Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
DANILO MOURA
1
Meu agradecimento a meus pais e a todas
as pessoas que passaram pela minha vida,
me ajudando a aumentar o meu nível
de consciência.
2
O livro
Esse livro começou a ser escrito, quando eu percebi que era uma pes-
soa ansiosa e estava num momento de evolução em que pouco a pouco,
conseguia me tornar uma pessoa menos ansiosa. O foco então do livro
era a ansiedade e como diminuí-la.
Como sou uma pessoa que possui infinitos interesses, não me prendi
a um assunto específico, mas deixei o livro aberto a tudo que vinha a mi-
nha mente durante o ato de escrever. Foi assim que escrevi desde fatos
científicos e não científicos, falando também sobre saúde física e mental.
Este livro não é só pra você, na verdade eu escrevi esse livro para por
pra fora, todas as minhas agustias e como venho conseguindo acalmá
-las, dia após dia, aumentando o meu nível de consciência. Desculpe a
sinceridade, mas é a mais pura verdade. Esse livro é um presente para
eu mesmo.
3
Ansiedade
A ansiedade é uma epidemia mundial, uma em cada três pessoas
sofre ou vai sofrer de um quadro ansioso em suas vidas.
Dizer para uma pessoa ansiosa que ela deve relaxar, se preocupar
menos, e diminuir seu ritmo mental, pode até parecer algo que ajudará,
porém muitas vezes nem a própria pessoa consegue explicar como esse
transtorno mental e físico acontece.
Às vezes podemos achar que estamos ficando loucos, pois como an-
tes conseguíamos controlar as nossas emoções e pensamentos, num es-
tado ansioso ou depressivo, ficamos a mercê das nossas emoções.
4
soas terão depressão ao longo da vida. Ela afeta um total de 11,5 milhões
de brasileiros. Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS), o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da Amé-
rica Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando
atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.
O estresse mata
Além de afetar muito a nossa qualidade de vida, pode levar a sin-
tomas de depressão e ansiedade, cada vez mais sabemos que o estresse
pode sim levar ao comprometimento da saúde física e até a morte.
Até 80% das consultas em prontos socorros com clínicos gerais são
devido a quadros ocasionados pelo estresse, e mais ainda, no Brasil o es-
tresse é a quarta principal causa de infarto agudo do miocárdio, perden-
do apenas para o colesterol, cigarro e pressão alta. Mas como o estresse
afeta nossa parte física e principalmente cardiovascular?
5
sanguíneos, levando tanto a infarto como a AVC. Essa hiperprodução
do sistema imunológico que o estresse causa não é boa para o nosso
coração nem para nosso cérebro.
6
dos pais.
Ter recebido amor nessa fase da vida, dá ao adulto mais tarde a con-
vicção de que ele é capaz e que dará conta das demandas da vida.
Aos poucos o bebê vai percebendo as coisas como são, e assim vai
passando por um processo de luto da sua ilusão, percebendo a realidade
como ela é.
7
sas ambições, estamos nos achando, acreditando que o mundo gira ao
nosso redor e isso não significa que não sejamos especiais. Apenas não
somos o centro do universo, como várias vezes acreditamos.
Expectativas
As expectativas, são experiências do passado, que misturadas a ima-
ginações de um futuro ilusório, criam uma alegoria de que algo deveria
ser de determinada forma projetada.
8
tiramos dela, do que do fato externo em si.
O córtex pré-frontal
O córtex pré-frontal fica localizado na parte de trás da nossa testa,
ele é uma dar partes mais importantes do nosso cérebro e em boa parte
o que nos diferencia do resto dos animais.
Reclamação
Segundo o dicionário reclamar significa exigir o que lhe pertence,
pedir de maneira veemente, reivindicar algo, suplicar, pedir insistente-
mente, clamar por aquilo.
A reclamação é uma das coisas que mais drena nossa energia e que
além disso nos deixa alinhados na frequência da ingratidão. As pessoas
se acostumaram a reclamar, de modo que a mente age reclamando em
9
modo padrão. Reclamam se está frio, se está quente e até mesmo quan-
do não está quente nem frio. Algumas pessoas reclamam se acordam
cedo, se acordam tarde, se trabalhamos muito, se estão sem emprego,
então elas tendem a reclamar sobre absolutamente tudo.
Todos nós queremos ser felizes e ter uma vida abundante, não signi-
fica uma vida sem desafios, mas sim como lidamos com eles.
10
Paciência com o processo
A paciência é uma das formas de nos expandirmos e nos tornarmos
pessoas melhores. Principalmente nos dias de hoje, com a tecnologia,
redes sociais e smartphones, nós estamos querendo tudo rápido demais,
na velocidade dessas coisas.
Pense na sua vida como um bebê de um grande amigo, ele está dan-
do sinais de que está começando a andar, ele já engatinha, ele faz força,
se inclina. Só que ele começa a cair e a errar. Você por acaso falaria pra
esse beber parar se fazer o que estava fazendo? Falaria para ele desistir,
pois está muito ruim? Que aquilo nem está perto de ser como uma pes-
soa realmente anda. De esse bebê realmente não tem talento pra isso.
Diria a seus pais para desistirem, pois se não andou em um dia, é por
que não é pra andar mais? Claro que não.
Então por que fazemos isso com nós mesmos? Por que quando es-
tamos engatinhando em alguma coisa não temos paciência com nós
mesmos e paciência com o processo? Logo nos irritamos, logo jogamos
tudo para o alto e desistimos. Por que não nos encorajamos, como se
estivéssemos encorajando uma criança? Por que não fazemos, como de-
veríamos fazer com um bebê? Dar a mão e falar para nós mesmos: cal-
11
ma, tá tudo bem, no seu tempo você chega lá. Continue tentando. Você
ainda vai cair muito, vai se machucar, ralar o joelho, mas um dia você
vai andar tão bem, que um dia nem se lembrará desse esforço e nem vai
precisar pensar pra andar direito.
Hoje o que mais vemos são pessoas desistindo dos 60%, 70%, 80% e
até 99% do processo nos últimos metros de corrida. Às vezes mal sabe-
mos que se dermos mais um passo, chegaremos lá. Seja lá o que esse lá
signifique para cada pessoa.
Quando sentir que quer tudo pra ontem, faça um plano daquilo que
você quer. Seja até mesmo racional nesse processo. Se queremos abrir
uma empresa, concretamente, não adiantar acharmos que em um ano o
negócio deve estar grande, sabendo que segundo as estatísticas, a maio-
ria morre antes do primeiro ano de vida.
12
ginações de como as coisas deveriam ser e caso não saiam como gosta-
ríamos, uma sensação de frustração toma conta.
