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O Decreto-Lei n.° 1/2018, de 4 de Maio, altera o Código Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 2/2005, de 27 de
Dezembro, parcialmente alterado pelo Decreto-Lei n.° 2/2009, de 24 de Abril.
De modo a garantir a actualidade da obra Legislação Comercial, Financeira e Cambial são indicados neste docu-
mento os textos que sofreram alterações e a sua redacção actual.
ABC
Legislação Comercial, Financeira e Cambial, 1.ª Edição – Col. Legislação Moçambique. Maio de 2018
09398.10
1
Contrato de sociedade
ARTIGO 89.º
ARTIGO 90.º Responsabilidade civil
Forma do contrato de sociedade
1A –sociedade responde
O contrato civilmente
Legislação
de sociedade pelos actos
Comercial
é celebrado por ou omissõesescrito
documento de quem legal-
assinado
mente
por a represente
todos os sócios, ou ou aseus
obrigue, nos termoslegais
representantes em que como assinatura
comitente responde
notarial-
Pág. 32 pelos actos ou omissões
mente reconhecida por semelhança.dos comissários.
2 – O contrato de sociedade é celebrado por escritura pública, no caso em
É redigido o artigo 90.º. SECÇÃO II
que a realização do capital social seja feita em espécie por transferência de
Contrato
bens de sociedade
imóveis para a titularidade da sociedade.
✁ 3 – A constituição de sociedade por fusão, cisão ou transformação de outra
ARTIGO 90.º sociedade
Forma do contrato
regula-se de pelas
sociedade
respectivas disposições do presente Código.
1[Redacção
– O contrato de sociedade
introduzida pelo é celebrado
Decreto-Lei n.º 1/2018, por
de 4 de documento escrito assinado
Maio.]
por todos os sócios, ou seus representantes legais com assinatura notarial-
ARTIGO 91.º mente
Númeroreconhecida por semelhança.
mínimo de sócios
2 – O contrato
1 – O número mínimo de sociedade é celebrado
de sócios por escritura
numa sociedade pública,
comercial é deno caso
dois, em
salvo
que a realização do capital social seja feita em espécie
quando a lei exija número superior ou permita que a sociedade seja consti- por transferência de
bens imóveis para
tuída por um só sócio. a titularidade da sociedade.
3–
2 – Contam
A constituição
como de umsociedade
só sócio por fusão, cisão
as pessoas ou transformação
singulares de outra
ou colectivas, cuja
sociedade regula-se pelas respectivas disposições
participação for adquirida em regime de contitularidade. do presente Código.
[Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
Duração ARTIGO 96.º
1 – A sociedade dura, em princípio, por tempo indeterminado.
2 – Se a duração tiver sido fixada no contrato de sociedade só pode ser
prorrogada por deliberação a tomar antes desse período haver terminado; de-
pois desse facto, a prorrogação só pode ser deliberada por unanimidade, salvo
disposição legal em contrário.
ABC
Legislação Comercial, Financeira e Cambial, 1.ª Edição – Col. Legislação Moçambique. Maio de 2018
nal.
09398.10
ABC
Legislação Comercial, Financeira e Cambial, 1.ª Edição – Col. Legislação Moçambique. Maio de 2018
mente satisfeito pelo devedor, o sócio deve realizar em dinheiro o crédito ou
09398.10
a parte não recebida pela sociedade no prazo de oito dias após o vencimento.
4 – Se por qualquer motivo houver desconformidade para menos entre o
3
valor dos bens à data da realização e o valor resultante da avaliação, o sócio é
responsável pela diferença, que deve realizar em dinheiro até ao valor nominal
a) consultar os livros de actas da assembleia geral;
b) consultar o livro de registo de ónus, encargos e garantias;
Pág. 39 c) consultar o livro de registo de acções;
d) consultar os registos de presenças, LIVRO SEGUNDO
quando existam; 39
É redigido o n.º 1 do artigo 116.º. Sociedades Comerciais
e) consultar todos os demais documentos que, legal ou estatutaria-
mente, devam ser patentes aos sócios antes das assembleias ge-
✁ Momento da realização das participações de capital ARTIGO 116.º
rais;
1 – As participações do capital social são realizadas à data do acto de
f) solicitar aos administradores e, quando existam, ao fiscal único ou
constituição, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. [Redacção introdu-
aos membros do conselho fiscal quaisquer informações pertinen-
zida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
tes aos assuntos constantes da ordem de trabalhos da assembleia
2 – A realização das participações em dinheiro pode ser diferida nos ter-
geral antes de se proceder à votação, desde que razoavelmente ne-
mos fixados para cada tipo de sociedade.
