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ARTE E CULTURA DA AMÉRICA LATINA

PARA NÃO DEIXAR MORRER A UTOPIA


MARIZA BERTOLI (ORG.)

ARTE E CULTURA DA AMÉRICA LATINA


IV FORUM – PARA NÃO DEIXAR MORRER A UTOPIA

Volume XXXI

2° semestre de 2014
As ideias e opiniões são de responsabilidade dos autores

Ficha catalográfica elaborada pelo Serviço de Biblioteca e


Documentação – ECA/USP

Arte e Cultura da América Latina / Sociedade Científica de


Estudos da Arte. -- V. 31 (2° sem. 2014). -- São Paulo:
CESA: Terceira Margem, 2014
133 p.; 16X23 cm

Semestral
ISSN 0103-8508

1. Arte 2. Arte – América Latina 3. Cultura 4. Cultura –


América Latina
I. Sociedade Científica de Estudos da Arte

CDD – 21 ed. – 700


709.8
Arte e Cultura da América Latina é uma publicação da Sociedade
Científica de Estudos da Arte – CESA. A proposta é oferecer um
espaço aglutinador do trabalho interdisciplinar que o campo de
estudos da arte exige; sendo ainda um canal de diálogo entre
cientistas sociais e pesquisadores do campo da arte, da literatura,
em geral, e da cultura latinoamericana em particular.

Arte e Cultura da América Latina apresenta temas


abrangentes, propiciando um amplo debate em que a
diversidade de enfoques teóricos e recortes não tradicionais
propõe uma instigante e rica reflexão sobre a arte e a cultura
que realizamos.

Diretoria Cesa: Dilma de Melo Silva (Presidente); Lisbeth Rebollo


Gonçalves (Vice-Presidente); Maria Cristina Castilho
Costa (Secretária); Mariza Bertoli (2° Secretária); Liana
Maria Salvia Trindade (Tesoureira); Antonio Gonçalves
de Oliveira (2° Tesoureiro).
Coordenação Editorial: Dilma de Melo Silva, Mariza Bertoli e Simone Abreu
Conselho Editorial: Dilma de Melo Silva, Lisbeth Rebollo Gonçalves, Eric
Fernandez Hernández (CESA CUBA, Universidade de
Havana); Armando Silva (CESA COLÔMBIA,
Universidade Nacional de Bogotá); Agustin Martinez
(CESA VENEZUELA, Universidad Central de
Venezuela); Alberto Collazo (in memorian) (CESA
ARGENTINA, Faculdad de Filosofia y Letras de Buenos
Aires).

Direção Editorial: Mariza Bertoli


Projeto Visual:: Terceira Margem Editora
Editoração Eletrônica: Terceira Margem Editora
Revisão-Português: Hiliana Reis

Correspondência: Arte e Cultura da América Latina


Rua Dr Mario Cardim, 333 - Vila Mariana - São Paulo -
SP Brasil Telefax 11-2338 0956 CEP 04019-000
www.cesa.art.br
COLABORADORES NO BRASIL

 Carlos Wolney Soares  Maria Angela Gouveia de Melo


(Escola Guinard - Minas Gerais) (UFB - Brasília)
 Célia Campos  Maria Helena Ochi Flexor
(UFAL - Alagoas) (UFBA - Bahia)
 Cesar Romero  Maria Lúcia Bastos Kern
(Bahia) (PUC - R. G. do Sul)
 Evandro Lemos da Cunha  Mario Lima Brasil
(UFMG - Minas Gerais) (UnB - Brasília)
 Irineu Guerrini Junior  Mariza Bertoli
(Fundação Cásper Líbero - São Paulo) (CASLA - Paraná)
 Irlemar Chiampi  Roberto Galvão
(PROLAM - S. Paulo) (Ceará)
 Josué Costa  Selma Ludwig
(UNIR - Rondônia) (UFBA - Bahia)
 Maria Amélia Bulhões  Teresinha Prada
(CEPLAC, UFRS - R. G. do Sul) (UFMT - Cuiabá)

COLABORADORES DE OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA

 Alfonso Castrillon (Peru)  José Carlos Reyes (Colombia)


 Bernardita Vattier (Chile)  Marea Quintero Rivera (Porto Rico)
 Edmundo Valladares (Argentina)  Maria Luiza Torrens (Uruguai)
 Enrique Solanich (Chile)  Marta Cordiés Jackson (Cuba)
 Federico Ferrando (Uruguai)  Miguel Angel Muñoz (Argentina)
 Geraldo Mosquera (Cuba)  Tício Escobar (Paraguai)