Existem quatro palavras que nos ajudam a sair desse lugar tóxico
de controle: ENTREGO, CONFIO, ACEITO, AGRADEÇO. Repeti-las
como um mantra, nos ajuda a voltar para o presente e nos entrega a sen-
sação de fluidez tão importante na vida e em nossas relações, com pais,
amigos ou até relações amorosas.
CONFIAR é saber que da forma que a vida acontecer, seja com ex-
periências boas ou ruins, teremos a fluidez necessária para passar pelas
situações da forma mais leve possível.
13
não possuímos controle. Você tem absoluta certeza que estará vivo no
final do dia de hoje?
“Peço a serenidade
14
Para aceitar aquilo que não posso mudar,
A coragem para mudar o que me for possível
E a sabedoria para saber discernir entre as duas.
Vivendo um dia de cada vez,
Apreciando um momento de cada vez,
Recebendo as dificuldades como um caminho para a paz...”
Uma técnica comprovada que uso desde meus 18 anos, que me aju-
dou a passar no vestibular e fazer a faculdade dos meus sonhos, comprar
um carro, me tornar piloto de parapente, realizando meu sonho de voar
15
sozinho e abrir minha empresa, foi colar os meus sonhos num lugar
onde eu tenha que os ver todos os dias, no meu caso, meu guarda-roupa,
para que sempre que eu me arrumasse para ir trabalhar ou fazer qual-
quer coisa, eu já abrisse a porta do guarda-roupa e visualizasse os meus
sonhos. Dessa forma, eu começava o dia vibrando meus objetivos.
Veja que todos nós temos sonhos, porém com o passar dos dias e
com a rotina diária, vamos nos esquecendo deles e quando nos damos
conta, já se passaram meses sem darmos um passo em direção a eles.
Ainda hoje, 12 anos após ter iniciado o meu quadro dos sonhos,
como gosto de chamar, ainda faço exatamente da mesma forma, porém
com os sonhos atualizados.
16
é nosso amigo possui receio da nossa reação, então se cala.
17
agradável para si mesmo, banindo todas as preocupações com ela. Ne-
nhuma coisa boa torna seu possuidor feliz, a menos que sua mente este-
ja harmonizada com a possibilidade da perda; nada, contudo, se perde
com menos desconforto do que aquilo de que, quando perdido, não se
sente falta. Portanto, encoraje e endureça seu espírito contra os percal-
ços que afligem até os mais poderosos.”
Uma das ideias de Sêneca é que diante de uma situação difícil, de-
vemos imaginar qual seria o pior desfecho possível para essa situação.
Visualizar detalhadamente os piores cenários de que temos medo e que
nos impedem de tomar uma atitude, para tomarmos uma atitude e su-
perarmos o medo.
Para nós o estoicismo nos faz separar o que podemos e o que não po-
demos controlar e que devemos focar exclusivamente no que podemos
controlar. Isso diminui a reatividade emocional. Segundo Sêneca, nós
sofremos mais vezes na imaginação do que na realidade.
Nesse sentido uma poderosa técnica criada por Tim aponta que de-
vemos criar três páginas. Na primeira colocaremos um quadro chama-
do “e se?” onde devemos colocar o que queremos fazer, ou algo que
pode acontecer, escrevendo nela, o pior cenário possível caso venha a
acontecer e como nós lidaríamos com isso concretamente caso os piores
cenários possíveis viessem a se tornar realidade.
18
Numa segunda página intitularíamos “quais seriam os benefícios de
uma tentativa ou de um sucesso parcial?”. Nessa página não focaremos
nos medos, mas sim olharemos para o lado positivo. Se arriscarmos fa-
zer o que estamos pensando, quais seriam os benefícios disso? Cons-
truiríamos confiança, criaríamos habilidades emocionais e financeiras?
19
Solidão e solitude
A solidão nos coloca frente a frente com nós mesmos, nós podemos
fugir de tudo, menos de nós mesmos. A solidão nos ensina o que gos-
tamos e o que não gostamos. As redes sociais nesse sentido, criam uma
névoa, onde achamos que estamos acompanhados e não estamos. Likes
não são companheirismo.
20
que podemos ser completamente verdadeiros, sem jogos e máscaras,
apenas entregue do jeito que somos.
21
namentos, do nosso ego e o mundo real, que são coisas concretas que
realmente estão acontecendo.
22
Quanto mais treinados para trazer a mente para o momento presen-
te, mais estaremos controlando essas emoções e transcendendo o ego, e
é aí que começa a surgir a paz interior, a felicidade pura e simples de ser
quem somos de verdade.
É uma prática como tudo na vida, que precisa ser treinada e expe-
rimentada até conseguirmos o domínio da habilidade de estarmos no
presente. Estar atento ao momento presente, é uma habilidade como
qualquer outra, que é uma habilidade que já tínhamos, porém que fo-
mos perdendo com o tempo. O processo se trata de recuperar essa ha-
bilidade e notar que somos uma ótima companhia para nós mesmos.
23
momentâneos e cada prazer é equilibrado na mesma medida, no mes-
mo grau, pelo sofrimento.
Cada prazer é seguido pelo seu oposto, pois o corpo existe no mundo
da dualidade, assim, como o dia é seguido pela noite, a morte é seguida
pela vida, e a vida é seguida pela morte, tratasse de um ciclo vicioso, seu
prazer está seguido pela dor, sua dor será seguida pelo prazer, mas você
nunca ficará a vontade.
Quando você estiver num estado de prazer, ficará com medo de per-
dê-lo e esse medo, o envenenará e quando você estiver perdido na dor, é
claro, estará em sofrimento e fará todo o esforço possível para sair dele.
Apenas para voltar a ele mais tarde. Buda chama isso de roda do nasci-
mento e da morte. Seguimos nos movendo nessa roda e nos apegamos
a ela. E a roda segue em frente. As vezes aflora o prazer, as vezes o sofri-
mento, mas somos esmagados entre essas duas rochas.
24
cachorro pode ser perdoado, mas você não.
25
o que nunca desfrutou antes e isso é muito mais duradouro. Mesmo se a
música acabar, algo se prolonga nele, e a felicidade não é um alívio. A di-
ferença entre o prazer e a qualidade de felicidade, é que essa última não
é um alívio, mas um enriquecimento. Você fica mais perplexo e repleto
e começa a transbordar.
Você começa a se elevar, ela lhe dá asas você deixa de ser parte da ter-
ra grosseira e passa a ser parte do céu, você se torna luz, alegria. O pra-
zer depende dos outros a felicidade não depende tanto dos outros, mas
ainda está separada de você, o estado de plenitude não é dependente e
26
também não está separado e é o seu próprio ser e sua própria natureza.