cessárias ao esclarecido exercício do direito de voto;
3 – A entrega dos bens, em realização de uma participação de capital em
g) requerer, por escrito, à administração, informação escrita sobre a
Pág. 42 espécie, só pode ser diferida se nisso tiver interesse a sociedade e sempre
gestão da sociedade, nomeadamente sobre qualquer operação so-
É revogadopara
o n.ºdata certa,
2, são que deve
redigidos os n.ser
os mencionada no acto constitutivo.
cial3,em
4 eparticu
5 e introduzidos
lar; os n.os 6, 7, 8 e 9 ao artigo 122.º.
4 – Caso o diferimento da realização de uma participação de capital em es-
h) requerer cópia de deliberações ou lançamentos nos livros referidos
pécie seja superior a um ano, deve ser objecto de novo relatório a elaborar por
✁ nas alíneas a) a d).
auditor ou sociedade de auditores de contas e, sendo o seu valor inferior ao
2 – [Revogado pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
resultante da avaliação anterior, aplica-se o disposto no n.º 4 do artigo 112.º.
3 – O sócio tem direito a consultar e a obter cópia de qualquer acta de As-
5 – Sendo a sociedade privada, por acto legítimo de terceiro, de bem já
sembleia Geral, a qualquer momento, sem necessidade de autorização dada
prestado pelo sócio ou tornando-se, quando diferida nos termos do n.º 3,
pela administração. [Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
impossível a entrega, o sócio deve realizar em dinheiro o valor nominal da
4 – O sócio tem ainda o direito de consultar e obter cópia de acta da admi-
sua participação, no prazo de oito dias após a verificação de qualquer daque-
nistração, mediante prévia autorização desta, que pode recusar fundado no
les factos.
entendimento de que a acta da administração contém matéria confidencial,
segredo comercial, industrial ou acto não passível de divulgação ao público ou
Cumprimento da realização de participação de capital ARTIGO 117.º
ainda de negócio em curso, cuja acessibilidade e eventual divulgação é sus-
1 – Os direitos da sociedade à realização das participações de capital são
ceptível de causar dano à sociedade. [Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de
irrenunciáveis e insusceptíveis de compensação.
4 de Maio.]
2 – O sócio que não realizar pontualmente a participação a que está obri-
5 – É lícito os estatutos exigirem a titularidade de uma percentagem mí-
gado, responde, para além do capital vencido, pelos respectivos juros mora-
nima, que não pode ser superior a cinco por cento do capital social, para o
tórios e ainda pelos demais prejuízos que do seu incumprimento resultarem
exercício do direito de informação previsto na alínea g), do n.º 1, do presente
para a sociedade.
artigo. [Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
3 – Enquanto se verificar o incumprimento, o sócio não pode exercer os
6 – O sócio que utilize, em prejuízo da sociedade, informação assim obtida
direitos sociais correspondentes à parte em mora, nomeadamente o direito
responde pelos danos a esta causada. [Aditado pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
aos lucros.
