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E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
CURSOS DE GRADUAÇÃO - EAD
Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação – Prof. Dr. Stefan Vasilev Krastanov e
Prof. Ms. Rubens Arantes Corrêa.
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E
FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Caderno de Referência de Conteúdo
Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
370.1 C84
ISBN: 978-85-67425-65-8
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Martins
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
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forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Ementa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Origem da problemática pedagógica e diferentes vertentes pedagógicas na Anti-
guidade. Educação na Antiguidade: Egito e Grécia Antiga. A Educação na época
helenística e romana. Idade Média e sua concepção educativa. A Educação na
Idade Média: Período Patrístico e Período Escolástico. Problemas pedagógicos
na Modernidade. Período Humanístico e Renascentista. A Educação na Era Mo-
derna e Contemporânea. Modelos contemporâneos da Educação.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nosso estudo de Fundamentos Históricos e
Filosóficos da Educação, por meio da qual você terá a oportuni-
dade de se familiarizar com as principais vertentes da educação,
situadas em um percurso histórico-filosófico. Consideramos esse
conhecimento, mesmo que prévio, indispensável para a formação
de docentes e para a posterior atuação profissional, pois ele con-
tribui para ampliá-la e complementá-la.
Para que você compreenda com clareza nosso propósito
com este estudo, tentaremos expor nesta introdução, o mais breve
8 © Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação
Abordagem Geral
Prof. Dr. Stefan Vasilev Krastanov
tuição devia fixar seus códigos morais para depois moldar os fiéis
conforme seus fins, a religião cristã precisava de fundamentos teó-
ricos e, curiosamente, encontrou-os na Filosofia Clássica. Vamos
conhecer um pouco sobre o que os filósofos mais importantes
pensavam sobre a educação do homem?
A educação na Idade Média
A herança helênica entrou na religião cristã via Patrística –
período em que começa a teorização do cristianismo. Nessa em-
preitada, um papel de destaque coube a Santo Agostinho. Em
quase todos os seus escritos, a questão da formação humana é
bastante atual e presente, pois tal formação é parte integrante da
renovação.
Em sua concepção pedagógica, Agostinho insiste em uma
formação enciclopédica baseada nos diversos conhecimentos e sa-
beres que devem iluminar e fazer consciente a viagem do homem
cristão ao encontro de Deus.
Obviamente, não podemos deixar de mencionar o grande
pensador e mestre da tradição escolástica, São Tomás de Aquino
(1225-1274). Em sua elaboração intelectual, Tomás não deixa de
sublinhar o importante papel da educação; na sua obra De Ma-
gistro, ele destaca o papel fundamental do mestre no processo
de despertar, cultivar e guiar o discípulo na aquisição do conheci-
mento. Assim como o agricultor não cria a árvore, mas cultiva-a,
o mestre não poderá ensinar, mas poderá, muito bem, despertar
e guiar o discípulo.
O declínio da época medieval começa por volta do século 15.
A crise na Igreja Católica, as corrupções e os abusos do clero aba-
laram ainda mais seus fundamentos. Guerras, conflitos políticos
e econômicos completam o quadro geral dessa época decadente.
Todavia, tais crises certamente despertam novos ideais, anseios e
desejos que circunscrevem os primeiros traços da modernidade.
Vamos conhecer um pouco dessa nova pedagogia?
© Caderno de Referência de Conteúdo 17
Modernidade
Na transição do Medievo para o Renascimento uma questão
se colocava ao homem europeu:
• Como instaurar uma nova situação histórica, como funda-
mentar um mundo novo e cheio de esperança?
Na verdade, trata-se da reinvenção de um modelo que vem
do mundo greco-romano. A essa reinvenção, Francesco Petrarca
deu o nome "Re-nascimento".
Os primeiros passos da modernidade, na versão renascen-
tista, manifestam progressivo rompimento dos paradigmas econô-
micos e políticos vigentes no modelo estático da época medieval.
Cabe dizer que a modernidade é fruto de uma revolução multifa-
cetal: econômica, política, social, ideológica, geográfica e, não por
último, pedagógica.
As profundas alterações no Velho Continente colocam um
grande desafio diante da educação, à qual se atribui a missão de
produzir o homem novo, apto a compreender, a aceitar e a atuar
nos novos modelos e paradigmas.
O papel de vanguarda desses novos ideais cabe à educação.
