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SEXTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2008

Sheminí Atzéret e Simchat Torá (Cláudia Andréa Prata Ferreira)

©Profa Dra Cláudia Andréa Prata Ferreira.2001-2008.


Faculdade de Letras/UFRJ.
Programa de Pós-Graduação em História Comparada/UFRJ.

No ano de 2008 (5769), Sheminí Atzéret começa em 20/10 (segunda-feira à noite) e Simchát


Torá começa em 21/10 (terça-feira à noite).

Por que se celebra Sheminí Atzéret?


Sheminí Atzéret, o “oitavo dia de assembléia solene”, é considerado freqüentemente, como o oitavo dia
de Sucot[1]. Na realidade trata-se de uma festividade independente. É uma festividade de um dia de
duração que marca o término dos festejos e observâncias de Sucot. Nenhuma das cerimônias de Sucot se
aplica a ela.

A festividade de Sheminí Atséret está prescrita em Levítico 23,26: “no oitavo dia, haverá santa
convocação para vós...nenhuma obra servil fareis”.[2]

Os nossos sábios descrevem o motivo do oitavo dia com a seguinte parábola:


Deus é comparado a um rei que convidou todos seus filhos a uma festa que se prolonga por um número
determinado de dias (Sucot). Quando chega o momento da despedida Ele disse: Filhos, tenho um pedido a
fazer: "fiquem mais um dia", pois vossa partida é muito penosa para mim. Assim, em Sheminí
Atzéret abandonamos a Sucá, e retornamos ao nosso lar permanente para completar a semana festiva.

O Kidush[3], e todas as preces pertinentes, tem seu próprio nome, elas não se referem como  Sucot e sim
com o nome próprio de Sheminí Atzéret. Os rabinos se referem a Sheminí Atzéret como reguel bifnê
atzmo, uma festa separada, e recomendam que se pronuncie a oração Shechecheiánu[4] ao acender as
velas e dizer o Kidush.

Na época de Sucot, conforme a tradição, Deus determina a quantidade de chuvas que cairão no ano
seguinte. Portanto, o serviço matutino de Sheminí Atzeret inclui uma prece especial pela chuva (Tefilat
Guéshem[5]). Nesse dia recita-se também o Izkor[6], a oração comemorativa dos finados.

Qual a relação entre Sheminí Atséret e Simchat Torá[7]?


Posteriormente, as comunidades da Galut (Diáspora) acrescentaram um segundo dia a Sheminí Atséret,
que passou a ser conhecido comoSimchát Torá, a Festa de Alegria pela Torá. Em Israel, Simchát Torá é
celebrado no mesmo dia que Sheminí Atséret.

Referências Bibliográficas

CHABAD. Site Judaico. Datas. Sucot. São Paulo, Chabad, s.d. http://www.chabad.org.br.
FERREIRA, Cláudia Andréa Prata Ferreira. Cartilha de alfabetização do alfabeto hebraico. Rio de Janeiro:
Edição da Autora, 2001. Versão voltada para o ensino das tradições e costumes da vida judaica,
enfatizando a parte litúrgica.
KOLATCH, Alfred J. Livro judaico dos porquês. Trad. Dagoberto Mensch. São Paulo: Sefer, 1996.
STEINMETZ, Avraham. O Guia. Fundamentos Judaicos para iniciantes. São Paulo: Chabad, 1996.
SOBEL, Henry, I. Os Porquês do Judaísmo. São Paulo: Congregação Israelita Paulista (CIP), novembro de
1983. Capítulo 11 (Sukot). Material disponível online no site http://www.cipsp.org.br