7 – O sócio a quem seja prestada informação falsa, incompleta ou manifes-
tamente não elucidativa, pode requerer ao tribunal exame judicial à sociedade
Direitos dos credores quanto às entradas ARTIGO 118.º
nos termos do artigo 124.º. [Aditado pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
1 – Os credores de qualquer sociedade podem:
8 – Em caso de recusa da informação solicitada, o sócio pode requerer ao
a) exercer os direitos da sociedade relativos às participações de capi-
tribunal que ordene que esta lhe seja prestada, fundamentando o pedido, ou-
tal não realizadas e exigíveis;
vida a sociedade, o juiz decide sem mais provas no prazo de 10 dias. [Aditado pelo
b) promover judicialmente a realização das participações de capital
Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
antes de exigíveis, desde que isso seja necessário para a conserva-
9 – Se o pedido for deferido, os administradores responsáveis pela re-
ção da adequada garantia dos seus créditos.
cusa podem indemnizar o sócio pelos prejuízos causados e reembolsá-lo das
2 – A sociedade pode ilidir o pedido desses credores, satisfazendo os seus
despesas que fundadamente tenha realizado. [Aditado pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de
créditos, quando vencidos, ou, quando por vencer, garantindo adequadamente
4 de Maio.].
tais créditos ou satisfazendo-os com o desconto correspondente à antecipa-
ção.
ABC
Legislação Comercial, Financeira e Cambial, 1.ª Edição – Col. Legislação Moçambique. Maio de 2018
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4
Pág. 46
É redigido
46
o artigo 129.º. LEGISLAÇÃO COMERCIAL
✁
46
ARTIGO 129.º Competência da Assembleia Geral
LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1 – Compete, exclusivamente, à Assembleia Geral deliberar sobre as se
guintes matérias:
a) o balanço
ARTIGO 129.º Competência e contas de exercício anual;
da Assembleia Geral
b) o relatório da administração
1 – Compete, exclusivamente, e o parecer
à Assembleia do órgão
Geral de fiscalização;
deliberar sobre as se
c) aplicação
guintes matérias: dos resultados do exercício anual, distribuição de lucros,
neste caso, a ser feita até seis
a) o balanço e contas de exercício anual; meses após a deliberação, e trata
mento a dar a prejuízos;
b) o relatório da administração e o parecer do órgão de fiscalização;
d)
c) eleição
aplicaçãoe destituição
dos resultadosdos do
membros
exercíciodaanual,
Mesa distribuição
da Assembleia Geral,
de lucros,
havendo, da administração, e do órgão de fiscalização, nestes
neste caso, a ser feita até seis meses após a deliberação, e trata últi
mos, seja qual for a causa;
mento a dar a prejuízos;
e) a
d) chamada
eleição e reembolso
e destituição dosde suprimentos;
membros da Mesa da Assembleia Geral,
f) a
havendo, da administração, e do órgãosuplementares;
chamada e restituição de prestações de fiscalização, nestes últi
g) a chamada
mos, e restituição
seja qual for a causa;de prestações acessórias;
h)
e) aa estatuição
chamada eereembolso
remoção de dedireitos especiais de sócios;
suprimentos;
i) amortização de quotas devendo,
f) a chamada e restituição de prestações no caso de amortização por exclu
suplementares;
são de sócio, ser acompanhada do relatório
g) a chamada e restituição de prestações acessórias; de avaliação feita por
auditor independente;
h) a estatuição e remoção de direitos especiais de sócios;
j)
i) a exclusão de sócio;
amortização de quotas devendo, no caso de amortização por exclu
k) osãoaumento
de sócio,e redução do capitaldo
ser acompanhada social, salvodedisposição
relatório avaliação legal di
feita por
versa;
auditor independente;
l)
j) a
a fusão,
exclusãocisão, transformação e dissolução da sociedade;
de sócio;
m) outras alterações
k) o aumento e redução de estatuto quesocial,
do capital não sejam
salvoconsequência directa
disposição legal di
de deliberações
versa; tomadas, bem como outras matérias que, por dis
l) posição
a fusão, legal
cisão,ou estatutária, não
transformação estejam compreendidas
e dissolução da sociedade; nas com
petências de outros órgãos da sociedade.
m) outras alterações de estatuto que não sejam consequência directa
2 – Compete ainda a Assembleia
de deliberações tomadas, bem Geral,
comosalvo disposição
outras matériasestatutária em
que, por dis
contrário: posição legal ou estatutária, não estejam compreendidas nas com
a) fixar a remuneração
petências dos órgãos
de outros órgãos sociais, atribuindo essa compe
da sociedade.