O caminho do amor
Quando estamos vivenciando momentos dolorosos, de dúvida, mui-
tas vezes escolhemos o caminho da raiva, pois com a raiva nos fechamos
e petrificamos sentimentos, criamos até mesmo histórias negativas para
dar base aos nossos sentimentos, de forma a aparentemente tornar o
processo de superação mais fácil.
27
aprendizes e não com a solidez de algo acabado.
Tente lembrar das experiências negativas que com o passar dos anos,
lhe ensinaram lições valiosas que só foram entendidas meses ou anos
depois, mas no auge do sofrimento, a dor era tanta que te deixava inca-
paz de visualizar qualquer coisa positiva que pudesse vir a acontecer. Na
verdade quando estamos negativos e fechados, até fatos positivos não
são percebidos, pois estamos contaminados por sentimentos opostos ao
amor.
Essa frase foi dita por mim, em meu primeiro ritual de ayahuasca.
Pareceu tão incrível e genial para as pessoas que ouviram, que até hoje
elas repetem em suas conversas. É engraçado como falamos certas frases
com propriedade, como se elas fizessem tanto sentido para nós mesmos.
Dar amor quando tudo está perfeito é fácil, dar amor quando parece
que tudo vai contra é difícil.
28
arriscar um pouco mais na vida. Queremos a certeza absoluta antes de
pular em qualquer aventura. A certeza não existe, ela é apenas uma ilu-
são criada por nós mesmos para não enlouquecermos em meio ao caos
em que vivemos.
29
ela. A dor pode ser trabalhada sem que voltemos nela durante um tem-
po sem fim. Para não entrarmos num sofrimento por antecipação.
Sofrimento por antecipação é sofrer por algo que ainda não aconte-
ceu e talvez nunca chegue, porém supomos que virá, então já começa-
mos a sofrer logo.
30
à falta de objetivos na vida.
Isso não quer dizer que todos os momentos de distração podem nos
levar a uma mente vazia, da mesma maneira não quer dizer que deve-
mos estar o tempo todo realizando uma atividade mental. Todos nós
precisamos descansar e aliviar a mente, ter momentos de lazer, desde
que não sejam uma constante em sua vida. Uma mente vazia provoca
desmotivação, insatisfação e pode até tornar tal pessoa amarga, depres-
siva e sem vida.
Assim nossos sonhos vão sendo adiados para o mês que vem, para o
ano que vem ou quem sabe nunca, afinal, não temos controle sobre o fu-
31
turo, quem disse que a vida é obrigada a esperar que tudo fique perfeito
para nós ou que ainda continuaremos com a saúde e energia necessária?
32
Nossa sociedade supervaloriza a felicidade o tempo inteiro e dá uma
importância além do normal à juventude, ocultando as manifestações
de dor. Somos encorajados inconscientemente e não chorar, a guardar
nossas dores e enterrá-las onde ninguém possa vê-las, nem nós mesmos.
Enterrar nossas dores, nos faz cultivar uma angústia que pode até
nos moldar para o resto de nossas vidas. Podemos acreditar que as pes-
soas não são tão boas, que nossas conquistas não são tão importantes ou
que os nossos sentimentos não devem ser levamos tão a sério.
O ato de chorar deve ser um alerta quando vem sem motivo aparente
e choramos sem saber a real razão e assim atrapalha nos nossos afazeres.
Nesse caso, procurar a ajuda de um especialista é de extrema importân-
cia, investir em nossa saúde emocional é tão importante quanto investir
na saúde física.
Finitude da vida
Nós vivemos sob uma ilusão de imortalidade. Em nosso aniversário,
pessoas chegam até nós e nos dizem, parabéns, mais um ano de vida.
Mas não seria menos um ano de vida? Muito triste não? Claro que não!
33
Nas relações por exemplo, as vezes a pessoa está a nossa disposição,
ao nosso alcance e o que fazemos infelizmente é se adaptar e cair na
ilusão que a pessoa ficará para sempre a nossa disposição e ao nosso
alcance. Essa ilusão é perigosa, por que um dia a pessoa vai embora e
isso acontece muitas vezes num estalar de dedos. Todos nós, chegamos
num momento em que somos tratados com descaso ou quando nossa
presença não é valorizada, nós tendemos a ir embora. E é aí que no vazio
chega, sentimento mais comum que existe, que é deixado pelas pessoas
que vão embora. O arrependimento.
34
Pensamentos trazem sentimentos
Normalmente quando nos reparamos com pensamentos negativos,
eles nos trazem sentimentos ruins, e a reação instintiva é ficarmos an-
siosos e com mais medo ainda daqueles pensamentos. Ficamos chatea-
dos por te pensado naquilo de novo e tentamos lutar contra nossa pró-
pria mente, para retirar o pensamento da cabeça.
35
Perceba que nossa mente, mente e nós tratamos todos os nossos pen-
samentos como verdades absolutas. Nós somos a consciência por trás
dos pensamentos, nós temos o poder. Quando um pensamento negativo
vem, se estivermos com a mente treinada e meditando todos os dias,
conseguiremos até mesmo ser gratos pelos ensinamentos que as nossas
experiências nos trouxeram, a nossa mente interpretará com emoções
boas e não ruminativas e negativas.
36
portantíssima para conseguir tomar atitudes que não provoquem um
aumento dela, ou mesmo uma nutrição do que está trazendo a crise.
Por isso, acalmar o cérebro dando a ele boas respiradas lentas e pro-
fundas e trazer a mente para o presente, focando num ponto do corpo
é tão importante.
37
Nível de consciência
Todo ser humano possui um nível de consciência diferenciado, e é
por isso que vemos tanta diversidade, pois cada ser humano pensa de
uma forma e vê o mundo de uma forma.
38
A aceitação do momento presente e a elevação do nível de consciên-
cia é relativamente ligado ao nível de felicidade. Quanto menos resisti-
mos, mais somos felizes.
A lei da impermanência
Nós vivemos a lei da impermanência o tempo todo, ela nos diz que
tudo nessa vida passa e nada é eterno. Hoje você pode estar casado e
amanhã não estar mais casado, hoje nossos pais podem estar vivos e
amanhã não mais, ou seja, tudo é passageiro. O grande problema é que
nós temos o hábito de nos apegarmos a pessoas, momentos e bens ma-
teriais. Hoje podemos ter bens materiais e amanhã não mais, isso só
comprova que as coisas passam. Hoje estamos vivos e não existe nada
que nos dê a certeza de que amanhã estaremos.
