tratado ítalo-brasileiro passaria a conviver, com o passar dos anos,
com uma série de desdobramentos elaborados pela práxis diplomática e pelo pensamento jurídico-
penal no tocante a essa limitação à extradição por crime de finalidade política que entraria em

13
Foi o raciocínio utilizado pelo governo italiano na tratativa com a França, país que ensejou a criação da cláusula (MOSCATELLI,
1908, p. 1165).
14
Neste sentido conferir Briggs (1909, p. 56-57) ao se referir à cláusula nos tratados do Brasil com o Reino Unido e Itália: “Como se
vê, o crime politico é considerado nesses artigos no seu sentido genérico de crime centra o Estado e sua instituição, incluídos os
crimes do direito commum, perpetrados em connexidade com elles, como meio subsidiário, taes como o homicídio, o incêndio, a
pilhagem, etc. Nesses artigos, portanto, sendo o crime mixto, o de caracter político predomina sobre ode natureza commum”.
7
confronto direto com suas prescrições. A solução brasileira foi estabelecer uma única legislação de
direito interno – tal ato porta em si uma limitação ao Poder Executivo na discussão de tratativas
sobre o assunto – que ao denunciar todas as tratativas anteriores estabeleceria a uniformização das
regras relativas ao instituto da extradição.

2.2 A extradição na era dos autoritarismos: o tratado ítalo-brasileiro de 1932


Brasil e Itália iniciam ainda na República Velha as tratativas para a confecção de um
novo tratado de extradição, dada a denúncia do anterior pela lei brasileira de 1911, que viria a ser
concluído apenas após a Revolução de 193015.
Do teor do tratado, a promessa do chanceler brasileiro plenipotenciário para o concerto
era de respeito às tradições, pois “moldado nos princípios mais liberaes e mais amplos da cultura
jurídica dos nossos dias, elle constitue um complemento á serie de actos de aproximação
anteriormente firmados entre os dois paizes” (FRANCO, 1932, p. 13). A Exposição de Motivos dá
grande destaque, por exemplo, ao princípio da extradição de nacionais, que até o momento constava
como grande avanço no concerto das nações, sendo o Brasil o primeiro país a acertar tal tratativa
com a Itália, que recém permitira tal situação com o novel código penal de 1930 (FRANCO, 1932,
p. 15-21).
No que consta à disciplina dos crimes políticos, demonstrou-se respeito à lei brasileira,
seguindo basicamente o que ela dispunha. Assim, a tradição seguida não era com relação ao tratado
anterior, mas sim ao desenvolvimento da disciplina no pensamento jurídico internacional.
O novo tratado continha cláusula que mantinha o emprego do instituto possível a todos
os crimes comuns (art. II). As exceções são as mesmas que já se encontravam presentes na
legislação nacional, como os crimes políticos:
Artigo V. Não será concedida a extradição [...] 5) por delitos políticos ou conexos com tais
delitos, salvo si o fato incriminado constituir principalmente infração da lei penal comum.
Neste caso, concedida a extradição, a entrega ficará dependente de compromisso, por parte
do Estado requerente, de que o fim ou motivo político não concorrerá para agravar a
penalidade. Qualquer apreciação sobre a natureza política dos fatos cabe exclusivamente ás
autoridades do Estado requerido.
As possibilidades de abertura também são as mesmas da lei brasileira de 191116. A
exposição de motivos faz questão de demonstrar por meio de cotejamento direto a lei nacional com
a lei suíça, que trouxe à baila a matéria, e a disposição do tratado (FRANCO, 1932, p. 22).
Uma novidade foi a inserção da impossibilidade de extradição se o crime no pais
requerente for de competência de um tribunal de exceção (art. 6, b). Esse artigo toma importância