tência a uma comissão da qual
2 – Compete ainda a Assembleia Geral, salvo não façam parte osestatutária
disposição membros dos em
contrário: órgãos sociais;
b)
a) alienar e onerar participações
fixar a remuneração dos órgãossociais;
sociais, atribuindo essa compe
c) designar o auditor externo.
tência a uma comissão da qual não façam parte os membros dos
[Redacçãoórgãos
introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
sociais;
b) alienar e onerar participações sociais;
ARTIGO 130.º Participação do sócioona
c) designar assembleia
auditor geral
externo.
1[Redacção
– Salvointroduzida
disposição legal em contrário,
pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, todos
de 4 de os sócios têm direito a par
Maio.]
Pág. 46 ticipar nas reuniões da assembleia geral e aí discutir e votar.
São redigidos os n.os 2 e 3 do
ARTIGO 130.º 2 – O 130.º.
artigo
Participaçãosócio
do pode
sócio fazerse representar
na assembleia geral na Assembleia Geral pelo cônjuge,
descendente ou ascendente, por
1 – Salvo disposição legal em contrário,outro sócio, por os
todos administrador, por terceiro
sócios têm direito a par
ou por
ticipar mandatário.
nas reuniões [Redacção
da introduzida
assembleia pelo
geral Decreto-Lei n.º 1/2018,
e aí discutir de
e votar. 4 de Maio.]
✁
3
2– –O instrumento
O sócio de representação
pode fazerse representarvoluntária,
na Assembleia a queGeral
se refere o n.º 2,
pelo cônjuge,
deve contudo constar de documento escrito, bastando carta
descendente ou ascendente, por outro sócio, por administrador, por terceiro mandadeira, as
sinada pelo sócio e sem qualquer outra formalidade, dirigida ao
ou por mandatário. [Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.] presidente da
Mesa da Assembleia Geral. [Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018,
3 – O instrumento de representação voluntária, a que se refere o n.º 2, de 4 de Maio.]
ABC
Legislação Comercial, Financeira e Cambial, 1.ª Edição – Col. Legislação Moçambique. Maio de 2018
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5
mentos donde elas 2constem. – Ao presidente da mesa, antes de iniciar a assembleia, compete verifi-
car
2 – A acta deve conter, o quorum, através dos registos de assinaturas constantes do livro de pre-
pelo menos:
senças.
a) local, dia, hora e ordem de trabalhos da reunião;
Pág. 48
b) o nome de quem presidiu à reunião;
É redigido oARTIGO 139.º
n.º 2 do artigoMaioria139.º.
c) o nome de quem secretariou a reunião;
d) a referência 1 – Emaos nenhum
documentos casoese considera
relatórios tomada uma
submetidos deliberação que não tenha
à assembleia;
✁ sido aprovada pelo número de
e) o exacto teor das deliberações propostas e o resultado das votos exigidos na lei ou nos res
estatutos.
2 –
pectivas votações; Para a determinação da maioria exigida na lei ou nos estatutos, não
f) a expressa menção do sentido do voto de algum sócio que assim o de votar nos
contam as abstenções nem os votos dos que estão impedidos
termos do artigo 131.º. [Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
requeira;
g) as assinaturas 3 – A atribuição
de quem presidiu dos votos, o quorum
à reunião dade reunião das
assembleia assembleia
geral ou gerais e a
formação das maiorias necessárias
de quem presida à reunião seguinte e a de quem tiver secretariado às deliberações, consoante as matérias,
obedecem
a reunião. às regras fixadas na lei para cada tipo societário.
Pág. 51
3 – No livro de actas ou nas folhas soltas deve ser inscrita menção das
É redigido odeliARTIGO 140.º
n.ºberações
4 do artigo Unidade
147.º. por
tomadas de voto
escrito, nos termos dos n.os 3 e 4 do artigo 128.º, e
1
das deliberações que constem de – Os votos que cada sócio
escritura tenha
pública oudireito não podemfora
de instrumento serde emitidos em sen-
tidos diversos numa mesma
notas, sendo arquivadas cópias desses documentos na sociedade. votação, nem ser apenas parcialmente exercidos.
