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Administração
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados,
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até
cinco dias úteis para respondê-lo (a).
Como conceito geral de controle patrimonial público, temos a analogia que compreende o conjunto de
bens, os direitos e a obrigações avaliáveis em moeda corrente, ao qual compõem a Administração
Pública.
De acordo com o código Civil, dentro do Art. 98: “São públicos os bens de domínio nacional
pertencentes à União, aos Estados, ou aos Municípios. Todos os outros são particulares, seja qual for a
pessoa a que pertencerem”.
É fato, que o controle patrimonial eficiente é imprescindível tanto nos empreendimentos de domínio
público, quanto nos privados. O total controle dos mesmos é de grande valia perante os gestores, pois
auxilia no processo de Gestão Patrimonial, garantindo a otimização dos recursos, viabilizando o controle
burocrático.
O Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não,
adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que
seja portador e represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços
públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. O patrimônio
público é estruturado em três grupos:
Ativos: são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços;
Passivos: são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos
se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos
ou potencial de serviços;
Patrimônio Líquido (Saldo Patrimonial): é o valor residual dos ativos da entidade depois de
deduzidos todos seus passivos.
Os conceitos de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas não especificam os
critérios para seu reconhecimento. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou
patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma
legal. A classificação do ativo e do passivo considera a segregação em “circulante” e “não circulante”,
com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade, conforme disposto na NBC T 16.6 (R1) -
Demonstrações Contábeis. Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a
entidade tenha uma obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer
de uma certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de um contrato
ou de requisitos estatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por
mercadorias e serviços recebidos.
Situação Patrimonial1
A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros
recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida no Balanço Patrimonial como patrimônio líquido.
A situação patrimonial líquida pode ser um montante positivo ou negativo. Deste modo os itens que
Integram o patrimônio líquido são: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e outros
desdobramentos. No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos
resultados acumulados de períodos anteriores. O resultado patrimonial do período é a diferença entre as
variações patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações
Patrimoniais, que evidencia o desempenho das entidades do setor público.
Além do aporte de recursos e do pagamento de dividendos que podem ocorrer, é relativamente comum
que ativos e passivos sejam transferidos entre entidades do setor público. Sempre que tais transferências
1
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª Edição – Exercício 2017
Bens Públicos
Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta.
Todos os demais são considerados particulares.
Segundo Meirelles2, bens públicos, “em sentido amplo, são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas,
imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades
estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais.”
Portanto, segundo este conceito, a categoria de bem público abrange inclusive o patrimônio das
entidades estatais dotadas de personalidade jurídica de direito privado. Seguindo esta linha, domínio
público é o conjunto de bens públicos, não importando se o bem pertence realmente ao Estado, pois,
bens particulares que estejam ligados à realização de serviços públicos também são considerados bens
públicos.
- Bens de uso especial: são aqueles destinados a uma finalidade específica. Exemplo: Bibliotecas,
teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral.
- Bens dominicais: não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial.
“Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real,
de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC). Os bens dominicais representam o patrimônio
disponível do Estado, pois não estão destinados a nenhuma finalidade, e em razão disso o Estado figura
como proprietário desses bens. Exemplo: Terras devolutas.
Um outro aspecto que deve ser destaca a respeito dos bens públicos é segregação dos bens de uso
comum pela STN - Secretaria do Tesouro Nacional.
A partir da 4ª edição do MCASP (Parte II) STN passou a segregar os bens de uso comum do povo em
duas classes de ativos, conforme segue:
Bens do Patrimônio Cultural: são aqueles assim chamados devido a sua significância histórica,
cultural ou ambiental, tais como monumentos e prédios históricos, sítios arqueológicos, áreas de
conservação e reservas naturais. Estes ativos raramente são mantidos para gerar entradas de caixa e
pode haver obstáculos legais ou sociais para usá-los em tais propósitos. O reconhecimento e a
2
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1998.
- Aspecto Quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais e valores, o que demanda
que a contabilidade assuma posição sobre o que seja “valor”, por que os conceitos sobre a matéria são
extremamente variados.
Superveniência e Insubsistência
São ocorrências no patrimônio que trazem variações quantitativas, independendo dos atos da gestão
e essas variações patrimoniais são resultantes dos fatos contingentes, imprevistos ou fortuitos. Podemos
resumir superveniência como surgimento eventual e a insubsistência como uma perda eventual.
Superveniência
Provocam aumento e pode ser:
- Superveniência Ativa: aumento do ativo (variação patrimonial ativa). Ex.: recebimento de valores
provenientes de prêmios, loterias, herança ou legado doação.
Insubsistência
Caracterizam-se pelos desaparecimentos aleatórios de ativos ou passivos. Provocam diminuição e
pode ser:
- Insubsistência do Ativo: diminui o ativo (variação patrimonial passiva) Ex.: ocorrência de incêndio,
furto, perda de rebanho por morte, sinistros, cancelamento de créditos, etc.
- Insubsistência do Passivo: diminui o passivo (variação patrimonial ativa). Ex.: redução no valor das
obrigações por motivo de prescrição ou baixa da dívida correspondente
Questões
01. (UFRN - Contador - COMPERVE) No patrimônio de entidades do setor público, uma das possíveis
classificações dos ativos agrupa-os em circulantes e não circulantes. Em outra classificação, os ativos
são agrupados em financeiro e permanente. Considere as seguintes afirmações acerca dessas
classificações:
I- Se um ativo está disponível para liquidação imediata, ele pode ser classificado como circulante ou
como não circulante, a depender da sua natureza.
3
https://conhecimentoatodos.wordpress.com/2014/03/25/aspectos-quantitativos-e-qualitativos-do-patrimonio/
02. (UFRN - Contador - COMPERVE) O imobilizado dos entes públicos inclui diversos tipos de ativos.
As redes rodoviárias, os sistemas de esgotos e as redes de comunicação são ativos de infraestrutura, os
quais são uma subdivisão dos
(A) ativos não circulantes.
(B) ativos obtidos a título gratuito.
(C) bens permanentes.
(D) bens de uso comum do povo.
03. (IBGE - Analista Censitário - FGV) Um dos objetivos da Contabilidade é o controle do patrimônio
das entidades, sejam de caráter público ou privado.
Para reconhecimento como elemento patrimonial das entidades do setor público, a 6ª edição do
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público recomenda que:
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
I- (errado) "Se um ativo está disponível para liquidação imediata, ele pode ser classificado como
circulante ou como não circulante, a depender da sua natureza". Os itens do ativo são classificados de
acordo com a liquidez ou conversibilidade em moeda; portanto, se um item está disponível para liquidação
imediata sua classificação só pode ser no ativo circulante.
II- (correto) Um ativo que tenha expectativa de realização após 12 meses da data das demonstrações
contábeis deve ser classificado como não circulante.
III- (errado) "O ativo financeiro compreende apenas os créditos e valores realizáveis,
independentemente de autorização orçamentária." O ativo financeiro compreende os créditos e valores
realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.
IV- (corret) O Ativo Permanente compreenderá bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação
dependa de autorização legislativa.
02. Resposta: D
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
03. Resposta: D
Os conceitos de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas não especificam os
critérios para seu reconhecimento. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou
patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma
legal.
O patrimônio é formado pelos bens direitos e obrigações de uma pessoa jurídica ou física, ou seja,
para a contabilidade o patrimônio tem sentido amplo: por um lado, significa o conjunto de bens e direitos
pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado, inclui as obrigações a serem pagas.
Componentes Patrimoniais
Vamos admitir que você tivesse de avaliar seu lar, sua casa. Seria fácil somar o valor dos
eletrodomésticos, dos utensílios, dos móveis... dos bens tangíveis, enfim. Entretanto, algo muito precioso,
talvez o mais importante, você não pode avaliar monetariamente: o amor, a comunhão entre os membros
de sua família. Estes são os bens intangíveis.
Direitos
O ‘Direito’ é melhor definido como algo a exigir de terceiros.
Em relação a uma empresa, o seu direito a receber mais comum é resultado das suas vendas a prazo,
ou seja, quando ela vende mercadorias a outras empresas, governos, as pessoas, e o comprador não
efetua o pagamento no ato, mas se compromete a fazê-lo numa data futura.
A expressão ‘a Receber’ é uma característica presente nas contas patrimoniais de Direito da Empresa,
como por exemplo Duplicatas a Receber.
Obrigações
As Obrigações são o contrário dos Direitos, ou seja, são as dívidas com terceiros, o termo Obrigação
está relacionada justamente com a obrigação de realizar o pagamento.
A expressão ‘a Pagar’ é uma característica presente nas contas patrimoniais de Obrigação da
Empresa, como por exemplo Duplicatas a Pagar.
Ativo Passivo
Bens + Direitos Valor Obrigações Exigíveis Valor
Bens xxxxxx Obrigações xxxxxxx
Direitos xxxxxx
4
FAHL; C, A. MARION; C, J. Contabilidade Financeira. 2ª Edição. Valinhos: anhanguera Publicações Ltda, 2013. 280p.
Passivo
O PASSIVO corresponde às obrigações exigíveis da empresa, isto é, as dívidas que serão cobradas,
reclamadas pelos seus credores (terceiros) a partir da data de seu vencimento.
Patrimônio x Capital
Como vimos o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações. Já o Capital é o conjunto de
recursos que estão à disposição da empresa, por parte de terceiros ou pelos proprietários.
O Capital representa uma constituição diria de valores. No início da organização, na maiorias das
constituições, é utilizado como investimento inicial efetuado pelos sócios, possibilitando a funcionalidade
dos negócios da organização e esse capital faturamento sendo correspondido como o patrimônio.
Observe que há situações em que o PATRIMÔNIO é grande, mas as obrigações superam os bens e
os direitos; nesse caso, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO É NEGATIVO, isto é, NÃO HÁ RIQUEZA, a situação
da empresa é péssima, como no exemplo abaixo, com dados que mostram um PATRIMÔNIO de parte
para a CIA. TIJUCA:
Em outras situações, ainda que positivo, o PL de uma empresa é pouco significativo em relação ao
seu PATRIMÔNIO.
Por exemplo:
A análise dos dados mostra que se a Cia. Tijuca recebesse todos os seus direitos e vendesse todos
os seus bens, daria para pagar a dívida mas sobraria um montante irrelevante.
No entanto, é um dado fundamental que o PATRIMÔNIO LÍQUIDO, os R$ 130 mil da Cia. Tijuca,
significa exatamente quanto os seus proprietários (donos, sócios) nela investiram.
Toda empresa necessita de uma quantia inicial de recursos (normalmente dinheiro) para efetuar suas
primeiras aquisições, seus primeiros pagamentos e outras obrigações.
Os proprietários, então aplicam suas poupanças pessoais com o objetivo de proporcionar à empresa
os meios necessários ao início do negócio.
Essa quantia inicial concedida pelos proprietários denomina-se, contabilmente, CAPITAL SOCIAL.
Este capital poderá a qualquer momento ser aumentado.
Por exemplo, a Cia. Beta, constituída por dois sócios, inicialmente contabiliza um CAPITAL SOCAIL
(correspondente aos investimentos dos sócios) de R$ 500 mil. Com estes recursos, a Cia. Beta compra
um prédio para sua sede e compra ainda R$ 200 mil de mercadorias, a prazo, para pagar em 60 dias.
A contabilidade mostrará a seguinte situação:
1 – ATIVO = PATRIMONIO LÍQUIDO. Esta equação retrata a melhor situação para as empresas pois
não há nenhuma obrigação com terceiros e o seu PASSIVO é igual a zero. Na prática, dificilmente
encontraremos empresas nesta situação.
2 – ATIVO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é igual a zero; a empresa não tem
recursos próprios (CAPITAL PRÓPRIO). Considerando que, legalmente, todas as empresas têm
CAPITAL SOCIAL, presume-se que esta situação é difícil de ocorrer.
4 - PATRIMO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta situação, o ATIVO é igual a zero, existem somente
OBRIGAÇÕES. Uma situação impossível, pois se há ORIGENS tem de haver APLICAÇÕES.
Balanço Patrimonial
ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS)
-------------------------- XXXXX -------------------------- XXXXX
-------------------------- XXXXX PATRIMÕNIO LÍQUIDO (ORIGENS)
-------------------------- XXXXX -------------------------- XXXXX
Total XXXXX Total XXXXX
Questões
1- Resposta: C
O Ativo pode ser:
Maior que Zero
Pode ser Zero
Mas jamais pode ser negativo
2- Resposta: D
ATIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é deficitário;
os PREJUÍZOS tornaram o PATRIMÔNIO LÍQUIDO negativo. Num jargão popular, dizemos, nessa
situação, que a empresa está com seu PASSIVO A DESCOBERTO.
3- Resposta: C
ATIVO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é igual a zero; a empresa não tem
recursos próprios (CAPITAL PRÓPRIO). Considerando que, legalmente, todas as empresas têm
CAPITAL SOCIAL, presume-se que esta situação é difícil de ocorrer.
O Patrimônio Líquido, também conhecido como capital próprio ou capital efetivo, corresponde a
recursos originários dos sócios e aos rendimentos auferidos pela empresa. Somente constitui obrigação
exigível da empresa em caso de extinção da mesma ou retirada do sócio.
A Lei n° 11.638/2007 também trouxe mudanças em relação ao Patrimônio Líquido, que passa a ser
composto pelos seguintes subgrupos: capital social, reservas de capital ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Capital Social representa parte do Patrimônio Líquido formada por ações ou quotas subscritas pelos
acionistas ou sócios na constituição ou no aumento do capital de uma sociedade anônima.
Capital Social
A conta capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
Capital Subscrito (Capital Social) = Capital que os sócios garantiram (assinaram ou subscreveram)
para a abertura da empresa.
Capital Autorizado = Capital máximo autorizado no estatuto ou contrato social. Portanto, o estatuto
pode conter autorização para aumento do capital social independentemente de reforma estatutária, que
é justamente o capital autorizado (autorizado em estatuto).