39
sação passe o mais rápido possível e assim acabamos não entendendo o
processo.
Sem julgamento
Cada um de nós já perdeu a energia ou afastou alguém através do
julgamento. Cada vez que julgamos alguém, nós assumimos os proble-
mas dessa pessoa e em seguida nós precisamos resolver esses problemas
como se eles fossem nossos. Sempre que julgamos alguém, o que na
verdade queremos dizer é que somos melhores e que sabemos mais que
40
a outra pessoa ou que somos mais inteligentes.
O ego
Deixando Freud de lado, que considera que o ego é parte da persona-
lidade que media as demandas do id, superego e da realidade. Segundo
ele o ego nos impede de agir em nossos impulsos básicos (criados pelo
id), mas também trabalha para alcançar um equilíbrio com os nossos
padrões morais e idealistas (criados pelo superego).
41
de que temos sobre nós mesmos, e dessa forma perder a conexão com
a nossa essência. É esquecer de que somos uma centelha passando por
essa experiência temporária nesse corpo com essa história e essa perso-
nalidade.
O ego tem o seu papel em nossas vidas, não devemos acreditar tam-
bém de que ele é todo ruim, o grande problema está em acreditar que é
só isso, de que essas histórias mentais são verdadeiras, nutri-las e depo-
sitar todas as nossas esperanças e angústias nisso.
42
Quando nos conectamos com nós mesmos e sabemos quem real-
mente somos, conseguimos ter certo nível de domínio sobre o ego, a
ponto de alcançar a paz e silêncio mental que tanto procuramos.
Você já achou que sua mente é seu maior crítico? Este é seu ego gri-
tando. Para o ego, tudo é uma ameaça, tudo é uma competição e quando
estamos mais conectados com nós mesmos, conseguimos a distância
necessária para enxergar as coisas da vida com menos pressão e ansie-
dade.
43
tasioso onde somos engraçados, felizes, inteligentes e perfeitos o tempo
inteiro. O superego nos compara então, com o nosso eu ideal, e nessa
comparação oriunda da nossa mente, nós sempre saímos perdendo.
44
Quando a crise de ansiedade bater
Precisamos ter em mente que a ansiedade existe e é algo ruim, ao
menos na proporção que deixamos tomar nos dias atuais, mas é no pico
da crise de ansiedade que podemos cometer ações que nos arrepende-
remos no futuro.
Fechamento de ciclos
Quanto mais nós vamos vivendo, mais pesada vai ficando a nossa
bagagem, nós vamos acumulando coisas demais e de vez em quando
precisamos aliviar um pouco essa bagagem interior.
45
Cuidar das mágoas do passado é não permitir um ciclo, onde tudo
está bem e logo após as mágoas vem à tona, nos tirando do eixo, para
logo após ficar bem e assim por diante. Precisamos entender que quanto
maior a dor, maior a mudança, se estivermos abertos a mudar, mas caso
escolhermos apenas a dor, é isso que carregaremos.
46
Fechar um ciclo é saber também as lições e aprendizados que tira-
mos de cada situação ou relacionamento, não deixando que apenas o
lado ruim florescer dentro de nós. É preciso ter gratidão com o proces-
so, mesmo que ele seja duro, as lições muitas vezes levam tempo.
O ego ferido
O ego é um esquecimento de quem nós realmente somos, e uma
identificação com os nossos pensamentos e emoções, isto é, com a his-
tórias que criamos e contamos para nós mesmos. Com o tempo, vamos
inconscientemente nos apegando a essa parte superficial de quem nós
somos e vamos cada vez mais nos distanciando da nossa verdadeira es-
sência. Nos esquecemos da simplicidade e da pureza que é ser. De ape-
nas ser.
A planta do ego ferido caso seja regada, irá gerar sentimentos de rai-
va, angústia e por fim tristeza. É importante notar que esses sentimentos
47
apenas aparecem pois estamos cultivando esse ego, ao invés de nos fo-
carmos no presente, que é o que de fato existe.
Sempre que sentirmos que nosso ego foi ferido, devemos prestar
atenção em nossa respiração, não deixando que os pensamentos fujam
do nosso controle, pois caso isso aconteça, rapidamente entraremos
num estado reativo e perderemos nossa capacidade momentânea de
afeto e amor.
Há pessoas que já tiveram tanto o ego ferido durante suas vidas, seja
por meio de relacionamentos que não foram pra frente, ou foram pra
frente porém tiveram desilusões amorosas, ou cicatrizes gigantescas que
não foram curadas que se tornaram pessoas carrancudas, raivosas e no
final tristes.
Quando damos ouvido demais para o nosso ego, que em grande par-
te das vezes está ferido, nos identificamos com as emoções e é isso que
nos tira do momento presente e nos deixa imerso em pensamentos que
não possuem função alguma, na maioria das vezes.
48
Meditação
Na busca por silenciar o ego, a melhor forma é o autoconhecimento
e para isso, meditar todos os dias é um dos melhores remédios para
alcançar a paz mental.
49
Quando meditamos, pensamentos vem e vão, são depurados até se
silenciarem, nos permitindo viver o momento presente de forma mais
profunda, prestando atenção em nós mesmos, nossos sentimentos e
sensações.
50
Posicione sua coluna ereta de forma confortável, relaxe seus braços e
pernas, se fique da maneira mais confortável possível e comece a prestar
atenção em sua respiração.
Não desista, tente com que a meditação ao começar o dia, por pelo
menos menos 15 minutos, se torne um hábito e você faça todos os dias
para que possa começar a colher os benefícios.
Não deixe com que o fato da meditação ainda não seja um hábito
em sua vida, desanime de você fazer o que deve ser feito, que é focar no
agora e suas sensações.
51
A meditação também é uma poderosa forma de nos conhecermos,
pois em silêncio e com atenção apenas no momento presente, podemos
digerir com mais clareza assuntos que remoemos diariamente sem re-
solução.
52
perego, que segundo Freud simboliza os julgamentos dos nossos pais
para conosco. Comece a reparar que sempre que conversamos conosco,
temos uma tendência a ser mais críticos do que as outras pessoas são
com nós mesmos.
Seja por dezenas de motivos que podem ter causado esse seu quadro
ansioso, saiba que assim como você entrou nele, também existe uma sa-
ída ou ao menos um tratamento que o faça descobrir os gatilhos quando
eles começarem.
53
A cada três horas, inspire e expire fundo três vezes
Lembra que o nosso cérebro precisa de oxigênio para funcionar cor-
retamente? De três em três horas ou sempre que lembrar, inspire e expi-
re profundamente de forma lenta, oxigenando o seu cérebro e fazendo-o
funcionar assertivamente.