52✁ 2 –
LEGISLAÇÃO A violação
COMERCIAL do disposto no número anterior importa que todos os votos
4 – As actas podem ser lavradas em documento avulso, devendo conter a
emitidos pelo sócio nessa votação sejam
assinatura dos sócios. [Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.] computados como abstenções.
5 – Nenhum sócio 3 – tem
Um osócio deverque de represente
assinar as actas outrosque pode nãovotar
estejam em con
sentido diverso dos
a primeira
seus administração
representados e bem ser designada
assim deixar pelos
de sócios
exercer o no
seu
LIVRO SEGUNDO
acto constitutivo
direito de voto ou noso57
signadas no respectivo livro ou nas folhas soltas, devidamente numeradas e
termos
dos seus da alínea i)
representados. do n.º 1 do artigo 92.º. Sociedades Comerciais
rubricadas.
Pág. 52 4 – A pessoa singular, designada por uma pessoa colectiva que for no-
ARTIGO 141.º Falta deadministrador
meada assentimento dos sócios de uma sociedade anónimaSECÇÃO para exercer
Acta notorial X1 tal cargo, pode
ARTIGO 148.º
É redigido o artigo 150.º. ser destituída desse cargo, por acto da pessoa colectiva que a tiver designado,
1 – As actas sãoSalvo disposição
lavradas legal ouem
por notário, estatutária
Livros em contrário,
e contas
instrumento as deliberações
das sociedades
avulso, quando a dos só-
independentemente
cios que tenham por de deliberação
objecto direitos da assembleia
especiais de geral
algum daou sociedade.
alguns sócios ou
lei o determine ou quando algum sócio o solicite, por escrito, à administração
✁ categorias de sócios não produzem
com uma antecedência mínima de três dias úteis em relação à data da assem quaisquer SUBSECÇÃO
efeitos enquanto I os titulares de
ARTIGO 150.º tais Deveres dos não
direitos administradores
tiverem dado dao sociedade
seu assentimento,
Livros das expressa
sociedades ou tacitamente.
bleia.
1 – Os administradores de uma sociedade devem actuar com diligência de
2 – A intervenção do notário, na elaboração da acta da assembleia geral,
ARTIGO 142.º um gestor criterioso
nulas e coordenado, no interesse daobrigatórios
sociedade, tendo em conta
pode dispensar Deliberações
a ulterior formalidade de escritura pública Livros nos casos em que ARTIGO 167.º
os interesses
1 – de dos
Sãoescrituração sócios
nulas as deliberações e dos trabalhadores.
dos sócios:
esta1 seja
– Além dos livros
obrigatória. e controlo fiscal previstos no artigo 43.º,
as sociedades, de 2 – Os
acordo a) administradores
tomadas
com o seu em
tipo, não podem,
assembleia
devem geral
ter o: sem
nãoe prévio
convocada,consentimento expresso
salvo o disposto no
3 – A acta notarial só tem que ser assinada pelo notário por duas teste
a) livro dos
de sócios,
actas da exercer
n.º 2 do por conta
artigo 128.º;
assembleia geral; própria ou alheia, actividade comercial concor-
munhas, sendo dispensáveis as assinaturas dos sócios.
b) livro de rente actascom aadministração;
actividade
b)datomadas por abrangida
escrito quando no objecto
algumsocialsóciodanão sociedade, salvo sepor
tenha exercido já
exerciam
c) livro de actas doescrito essa actividade
órgão de o direito anteriormente
de votoquando
fiscalização, à
nos termos sua
este nomeação
do para o
n.º 4 do artigo 128.º;
existir; cargo sendo
SUBSECÇÃO III
d) livro de essa actividade
registo c) dequeónus,conhecida
sejam de etodos
contrárias
encargos aosos sócios.