15
Os detalhes dos trâmites de aprovação em FRANCO (1932, p. 13).
16
“Art. 2º A extradição não póde ser concedida nos casos seguintes: [...] V. Quando a infracção for: [...] d) politica. A allegação de fim
ou motivo politico não impedirá a extradição, quando o facto constituir principalmente uma infracção commum da lei penal. O
Supremo Tribunal Federal, ao conhecer do pedido, apreciará em especie o caracter da infracção. Concedida a extradição, a entrega
ficará dependente de compromisso, por parte do Estado requerente, de que o fim ou motivo politico não concorrerá para aggravar á
penalidade”.
8
na medida em que ao momento da entrada em vigor do tratado estar em atividade na Itália o
Tribunale speciale per la difesa dello Stato, e que poucos anos mais tarde seria o Brasil a fazer tal
experimento com o Tribunal de Segurança Nacional. Em que pese ambos os tribunais terem
competência para o julgamento de crimes políticos, poderia haver a discussão nos casos de
aplicação da cláusula suíça. Seria estranho um país considerar excepcional um tribunal semelhante
ao qual ele mesmo mantém17.
A exposição de motivos destaca longas páginas apresentando o panorama da não-
extradição para os crimes políticos nos últimos anos, demonstrando a necessidade de que no
concerto realizado entre Brasil e Itália as cláusulas belga e suíça, bem como a diferenciação entre
crimes políticos e sociais se fizessem presentes. Um tratamento diverso dessas circunstâncias
colocaria os países numa posição de atraso frente ao cenário nacional, que estipulava uma redução
progressiva da amplitude da cláusula proibitiva.
Assim, ao contrário do tratado de 1872 que, mesmo diante da efervescência dessas
temáticas restou vinculado às tradições liberais do início do século XIX, apresentando-se como uma
contra-tendência com relação aos demais tratados de extradição firmados pelo Brasil, este tratado de
1931 coloca os signatários em posição de consenso internacional sobre a matéria. Nos dizeres do
chanceler Afrânio de Mello Franco, “verifica-se do exposto que o Tratado de Extradição com a
Itália, ainda no que se refere aos crimes políticos, seguiu a nossa lei, o direito convencional em que
o Brasil é parte e antigas tradições nossas na prática do instituto” (1932, p. 32).

3 Conclusão
A impossibilidade de extradição aos atos de dissenso político serviu originariamente
como uma garantia para a soberania no modelo de Estado de Direito surgido com a Revolução
Francesa. As exceções a tal exceção caminharam justamente com a justificativa de se aprofundar a
cooperação internacional, na medida em que se tornara uma garantia vista como uma injustificada
impunidade.
Aprofundando-se nas perspectivas de abertura apresentadas neste trabalho, percebeu-se
que a cláusula belga e os crimes sociais não parecem ter sido formulados com uma preocupação de
racionalidade jurídica voltada para a colaboração internacional para a defesa da criminalidade
(QUADRI, 1967, p. 45-46), ao contrário da cláusula suíça. Aquelas se mostram fruto de

17
Neste sentido é interessante o que escreve o ministro Bento de Faria sobre tal cláusula: “Que se deve entender por Tribunal ou
Juízo de exceção? Evidentemente, são os criados fora da organização judiciária do Estado requerente, sem caráter de estabilidade,
para julgamento de determinados casos, não apresentando as garantias da boa administração da justiça, pouco importando que na
sua composição entrem Juízes do quadro da magistratura regular [...] Não se devem confundir, porém, a jurisdição de exceção com
juízes ou tribunais especiais, aos quais incumbe, normalmente, como integrantes da organização judiciária, o processo e julgamento
de certos fatos, v.g. o Tribunal de Segurança Nacional, hoje extinto” (1958, p. 160-161).
9
contingências específicas e revelam-se uma preocupação dos países envolvidos apenas consigo
mesmos, e não para ampliar um instrumento de cooperação no concerto das nações.
Os tratados ítalo-brasileiros seguiram essa perspectiva, de modo que o caminho entre o
tratado de 1872 e 1931 foi no sentido de diminuir a limitação originária. Saiu-se de uma cláusula
fechada para o modelo aberto do princípio da preponderância. Notável nesse sentido o impulso
dado pelas leis brasileiras de extradição de 1911 e 1938, que respectivamente preparou o terreno e
consolidou as mudanças de tal paradigma.