Lavagem nasal
Quando digo que o cérebro utiliza oxigênio como fonte de energia,
isso que dizer que caso você tenha algum tipo problema respiratório
como rinite, isso pode impactar na sua capacidade respiratória, e entre-
gando menos oxigênio ao seu cérebro, você pode sem perceber, ter uma
crise de ansiedade.
1. O preparo
54
cozinha, misturado com água, também pode ser usado. A recomenda-
ção é aquecer o líquido de forma que ele fique levemente morno e traga
mais conforto a suas narinas.
2. A ação
3. O efeito
4. A periodicidade
55
TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é ca-
racterizado, como o próprio nome indica, pela hiperatividade, desorga-
nização, agitação, falta de atenção, impulsividade, entre outros. De acor-
do com estimativas, ele atinge de 3% a 6% pessoas em todo o mundo.
Parte A
1. Com que frequência você comete erros por falta de atenção quan-
56
do tem de trabalhar num projeto chato ou difícil?
2. Com que frequência você tem dificuldade para manter a atenção
quando está fazendo um trabalho chato ou repetitivo?
3. Com que frequência você tem dificuldade para se concentrar no
que as pessoas dizem, mesmo quando elas estão falando diretamente
com você?
4. Com que frequência você deixa um projeto pela metade depois de
já ter feito as partes mais difíceis?
5. Com que frequência você tem dificuldade para fazer um trabalho
que exige organização?
6. Quando você precisa fazer algo que exige muita concentração,
com que freqüência você evita ou adia o início?
7. Com que frequência você coloca as coisas fora do lugar ou tem de
dificuldade de encontrar as coisas em casa ou no trabalho?
8. Com que frequência você se distrai com atividades ou barulho a
sua volta?
9. Com que frequência você tem dificuldade para lembrar de com-
promissos ou obrigações?
Parte B
57
3. Com que frequência você se sente inquieto ou agitado?
4. Com que frequência você tem dificuldade para sossegar e relaxar
quando tem tempo livre para você?
5. Com que frequência você se sente ativo demais e necessitando fa-
zer coisas, como se estivesse “com um motor ligado”?
6. Com que frequência você se pega falando demais em situações
sociais?
7. Quando você está conversando, com que freqüência você se pega
terminando as frases das pessoas antes delas?
8. Com que frequência você tem dificuldade para esperar nas situa-
ções onde cada um tem a sua vez?
9. Com que frequência você interrompe os outros quando eles estão
ocupados?
Como avaliar:
Se os itens de desatenção da parte A (1 a 9) E/OU os itens de hipera-
tividade-impulsividade da parte B (1 a 9) têm várias respostas marcadas
como FREQUENTEMENTE ou MUITO FREQUENTEMENTE existe
chances de ser portador de TDAH (pelo menos 4 em cada uma das par-
tes).
O questionário ASRS-18 é útil para avaliar apenas o primeiro dos
critérios (critério A) para se fazer o diagnóstico.
58
Fazer as pazes com nós mesmos
A felicidade depende de nosso estado mental, não de nossa con-
ta corrente. Concretamente, “nosso nível de felicidade vai determinar
aquilo ao qual nos apegamos e a força do sucesso ou do fracasso”. Isso é
conhecido como locus de controle, ou “o lugar em que situamos a res-
ponsabilidade pelos fatos” – um termo descoberto e definido pelo psi-
cólogo Julian Rotter em meados do século 20 e muito pesquisado com
relação ao caráter das pessoas: os pacientes depressivos atribuem seus
fracassos a eles próprios e o sucesso a situações externas à sua pessoa,
enquanto as pessoas positivas tendem a pendurar-se medalhas no peito,
atribuindo os problemas a outros.
59
E se pudéssemos estudar as pessoas em tempo real com o passar dos
anos e desde muito jovens, na adolescência até sua velhice para analisar
o que realmente mantém as pessoas felizes e saudáveis?
60
to com os indivíduos, fazendo perguntas sobre suas vidas. Muitos per-
guntam aos pesquisadores o por que de estarem sendo entrevistados, já
que acreditam que suas vidas são entediantes.
A primeira é que conexões sociais são muito boas para nós e que a
solidão mata. As pessoas que estão mais conectadas socialmente com a
família, amigos e a comunidade, são mais felizes e fisicamente mais sau-
dáveis do que as pessoas que possuem poucas conexões. E a experiência
de solidão é tóxica. Pessoas que são mais isoladas do que gostariam, des-
cobrem que são menos felizes e tem sua saúde reduzida precocemente
na meia-idade. O cérebro dessas pessoas se deteriora mais cedo e eles
vivem vidas mais curtas do que aqueles que não são solitários.
61
que as pessoas que tinham relacionamentos de confiança, tinham suas
memórias preservadas por mais tempo.
Como seres humanos, queremos algo fácil que tornaria as nossas vi-
das boas e as manteria assim. Porém relacionamentos são complicados
e zelar por amigos e família dá trabalho e é para a vida inteira.
A vida, segundo o estudo, pode ser muito mais feliz, quando tro-
camos momentos sem afeto, por momentos afetivos. Como entrar em
contato com aquela pessoa que não falamos há meses, ou anos. Ou bus-
car mais contato com nossos pais e parentes.
Notícias vs felicidade
Existe diferença entre informação e conteúdo. Muitas pessoas acre-
ditam que vendo jornais ou sites de notícias todos os dias, estarão ad-
quirindo cada vez mais conteúdo, porém na verdade estarão sendo
bombardeadas com informações, muitas vezes enviesadas e repetidas.
Notícias boas não vendem tão bem como notícias ruins, tragédias
dão muito mais dinheiro do que algo positivo, então você estará en-
chendo o seu cérebro com notícias ruins, e acabará com o sentimento de
que tudo está perdido, aumentando ainda mais a ansiedade.
62
O estresse gerado pelos noticiários, diminuem seus hormônios bons
e aumentam a sua ansiedade.
Sobre se fechar
Em determinados momentos da vida, principalmente diante de
acontecimentos ruins que nos desanimam, somos tentados a nos fechar
para a vida e situações. Não queremos mais sair de casa, pegar sol, ir
a praia, conhecer novos locais e pessoas. Entramos num estado de fe-
chamento, queremos apenas que a vida passe, pois a nos invade uma
sensação de repetição, como se não fizesse sentido ter mais esses tipos
de experiências.