OUTROS COLABORADORES

 Adriana Coelho Florent (Universidade de Paris VIII)


 Christine Frérot (Universidade de Paris III)
 David Gonzalez (Centro de Estudios de África y Medio Oriente - Cuba)
 Heitor Capuzzo (Nanyang Technological University - Singapore)
 Kazadi Wa Mukuna (Universidade Kent - Ohio)
prezado leitor
Caros(as) Leitores(as)

O Fórum Permanente Arte e Cultura da América Latina, reuniu seu


núcleo de pesquisa para repensar a Utopia e colocar em debate as questões
em torno do sonho coletivo, suas motivações, seus protagonistas, sua
atualidade e sua reincidência nas sagas político-culturais na Nossa
América, desde o tempo dos povos ancestrais. Foi realizado no dia 23
de setembro, no Auditório de Música da Universidade Estadual Paulista
– UNESP.
Há quinhentos anos, as notícias da Ilha paradisíaca de Fernando de
Noronha no relato de Amerigo Vespucci, inspirou Tomas More a escrever
a Utopia inaugural, o que seria uma das primeiras obras consideradas
de Ciência Política, inaugurando a dimensão do futuro no pensamento
da Europa cansada de viver esperando o Juízo Final para ser feliz. A
descrição simbólica da sociedade ideal foi batizada e o sentido da palavra
utopia até hoje é o fio da balança entre a esquerda e a direita, no modo
de viver as relações sociais, lutar e resistir à opressão. Para a esquerda
utopia é o mundo possível o lugar que ainda não existe, para a direita é
fuga da realidade.
É importante destacar a participação da artista plástica Monica Nador,
integrada no Movimento Cultura Viva, convidada para contar a sua
experiência frente ao Projeto JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube.
Lembrando que em “Parede Pinturas”, intervenção urbana de resul-
tados surpreendentes, os participantes pintam suas casas, expressando
seus sonhos e seus símbolos ancestrais numa convivência autêntica
comunitária.
A participação da Dra. Lalada Dalglish, que nos recepcionou no Instituto
de Artes da UNESP, trouxe ao Forum para o debate a especificidade da
escultura cerâmica e suas vertentes tradicionais ou subjetivas, no estudo
Tendências da Escultura em Cerâmica: a relação com a Terra, Natureza e
Cultura.
A Sociedade Científica de Estudos da Arte – CESA – patrocina mais
esta edição da Revista Arte e Cultura da América Latina, que reúne os
textos sobre os temas colocados em debate no IV Fórum, a começar pela
utopia guarani da busca da Terra sem Males.
Dilma de Melo e Silva e Marília Gomes Ghizzi Godoy, em Terra sem
Males: utopia e realidade nos discursos dos mborai (cantos) Guarany Mbya,
abordam as peregrinações dos guarani, sua filosofia e sua diplomacia
de juntar os “parentes” através dos casamentos ao encontrar outros
grupos ao longo do caminho. Os guarani nos ensinam a ter apenas
aquilo que possamos carregar e, no caminho, dançar muito para nos
tornarmos mais leves.
Coube-me o tema A Utopia na Construção da América Latina – O
ressurgimento do muralismo e o direito à memória-sentido, a partir dos
povos ancestrais que viviam em confederações. Desde a época das
“mariposas de plumas de quetzal” os artistas tem sido porta-vozes deste
sonho coletivo de uma sociedade justa e nos legaram este imaginário
através de murais, pintados ou em relevo, na pedra. Em momentos
evocativos para os povos do Continente e do Caribe, esta prática artística
ressurge e nos ajuda a sonhar e não deixar morrer a utopia. O ensaio
que apresento destaca o projeto estético político do muralismo e seu
ressurgimento, principalmente, no Equador.
Iara Machado coloca em debate Tempo, Arte e Utopia no Movimento
Cultura Viva Comunitária da América Latina, cruzando depoimentos
atuais sobre a vivência da utopia. Questiona os conceitos eurocêntricos
desvelados em discursos e práticas de artistas que fazem parte deste
Movimento, visando a descolonização das relações culturais.
Os muros gritam o desejo de imagem na cultura tornada mercadoria
da sociedade espetacular. Buenos Aires e São Paulo são as Cidades –
Suporte para a Nova Arte Urbana na reflexão de Alessandra Simões que
reflete sobre este fenômeno estético a partir de uma análise multidis-
ciplinar que capta o caráter subjetivo e simbólico das cidades em questão.
Simone Rocha de Abreu enfocou as Narrativas Plásticas de Resistência
na América Latina, mostrando as variantes da figuração da utopia em
momentos de resistência política, na obra de artistas atuais como Luiz
Felipe Noé, Antonio Segui, Ana Maria Pacheco.
A Trama e a Urdidura – Tienen futuro las artes em America Latina? O
ensaio elaborado por Claudia Fazzolari destaca a presença dos artistas
latino-americanos a partir do pensamento e da ação da curadora
argentina Irma Arestizábal, no Pavilhão da América Latina, na 51ª
Bienal de Veneza.
Neide Marcondes coloca em debate a Arte Contemporânea – Utopia e
Distopia em obras de artistas latino-americanos, pontuando os modos
expressivos deste contraponto estético, demonstrando os dois lados em
confronto. Os variados estilos promovem um conflito de interpretações
no campo antropológico, ambiental e social na nova sensibilidade voltada
para o mundo.
Margarida Nepomuceno apresenta pesquisa sobre as Revistas Culturais:
Cruzamento entre o Presente e o Sonho. Neste artigo a jornalista destaca
o momento evocativo das vanguardas dos anos 20 e 30, através dos
Cuadernos de Marcha do Uruguai (final de1960) e da Revista Seiva,
primeira publicação do Partido Comunista Brasileiro (1937) na Bahia,
em pleno Estado Novo, destacando a precariedade de conservação deste
importante gênero de acervo documental pelo nacionalismo e anti-
imperialista.
Ainda na esteira do território cultural, Moira Ane Bush Bastos, aponta
para a expressividade dos mitos e do tempo contados nos “livros
circulares” em gravações sobre cabaças na Região Andina – Narrativas
Míticas em Mates Burilados.
Arte, Paisagem e Utopia, o ensaio da arquiteta Sylvia Dobry mostra
como arte e memória se entrelaçam em diferentes intervenções artísticas
realizadas entre 1968 e a atualidade em algumas cidades da Argentina,
criando lugares com dimensão simbólica comovente.
Sabina Uribarren coloca em debate o tema O urbanismo como Utopia
Nacional o caso Angel Guido na Argentina, baseada no ensaio
“Reorganización Edilicia por el Urbanismo”, do arquiteto Angel Guido ,
representante do Movimento Neocolonial, que defendia uma
americanização a partir da mestiçagem, quando o país promovia uma
modernização radical na década de 1930.
Jogo Estético, Regime Estético e Utopia Revisitados em Schiller e Rancière
foi a reflexão filosófica trazida por Vera Pallamin, retomando à luz dos
filósofos, as origens e a atualidade da Educação Artística, ideal que toda
uma geração constituiu como utopia nos anos 1960.
Em O Lugar outro e o lugar do outro: Utopias políticas e heterotopias da
arte, Adriana Gianvecchio apresenta para reflexão ensaio sobre memória
social e tempo presente, o ponto de vista cidadão colocado em cena nas
obras de arte, em espaços alternativos na cidade, a inaugurar outros
lugares e formas relacionais através da experiência estética.