Repare que o capital subscrito pode ser menor ou igual ao capital autorizado, ou seja, a entidade pode
ter um capital autorizado em estatuto no valor de R$ 100.000,00, mas os sócios só terem realizado a
subscrição de R$ 80.000,00.
A autorização deverá especificar:
- O limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as espécies e classes das ações
que poderão ser emitidas;
- O órgão competente para deliberar sobre as emissões, que poderá ser a assembleia-geral ou
conselho de administração;
- As condições e que estiverem sujeitas as emissões; e
- Os casos ou as condições em que os acionistas terão direito de preferência para subscrição, ou
inexistência desse direito.
Reservas de Capital
Bônus de subscrição: são títulos de crédito emitidos por companhias no limite do capital autorizado no
estatuto, que dão aos seus titulares o direito de subscreverem ações da companhia, mediante a
apresentação do referido título e o pagamento do preço de emissão das ações (os atuais acionistas têm
preferência na aquisição dos bônus).
Partes beneficiárias: são títulos de crédito sem valor nominal, emitidos por companhias fechadas, por
um prazo máximo de dez anos, que conferem a seus titulares o direito de participação, no máximo em
10%, nos lucros das referidas companhias. Caso não sejam resgatados no prazo de sua emissão, serão
convertidos em ações da companhia, podendo haver ágio na emissão de ações. Cabe ressaltar que as
partes beneficiárias só darão origem à Reserva de Capital se forem vendidas, ou seja, se forem atribuídas
gratuitamente a acionistas ou terceiros, não darão origem à Reserva de Capital.
As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I- absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros;
II – resgate, reembolso ou compra de ações;
III- resgate de partes beneficiárias;
IV- incorporação ao capital social;
V- pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada;
VI- A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao
resgate desses títulos.
A partir de 1º.01.2008, os incisos “c” e “d” do § 1º do art. 182 da Lei 6.404/76, foram revogados.
Portanto, as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures NÃO serão
mais classificados como reservas de capital, devendo ser registrados como receitas do exercício, de
acordo com o Princípio da Competência.
A criação dos ajustes de avaliação patrimonial é uma das grandes inovações trazidas pela Lei
11.638/2007, pois, a partir de 1º.01.2008, são classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,
enquanto não computadas no resultado do exercício, em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo em
decorrência da sua avaliação a valor justo.
Supondo que, em 31.01.2015, as referidas ações estavam sendo negociadas a R$ 19,00, teríamos:
Ações = R$ 19,00 x 10.000 = R$ 190.000,00
Reserva de Lucros
O saldo das reservas de lucros, exceto para as Contingências, de Incentivos Fiscais, de Lucros a
Realizar e a Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures, não poderá ultrapassar o capital social da
empresa. Caso este limite seja atingido, a assembleia deliberará sobre a aplicação do excesso na
integralização ou aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos.
Atenção, pois a reserva específica de prêmio na emissão de debêntures foi prevista na Lei nº
12.973/2014 e não está no texto da Lei das S.A. De acordo com o texto da lei das S.A. (art. 199):
O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a
realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre
aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.
De acordo com a Lei das S.A., o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros
acumulados e pelas reservas de lucros, nessa ordem, devendo a reserva legal ser a última reserva de
lucro a ser utilizada para absorver o prejuízo.
Reserva Legal
Consolidando:
I- Constituição da reserva legal = 5% x lucro líquido do exercício
II- Limite Obrigatório (Reserva Legal) = 20% x capital social
III- limite facultativo (reserva legal + reservas de capital, exceto correção monetária do capital) = 30%
x capital social
IV- quando nenhum dos dois limites for atingido, a empresa será obrigada a constituir a reserva.
V- se o limite obrigatório for atingido antes de calculado o valor da reserva legal do exercício, a empresa
não poderá constituir a reserva.
VI – se o limite obrigatório for atingido no processo de constituição da reserva, a empresa não poderá
constituí-la em valor superior a 20% do Capital Social (que é o limite obrigatório).
VII- se o limite obrigatório não for atingido, mas o facultativo sim, a empresa poderá decidir por
constituir ou não a reserva.
Normalmente, o valor a ser utilizado como base de cálculo para o cálculo dos limites da reserva legal
é o capital social integralizado. Considerando que antes de constituir quaisquer reservas de lucros,
inclusive a legal (que é obrigatória por lei) você deve transferir o resultado do período para a conta
“Prejuízos Acumulados” (supondo que tenha saldo nessa conta), se o saldo da conta “Prejuízos
Acumulados” for maior que o resultado do exercício, não sobrará lucro do período para constituir reserva
de lucro alguma.
Além disso, se após a transferência do lucro do período para conta “Prejuízos Acumulados” ainda
sobrar algum saldo, esse saldo é que deveria ser a base de cálculo da reserva legal.
Ações em Tesouraria são as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas em
tesouraria.
As ações em tesouraria que excederem o saldo de lucros e reservas, exceto a legal, de lucros a realizar
e a especial para dividendos obrigatórios não distribuídos, devem ser vendidas no prazo de três meses,
a contar da aprovação do balanço em que se apurar o excesso. Caso não seja feito dentro desse prazo,
as ações excedentes serão canceladas.
As ações em tesouraria não terão direito a dividendo e a voto e o resultado obtido na venda de tais
ações não deve transitar pelo resultado do exercício, devendo ser registrado em reservas ou lucros
acumulados.
Exemplo: A empresa J4M2 adquiriu 10.000 ações próprias por R$ 5,00 cada. Nesse caso, o
lançamento seria:
Caso a J4M2, posteriormente, venda as ações adquiridas por R$ 6,00, haverá um ágio na alienação
das ações em tesouraria, que deverá ser registrado como reserva de capital. O lançamento seria:
Valor da Alienação = 10.000 ações x R$ 6,00 = R$ 60.000,00
Por outro lado, caso a J4M2 venda as ações adquiridas por R$ 4,00, haverá um prejuízo na venda que
também não poderá passar pelo resultado do período. Nessa situação, o prejuízo na venda será absorvido
por alguma reserva de lucro. É por essa razão que o saldo das ações em tesouraria não pode superar o
saldo de lucros e reservas, exceto a legal, de lucros a realizar e a especial para dividendos obrigatórios
não distribuídos.
O lançamento, considerando que o prejuízo seria absorvido, por exemplo, pelas reservas estatutárias,
seria:
Os gastos com corretagem decorrentes da compra de ações da própria empresa, para manutenção
em tesouraria, devem ser registrados como acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio
Líquido.
Exemplo: A empresa J4M2 adquiriu 10.000 ações próprias por R$ 5,00 cada. Além disso, houve gastos
com corretagem, decorrentes da compra dessas ações, no valor de R$ 2.000,00. Nesse caso, o
lançamento seria:
Ações de Tesouraria = 10.000 ações x R$ 5,00 = R$ 50.000,00
Gastos com Corretagem = R$ 2.000,00
Custos de Aquisição das Ações = 50.000 + 2.000 = 52.000
A partir da publicação da Lei 11.638/07, apenas serão registrados no patrimônio líquido os prejuízos
acumulados, oriundos de prejuízos do período e de períodos anteriores.
A conta “Lucros Acumulados” continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para
receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios
anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros.
Contudo, todo o lucro do período, nas sociedades por ações, deverá ser distribuído para constituição
de reservas, aumento de capital ou dividendos, devendo o saldo desta conta terminar zerado.
Em relação à conta Lucros Acumulados, cabem mais algumas observações, previstas na Resolução
CFC nº 1.159/09, que aprovou o Comunicado Técnico CTG 2000.
Dividendos
A legislação societária brasileira, Lei nº. 6.404/76, determina a distribuição de dividendo obrigatório
aos acionistas por meio do artigo 202:
“Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela
dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as
seguintes normas…”
A lei societária prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído ou pode ser distribuído
por valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade, quando não houver lucro realizado em
montante suficiente (art. 202, inciso II). Quando o dividendo obrigatório, devido por força do estatuto social
ou da própria lei, excede o montante do lucro líquido do exercício realizado financeiramente, pode a
parcela não distribuída ser destinada à constituição da reserva de lucros a realizar.
A lei societária ainda prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído quando os órgãos
da administração informarem à Assembleia Geral Ordinária ser ele incompatível com a situação financeira
da companhia (art. 202, § 4º). É uma discricionariedade conferida por lei aos administradores com vistas
a evitar o comprometimento da gestão de caixa e equivalente de caixa da entidade, desde que observadas
outras condicionantes legais. A parcela dos lucros não distribuída deve ser destinada à constituição de
reserva especial.
Em ambos os casos, o procedimento estabelecido em lei é a retenção de lucros por meio da
constituição de reservas de lucros que poderão não necessariamente ser destinadas ao pagamento de
dividendos, já que poderão vir a ser absorvidas por prejuízos em exercícios subsequentes. Consta na lei:
“os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido
absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo
declarado após a realização.” (Art. 202, inciso III)
O dividendo obrigatório pode também deixar de ser distribuído, ou pode ser distribuído por um valor
inferior ao determinado no estatuto social da entidade ou na lei, por decisão soberana e unânime da
Assembleia Geral de Acionistas de:
(a) companhia aberta, se com registro na CVM exclusivamente para captação de recursos por
debêntures não conversíveis em ações; ou
(b) companhia fechada, exceto se controlada por companhia aberta registrada na CVM para captação
de recursos por meio de qualquer valor mobiliário que não seja uma debênture não conversível em ações
(Art. 202, §3º).
Segundo a IAS 105 – Eventos após o período de relatório quando forem declarados dividendos após o
período de relatório, porém antes da autorização para emissão das demonstrações financeiras, os
dividendos não devem ser reconhecidos como passivo no final do período. Tal tratamento é devido, pois
os critérios de uma obrigação presente segundo a IAS 37 – Provisões, passivo contingente e ativo
contingente não são atendidos. De acordo com a IAS 37 a obrigação presente existe quando existe uma
obrigação legal que faça a entidade não ter outra alternativa realista a não ser liquidar a obrigação.
Contabilização
É uma das formas de uma empresa distribuir o lucro entre os seus acionistas, titulares ou sócios (a
outra é sob a forma de dividendos). Esse pagamento é tratado como despesa no resultado da empresa,
precisando que o investidor pague o Imposto de Renda, retido na fonte, sobre o valor recebido, o que não
ocorre para o caso de dividendos. Essa questão fiscal é benéfica para a companhia, pois sendo o
pagamento contabilizado como despesa da empresa, antes do lucro, ela não arca com os tributos,
repassando este ônus ao investidor. Por outro lado, optar pelo juros sobre capital próprio pode parecer
menos vantajoso para o investidor. A escolha de distribuição dos lucros entre dividendos e/ou juros sobre
capital próprio compete à assembleia geral, ao conselho de administração ou à diretoria da empresa.
Questões
5
http://ifrsbrasil.com/outros-assuntos/diversos/exemplo-pratico-pagamento-de-dividendos-e-a-ias-10
Gabarito
01.B / 02.Errado
Comentários
01. Resposta: B
As reservas de lucros são:
- Reserva Legal
- Reservas Estatutárias
- Reserva de Incentivos Fiscais
- Reserva de Retenção de Lucros
- Reserva de Lucros a Realizar
- Reserva Especial de Dividendos Obrigatórios não Distribuídos
- Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures (*)
Ao longo da história da contabilidade, a classificação das contas tem dividido os doutrinadores entre
várias respostas, resultando em formas diferentes de classificação e interpretação. Fazendo surgir assim
várias teorias para justificar os diferentes critérios adotados quanto as classificações. Entre as teorias
apresentadas, três delas se tornaram as mais importantes: Teoria Personalista; Teoria Materialista e
Teoria Patrimonialista.
Teoria Personalista - as contas podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas
relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em termos de débito e crédito. Todos os
débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas responsabilidades, enquanto todos os
créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio.
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http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/contas2.php
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FATOS contábeis ou administrativos são aqueles que provocam modificações no patrimônio.
b) Agentes consignatários: consiste nos responsáveis pelas contas a quem a entidade confia a
guarda os bens que estão representadas no Ativo. São, portanto, contas dos agentes consignatários:
Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc.;
c) Agentes correspondentes: consiste nos responsáveis pelas contas que representam os direitos a
receber do Ativo ou obrigações a pagar do Passivo. São terceiros, que se situam na posição de devedor
ou credor da entidade, como por exemplo, Clientes e Fornecedores.
Teoria Materialista – se opõe a teoria personalista. Defendendo que as contas representam entradas
e saídas de valores e não simples relações de débito e crédito entre pessoas, excluindo as relações com
terceiros. Uma visão mais econômica do que vem a ser a conta e sua relação entre a entidade é material
e não pessoal, sendo que a conta só deve existir enquanto houver também o elemento material por ela
representado.
As contas dividem-se em:
a) Integrais ou Elementares - são aquelas representadas pelos bens, direitos e obrigações da
entidade, ou seja, Ativo e Passivo.
b) Diferenciais ou Derivadas: são aquelas representadas pelo Patrimônio Líquido, das receitas e
despesas da entidade.
Teoria Patrimonialista - é a teoria adotada no Brasil. Segundo esta teoria, o objeto de estudo da
ciência contábil é o Patrimônio de uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este
patrimônio e apurar o resultado das empresas.
Estas contas se classificam em:
a) Contas Patrimoniais - são aquelas que representam o Ativo (Bens e Direitos) e o Passivo
(Obrigações e Patrimônio Líquido). São elas que representam o Patrimônio da empresa, através do
Balanço Patrimonial.
b) Contas de Resultado - são as receitas e despesas do período, que devem ser encerradas no final
do exercício financeiro para que se apure o resultado da empresa. Representado na forma de lucro ou
prejuízo que será incorporado ao Patrimônio através da conta Prejuízos Acumulados (quando o resultado
for negativo), ou Reserva de Lucros (quando o resultado for positivo). São acontecimentos que modificam
a situação líquida da empresa e representam variações no Patrimônio da entidade. Estas contas não
fazem parte do Balanço Patrimonial, mas permitem que o resultado do exercício seja apurado.