[1]
 Sucot (plural de sucá) significa “cabanas”.
[2]
 Em Sheminí Atzéret realiza-se a leitura de Dt 14,22-16,27 - que inicia com as palavras Asser Teassêr "Certamente darás o dízimo".
A explicação para a leitura desse trecho bíblico em Sheminí Atséret deve-se ao fato que Sucot é a Festa da Colheita e Sheminí
Atzéret é o oitavo dia de Sucot (ainda que seja uma festa em separado). Esta é a época quando toda a produção da terra já foi
colhida. Era a ocasião de doar aquilo que era devido aos sacerdotes e levitas, bem como às pessoas sem terra e aos necessitados.
[3]
 A palavra Kidush significa "santificação". O Kidush deve ser feito preferencialmente sobre um cálice de vinho, símbolo tradicional
de alegria e dia festivo. OKidush sobre o vinho foi instituído pelos Sábios da Grande Assembléia (Knésset HaGuedolá), no período de
Esdras. No período do Templo derramava-se vinho sobre os altares de sacrifício. Nessa parte da cerimônia os levitas entoavam
cânticos de louvores a Deus. Após a destruição do Templo, instituiu-se o Kidush sobre o vinho nas sinagogas e, posteriormente, o
costume foi estendido aos lares judaicos.
[4]
 Recita-se a bênção (shehecheiánu) antes de ingerir uma fruta nova da estação e em seguida, recita-se a bênção da fruta (borê peri
haets). Recita-se essa bênção em todas as ocasiões felizes.
[5]
 Uma prece especial por chuvas para a Terra de Israel.
[6]
 Izkor "Que Ele se lembre" é um serviço comemorativo dos finados realizado na sinagoga quatro vezes por ano (Iom
Kipur, Pessach, Shavuot e Sucot - especificamente em Sheminí Atzéret). A cerimônia consiste na recitação de preces pelos
mortos, a oração El Malé Rachamim "Deus pleno de misericórdia" que e entoada pelo chazan (o cantor litúrgico) e, em algumas
sinagogas, a leitura em voz alta da lista de todos os membros da congregação falecidos durante o ano.
[7]
 Simchát Torá significa “A alegria da Torá”. Festividade Judaica.

SUKÁ E VULNERABILIDADE
O QUE OS JUDEUS TEM A ENSINAR SOBRE
SEGURANÇA

Rabino Nilton Bonder


 
 
A questão da segurança é uma preocupação crescente nas grandes cidades em nosso
país.

Isto levou as elites brasileiras a vasculhar o mundo em busca de soluções eficazes e


criativas.

A contribuição "judaica" tem ficado por conta das engenhocas produzidas pela
industria israelense e dos serviços oferecidos por egressos do Mossad. Estes últimos
adaptaram sua expertise à verdadeira guerrilha urbana que travamos nas ruas e no
cotidiano de nossas vidas.

Esquecemos, no entanto, que existem dois modelos judaicos que abordam a questão
da segurança e que falam legitimamente pela tradição. Refiro-me às duas estruturas
de cobertura existentes na tradição judaica -- a Suká* e a Chupá**. Uma fala
metafórica e metafísicamente da relação do ser humano com D'us (ben-adam la-
makom); a segunda da relação entre seres humanos (ben-adam le-chaveró).

A suká é uma estrutura que deve ter paredes definidas mas cuja cobertura deve ser
frágil e permitir que através dela se veja as estrelas do céu e os raios do sol. A
chupá, por sua vez, não pode ter paredes definidas mas sua cobertura é compacta.

A suká representa a relação com o Criador e a percepção de que a sobrevivência não


advém de estruturas rígidas, mas de uma flexibilidade que nada tem de frágil. Como
se numa história às avessas da dos "Tres Porquinhos", a casa que cai com o sopro do
lobo é justamente a que é rígida. A suká, permite a passagem do sopro; tomba para
um lado e para outro e se apruma novamente. A mensagem metafísica de sua
cobertura só agora começamos a compreender com os novos avanços científicos.
Sobre nós se extende uma enorme suka de ar, uma atmosfera que é cobertura e é
permeável ao mesmo tempo. O Criador faz com que sobre nossas cabeças
coletivamente haja um filtro e que suas qualidades de conter e permear sejam
apropriadas -- caso permeie de mais esta suká (sem ozônio, por exemplo) não é
kasher; caso retenha de mais esta suká (efeito estufa, por exemplo) não é kasher.

A mensagem é clara: a segurança advém do equilíbrio que aparenta ser fragil mas
que é, na verdade, fértil e viril. O bunker, por mais profundo que seja, não protege.
Sua cobertura rígida não é simbólica de proteção, mas de desequilíbrio e
precariedade. A segurança advém deste equilíbrio e este equilíbrio da maneira pela
qual definimos nossas paredes. Se nossas paredes não incluem todos os que devem
incluir então a suká da qual falamos não possui o tamanho mínimo para ser kasher.
Definir as paredes e o que estas incluem tem relação direta com a capacidade da
cobertura representar um equilíbrio apropriado.

A chupá, por sua vez, depende de um teto rígido. Ela simboliza uma intimidade que
na dimensão do indivíduo necessita de densidade para definir e caracterizar. Não há
relação humana que suporte a não presença ou a indiferença do amante, do amigo
ou do concidadão.