bons costumes;
garantias. Administração
2 – Do livro de 3registo – Éd)proibido
sobre
referido aosna
matéria administradores:
que não
alínea d) esteja,
do númeropor leianterior
ou por natureza,
devem sujeita a deli-
constar todas as garantiasberação a) celebrar
pessoaisdos contratos
sócios
e reais que com
oua não a sociedade,
constepreste,
sociedade obter
da ordem bem garantias
de da sociedade
trabalhos;
como
Administração ARTIGO 149.º
e) quee suasviolem obrigações, receber pagamentos por conta de obrigações
todos1 –osOsónus e encargos
administradores que
podem sernormas
incidam sobrelegais
pessoas bens destinadascom principal
da sociedade
singulares e ainda
plena ouas
capaci exclusivamente à
limitações à plena titularidadepessoais
tutela oude contraídas
credores
disponibilidade da ou receber
sociedade
de bens adiantamentos
ouda do interesse
sociedade; de mais
público.
em de um mês
dade jurídica e pessoas colectivas.
anexo 2 –ser de remuneração mensal;
Acolectiva
nulidade de uma deliberação não pode deve
ser dearguida se já tiverem de-
2 – ao
Selivro
umadevempessoa arquivadas for cópias
designadados actos ou contratos
administrador, que as
nomear
b) tomar ou usar desobre
empréstimo ouseude crédito, recursos ou bens da
uma pessoa singular para exercer o cargo em sua representação; a pessoa pelo Ministério
referidas situaçõescorrido mais
decorram. de cinco anos a data do registo, salvo
livrosPúblico
3 – Osresponde devem estarsociedade,
se a deliberação
sempre em proveito
naaconstituir
sede próprio ou de
facto criminalmente
da designada
sociedade terceiros,
outropunível
ou emactos desta. sem prévia
local para que autori-
a lei
colectiva solidariamente com pessoa pelos
situado no país, estabeleça
desde que zação
prazo
este da
localAssembleia Geral;
prescricional
tenha sido,superior.
para o efeito, comunicado à
3 – A composição, designação, destituição e funcionamento da administra
entidade competente c) receber
para o registo decomercial
terceiros pela qualquer vantagem da pessoal,
socie- seja qual for a
ção devem obedecer às regras fixadas para cada tipoadministração
de sociedade, devendo
dade. forma que revista, em razão do exercício do cargo;
4 – Os livros referidos d) praticar
nas alíneas actosa)de e liberalidade à custaestar
d) do n.º 1 devem da sociedade,
patentes salvo se autori-
zado previamente pela
para consulta dos sócios durante, pelo menos, duas horas por dia às horas Assembleia Geral e essa liberalidade
de for em
serviço. benefício dos empregados da sociedade ou da comunidade onde
aquela actue, em vista das
5 – O livro referido na alínea d) do n.º 1 deve estar patente para consulta de responsabilidades sociais da sociedade;
qualquer interessado durante e) aproveitar
o período vantagens,
referido no para si mesmo
número anterior.ou para outrem, à custa de
ter deixado de aproveitar
6 – Todos os lançamentos no livro referido na alínea d) do n.º 1 que oportunidade de negócio dei- do interesse da
sociedade.
xem de ser actuais devem ser inutilizados pela administração, por forma bem
visível mas que não[Redacção impeçaintroduzida
a leitura pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
do lançamento, devendo o responsável
assinar e apor à margem a data da inutilização.
ARTIGO 151.º
7 – QualquerCompetência
interessadoda administração
pode requerer o lançamento nos livros de acto
1 – À administração
relativo à sociedade que neles deva constar. das sociedades compete gerir e representar a socie-
Pág. 57 dade, nos termos fixados parao cada tipo de sociedade.