‐ Contas Bilaterais - são aquelas que sofrem variações nos dois sentidos, aceitando tanto registro de
débito quanto de crédito. Ex.: Caixa, Banco, Duplicatas a receber, entre outras. Podendo apresentar tanto
saldo devedor quanto credor. Quando apresenta saldo devedor, é chamada de Conta Bilateral Ativa e
quando apresenta saldo credor, é chamada de Conta Bilateral Passiva.
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http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/ITG2000(R1)
São características próprias que as distinguem de outras contas do plano de contas. Os atributos
podem ser decorrentes de conceitos teóricos, da lei ou do sistema operacional utilizado.
a) Código: estrutura numérica que identifica cada uma das contas que compõem o plano de contas;
b) Título / Nome: designação que identifica o objeto de uma conta;
c) Função: descrição da natureza dos atos e fatos registráveis na conta;
d) Natureza do Saldo: identifica se a conta tem saldo devedor, credor ou ambos.
Escrituração
Métodos de Escrituração
O método de escrituração é o meio pelo qual procedemos os registros de fatos contábeis.
Embora os fatos contábeis possam ser escriturados de diversas maneiras, todas elas derivam de dois
métodos fundamentais: o das Partidas Simples e o das Partidas Dobradas.
Como exemplo desse método, suponha-se um pequeno agricultor, sem muita preocupação em
controlar efetivamente os seus haveres, realiza os seguintes lançamentos:
Operação Lançamento
Venda à vista de sua produção. Lança uma entrada de dinheiro, isto é, debita o
caixa.
Compra à vista de sementes. Lança uma saída de dinheiro, isto é, credita o caixa.
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GONÇALVES, E. C.; BAPTISTA, A. E. Contabilidade geral. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
Embora até se perceba alguns dos valores transacionados, verifica-se que o método das partidas
simples é imperfeito, pois ele não revela dados suficientes para tomadas de decisão racionais. Por esta
razão este método não é mais utilizado.
Importante:
Podemos conceituar Débito e Crédito da seguinte forma:
DEBITO significa registrar em uma conta determinado valor que representa um Bem ou um Direito ou
ainda para diminuir seu valor, se a conta representar uma obrigação.
CREDITO significa registrar em uma conta determinado valor que represente uma obrigação ainda
para diminuir seu valor se a conta representar um Bem ou Direito.
Partidas Dobradas10
Este método foi desenvolvido pelo frade veneziano Luca Pacioli na Itália do século XV – e hoje
universalmente aceito dando início a uma nova fase para a contabilidade como disciplina.
A propagação deste método, àquela época fez desabrochar assim a chamada Escola Contábil Italiana,
que dominou o cenário das práticas contábeis até o início do século XX.
É também conhecido como método da causa e efeito ou método da origem e aplicação. É o método
utilizado na contabilidade para a elaboração das demonstrações contábeis.
Esse método consiste no fato de que um débito efetuado em uma ou mais contas deve corresponder
a um crédito equivalente em uma ou mais contas, de maneira que a soma dos valores dos débitos seja
igual à soma dos valores dos créditos, ou seja, não há devedor sem credor correspondente. A todo débito
corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. Se aumentar de um lado, deve consequentemente
aumentar do outro lado também.
Utilizamos da ferramenta de razonetes11 para desenvolver o método das partidas dobradas.
Exemplos:
As contas do Ativo, quando debitadas, aumentam de valor e quando creditadas diminuem de valor.
As contas do Passivo e Patrimônio Líquido quando debitadas diminuem de valor e quando creditadas
aumentam de valor.
10
GONÇALVES, E. C.; BAPTISTA, A. E. Contabilidade geral. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
11
Razonete é uma representação gráfica em forma de "T" utilizada por contadores, sendo um instrumento didático para o desenvolvimento do raciocínio contábil.
Processo é a maneira pela qual se realiza uma operação, segundo determinadas normas.
O processo eletrônico que é utilizado atualmente, utiliza a memória do computador para armazenar
todas as informações contábeis anteriores, devidamente sistematizadas através das contas próprias.
Os novos lançamentos são introduzidos por digitação e processados pela máquina, que poderá, a
qualquer tempo, fornecer o saldo e a movimentação de cada conta, o Balancete de Verificação, o Balanço
Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, entre outras.
Balancete de Verificação
O Balancete de verificação é uma planilha onde são feitos todos os lançamentos a débito e crédito,
para então fazer a verificação se os totais lançados são iguais, devendo sempre ser igual ao valor lançado
a débito e ao valor lançado a crédito no saldo final.
Após fazer os lançamentos nos razonetes, deve-se apurar o saldo final das contas e fazer a verificação
para saber se os lançamentos estão corretos. Uma forma de fazer esta verificação é através do Balancete
de Verificação.
Balancete de Verificação
Débito Crédito Saldo
Contas 50,00 - Débito Crédito
Caixa 30,00 50,00 - -
Mercadorias 40,00 - 30,00 -
Equipamentos - - 40,00 -
Fornecedores - 20,00 - 20,00
Capital 120,00 50,00 - 50,00
Totais 120,00 120,00 - -
No método das partidas dobradas um débito efetuado em uma ou mais contas devem corresponder a
um crédito equivalente em uma ou mais contas, de maneira que a soma dos valores dos débitos seja
igual à soma dos valores dos créditos.
Portanto, como corolários do método das partidas dobradas temos os seguintes:
a) a soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;
b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores;
c) as aplicações de capital, registradas a débito das contas ativas, são sempre iguais à soma dos
capitais fornecidos ao patrimônio, creditados nas contas passivas, na qual será o Ativo sempre igual ao
Passivo;
d) a diferença entre a soma dos bens e dos direitos e a soma das obrigações indica a posição líquida
patrimonial, que representa o crédito do titular e se chama patrimônio líquido;
e) as despesas sempre debitadas, contribuem para a redução do patrimônio líquido; e
f) as receitas, sempre creditadas, contribuem para o aumento do patrimônio líquido.
O Conselho Federal de Contabilidade CFC, emitiu em 2014 a ITG 2000 (R1) que estabelece critérios
e procedimentos a serem adotados pelas entidades no processo de escrituração contábil. Abaixo
traremos a ITG para análise.
Objetivo
1. Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a
escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a
manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da
contabilidade.
Alcance
2. Esta Interpretação deve ser adotada por todas as entidades, independente da natureza e do porte,
na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas
aplicáveis, se houver.
3. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade.
Afirmação deduzida de uma verdade já demonstrada
12
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/ITG2000(R1)
9. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma não digital,
devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:
a) Serem encadernados;
b) Terem suas folhas numeradas sequencialmente;
c) Conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da
entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de
Contabilidade.
10. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma digital, devem
revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:
a) Serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente
habilitado;
b) Quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou entidade
competente. (Alterada pela ITG 2000 (R1))
11. Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos, desde que
permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos e/ou abreviaturas no Livro Diário ou
em registro especial revestido das formalidades extrínsecas de que tratam os itens 9 e 10.
13. As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as
assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente
habilitado.
14. No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e
referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que
provoquem variações patrimoniais.
Apostila gerada especialmente para: Lucia Maria 199.451.208-32
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15. Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize fichas ou folhas
soltas, deve ser adotado o registro “Balancetes Diários e Balanços”.
16. No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua escrituração contábil,
os formulários de folhas soltas, devem ser numerados mecânica ou tipograficamente e encadernados em
forma de livro.
18. Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração
contábil.
19. A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão competente e por
averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de
contabilidade a comunicação formal dessas exigências à entidade.
20. A entidade que tiver unidade operacional ou de negócios, quer como filial, agência, sucursal ou
assemelhada, e que optar por sistema de escrituração descentralizado, deve ter registros contábeis que
permitam a identificação das transações de cada uma dessas unidades.
23. Na escrituração descentralizada, deve ser observado o mesmo grau de detalhamento dos registros
contábeis da matriz.
24. As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, bem como entre estas,
devem ser eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis da entidade.
25. As despesas e as receitas que não possam ser atribuídas às unidades devem ser registradas na
matriz e distribuídas para as unidades de acordo com critérios da administração da entidade.
Documentação contábil
26. Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam lançamentos na escrituração
da entidade e compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, de origem
interna ou externa, que apoiam ou componham a escrituração.
27. A documentação contábil é hábil quando revestida das características intrínsecas ou extrínsecas
essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e costumes”.
28. Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio magnético, desde que
assinados pelo responsável pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado,
devendo ser submetidos ao registro público competente.
Contas de compensação
29. Contas de compensação constituem sistema próprio para controle e registro dos fatos relevantes
que resultam em assunção de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos materializar-se-ão no futuro
e que possam se traduzir em modificações no patrimônio da entidade.
30. Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão regulador, a escrituração das contas de
compensação não é obrigatória. Nos casos em que não forem utilizadas, a entidade deve assegurar-se
Apostila gerada especialmente para: Lucia Maria 199.451.208-32
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que possui outros mecanismos que permitam acumular as informações que de outra maneira estariam
controladas nas contas de compensação.
31. Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro realizado com erro na
escrituração contábil da entidade e pode ser feito por meio de:
a) Estorno;
b) Transferência; e
c) Complementação.
32. Em qualquer das formas citadas no item 31, o histórico do lançamento deve precisar o motivo da
retificação, a data e a localização do lançamento de origem.
33. O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente.
36. Os lançamentos realizados fora da época devida devem consignar, nos seus históricos, as datas
efetivas das ocorrências e a razão do registro extemporâneo.
Em razão dessa alteração, as disposições não alteradas desta Interpretação são mantidas e a sigla da
ITG 2000, publicada no DOU, Seção 1, de 22.3.11, passa a ser ITG 2000 (R1).
Questões
03. (PC/MA - Perito Criminal - CESPE) A respeito do método das partidas dobradas e de seus
desdobramentos na ciência contábil, julgue os itens seguintes.
I As aplicações de recursos são representadas por meio de débitos em determinadas rubricas
contábeis, enquanto as origens dos recursos aplicados provocam registro a crédito em outras rubricas.
04. (TRE/BA - Técnico Judiciário - CESPE) No que se refere à escrituração, o lançamento que
consiste na regularização da conta indevidamente debitada ou creditada com a transposição do registro
para a conta adequada é denominado
(A) transferência.
(B) estorno.
(C) retificação.
(D) complementação.
(E) ressalva.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
Escrituração é a técnica de se manter sob registros escritos – a que chamamos de lançamentos ou
partidas – o controle dos elementos que compõem um Patrimônio.
02. Resposta: D
Contas de Débito: são as Contas Patrimoniais do Ativo e as Contas de Resultados das Despesas.
Contas de Crédito: são as Contas Patrimoniais do Passivo e as Contas de Resultado das Receitas.
03. Resposta: B
Alternativa I - são: PASSIVO, PL e RECEITAS (têm saldo CREDOR). Aumentam a CRÉDITO e
diminuem a DÉBITO.
Alternativa IV - Fórmulas de lançamentos:
1ª fórmula: 1 (débito) e 1 (crédito).
2ª fórmula: 1 (débito) e 2 ou mais (créditos).
3ª fórmula: 2 ou mais (débitos) e 1 (crédito).
4ª fórmula: 2 ou mais (débitos) e 2 ou mais (créditos).
04. Resposta: A
Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta indevidamente debitada
ou creditada, por meio da transposição do registro para a conta adequada.
RAZONETE
Nas ciências contábeis, razonete é uma ferramenta e uma representação gráfica em forma de "T"
bastante utilizados por contadores. É um instrumento didático para desenvolver o raciocínio contábil
Representação gráfica em forma de T, para apurar os saldos de todas as contas que são
movimentadas pela empresa. Coloca-se nos Razonetes o título da conta na parte superior, de um lado
registram-se os aumentos e do outro lado da conta as diminuições. A natureza da conta é que irá
determinar qual deverá ser utilizado para o aumento e qual lado será utilizado para diminuição.
Se for uma conta de Ativo, por coerência da sua disposição no Balanço Patrimonial, todos os
aumentos serão lançados no lado esquerdo do Razonete. Consequentemente, as diminuições serão
lançadas no lado direito. Se for uma conta de Passivo e PL, por coerência da sua disposição no Balanço
Patrimonial, todos os aumentos serão lançados no lado direito do Razonete. Consequentemente, as
diminuições serão lançadas no lado esquerdo.
Elementos da Conta
São seis os elementos de uma conta:
- Título: é o nome da conta.
- Data: marcação do tempo do fato (dia, mês e ano)
- Histórico: é a narração do fato ocorrido
- Débito: estado de dívida da conta
- Crédito: estado haver da conta
- Saldo: é a diferença entre o débito e o crédito
Pode ser:
- Devedor: quando débito maior que crédito
- Credor: quando débito menor que crédito
- Nulo: quando débito igual a crédito
Função das Contas- Representar graficamente o Patrimônio e suas variações. A representação é feita
através dos chamados Razonetes ou Contas em forma de T.
13
https://profmarcosteixeira.wordpress.com/2013/02/23/contabilidade-ii-razonete-debito-e-credito-e-balancete/
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO14
É um demonstrativo auxiliar de caráter não obrigatório, que relaciona os saldos das contas
remanescentes no diário e razão, imprescindível para testar se o método de partidas dobradas foi
obedecido pela escrituração contábil - método pelo qual os débitos devem corresponder a créditos de
mesmo valor, cabendo verificar se a soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores, e
ser levantado diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente, etc., unicamente para fins
operacionais, não tendo obrigatoriedade fiscal, com suas informações extraídas dos registros contábeis
mais atualizados.
O Balancete de Verificação tem como base o método das partidas dobradas e como finalidade
averiguar se os saldos das contas contábeis estão em equilíbrio, ou seja, se os lançamentos contábeis
foram efetuados corretamente.
A regra fundamental é: Para todo débito lançado numa conta, haverá, obrigatoriamente, um crédito
lançado em outra conta. Não haverá devedor sem credor.
