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Não é intenção neste momento construir uma biografia completa e complexa de

Paulo Freire, mas, é importante salientar na construção desse trabalho um pouco da vida
e as principais obras que este pensador brasileiro idealizou, uma obra que constitui um
pensamento que de certa maneira modificou o modo de se olhar o processo educacional.
Considerado Patrono da Educação Brasileira1, Paulo Freire é visto como um dos
grandes pensadores da Pedagogia internacional, tendo seu trabalho ganhado destaque
em diversos países, com a intitulada pedagogia critica.
Esta pedagogia critica se estabelece no propósito de que o próprio estudante
passaria a ser o objeto central do processo de ensino, sendo idealizando uma educação
voltada para o contexto da dialética, buscando criar uma proposta pedagógica baseada
na realidade do próprio aluno, rompendo com um modelo educacional que se
estabelecia sobre a perspectiva alienada, que era a educação bancária e tecnicista.
Com este modelo educacional o educando criaria sua própria proposta de ensino,
estabelecendo ele próprio todos os aspectos educacionais que estariam presentes ao
longo do processo, o que possibilitaria a libertação de todo o contexto que prega uma
educação de alienação, onde o educando passaria a ter o papel central em seu processo
de ensino-aprendizagem.
Em respeito ao processo pedagógico seguindo o principio de Paulo Freire (2001)
é necessário criar uma reflexão sobre o papel do educador, sabendo que ao estabelecer
um principio educacional voltado para a questão da liberdade e da consolidação de uma
pedagógica de aspecto critico e ao mesmo tempo baseado no contexto da dialética, se
estabelece uma nova função para o educador que é de ser responsável pelo processo de
transformação do aluno, assumindo o papel de formador de opinião, e a partir do
momento que o educador passa a ter esta responsabilidade de conscientizar os seus
alunos a terem um posicionamento crítico perante a sociedade.
Dentro desta perspectiva de o educador como formador de opinião Duarte et al.
(2007) estabelece que:
O educador necessita ter a consciência de que é um mediador
responsável por estabelecer mudanças sociais, por isto à importância
do educador possuir uma bagagem epistemológica que aborda o
conhecimento interdisciplinar e que estabeleça um respeito ao tempo
que cada aluno necessita para alcançar a aprendizagem concreta.

O educador neste contexto deve possuir um controle sobre o processo


educacional, estabelecendo importância na construção deste projeto, principalmente no
1
Em 13 de abril de 2012, foi sancionada a lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire, patrono da
Educação Brasileira
que diz respeito às possibilidades que a educação pode oferecer ao individuo na
conquista de um patamar mais favorável perante a sociedade.
A educação para Paulo Freire deve ser entendida como um processo que
transmite conhecimentos mútuos, sendo que, o educador deve ser colocado como
detentor máximo do conhecimento, sendo necessário que haja o estabelecimento de um
processo educacional que busque colocar em prática a ideia de que ensinar é ao mesmo
tempo aprender, ou seja, o educador antes de se posicionar em um processo de ensino-
aprendizagem é importante perceber quais são os conhecimentos que seus educandos
trazem consigo, fixando assim, uma ação de aprendizagem que se caracterize no
reconhecer o conhecimento antes do aprendido.
Assim, o processo de aprendizagem para Freire (2001) pode ser visto como um
ato no qual;
O aprendizado do ensinante ao ensinar se verifica a medida que o
ensinante, humilde, aberto, se ache permanentemente disponível a
repensar o pensado, rever-se em suas posições; em que procura
envolver-se com a curiosidade dos alunos e dos diferentes caminhos e
veredas, que ela os faz percorrer.

Este ato de ensinar e aprender faz com que o processo de ensino aprendizagem
torna-se mais dinâmico, fazendo um trabalho considerando o senso comum e ao mesmo
tempo trabalho, ou melhor, aguçando o senso crítico do aluno, já que através daquele
conhecimento que ele já possui o educador pode estabelecer uma educação voltada
diretamente para consciência crítica, mostrando a ele (educando) que a aprendizagem
pode estabelecer um parâmetro critico do aluno perante a sociedade, mas para alcançar
este aspecto voltado para criticidade, é necessário que o aluno possua a capacidade de
compreensão daquilo que está ao seu redor, e a leitura na visão de Paulo Freire é
ferramenta fundamental para se estabelecer este senso compreensivo do educando.
A respeito da leitura Freire (2001) coloca que;
O importante não é somente trabalharmos a leitura de palavras em si,
como junções bucólicas de palavras ou letras, mas sim relê-las e
reescrevê-las; pois assim daremos sentido, nomeação e renomeação
para uma reconstrução sobre o que foi realizado. Em última instância,
isto implica em outra leitura da realidade.

