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AERONÁUTICA

Administração

2.1.2.1 Patrimônio: bens, direitos e obrigações. Aspectos qualitativo e quantitativo.


Representação gráfica. Situação líquida. Equação básica. Patrimônio líquido ......................... 1
2.1.2.2 Contas: classificação, noções de débito e crédito. 2.1.2.3 Atos e Fatos
Administrativos. 2.1.2.4 Escrituração: métodos de escrituração, lançamentos. 2.1.2.5 Razonete
e Balancete. 2.1.2.6 Plano de Contas .................................................................................... 16
2.1.2.7 Depreciação e Amortização ................................................................................... 42
2.1.2.8 Princípio da Competência: introdução, ajustes em contas de despesas e de receitas,
regimes contábeis .................................................................................................................. 52
2.1.2.9 Demonstrações Financeiras ................................................................................... 56

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2.1.2.1 Patrimônio: bens, direitos e obrigações. Aspectos qualitativo e
quantitativo. Representação gráfica. Situação líquida. Equação básica.
Patrimônio líquido.

Como conceito geral de controle patrimonial público, temos a analogia que compreende o conjunto de
bens, os direitos e a obrigações avaliáveis em moeda corrente, ao qual compõem a Administração
Pública.

Controle Patrimonial e os Bens Públicos

De acordo com o código Civil, dentro do Art. 98: “São públicos os bens de domínio nacional
pertencentes à União, aos Estados, ou aos Municípios. Todos os outros são particulares, seja qual for a
pessoa a que pertencerem”.
É fato, que o controle patrimonial eficiente é imprescindível tanto nos empreendimentos de domínio
público, quanto nos privados. O total controle dos mesmos é de grande valia perante os gestores, pois
auxilia no processo de Gestão Patrimonial, garantindo a otimização dos recursos, viabilizando o controle
burocrático.
O Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não,
adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que
seja portador e represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços
públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. O patrimônio
público é estruturado em três grupos:
Ativos: são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços;

Passivos: são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos
se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos
ou potencial de serviços;

Patrimônio Líquido (Saldo Patrimonial): é o valor residual dos ativos da entidade depois de
deduzidos todos seus passivos.

Os conceitos de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas não especificam os
critérios para seu reconhecimento. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou
patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma
legal. A classificação do ativo e do passivo considera a segregação em “circulante” e “não circulante”,
com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade, conforme disposto na NBC T 16.6 (R1) -
Demonstrações Contábeis. Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a
entidade tenha uma obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer
de uma certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de um contrato
ou de requisitos estatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por
mercadorias e serviços recebidos.

Situação Patrimonial1
A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros
recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida no Balanço Patrimonial como patrimônio líquido.
A situação patrimonial líquida pode ser um montante positivo ou negativo. Deste modo os itens que
Integram o patrimônio líquido são: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e outros
desdobramentos. No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos
resultados acumulados de períodos anteriores. O resultado patrimonial do período é a diferença entre as
variações patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações
Patrimoniais, que evidencia o desempenho das entidades do setor público.
Além do aporte de recursos e do pagamento de dividendos que podem ocorrer, é relativamente comum
que ativos e passivos sejam transferidos entre entidades do setor público. Sempre que tais transferências

1
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª Edição – Exercício 2017

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satisfizerem as definições de contribuição dos proprietários ou de distribuição aos proprietários, elas
devem ser contabilizadas como tal.
Contribuição dos proprietários corresponde a entrada de recursos para a entidade a título de
contribuição de partes externas, que estabelece ou aumenta a participação delas no patrimônio líquido
da entidade. Exemplos: o aporte inicial de recursos na criação da entidade ou o aporte de recursos
subsequente, inclusive quando da reestruturação. Distribuição aos proprietários corresponde a saída de
recursos da entidade a título de distribuição a partes externas, que representa retorno sobre a participação
ou a redução dessa participação no patrimônio líquido da entidade. Exemplos: o retorno sobre
investimento ou, no caso da extinção ou reestruturação da entidade, o retorno de qualquer recurso
residual.

Bens Públicos

Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta.
Todos os demais são considerados particulares.
Segundo Meirelles2, bens públicos, “em sentido amplo, são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas,
imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades
estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais.”
Portanto, segundo este conceito, a categoria de bem público abrange inclusive o patrimônio das
entidades estatais dotadas de personalidade jurídica de direito privado. Seguindo esta linha, domínio
público é o conjunto de bens públicos, não importando se o bem pertence realmente ao Estado, pois,
bens particulares que estejam ligados à realização de serviços públicos também são considerados bens
públicos.

Classificação dos Bens Públicos


O art. 99 do Código Civil utilizou o critério da destinação do bem para classificar os bens públicos.
- Bens de uso comum: são aqueles destinados ao uso indistinto de toda a comunidade, bens que
não devem ser submetidos à fruição privada de ninguém. Exemplo: Mar, rio, rua, praça, estradas,
parques. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por
meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex.: Zona azul nas ruas e zoológico.
O uso desses bens públicos é oneroso.

- Bens de uso especial: são aqueles destinados a uma finalidade específica. Exemplo: Bibliotecas,
teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral.

- Bens dominicais: não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial.
“Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real,
de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC). Os bens dominicais representam o patrimônio
disponível do Estado, pois não estão destinados a nenhuma finalidade, e em razão disso o Estado figura
como proprietário desses bens. Exemplo: Terras devolutas.

Um outro aspecto que deve ser destaca a respeito dos bens públicos é segregação dos bens de uso
comum pela STN - Secretaria do Tesouro Nacional.
A partir da 4ª edição do MCASP (Parte II) STN passou a segregar os bens de uso comum do povo em
duas classes de ativos, conforme segue:

Ativos de Infraestrutura: tais como redes rodoviárias, sistemas de esgoto, sistemas de


abastecimento de água e energia e rede de comunicação, estão abrangidos na definição de ativos
imobilizados. Para serem classificados como ativos de infraestrutura, os mesmo deverão ser partes de
um sistema ou de uma rede, especializados por natureza e não possuírem usos alternativas. O
reconhecimento e a mensuração desses ativos são obrigatórios e seguem os mesmos critérios utilizados
para os ativos imobilizados.

Bens do Patrimônio Cultural: são aqueles assim chamados devido a sua significância histórica,
cultural ou ambiental, tais como monumentos e prédios históricos, sítios arqueológicos, áreas de
conservação e reservas naturais. Estes ativos raramente são mantidos para gerar entradas de caixa e
pode haver obstáculos legais ou sociais para usá-los em tais propósitos. O reconhecimento e a

2
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1998.

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mensuração de “bens do patrimônio público” são facultativos e podem seguir critérios diferentes dos
utilizados para os ativos imobilizados.

Aspectos Qualitativos e Quantitativos3


- Aspecto Qualitativo do patrimônio, entende-se a natureza dos elementos que o compõem, como
dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda, máquinas, estoque de mercadorias ou
materiais, etc. Exemplo:
a) Bens: Dinheiro; Veículos; Máquinas...
b) Direitos: Duplicatas a receber; Promissórias a receber...
c) Obrigações: Duplicatas a pagar; Impostos a pagar...

- Aspecto Quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais e valores, o que demanda
que a contabilidade assuma posição sobre o que seja “valor”, por que os conceitos sobre a matéria são
extremamente variados.

Superveniência e Insubsistência

São ocorrências no patrimônio que trazem variações quantitativas, independendo dos atos da gestão
e essas variações patrimoniais são resultantes dos fatos contingentes, imprevistos ou fortuitos. Podemos
resumir superveniência como surgimento eventual e a insubsistência como uma perda eventual.

Superveniência
Provocam aumento e pode ser:
- Superveniência Ativa: aumento do ativo (variação patrimonial ativa). Ex.: recebimento de valores
provenientes de prêmios, loterias, herança ou legado doação.

- Superveniência Passiva: aumento do passivo (variação patrimônio passiva). Ex.: reconhecimento


de dívidas anteriormente não registradas no passivo, provenientes de decisão judicial ou de outros casos
fortuitos.

Insubsistência
Caracterizam-se pelos desaparecimentos aleatórios de ativos ou passivos. Provocam diminuição e
pode ser:
- Insubsistência do Ativo: diminui o ativo (variação patrimonial passiva) Ex.: ocorrência de incêndio,
furto, perda de rebanho por morte, sinistros, cancelamento de créditos, etc.

- Insubsistência do Passivo: diminui o passivo (variação patrimonial ativa). Ex.: redução no valor das
obrigações por motivo de prescrição ou baixa da dívida correspondente

Efeitos no Patrimônio Líquido


- Superveniência ativa: aumenta o patrimônio líquido (receita).
- Superveniência passiva: diminui o patrimônio líquido (despesa).
- Insubsistência do ativo: diminui o patrimônio líquido (despesa). Também denominada de
insubsistência Passiva.
- Insubsistência do passivo: aumenta o patrimônio líquido (receita). Também denominada de
Insubsistência Ativa.

Questões

01. (UFRN - Contador - COMPERVE) No patrimônio de entidades do setor público, uma das possíveis
classificações dos ativos agrupa-os em circulantes e não circulantes. Em outra classificação, os ativos
são agrupados em financeiro e permanente. Considere as seguintes afirmações acerca dessas
classificações:

I- Se um ativo está disponível para liquidação imediata, ele pode ser classificado como circulante ou
como não circulante, a depender da sua natureza.

3
https://conhecimentoatodos.wordpress.com/2014/03/25/aspectos-quantitativos-e-qualitativos-do-patrimonio/

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II- Um ativo que tenha expectativa de realização após 12 meses da data das demonstrações contábeis
deve ser classificado como não circulante.
III- O ativo financeiro compreende apenas os créditos e valores realizáveis, independentemente de
autorização orçamentária.
IV- O Ativo Permanente compreenderá bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa
de autorização legislativa.

Das afirmações, estão corretas

(A) III e IV.


(B) II e IV.
(C) I e II.
(D) I e III.

02. (UFRN - Contador - COMPERVE) O imobilizado dos entes públicos inclui diversos tipos de ativos.
As redes rodoviárias, os sistemas de esgotos e as redes de comunicação são ativos de infraestrutura, os
quais são uma subdivisão dos
(A) ativos não circulantes.
(B) ativos obtidos a título gratuito.
(C) bens permanentes.
(D) bens de uso comum do povo.

03. (IBGE - Analista Censitário - FGV) Um dos objetivos da Contabilidade é o controle do patrimônio
das entidades, sejam de caráter público ou privado.

Para reconhecimento como elemento patrimonial das entidades do setor público, a 6ª edição do
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público recomenda que:

(A) considerem-se apenas os bens tangíveis;


(B) excluam-se os bens onerados;
(C) excluam-se os bens de uso comum;
(D) prevaleça a essência econômica sobre a forma legal;
(E) reconheça apenas os bens com fluxo de benefícios presente.

Gabarito

01.B / 02.D / 03.D

Comentários

01. Resposta: B
I- (errado) "Se um ativo está disponível para liquidação imediata, ele pode ser classificado como
circulante ou como não circulante, a depender da sua natureza". Os itens do ativo são classificados de
acordo com a liquidez ou conversibilidade em moeda; portanto, se um item está disponível para liquidação
imediata sua classificação só pode ser no ativo circulante.
II- (correto) Um ativo que tenha expectativa de realização após 12 meses da data das demonstrações
contábeis deve ser classificado como não circulante.
III- (errado) "O ativo financeiro compreende apenas os créditos e valores realizáveis,
independentemente de autorização orçamentária." O ativo financeiro compreende os créditos e valores
realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.
IV- (corret) O Ativo Permanente compreenderá bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação
dependa de autorização legislativa.

02. Resposta: D
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

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III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado

03. Resposta: D
Os conceitos de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas não especificam os
critérios para seu reconhecimento. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou
patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma
legal.

PATRIMÔNIO – COMPONENTES, EQUAÇÃO E SITUAÇÃO4

O patrimônio é formado pelos bens direitos e obrigações de uma pessoa jurídica ou física, ou seja,
para a contabilidade o patrimônio tem sentido amplo: por um lado, significa o conjunto de bens e direitos
pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado, inclui as obrigações a serem pagas.

Componentes Patrimoniais

Os componentes do Patrimônio são os Bens, os Direitos e as Obrigações. Os bens podem ser:


Tangíveis – têm forma física e são palpáveis
Intangíveis – bens incorpóreos, isto é, não palpáveis não constituídos de matéria: as marcas e patentes
por exemplo.
Imóveis – são aqueles vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem destruição ou danos:
edifícios, construções árvores etc.
Móveis – são aqueles que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: animais,
máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias etc.

Vamos admitir que você tivesse de avaliar seu lar, sua casa. Seria fácil somar o valor dos
eletrodomésticos, dos utensílios, dos móveis... dos bens tangíveis, enfim. Entretanto, algo muito precioso,
talvez o mais importante, você não pode avaliar monetariamente: o amor, a comunhão entre os membros
de sua família. Estes são os bens intangíveis.

Direitos
O ‘Direito’ é melhor definido como algo a exigir de terceiros.
Em relação a uma empresa, o seu direito a receber mais comum é resultado das suas vendas a prazo,
ou seja, quando ela vende mercadorias a outras empresas, governos, as pessoas, e o comprador não
efetua o pagamento no ato, mas se compromete a fazê-lo numa data futura.
A expressão ‘a Receber’ é uma característica presente nas contas patrimoniais de Direito da Empresa,
como por exemplo Duplicatas a Receber.

Obrigações
As Obrigações são o contrário dos Direitos, ou seja, são as dívidas com terceiros, o termo Obrigação
está relacionada justamente com a obrigação de realizar o pagamento.
A expressão ‘a Pagar’ é uma característica presente nas contas patrimoniais de Obrigação da
Empresa, como por exemplo Duplicatas a Pagar.

Na contabilidade, o lado esquerdo do quadro, BENS + DIREITOS, é chamado de ATIVO e o lado


direito, OBRIGAÇÕES, é chamado de PASSIVO.
Como veremos, a diferença entre os valores totais do ATIVO e do PASSIVO, como a que se pode
calcular no exemplo abaixo, é conhecida como SITUAÇÃO LÍQUIDA ou PATRIMONIO LÍQUIDO – PL.

Ativo Passivo
Bens + Direitos Valor Obrigações Exigíveis Valor
Bens xxxxxx Obrigações xxxxxxx
Direitos xxxxxx

4
FAHL; C, A. MARION; C, J. Contabilidade Financeira. 2ª Edição. Valinhos: anhanguera Publicações Ltda, 2013. 280p.

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Ativo
ATIVO é o conjunto de bens e direitos à disposição das empresas ou, dito de outra maneira, é conjunto
de bens e direitos sobre os quais a empresa tem CONTROLE.
As DUPLICATAS A RECEBER, os TÍTULOS A RECEBER etc. são DIREITOS DE PROPRIEDADE da
empresa; por isso, pertencem ao ATIVO.
De maneira geral, um item do ativo é registrado pelo seu preço de aquisição ou fabricação, ou seja,
pelo CUSTO HISTÓRICO ou VALOR ORIGINAL.

Passivo
O PASSIVO corresponde às obrigações exigíveis da empresa, isto é, as dívidas que serão cobradas,
reclamadas pelos seus credores (terceiros) a partir da data de seu vencimento.

Patrimônio Líquido ou Situação Líquida


Da soma dos bens e dos direitos, subtraem-se as obrigações, cujo resultado é a RIQUEZA LÍQUIDA,
ou seja, a parte que sobra do PATRIMÔNIO para a pessoa ou para a empresa.
Esse sobra do PATRIMÔNIO é denominada PATRIMÔNIO LÍQUIDO – PL, ou SITUAÇÃO LIQUIDA.
Dessa maneira, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é a medida eficiente da verdade riqueza, e sua equação
pode ser ilustrada conforme abaixo:

Patrimônio x Capital
Como vimos o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações. Já o Capital é o conjunto de
recursos que estão à disposição da empresa, por parte de terceiros ou pelos proprietários.
O Capital representa uma constituição diria de valores. No início da organização, na maiorias das
constituições, é utilizado como investimento inicial efetuado pelos sócios, possibilitando a funcionalidade
dos negócios da organização e esse capital faturamento sendo correspondido como o patrimônio.

Equação Fundamental do Patrimônio e Situação Líquida

PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES Ou simplesmente, PATRIMÔNIO


LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO

Observe que há situações em que o PATRIMÔNIO é grande, mas as obrigações superam os bens e
os direitos; nesse caso, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO É NEGATIVO, isto é, NÃO HÁ RIQUEZA, a situação
da empresa é péssima, como no exemplo abaixo, com dados que mostram um PATRIMÔNIO de parte
para a CIA. TIJUCA:

Cia. Tijuca.........................(Em milhares de reais)


Ativo Passivo
Bens 650 Obrigações 980
Direitos 250 Patrimônio Líquido (80)

No entanto, apesar do porte do PATRIMÔNIO, neste exemplo a RIQUEZA LÍQUIDA É NEGATIVA:

PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL (OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS)


(80) = 900 - 980

Em outras situações, ainda que positivo, o PL de uma empresa é pouco significativo em relação ao
seu PATRIMÔNIO.
Por exemplo:

Cia. Tijuca.....................(Em milhares de reais)


Ativo Passivo
Bens 1.830 Obrigações 4.500
Direitos 2.800 Patrimônio Líquido 130

A análise dos dados mostra que se a Cia. Tijuca recebesse todos os seus direitos e vendesse todos
os seus bens, daria para pagar a dívida mas sobraria um montante irrelevante.

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PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL (OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS)
130 = 4.630 – 4.500

No entanto, é um dado fundamental que o PATRIMÔNIO LÍQUIDO, os R$ 130 mil da Cia. Tijuca,
significa exatamente quanto os seus proprietários (donos, sócios) nela investiram.
Toda empresa necessita de uma quantia inicial de recursos (normalmente dinheiro) para efetuar suas
primeiras aquisições, seus primeiros pagamentos e outras obrigações.
Os proprietários, então aplicam suas poupanças pessoais com o objetivo de proporcionar à empresa
os meios necessários ao início do negócio.
Essa quantia inicial concedida pelos proprietários denomina-se, contabilmente, CAPITAL SOCIAL.
Este capital poderá a qualquer momento ser aumentado.
Por exemplo, a Cia. Beta, constituída por dois sócios, inicialmente contabiliza um CAPITAL SOCAIL
(correspondente aos investimentos dos sócios) de R$ 500 mil. Com estes recursos, a Cia. Beta compra
um prédio para sua sede e compra ainda R$ 200 mil de mercadorias, a prazo, para pagar em 60 dias.
A contabilidade mostrará a seguinte situação:

Cia. Beta........................(Em milhares de reais)


Ativo Passivo
Mercadoria 200 Fornecedores 200
Prédio 500 Capital Social 500

PL = ATIVO (BENS + DIREITOS) – PASSIVO EXIGÍVEL (OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS)


500 = 700 – 200

Outras Situações Patrimoniais

1 – ATIVO = PATRIMONIO LÍQUIDO. Esta equação retrata a melhor situação para as empresas pois
não há nenhuma obrigação com terceiros e o seu PASSIVO é igual a zero. Na prática, dificilmente
encontraremos empresas nesta situação.

2 – ATIVO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é igual a zero; a empresa não tem
recursos próprios (CAPITAL PRÓPRIO). Considerando que, legalmente, todas as empresas têm
CAPITAL SOCIAL, presume-se que esta situação é difícil de ocorrer.

3 – ATIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é


deficitário; os PREJUÍZOS tornaram o PATRIMÔNIO LÍQUIDO negativo. Num jargão popular, dizemos,
nessa situação, que a empresa está com seu PASSIVO A DESCOBERTO.

4 - PATRIMO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta situação, o ATIVO é igual a zero, existem somente
OBRIGAÇÕES. Uma situação impossível, pois se há ORIGENS tem de haver APLICAÇÕES.

5 – ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Esta situação é chamada EQUAÇÃO DO


EQUILÍBRIO PATRIMONIAL e é nesta situação que se encontra a maioria das empresas.

Representação Gráfica – Estrutura

Como o ATIVO e PASSIVO consistem o PATRIMÔNIO (BENS DIREITOS e OBRIGAÇÕES), a


seguinte REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO é conhecido como BALANÇO PATRIMONIAL:

Balanço Patrimonial
ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS)
-------------------------- XXXXX -------------------------- XXXXX
-------------------------- XXXXX PATRIMÕNIO LÍQUIDO (ORIGENS)
-------------------------- XXXXX -------------------------- XXXXX
Total XXXXX Total XXXXX

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Capital - Definição dos Vários Termos Empregado em Contabilidade
De maneira geral, o termo CAPITAL significa “recursos” e pode ser adjetivado de várias maneiras,
dependendo como se configura:
Capital Próprio – são os recursos (financeiros ou materiais) dos proprietários (sócios ou acionistas)
aplicados na empresa.
Capital de Terceiros – são os recursos (financeiros ou materiais) de outras pessoas, estranhas à
empresa (física ou jurídicas), aplicados na empresa.
Capital Nominal ou Capital Declarado – contabilmente, são os recursos que os proprietários
investem inicialmente na empresa.
Capital subscrito – são os recursos que os sócios (ou acionistas) se comprometem a investir na
empresa (aquilo que foi assinado, comprometido).
Este compromisso surge no papel, no contrato social (no BOLETIM DE SUBSCRIÇÃO) assinado pelos
sócios (ou acionistas).
Capital Integralizado ou Capital Realizado – quando os sócios (ou acionistas) cumprem o contrato
firmado (no ato da subscrição), fornecendo dinheiro ou outros bens à empresa, ou seja realizam o capital.
Capital a Integralizar ou Capital a Realizar – é a parte (ou parcela) do capital comprometido
(subscrito) ainda não realizado, ou seja, os sócios (ou acionistas) ainda não entregaram os bens
prometidos para a empresa.
Capital Autorizado – limite previsto em estatuto para futuras subscrições de capital sem que haja a
necessidade de alteração estatutária, para as empresas cujo capital é constituído por ações (sociedades
por ações, impropriamente chamadas de sociedades anônimas).
Capital Total à Disposição da Empresa – é a soma do CAPITAL próprio com o CAPITAL DE
TERCEIROS.
Também conhecido como RECURSOS TOTAIS.
Capital Aplicado – corresponde ao ATIVO TOTAL. É o LADO ESQUERDO DO BALANÇO (as
APLICAÇÕES dos recursos).
Capital Imobilizado – corresponde ao ATIVO PERMANENTE IMOBILIZADO.
São os recursos destinados a manter a atividade operacional da empresa.
Capital Fixo – corresponde ao ATIVO PERMANENTE TOTAL (que não se destina a venda).
São os recursos investidos para garantir a atividade operacional, portanto, não sujeitos a
movimentações frequentes, como a compra de mercadorias para revenda etc.

Questões

1- (IPEM/RO – Contador – FUNCAB) Partindo da denominada equação contábil básica, pode-se


concluir que:
(A) O Patrimônio Líquido poderá ser positivo ou negativo, mas nunca será nulo.
(B) O Ativo não poderá ser menor do que o Passivo.
(C) O Ativo nunca será menor que o Patrimônio Líquido.
(D) O Patrimônio Líquido é sempre superior ao Passivo.
(E) O Passivo poderá ser negativo.

2- (UFU/MG – Contador – UFU/MG) Assinale a equação patrimonial representativa de passivo a


descoberto.
(A) Ativo = Passivo + Patrimônio Liquido
(B) Ativo = Passivo
(C) Patrimônio Líquido = Ativo
(D) Passivo = Ativo + Patrimônio Liquido

3- (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) Sabendo-se que A = Ativo; P = Passivo e PL


= Patrimônio Líquido, na equação patrimonial, ocorrerá situação patrimonial nula quando
(A) A + P = PL.
(B) A + PL = P.
(C) A = P.
(D) A = PL.
(E) A = P + PL.
Gabarito

01. C / 02. D / 03. C

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Comentários

1- Resposta: C
O Ativo pode ser:
Maior que Zero
Pode ser Zero
Mas jamais pode ser negativo

Passivo pode ser:


Maior ou Igual a Zero
PL não pode ser menor que o Ativo

2- Resposta: D
ATIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é deficitário;
os PREJUÍZOS tornaram o PATRIMÔNIO LÍQUIDO negativo. Num jargão popular, dizemos, nessa
situação, que a empresa está com seu PASSIVO A DESCOBERTO.

3- Resposta: C
ATIVO = PASSIVO. Nesta situação, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é igual a zero; a empresa não tem
recursos próprios (CAPITAL PRÓPRIO). Considerando que, legalmente, todas as empresas têm
CAPITAL SOCIAL, presume-se que esta situação é difícil de ocorrer.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO E SUBGRUPOS

O Patrimônio Líquido, também conhecido como capital próprio ou capital efetivo, corresponde a
recursos originários dos sócios e aos rendimentos auferidos pela empresa. Somente constitui obrigação
exigível da empresa em caso de extinção da mesma ou retirada do sócio.
A Lei n° 11.638/2007 também trouxe mudanças em relação ao Patrimônio Líquido, que passa a ser
composto pelos seguintes subgrupos: capital social, reservas de capital ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Capital Social representa parte do Patrimônio Líquido formada por ações ou quotas subscritas pelos
acionistas ou sócios na constituição ou no aumento do capital de uma sociedade anônima.

Capital Social

O Capital Social é divido em duas partes:


- Capital a Realizar (ou Capital a Integralizar ou Capital Não Realizado): Corresponde às ações ou
quotas subscritas que ainda não foram realizadas (integralizadas) pelos acionistas ou sócios.
- Capital Realizado (ou Capital Integralizado): Corresponde Às ações ou quotas subscritas e realizadas
pelos acionistas ou sócios (mínimo de 10%) em dinheiro ou quaisquer outros bens suscetíveis de
avaliação em dinheiro.

A conta capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
Capital Subscrito (Capital Social) = Capital que os sócios garantiram (assinaram ou subscreveram)
para a abertura da empresa.
Capital Autorizado = Capital máximo autorizado no estatuto ou contrato social. Portanto, o estatuto
pode conter autorização para aumento do capital social independentemente de reforma estatutária, que
é justamente o capital autorizado (autorizado em estatuto).
Repare que o capital subscrito pode ser menor ou igual ao capital autorizado, ou seja, a entidade pode
ter um capital autorizado em estatuto no valor de R$ 100.000,00, mas os sócios só terem realizado a
subscrição de R$ 80.000,00.
A autorização deverá especificar:
- O limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as espécies e classes das ações
que poderão ser emitidas;
- O órgão competente para deliberar sobre as emissões, que poderá ser a assembleia-geral ou
conselho de administração;
- As condições e que estiverem sujeitas as emissões; e
- Os casos ou as condições em que os acionistas terão direito de preferência para subscrição, ou
inexistência desse direito.