É possível lançar um débito e vários créditos, vários débitos e um crédito, e vários débitos e vários
créditos. Portanto, a soma de todos os débitos de um lado e de todos os créditos de outro devem
expressar o mesmo valor (em módulo, pois têm sinais algébricos contrários).
Assim, a SOMA ZERO dos lançamentos a débito e a crédito serve para a constatação inicial de que
os lançamentos tenham sido realizados adequadamente.
Há momentos em que se faz necessária uma pausa na sequência de lançamentos contábeis, para
uma averiguação. Com periodicidade diária, semanal, quinzenal, mensal, os responsáveis pela
contabilidade devem verificar se os lançamentos contábeis realizados no período estão corretos. Uma
14
MARIO, J. C; FAHL, A. C. Contabilidade Financeira. 2° Ed. Valinhos: Anhanguera Publicações Ltda. 2013. 280p.
Sob esse enfoque, o de ser um instrumento auxiliar de análise, veja o exemplo a seguir.
Resumo das operações:
1. a CIA. ABC iniciou a atividade com o capital de R$100.000,00 totalmente subscrito e integralizado
em dinheiro;
2. depósito em brancos no valor de R$80.000,00;
3. compra de mercadorias no valor de R$35.000,00 - sendo 20% à vista, em cheque, e o saldo em
duplicatas;
4. compra de móveis e utensílios no valor de R$35.000,00 - sendo 20% à vista, em cheque, e o saldo
em duplicatas;
5. compra de instalações no valor de R$35.000,00 - sendo R$15.000,00 pagos em cheque e o saldo
em duplicatas;
6. venda de mercadorias a prazo por R$26.000,00 cujo custo era de R$20.000,00;
7. recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$8.000,00 com R$100,00 de juros em razão
de atraso no recebimento;
8. pagamento em dinheiro de duplicata no valor de R$5.000,00 com R$100,00 de juros em razão de
atraso no pagamento.
Este histórico de movimentação implica os seguintes Razonetes, expressos, todos eles, em reais:
Os totais a débito e a crédito do movimento, assim como os totais a débito e a crédito do saldo, estão
equilibrados, confirmando que as partidas dobradas foram integralmente executadas.
O balancete é um demonstrativo do saldo de todas as contas lançadas no Livro Razão.
Os lançamentos contábeis efetuados no Livro Diário têm seus reflexos no Livro Razão, no qual é
lançado o valor a débito de uma conta e a crédito de outra conta.
A escrituração é baseada no método das partidas dobradas, que estabelece que não há devedor sem
credor.
Como todo lançamento a débito em uma conta faz surgir o mesmo valor, a crédito, em outra(s) conta(s)
– e vice-versa, a soma dos valores de todas as contas devedoras deve ser igual à soma das contas
credoras.
Esta é a principal finalidade do Balancete de Verificação, ou seja, confirmar se a soma dos saldos
devedores é exatamente igual à soma dos saldos credores.
A seguir, podemos identificar que é indiferente estruturar balancetes com todas as operações ou
somente pelos saldos das contas.
Exemplo:
A CIA. TIJUCA apresenta os seguintes lançamentos no mês de Janeiro de 2014:
- Saldo inicial (SI) de Caixa R$3.000,00;
- Saldo Inicial (SI) de Capital R$3.000,00;
- (1) Aquisição de Móveis e Utensílios à vista pelo valor de R$450,00; e
- (2) Aquisição de mercadorias para Estoque, à vista, pelo valor de R$750,00.
Para essas operações, tem-se, em reais:
Atenção: Caso o Balancete de Verificação seja destinado a usuários externos, o demonstrativo deverá
ser assinado por contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC)
Como é fácil entender, se a soma dos débitos (ou saldos devedores) não é igual à soma dos créditos
(ou saldos credores), há indícios claros de que os registros contábeis não estão corretos.
Primeiramente, deve-se verificar com atenção se não houve erro na soma das colunas do balancete.
O contador, por sua vez, averiguará onde está o erro. Nem sempre é uma tarefa fácil. Muito pelo
contrário: é um trabalho de pesquisa nos lançamentos contábeis já realizados.
Pode-se depreender também que, quanto menor for o período de abrangência do balancete, mais
eficiente será a contabilidade.
As instituição financeiras, como os bancos, por exemplo, levantam balancetes diários em razão da
grande quantidade de lançamentos, permitindo, assim, a detecção dos erros de um dia para o outro.
Grande parte das empresas verifica sua contabilidade por meio do balancete mensal. O que não se
pode recomendar são balancetes anuais, uma vez que, na constatação de erros, seria necessário
pesquisar a Contabilidade do ano todo (o que se torna inviável).
Se, no exemplo anterior, a compra de Móveis e Utensílios corresponder à compra de mesas para
escritório, mas o contador, na contabilização, debitasse indevidamente a conta Máquinas e
Equipamentos, o relatório seria:
Os totais do balancete são idênticos. Em princípio, pode-se concluir que os lançamentos estão
corretos. Dessa forma, o balancete não evidenciou que o débito não foi lançado na conta apropriada.
Outro tipo de erro que o balancete não evidencia é a inversão em um lançamento - de débito por crédito
e de crédito por débito, simultaneamente.
Em uma operação em que o contador devesse debitar caixa e creditar duplicatas a receber e invertesse
os lançamentos correspondentes a essas operações, creditando caixa e debitando duplicatas a receber,
os totais do balancete seriam os mesmos, mas os lançamentos estariam invertidos.
Pode-se, portanto, concluir que o Balancete de verificação nem sempre detectará os erros nos
registros contábeis. Embora de grande utilidade, é bastante limitado no que tange à identificação de erros
nos lançamentos.
Questões
03. (Polícia Federal - Agente de Polícia Federal – CESPE) Para que se demonstre com fidelidade a
situação patrimonial de determinada entidade, faz-se necessária a observância de normas técnicas e
legais de elaboração das demonstrações contábeis.
Com relação a esse tema, julgue o próximo item.
O balancete de verificação é feito a partir da extração dos saldos contidos no livro diário.
( ) Certo ( ) Errado
05. (FUB - Técnico em Contabilidade - CESPE) Com relação ao balancete de verificação, julgue os
itens a seguir.
O balancete de verificação será elaborado em até oito colunas, na qual são apresentados os saldos
iniciais, o movimento, os saldos do período e os saldos finais.
( ) Certo ( ) Errado
06. (FUB - Técnico em Contabilidade - CESPE) Com relação ao balancete de verificação, julgue os
itens a seguir.
Gabarito
02. Resposta: A
O Balancete de Verificação tem como base o método das partidas dobradas e como finalidade
averiguar se os saldos das contas contábeis estão em equilíbrio, ou seja, se os lançamentos contábeis
foram efetuados corretamente.
04. Resposta: B
O Balancete de Verificação tem como base o método das partidas dobradas e como finalidade
averiguar se os saldos das contas contábeis estão em equilíbrio, ou seja, se os lançamentos contábeis
foram efetuados corretamente.
PLANO DE CONTAS
Plano de Contas15 (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que
norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de
parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de
informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode
não compreender.
Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização
e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais:
a) atender às necessidades de informação da administração da empresa;
b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração
do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”);
c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da
legislação do Imposto de Renda.
O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constituí na verdade um
conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do funcionamento de cada conta - o
chamado "Manual de Contas", que contém comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de
cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras informações sobre critérios gerais de
contabilização).
15
Conteúdo na Íntegra. ZANLUCA, J. C. COMO ELABORAR UM PLANO DE CONTAS CONTÁBIL. Disponível em:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecontas.htm>. Acesso em: 17 out 2015.
A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com observância
das Normas Brasileiras de Contabilidade.
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma sintética,
a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração contábil. Essa
demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”)
e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo
187), em síntese, se compõe de:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em espécie (papel-moeda) disponível
na tesouraria da empresa. Trata-se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo Disponibilidades.
Sugiro que o Plano de Contas contenha, no mínimo, 4 (quatro) níveis:
Nível 1
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas.
Nível 2
Ativo: Circulante, Não Circulante / Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante, Não Circulante e
Patrimônio Líquido. / Receitas: Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, Outras Receitas Operacionais
/ Custos e Despesas Operacionais.
Abaixo, segue um exemplo bem simples de uma estrutura de plano de contas em 4 níveis:
1 ATIVO
1.2.2 INVESTIMENTOS
1.2.2.01 Participações Societárias
1.2.3 IMOBILIZADO
1.2.3.01 Terrenos
1.2.3.02 Construções e Benfeitorias
1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas
1.2.3.04 Veículos
1.2.3.05 Móveis
1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada
1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada
1.2.4 INTANGÍVEL
1.2.4.01 Marcas
1.2.4.02 Softwares
1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada
2 PASSIVO
2.1 CIRCULANTE
2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher
2.1.1.01 Simples a Recolher
2.1.1.02 INSS
2.1.1.03 FGTS
2.1.2 Contas a Pagar
2.1.2.01 Fornecedores
2.1.2.02 Outras Contas
2.1.3 Empréstimos Bancários
2.1.3.01 Banco A - Operação X
3 CUSTOS E DESPESAS
3.1 Custos dos Produtos Vendidos
3.1.1 Custos dos Materiais
3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados
3.1.2 Custos da Mão-de-Obra
3.1.2.01 Salários
3.1.2.02 Encargos Sociais
3.2 Custo das Mercadorias Vendidas
3.2.1 Custo das Mercadorias
3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas
4 RECEITAS
4.1 Receita Líquida
4.1.1 Receita Bruta de Vendas
4.1.1.01 De Mercadorias
4.1.1.02 De Produtos
4.1.1.03 De Serviços Prestados
4.1.2 Deduções da Receita Bruta
4.1.2.01 Devoluções
4.1.2.02 Serviços Cancelados
4.2 Outras Receitas Operacionais
4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes
4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos
4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado
Questões
01. (CISVALE - Contador - OBJETIVA) Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo
CORRETAMENTE:
É chamado _______________ o conjunto de contas criado pelo Contador, para atender às
necessidades de registro dos fatos administrativos, possibilitando a elaboração de relatórios contábeis, e
gerar informações contábeis de uma determinada entidade.
(A) elenco de contas.
(B) escrituração contábil.
(C) plano de contas
(D) contabilidade.
02. (Polícia Federal - Agente de Polícia Federal - CESPE) Com relação à natureza do patrimônio e
aos mecanismos para o seu controle, julgue o item a seguir.
O plano de contas deve reunir os elementos necessários para o registro das operações desenvolvidas,
as quais podem sofrer variações significativas de uma empresa para outra.
( ) Certo ( ) Errado
03. (CAU/RJ - Assistente Financeiro - IADES) Acerca do Plano de Contas, é correto afirmar que
(A) cada entidade pode elaborar o próprio Plano de Contas, tendo em vista suas peculiaridades.
(B) a Lei nº 6.404/1976 apresenta o modelo de Plano de Contas a ser adotado por todas as entidades
contábeis.
(C) cada empresa, no momento da sua constituição, deverá apresentar aos órgãos competentes o seu
Plano de Contas definitivo.
(D) não poderá exceder o número máximo de contas fixado na legislação.
(E) o uso da informática na contabilidade tornou dispensável a elaboração de um Plano de Contas.
Gabarito
01. Resposta: C
Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia
os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para
a elaboração das demonstrações contábeis.
03. Resposta: A
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de
informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode
não compreender.
O termo “permutativo” significa troca, mudança de valor ou de posição, intercâmbio. Assim, são
considerados permutativos aqueles fatos que provocam trocas entre elementos do PATRIMÔNIO, tais
como bens por bens, bens obrigações, direitos por bens, etc.
Para fins de ilustração, elencamos quatro exemplos de fatos permutativos:
Pagamento de Fornecedores:
(-) Diminui Passivo na conta Fornecedores
(-) Diminui Ativo na Conta Caixa/Bancos)
D – Fornecedores
C – Caixa/Bancos R$1.500,00
16
FAHL; C, A. MARION; C, J. Contabilidade Financeira. 2ª Edição. Valinhos: anhanguera Publicações Ltda, 2013. 280p.
Os FATOS MODIFICATIVOS, como o próprio nome já diz, modificam alguma coisa. No caso, eles
alteram a SITUAÇÃO LÍQUIDA da empresa (seu PATRIMÔNIO LÍQUIDO), aumentando ou diminuindo
seu valor por meio de operações que envolvem contas de receitas e de despesas. São exemplos deste
tipo de operações:
- Pagamento de Despesa:
(-) Altera o Patrimônio Líquido, na conta Despesa.
(-) Diminui Ativo na conta Caixa/Bancos.
D – Despesa
C – Caixa/Bancos R$ 800,00
- Apropriação de Despesas:
(-) Altera o Patrimônio Líquido na conta Despesa
(+) Aumenta Passivo na Contas a Pagar
D – Despesa com Energia Elétrica
C- Energia Elétrica a Pagar R$ 300,00
Os fatos mistos ou compostos são uma combinação dos permutativos e dos modificativos, podendo
ainda provocar efeitos aumentativos ou diminutivos. São exemplos deste tipo de fatos:
Dica: Variações do Patrimônio Líquido ocorrem quando há investimento de Capital feito por sócios
ou acionistas na entidade ou através do resultado apurado entre a diferente da Receita e da Despesa.
Enquanto as Receitas aumentam o Patrimônio Líquido, as despesas diminuem o Patrimônio Líquido.
Questões
01. (DPU - Contador - CESPE) A respeito dos componentes patrimoniais e dos fatos contábeis, julgue
o item a seguir.
O recebimento de vendas a prazo é considerado um fato contábil permutativo, visto que ele não
provoca alterações no patrimônio líquido da entidade e modifica apenas a composição do ativo circulante
com o aumento das disponibilidades.