Basicamente, os humanistas do Renascimento voltam-se para o
modelo clássico de educação. Encabeçado por Francesco Petrarca
e seus discípulos, o processo de renascimento tem seu pleno vigor
com Leonardo Bruni e seu ideal de Studias Humanitatis.
Temos de ressaltar que as escolas humanistas, centradas nas
Studias Humanitatis, elaboravam um currículo baseado na Litera-
tura, nas Artes, na Ciência, na Ginástica e na Ética. Nota-se, tam-
bém, uma forte preocupação com a prática didática.
A partir do humanismo do século 15, abrem-se novas pers-
pectivas e necessidades diante do processo pedagógico, inspiradas
pelo novo modelo de homem, mais livre e mundano, que, no entan-
to, deve adotar, em sua educação, os valores cristãos. Os grandes
protagonistas dessa ênfase cristã na educação são Erasmo e Lutero.
Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados no CRC Fundamentos Históricos
e Filosóficos da Educação. Por uma opção pedagógica do autor, os
© Caderno de Referência de Conteúdo 25
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino pode ser uma forma de você
avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a resolução de ques-
tões pertinentes ao assunto tratado, você estará se preparando
para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, essa é uma
maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos e adquirir
uma formação sólida para a sua prática profissional.
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões
autoavaliativas de múltipla escolha.
© Caderno de Referência de Conteúdo 31
ATENÇÃO!
As questões de múltipla escolha são as que têm como resposta
apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entendem-se por ques-
tões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos matemá-
ticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, inalterada.
Já as questões abertas dissertativas obtêm por resposta uma in-
terpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, normalmente, não
há nada relacionado a elas no tópico Gabarito. Você pode comentar
suas respostas com o seu tutor ou com seus colegas de turma.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
O estudo deste CRC convida você a olhar de forma mais apu-
rada a Educação como processo de emancipação do ser humano.
É importante que você se atente às explicações teóricas, práticas
e científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto,
uma capacidade que nos impele à maturidade.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARISTÓTELES. Metafísica. Bauru: Edipro, 2006. (Clássicos Edipro).
CAMBI, F. História da pedagogia. Tradução de Álvaro Lorencini. São Paulo: Unesp, 1999.
GILES, T. R. História da educação. 3 ed. São Paulo: EPU, 1987.
MANACORDA, M. A. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. Tradução de
Gaetano lo Monaco. São Paulo: Cortez, 1989.
© Caderno de Referência de Conteúdo 33
JAEGER, W. W. Paidéia: a formação do homem grego. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2003.
ROUSSEAU, J. Emílio ou da educação. Tradução de Roberto Leal Ferreira. 2. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.
2. CONTEÚDOS
• Introdução aos conteúdos de Fundamentos Históricos e
Filosóficos da Educação e formas de participação, intera-
ção e apropriação dos conteúdos.
• Programa para o desenvolvimento dos estudos.
36 © Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação
4. INTRODUÇÃO
O surgimento e o desenvolvimento da problemática pedagó-
gica acompanham a gênese da sociedade desde seus primórdios
até os dias atuais. Assim, torna-se presente o questionamento so-
bre os fundamentos da educação, isto é, sobre as razões que tor-
nam possível esse fenômeno social e cultural. Tal questionamento
se reduz à pergunta sobre o fundamento no âmbito da reflexão
filosófica.
A educação encontra-se na base de qualquer sistema polí-
tico e social, sendo suporte indispensável para a realização tan-
to dos fins subjetivos (do indivíduo) como dos fins objetivos (da
sociedade). O grande desafio com o qual a educação sempre se
depara é como reconciliar os fins subjetivos com os objetivos. Essa
será a base da nossa reflexão, tendo como norteadora a gênese
histórica da educação.
© U1 - A Educação no Mundo Antigo 37
Figura 1 Papiro.
Figura 2 Grécia.
© U1 - A Educação no Mundo Antigo 41
Período clássico
Por volta dos séculos 5 a.C e 4 a.C., a cultura grega entra no pe-
ríodo clássico do seu desenvolvimento. Nesse período, entre as pólis
gregas, duas merecem destaque, revelando dois modelos diferentes
de educação. Com efeito, trataremos de Esparta e Atenas.