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O limite de autorização, quando fixado em valor do capital social, será anualmente corrigido pela
assembleia-geral ordinária, com base nos mesmos índices adotados na correção do capital social. O
estatuto pode prever que a companhia, dentro do limite de capital autorizado, e de acordo com o plano
aprovado pela assembleia-geral, outorgue opção de compra de ações a seus administradores ou
empregados, ou a pessoas naturais que prestem serviços à companhia ou sociedade sob seu controle.
Resgate: Consiste no pagamento do valor das ações para retirá-las definitivamente de circulação, com
redução ou não do capital social. Mantido o mesmo capital, será atribuído, quando for o caso, novo valor
nominal Às ações remanescentes. A operação de resgate de ações não afeta o resultado da empresa.
Reembolso: é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia paga aos acionistas
dissidentes de deliberação da assembleia-geral o valor de suas ações.
Amortização: consiste nas distribuição aos acionistas, à título de antecipação e sem redução do capital
social, de quantias que lhes poderiam tocar em caso de liquidação da companhia. A amortização pode
ser integral ou parcial e abranger todas as classes de ações ou só uma delas.

Reservas de Capital

As Reservas de Capital correspondem a valores recebidos dos proprietários ou de terceiros, isto é,


são “receitas” que, entretanto, não são tratadas desta maneira, visto que não transitam pelas contas de
resultado, sendo contabilizadas diretamente no Patrimônio Líquido.
De acordo com o art. 182, § 1º, da Lei 6.404/76, serão classificadas como reservas de capital as contas
que registrarem:
- A contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão
das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social,
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias (Reserva de Ágio na
Emissão de Ações);
- O produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição (Reserva de Alienação de
Bônus de subscrição e Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias).

Bônus de subscrição: são títulos de crédito emitidos por companhias no limite do capital autorizado no
estatuto, que dão aos seus titulares o direito de subscreverem ações da companhia, mediante a
apresentação do referido título e o pagamento do preço de emissão das ações (os atuais acionistas têm
preferência na aquisição dos bônus).
Partes beneficiárias: são títulos de crédito sem valor nominal, emitidos por companhias fechadas, por
um prazo máximo de dez anos, que conferem a seus titulares o direito de participação, no máximo em
10%, nos lucros das referidas companhias. Caso não sejam resgatados no prazo de sua emissão, serão
convertidos em ações da companhia, podendo haver ágio na emissão de ações. Cabe ressaltar que as
partes beneficiárias só darão origem à Reserva de Capital se forem vendidas, ou seja, se forem atribuídas
gratuitamente a acionistas ou terceiros, não darão origem à Reserva de Capital.
As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I- absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros;
II – resgate, reembolso ou compra de ações;
III- resgate de partes beneficiárias;
IV- incorporação ao capital social;
V- pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada;
VI- A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao
resgate desses títulos.

A partir de 1º.01.2008, os incisos “c” e “d” do § 1º do art. 182 da Lei 6.404/76, foram revogados.
Portanto, as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures NÃO serão
mais classificados como reservas de capital, devendo ser registrados como receitas do exercício, de
acordo com o Princípio da Competência.

Ajustes de Avaliação Patrimonial

A criação dos ajustes de avaliação patrimonial é uma das grandes inovações trazidas pela Lei
11.638/2007, pois, a partir de 1º.01.2008, são classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,
enquanto não computadas no resultado do exercício, em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo em
decorrência da sua avaliação a valor justo.

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Os ajustes de avaliação patrimonial são contrapartidas de aumento ou redução de ativos e passivos,
ou seja, podem ter natureza devedora ou credora. Caso tenham natureza devedora, os justes de
avaliação patrimonial serão uma conta retificadora do patrimônio líquido.
Como regra geral, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do
exercício à medida que os ativos e passivos que lhes deram origem forem sendo realizados.
Os ajustes de avaliação patrimonial possuem sua constituição determinada na própria Lei das S.A.,
conforme abaixo:

Ajustes de instrumentos financeiros:


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos,
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para
venda; [...]
Exemplos de valores a serem registrados nessa conta são as variações de preço de mercado dos
instrumentos financeiros, quando destinados à venda futura.
Ajustes decorrentes de normas expedidas pela CVM:

Art. 182 [...]


§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no
resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou
diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a
valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários,
com base na competência conferida pelo § 3º do art. 177 desta Lei.
Essa conta destina-se a receber as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação a valor justo, enquanto não
computadas no resultado do exercício, obedecendo ao regime de competência.
Exemplo: A empresa J4M2 comprou 10.000 ações da Petrobras (PETR4), na Bolsa de Valores de São
Paulo, por R$ 20,00, em 31.10.2014, que ficaram disponíveis para venda. Em 31.12.2014, as ações
estavam sendo negociadas em bolsa por R$ 25,00. Efetue os lançamentos relativos a esta operação.
Em 31.10.2014:

Em 31.12.2014: ações = R$ 25,00 x 10.000 = R$ 250.000,00

Supondo que, em 31.01.2015, as referidas ações estavam sendo negociadas a R$ 19,00, teríamos:
Ações = R$ 19,00 x 10.000 = R$ 190.000,00

Reserva de Lucros

As reservas de lucros representam a retenção de parcelas provenientes de ganhos do período, com o


objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, para posterior destinação.

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Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da
companhia. Ou seja, as contas de reservas são constituídas a partir da conta “Lucros Acumulados”.
As reservas de lucros são:
- Reserva Legal
- Reservas Estatutárias
- Reserva de Incentivos Fiscais
- Reserva de Retenção de Lucros
- Reserva de Lucros a Realizar
- Reserva Especial de Dividendos Obrigatórios não Distribuídos
- Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures (*) prevista na lei 12.973/2014.

O saldo das reservas de lucros, exceto para as Contingências, de Incentivos Fiscais, de Lucros a
Realizar e a Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures, não poderá ultrapassar o capital social da
empresa. Caso este limite seja atingido, a assembleia deliberará sobre a aplicação do excesso na
integralização ou aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos.
Atenção, pois a reserva específica de prêmio na emissão de debêntures foi prevista na Lei nº
12.973/2014 e não está no texto da Lei das S.A. De acordo com o texto da lei das S.A. (art. 199):
O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a
realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre
aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.

De acordo com a Lei das S.A., o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros
acumulados e pelas reservas de lucros, nessa ordem, devendo a reserva legal ser a última reserva de
lucro a ser utilizada para absorver o prejuízo.

Reserva Legal

Do lucro líquido do exercício, 5% serão aplicados, antes de qualquer destinação, na constituição da


reserva legal, sendo que o saldo dessa reserva não poderá exceder 20% do capital social mais a sua
correção monetária. A reserva legal é a única reserva obrigatória da empresa.
A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada
para compensar prejuízos ou aumentar o capital. Logo, não poderá ser distribuída como dividendos.
Há também o limite facultativo da Reserva Legal, que corresponde a 30% do capital social, isto é, se
o saldo da Reserva Legal acrescido das Reservas de capital (exceto correção monetária do capital) atingir
o limite de 30% do Capital Social, a destinação dos lucros à constituição da Reserva Legal tornar-se-á
facultativa.

Consolidando:
I- Constituição da reserva legal = 5% x lucro líquido do exercício
II- Limite Obrigatório (Reserva Legal) = 20% x capital social
III- limite facultativo (reserva legal + reservas de capital, exceto correção monetária do capital) = 30%
x capital social
IV- quando nenhum dos dois limites for atingido, a empresa será obrigada a constituir a reserva.
V- se o limite obrigatório for atingido antes de calculado o valor da reserva legal do exercício, a empresa
não poderá constituir a reserva.
VI – se o limite obrigatório for atingido no processo de constituição da reserva, a empresa não poderá
constituí-la em valor superior a 20% do Capital Social (que é o limite obrigatório).
VII- se o limite obrigatório não for atingido, mas o facultativo sim, a empresa poderá decidir por
constituir ou não a reserva.

Normalmente, o valor a ser utilizado como base de cálculo para o cálculo dos limites da reserva legal
é o capital social integralizado. Considerando que antes de constituir quaisquer reservas de lucros,
inclusive a legal (que é obrigatória por lei) você deve transferir o resultado do período para a conta
“Prejuízos Acumulados” (supondo que tenha saldo nessa conta), se o saldo da conta “Prejuízos
Acumulados” for maior que o resultado do exercício, não sobrará lucro do período para constituir reserva
de lucro alguma.
Além disso, se após a transferência do lucro do período para conta “Prejuízos Acumulados” ainda
sobrar algum saldo, esse saldo é que deveria ser a base de cálculo da reserva legal.

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Ações em Tesouraria

Ações em Tesouraria são as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas em
tesouraria.
As ações em tesouraria que excederem o saldo de lucros e reservas, exceto a legal, de lucros a realizar
e a especial para dividendos obrigatórios não distribuídos, devem ser vendidas no prazo de três meses,
a contar da aprovação do balanço em que se apurar o excesso. Caso não seja feito dentro desse prazo,
as ações excedentes serão canceladas.
As ações em tesouraria não terão direito a dividendo e a voto e o resultado obtido na venda de tais
ações não deve transitar pelo resultado do exercício, devendo ser registrado em reservas ou lucros
acumulados.

Exemplo: A empresa J4M2 adquiriu 10.000 ações próprias por R$ 5,00 cada. Nesse caso, o
lançamento seria:

Ações de Tesouraria = 10.000 ações x R$ 5,00 = R$ 50.000,00

Caso a J4M2, posteriormente, venda as ações adquiridas por R$ 6,00, haverá um ágio na alienação
das ações em tesouraria, que deverá ser registrado como reserva de capital. O lançamento seria:
Valor da Alienação = 10.000 ações x R$ 6,00 = R$ 60.000,00

Por outro lado, caso a J4M2 venda as ações adquiridas por R$ 4,00, haverá um prejuízo na venda que
também não poderá passar pelo resultado do período. Nessa situação, o prejuízo na venda será absorvido
por alguma reserva de lucro. É por essa razão que o saldo das ações em tesouraria não pode superar o
saldo de lucros e reservas, exceto a legal, de lucros a realizar e a especial para dividendos obrigatórios
não distribuídos.
O lançamento, considerando que o prejuízo seria absorvido, por exemplo, pelas reservas estatutárias,
seria:

Valor da alienação = 10.000 ações x R$ 4,00 = R$ 40.000,00

Os gastos com corretagem decorrentes da compra de ações da própria empresa, para manutenção
em tesouraria, devem ser registrados como acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio
Líquido.
Exemplo: A empresa J4M2 adquiriu 10.000 ações próprias por R$ 5,00 cada. Além disso, houve gastos
com corretagem, decorrentes da compra dessas ações, no valor de R$ 2.000,00. Nesse caso, o
lançamento seria:
Ações de Tesouraria = 10.000 ações x R$ 5,00 = R$ 50.000,00
Gastos com Corretagem = R$ 2.000,00
Custos de Aquisição das Ações = 50.000 + 2.000 = 52.000

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Prejuízos Acumulados

A partir da publicação da Lei 11.638/07, apenas serão registrados no patrimônio líquido os prejuízos
acumulados, oriundos de prejuízos do período e de períodos anteriores.
A conta “Lucros Acumulados” continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para
receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios
anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros.
Contudo, todo o lucro do período, nas sociedades por ações, deverá ser distribuído para constituição
de reservas, aumento de capital ou dividendos, devendo o saldo desta conta terminar zerado.
Em relação à conta Lucros Acumulados, cabem mais algumas observações, previstas na Resolução
CFC nº 1.159/09, que aprovou o Comunicado Técnico CTG 2000.

Manutenção de Saldo Positivo na Conta de Lucros Acumulados, sem Destinação


Com a nova redação dada pela Lei nº 11.638/07 ao art. 178 (alínea d) da Lei nº 6.404/76, não há mais
a previsão da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” como conta componente do Patrimônio Líquido,
tendo em vista que o referido artigo previu apenas, como uma das contas componentes do Patrimônio
Líquido, a conta de “Prejuízos Acumulados”.
Contudo, a não manutenção de saldo positivo nessa conta só pode ser exigida para as sociedades por
ações, e não às demais sociedades e entidades de forma geral.
Dessa forma, a nova legislação societária vedou às sociedades por ações apresentarem saldo de
lucros sem destinação, não sendo mais permitido, para esse tipo de sociedade, apresentar nas suas
demonstrações contábeis, a partir da data de 31.12.2008, saldo positivo na conta de Lucros ou Prejuízos
Acumulados.
É válido ressaltar ainda que a conta “Lucros Acumulados” deve permanecer no Plano de Contas de
todas as entidades, haja vista que o seu uso continuará sendo feito para receber o registro do resultado
positivo do exercício, bem com as suas várias formas de destinações (constituição de reservas,
distribuição de lucros ou dividendos etc.).
O prejuízo contábil (saldo da conta “Prejuízos Acumulados”) também pode ser considerado uma
destinação do resultado do exercício, pois, se há saldo na conta “Prejuízos Acumulados” (de exercício
anteriores), após a apuração do lucro líquido do exercício, ele será transferido para a conta “Prejuízos
Acumulados”, havendo, portanto, uma compensação dos prejuízos contábeis de períodos anteriores.

Dividendos

A legislação societária brasileira, Lei nº. 6.404/76, determina a distribuição de dividendo obrigatório
aos acionistas por meio do artigo 202:
“Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela
dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as
seguintes normas…”

A lei societária prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído ou pode ser distribuído
por valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade, quando não houver lucro realizado em
montante suficiente (art. 202, inciso II). Quando o dividendo obrigatório, devido por força do estatuto social
ou da própria lei, excede o montante do lucro líquido do exercício realizado financeiramente, pode a
parcela não distribuída ser destinada à constituição da reserva de lucros a realizar.
A lei societária ainda prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído quando os órgãos
da administração informarem à Assembleia Geral Ordinária ser ele incompatível com a situação financeira
da companhia (art. 202, § 4º). É uma discricionariedade conferida por lei aos administradores com vistas
a evitar o comprometimento da gestão de caixa e equivalente de caixa da entidade, desde que observadas
outras condicionantes legais. A parcela dos lucros não distribuída deve ser destinada à constituição de
reserva especial.
Em ambos os casos, o procedimento estabelecido em lei é a retenção de lucros por meio da
constituição de reservas de lucros que poderão não necessariamente ser destinadas ao pagamento de
dividendos, já que poderão vir a ser absorvidas por prejuízos em exercícios subsequentes. Consta na lei:
“os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido
absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo
declarado após a realização.” (Art. 202, inciso III)

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“os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão registrados como reserva especial
e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim
que o permitir a situação financeira da companhia” (Art. 202, §5º)

O dividendo obrigatório pode também deixar de ser distribuído, ou pode ser distribuído por um valor
inferior ao determinado no estatuto social da entidade ou na lei, por decisão soberana e unânime da
Assembleia Geral de Acionistas de:
(a) companhia aberta, se com registro na CVM exclusivamente para captação de recursos por
debêntures não conversíveis em ações; ou
(b) companhia fechada, exceto se controlada por companhia aberta registrada na CVM para captação
de recursos por meio de qualquer valor mobiliário que não seja uma debênture não conversível em ações
(Art. 202, §3º).

Segundo a IAS 105 – Eventos após o período de relatório quando forem declarados dividendos após o
período de relatório, porém antes da autorização para emissão das demonstrações financeiras, os
dividendos não devem ser reconhecidos como passivo no final do período. Tal tratamento é devido, pois
os critérios de uma obrigação presente segundo a IAS 37 – Provisões, passivo contingente e ativo
contingente não são atendidos. De acordo com a IAS 37 a obrigação presente existe quando existe uma
obrigação legal que faça a entidade não ter outra alternativa realista a não ser liquidar a obrigação.

Vamos a um pequeno exemplo:


Alpha declara em 20 de fevereiro de 2010 que vai distribuir R$ 5 milhões em dividendos referentes ao
exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a data de autorização para emissão das demonstrações
financeiras é 10 de março de 2010. Segundo o estatuto social de Alpha, o dividendo mínimo obrigatório
a ser distribuído corresponde a 10% do lucro líquidos após impostos. O lucro líquido de Alpha em 2009
foi de $ 20 milhões.
Assim, a obrigação de pagamento de 10% do lucro líquido (R$ 2 milhões) atende aos requisitos para
o reconhecimento do passivo, porém qualquer montante acima do mínimo obrigatório (R$ 3 milhões) não
deve ser reconhecido no passivo, sendo reconhecido em conta patrimonial (i.e. dividendo adicional
proposto).

Contabilização

Juros sobre capital próprio

É uma das formas de uma empresa distribuir o lucro entre os seus acionistas, titulares ou sócios (a
outra é sob a forma de dividendos). Esse pagamento é tratado como despesa no resultado da empresa,
precisando que o investidor pague o Imposto de Renda, retido na fonte, sobre o valor recebido, o que não
ocorre para o caso de dividendos. Essa questão fiscal é benéfica para a companhia, pois sendo o
pagamento contabilizado como despesa da empresa, antes do lucro, ela não arca com os tributos,
repassando este ônus ao investidor. Por outro lado, optar pelo juros sobre capital próprio pode parecer
menos vantajoso para o investidor. A escolha de distribuição dos lucros entre dividendos e/ou juros sobre
capital próprio compete à assembleia geral, ao conselho de administração ou à diretoria da empresa.

Questões

01. Em relação ao PL, são Reservas de Lucros:


(A) Reserva Financeiras
(B) Reserva Estatutária
(C) Reserva Patrimonial
(D) Reserva a Pagar

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http://ifrsbrasil.com/outros-assuntos/diversos/exemplo-pratico-pagamento-de-dividendos-e-a-ias-10

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02. Em relação ao registro de Prejuízos Acumulados, serão apenas registrados se os sócios assim
permitires.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.B / 02.Errado

Comentários

01. Resposta: B
As reservas de lucros são:
- Reserva Legal
- Reservas Estatutárias
- Reserva de Incentivos Fiscais
- Reserva de Retenção de Lucros
- Reserva de Lucros a Realizar
- Reserva Especial de Dividendos Obrigatórios não Distribuídos
- Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures (*)

02. Resposta: ERRADO


Prejuízos acumulados - A partir da publicação da Lei 11.638/07, apenas serão registrados no
patrimônio líquido os prejuízos acumulados, oriundos de prejuízos do período e de períodos anteriores.

2.1.2.2 Contas: classificação, noções de débito e crédito. 2.1.2.3 Atos e Fatos


Administrativos. 2.1.2.4 Escrituração: métodos de escrituração, lançamentos.
2.1.2.5 Razonete e Balancete. 2.1.2.6 Plano de Contas.

O patrimônio é uma realidade econômica formada de bens, direitos e obrigações de variadas


naturezas. Cada um desses elementos constitui uma individualidade que precisa ser representada por
um demonstrativo. Para isso, adotamos nomes que representam os elementos e as mutações sofridas
pelo patrimônio ao longo de um determinado período.
Essa representação é chamada de CONTA6, nome através do qual representa um ou mais elementos
do Patrimônio e que também designa as alterações por qual passa a riqueza efetiva da empresa, seu
Patrimônio Líquido.
A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato7 promove no patrimônio da
empresa. Todo fato mensurável em dinheiro é representado por uma conta.
É através das contas que a contabilidade consegue exercer o seu papel. Todos os acontecimentos
que ocorrem diariamente na empresa como: compras, vendas, pagamentos, recebimentos, etc., são
registrados pela contabilidade em contas próprias.

Teoria das Contas

Ao longo da história da contabilidade, a classificação das contas tem dividido os doutrinadores entre
várias respostas, resultando em formas diferentes de classificação e interpretação. Fazendo surgir assim
várias teorias para justificar os diferentes critérios adotados quanto as classificações. Entre as teorias
apresentadas, três delas se tornaram as mais importantes: Teoria Personalista; Teoria Materialista e
Teoria Patrimonialista.

Teoria Personalista - as contas podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas
relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em termos de débito e crédito. Todos os
débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas responsabilidades, enquanto todos os
créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio.

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http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/contas2.php
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FATOS contábeis ou administrativos são aqueles que provocam modificações no patrimônio.

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Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza da relação jurídica que essas pessoas
mantêm com o titular do Patrimônio.
Nesta teoria, temos três tipos de contas que representas essas pessoas:
a) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas variações, como
receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital social, Receita de vendas, Custo da
mercadoria vendida (CMV), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vendas,
Devoluções de vendas, Receitas financeiras, Reserva legal, etc.;

b) Agentes consignatários: consiste nos responsáveis pelas contas a quem a entidade confia a
guarda os bens que estão representadas no Ativo. São, portanto, contas dos agentes consignatários:
Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc.;

c) Agentes correspondentes: consiste nos responsáveis pelas contas que representam os direitos a
receber do Ativo ou obrigações a pagar do Passivo. São terceiros, que se situam na posição de devedor
ou credor da entidade, como por exemplo, Clientes e Fornecedores.

Teoria Materialista – se opõe a teoria personalista. Defendendo que as contas representam entradas
e saídas de valores e não simples relações de débito e crédito entre pessoas, excluindo as relações com
terceiros. Uma visão mais econômica do que vem a ser a conta e sua relação entre a entidade é material
e não pessoal, sendo que a conta só deve existir enquanto houver também o elemento material por ela
representado.
As contas dividem-se em:
a) Integrais ou Elementares - são aquelas representadas pelos bens, direitos e obrigações da
entidade, ou seja, Ativo e Passivo.

b) Diferenciais ou Derivadas: são aquelas representadas pelo Patrimônio Líquido, das receitas e
despesas da entidade.

Teoria Patrimonialista - é a teoria adotada no Brasil. Segundo esta teoria, o objeto de estudo da
ciência contábil é o Patrimônio de uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este
patrimônio e apurar o resultado das empresas.
Estas contas se classificam em:
a) Contas Patrimoniais - são aquelas que representam o Ativo (Bens e Direitos) e o Passivo
(Obrigações e Patrimônio Líquido). São elas que representam o Patrimônio da empresa, através do
Balanço Patrimonial.

b) Contas de Resultado - são as receitas e despesas do período, que devem ser encerradas no final
do exercício financeiro para que se apure o resultado da empresa. Representado na forma de lucro ou
prejuízo que será incorporado ao Patrimônio através da conta Prejuízos Acumulados (quando o resultado
for negativo), ou Reserva de Lucros (quando o resultado for positivo). São acontecimentos que modificam
a situação líquida da empresa e representam variações no Patrimônio da entidade. Estas contas não
fazem parte do Balanço Patrimonial, mas permitem que o resultado do exercício seja apurado.

Funcionalidades das Contas Patrimoniais

Quanto a funcionalidade, as contas são divididas em:


‐ Contas Unilaterais - são aquelas que sofrem variações somente em um sentido, com registro a
débito ou a crédito. Ex.: as contas de receitas serão via de regra creditadas e as de despesas debitadas.

‐ Contas Bilaterais - são aquelas que sofrem variações nos dois sentidos, aceitando tanto registro de
débito quanto de crédito. Ex.: Caixa, Banco, Duplicatas a receber, entre outras. Podendo apresentar tanto
saldo devedor quanto credor. Quando apresenta saldo devedor, é chamada de Conta Bilateral Ativa e
quando apresenta saldo credor, é chamada de Conta Bilateral Passiva.

‐ Contas de compensação - conforme a Interpretação Técnica Geral - ITG 2000 (R1)8 –


ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, itens:

8
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/ITG2000(R1)

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17
29. Contas de compensação constituem sistema próprio para controle e registro dos fatos relevantes
que resultam em assunção de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos materializar-se-ão no futuro
e que possam se traduzir em modificações no patrimônio da entidade.
30. Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão regulador, a escrituração das contas de
compensação não é obrigatória. Nos casos em que não forem utilizadas, a entidade deve assegurar-se
que possui outros mecanismos que permitam acumular as informações que de outra maneira estariam
controladas nas contas de compensação.

Atributos Conceituas das Contas

São características próprias que as distinguem de outras contas do plano de contas. Os atributos
podem ser decorrentes de conceitos teóricos, da lei ou do sistema operacional utilizado.
a) Código: estrutura numérica que identifica cada uma das contas que compõem o plano de contas;
b) Título / Nome: designação que identifica o objeto de uma conta;
c) Função: descrição da natureza dos atos e fatos registráveis na conta;
d) Natureza do Saldo: identifica se a conta tem saldo devedor, credor ou ambos.

- Conta Devedora: possui saldo predominantemente devedor;


- Conta Credora: possui saldo predominantemente credor;
- Conta Mista / Híbrida: possui saldo devedor ou credor.

Escrituração

As mutações do Patrimônio, tanto no aspecto qualitativo como no quantitativo, precisam ser


acompanhadas através de um sistema lógico de anotações, um sistema que não apenas registre apenas
os fatos ou as mutações mas que, ao mesmo tempo produza informações que orientem o administrador
na tomada de decisões. Este registro contábil recebe o nome de Lançamento ou Partida.
A técnica de se fazer esse registro para dele extrair informações é que constitui a escrituração.
Escrituração é a técnica de se manter sob registros escritos – a que chamamos de lançamentos ou
partidas – o controle dos elementos que compõem um Patrimônio.
Para que essa escrituração aconteça é necessário:
a) existência de símbolos escritos que representem os diversos componentes patrimoniais;
b) livros adaptados à Técnica Contábil;
c) utilização de método e linguagem próprios;
d) observância a princípios e convenções usualmente aceitos;
e) documentação legal que comprove a ocorrência do fato objeto de registro.

Métodos de Escrituração
O método de escrituração é o meio pelo qual procedemos os registros de fatos contábeis.
Embora os fatos contábeis possam ser escriturados de diversas maneiras, todas elas derivam de dois
métodos fundamentais: o das Partidas Simples e o das Partidas Dobradas.

Método das Partidas Simples9


Por ser incompleto e deficiente, este método encontra-se em desuso. Nele, é registrado somente as
operações realizadas com pessoas, excluindo o registro de elementos do patrimônio e do resultado.
As únicas contas controladas contabilmente são Caixa e as contas representativas dos agentes
correspondentes (terceiros com os quais mantemos relações de débito e crédito). Todos os itens do
patrimônio e do resultado (mercadorias, imóveis, máquinas, despesas, receitas, etc.) são controlados
extracontabilmente. Apenas uma das operações débito (D) ou crédito (C) é contabilizada nele.