( ) Certo ( ) Errado
02. (Prefeitura de Niterói/RJ - Contador - COSEA) Das operações que alteram a estrutura contábil
do patrimônio líquido de uma empresa, a que NÃO gera nem aumento nem diminuição do total do
patrimônio líquido é
(A) constituição de dividendos a pagar
(B) aproveitamento de reserva de lucros para aumento de capital social.
(C) encerramento de exercício com apuração de prejuízos.
(D) aumento de capital por aporte.
(E) encerramento de exercício com apuração de lucros.
03. (Sercomtel S.A Telecomunicações - Analista - AOCP) Através dos fatos contábeis, o patrimônio
de uma empresa pode ser alterado. Nesse sentido, quais são e o que representam os tipos de fatos
contábeis?
(A) Fatos permutativos representam fatos contábeis que não modificam o patrimônio, mas podem
alterar em qualidade. Os fatos modificativos contemplam a alteração do patrimônio líquido em qualidade,
e não meramente em quantidade. E os fatos mistos interpretam que os fatos contábeis são meramente
permutativos.
(B) Fatos permutativos representam fatos contábeis que podem ou não modificar o patrimônio em
quantidade, mas podem alterar em qualidade. Os fatos modificativos contemplam a alteração do
patrimônio em qualidade, e não meramente em quantidade. E os fatos compostos interpretam que os
fatos contábeis são somente modificativos.
(C) Fatos permutativos não modificam o patrimônio em quantidade, mas unicamente em qualidade. Os
fatos modificativos contemplam a alteração do ativo e passivo em quantidade, e não meramente em
qualidade. E os fatos mistos interpretam que os fatos contábeis são modificativos apenas para o
patrimônio líquido.
(D) Fatos permutativos representam fatos contábeis que podem ou não modificar o patrimônio líquido
em quantidade. Os fatos modificativos contemplam a alteração dos bens e direitos em qualidade, e não
em quantidade. E os fatos compostos interpretam que os fatos contábeis são juntamente permutativos e
modificativos.
(E) Fatos permutativos representam fatos contábeis que podem ou não modificar o patrimônio em
quantidade, mas podem alterar em qualidade. Os fatos modificativos contemplam a alteração do
patrimônio líquido em quantidade, e não meramente em qualidade. E os fatos mistos interpretam que os
fatos contábeis são permutativos e modificativos ao mesmo tempo.
04. (IF/BA - Contador - FUNRIO) O fato contábil que consiste na compensação entre elementos do
ativo, passivo ou patrimônio líquido, sem que haja alteração na situação líquida da entidade, é o
(A) positivo.
(B) modificativo.
(C) permutativo.
(D) complementar.
(E) simples.
06. (Polícia Federal - Agente de Polícia Federal - CESPE) Com relação à natureza do patrimônio e
aos mecanismos para o seu controle, julgue o item a seguir.
Caso uma empresa compre mercadorias a prazo, no momento do pagamento de uma das duplicatas
referentes a essa compra ocorrerá um fato permutativo.
( ) Certo ( ) Errado
07. (PGE/RJ - Técnico Superior de Análise Contábil - FCC) Representa um Fato Contábil
Permutativo a
(A) compra de um Veículo à vista.
(B) venda de Mercadoria com prejuízo.
(C) venda de Imobilizado com prejuízo.
(D) venda de Imobilizado com lucro.
(E) venda de Mercadoria com lucro.
08. (UFBA - Analista Administrativo - IADES) Assinale a alternativa em que todos os fatos listados
são permutativos.
(A) Aumento de capital em bens, aumento de capital em dinheiro e aplicação financeira.
(B) Depósito em banco, rendimento creditado de aplicação financeira e compra de mercadorias.
(C) Pagamento de despesas em dinheiro, compra de mercadorias a prazo e venda à vista.
(D) Compra de mercadorias a prazo, pagamento de fornecedor e depósito em banco.
(E) Pagamento de fornecedor, compra de material de limpeza e aumento de capital em dinheiro.
Gabarito
Comentários
02. Resposta: B
a) constituição de dividendos a pagar: parte do LL é diminuído para distribuir como dividendo. Reduz
o PL
b) CERTO: aproveitamento de reserva de lucros para aumento de capital social: Movimentação entre
itens do PL, muda o valor dessas contas, mas não do total do PL
c) encerramento de exercício com apuração de prejuízos: prejuízo é abatido dos lucros acumulados,
pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. Reduz o valor do PL.
d) aumento de capital por aporte: aumenta o capital social. aumenta o PL
e) encerramento de exercício com apuração de lucros: LL aumenta o valor do PL.
03. Resposta: E
Os fatos permutativos podem modificar em quantidade o Patrimônio, numa compra a prazo, por
exemplo, aumentando ativo e passivo; mas podem não modificar em quantidade, numa compra a vista,
por exemplo, pois nesse caso o ativo não se altera. Já os fatos modificativos vão necessariamente alterar
o PL em quantidade.
PL= Patrimônio Líquido = recursos próprios (dos sócios)
04. Resposta: C
O fato permutativo é o fato contábil no qual não há contas de resultado no lançamento, apenas permuta
entre itens do BP (contas patrimoniais)
Fato modificativo é o fato contábil no qual há uma conta de resultado e outra patrimonial
Fato misto é a união dos dois acima, ou seja: dois ou mais contas patrimoniais e outra de resultado
05. Resposta: B
Os atoa Permutativo também são chamados de Qualitativos.
07. Resposta: A
Representa o seguinte lançamento:
D veículo
C caixa
No qual ocorre uma troca de um bem(dinheiro) por um outro bem (veículo).
08. Resposta: D
Fato permutativo é aquele lançamento em que somente alterna entre elementos do ativo, passivo ou
PL, não aumentando a situação líquida da empresa:
Pagamento de fornecedor
D Fornecedor
C Caixa
Depósito em banco
D BCM
C Caixa
As demais alternativa contêm itens que envolvem operações com resultado: aplicação financeira,
rendimento creditado de aplicação financeira, pagamento de despesas em dinheiro, venda à vista, compra
de material de limpeza.
Define-se a vida útil de um ativo em função da utilidade esperada deste ativo para a entidade. A
estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com
ativos semelhantes. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada
exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada.
A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo
não evitam a necessidade de depreciá-lo.
O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual, sendo que
este normalmente não é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável.
Antes de entrarmos no tópico de depreciação, vamos fazer uma breve introdução nas conas do Ativo
Não Circulante Imobilizado e Ativo Não Circulante Intangível, visto a importância dessas contas em
relação à depreciação.
- Ativo Não Circulante Imobilizado – Direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
Exemplos: Móveis e Utensílios, Imóveis, Máquinas, Equipamentos, Veículos.
- Ativo Não Circulante Intangível – Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive fundo de comércio adquirido.
Exemplo: Marcas, Softwares, Licenças e Franquias, Direitos Autorias.
A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente
nas contas de:
- Depreciação – quando corresponder à perda do valor dos direitos que tem por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência (ativo não circulante
imobilizado)
17
https://coad.jusbrasil.com.br/noticias/2280815/a-depreciacao-do-ativo-imobilizado-metodos
Ainda de acordo com a Lei das S.A. 6.404/76, a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise
sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
- Registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir
resultados suficientes para a recuperação desse valor.
- Revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e
para cálculo de depreciação, exaustão e amortização, portanto, é possível reavaliar a vida útil econômica
estimada dos bens.
Se referem aos gastos relacionados com os bens do ativo imobilizado. Existem despesas que podem
melhorar a utilidade de um determinado ativo ou até mesmo prolongar a sua vida útil. Esses gastos são
de dois tipos:
- Gastos de Capital: são os gastos que irão beneficiar por mais de um exercício social e deverão ser
adicionados ao valor do Ativo Imobilizado
- Gastos do Período: são os gastos que deverão ser agregados as contas de despesas do período a
que se referem, pois beneficiam apenas um exercício e são necessários para manter o Imobilizado em
condições de operar.
Depreciação
A depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil.
A depreciação consiste em considerar, como despesas ou custo do período, uma parte do valor gasto
na compra de bens de consumo duráveis utilizados nas atividades da empresa.
Esses bens serão depreciados ao longo de sua vida útil, de modo que o valor gasto na sua aquisição
seja considerado despesa ao longo dos anos de sua utilização.
Podem ser objeto de depreciação todos os bens do ativo não circulante imobilizado sujeitos a desgaste
pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive:
A depreciação de um bem do ativo se inicia quando ele está disponível para uso. Portanto, o bem deve
estar no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração para iniciar a
depreciação.
A depreciação começa no mês em que o equipamentos estiver disponível para utilização e não no mês
em que entra em funcionamento.
Exemplo: Se uma determinada empresa adquirir um veículo para ser utilizado na entrega de
mercadorias no dia 20/01 de um determinado ano e o veículo começou a operar em 30/01 do mesmo
ano, o cálculo da depreciação deve ser considerado integralmente no mês de janeiro, apesar de o veículo
só ter operado efetivamente em dois dias.
Métodos de Depreciação
São métodos de depreciação, o Método Linear, Método das Soma dos Dígitos e Método de Unidades
Produzidas e Depreciação Normal ou Acelerada.
Exemplo:
Valor do Bem: R$ 100.000,00
Valor Residual: R$ 20.000,00
Valor Depreciável: R$ 80.000,00
Vida Útil: 5 anos
Depreciação Anual: R$ 16.000,00
Depreciação Mensal: R$ 1.333,33
Importante: Segundo a CPC 27 – Ativo Imobilizado - Valor residual de um ativo é o valor estimado que
a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já
tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil. Vida útil é:
i- O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou
ii- O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera
Exemplo:
Valor do Bem: R$ 100.000,00
Valor Residual: R$ 10.000,00
Valor Depreciável: R$ 90.000,00
Vida Útil: 5 anos
Soma dos dígitos: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 (denominador)
Exemplo:
Equipamento: R$ 182.000,00
Produção no 1º ano = 800.000 peças
Produção no 2º ano = 1.20.000 peças
Estimativa de produção durante a vida útil da máquina: 30.000.000
Fórmula:
Unidades produzidas no 1º ano x 100 / pela estimativa de produção da máquina
1º Ano
800.000 x 100 = 80.000.000 / 30.000.000 = 2,67%
182.000,00 x 2,67% = 4.859,40
2º Ano
1.200.000 x 100 = 120.000.000 / 30.000.000 = 4%
182.000,00 x 4% = 7.280,00
Exemplo:
Valor do Bem: R$ 120.000,00
Turnos: 2
120.000,00 x 1,5 = 18.000,00 ao ano ou 1.500,00 ao mês
Abaixo para melhor esclarecimento, segue uma tabela resumida de acordo com o Regulamento do
Imposto de Renda, sobre a depreciação de alguns ativos e suas respectivas taxas.
Amortização
Exaustão19
A exaustão corresponde à perda de valor, decorrente de sua exploração, de direitos cujo objeto seja
recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração, conforme Art. 183, §2º c, da Lei das
S.A. De acordo com a mesma Lei, os bens aplicáveis na exploração de recursos minerais e florestais
estão sujeitos a exaustão.
As máquinas e equipamentos de extração mineral ou florestal, opcionalmente, podem ser depreciados,
ao invés de exauridos.
A Legislação do Imposto de Renda estabeleceu que a quota de depreciação, registrável em cada
período de apuração, dos bens aplicados exclusivamente nas minas, jazidas e florestas, cujo período de
exploração total seja inferior ao tempo de vida útil desses bens, poderá ser determinada, opcionalmente,
em função do prazo de concessão ou do contrato de exploração, ou ainda, do volume de produção de
cada período de apuração e sua relação com a possança, ou seja, qualidade conhecida da mina ou
dimensão da floresta explorada.
Somente se sujeitam a exaustão as minas que estejam sob regime de concessão. A exploração de
recursos minerais sob a forma de arrendamento ou licenciamento não pode ser objeto de exaustão.
Exemplo:
Exaustão de recursos minerais em função de prazo de concessão.
Custo de concessão: 200.000,00
Prazo de concessão: 20 anos
Taxa de Exaustão Anual: 1/20 anos = 5% ao ano
Despesa de Exaustão (anual) = 200.000,00 x 5% = 10.000,00
18
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Trabalho-De-Conclus%C3%A3o-De-Disciplina-Contabilidade/45944796.html
19
MORAES JÚNIOR, José Jayme. Contabilidade geral, contabilidade avançada e análise das demonstrações contábeis, 5ª Ed, Niterói – RJ, Impetus, 2016
Questões
2. (TJ/RS – Analista Judiciário –FAURGS) O Estado do Rio Grande do Sul adquiriu um veículo nas
seguintes condições (em R$ 1,00):
Com base nesses dados, o valor da depreciação acumulada até o quinto ano será de
(A) 30.000.
(B) 33.333.
(C) 45.000.
(D) 70.000.
(E) 77.778.
3. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE) O método contábil que consiste em reduzir o valor
aplicado na aquisição de direitos de propriedade, inclusive de ativos intangíveis, cuja existência ou
prazo legal ou contratual sejam limitados, é denominado
(A) exaustão.
(B) amortização.
(C) redução ao valor recuperável.
(D) depreciação.
(E) provisão.
4. (IBGE – Analista Censitário – FGV) Certa entidade adquiriu um equipamento para ser utilizado
no serviço de diagnóstico por imagem em 01/06/2013 e o equipamento começou a ser utilizado no mês
de julho daquele ano. O equipamento só realiza um número limitado de procedimentos, por isso foi
definido que sua depreciação seria pelo método das unidades produzidas. O custo de aquisição do
equipamento foi de $ 490.000,00. O valor residual foi estimado em $ 10.000,00. O equipamento foi
concebido para produzir um número máximo de 30.000 unidades. A entidade pretende usar o
equipamento por seis anos.
6. (Gás Brasiliano – Contador Júnior – IESES) O montante pelo qual o ativo está reconhecido no
balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e
ajuste para perdas é reconhecido como:
(A) Valor justo.
(B) Valor Recuperável.
(C) Unidade Geradora de Caixa.
(D) Valor Contábil.