8 – A qualquer sócio ou interessado que requeira deverá ser fornecida,
É revogadono o n.º 9 do
mais artigo
curto 167.º. de tempo e em prazo não superior expressa
espaço 2 – Independentemente da autorização a oito dias, noscópia
estatutos, a socie-
dade pode, mediante autorização
de qualquer acta ou lançamento em livro, a cuja consulta tenha direito, a um da assembleia geral ou do conselho de admi-
nistração,
preço a ser fixado pela administração. caso exista, propor gerentes para o desempenho de algum ramo de
✁ negócio que se integre no seu objecto ou nomear auxiliares para a representar
9 – [Revogado pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
em determinados actos ou contratos ou, por instrumento notarial, constituir
procuradores
Responsabilidadepara a prática de determinados
pelos vícios ou irregularidadesactos ou categoriaARTIGO 168.º
dos livros de actos.
3
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ABC
A sociedade é responsável pelos
Legislação Comercial, Financeira e Cambial, 1.ª Edição – Col. Legislação
os Moçambique. Maio de 2018
referidas
ou irregularidades verificados nos seus nos n. 1 e 2 nos mesmos
livros sociais. termos em que os comitentes respondem
09398.10
pelos actos e omissões dos comissários.
6
78 LEGISLAÇÃO COMERCIAL
78 LEGISLAÇÃO COMERCIAL
Pág. 78
SECÇÃO XIII1
É redigido o artigo 246.º. SECÇÃO XIII1
Publicidade dos actos sociais
Publicidade dos actos sociais
✁
ARTIGO 246.º Actos sujeitos a registo e publicação
ARTIGO 246.º Actos
1 –sujeitos
Os actosa registo e publicação
relativos à sociedade estão sujeitos a registo e publicação nos
1 – Os
termos actos relativos à sociedade estão sujeitos a registo e publicação nos
da Lei.
termos da Lei.
2 – Estando a sociedade sujeita a IRPC e obrigada a ter contabilidade or-
2 – Estando
ganizada, a sociedade
o balanço e contassujeita
anuaisa submetidos
IRPC e obrigada a ter contabilidade
à Assembleia Geral são, or-
no
ganizada, o balanço e contas anuais submetidos à Assembleia
prazo de 90 dias após a realização da mesma, depositadas na Conservatória Geral são, no
prazo de 90 dias
do Registo após a realização
de Entidades Legais, podendoda mesma, depositadas
qualquer na Conservatória
interessado requerer por
do
escrito a sua disponibilização àquela entidade ou a sociedade. requerer por
Registo de Entidades Legais, podendo qualquer interessado
escrito a sua disponibilização àquela entidade ou a sociedade.
[Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
[Redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
88 LEGISLAÇÃO COMERCIAL
ARTIGO 247.º Publicações
ARTIGO 247.º Publicações
1 – As publicações devem ser feitas a expensas da sociedade no Boletim
1 – As publicações devem ser feitas a expensas da sociedade no Boletim
da República.
Pág. 78 de República.
da liquidada a sociedade, e após a devolução aos sócios capitalistas das suas
2 – Nas sociedades, seja qual for o tipo societário, os avisos, anúncios e
respectivas
2 –artigo quotas no capital.
Nas sociedades, seja Se houver
qual foraos algum
o tipo lucro remanescente
societário, os avisos, o mesmo
São introduzidos os n.os 3 econvocações
4 ao 247.º.
dirigidos aos sócios ou credores, quando a lei ouanúncios
o contratoe
é repartido entre
convocações todosaos
dirigidos os sócios
sócios ou na aos
proporção estipulada
credores, quando no
a contrato
lei ou o de so
contrato
de sociedade mandem publicá-los, devem ser publicados num dos jornais
ciedade
de ou, na mandem
sociedade sua omissão, na formadevem
publicá-los, prevista nos
ser n.os 1 e 2 deste artigo.
publicados num dos jornais
✁ mais lidos do local da sede da sociedade.
mais lidos do local da sede da sociedade.
3 – O teor da publicação de constituição de sociedade comercial é feito por
3 – O simplificado,
extracto teor da publicação podendode constituição de sociedade
qualquer interessado comercial
obter a cópiaé do
feito por
pacto
CAPÍTULO
extracto IV
simplificado, podendo qualquer interessado obter a cópia do pacto
social junto da Conservatória do Registo de Entidades Legais ou da sociedade.