Como exemplo desse método, suponha-se um pequeno agricultor, sem muita preocupação em
controlar efetivamente os seus haveres, realiza os seguintes lançamentos:

Operação Lançamento
Venda à vista de sua produção. Lança uma entrada de dinheiro, isto é, debita o
caixa.
Compra à vista de sementes. Lança uma saída de dinheiro, isto é, credita o caixa.

9
GONÇALVES, E. C.; BAPTISTA, A. E. Contabilidade geral. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

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18
Vai ao Banco X e toma algum dinheiro emprestado. Lança uma dívida, isto é, credita o Banco X.
Vende a prazo para a Cooperativa Y. Lança como valor a receber, isto é, debita a
Cooperativa Y.

Embora até se perceba alguns dos valores transacionados, verifica-se que o método das partidas
simples é imperfeito, pois ele não revela dados suficientes para tomadas de decisão racionais. Por esta
razão este método não é mais utilizado.

Importante:
Podemos conceituar Débito e Crédito da seguinte forma:
DEBITO significa registrar em uma conta determinado valor que representa um Bem ou um Direito ou
ainda para diminuir seu valor, se a conta representar uma obrigação.
CREDITO significa registrar em uma conta determinado valor que represente uma obrigação ainda
para diminuir seu valor se a conta representar um Bem ou Direito.

Partidas Dobradas10
Este método foi desenvolvido pelo frade veneziano Luca Pacioli na Itália do século XV – e hoje
universalmente aceito dando início a uma nova fase para a contabilidade como disciplina.
A propagação deste método, àquela época fez desabrochar assim a chamada Escola Contábil Italiana,
que dominou o cenário das práticas contábeis até o início do século XX.
É também conhecido como método da causa e efeito ou método da origem e aplicação. É o método
utilizado na contabilidade para a elaboração das demonstrações contábeis.
Esse método consiste no fato de que um débito efetuado em uma ou mais contas deve corresponder
a um crédito equivalente em uma ou mais contas, de maneira que a soma dos valores dos débitos seja
igual à soma dos valores dos créditos, ou seja, não há devedor sem credor correspondente. A todo débito
corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. Se aumentar de um lado, deve consequentemente
aumentar do outro lado também.
Utilizamos da ferramenta de razonetes11 para desenvolver o método das partidas dobradas.
Exemplos:

As contas do Ativo, quando debitadas, aumentam de valor e quando creditadas diminuem de valor.

As contas do Passivo e Patrimônio Líquido quando debitadas diminuem de valor e quando creditadas
aumentam de valor.

10
GONÇALVES, E. C.; BAPTISTA, A. E. Contabilidade geral. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
11
Razonete é uma representação gráfica em forma de "T" utilizada por contadores, sendo um instrumento didático para o desenvolvimento do raciocínio contábil.

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19
Processos de Escrituração

Processo é a maneira pela qual se realiza uma operação, segundo determinadas normas.
O processo eletrônico que é utilizado atualmente, utiliza a memória do computador para armazenar
todas as informações contábeis anteriores, devidamente sistematizadas através das contas próprias.
Os novos lançamentos são introduzidos por digitação e processados pela máquina, que poderá, a
qualquer tempo, fornecer o saldo e a movimentação de cada conta, o Balancete de Verificação, o Balanço
Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, entre outras.

Balancete de Verificação

O Balancete de verificação é uma planilha onde são feitos todos os lançamentos a débito e crédito,
para então fazer a verificação se os totais lançados são iguais, devendo sempre ser igual ao valor lançado
a débito e ao valor lançado a crédito no saldo final.
Após fazer os lançamentos nos razonetes, deve-se apurar o saldo final das contas e fazer a verificação
para saber se os lançamentos estão corretos. Uma forma de fazer esta verificação é através do Balancete
de Verificação.

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20
Exemplo:

Balancete de Verificação
Débito Crédito Saldo
Contas 50,00 - Débito Crédito
Caixa 30,00 50,00 - -
Mercadorias 40,00 - 30,00 -
Equipamentos - - 40,00 -
Fornecedores - 20,00 - 20,00
Capital 120,00 50,00 - 50,00
Totais 120,00 120,00 - -

No método das partidas dobradas um débito efetuado em uma ou mais contas devem corresponder a
um crédito equivalente em uma ou mais contas, de maneira que a soma dos valores dos débitos seja
igual à soma dos valores dos créditos.
Portanto, como corolários do método das partidas dobradas temos os seguintes:
a) a soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;
b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores;
c) as aplicações de capital, registradas a débito das contas ativas, são sempre iguais à soma dos
capitais fornecidos ao patrimônio, creditados nas contas passivas, na qual será o Ativo sempre igual ao
Passivo;
d) a diferença entre a soma dos bens e dos direitos e a soma das obrigações indica a posição líquida
patrimonial, que representa o crédito do titular e se chama patrimônio líquido;
e) as despesas sempre debitadas, contribuem para a redução do patrimônio líquido; e
f) as receitas, sempre creditadas, contribuem para o aumento do patrimônio líquido.

Interpretação Técnica Geral - ITG 2000 (R1)

O Conselho Federal de Contabilidade CFC, emitiu em 2014 a ITG 2000 (R1) que estabelece critérios
e procedimentos a serem adotados pelas entidades no processo de escrituração contábil. Abaixo
traremos a ITG para análise.

ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL12

Objetivo

1. Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a
escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a
manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da
contabilidade.

Alcance

2. Esta Interpretação deve ser adotada por todas as entidades, independente da natureza e do porte,
na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas
aplicáveis, se houver.

Formalidades da escrituração contábil

3. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade.

4. O nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado às necessidades de


informação de seus usuários. Nesse sentido, esta Interpretação não estabelece o nível de detalhe ou
mesmo sugere um plano de contas a ser observado. O detalhamento dos registros contábeis é
diretamente proporcional à complexidade das operações da entidade e dos requisitos de informação a


Afirmação deduzida de uma verdade já demonstrada
12
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/ITG2000(R1)

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ela aplicáveis e, exceto nos casos em que uma autoridade reguladora assim o requeira, não devem
necessariamente observar um padrão pré-definido.

5. A escrituração contábil deve ser executada:


a) Em idioma e em moeda corrente nacionais;
b) Em forma contábil;
c) Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas; e
e) Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que
comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

6. A escrituração em forma contábil de que trata o item 5 deve conter, no mínimo:


a) Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;
b) Conta devedora;
c) Conta credora;
d) Histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico padronizado,
neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio;
e) Valor do registro contábil;
f) Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo
lançamento contábil.

7. O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento em ordem sequencial


relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que
comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

8. A terminologia utilizada no registro contábil deve expressar a essência econômica da transação.

9. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma não digital,
devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:
a) Serem encadernados;
b) Terem suas folhas numeradas sequencialmente;
c) Conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da
entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de
Contabilidade.

10. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma digital, devem
revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:
a) Serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente
habilitado;
b) Quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou entidade
competente. (Alterada pela ITG 2000 (R1))

11. Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos, desde que
permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos e/ou abreviaturas no Livro Diário ou
em registro especial revestido das formalidades extrínsecas de que tratam os itens 9 e 10.

12. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos e


demonstrações contábeis são de atribuição e de responsabilidade exclusivas do profissional da
contabilidade legalmente habilitado.

13. As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as
assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente
habilitado.

Livro diário e livro razão

14. No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e
referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que
provoquem variações patrimoniais.
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15. Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize fichas ou folhas
soltas, deve ser adotado o registro “Balancetes Diários e Balanços”.

16. No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua escrituração contábil,
os formulários de folhas soltas, devem ser numerados mecânica ou tipograficamente e encadernados em
forma de livro.

17. Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e


encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo registro público competente
deve ser mantido pela entidade.

18. Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração
contábil.

19. A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão competente e por
averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de
contabilidade a comunicação formal dessas exigências à entidade.

Escrituração contábil de filial

20. A entidade que tiver unidade operacional ou de negócios, quer como filial, agência, sucursal ou
assemelhada, e que optar por sistema de escrituração descentralizado, deve ter registros contábeis que
permitam a identificação das transações de cada uma dessas unidades.

21. A escrituração de todas as unidades deve integrar um único sistema contábil.

22. A opção por escrituração descentralizada fica a critério da entidade.

23. Na escrituração descentralizada, deve ser observado o mesmo grau de detalhamento dos registros
contábeis da matriz.

24. As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, bem como entre estas,
devem ser eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis da entidade.

25. As despesas e as receitas que não possam ser atribuídas às unidades devem ser registradas na
matriz e distribuídas para as unidades de acordo com critérios da administração da entidade.

Documentação contábil

26. Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam lançamentos na escrituração
da entidade e compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, de origem
interna ou externa, que apoiam ou componham a escrituração.

27. A documentação contábil é hábil quando revestida das características intrínsecas ou extrínsecas
essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e costumes”.

28. Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio magnético, desde que
assinados pelo responsável pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado,
devendo ser submetidos ao registro público competente.

Contas de compensação

29. Contas de compensação constituem sistema próprio para controle e registro dos fatos relevantes
que resultam em assunção de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos materializar-se-ão no futuro
e que possam se traduzir em modificações no patrimônio da entidade.

30. Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão regulador, a escrituração das contas de
compensação não é obrigatória. Nos casos em que não forem utilizadas, a entidade deve assegurar-se
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que possui outros mecanismos que permitam acumular as informações que de outra maneira estariam
controladas nas contas de compensação.

Retificação de lançamento contábil

31. Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro realizado com erro na
escrituração contábil da entidade e pode ser feito por meio de:
a) Estorno;
b) Transferência; e
c) Complementação.

32. Em qualquer das formas citadas no item 31, o histórico do lançamento deve precisar o motivo da
retificação, a data e a localização do lançamento de origem.

33. O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente.

34. Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta indevidamente


debitada ou creditada, por meio da transposição do registro para a conta adequada.

35. Lançamento de complementação é aquele que vem posteriormente complementar, aumentando


ou reduzindo o valor anteriormente registrado.

36. Os lançamentos realizados fora da época devida devem consignar, nos seus históricos, as datas
efetivas das ocorrências e a razão do registro extemporâneo.

Em razão dessa alteração, as disposições não alteradas desta Interpretação são mantidas e a sigla da
ITG 2000, publicada no DOU, Seção 1, de 22.3.11, passa a ser ITG 2000 (R1).

A alteração desta Interpretação entra em vigor na data de sua publicação.


Brasília, 5 de dezembro de 2014.
Contador José Martonio Alves Coelho
Presidente

Questões

01. (BR Distribuidora - Técnico de Contabilidade Júnior - CESGRANRIO) Observe o conceito a


seguir.
Técnica contábil que consiste em registrar, nos livros próprios, todos os acontecimentos que ocorrem
na empresa e que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial.
Tal conceito define a técnica contábil da(o)
(A) Auditoria
(B) Escrituração
(C) Lançamento Razonete
(D) Razonete
(E) Sistema contábil

02 (TCU/RJ - Analista Financeiro - IADES) Assinale a alternativa que classifica corretamente as


contas contábeis quanto à natureza do saldo.
(A) Contas patrimoniais: duplicatas a pagar; duplicatas a receber; móveis e equipamentos.
(B) Contas de resultado: receita de vendas; custo das mercadorias vendidas; Patrimônio Líquido.
(C) Contas devedoras: contas do Ativo; contas de despesa; contas de receita.
(D) Contas credoras: contas do Passivo Exigível; contas do Patrimônio Líquido; contas de receita.
(E) Contas patrimoniais: contas do Ativo; contas do Passivo; contas do Patrimônio Líquido.

03. (PC/MA - Perito Criminal - CESPE) A respeito do método das partidas dobradas e de seus
desdobramentos na ciência contábil, julgue os itens seguintes.
I As aplicações de recursos são representadas por meio de débitos em determinadas rubricas
contábeis, enquanto as origens dos recursos aplicados provocam registro a crédito em outras rubricas.

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II A aquisição de bens para comercialização a prazo e com juros é um exemplo de partida de segunda
fórmula.
III Em uma venda de mercadoria, ocorre a baixa, a crédito, da mercadoria vendida, em contrapartida
à correspondente conta de receita por venda de mercadorias.
IV A existência de um conjunto de levantamentos refletindo um elemento ou componente formado ou
em formação pertencente a um patrimônio, expresso geralmente em moeda corrente, é inerente ao
método das partidas dobradas.
Estão certos apenas os itens
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e IV.

04. (TRE/BA - Técnico Judiciário - CESPE) No que se refere à escrituração, o lançamento que
consiste na regularização da conta indevidamente debitada ou creditada com a transposição do registro
para a conta adequada é denominado
(A) transferência.
(B) estorno.
(C) retificação.
(D) complementação.
(E) ressalva.

Gabarito

01.B / 02.D / 03.B / 04.A

Comentários

01. Resposta: B
Escrituração é a técnica de se manter sob registros escritos – a que chamamos de lançamentos ou
partidas – o controle dos elementos que compõem um Patrimônio.

02. Resposta: D
Contas de Débito: são as Contas Patrimoniais do Ativo e as Contas de Resultados das Despesas.
Contas de Crédito: são as Contas Patrimoniais do Passivo e as Contas de Resultado das Receitas.

03. Resposta: B
Alternativa I - são: PASSIVO, PL e RECEITAS (têm saldo CREDOR). Aumentam a CRÉDITO e
diminuem a DÉBITO.
Alternativa IV - Fórmulas de lançamentos:
1ª fórmula: 1 (débito) e 1 (crédito).
2ª fórmula: 1 (débito) e 2 ou mais (créditos).
3ª fórmula: 2 ou mais (débitos) e 1 (crédito).
4ª fórmula: 2 ou mais (débitos) e 2 ou mais (créditos).

04. Resposta: A
Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta indevidamente debitada
ou creditada, por meio da transposição do registro para a conta adequada.

RAZONETE

Nas ciências contábeis, razonete é uma ferramenta e uma representação gráfica em forma de "T"
bastante utilizados por contadores. É um instrumento didático para desenvolver o raciocínio contábil

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Razonete13

Representação gráfica em forma de T, para apurar os saldos de todas as contas que são
movimentadas pela empresa. Coloca-se nos Razonetes o título da conta na parte superior, de um lado
registram-se os aumentos e do outro lado da conta as diminuições. A natureza da conta é que irá
determinar qual deverá ser utilizado para o aumento e qual lado será utilizado para diminuição.
Se for uma conta de Ativo, por coerência da sua disposição no Balanço Patrimonial, todos os
aumentos serão lançados no lado esquerdo do Razonete. Consequentemente, as diminuições serão
lançadas no lado direito. Se for uma conta de Passivo e PL, por coerência da sua disposição no Balanço
Patrimonial, todos os aumentos serão lançados no lado direito do Razonete. Consequentemente, as
diminuições serão lançadas no lado esquerdo.

Regra de Débito e Crédito


Débito é o nome que se dá ao lado esquerdo do Razonete. Credito é o nome que se dá ao lado direito
do Razonete. Portanto, não se pode definir débito e crédito, pois são meras convenções, nomes que se
dão ao lado do Razonete ou cada conta.

REGRA DO DÉBITO E CRÉDITO

Débito AUMENTA Débito

Débito DIMINUI Crédito

Crédito AUMENTA Crédito

Crédito DIMINUI Débito

Método das Partidas Dobradas


A essência deste método, é que o registro de qualquer operação implica que um débito em uma ou
mais contas deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma
dos valores debitados seja sempre igual a soma dos valores creditados, ou simplificando: Não há Débito
sem Crédito Correspondente. Débito é igual a Crédito, ou Origens iguais as Aplicações. As contas
Representam os registros de débito e crédito da mesma natureza ou espécie identificadas por um título
que qualifica os elementos do patrimônio (bem, direito, obrigação ou situação líquida) ou uma variação
patrimonial (receitas e despesas).

Elementos da Conta
São seis os elementos de uma conta:
- Título: é o nome da conta.
- Data: marcação do tempo do fato (dia, mês e ano)
- Histórico: é a narração do fato ocorrido
- Débito: estado de dívida da conta
- Crédito: estado haver da conta
- Saldo: é a diferença entre o débito e o crédito

Pode ser:
- Devedor: quando débito maior que crédito
- Credor: quando débito menor que crédito
- Nulo: quando débito igual a crédito

Função das Contas- Representar graficamente o Patrimônio e suas variações. A representação é feita
através dos chamados Razonetes ou Contas em forma de T.

13
https://profmarcosteixeira.wordpress.com/2013/02/23/contabilidade-ii-razonete-debito-e-credito-e-balancete/

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26
Exemplo de Razonete:

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO14

É um demonstrativo auxiliar de caráter não obrigatório, que relaciona os saldos das contas
remanescentes no diário e razão, imprescindível para testar se o método de partidas dobradas foi
obedecido pela escrituração contábil - método pelo qual os débitos devem corresponder a créditos de
mesmo valor, cabendo verificar se a soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores, e
ser levantado diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente, etc., unicamente para fins
operacionais, não tendo obrigatoriedade fiscal, com suas informações extraídas dos registros contábeis
mais atualizados.
O Balancete de Verificação tem como base o método das partidas dobradas e como finalidade
averiguar se os saldos das contas contábeis estão em equilíbrio, ou seja, se os lançamentos contábeis
foram efetuados corretamente.

A regra fundamental é: Para todo débito lançado numa conta, haverá, obrigatoriamente, um crédito
lançado em outra conta. Não haverá devedor sem credor.

É possível lançar um débito e vários créditos, vários débitos e um crédito, e vários débitos e vários
créditos. Portanto, a soma de todos os débitos de um lado e de todos os créditos de outro devem
expressar o mesmo valor (em módulo, pois têm sinais algébricos contrários).
Assim, a SOMA ZERO dos lançamentos a débito e a crédito serve para a constatação inicial de que
os lançamentos tenham sido realizados adequadamente.

Balancete de Verificação e Casos Especiais de Contabilização

Há momentos em que se faz necessária uma pausa na sequência de lançamentos contábeis, para
uma averiguação. Com periodicidade diária, semanal, quinzenal, mensal, os responsáveis pela
contabilidade devem verificar se os lançamentos contábeis realizados no período estão corretos. Uma

14
MARIO, J. C; FAHL, A. C. Contabilidade Financeira. 2° Ed. Valinhos: Anhanguera Publicações Ltda. 2013. 280p.

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técnica utilizada para atingir tal objetivo é utilizar o Balancete de Verificação. No entanto, este relatório,
embora muito útil, não detecta toda a gama de erros que podem ocorrer nos lançamentos contábeis. Por
outro lado, além de auxiliar na detecção de erros, o Balancete de Verificação é também um importante
instrumento contábil para tomada de decisões.

Sob esse enfoque, o de ser um instrumento auxiliar de análise, veja o exemplo a seguir.
Resumo das operações:
1. a CIA. ABC iniciou a atividade com o capital de R$100.000,00 totalmente subscrito e integralizado
em dinheiro;
2. depósito em brancos no valor de R$80.000,00;
3. compra de mercadorias no valor de R$35.000,00 - sendo 20% à vista, em cheque, e o saldo em
duplicatas;
4. compra de móveis e utensílios no valor de R$35.000,00 - sendo 20% à vista, em cheque, e o saldo
em duplicatas;
5. compra de instalações no valor de R$35.000,00 - sendo R$15.000,00 pagos em cheque e o saldo
em duplicatas;
6. venda de mercadorias a prazo por R$26.000,00 cujo custo era de R$20.000,00;
7. recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$8.000,00 com R$100,00 de juros em razão
de atraso no recebimento;
8. pagamento em dinheiro de duplicata no valor de R$5.000,00 com R$100,00 de juros em razão de
atraso no pagamento.

Este histórico de movimentação implica os seguintes Razonetes, expressos, todos eles, em reais:

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Após os lançamentos no Livro Razão, embora, no exemplo, o movimento apresente poucas contas,
para assegurar que os lançamentos estão devidamente equilibrados, ou seja, se os débitos são
correspondidos por créditos equivalentes, a contabilidade elabora o seguinte relatório, denominado
Balancete de Verificação.

CIA. ABC – 31/12/2014 (Em reais)


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Movimento Saldo
Contas
Débito Crédito Débito Crédito
Caixa 108.100 85.100 23.000
Bancos 80.000 34.800 45.200
Duplicatas a Pagar 5.000 99.200 94.200
Móveis e utensílios 64.000 64.000
Estoques 35.000 20.000 15.000
Duplicatas a Receber 26.000 8.0000 18.000
Instalação 35.000 35.000
Capital 100.000 100.000
Receita de Vendas 26.000 26.000
CMV 20.000 20.000
Receita de Juros 100 100
Despesas de Juros 100 100
Totais 373.200 373.200 220.300 220.300

Os totais a débito e a crédito do movimento, assim como os totais a débito e a crédito do saldo, estão
equilibrados, confirmando que as partidas dobradas foram integralmente executadas.
O balancete é um demonstrativo do saldo de todas as contas lançadas no Livro Razão.
Os lançamentos contábeis efetuados no Livro Diário têm seus reflexos no Livro Razão, no qual é
lançado o valor a débito de uma conta e a crédito de outra conta.
A escrituração é baseada no método das partidas dobradas, que estabelece que não há devedor sem
credor.
Como todo lançamento a débito em uma conta faz surgir o mesmo valor, a crédito, em outra(s) conta(s)
– e vice-versa, a soma dos valores de todas as contas devedoras deve ser igual à soma das contas
credoras.
Esta é a principal finalidade do Balancete de Verificação, ou seja, confirmar se a soma dos saldos
devedores é exatamente igual à soma dos saldos credores.

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29
O Balancete de Verificação pode ter quatro tipos:

Balancete de 2 (duas) colunas

CIA. ABC – 31/12/2014 (Em reais)


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Movimento
Contas
Débito Crédito
xxxxxxx
xxxxxxx
Totais

Balancete de 4 (quatro) colunas

CIA. ABC – 31/12/2014 (Em reais)


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Movimento Saldo
Contas
Débito Crédito Débito Crédito
xxxxxxx
xxxxxxx
Totais

Balancete de 6 (seis) colunas

CIA. ABC – 31/12/2014 (Em reais)


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Saldo Inicial Movimento Saldo Final
Contas
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
xxxxxxx
xxxxxxx
Totais

Balancete de 8 (oito) colunas

CIA. ABC – 31/12/2014 (Em reais)


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Saldo Inicial Movimento Saldo do Movimento Saldo Final
Contas
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
xxxxxxx
xxxxxxx
Totais

A seguir, podemos identificar que é indiferente estruturar balancetes com todas as operações ou
somente pelos saldos das contas.
Exemplo:
A CIA. TIJUCA apresenta os seguintes lançamentos no mês de Janeiro de 2014:
- Saldo inicial (SI) de Caixa R$3.000,00;
- Saldo Inicial (SI) de Capital R$3.000,00;
- (1) Aquisição de Móveis e Utensílios à vista pelo valor de R$450,00; e
- (2) Aquisição de mercadorias para Estoque, à vista, pelo valor de R$750,00.
Para essas operações, tem-se, em reais:

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30
Lançamento no Razão:

CIA. ABC – 31/12/2014 (Em reais)


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Saldo Inicial Movimento Saldo Final
Contas
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
Caixa 3.000 1.200 1.800
Móveis e Utensílios 450 450
Estoque 750 750
Capital 3.000 3.000
Totais 3.000 3.000 1.200 1.200 3.000 3.000

O Balancete de Verificação ou Balancete Analítico apresenta, de forma simplificada, os saldos das


contas patrimoniais e de resultado de um determinado período. Sua utilização facilita a verificação e a
consolidação dos saldos contábeis e é um instrumento muito utilizado pelas empresas devido à sua
objetividade e praticidade.

Atenção: Caso o Balancete de Verificação seja destinado a usuários externos, o demonstrativo deverá
ser assinado por contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC)

Identificação do Erro de Lançamento

Como é fácil entender, se a soma dos débitos (ou saldos devedores) não é igual à soma dos créditos
(ou saldos credores), há indícios claros de que os registros contábeis não estão corretos.
Primeiramente, deve-se verificar com atenção se não houve erro na soma das colunas do balancete.
O contador, por sua vez, averiguará onde está o erro. Nem sempre é uma tarefa fácil. Muito pelo
contrário: é um trabalho de pesquisa nos lançamentos contábeis já realizados.
Pode-se depreender também que, quanto menor for o período de abrangência do balancete, mais
eficiente será a contabilidade.
As instituição financeiras, como os bancos, por exemplo, levantam balancetes diários em razão da
grande quantidade de lançamentos, permitindo, assim, a detecção dos erros de um dia para o outro.
Grande parte das empresas verifica sua contabilidade por meio do balancete mensal. O que não se
pode recomendar são balancetes anuais, uma vez que, na constatação de erros, seria necessário
pesquisar a Contabilidade do ano todo (o que se torna inviável).

Erros que Balancete não detecta


Por mais que se procure acertar sempre e se utilizem as corretas ferramentas de diagnóstico, há
ocasião em que erros ocorridos não são detectados.
Por exemplo:
A Companhia Universal HDM foi formada em janeiro de 2013 e foram verificadas as seguintes
operações:
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31
- Formação de Capital aplicado no Caixa R$1.500.000,00;
- Compra de Estoque à vista R$500.000,00;
- Compra de Móveis e Utensílios, à vista R$200.000,00.

E foi gerado o seguinte relatório:

CIA. ABC – 31/12/2014 (Em reais)


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Movimento
Contas
Débito Crédito
Caixa 1.500.000 700.000
Estoque 1.500.000
Móveis e Utensílios 200.000
Capital 1.500.000
Totais

Se, no exemplo anterior, a compra de Móveis e Utensílios corresponder à compra de mesas para
escritório, mas o contador, na contabilização, debitasse indevidamente a conta Máquinas e
Equipamentos, o relatório seria:

CIA. ABC – 31/12/2014 (Em reais)


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Movimento
Contas
Débito Crédito
Caixa 1.500.000 700.000
Estoque 500.00
Máquinas e Equipamentos 200.000
Capital 1.500.000
Totais 2.200.000 2.200.000

Os totais do balancete são idênticos. Em princípio, pode-se concluir que os lançamentos estão
corretos. Dessa forma, o balancete não evidenciou que o débito não foi lançado na conta apropriada.
Outro tipo de erro que o balancete não evidencia é a inversão em um lançamento - de débito por crédito
e de crédito por débito, simultaneamente.
Em uma operação em que o contador devesse debitar caixa e creditar duplicatas a receber e invertesse
os lançamentos correspondentes a essas operações, creditando caixa e debitando duplicatas a receber,
os totais do balancete seriam os mesmos, mas os lançamentos estariam invertidos.
Pode-se, portanto, concluir que o Balancete de verificação nem sempre detectará os erros nos
registros contábeis. Embora de grande utilidade, é bastante limitado no que tange à identificação de erros
nos lançamentos.