Gabarito
1- Resposta: B
CPC 27
56. Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade
principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou comercial
e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à diminuição dos
benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente, todos os seguintes
fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo:
(a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo; Alternativa A errada - só trata de benefícios futuros e não passados.
(b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a
manutenção do ativo enquanto estiver ocioso; Alternativa B certa - Obsolescência Tecnológica
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo. Reduções futuras
esperadas no preço de venda de item que foi produzido usando um ativo podem indicar expectativa de
obsolescência técnica ou comercial do bem, que, por sua vez, pode refletir uma redução dos benefícios
econômicos futuros incorporados no ativo; Alternativa C errada - desgaste ocioso também conta.
(d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo. Alternativa D errada - Não fala nada sobre imparidade
2- Resposta: D
A questão pediu a depreciação pelo Método da Soma dos Dígitos dos Anos (ou Método de Cole)
Soma dos Dígitos dos Anos = 1+2+3+4+5+6+7+8+9 = 45
Valor depreciável = 100.000 - 10.000 = 90.000
1o ano = 9/45 * 90.000 = 18.000
2o ano = 8/45 * 90.000 = 16.000
3o ano = 7/45 * 90.000 = 14.000
4o ano = 6/45 * 90.000 = 12.000
5o ano = 5/45 * 90.000 = 10.000
Depreciação acumulada = 18.000 + 16.000 + 14.000 + 12.000 + 10.000 = 70.000
3- Resposta: B
Lei 6404 Art. 183 § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será
registrada periodicamente nas contas de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da
propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada,
ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo
objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
4- Resposta: A
Dados:
Custo de aquisição = 490.000
Quantidade max de produção (vida útil) = 30.000 unidades
Valor residual = 10.000
Quantidade produzida até 2015 = 11.400 unidades
Depreciação acumulada = [(Custo de aquisição - valor residual) / vida útil] x quant. Produzida
= [(490.000 - 10.000]/30.000] x 11.400
= [480.000/30.000] x 11.400
= 16 x 11.400
= 182.400 de depreciação acumulada do ativo imobilizado
6- Resposta: D
Custo de Aquisição
(-) Depreciação, Amortização, Exaustão
(-) Ajustes P/ Perdas
(=) Valor Contábil Líquido
7- Resposta: B
Método da linha reta: consiste em se apurar uma despesa constante durante a vida útil do ativo
8- Resposta: B
Lei 6404 Art. 183 § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será
registrada periodicamente nas contas de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
REGIMES CONTÁBEIS20
Nos tempos atuais, fala-se e utiliza-se, até com muita ênfase, dos chamados “Princípios Contábeis e
Convenções Contábeis Geralmente aceitos” que na realidade, também são chamado regimes contábeis
de escrituração, que podem ser conceituados como premissas básicas acerca dos fenômenos refletidos
pela contabilidade e que são a cristalização de análise e observações.
O campo de atuação da contabilidade é exercido através da escrituração pelas instituições e entidades
dos mais diversos ramos de atividade, sejam elas de finalidade lucrativa ou não, procurando captar e
evidenciar as variações ocorridas na estrutura patrimonial e financeira, em face das decisões da
administração e também das variáveis exógenas que escapam ao controle e ao poder de decisão da
administração.
Princípios
Dentro desse contexto, pode-se verificar com clareza que dentre as variáveis que mais têm
preocupado os administradores, uma é a inflação e outra, a grande divergência de preços existentes,
especificamente nos bens e serviços.
20
HELIO KOHAMA. Contabilidade Pública: teoria e prática – 12 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
Regimes
Aqueles princípios considerados de profunda validade, e que têm conseguido ultrapassar a análise e
estudo feitos em atendimento ao processo evolutivo relatado, transformam-se em utilidades perenes, de
uso constante e até obrigatório, passando a constituir-se em regime.
Por conseguinte, regime contábil define-se como um sistema de escrituração contábil. Pressupõe-se
portanto, que os regimes contábeis de escrituração tenham sido considerados uteis pelo consenso
profissional, de tal sorte que o seu uso seja constante e até obrigatório.
Regime de Caixa
Podemos dizer que é aquele em que, como norma geral, a receita é reconhecida no período em que
é arrecadada e a despesas paga nesse mesmo período. Portanto, regime de caixa e o que compreende,
exclusivamente, todos os reconhecimentos e pagamentos efetuados no exercício, mesmo aqueles
relativos a períodos contábeis anteriores.
Pelo regime de caixa, tanto as receitas por arrecadar, ainda que lançadas, como as despesas
empenhadas e as liquidadas, porém não pagas, devem ser transferidas para o orçamento do exercício
financeiro seguinte, fazendo parte integrante dele, sem deixar resíduos ativos ou passivos, como
curiosidade, informamos que esse regime é adotado na Inglaterra.
Regime de Competência
Define-se como, em resumo, aquele em que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios
de acordo com a real inocorrência, isto é de acordo com a data do fato gerador, e não quando são
recebidos ou pagãos em dinheiro. Pelo regime de competência, toda receita e toda despesa do exercício
pertencem ao próprio exercício, embora já emprenhadas; uma vez terminada a vigência do orçamento,
passam para o exercício seguinte, a fim de serem arrecadadas ou pagas, continuando, entretanto, a
pertencer ao orçamento que lhes deu origem.
Desse modo, a receita lançada e não arrecada no exercício é considerada como receita desse
exercício, passando a constituir resíduos ativos cobrados em anos posteriores na conta receita a
arrecadar, assim como a despesa legalmente empenhada e não paga dentro do exercício é considerada
despesa desse exercício, passado a constituir resíduos passivos, que serão pagãos em exercícios
posteriores, como restos a pagar. Também como curiosidade, podemos dizer que este regime é adotado
na Itália.
Pode-se inferir pelas descrições que a contabilidade aplicada ao setor público efetua o registro
orçamentário da receita, sob o enfoque orçamentário atendendo ao disposto na Lei 4.320/64, que
determina o reconhecimento da receita sob a ótica de caixa.
No que se refere às despesas orçamentária, o art. 35 da Lei 4.320/64, ao dispor em seu inciso II, que
pertencem ao exercício financeiro, as despesas nele legalmente empenhadas especificou que as
despesas orçamentárias, devem ser registradas pelo regime de competência.
No entanto, há que se destacar que o art. 35 refere-se ao regime orçamentário e não ao regime
contábil, pois a contabilidade é tratada em título específico, no qual determina-se que as variações
patrimoniais devem ser evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da execução
orçamentária.
Portanto, com o objetivo de evidenciar os fatos modificativos do patrimônio, deve haver o registro da
receita sob o enfoque patrimonial (variação patrimonial aumentativa) em função do fato gerador, em
obediência aos princípios da competência e da oportunidade.
Fica claramente evidente que a contabilidade aplicada ao setor público, ao proceder o registro da
receita orçamentária sob o enforque patrimonial o faz através do reconhecimento da receita sob o regime
de competência.
E a despesa orçamentária, conforme ficou demonstrado, deve ser registrada pelo regime de
competência. Finalmente pode-se dizer que no Brasil, Contabilidade Aplicada ao Setor Público obedece
21
Manual de Receita Nacional
22
Manual de Receita Nacional
23
Artigo 89, da Lei n° 4.320/64
24
Art. 6, da Protaria Conjunta STN/SOF n° 4, de 30-11-2010.
Questões
01. (TCE/PA - Analista de Controle Externo - AOC) No que se refere aos registros contábeis na
Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Devem atender as regras do Manual Técnico de Contabilidade Aplicado ao Setor Público.
(B) São efetuados com base, principalmente, na Lei 4.320/64, do Decreto 93.872/86 e na Lei
Complementar 101/00.
(C) Devem ser obedecidas as Resoluções editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade: Princípios
Fundamentais de Contabilidade Aplicados ao Setor Público; Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público.
(D) A escrituração é realizada com base no método da partidas dobradas.
(E) Adota o regime contábil misto, ou seja, regime de competência para as receitas e de caixa para as
despesas.
02. (CRF/DF – Analista I – ADES) No regime de competência, apropriar uma despesa significa
(A) receber crédito de venda.
(B) pagar despesa vencida.
(C) reconhecer a ocorrência do fato gerador independente de efetuado o pagamento.
(D) contrair empréstimo de curto prazo.
(E) desembolsar valores para pagamento de obrigações contraídas.
03. (UECE – Técnico em Contabilidade – FUNECE) O regime contábil, segundo o qual as transações
devem ser registradas nos períodos a que se referem, independentemente de recebimento ou
pagamento, denomina-se regime de
(A) caixa.
(B) competência.
(C) caixa para as receitas.
(D) competência para as despesas.
( ) A receita será contabilizada no período em que for gerada, independentemente do seu recebimento.
( ) A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja, quando sair dinheiro do caixa
(desembolso).
( ) A receita será contabilizada no momento do seu recebimento, ou seja, quando entrar dinheiro no
caixa (encaixe).
( ) A despesa será contabilizada como tal no período em que for consumida, incorrida, utilizada
independentemente do pagamento.
(A) 1, 2, 3 e 4
(B) 2, 1, 3 e 4
(C) 3, 2, 4 e 1
Gabarito
Comentários
01. Resposta: E
A Contabilidade Pública adota o Regime Contábil Misto, onde utiliza o Regime de Caixa para as
Receitas e o Regime de Competência para as Despesas.
A previsão do Regime Contábil Misto está previsto na Lei 4.320/64 e na Lei de Responsabilidade Fiscal
Lei 101/00.
Lei 4.320/64: Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Lei 101/00: Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das
contas públicas observará as seguintes:(...)
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência,
apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;(...)
02. Resposta: C
Define-se como, em resumo, aquele em que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios
de acordo com a real inocorrência, isto é de acordo com a data do fato gerador, e não quando são
recebidos ou pagãos em dinheiro.
03. Resposta: B
Define-se como, em resumo, aquele em que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios
de acordo com a real inocorrência, isto é de acordo com a data do fato gerador, e não quando são
recebidos ou pagãos em dinheiro.
04. Resposta: B
Regime de Caixa: Podemos dizer que é aquele em que, como norma geral, a receita é reconhecida
no período em que é arrecadada e a despesas paga nesse mesmo período. Portanto, regime de caixa e
o que compreende, exclusivamente, todos os reconhecimentos e pagamentos efetuados no exercício,
mesmo aqueles relativos a períodos contábeis anteriores.
Regime de Competência: Define-se como, em resumo, aquele em que as receitas e as despesas são
atribuídas aos exercícios de acordo com a real inocorrência, isto é de acordo com a data do fato gerador,
e não quando são recebidos ou pagãos em dinheiro. Pelo regime de competência, toda receita e toda
despesa do exercício pertencem ao próprio exercício, embora já emprenhadas; uma vez terminada a
vigência do orçamento, passam para o exercício seguinte, a fim de serem arrecadadas ou pagas,
continuando, entretanto, a pertencer ao orçamento que lhes deu origem.
Informações muito úteis para o processo de tomada de decisões, assim como para uma ampla
variedade de usuários como: sócios/acionistas, governo, investidores, dentre outros.
Balanço Patrimonial25
O Balanço Patrimonial, dentre todas as demonstrações contábeis, é uma das mais importantes para
desvendar e evidenciar, quantitativa e qualitativamente o patrimônio de uma empresa, haja vista que,
todas as informações que são reveladas e as decisões estratégicas que eventualmente são tomadas,
advém dele. Contudo, trata-se de uma informação estática, e que pode ser modificada no dia seguinte de
sua divulgação, por ser elaborado de acordo com determinado período.
Dica: Cabe ressaltar que a elaboração do Balanço Patrimonial ocorre após o fechamento das contas
de resultado, através da Demonstração de Resultado do Exercício, que será estudada no próximo tópico.
Ativo27
Compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade,
capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos.
- Ativo Circulante: São todas as contas que espera-se que sejam realizadas ou consumidas durante
o curso do exercício social seguinte a apresentação do Balanço Patrimonial.
a) Disponibilidades (também chamada de Caixa e Equivalentes de Caixa) - as principais contas que
encontramos neste grupo são o Caixa (caixa físico, dinheiro, cédulas e moedas), os saldos de contas
correntes e as aplicações financeiras de liquidez imediata (àquelas que possam ser convertidas em
dinheiro e que estejam sujeitas a um risco insignificante, no prazo máximo de 90 dias);
25
RODRIGUES, Adenir Ortiz; PROENÇA, André Eduardo de; BUSCH, Cleber Marcel; GARCIA, Edino Ribeiro; TODA, William Haruo – Planejamento Contábil e
Reorganização Societária – 2ª ed. São Paulo: IOB, 2013
26
O Livro Razão é fundamental para processo contábil e exigido por legislação para empresas tributadas pelo Imposto de Renda. Este livro agrega as contas
patrimoniais do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, contas de ativo, passivo e patrimônio líquido e também de receitas e despesas.
27
http://contadores.cnt.br/noticias/artigos/2016/07/11/classificacao-de-ativos.html
- Ativo Não Circulante: São incluídos todos os bens de natureza duradoura destinados ao
funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com
essa finalidade.
a) Ativo Realizável a Longo Prazo - neste grupo são classificados os ativos com mesma natureza dos
Ativos Circulantes, mas que, entretanto, serão realizados ou consumidos apenas após o término do
exercício seguinte à apresentação do Balanço. Vale ressaltar que sua classificação é residual em relação
aos demais grupos de contas do Ativo Não Circulante, ou seja, classificam-se aqui os ativos que não
puderem ser classificados nos demais grupos do Ativo Não Circulante (Investimentos, Imobilizado e
Intangível) e apenas se não puderem ser classificados neles;
Dica sobre Ativo Realizável a Longo Prazo: Vale destacar que, quando ocorrer empréstimos da
companhia para sócios ou acionistas, independente do seu prazo de pagamento, o mesmo deve ser
classificado como Ativo Realizável a Longo Prazo, por não constituírem negócios usuais na exploração
do objeto da companhia, conforme definido pelo Art. 149 Item II da Lei 6.404/76.
b) Investimentos - neste grupo devem ser classificados os imóveis que a empresa eventualmente
possua com a finalidade de locação ou valorização e as participações em sociedades coligadas,
controladas e controladas em conjunto;
c) Imobilizado - aqui devem ser alocadas todas as contas que representem bens materiais (corpóreos,
tangíveis) que sejam mantidos pela empresa com a finalidade de produção ou fornecimento de
mercadorias e serviços, para locação, ou para fins administrativos, e que se espera utilizar para além do
exercício seguinte à apresentação do balanço. São exemplos: terrenos, edifícios, máquinas e
equipamentos, móveis e utensílios, veículos, instalações, computadores, etc. Por determinação do
(Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC 06 (R2) – Operações de Arrendamento Mercantil, devem-
se alocar aqui também os arrendamentos financeiros;
d) Intangível - neste grupo devem ser alocados os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
ligados à manutenção da empresa ou exercidos com esta finalidade, inclusive, o fundo de comércio.
