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OS GRUPOS ESCOLARES EM SERGIPE NA PRIMEIRA REPÚBLICAi

Miguel André Berger


Professor Doutor do Núcleo de Pós-graduação em Educação da UFS
Anne Emilie Souza de Almeida
Aluna do Curso de Pedagogia da UFS e bolsista da FAP-SE

A pesquisa investiga a criação e a expansão dos grupos escolares como um


espaço para concretização da educação pública e gratuita inspirada nos princípios do
ideário escolanovista, no início do século XX. À escola primária caberá, no projeto
político e social republicano, a missão de formar o cidadão capaz de legitimar o regime
e regenerar a nação. Essa investigação recorreu à análise de fontes documentais (jornais,
legislações, livros de atas, mensagens governamentais) e iconográficas.

Remontando a História

A questão da seletividade e do analfabetismo, que ainda vem influindo na


democratização do saber, decorre da escola pautada no modelo burguês que não
proporciona as condições de atendimento aos anseios das camadas populares, já que
está atrelada aos interesses da classe dominante.
Saviani (2004) coloca que o grande desafio que o Brasil enfrenta no século XXI
é herança do século XIX, por não ter conseguido organizar e instalar um sistema de
ensino capaz de universalizar o ensino fundamental de qualidade, minimizando o
fenômeno do analfabetismo.
Remontando à História da Educação no Brasil e, mais especificamente, em
Sergipe, pode-se verificar que desde o período colonial e imperial, a preocupação maior
era com o ensino secundário e superior destinado às elites. Com o desmantelamento dos
colégios jesuíticos foram implantadas as aulas régias, que não tinham um plano
sistematizado de estudos. Após a instauração do Primeiro Império (1822) estas
passaram a constituir nas “cadeiras isoladas”, já que o Governo português pouco se
interessou na expansão e melhoria das atividades educacionais nas colônias. Pelo Ato
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Adicional à Constituição de 1834, o Governo Imperial (União) se responsabilizava pelo


ensino superior, cabendo os demais graus – entre eles as escolas de primeiras letras, às
depauperadas e atrasadas províncias.
FILHO (ii2000) muito bem esclarece no que consistiam as escolas de primeiras
letras. Eram escolas para fornecer os rudimentos do saber ler, escrever e contar para as
classes inferiores da sociedade, as quais não tinham relação com outros níveis de
instrução: o secundário e o superior.
Em 1860, funcionavam em Sergipe 76 escolas; 72 de primeiras letras, sendo 10
sob a responsabilidade da iniciativa particular e 66 públicas (43 masculinas e 23
femininas), as quais atendiam apenas 1,85% da população (NUNES, 1984, p.100). Isso
demonstra o descaso e a despreocupação dos governantes com a instrução pública das
camadas populares, já que as elites mandavam seus filhos para estudar nos colégios
particulares existentes na própria ou em outras províncias, ou então, mantinham
professores para seus filhos.
Um fato ilustrativo deste descomprometimento se verifica com a transferência
da capital da Província de São Cristóvão para Aracaju em 1855, quando o Presidente
Inácio Joaquim Barbosa extinguiu o Liceu de São Cristóvão, na expectativa de fundar
outro na nova capital. Com sua morte prematura, a obra foi suspensa e os recursos
utilizados pelos governos que o sucederam na construção de uma prisão, considerada
"uma obra de verdadeira e palpitante necessidade" (Nunes, p. 92 e 93). Verifica-se
desde aquela época, a preocupação, não com a instrução, para punição, o controle do
povo, pois um povo ignorante é mais dócil e sujeito à dominação. (Foucault, 1987).
O Presidente Joaquim Jacinto de Mendonça, que assume o Governo de Sergipe
em junho de l861, é bem “incisivo na condenação à incompetência e à falta de uma
instrução planificada”, o que em Aracaju, só vai ser estabelecida através do Decreto
No. 27, de junho de 1890 que estabelece concretamente o ensino primário obrigatório.
A situação do ensino antes da Proclamação da República, contudo, era
lastimável. A precariedade dos estabelecimentos de ensino – muitos funcionando em
prédios sem qualquer condição, em casas alugadas ou na própria residência da
professora, e a falta de um plano definido faziam com que o contingente de analfabetos
aumentasse.O funcionamento das cadeiras na casa dos professores é uma situação
também presente em outras províncias e objeto de várias críticas por parte de
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educadores e gestores, que alegavam problemas de ordem administrativa e pedagógica