O Balancete como Instrumento de Decisão

Dada a inconveniência de levantar o balanço em períodos mais curtos (normalmente as micro e


pequenas empresas levantam balanço uma vez por ano), o balancete tem-se tornado poderoso
instrumento para embasar decisões.
Assim, com balancetes mensais, por exemplo, a administração da empresa terá um resumo de todas
as operações, bem como de todos os saldos existentes no final do período.
Dessa forma, o “poder decisório” conhecerá o resultado financeiro e econômico da empresa no final
de determinado período sem a necessidade de estruturar um Balanço. Estes dados, sem dúvida, são
fundamentais para a tomada de decisão.
Ressalta-se entretanto que, quanto maior for o grau de detalhamento (sofisticação) do Balancete, o
com duas colunas não terá o mesmo grau de utilidade para as tomadas de decisão que um Balancete de
seis colunas.

Para fixar: - O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO ou BALANCETE ANALÍTICO é um relatório importante


utilizado na conciliação das contas contábeis.

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- Tem por finalidade averiguar se os lançamentos contábeis foram registrados corretamente e se os
saldos devedores e credores estão em consonância.
- Existem vários modelos de BALANCETE DE VERIFICAÇÃO, ficando facultado à empresa utilizar o
modelo que for mais conveniente para o seu dia a dia.

Questões

01. (UFF - Técnico em Contabilidade - COSEAC) A função do Balancete de Verificação é:


(A) Verificar se os lançamentos contábeis realizados no período estão corretos.
(B) verificar as diferenças entre a variação do ativo e do passivo do período.
(C) fazer o balanço patrimonial da empresa ao final do período.
(D) demonstrar o valor do lucro líquido resultante das operações do período.
(E) demonstrar mensalmente o valor do ativo e das contas de resultado.

02. (SEBRAE-RN - Assistente I - FUNCERN) Os registros contábil-financeiros nas empresas são


realizados considerando-se o Método das Partidas Dobradas: para cada débito(s), há crédito(s)
correspondente. Para averiguar periodicamente essa igualdade com a finalidade de descobrir erros e
corrigir os registros, as empresas utilizam uma demonstração conhecida por:
(A) Balancete de Verificação
(B) Balanço
(C) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
(D) Demonstração do Resultado do Exercício

03. (Polícia Federal - Agente de Polícia Federal – CESPE) Para que se demonstre com fidelidade a
situação patrimonial de determinada entidade, faz-se necessária a observância de normas técnicas e
legais de elaboração das demonstrações contábeis.
Com relação a esse tema, julgue o próximo item.
O balancete de verificação é feito a partir da extração dos saldos contidos no livro diário.
( ) Certo ( ) Errado

04. (CEFET-RJ - Técnico em Contabilidade - CESGRANRIO) A elaboração do Balancete de


Verificação, em decorrência de suas características técnicas específicas, é tecnicamente embasada no
(A) método da teoria materialista
(B) método das partidas dobradas
(C) método da teoria patrimonialista
(D) princípio do registro pelo valor original
(E) regime de competência

05. (FUB - Técnico em Contabilidade - CESPE) Com relação ao balancete de verificação, julgue os
itens a seguir.

O balancete de verificação será elaborado em até oito colunas, na qual são apresentados os saldos
iniciais, o movimento, os saldos do período e os saldos finais.
( ) Certo ( ) Errado

06. (FUB - Técnico em Contabilidade - CESPE) Com relação ao balancete de verificação, julgue os
itens a seguir.

O balancete de verificação é composto apenas pelas contas patrimoniais. As contas de resultado,


mesmo que tenham saldos, não devem constar no demonstrativo.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.A / 02.A / 03.Errado / 04.B / 05.Certo / 06.ERRADO

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33
Comentários
01. Resposta: A
O Balancete de Verificação tem por finalidade averiguar se os lançamentos contábeis foram
registrados corretamente e se os saldos devedores e credores estão em consonância.

02. Resposta: A
O Balancete de Verificação tem como base o método das partidas dobradas e como finalidade
averiguar se os saldos das contas contábeis estão em equilíbrio, ou seja, se os lançamentos contábeis
foram efetuados corretamente.

03. Resposta: Errado


O balancete é um demonstrativo do saldo de todas as contas lançadas no Livro Razão.
Os lançamentos contábeis efetuados no Livro Diário têm seus reflexos no Livro Razão, no qual é
lançado o valor a débito de uma conta e a crédito de outra.

04. Resposta: B
O Balancete de Verificação tem como base o método das partidas dobradas e como finalidade
averiguar se os saldos das contas contábeis estão em equilíbrio, ou seja, se os lançamentos contábeis
foram efetuados corretamente.

05. Resposta: Certo


O Balancete de Verificação pode ter quatro tipos:
- Balancete de 2 (duas) colunas;
- Balancete de 4 (quatro) colunas;
- Balancete de 6 (seis) colunas;
- Balancete de 8 (oito) colunas.

06. Resposta: ERRADO


No Balancete são incluídas as Contas Patrimoniais e de Resultados.

PLANO DE CONTAS

Plano de Contas15 (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que
norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de
parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de
informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode
não compreender.

Objetivos do Plano de Contas

Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização
e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais:
a) atender às necessidades de informação da administração da empresa;
b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração
do balanço patrimonial e das demais de­monstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”);
c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da
legislação do Imposto de Renda.

Elenco de Contas e Correspondente Conjunto de Normas

O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constituí na verdade um
conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do funcionamento de cada conta - o
chamado "Manual de Contas", que contém comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de
cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras informações sobre critérios gerais de
contabilização).

15
Conteúdo na Íntegra. ZANLUCA, J. C. COMO ELABORAR UM PLANO DE CONTAS CONTÁBIL. Disponível em:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecontas.htm>. Acesso em: 17 out 2015.

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Contas do Balanço Patrimonial

A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com observância
das Normas Brasileiras de Contabilidade.
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma sintética,
a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração contábil. Essa
demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”)
e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo
187), em síntese, se compõe de:

ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL

Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em espécie (papel-moeda) disponível
na tesouraria da empresa. Trata-se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo Disponibilidades.
Sugiro que o Plano de Contas contenha, no mínimo, 4 (quatro) níveis:

Nível 1
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas.

Nível 2
Ativo: Circulante, Não Circulante / Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante, Não Circulante e
Patrimônio Líquido. / Receitas: Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, Outras Receitas Operacionais
/ Custos e Despesas Operacionais.

Nível 3 Contas que Evidenciem os Grupos a que se Referem


Nível 1 - Ativo
Nível 2 - Ativo Circulante
Nível 3 - Bancos Conta Movimento

Nível 4 Subcontas que Evidenciem o Tipo de Registro Contabilizado


Nível 1 - Ativo
Nível 2 - Ativo Circulante
Nível 3 - Bancos Conta Movimento
Nível 4 - Banco A

Abaixo, segue um exemplo bem simples de uma estrutura de plano de contas em 4 níveis:
1 ATIVO

1.1 ATIVO CIRCULANTE


1.1.1 Caixa
1.1.1.01 Caixa Geral
1.1.2 Bancos C/Movimento
1.1.2.01 Banco Alfa
1.1.3 Contas a Receber
1.1.3.01 Clientes
1.1.3.02 Outras Contas a Receber
1.1.3.09(-) Duplicatas Descontadas
1.1.4 Estoques
1.1.4.01 Mercadorias
1.1.4.02 Produtos Acabados
1.1.4.03 Insumos
1.1.4.04 Outros
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35
1.2 NÃO CIRCULANTE
1.2.1 Contas a Receber
1.2.1.01 Clientes
1.2.1.02 Outras Contas

1.2.2 INVESTIMENTOS
1.2.2.01 Participações Societárias

1.2.3 IMOBILIZADO
1.2.3.01 Terrenos
1.2.3.02 Construções e Benfeitorias
1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas
1.2.3.04 Veículos
1.2.3.05 Móveis
1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada
1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada
1.2.4 INTANGÍVEL
1.2.4.01 Marcas
1.2.4.02 Softwares
1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada

2 PASSIVO

2.1 CIRCULANTE
2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher
2.1.1.01 Simples a Recolher
2.1.1.02 INSS
2.1.1.03 FGTS
2.1.2 Contas a Pagar
2.1.2.01 Fornecedores
2.1.2.02 Outras Contas
2.1.3 Empréstimos Bancários
2.1.3.01 Banco A - Operação X

2.2 NÃO CIRCULANTE


2.2.1 Empréstimos Bancários
2.2.1.01 Banco A - Operação X

2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO


2.3.1 Capital Social
2.3.2.01 Capital Social Subscrito
2.3.2.02 Capital Social a Realizar
2.3.2. Reservas
2.3.2.01 Reservas de Capital
2.3.2.02 Reservas de Lucros
2.3.3 Prejuízos Acumulados
2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores
2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual

3 CUSTOS E DESPESAS
3.1 Custos dos Produtos Vendidos
3.1.1 Custos dos Materiais
3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados
3.1.2 Custos da Mão-de-Obra
3.1.2.01 Salários
3.1.2.02 Encargos Sociais
3.2 Custo das Mercadorias Vendidas
3.2.1 Custo das Mercadorias
3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas

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3.3 Custo dos Serviços Prestados
3.3.1 Custo dos Serviços
3.3.1.01 Materiais Aplicados
3.3.1.02 Mão-de-Obra
3.3.1.03 Encargos Sociais
3.4 Despesas Operacionais
3.4.1 Despesas Gerais
3. 4.1.01 Mão-de-Obra
3.4.1.02 Encargos Sociais
3.4.1.03 Aluguéis
3.5 Perdas de Capital
3.5.1 Baixa de Bens do Ativo Não Circulante
3.5.1.01 Custos de Alienação de Investimentos
3.5.1.02 Custos de Alienação do Imobilizado

4 RECEITAS
4.1 Receita Líquida
4.1.1 Receita Bruta de Vendas
4.1.1.01 De Mercadorias
4.1.1.02 De Produtos
4.1.1.03 De Serviços Prestados
4.1.2 Deduções da Receita Bruta
4.1.2.01 Devoluções
4.1.2.02 Serviços Cancelados
4.2 Outras Receitas Operacionais
4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes
4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos
4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado

Questões

01. (CISVALE - Contador - OBJETIVA) Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo
CORRETAMENTE:
É chamado _______________ o conjunto de contas criado pelo Contador, para atender às
necessidades de registro dos fatos administrativos, possibilitando a elaboração de relatórios contábeis, e
gerar informações contábeis de uma determinada entidade.
(A) elenco de contas.
(B) escrituração contábil.
(C) plano de contas
(D) contabilidade.

02. (Polícia Federal - Agente de Polícia Federal - CESPE) Com relação à natureza do patrimônio e
aos mecanismos para o seu controle, julgue o item a seguir.
O plano de contas deve reunir os elementos necessários para o registro das operações desenvolvidas,
as quais podem sofrer variações significativas de uma empresa para outra.
( ) Certo ( ) Errado

03. (CAU/RJ - Assistente Financeiro - IADES) Acerca do Plano de Contas, é correto afirmar que
(A) cada entidade pode elaborar o próprio Plano de Contas, tendo em vista suas peculiaridades.
(B) a Lei nº 6.404/1976 apresenta o modelo de Plano de Contas a ser adotado por todas as entidades
contábeis.
(C) cada empresa, no momento da sua constituição, deverá apresentar aos órgãos competentes o seu
Plano de Contas definitivo.
(D) não poderá exceder o número máximo de contas fixado na legislação.
(E) o uso da informática na contabilidade tornou dispensável a elaboração de um Plano de Contas.

Gabarito

01. C / 02. CERTO / 03. A

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Comentários

01. Resposta: C
Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia
os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para
a elaboração das demonstrações contábeis.

02. Resposta: CERTO


Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia
os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para
a elaboração das demonstrações contábeis.
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de
informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode
não compreender.

03. Resposta: A
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de
informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode
não compreender.

ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS E CONTÁBEIS16

Atos Administrativos - Devemos entender por ATOS ADMINISTRATIVOS ou CONTÁBIL aqueles


que não modificam quaisquer elementos do PATRIMÔNIO.
Como exemplo trivial deste tipo de procedimento, tem-se a eleição da diretoria de uma empresa.

Fatos Administrativos ou Contábeis - Os FATOS ADMINISTRATIVOS são aqueles que provocam


modificações no patrimônio. Classificam-se em FATOS PERMUTATIVOS, MODIFICATIVOS e MISTOS.

Fatos Permutativos, Qualitativos ou Compensativos

O termo “permutativo” significa troca, mudança de valor ou de posição, intercâmbio. Assim, são
considerados permutativos aqueles fatos que provocam trocas entre elementos do PATRIMÔNIO, tais
como bens por bens, bens obrigações, direitos por bens, etc.
Para fins de ilustração, elencamos quatro exemplos de fatos permutativos:

Compra à Vista de Mercadoria:


(+) Aumenta ativo na conta Mercadoria
(-) Diminui Ativo conta Caixa/Bancos
D – Mercadoria
C – Caixa/Bancos R$1.200,00

Compra a Prazo de Mercadoria:


(+) Aumenta Ativo na conta Mercadoria
(+) Aumenta Passivo na conta Fornecedores
D – Mercadoria
C – Fornecedores R$1.500,00

Pagamento de Fornecedores:
(-) Diminui Passivo na conta Fornecedores
(-) Diminui Ativo na Conta Caixa/Bancos)
D – Fornecedores
C – Caixa/Bancos R$1.500,00

Aumento de Capital, com o Saldo da Conta Reserva de Capital:


(-) Diminui Patrimônio Líquido na conta Reserva de Capital
(+) Aumenta Patrimônio Líquido na conta Capital

16
FAHL; C, A. MARION; C, J. Contabilidade Financeira. 2ª Edição. Valinhos: anhanguera Publicações Ltda, 2013. 280p.

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38
D – Reserva de Capital
C – Capital R$1.000,00

Fatos Modificativos ou Quantitativos

Os FATOS MODIFICATIVOS, como o próprio nome já diz, modificam alguma coisa. No caso, eles
alteram a SITUAÇÃO LÍQUIDA da empresa (seu PATRIMÔNIO LÍQUIDO), aumentando ou diminuindo
seu valor por meio de operações que envolvem contas de receitas e de despesas. São exemplos deste
tipo de operações:

- Receitas Obtidas por Serviços Prestados:


(+) Aumenta o Ativo na conta Caixa/Bancos
(+) Altera o Patrimônio Líquido na conta Receita
D – Caixa/Bancos
C – Receita de Prestação de Serviços R$2.000,00

- Pagamento de Despesa:
(-) Altera o Patrimônio Líquido, na conta Despesa.
(-) Diminui Ativo na conta Caixa/Bancos.
D – Despesa
C – Caixa/Bancos R$ 800,00

- Apropriação de Despesas:
(-) Altera o Patrimônio Líquido na conta Despesa
(+) Aumenta Passivo na Contas a Pagar
D – Despesa com Energia Elétrica
C- Energia Elétrica a Pagar R$ 300,00

Fatos Mistos ou Compostos

Os fatos mistos ou compostos são uma combinação dos permutativos e dos modificativos, podendo
ainda provocar efeitos aumentativos ou diminutivos. São exemplos deste tipo de fatos:

No caso de Fato Misto Aumentativo:


- Recebimento de Duplicata com Juros.
Ocorre aumento no Ativo pela entrada de dinheiro, diminuição do Ativo pela baixa da conta Cliente e
aumento no PL dos juros, por se caracterizarem Receita.
D - Duplicatas 1.200,00
C - Clientes 1.000,00
C - Juros Recebidos 200,00

No caso de Fato Misto Diminutivo:


- Pagamento de uma Duplicata com Juros
Ocorre a diminuição do Passivo pela quitação da obrigação, diminuição no Ativo pela saída de dinheiro
e diminuição no PL pelo pagamento dos juros ser uma Despesa.
D - Fornecedores 1.000,00
D - Juros Passivos 200,00
C - Caixa 1.200,00

Dica: Variações do Patrimônio Líquido ocorrem quando há investimento de Capital feito por sócios
ou acionistas na entidade ou através do resultado apurado entre a diferente da Receita e da Despesa.
Enquanto as Receitas aumentam o Patrimônio Líquido, as despesas diminuem o Patrimônio Líquido.

RESUMO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS


Fato Contábil Conta Debitada Conta Creditada
Permutativo Patrimonial Patrimonial
(+ Ativo ou – Passivo) (- Ativo ou +Passivo)
(- Patrimônio Líquido) (+ Patrimônio Líquido)

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Modificativo Patrimonial Receita
Aumentativo (+ Ativo ou – Passivo) (+ Resultado)
Modificativo Despesa Patrimonial
Diminutivo (- Resultado) (- Ativo)
Misto Patrimonial Patrimonial e Receita
Aumentativo (+ Ativo ou – Passivo) (+ Resultado)
Misto Patrimonial e Despesa Patrimonial
Diminutivo (- Resultado) (- Ativo)

Questões

01. (DPU - Contador - CESPE) A respeito dos componentes patrimoniais e dos fatos contábeis, julgue
o item a seguir.
O recebimento de vendas a prazo é considerado um fato contábil permutativo, visto que ele não
provoca alterações no patrimônio líquido da entidade e modifica apenas a composição do ativo circulante
com o aumento das disponibilidades.
( ) Certo ( ) Errado

02. (Prefeitura de Niterói/RJ - Contador - COSEA) Das operações que alteram a estrutura contábil
do patrimônio líquido de uma empresa, a que NÃO gera nem aumento nem diminuição do total do
patrimônio líquido é
(A) constituição de dividendos a pagar
(B) aproveitamento de reserva de lucros para aumento de capital social.
(C) encerramento de exercício com apuração de prejuízos.
(D) aumento de capital por aporte.
(E) encerramento de exercício com apuração de lucros.

03. (Sercomtel S.A Telecomunicações - Analista - AOCP) Através dos fatos contábeis, o patrimônio
de uma empresa pode ser alterado. Nesse sentido, quais são e o que representam os tipos de fatos
contábeis?
(A) Fatos permutativos representam fatos contábeis que não modificam o patrimônio, mas podem
alterar em qualidade. Os fatos modificativos contemplam a alteração do patrimônio líquido em qualidade,
e não meramente em quantidade. E os fatos mistos interpretam que os fatos contábeis são meramente
permutativos.
(B) Fatos permutativos representam fatos contábeis que podem ou não modificar o patrimônio em
quantidade, mas podem alterar em qualidade. Os fatos modificativos contemplam a alteração do
patrimônio em qualidade, e não meramente em quantidade. E os fatos compostos interpretam que os
fatos contábeis são somente modificativos.
(C) Fatos permutativos não modificam o patrimônio em quantidade, mas unicamente em qualidade. Os
fatos modificativos contemplam a alteração do ativo e passivo em quantidade, e não meramente em
qualidade. E os fatos mistos interpretam que os fatos contábeis são modificativos apenas para o
patrimônio líquido.
(D) Fatos permutativos representam fatos contábeis que podem ou não modificar o patrimônio líquido
em quantidade. Os fatos modificativos contemplam a alteração dos bens e direitos em qualidade, e não
em quantidade. E os fatos compostos interpretam que os fatos contábeis são juntamente permutativos e
modificativos.
(E) Fatos permutativos representam fatos contábeis que podem ou não modificar o patrimônio em
quantidade, mas podem alterar em qualidade. Os fatos modificativos contemplam a alteração do
patrimônio líquido em quantidade, e não meramente em qualidade. E os fatos mistos interpretam que os
fatos contábeis são permutativos e modificativos ao mesmo tempo.

04. (IF/BA - Contador - FUNRIO) O fato contábil que consiste na compensação entre elementos do
ativo, passivo ou patrimônio líquido, sem que haja alteração na situação líquida da entidade, é o
(A) positivo.
(B) modificativo.
(C) permutativo.
(D) complementar.
(E) simples.

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05. (Prefeitura de Fronteira/MG - Contador Auxiliar - MÁXIMA) Os fatos administrativos que
provocam modificações no patrimônio, representando permutas entre elementos Ativos e Passivos, são
classificados como:
(A) Mistos;
(B) Qualitativos;
(C) Quantitativos;
(D) Modificativos;

06. (Polícia Federal - Agente de Polícia Federal - CESPE) Com relação à natureza do patrimônio e
aos mecanismos para o seu controle, julgue o item a seguir.
Caso uma empresa compre mercadorias a prazo, no momento do pagamento de uma das duplicatas
referentes a essa compra ocorrerá um fato permutativo.
( ) Certo ( ) Errado

07. (PGE/RJ - Técnico Superior de Análise Contábil - FCC) Representa um Fato Contábil
Permutativo a
(A) compra de um Veículo à vista.
(B) venda de Mercadoria com prejuízo.
(C) venda de Imobilizado com prejuízo.
(D) venda de Imobilizado com lucro.
(E) venda de Mercadoria com lucro.

08. (UFBA - Analista Administrativo - IADES) Assinale a alternativa em que todos os fatos listados
são permutativos.
(A) Aumento de capital em bens, aumento de capital em dinheiro e aplicação financeira.
(B) Depósito em banco, rendimento creditado de aplicação financeira e compra de mercadorias.
(C) Pagamento de despesas em dinheiro, compra de mercadorias a prazo e venda à vista.
(D) Compra de mercadorias a prazo, pagamento de fornecedor e depósito em banco.
(E) Pagamento de fornecedor, compra de material de limpeza e aumento de capital em dinheiro.

Gabarito

01.Certo / 02.B / 03.E / 04.C / 05.B / 06.CERTO / 07.A / 08.D

Comentários

01. Resposta: Certo


Em uma venda a prazo ocorre a permuta de um bem por dinheiro em caixa ("perde-se o bem, mas o
dinheiro do caixa aumenta"), o que constitui um fato contábil permutativo (não provoca alteração do
patrimônio líquido).
D- Bancos c/ Movimento
C- Clientes

02. Resposta: B
a) constituição de dividendos a pagar: parte do LL é diminuído para distribuir como dividendo. Reduz
o PL
b) CERTO: aproveitamento de reserva de lucros para aumento de capital social: Movimentação entre
itens do PL, muda o valor dessas contas, mas não do total do PL
c) encerramento de exercício com apuração de prejuízos: prejuízo é abatido dos lucros acumulados,
pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. Reduz o valor do PL.
d) aumento de capital por aporte: aumenta o capital social. aumenta o PL
e) encerramento de exercício com apuração de lucros: LL aumenta o valor do PL.

03. Resposta: E
Os fatos permutativos podem modificar em quantidade o Patrimônio, numa compra a prazo, por
exemplo, aumentando ativo e passivo; mas podem não modificar em quantidade, numa compra a vista,
por exemplo, pois nesse caso o ativo não se altera. Já os fatos modificativos vão necessariamente alterar
o PL em quantidade.
PL= Patrimônio Líquido = recursos próprios (dos sócios)

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Patrimônio= todo o valor no BP, ou seja, valor de ativos, passivos e PL.

04. Resposta: C
O fato permutativo é o fato contábil no qual não há contas de resultado no lançamento, apenas permuta
entre itens do BP (contas patrimoniais)
Fato modificativo é o fato contábil no qual há uma conta de resultado e outra patrimonial
Fato misto é a união dos dois acima, ou seja: dois ou mais contas patrimoniais e outra de resultado

05. Resposta: B
Os atoa Permutativo também são chamados de Qualitativos.

06. Resposta: CERTO


O fato permutativo provoca trocas entre elementos do patrimônio. O lançamento de oriundo do
pagamento de uma das duplicatas provocará uma troca entre as contas patrimoniais do ativo e passivo,
conforme lançamento a seguir:
D. Duplicatas a pagar
C. Caixa (ou Banco)

07. Resposta: A
Representa o seguinte lançamento:
D veículo
C caixa
No qual ocorre uma troca de um bem(dinheiro) por um outro bem (veículo).

08. Resposta: D
Fato permutativo é aquele lançamento em que somente alterna entre elementos do ativo, passivo ou
PL, não aumentando a situação líquida da empresa:

Compra de mercadorias a prazo,


D Estoque
C fornecedor

Pagamento de fornecedor
D Fornecedor
C Caixa

Depósito em banco
D BCM
C Caixa

As demais alternativa contêm itens que envolvem operações com resultado: aplicação financeira,
rendimento creditado de aplicação financeira, pagamento de despesas em dinheiro, venda à vista, compra
de material de limpeza.

2.1.2.7 Depreciação e Amortização.

Em função da convergência contábil Brasileira aos padrões internacionais, o Comitê de


Pronunciamentos Contábeis - CPC, tornou público o Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado.
Nele é estabelecido o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os usuários das
demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento da entidade em seus ativos
imobilizados, bem como suas mutações.
O conceito de depreciação é apresentado no CPC 27- Ativo Imobilizado, como a alocação sistemática
do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil econômica para a entidade, corresponde à
parcela pertencente ao período do total da diferença entre o valor do custo do ativo (ou outro valor que
substitua o custo) menos o valor residual esperado ao final de sua utilização.

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Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do
item deve ser depreciado separadamente. A depreciação é efetuada mesmo quando o valor justo do ativo
esteja temporariamente excedendo seu valor contábil e deve ser reconhecida no resultado a menos que
seja incluída no valor contábil de outro ativo.

Vida Útil de um Ativo17

Define-se a vida útil de um ativo em função da utilidade esperada deste ativo para a entidade. A
estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com
ativos semelhantes. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada
exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada.
A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo
não evitam a necessidade de depreciá-lo.
O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual, sendo que
este normalmente não é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável.

Devemos considerar os seguintes fatores na determinação da vida útil de um ativo:


- Uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo
- Desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a
manutenção do ativo enquanto estiver ocioso
- Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo
- Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo.

Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, a vida útil de um bem do ativo imobilizado é:


- O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou
- Número de entidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela
utilização do ativo

Antes de entrarmos no tópico de depreciação, vamos fazer uma breve introdução nas conas do Ativo
Não Circulante Imobilizado e Ativo Não Circulante Intangível, visto a importância dessas contas em
relação à depreciação.
- Ativo Não Circulante Imobilizado – Direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
Exemplos: Móveis e Utensílios, Imóveis, Máquinas, Equipamentos, Veículos.