Passivo
Compreende os saldos das obrigações devidas pela empresa.
28
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/passivo-circulante.htm
- Patrimônio Líquido: Corresponde à riqueza de uma organização, o que ela possui descontadas as
contas que precisa pagar. Ele representa a fonte interna de recursos da empresa e o quanto seus
proprietários têm investido na companhia. Contabilmente corresponde à diferença ativos totais e passivos
exigíveis.
a) Capital Social - discrimina o montante subscrito e a parcela ainda não realizada por sócios e
acionistas;
Dica sobre Capital Social: A Conta Capital a Integralizar é a parcela da subscrição de capital que
sócio da empresa ainda deverá pagar, isto é, que ainda não foi colocada na empresa. Por isso é uma
Conta redutora do Capital Social.
b) Reservas de Capital - são recursos obtidos pela empresa que não possuem vínculo com a formação
de lucro. São decorrentes, por exemplo, do reembolso ou compra de ações, da incorporação ao capital e
do pagamento de dividendos a ações preferenciais, dentro outros;
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial - as contrapartidas de aumentos ou diminuições de elementos do
ativo e do passivo que não foram computadas no exercício, em decorrência da sua reavaliação, desde
que sigam as regras legais;
d) Reservas de Legal- valores da apropriação de parte dos lucros em decorrência da lei ou da vontade
do proprietário;
e) Ações em Tesouraria - é uma conta redutora do patrimônio líquido que registra o valor das ações
da companhia adquiridas pela própria empresa;
f) Prejuízos Acumulados - registros de prejuízos acumulados e ainda não cobertos.
29
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/passivo-nao-circulante.htm
DICA: O Balanço Patrimonial e sua estrutura está discriminado na Lei das S.A. - Lei 6404/76 Artigo
178 SEÇÃO III.
Questões
01. (Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal - CESPE/2018) Previstas na Lei n.º 6.404/1976,
as demonstrações contábeis obrigatórias para sociedades anônimas incluem o balanço patrimonial (BP)
e a demonstração do resultado do exercício (DRE). Acerca desses demonstrativos, julgue o item seguinte.
O BP apresenta as contas de resultado da entidade, correspondentes a um exercício financeiro
coincidente com o ano civil.
( ) Certo ( ) Errado
02. (Polícia Federal - Agente de Polícia Federal - CESPE/2018) Com base nessas informações,
julgue o item que segue.
Gabarito
Comentários
03. Resposta: E
O Ativo está divido em Ativo Circulante e Não Circulante assim como no Passivo.
Receitas
Receita Operacional Bruta: é a somatória de todas as vendas ou serviços que foram efetuados e que
tenham sido faturados, ou seja, que tenham gerado a emissão de uma nota fiscal em determinado
período, obedecendo ao princípio da competência.
30
MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus,
2016.
Onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final (inventário final)
Onde:
CSV = Custo dos Serviços Vendidos
Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos
GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontratações, etc.) aplicados nos serviços
vendidos
GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos
serviços vendidos
Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento
Onde:
CPV = Custo dos Produtos Vendidos
EI = Estoque Inicial
In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e outros materiais) aplicados nos produtos
vendidos
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos
Apostila gerada especialmente para: Lucia Maria 199.451.208-32
62
GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de obra indireta, etc.)
aplicada nos produtos vendidos
EF = Estoque Final (inventário final)
Lucro Bruto
De acordo com o artigo 187, item II, da Lei nº 6.404/76, deve ser computado na DRE o custo das
mercadorias e serviços vendidos ou prestados no exercício, que deduzido das receitas correspondentes,
gera o Lucro Bruto.
Resultado operacional antes do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) - lucro ou prejuízo: o resultado obtido até este ponto na DRE constitui base de cálculo
da Provisão para Imposto de Renda e da Provisão para Contribuição Social. Caso o resultado obtido seja
negativo, caracterizando prejuízo em sua movimentação, não haverá incidência de IR e CSLL. Para o
cálculo do imposto de renda a pagar, que deverá ser recolhido pela empresa, a base de cálculo (lucro
DICAS:
- Resultado do período é o total das receitas deduzido das despesas, exceto os itens reconhecidos
como outros resultados abrangentes ao patrimônio líquido;
- Operação descontinuada corresponde ao componente da entidade que foi baixado ou está
classificado como mantido para venda e:
a) Representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações;
b) É parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de
negócios ou área geográfica de operações;
c) É uma empresa controlada adquirida exclusivamente com objetivo de revenda, ou seja, são ativos
imobilizados que a empresa de uma linha separada de negócios ou área geográfica de operações que
ficaram obsoletos ou descontinuados e foram colocados à venda, ou um investimento de aquisição de
uma empresa controlada adquirida com o objetivo de revenda.
Exemplo de DRE:
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas
Abatimentos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Com Vendas
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
Questões
02. (Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal - CESPE/2018) Previstas na Lei n.º 6.404/1976,
as demonstrações contábeis obrigatórias para sociedades anônimas incluem o balanço patrimonial (BP)
e a demonstração do resultado do exercício (DRE). Acerca desses demonstrativos, julgue o item seguinte.
A estrutura da DRE é delineada a partir da apresentação das receitas brutas, que, deduzidas de
impostos, inclusive de imposto de renda, determinam o lucro operacional da entidade.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
01. Resposta: A
Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que aparecerão todas as contas de Receitas e
Despesas do período, que são contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão com
seus saldos zerados.
03. Resposta: A
Formula de cálculo do exercício
Receita de serviços R$1.000,00 (+)
Receita de venda de mercadoria R$ 500,00 (+)
Despesas com vendas R$ 120,00 (-)
Despesas Administrativas R$ 76,00 (-)
Despesas Financeiras R$ 235,00 (-)
Total: R$ 1.069,00
04. Resposta: A
A DRE começa sendo apresentada pela Recita Operacional Bruta, onde são depois classificadas em
Receita de Vendas de Produtos, Mercadorias e de Prestação de Serviços.
Foi através do Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis,
onde surgiu a determinação para apresentação da demonstração de resultado abrangente.
A entidade deve, apresentar as receitas e despesas do período na demonstração do resultado do
exercício, mas todas as outras variações ocorridas no patrimônio, como por exemplo ajustes de
reavaliação, variações cambiais, alguns ajustes de instrumentos financeiros entre outros, que poderão
alterar em determinado tempo o resultado do período ou diretamente os Lucros ou Prejuízos, deverão ser
apresentados como Outros Resultados Abrangentes, dentro do DRA.
A DRA refere-se a soma do resultado do período com a soma dos outros resultados abrangentes, não
fazendo parte do conjunto de demonstrações contábeis exigidos pela Lei das S.A., sendo incluída
posteriormente pelo CPC, conforme já citado, e em decorrência das mudanças na convergência às
normas internacionais.
A DRA, deve incluir as seguintes rubricas:
- Resultado Líquido do Período;
- Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método
de equivalência patrimonial;
- Cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza;
- Resultado abrangente do período;
Podemos dizer que o resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um
determinado período, onde resulta de transações e outros eventos, os quais não são derivados de
transações com os sócios, ou seja, é o resultado do exercício adicionado de ganhos ou perdas que eram
reconhecidas direta e temporariamente na DMPL.
A demonstração do resultado abrangente inicia com o resultado líquido e inclui os outros resultados
abrangentes, dos quais são correspondente às mutações do patrimônio líquido que não representam
receitas e despesas realizadas pelo princípio da competência, dessa forma podendo causar variações
em períodos subsequentes.
31
Moraes Junior, José Jayme – Contabilidade Geral, contabilidade avançada e análise das demonstrações contábeis – 5 ed. Niterói-RJ – Impetus – 2016.
Na prática, o resultado abrangente33 visa apresentar os ajustes efetuados no Patrimônio Líquido como
se fosse um lucro da empresa. Por exemplo, a conta ajuste da avaliação patrimonial registra as
modificações de ativos e passivos a valor justo, que pelo princípio da competência não entram na DRE;
no entanto, no lucro abrangente estas variações serão computadas, a fim de apresentar o lucro o mais
próximo da realidade econômica da empresa.
Exemplo de DRA:
ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA)
Resultado Líquido do Exercício
(+/-) Outros Resultados Abrangentes:
1 – Reservas de Reavaliação:
(-) Realização de Reserva de Reavaliação
(+) Tributos Sobre Realização da Reserva de Reavaliação
2 – Plano de Pensão – Benefícios a Empregados
(+/-) Ganhos e Perdas Atuariais em Planos de Previdência Complementar
(+/-) Tributos Sobre Ganhos e Perdas Atuariais
3 – Ajustes de Conversão das Demonstrações Contábeis
(+/-) Ganhos e Perdas de conversão das Demonstrações Contábeis para o Exterior
(+/-) Tributos Sobre Ajustes de Conversão das Demonstrações Contábeis para o Exterior
4 – Ajustes de Avaliação Patrimonial – Ativos Financeiros
(+/-) Ganhos e Perdas na Remuneração de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
(+/-) Tributos Sobre Ajustes de Instrumentos Financeiros
5 – Ajustes de Avaliação Patrimonial – Instrumentos de Hedge
(+/-) Resultado Abrangente de Empresas Investidas Reconhecidas pelo Método da Equivalência Patrimonial
(=) Resultado Abrangente do Período
Parcela dos Sócios da Controladora
Parcela dos Sócios não Controladores
Questões
32
SANTOS, J. L. [et al.]. Manual de Práticas Contábeis: Aspectos Societários e Tributários: 2.ª Ed. Atualizada pela Lei n° 11.941/09 e pelas normas do CPC. São
Paulo: Atlas, 2011.
33
Conteúdo na Íntegra. LUNELLI, R. L. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE -
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracaoresultadoabrangente.htm>.
02. (CEMIG/MG - Analista de Gestão Contábil Júnior - FUMARC/2018) De acordo com o previsto
no CPC 26 (R1), item 81A, a Demonstração do Resultado e Outros Resultados Abrangentes
(Demonstração do Resultado Abrangente - DRA) deve apresentar, além das seções da demonstração do
resultado e de outros resultados abrangentes:
I. O total do resultado bruto do período, por natureza da operação, deduzido do resultado de
equivalência patrimonial.
II. O total de outros resultados abrangentes.
III. O resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros resultados abrangentes.
Assim sendo, estão CORRETAS as afirmativas:
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
O resultado abrangente total é composto do resultado líquido do exercício, dos outros resultados
abrangentes e dos ajustes de reclassificação. Compõe o Resultado Abrangente Ganhos e perdas
atuariais em planos de pensão.
02. Resposta: D
A DRA refere-se a soma do resultado do período com a soma dos outros resultados abrangentes
03. Resposta: D
O resultado abrangente total é composto do resultado líquido do exercício, dos outros resultados
abrangentes e dos ajustes de reclassificação. Como exemplo de outros resultados abrangentes temos:
Ganhos e perdas na conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior.
A partir de Janeiro de 2008, com as alterações da Lei das S.A. (6.404/76), pela Lei nº 11.638/2007, a
Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser obrigatória para as sociedades por ações (abertas
ou fechadas).
34
MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus :
2016.
DICA: De acordo com o § 6. ° do art. 176 da Lei n° 11.638/07, a companhia fechada com patrimônio
líquido, na data do balanço, não superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
Exemplo de DFC:
MÉTODO DIRETO MÉTODO INDIRETO
Atividades Operacionais Atividades Operacionais
(+) Recebimento de clientes Lucro líquido do Exercício
(-) Pagamento de contas (+) Depreciação
(-) Pagamento de despesas operacionais (+/-) Variação no Circulante (Capital de Giro) Fluxo de
(-) Pagamento de Impostos Caixa das Atividades Operacionais
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Atividades de Financiamento
Atividades de Financiamento (+/-) Novos empréstimos de curto e longo prazos
(+/-) Novos empréstimos de curto e longo prazos (+) Aumento de capital
(+) Aumento de capital (-) Despesas financeiras
(-) Despesas financeiras (-) Pagamentos de dividendos
(-) Pagamentos de Dividendos Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento Atividades de Investimentos
Atividades de Investimentos (+/-) Aquisição de Imobilizado
(+/-) Aquisição de Imobilizado (+/-) Outros Investimentos
(+/-) Outros Investimentos Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos (+/-) Caixa inicial
(+/-) Caixa inicial Resultado do Caixa Final
Resultado do Caixa Final
35
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/demonstrativo-fluxo-de-caixa/
02. (IF/TO - Professor - IF/TO/2018) Analise os enunciados dos itens abaixo e marque a alternativa
correta que indique a performance financeira refletida pelo fluxo de caixa:
(A) Consiste em informações financeiras, econômicas, legais e físicas do patrimônio da empresa e o
necessário controle para eficiência da gestão;
(B) É um ramo das ciências sociais aplicadas que se destaca no processo gerador de informações,
para evidenciação de princípios da contabilidade e das normas da legislação tributária.