Esparta
Por volta do ano 800 a.C., na estrutura social da Grécia, surge
a cidade-Estado, chamada pólis. Havia várias polis, com estruturas
política e social próprias. Entre elas, frequentemente explodiam
conflitos seguidos por guerras. Essa é a razão pela qual mantinha
os cidadãos em prontidão constante para, se necessário, travar lu-
tas em sua defesa, pois o bem do Estado conferia o maior valor às
ações humanas. Talvez, a manifestação mais clara dessa mentali-
Estado. Mas, para tal fim, era necessário que ele convencesse os
outros das suas capacidades.
Os sofistas, como mestres profissionais, prometiam, em tro-
ca de dinheiro, tornar apta qualquer pessoa que quisesse dedicar-
-se à vida pública. Estes fatores propiciaram o surgimento de es-
colas, nas quais se dava muita importância à oratória (a arte de
bem falar e arte de disputa), e, por meio desses conhecimentos,
preparava-se o discípulo para o ingresso na vida social.
Todavia, essas intenções sofísticas de fazer que todo homem
pudesse participar na vida pública foram vistas por Sócrates e ou-
tros como algo desonroso. Por um lado, porque vendiam o conhe-
cimento como se fosse mercadoria, por outro, porque incitavam a
possibilidade de os plebeus entrarem na vida pública.
Embora Sócrates e outros contestassem o sucesso individual,
a carreira na vida pública e a vantagem pessoal, tal fato deveria
ocorrer em detrimento da realização plena do homem por meio das
virtudes morais. Talvez essa seja a razão da forte repulsa de Sócra-
tes, o primeiro teórico da ética, e de seu genuíno discípulo, Platão,
contra os sofistas. Vejamos o que Sócrates pensava a esse respeito!
Sócrates
Sócrates, diferentemente dos sofistas que acentuam o relati-
vismo humano, interrogava-se, permanentemente, sobre a natureza
humana, procurando a essência comum entre os homens. Sócrates,
com a célebre frase "conhece-te a ti mesmo", fazia com que o indi-
víduo a procurasse em si mesmo a sua essência humana, que é co-
mum entre os homens. Como afirmava o velho mestre, tal essência
era a moral, mas uma moral não baseada na lei inexorável dos costu-
mes, mas sim na obrigação interna, no dever que ditado pela própria
consciência. O indivíduo deveria consultar o seu próprio "demônio"
para achar os motivos do seu agir.
Sócrates tornou-se o pai da filosofia moral com base racio-
nalista; assim, podemos entender sua frase marcante: "O conheci-
© U1 - A Educação no Mundo Antigo 47
Alegoria da caverna–––––––––––––––––––––––––––––––––––
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após ge-
ração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão
algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar
e a olhar apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem
para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre,
de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no inte-
rior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os
prisioneiros – no exterior – portanto, - há um caminho ascendente ao longo do
qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de ma-
rionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo
tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxer-
gam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas,
mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transpor-
tam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas
são as próprias coisas.
Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens
(estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna.
Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior
e imaginam que toda luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria
um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os ou-
tros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos
anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e,
deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade
é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-
-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, pros-
seguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante
toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas
projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a pró-
pria realidade.
© U1 - A Educação no Mundo Antigo 49
está claro que a educação deve ser uma só". (ARISTÓTELES, 1973,
cap. I). Como Platão em A república, Aristóteles, na sua Política,
concorda que cabe à educação o papel fundamental de garantir a
saúde do Estado. Dessa maneira, a formação individual do sujeito
deve ser norteada pela sua formação social à luz do projeto políti-
co do Estado.
Neste tópico, você pôde analisar as propostas pedagógicas
gregas do período clássico. No tópico a seguir, conhecerá as mu-
danças que ocorreram na Grécia na época do helenismo. Este pe-
ríodo é marcado pelas conquistas de Alexandre, o Grande, e pelo
sincretismo cultural, que criava uma cultura nova, à que chama-
mos helenismo. Acompanhe!
8. EDUCAÇÃO ROMANA
A educação romana tem por objetivo a formação de virtudes
cívicas. Trata-se de uma educação voltada às necessidades do Es-
tado, baseanda, por muito tempo, nos mandamentos sagrados das
"Doze Tábuas". Ela dispensava a formação intelectual do indivíduo.
O ideal promovido por essas tábuas contemplava um código civil
inspirado na fidelidade à tradição, à dignidade, à firmeza, à cora-
gem e à piedade. A respeito dessa questão, em seu livro História
da educação, Thomas Ramson Giles (1989, p. 31) afirma: "O ideal
romano é prático, pois orienta-se para a lei e para a ordem, o dever
do Estado, às tradições ancestrais e à dignidade auto suficiente".