- Ativo Não Circulante Intangível – Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive fundo de comércio adquirido.
Exemplo: Marcas, Softwares, Licenças e Franquias, Direitos Autorias.

De acordo com os incisos V e VI ao Art. 183 da Lei das S.A. 6.404/76


- Os direitos classificados no imobilizado serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido do saldo
da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão.
- Os direitos classificados no intangível serão avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido o
saldo da respectiva conta de amortização

A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente
nas contas de:
- Depreciação – quando corresponder à perda do valor dos direitos que tem por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência (ativo não circulante
imobilizado)

17
https://coad.jusbrasil.com.br/noticias/2280815/a-depreciacao-do-ativo-imobilizado-metodos

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43
- Amortização – quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da
propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada
(ativo não circulante intangível), ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado (ativo não circulante imobilizado)
- Exaustão – quando corresponder à perda do valor, decorrente de sua exploração, de direitos cujo
objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração (ativo não circulante
imobilizado)

Ainda de acordo com a Lei das S.A. 6.404/76, a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise
sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
- Registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir
resultados suficientes para a recuperação desse valor.
- Revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e
para cálculo de depreciação, exaustão e amortização, portanto, é possível reavaliar a vida útil econômica
estimada dos bens.

Gastos de Capital e Gastos do Período

Se referem aos gastos relacionados com os bens do ativo imobilizado. Existem despesas que podem
melhorar a utilidade de um determinado ativo ou até mesmo prolongar a sua vida útil. Esses gastos são
de dois tipos:
- Gastos de Capital: são os gastos que irão beneficiar por mais de um exercício social e deverão ser
adicionados ao valor do Ativo Imobilizado
- Gastos do Período: são os gastos que deverão ser agregados as contas de despesas do período a
que se referem, pois beneficiam apenas um exercício e são necessários para manter o Imobilizado em
condições de operar.

Depreciação

A depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil.
A depreciação consiste em considerar, como despesas ou custo do período, uma parte do valor gasto
na compra de bens de consumo duráveis utilizados nas atividades da empresa.
Esses bens serão depreciados ao longo de sua vida útil, de modo que o valor gasto na sua aquisição
seja considerado despesa ao longo dos anos de sua utilização.

Registro contábil das despesas de depreciação do período:


D – Despesas de Depreciação
C – Depreciação Acumulada

Principais causas da depreciação:


- Desgaste pelo uso: um bem usado perde substância monetária por que deixou de ser um bem no
seu estado original, mesmo que seja utilizado por um período muito cessionária “zero quilômetro” e rodar
250 km e em seguida colocá-lo à venda. Por mais que se alegue que o estado é de um carro “zero”, o
comprador sempre dirá que este veículo já está usado, ou seja, alguém já o usufruiu antes deste eventual
novo comprador. Por esta razão, o desgaste pelo uso provoca diminuição, redução perda do valor.
- Obsolescência: a obsolescência é um fenômeno que torna o bem anterior ultrapassado em função
de nova tecnologia, novo design, novo formato, novas funções. Quando se compara o bem anterior com
o bem atual, certamente, o seu valor aumentado, e, como consequência, diminui ou reduz o valor do bem
substituído por mudanças.
- Ação da Natureza: a água do mar; salinidade; a umidade excessiva, contribuem para a deterioração,
mesmo que parcial, dos bens tangíveis. Num veículo que só é usado em faixa litorânea os componentes
ferrosos se deterioram com maior rapidez. Um imóvel construído em regiões com excessiva salinidade
ou umidade sofre deterioração, que faz com que se reduza o seu valor.

Podem ser objeto de depreciação todos os bens do ativo não circulante imobilizado sujeitos a desgaste
pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive:

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- Edifícios e Construções – Nesse caso, a depreciação é cabível a partir do início da utilização do bem
quando a obra for concluída. Além disso, o valor do terreno não deve ser considerado como base de
cálculo da depreciação
- Projetos florestais destinados à exploração dos respectivos frutos.

São vedações à depreciação de acordo com a Legislação do Imposto de renda


- Terrenos, salvo em relação a benfeitorias ou construções
- Prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção de seus
rendimentos ou destinados a revenda
- Bens que normalmente aumentam valor com o tempo, como obras de arte ou antiguidades
- Bens para os quais seja registradas quota de exaustão ou quota de amortização.

A depreciação de um bem do ativo se inicia quando ele está disponível para uso. Portanto, o bem deve
estar no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração para iniciar a
depreciação.
A depreciação começa no mês em que o equipamentos estiver disponível para utilização e não no mês
em que entra em funcionamento.
Exemplo: Se uma determinada empresa adquirir um veículo para ser utilizado na entrega de
mercadorias no dia 20/01 de um determinado ano e o veículo começou a operar em 30/01 do mesmo
ano, o cálculo da depreciação deve ser considerado integralmente no mês de janeiro, apesar de o veículo
só ter operado efetivamente em dois dias.

Importante: Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado:


I- O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil
estimada.
II- O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual. Na prática, o
valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor
depreciável.
III- A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no
local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. A depreciação de um
ativo deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para ou, ainda, na data em que o
ativo é baixado, ou o que ocorrer primeiro. Portanto, a depreciação não cessa quando o ativo se torna
ocioso ou é retirado do uso normal, a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado. No entanto, de
acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto
não houver produção.
IV- Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade
principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou
comercial e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à
diminuição dos benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente,
todos os seguintes fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo:
a) Uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo
b) Desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a
manutenção do ativo enquanto estiver ocioso
c) Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo. Reduções futuras
esperadas no preço de venda de item que foi produzido usando um ativo podem indicar expectativa de
obsolescência técnica ou comercial do bem, que, por sua vez, pode refletir uma redução dos benefícios
econômicos futuros incorporados no ativo
d) Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo

Métodos de Depreciação

São métodos de depreciação, o Método Linear, Método das Soma dos Dígitos e Método de Unidades
Produzidas e Depreciação Normal ou Acelerada.

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Método de Depreciação das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha Reta.
É mais conhecido como método linear, e, provavelmente, o mais utilizado nas demonstrações
contábeis pela sua simplicidade e facilidade de compreensão. Consiste na divisão do custo total do ativo
(valor de aquisição menos valor residual estimado) pela sua vida útil estimada. Esse método ignora a
intensidade de utilização do ativo.

Exemplo:
Valor do Bem: R$ 100.000,00
Valor Residual: R$ 20.000,00
Valor Depreciável: R$ 80.000,00
Vida Útil: 5 anos
Depreciação Anual: R$ 16.000,00
Depreciação Mensal: R$ 1.333,33

Importante: Segundo a CPC 27 – Ativo Imobilizado - Valor residual de um ativo é o valor estimado que
a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já
tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil. Vida útil é:
i- O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou
ii- O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera

Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole


O método de depreciação de Cole consiste em estabelecer uma fração a ser depreciada a cada ano.
A fração terá como numerador a quantidade de depreciação que ainda precisamos fazer, incluindo a que
estamos fazendo, e o denominador será a soma numérica dos anos da vida útil.

Método de Cole Decrescente


- Soma-se os algarismos que compõem o número de anos de vida útil do bem a ser depreciado
- Multiplica-se o valor a ser depreciado a cada ano pela fração cujo denominador é a soma na fase a,
e o número para o 1º ano, é o total de anos de vida útil do bem. O numerador para o 2º ano, é o número
de vida útil do bem descontado o 1º ano já passado e assim sucessivamente.

Exemplo:
Valor do Bem: R$ 100.000,00
Valor Residual: R$ 10.000,00
Valor Depreciável: R$ 90.000,00
Vida Útil: 5 anos
Soma dos dígitos: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 (denominador)

1º ano = 5/15 x 90.000,00 = 30.000,00


2º ano = 4/15 x 90.000,00 = 24.000,00
3º ano = 3/15 x 90.000,00 = 18.000,00
4º ano = 2/15 x 90.000,00 = 12.000,00
5º ano = 1/15 x 90.000,00 = 6.000,00
Soma final dos 5 anos = 90.000,00

Método de Cole Crescente


Valor do Bem: R$ 100.000,00
Valor Residual: R$ 10.000,00
Valor Depreciável: R$ 90.000,00
Vida Útil: 5 anos
Soma dos dígitos: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 (denominador)

1º ano = 1/15 x 90.000,00 = 6.000,00


2º ano = 2/15 x 90.000,00 = 12.000,00
3º ano = 3/15 x 90.000,00 = 18.000,00
4º ano = 4/15 x 90.000,00 = 24.000,00
5º ano = 5/15 x 90.000,00 = 30.000,00
Soma final dos 5 anos = 90.000,00

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Método de Unidades Produzidas
Este método se baseia no total de unidades que devem ser produzidas pelo bem a ser depreciado.

Exemplo:
Equipamento: R$ 182.000,00
Produção no 1º ano = 800.000 peças
Produção no 2º ano = 1.20.000 peças
Estimativa de produção durante a vida útil da máquina: 30.000.000

Fórmula:
Unidades produzidas no 1º ano x 100 / pela estimativa de produção da máquina
1º Ano
800.000 x 100 = 80.000.000 / 30.000.000 = 2,67%
182.000,00 x 2,67% = 4.859,40

2º Ano
1.200.000 x 100 = 120.000.000 / 30.000.000 = 4%
182.000,00 x 4% = 7.280,00

Depreciação Normal ou Acelerada


A depreciação normal e acelerada são empregadas normalmente em empresas industriais, devido a
turnos de trabalhado com as máquinas.
A depreciação normal é empregada quando o bem for utilizado em apenas um turno, ou seja, 8 horas
diárias, sendo o cálculo realizado com base na taxa normal de depreciação. Já a depreciação acelerada
é empregada quando o bem for utilizado em mais de um turno de 8 horas diárias, devendo a taxa normal
de depreciação do bem ser multiplicada por um coeficiente, conforme tabela abaixo:

Turnos Coeficiente de Depreciação Acelerada (Art. 312 do


Regulamento do Imposto de Renda/99)
1 Turno (8 Horas) 1,0
2 Turnos (16 Horas) 1,5
3 Turnos (24 Horas) 2,0

Exemplo:
Valor do Bem: R$ 120.000,00
Turnos: 2
120.000,00 x 1,5 = 18.000,00 ao ano ou 1.500,00 ao mês

Abaixo para melhor esclarecimento, segue uma tabela resumida de acordo com o Regulamento do
Imposto de Renda, sobre a depreciação de alguns ativos e suas respectivas taxas.

DESCRIÇÃO TAXA DE DEPRECIAÇÃO AO ANO


Edificações 4%
Instalações 10%
Móveis e Utensílios 10%
Máquinas e Equipamentos 10%
Veículos 20%
Caminhões 20% a 25%
Equipamentos de Comunicação 20%
Equipamentos de Informática 20%

Amortização

A amortização corresponde a perda do valor do capital aplicado em aquisição de direitos da


propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercícios de duração limitada,
ou cujo objetos sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado, conforme Art. 183
§ 2º b, da Lei das S.A.

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Os Direitos ou Bens mais comuns sujeitos a amortização são: Patentes de Invenção, Formulas e
Processos de Fabricação, Direitos Autorais, Licenças, Autorização ou Concessões, Custo da Construções
ou Benfeitorias em Bens locados ou arredondados, ou em Bens de terceiros, quando não houver direito
ao recebimento de seu valor, o valor dos Direitos Contábeis de exploração de Florestas por prazo
determinado.
Os custos e despesas mais comuns, objetos de amortização, são: as despesas de organização pré-
operacionais ou pré-industriais, o custo de pesquisas cientificas ou tecnológicas para criação ou
aperfeiçoamento de produtos, processos, custos, despesas e outros encargos com reestruturação,
reorganização ou modernização da empresa18
Os recursos que são aplicados em direitos cujo exercício ou duração tenha prazo indeterminado não
podem sofrer amortização ou depreciação.
A taxa de amortização é função do número de exercícios sociais em que deverão ser usufruídos os
benefícios das despesas diferidas. Utiliza-se o método linear para o cálculo da taxa de amortização, que
deve ser aplicada sobre o valor amortizável.

A taxa anual de amortização será fixada tendo em vista:


- O número de anos restante do existência do direito
- O número de períodos que deverão ser usufruídos os benefícios decorrentes das despesas
registradas no Ativo Diferido.

Prazos máximos e mínimos:


- O regulamento do Imposto de Renda fixa em cinco anos o prazo mínimo de amortização para a
maioria das contas amortizáveis.
- A lei 6.404, através do parágrafo terceiro do artigo 183, estabelece que os recursos aplicados no
Ativo Diferido sejam amortizados periodicamente, em prazo não superior a dez anos, a partir do início da
operação normal ou do exercício em que passem a serem usufruídos os benefícios deles decorrentes.

Exaustão19

A exaustão corresponde à perda de valor, decorrente de sua exploração, de direitos cujo objeto seja
recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração, conforme Art. 183, §2º c, da Lei das
S.A. De acordo com a mesma Lei, os bens aplicáveis na exploração de recursos minerais e florestais
estão sujeitos a exaustão.
As máquinas e equipamentos de extração mineral ou florestal, opcionalmente, podem ser depreciados,
ao invés de exauridos.
A Legislação do Imposto de Renda estabeleceu que a quota de depreciação, registrável em cada
período de apuração, dos bens aplicados exclusivamente nas minas, jazidas e florestas, cujo período de
exploração total seja inferior ao tempo de vida útil desses bens, poderá ser determinada, opcionalmente,
em função do prazo de concessão ou do contrato de exploração, ou ainda, do volume de produção de
cada período de apuração e sua relação com a possança, ou seja, qualidade conhecida da mina ou
dimensão da floresta explorada.
Somente se sujeitam a exaustão as minas que estejam sob regime de concessão. A exploração de
recursos minerais sob a forma de arrendamento ou licenciamento não pode ser objeto de exaustão.

Exemplo:
Exaustão de recursos minerais em função de prazo de concessão.
Custo de concessão: 200.000,00
Prazo de concessão: 20 anos
Taxa de Exaustão Anual: 1/20 anos = 5% ao ano
Despesa de Exaustão (anual) = 200.000,00 x 5% = 10.000,00

Conforme o Regulamento de Imposto de Renda, só haverá exaustão de recursos florestais, quando


esgotamento dos recursos estiver previsto para terminar antes do término do prazo contratual ou quando
o prazo de exploração de recursos for indeterminado.

18
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Trabalho-De-Conclus%C3%A3o-De-Disciplina-Contabilidade/45944796.html
19
MORAES JÚNIOR, José Jayme. Contabilidade geral, contabilidade avançada e análise das demonstrações contábeis, 5ª Ed, Niterói – RJ, Impetus, 2016

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48
Exemplo:
Exploração de recursos florestais:

HIPÓTESES CARACTERISTICAS TIPO


1 Prazo Contratual < Período previsto para esgotamento dos recursos Amortização
florestais
2 Prazo Contratual > Período previsto para esgotamento dos recursos Exaustão
florestais
3 Prazo indeterminado de exploração dos recursos Exaustão
4 Projetos florestais destinados à exploração dos respectivos frutos Depreciação

Questões

1. (UFRN – Contador – COMPERVE) A vida útil econômica de um ativo é o período de tempo


definido ou estimado tecnicamente, durante o qual é esperado obter fluxos de benefícios futuros desse
ativo. Para o cálculo da vida útil econômica de um ativo, deve-se considerar
(A) a capacidade de geração de benefícios passados e futuros.
(B) a obsolescência tecnológica.
(C) o desgaste físico decorrente, exclusivamente, de fatores operacionais.
(D) o limite legal sobre a imparidade.

2. (TJ/RS – Analista Judiciário –FAURGS) O Estado do Rio Grande do Sul adquiriu um veículo nas
seguintes condições (em R$ 1,00):

Com base nesses dados, o valor da depreciação acumulada até o quinto ano será de
(A) 30.000.
(B) 33.333.
(C) 45.000.
(D) 70.000.
(E) 77.778.

3. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE) O método contábil que consiste em reduzir o valor
aplicado na aquisição de direitos de propriedade, inclusive de ativos intangíveis, cuja existência ou
prazo legal ou contratual sejam limitados, é denominado
(A) exaustão.
(B) amortização.
(C) redução ao valor recuperável.
(D) depreciação.
(E) provisão.

4. (IBGE – Analista Censitário – FGV) Certa entidade adquiriu um equipamento para ser utilizado
no serviço de diagnóstico por imagem em 01/06/2013 e o equipamento começou a ser utilizado no mês
de julho daquele ano. O equipamento só realiza um número limitado de procedimentos, por isso foi
definido que sua depreciação seria pelo método das unidades produzidas. O custo de aquisição do
equipamento foi de $ 490.000,00. O valor residual foi estimado em $ 10.000,00. O equipamento foi
concebido para produzir um número máximo de 30.000 unidades. A entidade pretende usar o
equipamento por seis anos.

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49
Nos primeiros anos, as quantidades de procedimentos realizados foram as seguintes:

Ao final do exercício de 2015, o valor da depreciação acumulada no equipamento era:


(A) 182.400,00
(B) 186.200,00
(C) 200.000,00
(D) 204.166,67
(E) 216.000,00

5. (CRM/MG – Contador – FUNDEP (Gestão de Concursos) Analise a situação hipotética a seguir.


A empresa OVITIS Ltda. adquiriu em 2 de abril de 2015 uma aeronave por R$ 2.000.000,00. Sabe-se
que as duas turbinas representam 45% do custo total, possuindo uma vida útil de 10 anos e valor residual
de R$ 100.000,00. A estrutura da aeronave possui uma vida útil de 20 anos e valor residual de R$
100.000,00.
Considerando essa situação, assinale a alternativa CORRETA.
(A) A depreciação acumulada em 2016 foi de R$ 227.500,00.
(B) A despesa de depreciação em 2015 foi de R$ 130.000,00.
(C) A despesa de depreciação das turbinas em 2015 foi de R$ 80.000,00.
(D) A despesa de depreciação das turbinas em 2016 foi de R$ 50.000,00.

6. (Gás Brasiliano – Contador Júnior – IESES) O montante pelo qual o ativo está reconhecido no
balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e
ajuste para perdas é reconhecido como:
(A) Valor justo.
(B) Valor Recuperável.
(C) Unidade Geradora de Caixa.
(D) Valor Contábil.

7. (Fundação Hemocentro de Brasília/DF – Técnico Administrativo – IADES) A depreciação é


uma característica comum aos equipamentos, às máquinas e às instalações das organizações. Com
base nisso, assinale a alternativa correta quanto ao modelo de curva que não contempla o estado de
conservação de um bem em seu cálculo.
(A) Índice de criticidade.
(B) Método da linha reta.
(C) Método de Cole.
(D) Hélio de Caires.
(E) Método de Ross-Heidecke.

8. (EBSERH – Analista Administrativo – Instituto AOCP) A depreciação é a diminuição parcelada


de valor que sofrem os bens de uso da empresa. Nesse sentido, assinale alternativa que apresente as
três causas que justificam a depreciação.
(A) Ação do tempo, limitação do bem e corrosão.
(B) Desgaste pelo uso, ação do tempo e obsolescência.
(C) Obsolescência, corrosão do bem e taxa de depreciação.
(D) Desgaste do bem, uso inadequado do bem e limitação do bem.
(E) Uso inadequado do bem, manutenção do bem e ação do tempo.

Gabarito

01. B / 02. D / 03. B / 04. A / 05. A / 06. D / 07. B / 08. B

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50
Comentários

1- Resposta: B
CPC 27
56. Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade
principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou comercial
e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à diminuição dos
benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente, todos os seguintes
fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo:
(a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo; Alternativa A errada - só trata de benefícios futuros e não passados.
(b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a
manutenção do ativo enquanto estiver ocioso; Alternativa B certa - Obsolescência Tecnológica
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo. Reduções futuras
esperadas no preço de venda de item que foi produzido usando um ativo podem indicar expectativa de
obsolescência técnica ou comercial do bem, que, por sua vez, pode refletir uma redução dos benefícios
econômicos futuros incorporados no ativo; Alternativa C errada - desgaste ocioso também conta.
(d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo. Alternativa D errada - Não fala nada sobre imparidade

2- Resposta: D
A questão pediu a depreciação pelo Método da Soma dos Dígitos dos Anos (ou Método de Cole)
Soma dos Dígitos dos Anos = 1+2+3+4+5+6+7+8+9 = 45
Valor depreciável = 100.000 - 10.000 = 90.000
1o ano = 9/45 * 90.000 = 18.000
2o ano = 8/45 * 90.000 = 16.000
3o ano = 7/45 * 90.000 = 14.000
4o ano = 6/45 * 90.000 = 12.000
5o ano = 5/45 * 90.000 = 10.000
Depreciação acumulada = 18.000 + 16.000 + 14.000 + 12.000 + 10.000 = 70.000

3- Resposta: B
Lei 6404 Art. 183 § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será
registrada periodicamente nas contas de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da
propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada,
ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo
objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

4- Resposta: A
Dados:
Custo de aquisição = 490.000
Quantidade max de produção (vida útil) = 30.000 unidades
Valor residual = 10.000
Quantidade produzida até 2015 = 11.400 unidades

Depreciação acumulada = [(Custo de aquisição - valor residual) / vida útil] x quant. Produzida
= [(490.000 - 10.000]/30.000] x 11.400
= [480.000/30.000] x 11.400
= 16 x 11.400
= 182.400 de depreciação acumulada do ativo imobilizado

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5- Respostas: A
TURBINAS
Valor Contábil = R$ 2.000.000 * 45% = R$ 900.000
Valor Depreciável = Valor Contábil - Valor Residual = R$ 900.000 - R$ 100.000 = R$ 800.000
Depreciação Anual = R$ 800.000 / 10 anos = R$ 80.000 / ano
Depreciação 2015 = (R$ 80.000 / 12 meses) * 9 quotas = R$ 60.000
*A aeronave foi adquirida em abril de 2015, portanto em 2015 teremos apenas 9 meses de
depreciação.
Depreciação 2016 = R$ 80.000
ESTRUTURA DA AERONAVE
Valor Contábil = R$ 2.000.000 * 55% = R$ 1.100.000
Valor Depreciável = Valor Contábil - Valor Residual = R$ 1.100.000 - R$ 100.000 = R$ 1.000.000
Depreciação Anual = R$ 1.000.000 / 20 anos = R$ 50.000 / ano
Depreciação 2015 = (R$ 50.000 / 12 meses) * 9 quotas = R$ 37.500
*A aeronave foi adquirida em abril de 2015, portanto em 2015 teremos apenas 9 meses de
depreciação.
Depreciação 2016 = R$ 50.000
CORRETO - a) A depreciação acumulada em 2016 foi de R$ 227.500,00. (R$60.000 + R$37.500 + R$
80.000 + R$ 50.000 = R$227.500)

6- Resposta: D
Custo de Aquisição
(-) Depreciação, Amortização, Exaustão
(-) Ajustes P/ Perdas
(=) Valor Contábil Líquido

7- Resposta: B
Método da linha reta: consiste em se apurar uma despesa constante durante a vida útil do ativo

8- Resposta: B
Lei 6404 Art. 183 § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será
registrada periodicamente nas contas de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos
sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

2.1.2.8 Princípio da Competência: introdução, ajustes em contas de despesas e


de receitas, regimes contábeis.

REGIMES CONTÁBEIS20

Nos tempos atuais, fala-se e utiliza-se, até com muita ênfase, dos chamados “Princípios Contábeis e
Convenções Contábeis Geralmente aceitos” que na realidade, também são chamado regimes contábeis
de escrituração, que podem ser conceituados como premissas básicas acerca dos fenômenos refletidos
pela contabilidade e que são a cristalização de análise e observações.
O campo de atuação da contabilidade é exercido através da escrituração pelas instituições e entidades
dos mais diversos ramos de atividade, sejam elas de finalidade lucrativa ou não, procurando captar e
evidenciar as variações ocorridas na estrutura patrimonial e financeira, em face das decisões da
administração e também das variáveis exógenas que escapam ao controle e ao poder de decisão da
administração.

Princípios

Dentro desse contexto, pode-se verificar com clareza que dentre as variáveis que mais têm
preocupado os administradores, uma é a inflação e outra, a grande divergência de preços existentes,
especificamente nos bens e serviços.

20
HELIO KOHAMA. Contabilidade Pública: teoria e prática – 12 ed. São Paulo: Atlas, 2012.

Apostila gerada especialmente para: Lucia Maria 199.451.208-32


52
Vivenciando no âmbito dessa complexa realidade, o observador analisa e estuda as principais
características do sistema contábil e chega a certas conclusões quanto ao seu funcionamento. Tais
conclusões, se geralmente aceitas pela classe contábil, acabam por tornar-se “princípios” os quais toda
a pratica contábil e também de auditoria contábil passam a adotar.
Portanto, para que um princípio se transforme de conclusões de funcionamento analisadas e
estudadas por observador, para ser geralmente aceito e consequentemente incorporado à doutrina
contábil, necessário se torna que seja, no consenso profissional, considerando de utilidade e
perfeitamente praticável, além de estar adequado à realidade contábil.
É óbvio que todo o princípio adaptado a certa realidade prática factível deve, como consequência,
sofrer nova análise e estudo dessa realidade toda vez que se verifiquem alterações significativas que
indiquem a necessidade de revisão para melhor adaptá-lo a uma nova realidade, num processo dinâmico
que, além de necessário, parece-nos ideal e lógico.
O processo evolutivo exposto, conquanto seja necessário, nem sempre é seguido. É sabido que alguns
dos princípios e convenções, ainda que geralmente aceitos, tiveram sua origem em épocas passadas,
quando as condições sociais e institucionais eram reconhecidamente diferentes das que hoje vigoram e,
no entanto, continuam sendo aceitos, na maioria dos casos, mais pro tradição e conservadorismo do que
pela convicção de sua extrema validade.

Regimes

Aqueles princípios considerados de profunda validade, e que têm conseguido ultrapassar a análise e
estudo feitos em atendimento ao processo evolutivo relatado, transformam-se em utilidades perenes, de
uso constante e até obrigatório, passando a constituir-se em regime.
Por conseguinte, regime contábil define-se como um sistema de escrituração contábil. Pressupõe-se
portanto, que os regimes contábeis de escrituração tenham sido considerados uteis pelo consenso
profissional, de tal sorte que o seu uso seja constante e até obrigatório.