4 Referências
ACQUARONE, Appio Claudio. Tratados de extradição: construção, atualidade e projeção do
relacionamento bilateral brasileiro. Brasília: Instituto Rio Branco, Fundação Alexandre de Gusmão,
2003.
ALOISI, Ugo. Estradizione. In: D’AMELIO, Mariano (a cura di). Nuovo digesto italiano. Vol. V.
Torino: UTET, 1938.
BASSIOUNI, M. Cherif. International extradition an world public order. Leyden, Dobbs Ferry:
Sijthoff, Oceana, 1974.
BRIGGS, Arthur. Extradição: tratados vigentes entre o Brasil e outros paízes. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1909.
______. Extradição de nacionaes e estrangeiros: commentarios e informações sobre a Lei n. 2.416,
de 28 de junho de 1911. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1919.
COLAO, Floriana. Il delitto politico tra ottocento e novecento: da “dellitto fittizio a “nemico dello
stato”. Milano: Giuffrè, 1983.
DAL RI JR. Arno O estado e seus inimigos: a repressão política na história do Direito Penal. Rio de
Janeiro: Revan, 2006.
ESPÍNOLA FILHO, Eduardo. Código de processo penal brasileiro anotado. Escrito originalmente
em 1954. Atualizadores: José Geraldo da Silva e Wilson Lavorenti. V.1. Campinas: Bookseller,
2000.
FARIA, Antonio Bento de. Código Penal brasileiro (comentado): noções gerais, interpretação da lei
penal, extradição (Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940). Vol. I. 2 ed. atual. Rio de
Janeiro: Record, 1958.
FRANCO, Afrânio de Mello. O tratado de extradição do Brasil com a Itália: a exposição de motivos
apresentada ao Chefe do Governo Provisório pelo Sr. Dr. Afrânio de Mello Franco , Ministro da
Relações Exteriores. In: Archivo Judiciário, vol. XXIII, julho, agosto e setembro (1932).
GORAIEB, Elisabeth. A extradição no direito brasileiro. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.
INSTITUT DE DROIT INTERNATIONAL. Notices et documents relatifs a l’histoire et aux
travaux de l’Institute, de Septembre 1879 à Septembre 1880. In: Annuaire de l’Institute de Droit
International. Bruxelles: Muquardt, 1882.
MARQUES, José Frederico. Tratado de direito penal. Escrito originalmente em 1954-1955.
Atualizadores: Antonio Claudio Mariz de Oliveira; Guilherme de Souza Nucci; Sérgio Eduardo
Mendonça de Alvarenga. Vol. I. Campinas: Millennium, 2002.

10
MECCARELLI, Massimo. Dissenso político e expansão do sistema penal: uma análise comparada
sobre os regimes de legalidade na Itália e na França ao fim do século XIX. In: DAL RI JR., Arno;
NUNES, Diego (org.). Anais do Encontro de história do direito da UFSC. Florianópolis: Fundação
Boiteux, 2009.
MOSCATELLI, Alfredo. Estradizione. In: LUCCHINI, Luigi (a cura di). Digesto italiano. Vol. X.
Torino: UTET, 1908.
NUNES, Diego. O percurso dos crimes políticos durante a Era Vargas (1935-1945): do Direito
Penal político italiano ao Direito da Segurança Nacional brasileiro. Florianópolis: UFSC, 2010.
Dissertação (Mestrado em Direito).
PESSINA, Enrico. La legge penale avvisata in sè e nessa sua efficacia. In: PESSINA,
Enrico.Enciclopedia di diritto penale italiano. V. III. Milano: Società Editrice Libraria, 1906.
PESSOA, Epitácio. Projeto de código de direito internacional público. Rio de Janeiro: Imprensa
Nacional, 1911.
QUADRI, Rolando. Estradizione: diritto Internazionale. In: Enciclopedia del diritto. Milano:
Giuffrè, 1967.
SBRICCOLI, Mario. Caratteri originari e tratti permanenti del sistema penale italiano (1860-1990).
In: VIOLANTE, Luciano (org.). Storia d’Italia: legge, diritto, giustizia – Annali 14. Torino:
Einaudi, 1998.
_____. La penalistica civile: teorie e ideologie Del diritto penale nell’Italia unita. In: COSTA,
Pietro; SCHIAVONE, Aldo et al. Stato e cultura giuridica in Italia dall’Unità alla repubblica.
Roma: Laterza, 1990.
SIQUEIRA, Galdino. Direito penal brazileiro. Vol. I. Rio de Janeiro: José Konfino, 1932.
______. Direito penal brazileiro. Vol. II. Rio de Janeiro: José Konfino, 1932.
______. Tratado de direito penal. Rio de Janeiro: José Konfino, 1947.