Claro que sair compulsivamente apenas por sair, ver pessoas ape-
nas por ver, também não faz bem e pode causar problemas até maiores
quando é forçado, também não quero retirar a importância dos mo-
mentos de reflexão, onde queremos e precisamos ficar sozinhos, porém
se fechar por meses e anos, como acontece com muitas pessoas, pode
levar a um quadro depressivo, pois quadros depressivos são acompa-
nhados por diminuição da frequência das conexões neurais e quando
nos fechamos, estamos dando carta branca para a diminuição dessas
conexões.
63
Gratidão
A palavra gratidão foi sendo banalizada ao longo do tempo, hoje
usamos a palavra, a qualquer coisa que nos traga algo, mesmo que não
estejamos muitas vezes sentindo de verdade a gratidão dentro de nós. É
como um tudo bem que iniciamos nossas conversas no Whatsapp, em
que muitas vezes não queremos saber de verdade como a pessoa está.
64
rém com o passar dos anos ela volta para aquele nível médio de felici-
dade que ela tinha antes de ficar milionária. Algo semelhante acontece a
uma pessoa que sofre um terrível acidente, no primeiro momento a pes-
soa experimenta uma grande infelicidade mas com o passar dos anos,
ela também tem a tendência de voltar a um nível próximo de felicidade
anterior.
65
mesmo método de anotar as coisas boas acontecidas durante a semana,
percebeu uma melhora importante na saúde na saúde do coração dos
participantes.
Empatia
Algo que acabamos nos esquecendo e que muitas das vezes é a causa
dos nossos problemas, é a nossa capacidade de nos colocarmos no lugar
do outro.
“Patia” deriva da palavra grega patos, que pode ser traduzida como
emoção. A ideia de empatia é uma tentativa de sentir a emoção que o
outro está sentindo, compreender assim o que está se passando no inte-
rior da outra pessoa, da mesma forma que tentamos compreender o que
está se passando no nosso interior.
66
relação com o outro e pra lembrar que o outro por mais diferente que
seja, possui pontos em comum conosco.
Crenças limitantes
Crenças limitantes são pensamentos cristalizados, que nos fazem
conduzir nossas vidas respeitando essa configuração que está dentro de
nós.
Podemos ter vivido algo no passado, que pode ser um trauma ou si-
tuações que se repetiram muitas vezes, ou algo passado dos nossos pais
para nós, que vivemos na pele e acreditamos que é dessa forma que a
vida funciona. Na maioria das vezes nem questionamos isso.
67
traição.
No amor por exemplo, as vezes nós temos uma configuração tão dis-
funcional que precisamos aprender a amar de um jeito saudável que
nos faça felizes de verdade. Há pessoas que só conseguem sentir atração
por pessoas com corpos sarados, então todas as suas escolhas são nesse
sentido. Não que não há pessoas incríveis com corpos sarados, a gran-
de questão que uma escolha apenas baseada nisso, pode trazer grandes
decepções.
68
É importante ter em mente que todos nós temos buracos e eles, caso
seja possível só podem ser tapados com a nossa própria areia interna. O
preenchimento é interno.
69
que impede o cérebro de utilizar a serotonina produzida pelo intestino,
porém estudos comprovam que na falta da serotonina produzida pelo
cérebro, ele se utiliza da serotonina produzina no intestino, que corres-
pondem a incríveis 85% do total produzido pelo corpo.
Tem muita gente que é viciada em esporte, não porque quer só ficar
forte ou sarado, é que essas atividades oxigenam o cérebro, deixando as
respostas neurais mais assertivas, e com o ganho muscular, consegue-se
fazer as atividades diárias com mais disposição e sem sentir dor, além
do fato de que a prática de atividade física libera endorfinas que nos dão
prazer e relaxamento.
Se é tão bom, por que tanta gente desiste? A resposta é por que não
dão tempo para colherem os frutos do exercício físico. Como todo
70
mundo geralmente desiste no primeiro mês, que é o mês que sentimos
apenas a dor de sair da inércia, não colhemos os frutos de permanecer
focados. Caso nosso foco de mudança nos leve a continuar praticando
exercício, após 6 meses nos olharemos no espelho de uma forma dife-
rente, com sorriso no rosto. Os elogios após os 6 meses começam a se
tornar frequentes, a disposição de viver o dia, começa a te fazer nunca
mais querer voltar para o estado anterior de sedentarismo.
No início você só irá sentir dor. Apenas comece, você não precisa
gostar, mas precisa fazer. O prazer virá depois.
Rotina saudável
Temos uma inclinação a acreditar que rotina é invariavelmente algo
ruim, porém uma rotina bem trabalhada, nos coloca no caminho para
os nossos objetivos, e nos dá paz interior, pois com a repetição diária
de coisas que nos engrandecem, ficamos mais perto dos nossos sonhos
mais profundos.
A linguagem corporal
Quanto mais longe do cérebro, menos controle nós temos sobre de-
terminada parte do corpo. É por isso que nossas mãos dizem tanto sobre
71
o que estamos sentindo ou querendo e os nossos pés ainda mais.
Os pés também falam muito, basta reparar que quando estamos con-
versando com uma pessoa, ficamos com os pés apontados para ela, e
quando não estamos a vontade com a conversa, tendemos a apontar um
dos pés para longe da pessoa.
72
O lugar para onde nossos pés apontam, diz muito sobre o que que-
remos, basta notar que quando estamos prestando atenção em alguma
informação, mesmo que com os pés cruzados, tendemos a apontá-los na
direção do nosso foco. Por falar nisso na linguagem corporal, os pés são
mais sinceros que as mãos ou braços, já que por estarem mais distantes
do cérebro, há menos controle racional sobre eles.
Começando o dia
Se você arrumar a sua cama de manhã, você terá cumprido a primei-
ra tarefa do dia, o que vai lhe dar uma pequena sensação de orgulho e
vai encorajá-lo a fazer outra tarefa. E no final do dia, essa pequena tarefa
cumprida se transformará em várias tarefas cumpridas.
Se por algum caso tivermos um dia ruim, teremos a certeza que vol-
taremos para a nossa casa sabendo que a nossa cama está feita e que
foi feita por nós. Uma cama feita lhe dá a esperança que amanhã será
melhor.
73
Em nosso cérebro, nossa atenção fica voltada ao perigo e as sensa-
ções físicas, então ficamos mais atentos ao que o corpo está sentindo.
Nossos músculos recebem mais sangue, o que gera uma tensão mus-
cular, o que muitas vezes é percebido como tremedeiras.
A nossa pele fica com menos sangue o que a torna mais fria, pálida
e com um aumento de suor.