Boa leitura!
Mariza Bertoli
Coordenadora do Forum Permanente Arte e Cultura da América Latina
Sumário

15 Terra sem Males: Utopia e realidade nos


discursos do mborai (cantos) Guarani Mbya
DILMA DE MELO SILVA E MARILIA G. G. GODOY

31 A utopia na construção da América Latina.


O ressurgimento do muralismo, o direito
à memória-sentido
MARIZA BERTOLI

43 Tempo, arte e utopia no movimento Cultura


Viva Comunitária da América Latina
IARA MACHADO

59 São Paulo e Buenos Aires: “Cidades-suporte”


para a arte urbana
ALESSANDRA SIMÕES

Narrativas plásticas de resistência na


73 América Latina
SIMONE ROCHA DE ABREU

91 A trama e a urdidura: Tienen futuro las


artes en América Latina
CLAUDIA FAZZOLARI
103 Arte Contemporânea: Utopia e distopia
em obras de artistas latinoamericanos
NEIDE MAROCONDES

117 As revistas culturais: Cruzamento entre o


presente e o sonho
MARGARIDA NEPOMUCENO

129 Narrativas míticas em mates burilados


MOIRA ANNE BUSH BASTOS

135 Arte, paisagem e utopia


SYLVIA ADRIANA DOBRY-PRONSATO

149 O urbanismo como utopia nacional: O caso


do ensaio de Angel Guido – “Reargentinización
edilicia por el urbanismo”
MARIA SABINA URIBARREN

157 Jogo estético, regime estético e utopia


revisitados em Schiller e Rancière
VERA PALLAMIN

165 O lugar outro e o lugar do outro:


Utopias políticas e heterotopias da arte
ADRIANA GIANVECCHIO

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