O que é importante neste estágio é trabalhar uma leitura que mostre ao educando
a sua realidade, o seu dia-a-dia, estes aspectos ajudam-no a enxergar a realidade que
vive, sendo um passo de grande importância para florascismento da conscientização
crítica do aluno, já que, a partir do momento que este começa a perceber qual é a sua
verdadeira posição na sociedade, a educação passa a ser um principio de cidadania, não
apenas um processo de transmissão do conhecimento.
A ideia de conhecer a realidade e estabelecer um processo de formação do
cidadão crítico estabelecido por Paulo Freire foi analisado por Marques (2005) da
seguinte forma:
Para Paulo Freire é preciso considerar a realidade social que está
pautada na trama das relações e das correlações de forças que formam
a totalidade social. É preciso perceber as particularidades na
totalidade, porque nenhum fato ou fenômeno se justifica por si
mesmo, isolado do contexto social onde é gerado e se desenvolve,
estabelecendo desta forma uma prática educativa que não se fixa em
um espaço comum, sendo aberta a possibilidade de criar novos
ambientes educacionais.

O que se constata no principio educacional de Paulo Freire, a impossibilidade de


se estabelecer um processo educacional que não introduza a concepção do sujeito com o
mundo que ele vive, seria como estabelecer um processo educacional a um grupo de
nativos, impondo a eles apenas aspectos de outra cultura sem levar em consideração
nenhum aspecto cultural e social dos nativos, fato que aconteceu com o processo de
catequização dos nativos brasileiros durante o período colonial.
Este modelo de imposição educacional, não tem espaço na perspectiva
pedagógica de Paulo Freire, onde esta se torna uma educação rígida, sem possibilidades
de alterar o processo.
Sendo que para o próprio Paulo Freire educação deve ser entendida como um
“processo que ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, onde os homens se
educam entre si, mediatizados pelo mundo" (FREIRE, 2002, p. 68).
Para Freire uma educação fixa em currículos estáticos, e onde o principal
objetivo é a transmissão de conhecimento e a memorização deste conhecimento por
parte do aluno, não cria nenhum espaço para o aluno se transformar verdadeiramente em
um cidadão, assim, este modelo de educação bancária é extremamente criticado pelo
ele.
Este tipo de educação é explicada e ao mesmo tempo crítica por Freire (2002) da
seguinte forma:
Na visão “bancária” de educação, o “saber” é uma doação dos que se
julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa
das manifestações instrumentais da ideologia da opressão – a
absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de
alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no
outro. O educador, que aliena a ignorância, se mantém em posições
fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos
serão sempre os que não sabem. A rigidez destas posições nega a
educação e o conhecimento como processos de busca.

Ou seja, seria uma educação que não possibilita nenhuma forma de


conscientização, pelo contrário impõe um modelo no qual o aluno fica a mercê do
processo de ensino, sendo um modelo rígido sem nenhuma abertura para consolidação
do processo de formação da cidadania, apenas um processo que estabelece uma carga de
conhecimento sem a abrangência da formação humanística.
Este modelo de educação fere aquele principio que é defendido por Paulo Freire
que é de estabelecer uma educação que busque constantemente o diálogo entre o
professor e aluno, nascendo desta uma possibilidade para formação de uma consciência
crítica por parte do aluno, já que não é somente o educador o detentor do conhecimento,
ele torna-se um mediador de um processo.
Desta forma, para Freire (2002):
A educação deve ser vista como uma prática que se fixe no princípio
da liberdade, ao contrário daquela que é a prática da dominação,
implica a negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado do
mundo, assim como também a negação do mundo como uma
realidade ausente dos homens.

A educação deve ser um processo que busque de toda maneira a perspectiva


crítica do aluno, a educação tem que possuir um caráter que vai além da transmissão do
conhecimento, deve-se estabelecer dentro de um aspecto que busque a construção da
cidadania, fazendo com que o aluno tenha a capacidade de compreender a realidade que
ele vivencia.

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