(PINHEIRO, 2002).
Ao iniciar o período Republicano, verifica-se uma preocupação na expansão das
cadeiras do ensino primário bem como em implantar a Reforma de Ensino em Sergipe,
sendo que o presidente Dr. Felisbelo Firmo de Oliveira Freire, nomeia, em dezembro de
1889, uma comissão para assumir tal tarefa. Desentendimentos concorreram para a
desintegração da Comissão em que Gumercindo Bessa defendia pontos importantes,
como a obrigatoriedade do ensino elementar, a educação dos sentidos e a adoção do
método objetivo, a valorização e elevação do nível intelectual dos professores. Alguns
desses aspectos são contemplados no Regulamento de março de 1890, antecedendo à
Reforma de Benjamin Constante a nível nacional, daí a originalidade das idéias daquele
sergipano (NUNES, p.179).
Esse regulamento, contudo, pouco impacto teve, pois Felisbelo Freire
permaneceu um curto período de tempo à frente da administração do Estado, por
questões políticas que se acentuaram no início do período republicano e a inconstância
dos governantes no poder.
Em 1892 era reduzido o número de escolas em Sergipe. Havia 114 escolas
primárias, sendo 33 masculinas, 34 femininas e 47 mistas, as quais eram muito
influenciadas por interesses clientelistas. Conforme coloca o Diretor Geral da Instrução,
Manoel Francisco de Oliveira, em relatório encaminhado ao Presidente do Estado,
Manoel Presciliano de Oliveira Valadão, em 1896, as escolas eram alvo de interesses
políticos locais, elevando "à categoria de preceptores da infância indivíduos sem
competência para exercer o magistério" (Nunes 1975. p. 190).
A partir de 1900, o país começa a sensibilizar-se para a necessidade como nação
de combater um dos grandes males que era o analfabetismo, sendo que os governantes
de vários Estados começam a organizar um sistema de ensino. Em Sergipe, verifica-se
um aumento pequeno e desordenado no número de escolas primárias públicas e da
matrícula, apesar de persistirem o clientelismo político e a precariedade dos
estabelecimentos.
A queda na produção açucareira, uma das principais fontes da economia
sergipana, o processo crescente de urbanização, o surto de desenvolvimento por que
passou o Estado concorreram para o surgimento de vários colégios particulares, muitos
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sob a tutela da Igreja, funcionando como internatos na capital e nos municípios


interioranos. Enquanto os estabelecimentos particulares vão surgindo nos primórdios da
Primeira República, o ensino público em Sergipe passa por um processo de estagnação,
só merecendo destaque a partir de 1914, no Governo de Oliveira Valadão. Diante do
desenvolvimento econômico que o Estado passa a desfrutar resultante da cultura do
algodão, da cana, da indústria que requisitava mão-de-obra escolarizada, o Governo
começou a investir tanto nos serviços urbanos (esgoto, água e luz), como no ensino
primário, espelhando-se em planos adotados em São Paulo e Minas Gerais – estados em
que a ação dos pioneiros da Escola Nova começava a se fortalecer.
Em seu artigo “Reforma da Instrução Pública”, CARVALHO (2000) ressalta a
ação dos governantes paulistas, “representantes do setor oligárquico modernizador que
havia hegemonizado o processo de instauração da República, investem na organização
de um sistema de ensino modelar” (p. 225). O ensino nesse sistema vai lograr êxito em
um duplo sentido: na lógica que preside sua institucionalização e na influencia que
passa a exercer sobre outros Estados. Em relação ao primeiro aspecto, cria-se a Escola
Modelo anexa à Escola Normal, quando os futuros mestres vão observar práticas
pedagógicas inovativas e conviver com mestres formados no estrangeiro, usando
moderno e profuso material escolar importado, além de funcionar em estabelecimento
apropriado para a tarefa de ensinar. E’ nessa concepção que surge o Grupo Escolar
como uma instituição que condensa a modernidade pedagógica, valorizando o ensino
seriado, classes homogêneas e reunidas em um mesmo prédio, sob uma única direção,
bem como o uso de métodos pedagógicos modernos (método intuitivo e método
analítico de ensino da leitura). Outra característica foi a monumentalidade dos edifícios
que sediam a instrução pública.
No tocante ao segundo aspecto, vários responsáveis pela Instrução Pública, de
outros estados brasileiros empreendem viagens de estudo e passam a contratar técnicos
paulistas para orientar as iniciativas escolares em seus estados na Primeira República.
No caso de Sergipe, o governador Rodrigues da Costa Dórea (1908-1911)
convida o especialista em Educação, professor Carlos Silveira de São Paulo, que vem
dar novos rumos à realidade educacional sergipana. Diante das críticas sobre os
processos obsoletos e condenados pela moderna Pedagogia, presentes no ensino
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primário bem como no ensino normal, é lançado o Regulamento da Instrução Pública,


aprovado pelo Decreto nº. 563, de 12 de agosto de 1911.
O referido regulamento enfatiza o ensino público gratuito e igual para ambos os
sexos, a organização do ensino primário em escolas isoladas e em grupos escolares em
condições pedagógicas adequadas (NUNES, 1984, p.213). Há uma preocupação
também em organizar o Serviço de Estatística Escolar a fim de se ter dados sobre o
sistema educacional dos municípios.