Regime de Caixa
Podemos dizer que é aquele em que, como norma geral, a receita é reconhecida no período em que
é arrecadada e a despesas paga nesse mesmo período. Portanto, regime de caixa e o que compreende,
exclusivamente, todos os reconhecimentos e pagamentos efetuados no exercício, mesmo aqueles
relativos a períodos contábeis anteriores.
Pelo regime de caixa, tanto as receitas por arrecadar, ainda que lançadas, como as despesas
empenhadas e as liquidadas, porém não pagas, devem ser transferidas para o orçamento do exercício
financeiro seguinte, fazendo parte integrante dele, sem deixar resíduos ativos ou passivos, como
curiosidade, informamos que esse regime é adotado na Inglaterra.

Regime de Competência
Define-se como, em resumo, aquele em que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios
de acordo com a real inocorrência, isto é de acordo com a data do fato gerador, e não quando são
recebidos ou pagãos em dinheiro. Pelo regime de competência, toda receita e toda despesa do exercício
pertencem ao próprio exercício, embora já emprenhadas; uma vez terminada a vigência do orçamento,
passam para o exercício seguinte, a fim de serem arrecadadas ou pagas, continuando, entretanto, a
pertencer ao orçamento que lhes deu origem.
Desse modo, a receita lançada e não arrecada no exercício é considerada como receita desse
exercício, passando a constituir resíduos ativos cobrados em anos posteriores na conta receita a
arrecadar, assim como a despesa legalmente empenhada e não paga dentro do exercício é considerada
despesa desse exercício, passado a constituir resíduos passivos, que serão pagãos em exercícios
posteriores, como restos a pagar. Também como curiosidade, podemos dizer que este regime é adotado
na Itália.

Regime Contábil Adotado no Brasil


A questão relativa ao regime contábil adotado no Brasil, em razão da legislação existente, como sejam,
a Lei 4.320/64 que estatui normas de Direito financeiro para elaboração e controle dos Orçamentos e
Balanços da União, dos Estado, dos Municípios e do Distrito Federal e, a Lei Complementar n° 101/2000,
que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade de gestão fiscal, está
sendo o objeto de apresentação de nova interpretação dos conceitos e, consequentemente, dos
procedimentos contábeis. As normas gerais, que mencionamos, são editadas pela Secretaria do Tesouro

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53
Nacional do Ministério da Fazenda (STN/MF) e Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (SOF/MPOG).

As normas gerais, editadas introduziram um novo entendimento no reconhecimento da Receita, e


consiste:
I) no reconhecimento da receita, sob o enforque orçamentário
A Lei 4.320/64, em seu art. 35 diz:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Segundo as normas gerais mencionadas, diz:


Na realidade o art.35, refere-se ao regime orçamentário e não ao regime contábil, pois a contabilidade
é tratada em título específico, no qual determina-se que as variações patrimoniais devem ser
evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária;
O reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento da arrecadação, conforme o artigo 35,
da lei 4.320/64 e decorre do enfoque orçamentário dessa lei, que determina o reconhecimento da receita
sob a ótica de caixa e deve observar os Princípios Fundamentais da Contabilidade.”21

II) no reconhecimento da receita sob o enfoque patrimonial


O reconhecimento da receita sob o enfoque patrimonial, consiste na aplicação dos Princípios
Fundamentais de Contabilidade para o reconhecimento da variação ativa ocorrida no patrimônio, em
contrapartida ao registro de direito no momento da ocorrência do fato gerador, antes da efetivação do
correspondente ingresso de disponibilidades.”22
Deve-se observar que, a “contabilidade, evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária,
financeira, patrimonial e industrial”23, por isso, além do registro dos fatos ligados à execução financeira e
patrimonial, de maneira que os fatos modificativos sejam levados à conta de resultados e que elas
permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros. Neste
sentido, as normas editadas especificam que as “variações patrimoniais serão reconhecidas pelo regime
de competência patrimonial, visando garantir o reconhecimento de todos os ativos e passivos das
entidades que integram o setor público, conduzir a contabilidade do setor público brasileiro aos padrões
internacionais e ampliar a transparência sobre as contas pública”.24

Importante: o reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento da arrecadação, conforme


art. 35 da Lei 4.320/64 e decorre do enfoque orçamentário dessa lei, tendo por objetivo evitar que a
execução da despesa orçamentária ultrapasse a arrecadação efetiva.

Pode-se inferir pelas descrições que a contabilidade aplicada ao setor público efetua o registro
orçamentário da receita, sob o enfoque orçamentário atendendo ao disposto na Lei 4.320/64, que
determina o reconhecimento da receita sob a ótica de caixa.
No que se refere às despesas orçamentária, o art. 35 da Lei 4.320/64, ao dispor em seu inciso II, que
pertencem ao exercício financeiro, as despesas nele legalmente empenhadas especificou que as
despesas orçamentárias, devem ser registradas pelo regime de competência.
No entanto, há que se destacar que o art. 35 refere-se ao regime orçamentário e não ao regime
contábil, pois a contabilidade é tratada em título específico, no qual determina-se que as variações
patrimoniais devem ser evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da execução
orçamentária.
Portanto, com o objetivo de evidenciar os fatos modificativos do patrimônio, deve haver o registro da
receita sob o enfoque patrimonial (variação patrimonial aumentativa) em função do fato gerador, em
obediência aos princípios da competência e da oportunidade.
Fica claramente evidente que a contabilidade aplicada ao setor público, ao proceder o registro da
receita orçamentária sob o enforque patrimonial o faz através do reconhecimento da receita sob o regime
de competência.
E a despesa orçamentária, conforme ficou demonstrado, deve ser registrada pelo regime de
competência. Finalmente pode-se dizer que no Brasil, Contabilidade Aplicada ao Setor Público obedece

21
Manual de Receita Nacional
22
Manual de Receita Nacional
23
Artigo 89, da Lei n° 4.320/64
24
Art. 6, da Protaria Conjunta STN/SOF n° 4, de 30-11-2010.

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aso princípios fundamentais de contabilidade. Podemos dize que o reconhecimento da receita e despesa
orçamentária, em relação ao reconhecimento do regime contábil, deve ser entendido:
a) sob o enfoque orçamentário: entende-se que o regime contábil é misto, pois, a receita orçamentária
é reconhecida pelo regime de caixa, e a despesa orçamentária é reconhecida pelo regime de
competência;
b) sob o enfoque patrimonial: entende-se que a receita orçamentária e a despesa orçamentária são
reconhecidas pelo regime de competência.

Questões

01. (TCE/PA - Analista de Controle Externo - AOC) No que se refere aos registros contábeis na
Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Devem atender as regras do Manual Técnico de Contabilidade Aplicado ao Setor Público.
(B) São efetuados com base, principalmente, na Lei 4.320/64, do Decreto 93.872/86 e na Lei
Complementar 101/00.
(C) Devem ser obedecidas as Resoluções editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade: Princípios
Fundamentais de Contabilidade Aplicados ao Setor Público; Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público.
(D) A escrituração é realizada com base no método da partidas dobradas.
(E) Adota o regime contábil misto, ou seja, regime de competência para as receitas e de caixa para as
despesas.

02. (CRF/DF – Analista I – ADES) No regime de competência, apropriar uma despesa significa
(A) receber crédito de venda.
(B) pagar despesa vencida.
(C) reconhecer a ocorrência do fato gerador independente de efetuado o pagamento.
(D) contrair empréstimo de curto prazo.
(E) desembolsar valores para pagamento de obrigações contraídas.

03. (UECE – Técnico em Contabilidade – FUNECE) O regime contábil, segundo o qual as transações
devem ser registradas nos períodos a que se referem, independentemente de recebimento ou
pagamento, denomina-se regime de
(A) caixa.
(B) competência.
(C) caixa para as receitas.
(D) competência para as despesas.

04. (IF Sertão/PE – Técnico em Contabilidade – IF Sertão/PE) Preencha os espaços e em seguida


assinale a única alternativa correta:

(1) REGIME DE CAIXA


(2) REGIME DE COMPETÊNCIA
(3) REGIME DE CAIXA
(4) REGIME DE COMPETÊNCIA

( ) A receita será contabilizada no período em que for gerada, independentemente do seu recebimento.
( ) A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja, quando sair dinheiro do caixa
(desembolso).
( ) A receita será contabilizada no momento do seu recebimento, ou seja, quando entrar dinheiro no
caixa (encaixe).
( ) A despesa será contabilizada como tal no período em que for consumida, incorrida, utilizada
independentemente do pagamento.

A única alternativa que preenche corretamente todos os espaços anteriores é:

(A) 1, 2, 3 e 4
(B) 2, 1, 3 e 4
(C) 3, 2, 4 e 1

Apostila gerada especialmente para: Lucia Maria 199.451.208-32


55
(D) 2, 4, 3 e 2
(E) 2, 1, 4 e 3

Gabarito

01. E / 02. C / 03. B / 04. B

Comentários

01. Resposta: E
A Contabilidade Pública adota o Regime Contábil Misto, onde utiliza o Regime de Caixa para as
Receitas e o Regime de Competência para as Despesas.
A previsão do Regime Contábil Misto está previsto na Lei 4.320/64 e na Lei de Responsabilidade Fiscal
Lei 101/00.
Lei 4.320/64: Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Lei 101/00: Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das
contas públicas observará as seguintes:(...)
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência,
apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;(...)

02. Resposta: C
Define-se como, em resumo, aquele em que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios
de acordo com a real inocorrência, isto é de acordo com a data do fato gerador, e não quando são
recebidos ou pagãos em dinheiro.

03. Resposta: B
Define-se como, em resumo, aquele em que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios
de acordo com a real inocorrência, isto é de acordo com a data do fato gerador, e não quando são
recebidos ou pagãos em dinheiro.

04. Resposta: B
Regime de Caixa: Podemos dizer que é aquele em que, como norma geral, a receita é reconhecida
no período em que é arrecadada e a despesas paga nesse mesmo período. Portanto, regime de caixa e
o que compreende, exclusivamente, todos os reconhecimentos e pagamentos efetuados no exercício,
mesmo aqueles relativos a períodos contábeis anteriores.
Regime de Competência: Define-se como, em resumo, aquele em que as receitas e as despesas são
atribuídas aos exercícios de acordo com a real inocorrência, isto é de acordo com a data do fato gerador,
e não quando são recebidos ou pagãos em dinheiro. Pelo regime de competência, toda receita e toda
despesa do exercício pertencem ao próprio exercício, embora já emprenhadas; uma vez terminada a
vigência do orçamento, passam para o exercício seguinte, a fim de serem arrecadadas ou pagas,
continuando, entretanto, a pertencer ao orçamento que lhes deu origem.

2.1.2.9 Demonstrações Financeiras.

As Demonstrações Contábeis são uma representação monetária, estruturada, da posição patrimonial


e financeira de uma entidade. Representada através de determinado período, por meio das transações
realizadas pela entidade. No qual tem como objetivo, de modo geral, fornecer informações sobre a
posição patrimonial, financeira e de resultados da entidade.
Assim fazem parte das demonstrações contábeis os seguintes itens:
a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração de Resultado do Exercício;
c) Demonstração do Resultado Abrangente;
d) Demonstração do Fluxo de Caixa;
e) Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido;
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56
f) Demonstração do Valor Adicionado – se exigida regularmente por algum órgão regulador;
g) Notas explicativas às Demonstrações Contábeis.

Informações muito úteis para o processo de tomada de decisões, assim como para uma ampla
variedade de usuários como: sócios/acionistas, governo, investidores, dentre outros.

Balanço Patrimonial25

O Balanço Patrimonial, dentre todas as demonstrações contábeis, é uma das mais importantes para
desvendar e evidenciar, quantitativa e qualitativamente o patrimônio de uma empresa, haja vista que,
todas as informações que são reveladas e as decisões estratégicas que eventualmente são tomadas,
advém dele. Contudo, trata-se de uma informação estática, e que pode ser modificada no dia seguinte de
sua divulgação, por ser elaborado de acordo com determinado período.

Dica: A Estática Patrimonial é o estudo do patrimônio quando considerado sem movimento, em um


determinado momento, ou seja, nos seus elementos, nos componentes e nos valores. Procura ainda
demonstrar num dado momento a estrutura e a composição patrimonial da empresa.

A legislação preconiza a elaboração e fechamento do balanço patrimonial no último dia do exercício


da empresa, para atender a legislação fiscal, instituição financeira ou terceiros. Porém pode ser elaborado
mensalmente ou semestralmente de acordo com sua necessidade.
Ressaltando que quando, em circunstâncias excepcionais, a data do exercício social de uma entidade
mudar e as demonstrações contábeis forem apresentadas por um período mais longo ou mais curto que
um ano, deve-se divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações contábeis, as seguintes
informações:
- Livro Razão26 para um período diferente de um ano; e
- O fato de que os valores comparativos entre os períodos apresentados para as demonstrações do
resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa (ou das origens e aplicações de
recursos), bem com as notas explicativas relacionadas a essas demonstrações, não são comparáveis.

A legislação determina que, no balanço, as contas sejam classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registram, agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira
da entidade.
O balanço patrimonial é composto e representado graficamente pelos seguintes grupos de contas:
a) Ativo: que compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela
entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos
b) Passivo: que compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com
terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para sua liquidação
c) Patrimônio Líquido: que compreende os recursos próprios da Entidade, onde seu valor é a
diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo.

Dica: Cabe ressaltar que a elaboração do Balanço Patrimonial ocorre após o fechamento das contas
de resultado, através da Demonstração de Resultado do Exercício, que será estudada no próximo tópico.

Ativo27
Compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade,
capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos.

- Ativo Circulante: São todas as contas que espera-se que sejam realizadas ou consumidas durante
o curso do exercício social seguinte a apresentação do Balanço Patrimonial.
a) Disponibilidades (também chamada de Caixa e Equivalentes de Caixa) - as principais contas que
encontramos neste grupo são o Caixa (caixa físico, dinheiro, cédulas e moedas), os saldos de contas
correntes e as aplicações financeiras de liquidez imediata (àquelas que possam ser convertidas em
dinheiro e que estejam sujeitas a um risco insignificante, no prazo máximo de 90 dias);

25
RODRIGUES, Adenir Ortiz; PROENÇA, André Eduardo de; BUSCH, Cleber Marcel; GARCIA, Edino Ribeiro; TODA, William Haruo – Planejamento Contábil e
Reorganização Societária – 2ª ed. São Paulo: IOB, 2013
26
O Livro Razão é fundamental para processo contábil e exigido por legislação para empresas tributadas pelo Imposto de Renda. Este livro agrega as contas
patrimoniais do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, contas de ativo, passivo e patrimônio líquido e também de receitas e despesas.
27
http://contadores.cnt.br/noticias/artigos/2016/07/11/classificacao-de-ativos.html

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57
b) Contas a Receber - neste grupo são reunidas, principalmente, as contas que representam direitos
de receber por vendas ou serviços prestados relacionados ao Objeto Social da empresa, isto é, a atividade
operacional da empresa. Suas contrapartidas são contas de resultados, que são registradas não no
Balanço Patrimonial, mas encerradas na Demonstração de Resultados do Exercício. Também é comum
visualizarmos neste grupo a conta “provisão para devedores duvidosos – uma conta redutora do ativo
circulante”, que representam, grosso modo, aquelas duplicatas ou faturas que a empresa percebe que
dificilmente conseguirá receber;
c) Estoques - os estoques alocados no Ativo Circulante são essencialmente os estoques de
mercadorias, materiais de uso e consumo, matérias primas, produtos em fabricação e produtos acabados.
Entretanto, nada impede que a empresa constitua outros tipos de estoques;
d) Títulos, Valores Mobiliários e Bens - neste grupo devem ser alocadas as aplicações financeiras não
alocadas em Disponibilidades e com prazos de vencimento/resgate até o fim do exercício seguinte a data
de apresentação do Balanço; e os ativos destinados à venda, que não sejam estoques e espera-se que
sejam realizados no curso do exercício seguinte à apresentação do balanço;
e) Despesas Antecipadas - aqui devem ser alocadas todas as contas que representam pagamentos
efetuados por serviços ainda não recebidos ou consumidos integralmente, e que o serão
(presumidamente) pagas ao longo do próximo exercício, por exemplo: seguros pagos à vista, mas que
ainda possui vigência por meses seguintes;
f) Ativos Especiais - aqui se alocam aqueles ativos que geram ou podem gerar benefícios econômicos
para a empresa, como exemplos deste tipo de ativo: os direitos de transmissão de um filme, os direitos
de uso de um software, a seção de direitos autorais, etc.

- Ativo Não Circulante: São incluídos todos os bens de natureza duradoura destinados ao
funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com
essa finalidade.
a) Ativo Realizável a Longo Prazo - neste grupo são classificados os ativos com mesma natureza dos
Ativos Circulantes, mas que, entretanto, serão realizados ou consumidos apenas após o término do
exercício seguinte à apresentação do Balanço. Vale ressaltar que sua classificação é residual em relação
aos demais grupos de contas do Ativo Não Circulante, ou seja, classificam-se aqui os ativos que não
puderem ser classificados nos demais grupos do Ativo Não Circulante (Investimentos, Imobilizado e
Intangível) e apenas se não puderem ser classificados neles;

Dica sobre Ativo Realizável a Longo Prazo: Vale destacar que, quando ocorrer empréstimos da
companhia para sócios ou acionistas, independente do seu prazo de pagamento, o mesmo deve ser
classificado como Ativo Realizável a Longo Prazo, por não constituírem negócios usuais na exploração
do objeto da companhia, conforme definido pelo Art. 149 Item II da Lei 6.404/76.

b) Investimentos - neste grupo devem ser classificados os imóveis que a empresa eventualmente
possua com a finalidade de locação ou valorização e as participações em sociedades coligadas,
controladas e controladas em conjunto;
c) Imobilizado - aqui devem ser alocadas todas as contas que representem bens materiais (corpóreos,
tangíveis) que sejam mantidos pela empresa com a finalidade de produção ou fornecimento de
mercadorias e serviços, para locação, ou para fins administrativos, e que se espera utilizar para além do
exercício seguinte à apresentação do balanço. São exemplos: terrenos, edifícios, máquinas e
equipamentos, móveis e utensílios, veículos, instalações, computadores, etc. Por determinação do
(Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC 06 (R2) – Operações de Arrendamento Mercantil, devem-
se alocar aqui também os arrendamentos financeiros;
d) Intangível - neste grupo devem ser alocados os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
ligados à manutenção da empresa ou exercidos com esta finalidade, inclusive, o fundo de comércio.

Passivo
Compreende os saldos das obrigações devidas pela empresa.

- Passivo Circulante28: São as obrigações da empresa, inclusive financiamentos para aquisição de


bens e direitos do Ativo Não Circulante, cujo vencimento ocorrerá no exercício seguinte, incluindo dívidas
com fornecedores, matéria prima, tributos a pagar, aluguel, água, energia elétrica, etc.

28
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/passivo-circulante.htm

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58
a) Obrigações com funcionários: relativas a salários, participações nos resultados, férias a pagar,
abonos pecuniários e outras verbas de natureza trabalhista
b) Provisões: de Férias e 13º Salário, incluindo os respectivos encargos sociais e adicional de 1/3 de
férias
c) Obrigações Tributárias: inclusive parcelas a vencerem a curto prazo relativas a programas de
refinanciamento de dívidas fiscais e previdenciárias (como o REFIS), FGTS e outros encargos de natureza
tributária, incluindo multa e juros
d) Fornecedores: (incluindo juros, multas e outras obrigações contratuais, pelo regime de
competência)
e) Instituições Financeiras: empréstimos, financiamentos e saldos devedores bancários, incluindo
cheques pré-datados e valores dos limites de crédito de contas correntes utilizadas
f) Créditos: de sócios, acionistas, diretores e empresas coligadas e controladas, quando sua liquidação
estiver estipulada para o exercício seguinte

- Passivo Não Circulante29: São escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos


para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte.
Normalmente tais obrigações correspondem a valores exigíveis a partir do 13º mês seguinte ao do
exercício social.
a) Instituições Financeiras: parcelas de empréstimos e financiamentos, incluindo os respectivos juros
e encargos contratuais decorridos, vencíveis após o exercício seguinte ao do fechamento de balanço (ou
seja, a partir do 13º mês do encerramento do exercício);
b) Créditos: de sócios, acionistas, diretores e empresas coligadas e controladas, quando sua
liquidação estiver estipulada após o exercício seguinte;
c) Obrigações Tributárias de Longo Prazo: incluindo parcelas relativas a programas de
refinanciamento de dívidas fiscais e previdenciárias (como o REFIS), acrescidos dos encargos legais
previstos pelo regime de competência;
d) Debêntures e outras obrigações: as contratuais exigíveis após o exercício seguinte;
e) Receitas Diferidas: menos os custo e despesas relativas às respectivas receitas (antigo
agrupamento de Resultados de Exercícios Futuros), incluindo as receitas à prazo ou em prestações de
unidades imobiliárias em construção.

- Patrimônio Líquido: Corresponde à riqueza de uma organização, o que ela possui descontadas as
contas que precisa pagar. Ele representa a fonte interna de recursos da empresa e o quanto seus
proprietários têm investido na companhia. Contabilmente corresponde à diferença ativos totais e passivos
exigíveis.
a) Capital Social - discrimina o montante subscrito e a parcela ainda não realizada por sócios e
acionistas;

Dica sobre Capital Social: A Conta Capital a Integralizar é a parcela da subscrição de capital que
sócio da empresa ainda deverá pagar, isto é, que ainda não foi colocada na empresa. Por isso é uma
Conta redutora do Capital Social.

b) Reservas de Capital - são recursos obtidos pela empresa que não possuem vínculo com a formação
de lucro. São decorrentes, por exemplo, do reembolso ou compra de ações, da incorporação ao capital e
do pagamento de dividendos a ações preferenciais, dentro outros;
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial - as contrapartidas de aumentos ou diminuições de elementos do
ativo e do passivo que não foram computadas no exercício, em decorrência da sua reavaliação, desde
que sigam as regras legais;
d) Reservas de Legal- valores da apropriação de parte dos lucros em decorrência da lei ou da vontade
do proprietário;
e) Ações em Tesouraria - é uma conta redutora do patrimônio líquido que registra o valor das ações
da companhia adquiridas pela própria empresa;
f) Prejuízos Acumulados - registros de prejuízos acumulados e ainda não cobertos.

29
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/passivo-nao-circulante.htm

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59
Exemplo de Balanço Patrimonial:
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo
Investimentos PATRIMÔNIO LIQUIDO
Imobilizado Capital Social
Intangível Reserva de Capital
Ajuste de Avaliação Patrimonial
Reserva de Lucros
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados

DICA: O Balanço Patrimonial e sua estrutura está discriminado na Lei das S.A. - Lei 6404/76 Artigo
178 SEÇÃO III.

Questões

01. (Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal - CESPE/2018) Previstas na Lei n.º 6.404/1976,
as demonstrações contábeis obrigatórias para sociedades anônimas incluem o balanço patrimonial (BP)
e a demonstração do resultado do exercício (DRE). Acerca desses demonstrativos, julgue o item seguinte.
O BP apresenta as contas de resultado da entidade, correspondentes a um exercício financeiro
coincidente com o ano civil.
( ) Certo ( ) Errado

02. (Polícia Federal - Agente de Polícia Federal - CESPE/2018) Com base nessas informações,
julgue o item que segue.

As contas do ativo dessa empresa somam R$ 500.000.


( ) Certo ( ) Errado

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60
03. (COMPESA - Assistente de Saneamento e Gestão - FGV/2018) Assinale a opção correta em
relação aos elementos do Balanço Patrimonial.
(A) O ativo inclui todos os bens e os direitos de uma entidade.
(B) O passivo é evidenciado de acordo com a ordem crescente de liquidez.
(C) O patrimônio líquido é o investimento integralizado na entidade pelos acionistas.
(D) O ativo total é sempre maior do que o passivo total.
(E) O ativo e o passivo são divididos em circulante e em não circulante.

Gabarito

01.Errado / 02.Certo / 03.E

Comentários

01. Resposta: Errado


A legislação determina que, no balanço, as contas sejam classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registram, agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira
da entidade.
O balanço patrimonial é composto e representado graficamente pelos seguintes grupos de contas:
Ativo: que compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela
entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos
Passivo: que compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros,
resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para sua liquidação
Patrimônio Líquido: que compreende os recursos próprios da Entidade, onde seu valor é a diferença
positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. Ou seja, as contas Patrimoniais.

02. Resposta: Certo


Caixa e Equivalentes R$ 10.000,00
Duplicatas a Receber R$ 80.000,00
Estoques R$ 50.000,00
Máquinas R$ 100.000,00
Terrenos R$ 160.000,00
Marcas e Patentes R$ 100.000,00
TOTAL R$ 500.000,00

03. Resposta: E
O Ativo está divido em Ativo Circulante e Não Circulante assim como no Passivo.

Demonstração do Resultado do Exercício30

É na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que aparecerão todas as contas de Receitas e


Despesas do período, que são contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão com
seus saldos zerados.
A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica da entidade em um determinado período por
meio da apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo)
Além disso, a DRE é uma demonstração dedutiva e dinâmica, mostrando o cálculo do resultado do
exercício, enquanto o Balanço Patrimonial é uma é uma demonstração estática, pois mostra a situação
patrimonial em um dado momento.
Portando, a demonstração do resultado destina-se a evidenciar a composição do resultado formado
em determinado período de operações da entidade. As demonstrações do resultado do período devem,
no mínimo, obedecer as determinações legais e as seguintes rubricas:

Receitas
Receita Operacional Bruta: é a somatória de todas as vendas ou serviços que foram efetuados e que
tenham sido faturados, ou seja, que tenham gerado a emissão de uma nota fiscal em determinado
período, obedecendo ao princípio da competência.
30
MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus,
2016.