É preciso um teto para representar os compromissos produzidos pelo encontro de um


"eu" com um "tu", como diría Martin Buber. No entanto, a segurança do amor ou da
amizade definida por esta cobertura só é possível sem paredes. Na liberdade e na
possibilidade de crescimento do outro, no livre acesso para além desta cobertura, é
que há segurança em termos humanos. Mesmo a paz entre dois indivíduos não se faz
de um teto, de um acordo. É fundamental que as paredes sejam abertas. Quanto
mais paredes mais ciúmes e mais desconfiança. Na verdade, só existe um teto rígido
e compacto sobre a cabeça quando é possível a inexistência de paredes. O teto se faz
sólido por aquilo que ele não exclui.

A lição é clara: a segurança é uma relação. O que nos preserva na natureza é uma
relação entre as graças que permitem a vida e a diversidade do que incluimos como
parceiros em seu recebimento. O eco-sistema e sua diversidade mínima é a área
mínima para que o teto da suká possa nos suprir a segurança necessária. O que nos
preserva em sociedade, por outro lado, é uma relação de chupá entre os nossos
compromissos e as nossas liberdades. O vazio das paredes laterais é o requisito
mínimo para que a cobertura tenha uma solidez que represente segurança.

Nosso mundo social é um mundo que depende das quedas dos muros e de menos
grades para o estabelecimento de uma grande chupá sobre os seres humanos. Já na
dimensão da sobrevivência se exige a criação de novas fronteiras que demarquem
com paredes a inclusão de todos os seres e elementos necessários para que um teto
proveja proteção e exposição ao mesmo tempo. A chupá é uma lente ou uma antena
-- intensifica a experiência humana e a transmite ao Criador. A suká é um filtro -- faz
com que a força da vida nos chegue em proporção adequada.

Qualquer outra proposta pode trazer tudo -- menos segurança. 

"Ushpizin", os convidados reais

Os "Ushpizin," Os Sete pessoas

Em Pessach , na Seder , expressamos a idéia de que "Em cada geração, cada


pessoa é obrigada a ver a si mesmo como se ele fosse um dos escravos
resgatados judeu". Da mesma forma, em Sucot, como sentar e desfrutar das
refeições festivas, temos o privilégio de ter como nossa empresa sete dos
maiores líderes do nosso povo. Como Eliyahu HaNavi visita cada mesa Seder
na noite de Pessach, então em cada uma das sete noites de Sucot, um desses
sete é o nosso convidado principal, enquanto os outros dos "pastores
fiéis" sentar com a gente também.

A presença destes convidados grandes nos lembra da importância suprema na


religião judaica de ter convidados, convidados especificamente pobres, ou
aqueles que são menos afortunados do que nós, de alguma forma, para
compartilhar a alegria das festas com a gente.Pois, como o RAMBAM nos
lembra, qualquer tipo de prazer físico que não é partilhado com os pobres ou
menos afortunados, é visto por Deus como estranho, e como só o gozo de
nossas barrigas. Considerando que, se ela é compartilhada , que a celebração
mesma físico é elevado às alturas de "Avodat Hashem," serviço da L ª.

Os sete são os nossos três Avot ,: Avraham , Yitzchak e Yaakov , o nosso grande


professor, Moshe , e seu irmão, amado a todos de
Israel, AharonHa Kohen , Yosef , o Justo, eo "doce cantor de Israel", que também
ensinou -nos como e quando lutar para o nome de D'us, Rei Davi. David
também foi o antepassado do "Mashiach", o Messias, esperamos que já
nasceu, "Que ele venha logo e em nosso tempo!"

Cada um destes sete suportou e superou as dificuldades do exílio com a


proteção de Hashem:

Avraham foi ordenado "Sai da tua terra, da sua terra natal e da casa de teu pai,
para a terra que eu te mostrarei." ( Bereshit 12:1)

Em conexão com Yitzchak, encontramos "E houve uma fome na terra, além da
que ocorreu nos dias de Avraham;. Yitzchak e foi para Avimelech, rei dos
filisteus, em Gerar" (Bereshit 26:1)

Em conexão com Yaakov, encontramos "Levanta-te, portanto, e ir para a Síria,


a casa de Betuel, pai de tua mãe." (Bereshit 28:2)

Da mesma forma, Yosef foi vendido como escravo para o Egito. Moshe e


Aharon levaram o povo judeu durante a sua permanência anos 40 no deserto. E
Davi fugiu de seus inimigos no deserto da Judéia.

Em todos os casos acima, nos foi ensinado como manter a nossa fé na


Proteção de Hashem apesar de grande adversidade , que é um dos
segredos da sobrevivência do povo judeu.

Em algumas comunidades sefaraditas , há um "minhag" personalizado ou,


para preparar uma cadeira especial, decorado e dedicado em homenagem ao
convidado principal da noite, em cada uma das sete noites de Sucot.

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