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A festividade de Sheminí Atséret está prescrita em Levítico 23,26: “no oitavo dia, haverá santa
convocação para vós...nenhuma obra servil fareis”.[2]
O Kidush[3], e todas as preces pertinentes, tem seu próprio nome, elas não se referem como Sucot e sim
com o nome próprio de Sheminí Atzéret. Os rabinos se referem a Sheminí Atzéret como reguel bifnê
atzmo, uma festa separada, e recomendam que se pronuncie a oração Shechecheiánu[4] ao acender as
velas e dizer o Kidush.
Na época de Sucot, conforme a tradição, Deus determina a quantidade de chuvas que cairão no ano
seguinte. Portanto, o serviço matutino de Sheminí Atzeret inclui uma prece especial pela chuva (Tefilat
Guéshem[5]). Nesse dia recita-se também o Izkor[6], a oração comemorativa dos finados.
Referências Bibliográficas
CHABAD. Site Judaico. Datas. Sucot. São Paulo, Chabad, s.d. http://www.chabad.org.br.
FERREIRA, Cláudia Andréa Prata Ferreira. Cartilha de alfabetização do alfabeto hebraico. Rio de Janeiro:
Edição da Autora, 2001. Versão voltada para o ensino das tradições e costumes da vida judaica,
enfatizando a parte litúrgica.
KOLATCH, Alfred J. Livro judaico dos porquês. Trad. Dagoberto Mensch. São Paulo: Sefer, 1996.
STEINMETZ, Avraham. O Guia. Fundamentos Judaicos para iniciantes. São Paulo: Chabad, 1996.
SOBEL, Henry, I. Os Porquês do Judaísmo. São Paulo: Congregação Israelita Paulista (CIP), novembro de
1983. Capítulo 11 (Sukot). Material disponível online no site http://www.cipsp.org.br
[1]
Sucot (plural de sucá) significa “cabanas”.
[2]
Em Sheminí Atzéret realiza-se a leitura de Dt 14,22-16,27 - que inicia com as palavras Asser Teassêr "Certamente darás o dízimo".
A explicação para a leitura desse trecho bíblico em Sheminí Atséret deve-se ao fato que Sucot é a Festa da Colheita e Sheminí
Atzéret é o oitavo dia de Sucot (ainda que seja uma festa em separado). Esta é a época quando toda a produção da terra já foi
colhida. Era a ocasião de doar aquilo que era devido aos sacerdotes e levitas, bem como às pessoas sem terra e aos necessitados.
[3]
A palavra Kidush significa "santificação". O Kidush deve ser feito preferencialmente sobre um cálice de vinho, símbolo tradicional
de alegria e dia festivo. OKidush sobre o vinho foi instituído pelos Sábios da Grande Assembléia (Knésset HaGuedolá), no período de
Esdras. No período do Templo derramava-se vinho sobre os altares de sacrifício. Nessa parte da cerimônia os levitas entoavam
cânticos de louvores a Deus. Após a destruição do Templo, instituiu-se o Kidush sobre o vinho nas sinagogas e, posteriormente, o
costume foi estendido aos lares judaicos.
[4]
Recita-se a bênção (shehecheiánu) antes de ingerir uma fruta nova da estação e em seguida, recita-se a bênção da fruta (borê peri
haets). Recita-se essa bênção em todas as ocasiões felizes.
[5]
Uma prece especial por chuvas para a Terra de Israel.
[6]
Izkor "Que Ele se lembre" é um serviço comemorativo dos finados realizado na sinagoga quatro vezes por ano (Iom
Kipur, Pessach, Shavuot e Sucot - especificamente em Sheminí Atzéret). A cerimônia consiste na recitação de preces pelos
mortos, a oração El Malé Rachamim "Deus pleno de misericórdia" que e entoada pelo chazan (o cantor litúrgico) e, em algumas
sinagogas, a leitura em voz alta da lista de todos os membros da congregação falecidos durante o ano.
[7]
Simchát Torá significa “A alegria da Torá”. Festividade Judaica.
SUKÁ E VULNERABILIDADE
O QUE OS JUDEUS TEM A ENSINAR SOBRE
SEGURANÇA
A contribuição "judaica" tem ficado por conta das engenhocas produzidas pela
industria israelense e dos serviços oferecidos por egressos do Mossad. Estes últimos
adaptaram sua expertise à verdadeira guerrilha urbana que travamos nas ruas e no
cotidiano de nossas vidas.
Esquecemos, no entanto, que existem dois modelos judaicos que abordam a questão
da segurança e que falam legitimamente pela tradição. Refiro-me às duas estruturas
de cobertura existentes na tradição judaica -- a Suká* e a Chupá**. Uma fala
metafórica e metafísicamente da relação do ser humano com D'us (ben-adam la-
makom); a segunda da relação entre seres humanos (ben-adam le-chaveró).
A suká é uma estrutura que deve ter paredes definidas mas cuja cobertura deve ser
frágil e permitir que através dela se veja as estrelas do céu e os raios do sol. A
chupá, por sua vez, não pode ter paredes definidas mas sua cobertura é compacta.
A mensagem é clara: a segurança advém do equilíbrio que aparenta ser fragil mas
que é, na verdade, fértil e viril. O bunker, por mais profundo que seja, não protege.
Sua cobertura rígida não é simbólica de proteção, mas de desequilíbrio e
precariedade. A segurança advém deste equilíbrio e este equilíbrio da maneira pela
qual definimos nossas paredes. Se nossas paredes não incluem todos os que devem
incluir então a suká da qual falamos não possui o tamanho mínimo para ser kasher.
Definir as paredes e o que estas incluem tem relação direta com a capacidade da
cobertura representar um equilíbrio apropriado.
A chupá, por sua vez, depende de um teto rígido. Ela simboliza uma intimidade que
na dimensão do indivíduo necessita de densidade para definir e caracterizar. Não há
relação humana que suporte a não presença ou a indiferença do amante, do amigo
ou do concidadão.
A lição é clara: a segurança é uma relação. O que nos preserva na natureza é uma
relação entre as graças que permitem a vida e a diversidade do que incluimos como
parceiros em seu recebimento. O eco-sistema e sua diversidade mínima é a área
mínima para que o teto da suká possa nos suprir a segurança necessária. O que nos
preserva em sociedade, por outro lado, é uma relação de chupá entre os nossos
compromissos e as nossas liberdades. O vazio das paredes laterais é o requisito
mínimo para que a cobertura tenha uma solidez que represente segurança.
Nosso mundo social é um mundo que depende das quedas dos muros e de menos
grades para o estabelecimento de uma grande chupá sobre os seres humanos. Já na
dimensão da sobrevivência se exige a criação de novas fronteiras que demarquem
com paredes a inclusão de todos os seres e elementos necessários para que um teto
proveja proteção e exposição ao mesmo tempo. A chupá é uma lente ou uma antena
-- intensifica a experiência humana e a transmite ao Criador. A suká é um filtro -- faz
com que a força da vida nos chegue em proporção adequada.
Avraham foi ordenado "Sai da tua terra, da sua terra natal e da casa de teu pai,
para a terra que eu te mostrarei." ( Bereshit 12:1)
Em conexão com Yitzchak, encontramos "E houve uma fome na terra, além da
que ocorreu nos dias de Avraham;. Yitzchak e foi para Avimelech, rei dos
filisteus, em Gerar" (Bereshit 26:1)