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61
Dedução da Receita Bruta: são representadas pelas contas de devolução (vendas canceladas),
abatimentos, descontos comerciais e impostos incidentes sobre venda de produtos ou serviços. Para
efeito de análise, as receitas não são demonstradas de forma líquida, ou seja, registram-se as receitas
na forma bruta e, em separado, suas respectivas deduções:
- Devolução ou Vendas Canceladas: correspondem à anulação de valores registrados como receita,
decorrentes do cancelamento de vendas, devoluções totais ou parciais, quebras ou avarias na mercadoria
vendida, pela não concretização da entrega dos produtos ou pela má qualidade na prestação de serviços.
- Abatimentos: também conhecidos como descontos incondicionais, são concedidos aos clientes
quando, após a entrega do produto, este apresenta defeitos de qualidade, caracterizados por quebras ou
avarias, por exemplo. Esses descontos não podem ser confundidos com descontos financeiros, nem
tampouco com descontos de preço de venda (promoções).
- Impostos Incidentes sobre Vendas de Produtos e Prestação de Serviços: também serão deduzidos
da receita bruta, pois são os que guardam proporcionalidade com o preço da venda efetuada ou do serviço
prestado. São exemplos de impostos incidentes sobre o faturamento: IPI - Imposto sobre produtos
Industrializados (União); PIS - Programa de Integração Social (União); COFINS - Contribuição para
Financiamento da Seguridade Social (União); ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação
de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal, de
Comunicação e Energia Elétrica (Estado); ISSQN - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
(Município).
Receita Operacional Líquida: Constitui a base de cálculo para a análise das receitas efetivamente
realizadas pela empresa em determinado período. Evidencia o valor da venda líquida de bens e serviços,
oriundos da atividade da empresa, subtraindo as deduções incidentes sobre a receita bruta (faturamento).

Custos dos Produtos, das Mercadorias ou dos Serviços Vendidos


Os custos a serem atribuídos como CMV, CSP ou CPV no exercício devem ser correspondentes às
receitas de vendas dos produtos e serviços reconhecidos como tal no mesmo período, obedecendo ao
princípio da competência.

Cálculo do Custo da Mercadoria Vendida – CMV


CMV= EI + C – EF

Onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final (inventário final)

Cálculo do Custo do Serviço Prestado (CSP)


CSP = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi

Onde:
CSV = Custo dos Serviços Vendidos
Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos
GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontratações, etc.) aplicados nos serviços
vendidos
GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos
serviços vendidos
Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento

Cálculo do Custo do Produto Vendido – (CPV)


CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF

Onde:
CPV = Custo dos Produtos Vendidos
EI = Estoque Inicial
In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e outros materiais) aplicados nos produtos
vendidos
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos
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62
GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de obra indireta, etc.)
aplicada nos produtos vendidos
EF = Estoque Final (inventário final)

Lucro Bruto
De acordo com o artigo 187, item II, da Lei nº 6.404/76, deve ser computado na DRE o custo das
mercadorias e serviços vendidos ou prestados no exercício, que deduzido das receitas correspondentes,
gera o Lucro Bruto.

Despesas com Vendas, Gerais, Administrativas e Outras Despesas e Receitas Operacionais


Despesas de Vendas: Têm a função de registrar as despesas com a comercialização dos produtos,
mercadorias ou serviços para atender aos objetivos da empresa. São alguns exemplos de despesas com
vendas: despesas com pessoal de vendas; marketing; distribuição; administrativo interno de vendas;
comissões sobre vendas; propaganda e publicidade; garantia de produtos; despesas com estimativas de
perdas com duplicatas derivadas de vendas a prazo (provisão para devedores duvidosos), etc.
Despesas Administrativas: Representam os gastos pagos ou incorridos necessários para arcar com
despesas para a gestão ou direção da empresa. Sua função é registrar, em cada conta específica, as
despesas com a administração do negócio para atender aos objetivos da empresa. Dentre as despesas
administrativas mais comuns, temos: honorários da administração; salários e encargos do pessoal
administrativo; despesas legais e judiciais; material de escritório; depreciação de móveis e utensílios;
seguro do escritório; energia elétrica; telefone, etc.
Despesas Operacionais: Segundo a Lei das S.A. – Lei 6.404/76, as despesas operacionais
correspondem ao esforço financeiro necessário para que a empresa possa funcionar, ou seja, financiar
suas atividades de vendas, produção e prestação de serviços. Constituem as despesas pagas ou
incorridas no período (princípio da competência). Não estão relacionadas a elas aquelas alocadas na
fabricação de produtos ou na prestação dos serviços, pois estas compõem os custos das mercadorias ou
dos serviços.

Ganho de Equivalência Patrimonial


Resultados Financeiros Líquidos: O art. 187 da Lei das S.A. – Lei nº 6.404/76 define como despesas
operacionais as despesas financeiras deduzidas das receitas, ou seja, as receitas financeiras deverão
ser compensadas das despesas financeiras.
Ex.: Valor das Receitas Financeiras – Valor das Despesas Financeiras = Valor dos Resultados
Financeiros Líquidos.

Receitas Financeiras - São receitas geradas em função de:


- Descontos obtidos;
- Juros recebidos;
- Rendimentos de aplicações financeiras (fundos de investimentos, por exemplo).

Perda de Equivalência Patrimonial


Despesas Financeiras - São caracterizadas por serem despesas decorrentes da necessidade de
Capital de Giro ou do financiamento do Ativo:
- Juros pagos;
- Descontos concedidos;
- Despesas bancárias (IOF, manutenção da conta corrente, dentre outras, por exemplo)

Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras


São as chamadas atividades acessórias do objetivo social da empresa. Compõem-se de itens que não
são provenientes da atividade fim da empresa, tais como: participação nos resultados de coligadas e
controladas pelo método de equivalência patrimonial; dividendos e rendimentos de outros investimentos;
amortização de ágio ou deságio de investimentos; vendas diversas que não correspondem à atividade
fim da empresa (venda de sucatas).

Resultado operacional antes do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) - lucro ou prejuízo: o resultado obtido até este ponto na DRE constitui base de cálculo
da Provisão para Imposto de Renda e da Provisão para Contribuição Social. Caso o resultado obtido seja
negativo, caracterizando prejuízo em sua movimentação, não haverá incidência de IR e CSLL. Para o
cálculo do imposto de renda a pagar, que deverá ser recolhido pela empresa, a base de cálculo (lucro

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tributável) é denominada Lucro Real, que será obtido mediante a escrituração do livro fiscal denominado
LALUR - Livro de apuração do Lucro Real. Nesse livro, registram-se os ajustes necessários (adições e
exclusões ou compensações) de acordo com a legislação vigente.
- Participações e Contribuições: após a apuração do "Resultado depois do IR e CSLL", deve-se calcular
e deduzir outras participações do resultado, tais como dos empregados, administradores e de assistência
ou previdência do empregado. Essas participações normalmente estão previstas no estatuto da empresa.
- Resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo): o Resultado Líquido corresponde ao resultado final
do exercício "à disposição" dos proprietários (sócios ou acionistas) que, apoiados em determinações
legais e estatutárias, determinam a forma como será feita a sua distribuição.
O saldo remanescente integrará o Patrimônio Líquido da empresa nas contas Reservas de Lucros -
caso ocorra lucro - e Prejuízos Acumulados - caso ocorra prejuízo, no qual compõe os seguintes itens:
- Resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
- Resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de vendas ou
na baixa dos ativos ou do grupo de ativo à disposição para venda que constituem a unidade operacional
descontinuada;
- Resultado líquido do exercício.

DICAS:
- Resultado do período é o total das receitas deduzido das despesas, exceto os itens reconhecidos
como outros resultados abrangentes ao patrimônio líquido;
- Operação descontinuada corresponde ao componente da entidade que foi baixado ou está
classificado como mantido para venda e:
a) Representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações;
b) É parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de
negócios ou área geográfica de operações;
c) É uma empresa controlada adquirida exclusivamente com objetivo de revenda, ou seja, são ativos
imobilizados que a empresa de uma linha separada de negócios ou área geográfica de operações que
ficaram obsoletos ou descontinuados e foram colocados à venda, ou um investimento de aquisição de
uma empresa controlada adquirida com o objetivo de revenda.

Exemplo de DRE:
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas
Abatimentos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Com Vendas
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

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(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL E SOBRE O LUCRO
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de
Assistência e Previdência para Empregados
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Questões

01. (Câmara de Goiânia/GO - Assessor Técnico Legislativo - CS/UFG/2018) A finalidade da


demonstração do resultado do exercício é apresentar o resultado de uma entidade em determinado
período de tempo e sua:
(A) Composição de receitas e despesas.
(B) Posição contábil e patrimonial.
(C) Posição estática e econômica.
(D) Composição de liquidez e solvência.

02. (Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal - CESPE/2018) Previstas na Lei n.º 6.404/1976,
as demonstrações contábeis obrigatórias para sociedades anônimas incluem o balanço patrimonial (BP)
e a demonstração do resultado do exercício (DRE). Acerca desses demonstrativos, julgue o item seguinte.
A estrutura da DRE é delineada a partir da apresentação das receitas brutas, que, deduzidas de
impostos, inclusive de imposto de renda, determinam o lucro operacional da entidade.
( ) Certo ( ) Errado

03. (SETRABES - Contador - UERR/2018) Analise os saldos das contas de resultado:


Receita de serviços R$1.000,00
Receita de venda de mercadoria R$ 500,00
Despesas com vendas R$ 120,00
Despesas Administrativas R$ 76,00
Despesas Financeiras R$ 235,00

Após realizar a apuração de resultado, assinale a alternativa correta:


(A) Um lucro de R$ 1.069,00.
(B) Um prejuízo de R$ 1.069,00.
(C) O saldo da conta ARE R$ 1.500,00.
(D) O saldo da conta ARE R$ 435,00.
(E) Um lucro de R$ 1.500,00.

04. (BANPARÁ - Contador - FADESP/2018) Sobre a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE),


que fornece aos usuários informações sobre como o resultado do período (lucro ou prejuízo) foi formado,
não é correto afirmar o seguinte:
(A) O primeiro item da DRE elaborada e divulgada pelas sociedade anônimas de capital aberto é a
receita bruta de vendas, em que, após as deduções de impostos incidentes, descontos incondicionais e
devoluções, apura-se a receita líquida de vendas.
(B) Computa-se na DRE a parcela dos resultados de empresas investidas cujo reconhecimento é por
meio do método de equivalência patrimonial.
(C) As despesas operacionais são segregadas por subtotais em: despesas com vendas, despesas
financeiras deduzidas das receitas financeiras, despesas gerais e administrativas e outras despesas e
receitas operacionais.
(D) O ganho com a venda de um ativo não circulante imobilizado deve estar demonstrado como outras
receitas, antes da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas (IRPJ).
(E) A DRE é elaborada em estrita obediência ao regime de competência, embora a legislação tributária
aceite a tributação da receita pelo regime de caixa em algumas modalidades de tributação ou situações
especiais.

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65
Gabarito

01.A / 02.Errado / 03.A / 04.A

Comentários

01. Resposta: A
Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que aparecerão todas as contas de Receitas e
Despesas do período, que são contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão com
seus saldos zerados.

02. Resposta: Errado


Na estrutura da DRE é apresentada a partir das receitas brutas, deduzidas de impostos, entre eles do
Imposto de Renda, onde se determina o lucro operacional.

03. Resposta: A
Formula de cálculo do exercício
Receita de serviços R$1.000,00 (+)
Receita de venda de mercadoria R$ 500,00 (+)
Despesas com vendas R$ 120,00 (-)
Despesas Administrativas R$ 76,00 (-)
Despesas Financeiras R$ 235,00 (-)
Total: R$ 1.069,00

04. Resposta: A
A DRE começa sendo apresentada pela Recita Operacional Bruta, onde são depois classificadas em
Receita de Vendas de Produtos, Mercadorias e de Prestação de Serviços.

Demonstração do Resultado Abrangente (DRA)31

Foi através do Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis,
onde surgiu a determinação para apresentação da demonstração de resultado abrangente.
A entidade deve, apresentar as receitas e despesas do período na demonstração do resultado do
exercício, mas todas as outras variações ocorridas no patrimônio, como por exemplo ajustes de
reavaliação, variações cambiais, alguns ajustes de instrumentos financeiros entre outros, que poderão
alterar em determinado tempo o resultado do período ou diretamente os Lucros ou Prejuízos, deverão ser
apresentados como Outros Resultados Abrangentes, dentro do DRA.
A DRA refere-se a soma do resultado do período com a soma dos outros resultados abrangentes, não
fazendo parte do conjunto de demonstrações contábeis exigidos pela Lei das S.A., sendo incluída
posteriormente pelo CPC, conforme já citado, e em decorrência das mudanças na convergência às
normas internacionais.
A DRA, deve incluir as seguintes rubricas:
- Resultado Líquido do Período;
- Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método
de equivalência patrimonial;
- Cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza;
- Resultado abrangente do período;

Podemos dizer que o resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um
determinado período, onde resulta de transações e outros eventos, os quais não são derivados de
transações com os sócios, ou seja, é o resultado do exercício adicionado de ganhos ou perdas que eram
reconhecidas direta e temporariamente na DMPL.
A demonstração do resultado abrangente inicia com o resultado líquido e inclui os outros resultados
abrangentes, dos quais são correspondente às mutações do patrimônio líquido que não representam
receitas e despesas realizadas pelo princípio da competência, dessa forma podendo causar variações
em períodos subsequentes.

31
Moraes Junior, José Jayme – Contabilidade Geral, contabilidade avançada e análise das demonstrações contábeis – 5 ed. Niterói-RJ – Impetus – 2016.

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66
Outros Resultados Abrangentes32
O resultado abrangente total é composto do resultado líquido do exercício, dos outros resultados
abrangentes e dos ajustes de reclassificação. Portanto, todas as modificações do patrimônio líquido não
provenientes de transações de capital com os sócios são consideradas outros resultados abrangentes,
exceto o resultado líquido do exercício e os ajustes de reclassificação.
Dessa forma, resumidamente, compõem os outros resultados abrangentes:
- Reserva de reavaliação;
- Ganhos e perdas na conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior;
- Ganhos e perdas atuariais em planos de pensão;
- Ajustes de avaliação patrimonial na mensuração a valor justo de ativos financeiros disponíveis para
venda;
- Ajustes de avaliação patrimonial referente à efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de
hedge em hedge de fluxo de caixa.

Na prática, o resultado abrangente33 visa apresentar os ajustes efetuados no Patrimônio Líquido como
se fosse um lucro da empresa. Por exemplo, a conta ajuste da avaliação patrimonial registra as
modificações de ativos e passivos a valor justo, que pelo princípio da competência não entram na DRE;
no entanto, no lucro abrangente estas variações serão computadas, a fim de apresentar o lucro o mais
próximo da realidade econômica da empresa.

A entidade deve divulgar em notas explicativas os ajustes de reclassificação relativos aos


componentes dos outros resultados abrangentes.

Exemplo de DRA:
ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA)
Resultado Líquido do Exercício
(+/-) Outros Resultados Abrangentes:
1 – Reservas de Reavaliação:
(-) Realização de Reserva de Reavaliação
(+) Tributos Sobre Realização da Reserva de Reavaliação
2 – Plano de Pensão – Benefícios a Empregados
(+/-) Ganhos e Perdas Atuariais em Planos de Previdência Complementar
(+/-) Tributos Sobre Ganhos e Perdas Atuariais
3 – Ajustes de Conversão das Demonstrações Contábeis
(+/-) Ganhos e Perdas de conversão das Demonstrações Contábeis para o Exterior
(+/-) Tributos Sobre Ajustes de Conversão das Demonstrações Contábeis para o Exterior
4 – Ajustes de Avaliação Patrimonial – Ativos Financeiros
(+/-) Ganhos e Perdas na Remuneração de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
(+/-) Tributos Sobre Ajustes de Instrumentos Financeiros
5 – Ajustes de Avaliação Patrimonial – Instrumentos de Hedge
(+/-) Resultado Abrangente de Empresas Investidas Reconhecidas pelo Método da Equivalência Patrimonial
(=) Resultado Abrangente do Período
Parcela dos Sócios da Controladora
Parcela dos Sócios não Controladores

Questões

01. (AGU - Contador - IDECAN) O Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das


Demonstrações Contábeis inclui a Demonstração do Resultado Abrangente entre o conjunto completo de
demonstrações contábeis. Assinale a alternativa que inclui exemplos de contas classificadas como Outros
Resultados Abrangentes.
(A) Perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis mantidos para negociação e perdas com
equivalência patrimonial sobre o resultado.

32
SANTOS, J. L. [et al.]. Manual de Práticas Contábeis: Aspectos Societários e Tributários: 2.ª Ed. Atualizada pela Lei n° 11.941/09 e pelas normas do CPC. São
Paulo: Atlas, 2011.
33
Conteúdo na Íntegra. LUNELLI, R. L. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE -
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracaoresultadoabrangente.htm>.

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67
(B) Ganhos atuariais em planos de pensão com benefício definido e ganhos derivados de conversão
de demonstrações contábeis de operações no exterior.
(C) Parcela efetiva de ganhos advindos de instrumentos de hedge em operação de hedge de fluxo de
caixa e ganhos com equivalência patrimonial sobre o resultado.
(D) Parcela efetiva de ganhos advindos de instrumentos de hedge em operação de hedge de fluxo de
caixa e ganhos na remensuração de ativos financeiros mantidos para negociação.
(E) Parcela efetiva de perdas advindas de instrumentos de hedge em operação de hedge de fluxo de
caixa e perdas na remensuração de ativos financeiros mantidos até o vencimento.

02. (CEMIG/MG - Analista de Gestão Contábil Júnior - FUMARC/2018) De acordo com o previsto
no CPC 26 (R1), item 81A, a Demonstração do Resultado e Outros Resultados Abrangentes
(Demonstração do Resultado Abrangente - DRA) deve apresentar, além das seções da demonstração do
resultado e de outros resultados abrangentes:
I. O total do resultado bruto do período, por natureza da operação, deduzido do resultado de
equivalência patrimonial.
II. O total de outros resultados abrangentes.
III. O resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros resultados abrangentes.
Assim sendo, estão CORRETAS as afirmativas:
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.

03. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - FGV/2018) Na Demonstração do Resultado


Abrangente são apresentados de forma detalhada os itens de receita e despesa que compõem o resultado
abrangente do período.
Um exemplo de item detalhado como outros resultados abrangentes é:
(A) Despesas decorrentes de combinação de negócios;
(B) Despesa com ajuste a valor presente de incentivos fiscais;
(C) Ganhos e perdas atuariais em planos de contribuição definida;
(D) Ganhos e perdas com hedge de investimento no exterior;
(E) Ganhos e perdas na alienação de ativo não circulante mantido para venda.

Gabarito

01. B/ 02.D/ 03.D

Comentários

01. Resposta: B
O resultado abrangente total é composto do resultado líquido do exercício, dos outros resultados
abrangentes e dos ajustes de reclassificação. Compõe o Resultado Abrangente Ganhos e perdas
atuariais em planos de pensão.

02. Resposta: D
A DRA refere-se a soma do resultado do período com a soma dos outros resultados abrangentes

03. Resposta: D
O resultado abrangente total é composto do resultado líquido do exercício, dos outros resultados
abrangentes e dos ajustes de reclassificação. Como exemplo de outros resultados abrangentes temos:
Ganhos e perdas na conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior.

Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC34

A partir de Janeiro de 2008, com as alterações da Lei das S.A. (6.404/76), pela Lei nº 11.638/2007, a
Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser obrigatória para as sociedades por ações (abertas
ou fechadas).
34
MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus :
2016.

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68
De acordo com o pronunciamento técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis
– a informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações contábeis uma base
para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da
entidade para utilizar esses fluxos de caixa.
A DFC controlará a variação do disponível da empresa em determinado período. Ela é a única
demonstração contábil a ser elaborada pela entidade, sem a utilização do regime de competência. A
elaboração da DFC utiliza o regime de caixa.

Dentre os principais benefícios no uso da DFC, vale destacar:


a) Avaliação das opções de investimentos;
b) Avaliação dos saldos presentes e futuros do caixa;
c) Analise da capacidade da empresa em gerar fluxo de caixa positivo, como na situação de pagar
dívidas, distribuir dividendos e a necessidade de captações externas;
d) Verificar a razão das diferenças entre lucro líquido e geração de caixa.

A DFC é dividida em três contas35:


1) Atividades Operacionais: é o caixa gerado nas operações da empresa menos as despesas e
gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da companhia.

2) Atividades de Investimentos: onde examina a grande quantidade de dinheiro que a empresa


dispende com despesas de capital, como por exemplo, aquisição de imóveis, automóveis ou qualquer
outro ativo que tenha o objetivo de manter o negócio funcionando. Faz parte também o controle de outras
empresas e de movimentações em aplicações financeiras.

3) Atividades de financiamento: representa as entradas de empréstimos e financiamentos de curto


prazo e as saídas de pagamentos destas dívidas e pagamentos dos proventos aos acionistas. Dessa
maneira quando quitar um empréstimo bancário, deve aparecer como saída do fluxo de caixa, sendo este
negativo. O mesmo acontece com o pagamento de dividendos aos acionistas. Já quando ocorre a
captação de dívida, o contador fica na obrigação de lançar esses recursos na forma de um número
positivo de entrada no caixa da empresa.

DICA: De acordo com o § 6. ° do art. 176 da Lei n° 11.638/07, a companhia fechada com patrimônio
líquido, na data do balanço, não superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

Exemplo de DFC:
MÉTODO DIRETO MÉTODO INDIRETO
Atividades Operacionais Atividades Operacionais
(+) Recebimento de clientes Lucro líquido do Exercício
(-) Pagamento de contas (+) Depreciação
(-) Pagamento de despesas operacionais (+/-) Variação no Circulante (Capital de Giro) Fluxo de
(-) Pagamento de Impostos Caixa das Atividades Operacionais
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Atividades de Financiamento
Atividades de Financiamento (+/-) Novos empréstimos de curto e longo prazos
(+/-) Novos empréstimos de curto e longo prazos (+) Aumento de capital
(+) Aumento de capital (-) Despesas financeiras
(-) Despesas financeiras (-) Pagamentos de dividendos
(-) Pagamentos de Dividendos Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento Atividades de Investimentos
Atividades de Investimentos (+/-) Aquisição de Imobilizado
(+/-) Aquisição de Imobilizado (+/-) Outros Investimentos
(+/-) Outros Investimentos Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos (+/-) Caixa inicial
(+/-) Caixa inicial Resultado do Caixa Final
Resultado do Caixa Final

35
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/demonstrativo-fluxo-de-caixa/

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69
Questões

01. (UFAM - Contador - COMVEST UFAM/2018) Analise as alternativas quanto às definições da


Demonstração do Fluxo de Caixa e assinale a alternativa CORRETA:
(A) As Receitas Públicas Derivadas compreendem as arrecadadas por meio da exploração de
atividades econômicas pela Administração Pública. Resultam de rendas do patrimônio mobiliário e
imobiliário.
(B) As Receitas Públicas Originárias compreendem aquelas obtidas pelo poder público por meio da
soberania estatal. Consideram as receitas tributárias.
(C) O Desembolso de Financiamento corresponde à despesa orçamentária paga de atividades
operacionais, demonstrando desembolso de pessoal e outras despesas correntes por função, exceto de
juros pagos.
(D) O Desembolso de Operações corresponde à despesa orçamentária paga com amortização e
refinanciamento da dívida, incluindo restos a pagar processados e não processados, referentes à
amortização e refinanciamento da dívida.
(E) Os Ingressos de Operações correspondem à receita arrecadada corrente de atividades
operacionais, divididas em derivadas e originarias, evidenciando-se a origem e espécie, considerando as
respectivas deduções.

02. (IF/TO - Professor - IF/TO/2018) Analise os enunciados dos itens abaixo e marque a alternativa
correta que indique a performance financeira refletida pelo fluxo de caixa:
(A) Consiste em informações financeiras, econômicas, legais e físicas do patrimônio da empresa e o
necessário controle para eficiência da gestão;
(B) É um ramo das ciências sociais aplicadas que se destaca no processo gerador de informações,
para evidenciação de princípios da contabilidade e das normas da legislação tributária.
(C) O Fluxo de caixa eventualmente apresenta informações sobre transações fiscais e econômicas
passadas, bem como eventos que sejam úteis aos usuários na tomada de decisões;
(D) Consiste em auxiliar os usuários a avaliar a capacidade da entidade de gerar fluxos de caixa
futuros, bem como fatores que podem afetar a liquidez e a solvência da entidade;
(E) Para o exercício do regime de competência, o fluxo de caixa não se aplica na demonstração de
resultado fiscal e se pressupõe para o mesmo a confrontação entre receitas e despesas.

03. (EMAP - Analista Portuário - CESPE/2018) Com relação à elaboração das principais
demonstrações contábeis previstas na normatização vigente, julgue o item seguinte.
O pagamento de um empréstimo que inclua juros e amortização do principal pode ser classificado
como transação que afeta o fluxo de caixa de atividades operacionais e de atividades de financiamento,
simultaneamente.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01. E/ 02.D/ 03.Certo

Comentários

01. Resposta: E
A DFC controlará a variação do disponível da empresa em determinado período e o caixa gerado nas
operações da empresa menos as despesas e gastos

02. Resposta: D
A DFC proporciona a informação sobre fluxos de caixa para os usuários das informações como uma
base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da
entidade para utilizar esses fluxos de caixa.

03. Resposta: Certo


Pode. A DFC é divindade em três contas. Na Terceira, que se refere as Atividades de Financiamentos
que representa as entradas de empréstimos e financiamentos de curto prazo e as saídas de pagamentos
destas dívidas.

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70
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL36

É a demonstração destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, ocorridas no Patrimônio


Líquido da entidade, num determinado período de tempo, ou seja, a DMPL não se limita apenas a
demonstrar as mutações da conta “Lucros Acumulados” ou da conta “Prejuízos Acumulados”. Ela
demonstra as mutações de todas as contas do patrimônio líquido, consequentemente a DLPA
(Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados) está contida na DMPL.
A DMPL discriminará:
- Os saldos no início do período;
- Os ajustes dos exercícios anteriores;
- As revisões e transferências de reservas de lucro;
- Os aumentos de capital, discriminado sua natureza;
- A redução de capital;
- As destinações do lucro do período;
- As reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos impostos correspondentes;
- O resultado líquido do período;
- As compensações de prejuízos;
- Os lucros distribuídos;
- Os saldos no final do período.

Apesar da Lei nº 6.404/76 não obrigar a divulgação da DMPL, tornando-a apenas facultativa, esse
demonstrativo passou a ser obrigado para as empresas de capital aberto por exigência da CVM nº 59 de
1986.
De acordo com o CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis – a entidade deve
apresentar a DMPL, que incluem as seguintes informações.
a) O resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos
proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores;
b) Para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou da
reapresentação retrospectiva, reconhecido de acordo com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro;
c) Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no início e no final do período,
demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes:
- Do resultado líquido;
- De cada item dos outros resultados abrangentes;
- De transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando
separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas
participações em controladas que não implicaram perda do controle. Informação a ser apresentada na
DMPL ou nas notas explicativas.
Para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve apresentar, ou na DMPL ou nas notas
explicativas, uma análise dos outros resultados abrangentes por item.
As contas que formam o Patrimônio Líquido podem apresentar diversas variações:

Alteram o patrimônio líquido


- Acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício;
- Redução por dividendos;
- Acréscimo por integralização de capital;
- Acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço
de emissão das ações sem valor nominal;
- Acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
- Redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda;
- Acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores.