Essa citação mostra, claramente, que o ideal da sabedoria e
da virtude que a educação romana contemplava, na consiste em
aprender as artes que são necessárias para o Estado. Nesse caso,
estamos diante de uma educação voltada para a sociedade e sua
conservação. O fato de a escrita ter sido utilizada, sobretudo, para
copiar leis, tratados e orações, e não desempenhar o papel de vin-
cular novas ideias, como ocorria no período clássico, mostra o ca-
ráter conservativo da sociedade romana.
O papel fundamental dessa formação cívica cabia à família e
se centrava na figura do pai e no seu poder absoluto. Era na família
que as crianças aprendiam as virtudes morais, a reta conduta e as
obrigações sociais. Essa era a razão por que, naquele tempo, as
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar
as questões a seguir, que tratam da temática desenvolvida nes-
ta unidade, ou seja, das estruturas pedagógicas do mundo antigo,
bem como das propostas dos principais filósofos sobre a Paideia
dos cidadãos das civilizações antigas.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se você encontrar dificuldades em
responder a essas questões, procure revisar os conteúdos estuda-
dos para sanar as suas dúvidas. Este é o momento ideal para que
você faça uma revisão desta unidade. Lembre-se de que, na Edu-
cação a Distância, a construção do conhecimento ocorre de forma
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas desco-
bertas com os seus colegas.
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Leia as afirmações e assinale a alternativa correta:
I – A pedagogia de Platão buscava harmonizar a formação individual e so-
cial.
II – A pedagogia de Platão, assim como a socrática, valorizava apenas a for-
mação subjetiva.
III – A pedagogia socrática valoriza, unicamente, a formação subjetiva.
Com base nesses dados, podemos afirmar que:
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas I e III estão corretas.
c) Somente a alternativa I está correta.
d) Somente a alternativa II está correta.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Gabarito
Depois de responder às questões autoavaliativas, é impor-
tante que você confira o seu desempenho, a fim de que possa sa-
ber se é preciso retomar o estudo desta unidade. Assim, confira, a
seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas pro-
postas anteriormente:
1) b.
2) e.
3) d.
4) c.
10. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você conheceu as primeiras concepções
educativas da sociedade organizada, que se inicia no Antigo Egito.
Ainda, pôde analisar as propostas educativas que mais se destaca-
ram na Grécia durante o período clássico, além de compreender
os principais objetivos da educação romana. Para isso, conheceu
alguns aspectos históricos e as principais propostas pedagógicas
daqueles filósofos que mais se destacaram no período proposto
para este estudo.
Devido à grande influência dos pensadores gregos (sofistas,
Sócrates, Platão, Isócrates e Aristóteles) no desenvolvimento cultu-
ral do Ocidente, dedicamos maior atenção aos aspectos históricos
e filosóficos da educação na Grécia Antiga, mesmo porque a cul-
tura grega invadiu fortemente o Império Romano e todo Ocidente
cristão teve, consequentemente, suas raízes culturais na Grécia
Antiga. Na Unidade 2, você terá a oportunidade de acompanhar
como essa influência grega continuou na Idade Média, atravessan-
do o Império Romano. Esperamos que os objetivos propostos te-
nham sido alcançados. Bom estudo!
11. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Papiro. Disponível em: <http://www.legambientearcipelagotoscano.it/
biodiversita/flora/habitat/naturalizzate/cyperus%20papyrus%20papiro.jpg.JPG>.
Acesso: 04 jun. 2008.
Figura 2 Grécia Antiga. Disponível em: <http://www.resortvacationstogo.com/images/
maps/cc/111.gif>. Acesso em: 30 jun. 2008.
Figura 3 Paideia isocrática: a prudência, a força, a temperança e a justiça como bases
do desenvolvimento do homem. Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/
opombo/hfe/momentos/escola/isocrates/images/vaso_pintura.gif>. Acesso em: 30 jun.
2008.
Figura 4 Mouseion Alexandrino. Disponível em: <http://lemurianmouseion.files.
wordpress.com/2007/04/buildalex.jpg>. Acesso: 01 jul. 2008.
Sites pesquisados
OLIVEIRA, J. R. Platão e a filosofia da educação. Disponível em: <http://www.cfh.ufsc.
br/~wfil/platao.htm>. Acesso em: 27 set. 2010.