Legislação nacional e estrangeira e tratados

BELGIQUE. Loi 1er octobre 1833. In: Moniteur belge, journal officiel, n. 277 (1833).
______. Loi contenant une disposition additionelle à l’article 6 de la loi du 1er octobre 1833 sur les
extraditions. In: Moniteur belge, journal officiel, n. 87 (1856).
______. 22 novembre 1834. Convention d’extradition conclue entre Belgique et la France. In:
Moniteur belge, journal officiel, n. 963 (1834).
BRASIL. Constituicão politica do Imperio do Brazil (de 25 de março de 1824). Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao24.htm. Acesso em
20/07/2011.
______. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil: de 16 de julho de 1934.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao34.htm. Acesso em:
13/08/2007 às 16:52h.
______. Constituição dos Estados Unidos do Brasil: de 10 de Novembro de 1937. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao37.htm. Acesso em: 26/04/2009 às
17:52h.
11
______. Decreto n. 847 – de 11 de outubro de 1890. Promulga o Codigo Penal. Disponível em:
http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=66049 .
Acesso em 20/07/2011.
______. Decreto nº 848, de 11 de outubro de 1890. Organiza a Justiça Federal. In: Decretos do
Governo Provisorio da Republica dos Estados Unidos do Brazil: Decimo Primeiro Fascículo de 1 a
30 de novembro de 1890. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1891.
______. Decreto nº 4.269, de 17 de janeiro de 1921. Regula a repressão ao anarquismo. In:
PIRAGIBE, Vicente. Legislação penal do Brasil e do estrangeiro: código penal brasileiro
(completado com as leis modificadoras em vigor). V. I. São Paulo: Saraiva, 1932a.
______. Decreto nº 21.936, de 11 de outubro de 1932. Promulga o Tratado de extradição entre o
Brasil e a Itália, firmado no Rio de Janeiro a 28 de novembro de 1931. In: Coleção das leis da
Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1938: atos do governo provisório: setembro e outubro.
V. IV. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1933.
______. Decreto-Lei nº 394, de 28 de abril de 1938. Regula a extradição. In: Colecção das leis da
Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1938: decretos-lei: abril a junho. V. II. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1939.
_____. Decreto-Lei nº 431, de 18 de maio de 1938. Define crimes contra a personalidade
internacional, a estrutura e a segurança do Estado e contra a ordem social. In: Collecção das leis da
Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1938: decretos-lei: abril a junho. V. II. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1939.
______. Lei de 16 de dezembro de 1830. Manda executar o Codigo Criminal. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LIM/LIM-16-12-1830.htm.
Acesso em 20/07/2011.
______. Lei nº 2.416, de 28 de Junho de 1911. Regula a extradição de nacionaes e estrangeiros e o
processo e julgamento dos mesmos, quando, fóra do paiz, perpetrarem algum dos crimes
mencionados nesta lei. In: Collecção das leis da Republica dos Estados Unidos do Brazil. Vol. I.
Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1914.
______. Lei nº 38, de 4 de abril de 1935. Define crimes contra a ordem política e social. In:
Collecção das leis da Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1935: actos do Poder Legislativo:
janeiro a dezembro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1936.
______. Lei nº 244, de 11 de setembro de 1936. Institui o Tribunal de Segurança Nacional. In:
Collecção das leis da Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1936: actos do Poder Legislativo:
1.ª parte. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1938.
______. Lei Constitucional nº 1, de 16 de maio de 1938. Emenda o art. 122, n. 13 da Constituição.
In: Collecção das leis da Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1938: decretos-lei: abril a
junho. V. II. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1939.
CONFÉDÉRATION SUISSE. Loi fédérale sur l'extradition aux états étrangers (Du 22 janvier
1892). In: Publications officielles numérisées. Berne: Archives fédérales suisses,1892.
FRANCE. Loi du 10 mars 1927 relative à l’extradition des étrangers. Disponível em:
http://ledroitcriminel.free.fr/index.htm. Acesso em 20/07/2011.
FRANCHI, L. Codici e leggi del Regno D’Italia: codice penale e codice de procedura penale. 5 ed.
Milano: Ulrico Hoepli, 1934.
ITALIA. Codice penale per il Regno d’Italia. Roma: Stamperia reale, 1889.

12
______. Regio decreto 10 luglio 1873 n. 1500 che approva la Convenzione per la reciproca
estradizione dei malffatori fra l’Italia ed il Brasile. In: Raccolta ufficiale delle leggi e dei decreti del
Regno d’Italia. V. XXX. Firenze: Stamperia reale, 1873.

13

Вам также может понравиться