74
hoje as ameaças, diferentes das ameaças reais, onde um animal nos ata-
cava por exemplo, se transformou em problemas de trabalho ou de re-
lacionamento, que ativam essa resposta de luta ou fuga por vezes várias
vezes ao longo do dia, consome a nossa energia nos deixando cansados
e exaustos.
Monitorar os hormônios
Estudos mostram que o homem de hoje possui metade da testostero-
na do homem da década de 40. Isso se deve entre outros fatores ao estilo
de vida atual, onde temos fobia a luz solar, que em contato com nossa
pele estimula a produção da vitamina D, importantíssima para a nossa
regulação hormonal.
Outro fator importante apontado é que estamos cada vez mais se-
dentários em relação aos nossos antepassados, aumentando assim nosso
percentual de gordura. É sabido que as enzimas chamadas aromatases,
que ficam em nosso tecido adiposo, convertem testosterona em estrogê-
nio, baixando os níveis de testosterona.
75
O estresse aumenta muito o cortisol, hormônio que nos deixa em
posição de luta ou fuga. Não podemos demonizar o cortisol, mesmo por
que, sem ele não duraríamos algumas horas vivos, porém com a vida es-
tressante e ansiosa de hoje, este hormônio é liberado de forma excessiva
pelo organismo, causando um completo desbalanço em nosso corpo.
76
questões internas.
A energia do sol
A partir do momento que o nosso corpo se expõe ao sol, a incidência
de raios ultravioleta, provoca uma quebra e liberação de uma substância
chamada 7-dehidrocolesterol que vai para o fígado se transformar em
25-hidróxi-vitamina D e colecalciferol, já nos rins, o corpo irá produzir
o calcitriol ou a vitamina D, que na verdade não se trata de uma vita-
mina.
77
D é de extrema importância para o nosso sistema imunológico, produ-
ção de antibióticos naturais e metabolismo da glicose, pois controla a
nossa produção de insulina, sem contar o papel imprescindível no de-
senvolvimento dos neurônios, principalmente nos primeiros meses de
gravidez.
78
noma, que raramente levam à mortalidade, porque são visualizados e
extraídos a tempo em sua quase totalidade mas, mesmo nestes tipos de
câncer, se a exposição solar fosse adequada, e não houvesse uma expo-
sição solar suficiente para deixar a pele avermelhada, não haveria riscos.
79
minutos no quarto estágio, passamos rapidamente por todos os esdados
novamente e entramos no quinto estágio, chamado de sono REM.
Temos uma ideia equivocada de que rotinas são sempre ruins, po-
80
rém darmos as horas corretas de sono ao nosso corpo, proporciona uma
melhora gigantesca em nossas vidas. Ganhamos disposição, energia e
assertividade para agir.
Caso você esteja com problemas para dormir, mesmo não comendo
demais, bebendo café ou fazendo coisas que deixam o seu cérebro em
alerta antes de dormir, como mexer no celular ou no computador, existe
um suplemento que pode ajudar, que é a melatonina. A melatonina é
um hormônio produzido naturalmente pelo corpo humano. Também
conhecido como hormônio do sono, uma de suas funções básicas é in-
duzir a pessoa a dormir.
Tenha uma rotina para dormir, estipule horários para deitar e acor-
dar. No início é um desafio, porém com o tempo se transforma em saú-
de, disposição e energia de viver. Não adianta em nada alterar o estilo de
vida para viver melhor sem dar a devida atenção ao sono. Deixe o seu
quarto bem escuro, feche todas as entradas de luz durante a noite. Ape-
nas se atentando ao seu sono, você já irá perceber uma melhora incrível
em sua vida.
81
Nós focamos demais no resultado, acreditando que é o troféu que
fará toda diferença, porém esquecemos que o troféu simboliza um es-
forço. Um troféu ganho, por um esforço mínimo, não tem valor algum.
Círculo social
Lembre-se que nós somos a média das 5 pessoas com que mais con-
vivemos, parece frase de autoajuda, porém a energia, trejeitos e caracte-
rísticas das outras pessoas, são compartilhadas quando estão próximas.
Terapia
Terapia ou psicoterapia refere-se ao tratamento de problemas psico-
lógicos, emocionais e comportamentais. Através de técnicas verbais e
não verbais, o psicólogo ajuda o paciente a refletir sobre suas questões
e a encontrar formas diferentes e criativas de aliviar o seu incômodo
e melhorar seu relacionamento consigo mesmo e com os outros. Ge-
ralmente, o foco da psicoterapia é em mudar pensamentos, emoções e
comportamentos ineficientes e desfuncionais do paciente.
E se você acha que terapia é coisa de rico, saiba que existem tera-
82
peutas que praticam preços sociais, de forma a atender pessoas que não
possuem condições financeiras de sobra a ponto de se tratarem.
Você sabia que até mesmo os terapeutas fazem terapia? Eles são se-
rem humanos e também possuem suas questões a serem resolvidas.
83
ca está intimamente ligada a saúde mental. Nesse sentido, alinhando as
questões mentais e deixando elas mais claras, isso se reflete na saúde físi-
ca. Quem nunca ficou com a cabeça tão cheia de pensamentos rumina-
tivos que se sentiu exausto fisicamente? Quando estamos com questões
mentais mal resolvidas, adoecemos com mais facilidade e possuímos
dores pelo corpo com razões emocionais.
Ter um hobby
Um hobby é uma atividade feita por vontade própria em busca de
satisfação e momentos de alegria. Pode ser um esporte, um passeio, uma
arte ou outra atividade que dê prazer a quem a realiza.
Eles podem ser atividades práticas, como cozinhar, tirar fotos, correr
ou praticar algum esporte, ou podem ser intelectuais como ler, escrever
ou assistir a bons filmes.
84
Redes sociais
As redes sociais nos ajudam a nos conectarmos com quem nós gos-
tamos, nos deixando mais perto de entes queridos e assim facilitando
o contato com pessoas que muitas vezes estariam distantes. Elas tam-
bém nos ajudam no trabalho, a identificar pessoas incríveis que são as
melhores em nossas áreas e mesmo encontrar clientes para as nossas
empreitadas empreendedoras. Não há dúvida que as redes sociais trou-
xeram inúmeros benefícios à nossa sociedade.
Parece inocente, mas uma série de likes pode desencadear bem mais
do que um bom status nas redes sociais. Na verdade, eles servem como
um gatilho para sensações bem reais em nosso corpo, que ajudam a ex-
plicar o motivo de cada vez mais estamos dependentes das tecnologias.
85
Sua viagem incrível pode inconscientemente se transformar em me-
nos prazerosa quando você ver fotos que parecem ser de uma viagem
ainda melhor de outra pessoa próxima.