Sociedade
social junto por quotas
da Conservatória do Registo de Entidades Legais ou da sociedade.
[Aditado pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
[Aditado pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
4 – O extracto simplificado deve conter os seguintes elementos:
SECÇÃO I
4 – O extracto simplificado deve conter os seguintes elementos:
a) data de registo;
Disposições gerais
a) data de registo;
b) número único de entidade legal;
b)
c) número único de entidade legal;
data de constituição da sociedade;
ARTIGO 283.º Características
c) data de constituição da sociedade;
d) firma;
1 – Nad) sociedade
firma; por quotas o capital está dividido em quotas e os sócios
e) sede social;
são solidariamente
e) responsáveis pela realização do capital social nos termos
f) sede social;
objecto social;
prescritosf) neste capítulo.
objecto social;
g) capital social;
2 – Asg) quotas não podem ser incorporadas em títulos negociáveis.
capital social;
h) forma de distribuição do capital social entre os sócios, com iden-
3 – Osh) sócios
forma apenas
de são obrigados
distribuição do capitala outras
socialprestações
entre quandocoma leiiden-
ou o
tificação destes e respectivos números únicososdesócios,
identificação tri-
contrato detificação
sociedade assim
destes e o estabeleçam.
respectivos números únicos de identificação tri-
butária;
butária;
i) forma da administração e forma de obrigar a sociedade;
ARTIGO 284.º Sociedade i) entre cônjuges
j) forma da administração
identificação dos membros e forma de obrigar a sociedade;
da administração.
É lícita
j) e pode ser constituída
identificação dos membros sociedade
da por quotas de responsabilidade
administração.
[Aditado pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, de 4 de Maio.]
limitada entre
[Aditado cônjuges, seja qual
pelo Decreto-Lei n.º 1/2018, forMaio.]
de 4 de o regime de bens do casamento.
ABC
Legislação Comercial, Financeira e Cambial, 1.ª Edição – Col. Legislação Moçambique. Maio de 2018
2 – A responsabilidade prescrita no número antecedente abrange apenas
09398.10
as obrigações assumidas pela sociedade enquanto o sócio a ela pertencer e
7
Divisão e transmissão de quotas
presidente
para ou por
realização da outros dois geral
assembleia administradores,
ordinária. devendo reunir, pelo menos,
O contrato de sociedade pode clausular que a sociedade anónima tenha
uma vez em cada mês, salvo se o contrato de sociedade dispuser diferente-
um só administrador, que pode ser pessoa estranha à sociedade, desde que
ARTIGO 416.º mente.
o capital social Convocação
não exceda da assembleia
quinhentos mil meticais; aplicam-se ao adminis-
2
1 –
– O
O conselho
aviso de administração
convocatório deve ser não pode deliberar sem que esteja
trinta pre-
trador único as disposições relativas ao conselho de publicado
administração com, que pelo menos,
não dias
sente
de ou representada
antecedência a maioria
relativamente à dos seus membros.
assembleia geral.
pressuponham a pluralidade de administradores.
3
2– – As
Os deliberações
estatutos podem são tomadas
impor outras por maioria dos votos
formalidades nados administradores
convocação dos ac-
cionistas
Descarregue gratuitamente actualizações legislativas eem
online podem permitir a substituição
dase publicações
www.pluraleditores.co.mz porARTIGO 420.º
expedição de
ABC
Duração do mandato representação
Legislação Comercial, Financeira e Cambial, 1.ª Edição – Col. Legislação Moçambique. Maio de 2018
09398.10 1 – Os administradores são nomeados ou eleitos por um período de quatro sejam nomi-
cartas dirigidas aos sócios com a mesma antecedência, quando
anos, salvo se onativas todas
contrato de as acções da
sociedade sociedade. um período mais curto,
estabelecer
podendo ser reeleitos uma ou mais vezes. 8
2 – Findo o prazo do mandato, os administradores mantém-se em funções
até serem designados novos administradores.