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Toyotismo

O modelo de produção fordista-taylorista proporcionou grande acréscimo na produção de


mercadorias ao longo do século XX. A racionalização do trabalho tinha alcançado o ápice até aquele
momento. Contudo, uma proposta de produção em larga escala, como o fordista, tem suas
limitações. O consumo precisa absorver o que é produzido, caso contrário, problemas poderão
surgir.
O fordismo começou a dar sinal de esgotamento no final da década de 1960, período em que
grandes rebeliões e manifestações políticas varreram o mundo Ocidental: Maio de 68, Movimento
Hippie, Contra Cultura, Primavera de Praga, a luta pela chamada Revolução Brasileira, a luta pela
independência da Palestina etc. Não só o fordismo começou a dar sinal de fraqueza, o capitalismo
passou a se expandir para uma área até então marginalizada: o setor de serviços. Além disso, a crise
do petróleo também era um problema. Parecia que as coisas estavam mudando.
A crise do fordismo se expressou através da superprodução. Mais mercadorias estavam
sendo disponibilizadas do que a capacidade de absorção do mercado consumidor. Diversas
indústrias enfrentaram dificuldades econômicas e, como sempre, os trabalhadores foram
prejudicados pelas medidas de contenção de gastos.
Nas décadas de 1970 e 1980, o cenário de crise só piorou. Isso fez com que indústria tivesse
que se reorientar em relação ao mercado consumidor. O modelo fordista, que tinha se desenvolvido
para atender a um mercado de massa com produtos padronizados e com pouca possibilidade de
flexibilização, passou a mudar.
Outro fator importante para a substituição gradual do fordismo foi o alto custo de
manutenção da estrutura fabril, ou seja, toda a estrutura necessária para as fábricas funcionassem. O
modelo padrão era:
a) grande número de funcionários especializados numa só tarefa
b) para suportar a grande produção, era necessário pequenas unidades de auxílio, isto é, caso fosse
necessário uma peça específica, essa unidade abastecia a unidade principal.
A planta de produção era onerosa.
Nesse contexto, passa a se destacar um sistema de organização do trabalho desenvolvido
pelo engenheiro Taiichi Ohno, da Toyota Motor Company. O sistema foi denominado toyotismo (ou
ohnismo) e, apesar, de a Toyota tê-lo adotado na década de 1950, só vinte anos mais tarde que se
tornaria num novo paradigma para o sistema industrial mundial. A justificativa para que o Japão
tivesse adotado tal modelo de produção é: a falta de recursos. O Japão é formado por um conjunto
de ilhas que não possuem recursos naturais e nem espaço físico suficiente para suportar o modelo de
produção de mercadorias e o modelo de consumo vigente no Ocidente. Os japoneses foram
obrigados a procurar outra solução para sua necessidade de desenvolvimento e reconstrução
industrial após a 2º Guerra Mundial. O toyotismo foi o resultado dessa alternativa para o Japão.
As características básicas do toyotismo são
a) flexibilização da produção: capaz de rápida alteração dos modelos a serem produzidos ;
organização da produção da produção e da entrega mais rápida, no momento e na quantidade
exatos; importância da qualidade dos produtos; baixos preços a partir da lógica de empresa
“enxuta”; estoques baixos e número reduzidos de trabalhadores.
O toyotismo promove a passagem dos sistemas “estáticos” para “flexíveis”. A flexibilidade na
produção está ligada à ideia de fábrica “enxuta”, pois rompe com a produção em série. Esse modelo
pode dar conta de pedidos pequenos de mercadorias, mercadorias feitas especialmente para um
único cliente, bem como a “customização em massa” (produção em grande quantidade que atende
a demandas específicas individuais, a custos semelhantes aos dos fabricados em massa). Pode-se
identificar esse modo de produção nas empresas que não possuem lojas físicas e vendem o produto
ao cliente antes mesmo de construí-lo, o que só acorre depois de as especificações serem definidas
pelo consumidos na loja virtual.
Para saber mais: são exemplos da “customização em massa” empresas como Dell, Amazon, HP,
que abrem a opção de customização de produtos em suas loja virtuais.

O filme “Roger e eu” (Michael Moore), ilustra bem o processo de substituição do fordismo pelo
toyotismo nas fábricas da GM, em Detroti

b) Sistema just in time: adotado pelo toyotismo e que baseia-se na coordenação minuciosa de
entrega de produtos ou matérias-primas para a produção, ou seja, um sistema de terceirização que
permite não estocar produtos. Essa produção por demanda permite que a empresa venda o produto
antes de comprar as matérias-primas necessárias para fabricá-la. Caso ocorra qualquer problema na
entrega da matéria-prima, toda a produção estará comprometida.
Esse modelo gerou ganhos para os consumidores e para a economia em geral. Proporcionou
também melhores significativas na organização do trabalho, principalmente na descentralização, na
aproximação dos níveis hierárquicos, mas mantendo os sistemas de controle e poder.
c) Trabalhador “polivalente”: figura que deveria aprender várias funções da cadeia produtiva,
operando diversas máquinas ao longo do processo de produção. Contudo, a alienação do trabalho
não deixou de existir.
Se por um lado, o toyotismo provocou grande aumento da produtividade do trabalho, por outro
manteve o mesmo nível de controle sobre o trabalhador – em algumas situações o controle até
aumentou. Um exemplo disso ocorre quando os trabalhadores estão numa situação de concorrência
por aumento de produtividade.
Mecanização da produção

d) robotização da produção: os trabalhadores começam a ser substituídos por máquinas cada vez
mais avançadas, sendo mais eficientes e produtivas que qualquer pessoa. A mecanização da
produção é um processo irreversível na matriz produtiva, visto o investimento cada vez maior na
tecnologia robótica. Outra consequência foi o aumento do desemprego entre os trabalhadores, o que
aumenta a pressão da burguesia sobre os trabalhadores, forçando uma conformidade com situação.
e) terceirização da produção ou flexibilização das leis trabalhistas: uma empresa pode
terceirizar parte de sua produção para outra empresa, descentralizando a cadeia produtiva. A
terceirização aparece como forma de deixar a empresa cada mais “enxuta”, cortando gastos. As
empresa terceirizadas assumem funções auxiliares nas empresas contratantes, como limpeza,
segurança, transporte, fornecimento de peças e componentes. Reflexo da pressão, cada vez maior no
capitalismo contemporâneo, pela redução de gastos e aumento de lucros, a terceirização contribui
para o que chamamos de precarização do trabalho, ou seja, precarização das condições de
trabalho e de saúde dos trabalhadores. É comumente praticado pelas terceirizadas a oferta de
salários mais baixos, a fim de se mostrarem mais competitivas a serem contratadas. A flexibilização
das leis do trabalho são medidas que as empresas buscam para tirar direitos trabalhistas.
Essencialmente, o que muda do fordismo-taylorismo para o toyotismo é a autonomia da
produção, gerando grande prejuízos para a classe trabalhadora, como queda do salário médio,
aumento do desemprego e do poder de compra.
A implementação do toyotismo foi diferenciada em todo o mundo e dependeu das
particularidades de cada sociedade. Mas, acima de tudo, essa forma de reestrutura a produção
cumpriu seu papel histórico reproduzir as classes sociais e a desigualdade social entre elas.

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