Não alteram o patrimônio líquido


- Aumento de capital com utilização de lucros ou reservas;
- Apropriação de lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucro Acumulados para formação de
reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para Contingência e outras;
- Reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
36
MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus :
2016.

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71
- Compensação de Prejuízos com Reservas.

Assim podemos destacar as seguintes destinações:


a) Reserva legal - tem a finalidade de garantir a integridade do Capital Social e somente poderá ser
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o Capital. Do Lucro Líquido do Exercício, 5% serão
aplicados, antes de qualquer destinação, na constituição da Reserva legal, que não excederá 20% do
Capital Social.
A companhia poderá deixar de constituir reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva,
acrescido do montante das reservas de capital, exceder 30% do Capital Social;
b) Reservas estatutárias - são criadas pelo estatuto da empresa e possuem regras claras, que indicam,
de modo preciso e completo, a sua finalidade (destino) e fixam os critérios que determinam a parcela
anual dos lucros líquidos a serem destinados à sua constituição. O estatuto também determina o limite
máximo da reserva;
c) Reserva para contingência - a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração,
destinar parte do Lucro Líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício
futuro, a administração do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
Como exemplo, temos: geadas ou secas, cheias ou inundações, etc.
A constituição da Reserva é opcional, e a proposta da administração deverá indicar a causa da perda
prevista e justificar, com as razões de prudência, a sua constituição.
Essa Reserva deixará de ser constituída e será revertida no exercício em que deixarem de existir as
razões que justificaram a sua constituição;
d) Reserva orçamentária - também conhecida como Reserva para Expansão, tem a finalidade de
garantir o investimento em expansão da empresa quando previsto no orçamento de capital; deverá ser
aprovada em Assembleia geral;
e) Reserva de lucros a realizar - no exercício em que os lucros a realizar ultrapassarem o total deduzido
dos valores destinados às Reservas legal, estatutária, contingência e orçamentária, a Assembleia geral
poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de Reserva de lucros
a realizar;
f) Resultado Líquido do Exercício (atual) - resultado Líquido do Exercício apurado na DRE do exercício;
g) Proposta de destinação do lucro do período - a destinação do resultado do exercício atual nas
reservas;
h) Saldo Final do Período - saldo de todas as contas do patrimônio líquido ao final do exercício atual.

Exemplo de DMPL:
RESERVAS DE LUCROS
Reserva
Reservas Reserva de
Capital Reserva Reserva Lucros
Histórico de Para Lucros Total
Realizado Estatutária Legal Acumulados
Capital Contingência a
Realizar
Saldo em 31.12. Exercício
Anterior
Ajustes de Exercícios Anteriores:
Efeitos de mudança de critérios
contábeis
Retificação de erros de exercícios
anteriores
Aumento de Capital:
Com lucros e reservas
Por subscrição realizada
Reversões de Reservas:
De contingências
De lucros a realizar
Lucro Líquido do Exercício:
Proposta de Destinação do
Exercício:
Reserva para contingência
Reserva legal
Reserva estatutária
Reserva de lucros para expansão
Reserva de lucros a realizar
Outras reservas

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72
Dividendos a distribuir (R$ por
ação)
Saldo em 31.12.Exercício Atual

Questões

01. (PC/PI - Perito Criminal - NUCEPE/2018) Em relação às Demonstrações Contábeis elaboradas


pelas organizações comerciais, observando-se a Lei nº 6.404/76, é CORRETO afirmar:
(A) A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados evidencia as variações ocorridas no
patrimônio líquido das entidades.
(B) A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido expõe as variações ocorridas de lucros ou
prejuízos acumulados.
(C) A Demonstração do Valor Adicionado é obrigatória para as companhias de capital aberto e fechado.
(D) Os pequenos saldos nas demonstrações contábeis podem ser agregados, desde que não
ultrapassem 20% do valor do respectivo grupo de contas.
(E) As Demonstrações Contábeis são assinadas por administradores e por contabilistas legalmente
habilitados sendo a responsabilidade pelas demonstrações perante terceiros do contabilista.

02. (CEMIG/MG - Analista de Gestão Contábil Júnior - FUMARC/2018) Conforme previsto no CPC
26 (R1), item 106, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido deve incluir as seguintes
informações:
I. O resultado abrangente do período, apresentando separadamente somente o montante total
atribuível aos proprietários da entidade controladora.
II. Para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou da
reapresentação retrospectiva, reconhecidos de acordo com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro.
III. Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no início e no final do período,
demonstrando-se, separadamente, apenas cada item dos outros resultados abrangentes.
Assim sendo, estão INCORRETAS as afirmativas:
(A) I e II, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I, II e III.

03. (EBSERH - Analista Administrativo - CESPE/2018) Julgue o item seguinte, a respeito da


elaboração das demonstrações contábeis segundo os pronunciamentos do CPC e a legislação vigente.
Apesar de ser facultativa, segundo a legislação societária, a demonstração de mutações do patrimônio
líquido integra o rol de demonstrações financeiras classificadas como obrigatórias pelo CPC.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.B/ 02.B/ 03.Certo

Comentários

01. Resposta: B
É a demonstração destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, ocorridas no Patrimônio
Líquido da entidade, num determinado período de tempo, ou seja, a DMPL não limitando apenas a
demonstrar as mutações da conta Lucros Acumulados ou da conta Prejuízos Acumulados.

02. Resposta: B
De acordo com o CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis - a entidade deve
apresentar a DMPL, que incluem as seguintes informações.
O resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos
proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores;
Para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou da
reapresentação retrospectiva, reconhecido de acordo com o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro;

Apostila gerada especialmente para: Lucia Maria 199.451.208-32


73
Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no início e no final do período,
demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes:
- Do resultado líquido;
- De cada item dos outros resultados abrangentes;
- De transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário

03. Resposta: Certo


Já no início do nosso material são apresentadas as Demonstrações Obrigatórias e entre elas a DMPL.

Demonstração do Valor Adicionado – DVA37

A partir de 01/01/2008, com a alteração da Lei das S.A., pela Lei nº 11.638/2007. A Demonstração do
Valor Adicionado (DVA) passou a ser obrigatória para as sociedades por ações abertas.
As sociedades por ações de capital aberto, e outras entidades que a lei assim estabelecer, devem
elaborar a DVA e apresenta-la como parte das demonstrações contábeis divulgadas a fim de cada
exercício social. É recomendado, entretanto, a sua elaboração por todas as entidades que divulgam
demonstrações contábeis.
Além disso, as sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por
ações, são obrigadas a elaborações de demonstrações financeiros, que deverão sofrer auditoria
independente.
As seguintes companhias são obrigadas à elaboração do DVA:
- Sociedades por ações abertas;
- Sociedades de grande porte.

A principal função da DVA é identificar e divulgar o valor da riqueza gerada por uma entidade e a forma
pela qual essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente,
para sua geração, ou seja, é destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e informações do valor
da riqueza gerada pela entidade em determinado período e a sua distribuição.
As informações devem ser extraídas da contabilidade e os valores informados devem ter como base
o princípio da competência. O valor adicionado constitui-se das receitas obtidas pela empresa em razão
de suas atividades deduzidas dos custos dos bens e serviços adquiridos de terceiros para geração dessas
receitas. O que demonstra a contribuição da empresa para a geração de riqueza da economia, resultado
do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.
A DVA apresenta uma posição dinâmica e evidencia os aspectos econômico e social do valor
adicionado. Sob a ótica econômica, expressa o desempenho da entidade na geração da riqueza e a sua
eficiência na utilização dos fatores de produção, comparando os valores de saída com os valores de
entrada. Sob o ponto de vista social (integra o balanço social), demostra a riqueza gerada pela empresa
e a forma de sua distribuição no encerramento de determinado período, contendo a participação dos
empregados, do governo, dos agentes financiadores, dos acionistas, da parcela retida pela empresa,
entre outros.
A elaboração da DVA consolidada deve basear-se nas demonstrações consolidadas e evidenciar a
participação dos sócios não controladores, devendo proporcionar aos usuários das demonstrações
contábeis informações relativas à riqueza criada pela entidade, em determinado período e a forma como
tais riquezas foram distribuídas.
A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma:
- Pessoal e encargos;
- Impostos, taxas e contribuições;
- Juros e aluguéis;
- Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;
- Lucros retidos/prejuízos do exercício.

As informações contábeis contidas na demonstração são de responsabilidade técnica de contabilista


registrado no Conselho Regional de Contabilidade, devendo ser consistente com a demonstração do
resultado e conciliada em registros auxiliares mantidos pela empresa.
A demonstração deve ser objeto de revisão ou auditoria, se a entidade possuir auditores externos
independentes que revisem ou auditem suas Demonstrações Contábeis.
Os principais componentes da riqueza criada estão apresentados a seguir nos seguintes itens:
37
MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus :
2016.

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74
- Receitas;
- Insumos Adquiridos de Terceiros;
- Distribuição da Riqueza;
- Ajustes de Exercícios Anteriores;
- Ativos Construídos pela Empresa para uso próprio;
- Distribuição de Lucros Relativos a Exercícios Anteriores.

Receitas
Venda de mercadorias, produtos e serviços: inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas
receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento
bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas
receitas;
Outras receitas - da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas;
Provisão para créditos de liquidação duvido: inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa
provisão.

Insumos Adquiridos de Terceiros


Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos: inclui os valores de matéria-prima
adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços
vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio;
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros: inclui valores relativos às despesas originadas da
utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros, como por exemplo: nos valores
dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia, etc;
Perda e recuperação de valores ativos: inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de
mercado de estoques, imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores
reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas
por desvalorização de ativos;
Depreciação, amortização e exaustão: inclui a despesa ou o custo contabilizado no período.
Resultado de equivalência patrimonial: o resultado da equivalência pode representar receita ou
despesa; se despesa, deve ser considerado como redução ou valor negativo;
Receitas financeiras: inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas,
independentemente de sua origem;
Outras receitas: inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de
franquia, etc.

Distribuição da Riqueza
A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada, como a riqueza obtida pela entidade foi
distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a seguir:
Remuneração direta: representada pelos valores relativos a salários, 13.º salário, honorários da
administração (inclusive os pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas extras,
participação de empregados nos resultados, etc;
Benefícios: representados pelos valores relativos à assistência médica, alimentação, transporte,
planos de aposentadoria, etc.;
FGTS: representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados;
Impostos, taxas e contribuições: valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o
lucro, contribuições ao INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho) que sejam
ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para
os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os
valores devidos ou já recolhidos, e representam a diferença entre os impostos e contribuições incidentes
sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como “insumos
adquiridos de terceiros”;
Tributos Federais: inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou
em parte aos Estados, Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, PIS, COFINS. Inclui
também a contribuição sindical patronal;
Tributos Estaduais: inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no
todo ou em parte aos Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA;
Tributos Municipais: inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados
no todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU;
Remuneração de capitais de terceiros: valores pagos ou creditados aos financiadores externos de

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capital;
Juros: inclui as despesas financeiras, inclusive as variações cambiais passivas, relativas a quaisquer
tipos de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras
formas de obtenção de recursos. Inclui os valores que tenham sido capitalizados no período;
Aluguéis: inclui os aluguéis (inclusive as despesas com arrendamento operacional) pagos ou
creditados a terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos;
Outras Riquezas: inclui outras remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros,
mesmo que originadas em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais, etc.;
Remuneração de capitais próprios: valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas;
Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos: inclui os valores pagos ou creditados aos sócios e
acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta
de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado do
próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de
exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como “lucros retidos” no exercício em que foram
gerados;
Lucros retidos e prejuízos do exercício: inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados às
reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser
incluído com sinal negativo;
As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de Juros sobre o Capital Próprio: JCP,
independentemente de serem registrados como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem
ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados;
Alguns casos especiais, como por exemplo: depreciação de itens reavaliados ou avaliados ao valor
justo (fair value); a reavaliação de ativos e a avaliação de ativos ao seu valor justo provocam alterações
na estrutura patrimonial da empresa e, por isso, normalmente requerem o registro contábil dos seus
efeitos tributários; os resultados da empresa são afetados sempre que houver a realização dos
respectivos ativos reavaliados ou avaliados ao valor justo.
Quando a realização de determinado ativo ocorrer pelo processo normal de depreciação, por
consequência, a DVA também é afetada. Assim, no momento da realização da reavaliação ou da
avaliação ao valor justo, deve-se incluir esse valor como “outras receitas” na DVA, bem como se
reconhecem os respectivos tributos na linha própria de impostos, taxas e contribuições.

Ajustes de Exercícios Anteriores


Os ajustes de exercícios anteriores, decorrentes de efeitos provocados por erro imputável a exercício
anterior ou da mudança de critérios contábeis que vinham sendo utilizados pela entidade, devem ser
adaptados na demonstração de valor adicionado relativa ao período mais antigo apresentado para fins
de comparação, bem como os demais valores comparativos apresentados, como se a nova prática
contábil estivesse sempre em uso ou o erro fosse corrigido.

Ativos Construídos pela Empresa para uso Próprio


A construção de ativos dentro da própria empresa para seu próprio uso é procedimento comum. Nessa
construção diversos fatores de produção são utilizados, inclusive a contratação de recursos externos (por
exemplo, materiais e mão de obra terceirizada) e a utilização de fatores internos como mão de obra, com
os consequentes custos que essa contratação e utilização provocam. Para elaboração da DVA, essa
construção equivale à produção vendida para a própria empresa, e por isso seu valor contábil integral
precisa ser considerado como receita. A mão de obra própria alocada é considerada como distribuição
dessa riqueza criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse mesmo tratamento. Os
gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como insumos.
À medida que tais ativos entram em operação, a geração de resultados deles recebe tratamento
idêntico aos resultados gerados por qualquer outro ativo adquirido de terceiros; portanto, sua depreciação
também deve receber igual tratamento.
Para evitar o desmembramento das despesas de depreciação, na elaboração da DVA, entre os
componentes que serviram de base para o respectivo registro do ativo construído internamente (materiais
diversos, mão de obra, impostos, aluguéis e juros), os valores gastos nessa construção devem, no período
da construção, ser tratados como Receitas relativas à construção de ativos próprios. Da mesma forma,
os componentes de seu custo devem ser alocados na DVA seguindo-se suas respectivas naturezas.
Referido procedimento de reconhecimento dos valores gastos no período como outras receitas, além
de aproximar do conceito econômico de valor adicionado, evita controles complexos adicionais, que
podem ser custosos, durante toda a vida útil econômica do ativo.

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Distribuição de Lucros Relativos a Exercícios Anteriores
A Demonstração do Valor Adicionado está estruturada para ser elaborada a partir da Demonstração
do Resultado do período. Assim, há uma estreita vinculação entre essas duas demonstrações, a qual
deve servir para sustentação da consistência entre elas. Mas ela tem também uma interface com a
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados na parte em que movimentações nesta conta dizem
respeito à distribuição do resultado do exercício apurado na demonstração própria.
A entidade é livre, dentro dos limites legais, para distribuir seus lucros acumulados, sejam eles oriundos
do próprio exercício ou de exercícios anteriores. Porém, pela vinculação referida no item anterior, os
dividendos que compõem a riqueza distribuída pela entidade devem se restringir exclusivamente à
parcela relativa aos resultados do próprio período; os relativos a lucros de períodos anteriores não são
considerados, pois já figuraram como lucros retidos naqueles respectivos períodos.

Substituição Tributária
A legislação brasileira, por meio de dispositivos legais próprios, permite a transferência de
responsabilidade tributária a um terceiro, desde que vinculado ao fato gerador do tributo. Essa
transferência de responsabilidade, que pode ser total ou parcial e tem como finalidade precípua a garantia
de recolhimento do tributo, é efetivada de duas formas: progressiva e regressiva.
A substituição tributária progressiva ocorre com a antecipação do pagamento do tributo que só será
devido na operação seguinte. Do ponto de vista do substituto tributário (normalmente fabricante ou
importador), deve-se incluir o valor do “imposto antecipado” no faturamento bruto e depois apresentá-lo
como dedução desse faturamento para se chegar à receita bruta.
No caso da substituição tributária regressiva, por exemplo, quando o comerciante realiza operação
com produtor rural e é responsável pelo recolhimento do tributo, podem ocorrer duas situações: no caso
de o comerciante ter direito ao crédito na operação seguinte, quando o valor do tributo recolhido deve ser
tratado como impostos a recuperar, na DVA o valor dos impostos incidentes sobre as vendas deve ser
considerado pelo valor total, uma vez que foi recolhido pelo próprio comerciante; se este não fizer jus ao
crédito do tributo, o valor recolhido deve ser tratado como custo dos estoques.

Exemplo de DVA
Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado – DVA
1 – RECEITAS
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Outras receitas
1.3) Receitas Relativas à construção de ativos próprios
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão/(Constituição)
2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
(Inclui os valores de impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3) Perda/Recuperação de valores ativos
2.4) Outras (especificar)
3- VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4- DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5- VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6- VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
7- VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
8- DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)
8.1) Pessoal
8.1.1- Remuneração direta
8.1.2- Benefícios
8.1.3- FGTS
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.2.1- Federais
8.2.2- Estaduais
8.2.3- Municipais
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8.3) Remuneração de capitais de terceiros
8.3.1- Juros
8.3.2- Aluguéis
8.3.3- Outras
8.4) Remuneração de Capitais Próprios
8.4.1- Juros sobre o Capital Próprio
8.4.2- Dividendos
8.4.3- Lucros retidos/Prejuízo do exercício
8.4.4- Participação dos não controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)

Questões

01. (CELESC - Contador - FEPESE/2018) A Lei 11.638/07 tornou obrigatória a Demonstração do


Valor Adicionado (DVA) para todas as companhias abertas.
Assinale a alternativa correta sobre a DVA.
(A) Compõem os insumos adquiridos de terceiros os custos dos produtos, das mercadorias e dos
serviços vendidos excluindo os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros.
(B) As Receitas são formadas pelas vendas de mercadorias, produtos e serviços incluindo os valores
dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS).
(C) Sobre os insumos adquiridos de terceiros, nos valores dos custos dos produtos e mercadorias
vendidos, materiais, serviços, energia, etc. consumidos, não devem ser considerados os tributos incluídos
no momento das compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não.
(D) O resultado de equivalência patrimonial, quando despesa, será componente da distribuição da
riqueza gerada pela companhia.
(E) A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade
foi distribuída, os valores referentes à remuneração de capitais de terceiros, incluindo juros, aluguéis e
pessoal (remuneração direta, benefícios e FGTS).

02. (CRF/RJ - Contador - IDIB/2018) Segundo a NBC ITG 2002(R1), as demonstrações contábeis
que devem ser divulgadas são:
(A) Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Período, a Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e as Notas Explicativas;
(B) Balanço Patrimonial, a Demonstração dos Resultados Acumulados, a Demonstração do Resultado
do Período;
(C) Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Período e Fluxo de Caixa;
(D) Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Período e Demonstração das mutações do
Patrimônio Social.

03. (MPE/AL - Contador do Ministério Público - FGV/2018) Na elaboração da Demonstração do


Valor Adicionado de uma entidade, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração
do Valor Adicionado, deve ser evidenciado como Valor Adicionado recebido em transferência,
(A) A receita com a prestação de serviços.
(B) A receita ou a despesa com equivalência patrimonial.
(C) A receita com a venda de mercadorias.
(D) A receita com a venda de ativo imobilizado.
(E) O lucro com a venda de ativo imobilizado.

04. (EMAP - Analista Portuário - CESPE/2018) Com relação à elaboração das principais
demonstrações contábeis previstas na normatização vigente, julgue o item seguinte.
A demonstração do valor agregado visa apresentar, em uma perspectiva microeconômica, a
contribuição da empresa na formação da renda nacional.

Gabarito

01. B

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78
Comentários

01. Resposta: B
São as Receitas juntamente com os tributos incidentes sobre elas, como por exemplo, ICMS, IPI, PIS
e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto.

02. Resposta: A
No início do nosso material são apresentadas as Demonstrações Obrigatórias e entre elas a DVA.

03. Resposta: B
No sub tópico Insumos Adquiridos de Terceiros, destacam-se os valores recebidos de terceiro e entre
eles o resultado da equivalência, onde pode representar receita ou despesa. Se despesa, deve ser
considerado como redução ou valor negativo.

04. Resposta: Errado


A DVA apresenta uma posição dinâmica e evidencia os aspectos econômico e social do valor
adicionado. Sob a ótica econômica, expressa o desempenho da entidade na geração da riqueza e a sua
eficiência na utilização dos fatores de produção, comparando os valores de saída com os valores de
entrada. Sob o ponto de vista social (integra o balanço social), demostra a riqueza gerada pela empresa
e a forma de sua distribuição no encerramento de determinado período, contendo a participação dos
empregados, do governo, dos agentes financiadores, dos acionistas, da parcela retida pela empresa,
entre outros.

Notas Explicativas38

O Balanço Patrimonial e as demais demonstrações contábeis serão complementados por notas


explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias ao esclarecimento da
situação patrimonial e dos resultados do exercício. Portanto, as notas explicativas fazem parte das
demonstrações contábeis e são obrigatórias, devendo apresentar:
a) Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas
contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;
b) Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam
apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;
c) Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e
consideradas necessárias para uma apresentação adequada;
d) Indicar:
- Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos
de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos
ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
- Os investimento em outras sociedades, quando relevantes;
- O aumento de valor de elementos do ativo resultantes de novas avaliações;
- O ônus constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidades eventuais ou contingentes;
- A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
- O número, espécie e classes das ações do capital social;
- As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
- Os ajustes de exercício anteriores;
- Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter,
efeito relevantes sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.

Complementação às Demonstrações Financeiras


No momento da publicação das Demonstrações Financeiras, as Sociedades por Ações deverão
informar aos usuários desses relatórios os seguintes dados adicionais:
- Relatório da diretoria (ou administração);
- Mudanças futuras previstas.

38
SANTOS, J. L. [et al.]. Manual de Práticas Contábeis: aspectos societários e tributários: 2.ª Ed. Atualizada pela Lei n° 11.941/09 e pelas Normas do CPC. São
Paulo: Atlas, 2011.

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79
a) Relatório da diretoria (ou administração)
Após a identificação da empresa, na publicação das Demonstrações Financeiras, destaca-se, em
primeiro plano, o Relatório da Administração, em que a diretoria dará ênfase às informações normalmente
de caráter não financeiro (não monetário). As principais informações são:
- dados estatísticos diversos;
- indicadores de produtividade;
- desenvolvimento tecnológico;
- a empresa no contexto socioeconômico;
- políticas diversas: recursos humanos, exportação, etc.;
- expectativas com relação ao futuro;
- dados do orçamento de capital;
- projetos de expansão;
- desempenho em relação aos concorrentes, etc.

b) Mudanças futuras previstas


Os administradores da companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à Bolsa de
Valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembleia geral ou dos órgãos de
administração da companhia ou qualquer outro fato relevante ocorrido em seus negócios, que possa influir
de modo ponderável na decisão dos investidores.

Questões

01. (UFF - Contador - Coseac) As Notas Explicativas são informações adicionais às apresentadas
nos quadros das DCASP. Elas são consideradas parte integrante das demonstrações. Com relação às
Notas Explicativas das DCASP, é correto afirmar:
(A) as Notas Explicativas devem ser apresentadas de forma assíncrona.
(B) os julgamentos exercidos pela aplicação das políticas contábeis que afetem significativamente os
montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis podem, a critério do gestor, ser divulgados em
Notas Explicativas.
(C) cada quadro ou item a que uma Nota Explicativa se aplique deverá ter referência cruzada com a
respectiva Nota Explicativa.
(D) quando mais de uma base de mensuração for utilizada nas demonstrações contábeis, é necessário
divulgar uma indicação de sua aplicação para todas as categorias de ativos e de passivos.
(E) ao decidir se determinada política contábil específica será ou não evidenciada, a Administração
deve considerar se sua evidenciação proporcionará aos usuários uma menor compreensão da forma em
que as transações, condições e outros eventos, estão refletidos no resultado e na posição patrimonial
omitida.

02. (UECE - Contador - FUNECE/2017) As notas explicativas devem indicar


(A) A taxa de juros, as datas de vencimento e o montante dos créditos e débitos de longo prazo.
(B) O aumento e a redução de elementos patrimoniais resultantes de novas avaliações.
(C) Os ajustes anteriores à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito
relevante sobre a situação financeira e os resultados da companhia.
(D) Os ajustes de exercícios anteriores, bem como os investimentos em outras sociedades, quando
relevantes.

03. (PC/PI - Perito Criminal - NUCEP/2018) Segundo o Art. 176 § 4º da Lei nº 6.404/76 as
demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou
demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do
exercício. De acordo com o § 5º da Lei nº 6.404/76, as notas explicativas devem:
(A) Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que estejam
apresentadas em outra parte das demonstrações financeiras.
(B) Indicar os investimentos em outras sociedades, mesmo quando irrelevantes.
(C) Indicar a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a curto prazo.
(D) Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas
contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos.
(E) Indicar os ajustes de exercícios futuros.

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80
Gabarito

01.C/ 02.D

Comentários

01. Resposta: C
A) As notas explicativas devem ser apresentadas de forma sistemática.
B) Os julgamentos exercidos pela aplicação das políticas contábeis que afetem significativamente os
montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis devem ser divulgados em notas explicativas.
C) CERTO: Cada quadro ou item a que uma nota explicativa se aplique deverá ter referência cruzada
com a respectiva nota explicativa
D) Quando mais de uma base de mensuração for utilizada nas demonstrações contábeis, por exemplo,
quando determinadas classes de ativos são reavaliadas, é suficiente divulgar uma indicação das
categorias de ativos e de passivos à qual cada base de mensuração foi aplicada
E) Ao decidir se determinada política contábil específica será ou não evidenciada, a administração
deve considerar se sua evidenciação proporcionará aos usuários melhor compreensão da forma em que
as transações, condições e outros eventos, estão refletidos no resultado e na posição patrimonial
relatados

02. Resposta: D
Devem indicar, entre outros fatores os investimento em outras sociedades, quando relevantes

03. Resposta: D
Devem apresentar as Notas Explicativas informações sobre a base de preparação das demonstrações
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos
significativos.

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