A ilusão de que as pessoas são o tempo todo felizes e nossa vida é ba-
nal é tentadora, ficar atento para não funcionar num modo automático,
é o primeiro passo para sair dessa armadilha.
Passado é passado
Precisamos estar cientes que se não temos problemas mentais sérios
de memória, como uma doença neurodegenerativa por exemplo, en-
tão querer esquecer o passado é impossível, ele seguirá nos cutucando
sempre que possível, esfregando certas coisas na nossa cara e até nos
colocando pra baixo em momentos que eram pra ser bons. Mesmo que
o tempo cuide de apagar certas coisas, os resquícios ainda ficarão.
86
Jamais devemos cair no erro de achar que as nossas decepções passa-
das irão nos definir pelo resto da nossa vida, pois elas não irão, a não ser
que nos entreguemos aos nossos pensamentos disfuncionais.
Estar presente
Parece óbvio falar que devemos viver o momento presente, já que
como podemos estar num lugar, sem verdadeiramente viver o presente?
Quantas vezes, ficamos por horas, sem se tocar que estamos num
modo automático, onde nos acostumamos tanto com os afazeres em
nosso dia, que estamos pensando em uma coisa e realizando alguma
outra tarefa num modo sem reflexão ou atenção nas coisas que estão nos
rodeando. Isso acontece muito mais do que podemos imaginar, nossos
pensamentos constantemente vão para longe, nos fazendo perder o que
se passa no agora.
87
na verdade ideias repetitivas que na maioria das vezes não nos levam a
lugar algum.
Os rótulos são atalhos que usamos para tomar decisões rápidas com
quantidades mínimas de informação, buscando em nossa base de dados
de preconceitos as informações para rotular as pessoas. Os rótulos desu-
manizam as pessoas, pois as transformam em conceitos, como tímido,
imprudente, desleixado ou desatento.
Transitoriedade
Tudo está em constante mudança, acreditamos que as coisas são sóli-
das, imutáveis, porém nos esquecemos que tudo, inclusive nós, estamos
se alterando dia a dia, mesmo que de forma lenta a ponto de não per-
cebermos.
88
Já notou que quando passamos muito tempo sem ver uma pessoa
e voltamos a nos ver, ela sempre consegue notar mudanças na gente,
enquanto nós mesmos, às vezes acreditamos que estamos há meses ou
anos sem mudar em nada.
Nós não somos, nós estamos. Entender que não somos algo, mas
estamos num processo de constante mudança, nos ajuda a perceber
89
que nossos erros são transitórios e que quando errarmos, se estivermos
abertos, tiraremos algum aprendizado daquilo, mesmo que na dor, que
é de onde a maioria dos aprendizados vem.
A beleza de tudo que nos cerca, está ligada ao fato de que nada dura
para sempre e sabendo disso, a vida nos dá a possibilidade de aproveitar
melhor o tempo e deixar que as nossas experiências fluam.
90
Estudos científicos mostram que o ser humano passa por um mo-
mento de muita felicidade no início da vida e ela começa a declinar com
o passar dos anos, atingindo o pico por volta dos 45 anos de idade e aí
acontece algo inesperado, ela começa a aumentar novamente.
91
forte, que sentimos o frio na barriga de nos arriscar para o desconheci-
do e inovamos em meio ao caos. É natural que nosso cérebro não se re-
corde mais com tantas cores de momentos que aconteceram há 5 ou 10
anos atrás, mas se fizermos uma força, conseguiremos sim nos lembrar
dessas loucuras que dão brilho a tudo.
Todos nós possuímos qualidades, algo que fazemos bem e que rece-
bemos elogios. A grande questão é que parece que pegamos esses elogios
e jogamos no lixo, como se fossem obrigações da vida e amplificamos
nossos erros como se eles devessem ser passados num telão em nossas
cabeças com uma grande exclamação amplificando tudo.
92
Podemos achar que no momento presente nada faça sentido, porém
somente olhando pra trás, percebemos o por que de experiências de 10
anos atrás, apenas hoje parecerem ter sido exatamente o que precisáva-
mos para o nosso desenvolvimento.
Liberdade vs obsessão
Muitas vezes confundimos liberdade com obsessão, achamos que só
por que possuímos liberdade, precisamos fazer a todo momento coisas
que nos deixam alegres, sob o risco se sermos infelizes. A liberdade está
93
justamente em poder fazer determinada coisa e escolher não fazer, pois
não é o momento ou determinada coisa não lhe agrada.
A vida é tão complexa que muitas vezes preferimos fugir de nós mes-
mos e jamais ficar sozinhos. Hoje com as redes sociais, ficar sozinho, ter
seu momento, é encarado como solidão, já que todos estão na correria
frenética de fazer tudo, estar com todo mundo e ser feliz o tempo intei-
ro. Afinal o que vão pensar de uma pessoa que tira tempo pra si mesma
e além disso aproveita a liberdade que é curtir a própria companhia?
94
ficuldades se tornam um charme, já que é óbvio que queríamos que elas
fossem logo superadas, mas sabemos que todos temos um tempo, que
difere de pessoa pra pessoa.
95
da questão.
Ele viu que homens e mulheres, crianças e velhos; todos sofriam não
só de calamidades ocasionais como guerras e pragas, mas também de
ansiedade, frustração e descontentamento, que pareciam ser parte inse-
parável da condição humana. As pessoas almejavam riquezas e poder,
adquirem conhecimento e posses, geram filhos e filhas e constroem ca-
sas e palácios, mas, não importa o que consistem, nunca estão contentes.
96
chegou à conclusão de que o sofrimento não é causado por má sorte,
por injustiças sociais ou por caprichos divinos. Na verdade, o sofrimen-
to é causado pelos padrões de comportamento da nossa própria mente.
97
Mas como fazer com que a mente aceite as coisas como são, sem
desejar? Aceitar a tristeza como tristeza, a alegria como alegria, a dor
como dor? Sidarta desenvolveu um conjunto de técnicas meditativas
que treinam a mente para experimentar a realidade tal como é, sem de-
sejos. Essas práticas nos ensinam a focar toda a atenção na pergunta
“O que estou sentindo agora?” em vez de “ O que eu preferiria estar
sentindo?”. É difícil alcançar esse estado de espírito, mas não impossível.
98
cado espiritual, pode ser considerado como o “Caminho para a Verdade
Superior”). Os budistas são pessoas que acreditam nessa lei e fazem dela
o sustentáculo de todas as suas atividades.
99
Obrigado e nunca se esqueça:
Email: dangmoura@gmail.com
Instagram: @danilomourah
100