(C) O Fluxo de caixa eventualmente apresenta informações sobre transações fiscais e econômicas
passadas, bem como eventos que sejam úteis aos usuários na tomada de decisões;
(D) Consiste em auxiliar os usuários a avaliar a capacidade da entidade de gerar fluxos de caixa
futuros, bem como fatores que podem afetar a liquidez e a solvência da entidade;
(E) Para o exercício do regime de competência, o fluxo de caixa não se aplica na demonstração de
resultado fiscal e se pressupõe para o mesmo a confrontação entre receitas e despesas.
03. (EMAP - Analista Portuário - CESPE/2018) Com relação à elaboração das principais
demonstrações contábeis previstas na normatização vigente, julgue o item seguinte.
O pagamento de um empréstimo que inclua juros e amortização do principal pode ser classificado
como transação que afeta o fluxo de caixa de atividades operacionais e de atividades de financiamento,
simultaneamente.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
Comentários
01. Resposta: E
A DFC controlará a variação do disponível da empresa em determinado período e o caixa gerado nas
operações da empresa menos as despesas e gastos
02. Resposta: D
A DFC proporciona a informação sobre fluxos de caixa para os usuários das informações como uma
base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da
entidade para utilizar esses fluxos de caixa.
Apesar da Lei nº 6.404/76 não obrigar a divulgação da DMPL, tornando-a apenas facultativa, esse
demonstrativo passou a ser obrigado para as empresas de capital aberto por exigência da CVM nº 59 de
1986.
De acordo com o CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis – a entidade deve
apresentar a DMPL, que incluem as seguintes informações.
a) O resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos
proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores;
b) Para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou da
reapresentação retrospectiva, reconhecido de acordo com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro;
c) Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no início e no final do período,
demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes:
- Do resultado líquido;
- De cada item dos outros resultados abrangentes;
- De transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando
separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas
participações em controladas que não implicaram perda do controle. Informação a ser apresentada na
DMPL ou nas notas explicativas.
Para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve apresentar, ou na DMPL ou nas notas
explicativas, uma análise dos outros resultados abrangentes por item.
As contas que formam o Patrimônio Líquido podem apresentar diversas variações:
Exemplo de DMPL:
RESERVAS DE LUCROS
Reserva
Reservas Reserva de
Capital Reserva Reserva Lucros
Histórico de Para Lucros Total
Realizado Estatutária Legal Acumulados
Capital Contingência a
Realizar
Saldo em 31.12. Exercício
Anterior
Ajustes de Exercícios Anteriores:
Efeitos de mudança de critérios
contábeis
Retificação de erros de exercícios
anteriores
Aumento de Capital:
Com lucros e reservas
Por subscrição realizada
Reversões de Reservas:
De contingências
De lucros a realizar
Lucro Líquido do Exercício:
Proposta de Destinação do
Exercício:
Reserva para contingência
Reserva legal
Reserva estatutária
Reserva de lucros para expansão
Reserva de lucros a realizar
Outras reservas
Questões
02. (CEMIG/MG - Analista de Gestão Contábil Júnior - FUMARC/2018) Conforme previsto no CPC
26 (R1), item 106, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido deve incluir as seguintes
informações:
I. O resultado abrangente do período, apresentando separadamente somente o montante total
atribuível aos proprietários da entidade controladora.
II. Para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou da
reapresentação retrospectiva, reconhecidos de acordo com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro.
III. Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no início e no final do período,
demonstrando-se, separadamente, apenas cada item dos outros resultados abrangentes.
Assim sendo, estão INCORRETAS as afirmativas:
(A) I e II, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I, II e III.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
É a demonstração destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, ocorridas no Patrimônio
Líquido da entidade, num determinado período de tempo, ou seja, a DMPL não limitando apenas a
demonstrar as mutações da conta Lucros Acumulados ou da conta Prejuízos Acumulados.
02. Resposta: B
De acordo com o CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis - a entidade deve
apresentar a DMPL, que incluem as seguintes informações.
O resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos
proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores;
Para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou da
reapresentação retrospectiva, reconhecido de acordo com o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro;
A partir de 01/01/2008, com a alteração da Lei das S.A., pela Lei nº 11.638/2007. A Demonstração do
Valor Adicionado (DVA) passou a ser obrigatória para as sociedades por ações abertas.
As sociedades por ações de capital aberto, e outras entidades que a lei assim estabelecer, devem
elaborar a DVA e apresenta-la como parte das demonstrações contábeis divulgadas a fim de cada
exercício social. É recomendado, entretanto, a sua elaboração por todas as entidades que divulgam
demonstrações contábeis.
Além disso, as sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por
ações, são obrigadas a elaborações de demonstrações financeiros, que deverão sofrer auditoria
independente.
As seguintes companhias são obrigadas à elaboração do DVA:
- Sociedades por ações abertas;
- Sociedades de grande porte.
A principal função da DVA é identificar e divulgar o valor da riqueza gerada por uma entidade e a forma
pela qual essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente,
para sua geração, ou seja, é destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e informações do valor
da riqueza gerada pela entidade em determinado período e a sua distribuição.
As informações devem ser extraídas da contabilidade e os valores informados devem ter como base
o princípio da competência. O valor adicionado constitui-se das receitas obtidas pela empresa em razão
de suas atividades deduzidas dos custos dos bens e serviços adquiridos de terceiros para geração dessas
receitas. O que demonstra a contribuição da empresa para a geração de riqueza da economia, resultado
do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.
A DVA apresenta uma posição dinâmica e evidencia os aspectos econômico e social do valor
adicionado. Sob a ótica econômica, expressa o desempenho da entidade na geração da riqueza e a sua
eficiência na utilização dos fatores de produção, comparando os valores de saída com os valores de
entrada. Sob o ponto de vista social (integra o balanço social), demostra a riqueza gerada pela empresa
e a forma de sua distribuição no encerramento de determinado período, contendo a participação dos
empregados, do governo, dos agentes financiadores, dos acionistas, da parcela retida pela empresa,
entre outros.
A elaboração da DVA consolidada deve basear-se nas demonstrações consolidadas e evidenciar a
participação dos sócios não controladores, devendo proporcionar aos usuários das demonstrações
contábeis informações relativas à riqueza criada pela entidade, em determinado período e a forma como
tais riquezas foram distribuídas.
A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma:
- Pessoal e encargos;
- Impostos, taxas e contribuições;
- Juros e aluguéis;
- Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;
- Lucros retidos/prejuízos do exercício.
Receitas
Venda de mercadorias, produtos e serviços: inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas
receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento
bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas
receitas;
Outras receitas - da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas;
Provisão para créditos de liquidação duvido: inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa
provisão.
Distribuição da Riqueza
A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada, como a riqueza obtida pela entidade foi
distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a seguir:
Remuneração direta: representada pelos valores relativos a salários, 13.º salário, honorários da
administração (inclusive os pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas extras,
participação de empregados nos resultados, etc;
Benefícios: representados pelos valores relativos à assistência médica, alimentação, transporte,
planos de aposentadoria, etc.;
FGTS: representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados;
Impostos, taxas e contribuições: valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o
lucro, contribuições ao INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho) que sejam
ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para
os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os
valores devidos ou já recolhidos, e representam a diferença entre os impostos e contribuições incidentes
sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como “insumos
adquiridos de terceiros”;
Tributos Federais: inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou
em parte aos Estados, Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, PIS, COFINS. Inclui
também a contribuição sindical patronal;
Tributos Estaduais: inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no
todo ou em parte aos Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA;
Tributos Municipais: inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados
no todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU;
Remuneração de capitais de terceiros: valores pagos ou creditados aos financiadores externos de
Substituição Tributária
A legislação brasileira, por meio de dispositivos legais próprios, permite a transferência de
responsabilidade tributária a um terceiro, desde que vinculado ao fato gerador do tributo. Essa
transferência de responsabilidade, que pode ser total ou parcial e tem como finalidade precípua a garantia
de recolhimento do tributo, é efetivada de duas formas: progressiva e regressiva.
A substituição tributária progressiva ocorre com a antecipação do pagamento do tributo que só será
devido na operação seguinte. Do ponto de vista do substituto tributário (normalmente fabricante ou
importador), deve-se incluir o valor do “imposto antecipado” no faturamento bruto e depois apresentá-lo
como dedução desse faturamento para se chegar à receita bruta.
No caso da substituição tributária regressiva, por exemplo, quando o comerciante realiza operação
com produtor rural e é responsável pelo recolhimento do tributo, podem ocorrer duas situações: no caso
de o comerciante ter direito ao crédito na operação seguinte, quando o valor do tributo recolhido deve ser
tratado como impostos a recuperar, na DVA o valor dos impostos incidentes sobre as vendas deve ser
considerado pelo valor total, uma vez que foi recolhido pelo próprio comerciante; se este não fizer jus ao
crédito do tributo, o valor recolhido deve ser tratado como custo dos estoques.
Exemplo de DVA
Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado – DVA
1 – RECEITAS
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Outras receitas
1.3) Receitas Relativas à construção de ativos próprios
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão/(Constituição)
2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
(Inclui os valores de impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3) Perda/Recuperação de valores ativos
2.4) Outras (especificar)
3- VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4- DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5- VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6- VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
7- VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
8- DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)
8.1) Pessoal
8.1.1- Remuneração direta
8.1.2- Benefícios
8.1.3- FGTS
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.2.1- Federais
8.2.2- Estaduais
8.2.3- Municipais
Apostila gerada especialmente para: Lucia Maria 199.451.208-32
77
8.3) Remuneração de capitais de terceiros
8.3.1- Juros
8.3.2- Aluguéis
8.3.3- Outras
8.4) Remuneração de Capitais Próprios
8.4.1- Juros sobre o Capital Próprio
8.4.2- Dividendos
8.4.3- Lucros retidos/Prejuízo do exercício
8.4.4- Participação dos não controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)
Questões
02. (CRF/RJ - Contador - IDIB/2018) Segundo a NBC ITG 2002(R1), as demonstrações contábeis
que devem ser divulgadas são:
(A) Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Período, a Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e as Notas Explicativas;
(B) Balanço Patrimonial, a Demonstração dos Resultados Acumulados, a Demonstração do Resultado
do Período;
(C) Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Período e Fluxo de Caixa;
(D) Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Período e Demonstração das mutações do
Patrimônio Social.
04. (EMAP - Analista Portuário - CESPE/2018) Com relação à elaboração das principais
demonstrações contábeis previstas na normatização vigente, julgue o item seguinte.
A demonstração do valor agregado visa apresentar, em uma perspectiva microeconômica, a
contribuição da empresa na formação da renda nacional.
Gabarito
01. B
01. Resposta: B
São as Receitas juntamente com os tributos incidentes sobre elas, como por exemplo, ICMS, IPI, PIS
e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto.
02. Resposta: A
No início do nosso material são apresentadas as Demonstrações Obrigatórias e entre elas a DVA.
03. Resposta: B
No sub tópico Insumos Adquiridos de Terceiros, destacam-se os valores recebidos de terceiro e entre
eles o resultado da equivalência, onde pode representar receita ou despesa. Se despesa, deve ser
considerado como redução ou valor negativo.
Notas Explicativas38
38
SANTOS, J. L. [et al.]. Manual de Práticas Contábeis: aspectos societários e tributários: 2.ª Ed. Atualizada pela Lei n° 11.941/09 e pelas Normas do CPC. São
Paulo: Atlas, 2011.
Questões
01. (UFF - Contador - Coseac) As Notas Explicativas são informações adicionais às apresentadas
nos quadros das DCASP. Elas são consideradas parte integrante das demonstrações. Com relação às
Notas Explicativas das DCASP, é correto afirmar:
(A) as Notas Explicativas devem ser apresentadas de forma assíncrona.
(B) os julgamentos exercidos pela aplicação das políticas contábeis que afetem significativamente os
montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis podem, a critério do gestor, ser divulgados em
Notas Explicativas.
(C) cada quadro ou item a que uma Nota Explicativa se aplique deverá ter referência cruzada com a
respectiva Nota Explicativa.
(D) quando mais de uma base de mensuração for utilizada nas demonstrações contábeis, é necessário
divulgar uma indicação de sua aplicação para todas as categorias de ativos e de passivos.
(E) ao decidir se determinada política contábil específica será ou não evidenciada, a Administração
deve considerar se sua evidenciação proporcionará aos usuários uma menor compreensão da forma em
que as transações, condições e outros eventos, estão refletidos no resultado e na posição patrimonial
omitida.
03. (PC/PI - Perito Criminal - NUCEP/2018) Segundo o Art. 176 § 4º da Lei nº 6.404/76 as
demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou
demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do
exercício. De acordo com o § 5º da Lei nº 6.404/76, as notas explicativas devem:
(A) Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que estejam
apresentadas em outra parte das demonstrações financeiras.
(B) Indicar os investimentos em outras sociedades, mesmo quando irrelevantes.
(C) Indicar a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a curto prazo.
(D) Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas
contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos.
(E) Indicar os ajustes de exercícios futuros.
01.C/ 02.D
Comentários
01. Resposta: C
A) As notas explicativas devem ser apresentadas de forma sistemática.
B) Os julgamentos exercidos pela aplicação das políticas contábeis que afetem significativamente os
montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis devem ser divulgados em notas explicativas.
C) CERTO: Cada quadro ou item a que uma nota explicativa se aplique deverá ter referência cruzada
com a respectiva nota explicativa
D) Quando mais de uma base de mensuração for utilizada nas demonstrações contábeis, por exemplo,
quando determinadas classes de ativos são reavaliadas, é suficiente divulgar uma indicação das
categorias de ativos e de passivos à qual cada base de mensuração foi aplicada
E) Ao decidir se determinada política contábil específica será ou não evidenciada, a administração
deve considerar se sua evidenciação proporcionará aos usuários melhor compreensão da forma em que
as transações, condições e outros eventos, estão refletidos no resultado e na posição patrimonial
relatados
02. Resposta: D
Devem indicar, entre outros fatores os investimento em outras sociedades, quando relevantes
03. Resposta: D
Devem apresentar as Notas Explicativas informações sobre a base de preparação das demonstrações
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos
significativos.