O surgimento dos grupos escolares


Um dos primeiros grupos escolares foi inaugurado no Governo do General José
de Siqueira Menezes (1911 a 1914), recebendo a denominação Grupo Escolar General
Siqueira. Este estabelecimento, localizado na rua de Itabaiana, funcionou até 1925,
passando o prédio a sediar o Quartel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.
É da iniciativa do general Presciliano de Oliveira Valadão (l914-1918) a
construção de vários Grupos Escolares, dois deles situados na Capital de Sergipe – O
Grupo Escolar General Valadão e o Grupo Escolar Barão de Maruim. O primeiro
estabelecimento funcionou, até certo tempo, no prédio onde se encontra instalado,
atualmente a Secretaria de Segurança Pública, na praça Tobias Barreto. O outro grupo
escolar, com prédio de estilo arquitetônico eclético, localizava-se na Avenida Ivo do
Prado, funcionando até 1950 no prédio onde se instalou depois a antiga Faculdade de
Direito.
Além destes três grupos funcionava em Aracaju o Modelo (anexo à Escola
Normal e atendendo somente meninas) e o Grupo Escolar Coelho e Campos, na cidade
de Capela.
Na mensagem encaminhada à Assembléia Legislativa, em 1919, esse governante
coloca:

“os grupos escolares vão satisfazendo plenamente


as exigências do vosso ensino. Em bellos e
confortaveis edifícios em que estão asseguradas as
condições hygienicas de par com os preceitos
pedagógicos, elles dão um testemunho muito
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honroso da segura orientação das administrações,


neste particular”.

Também expressa nessa mensagem a preocupação na ampliação dos


estabelecimentos na cidade de Estância e Vilanova (atual município de Neopólis), os
quais já estavam com as obras adiantadas no final de seu governo bem como a
adaptação do velho palácio presidencial, na cidade de São Cristóvão, em um grupo
escolar.
Finalizando, expõe o interesse na ampliação do número de estabelecimentos e a
aprovação por parte da Assembléia Legislativa.
“... conto, como vedes, srs. Deputados, que ainda em
meu governo...Não há mister se construam custosos
palácios, onde, as vezes, as bellezas architectonicas,
o rendilhado artístico, de feitio caro e moroso,
excedem, se não prejudicam, as commodidades e
outras exigências de caracter pedagógico e
hygienicos. Prédios mais modestos, de aspecto mais
simples e confortável, satisfazem aquelle objectivo.
Não há, pois, srs. Deputados, vacillar um
instante...”.

Tal pretensão, contudo, não se concretizou. Os estabelecimentos existentes


pouco contribuíram para atender as necessidades de instrução, já que o sistema primário
não acompanhava o ritmo de crescimento demográfico do Estado. Em 1920, estimava-
se o atendimento de 1,84% da população, constituída de 60,10% de analfabetos.

A expansão dos grupos escolares


E’ na gestão de Mauricio Graccho Cardoso (1922-1926), que a instrução em
Sergipe vai ganhar grande impulso. Esse governante empreende várias reformas
buscando “transformar, cultural e economicamente, o Sergipe provinciano, atrasado,
num Estado moderno e progressista” (Nunes, p.239). Nessa empreitada cercou-se de
destacados intelectuais da classe média, como Abdias Bezerra, Florentino Menezes e
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Clodomir Silva, que lhe auxiliavam nas iniciativas empreendidas no campo educacional.
Dentre estas estão a construção de grupos escolares, tanto na Capital como nos
municípios interioranos, em prédios identificados pela elegância e sobriedade das linhas
arquitetônicas, muitos dos quais encimados por uma águia. Sua escolha como símbolo
de governo pode ser atribuída à visão avançada de Graccho Cardoso, sua capacidade de
prever o futuro e realizar obras para o bem comum e com grande alcance social, numa
visão prospectiva de modernização.
Há uma preocupação muito grande deste governante na localização e construção
dos grupos escolares, atendendo os princípios do ideário pedagógico e, principalmente a
população dos municípios interioranos, conforme se constata na mensagem
encaminhada à Assembléia Legislativa em 3 de setembro de 1923.
“A instrucção publica, com a qual o Estado
despende cerca da sexta parte do que arrecada,
ainda está longe de corresponder aos resultados que
taes sacrifícios impõe ... não se pode absolver a
ação governamental do leviano critério com que
praticam a distribuição das cadeiras, muitas das
quaes situadas em pontos de exígua ou nenhuma
população escolar, em logares ermos e destituídos
de condições de salubridade e hygiene exigidos pela
vida humana...
... salas acanhadas, escuras, desprovidas de bancos
e carteiras, nas quaes em caixões de kerosene se
atinham, e se deformam creanças de diversas
estaturas e varias edades na ancia de respirar e
enxergara as letras do alphabeto, sem nada que lhes
desperte a attracção, a expontaneidade, a alegria" .

Em seu período de governo (1922-1926), verifica-se a criação de 15 grupos


escolares, dois em Aracaju (G.E. Manoel Luís e G.E. José Augusto Ferraz), e, 13 nos
municípios interioranos: G.E. Fausto Cardoso (Simão Dias), G.E. Severiano Cardoso
(Boquim), G.E. Coelho e Campos (Capela), G.E. Gumercindo Bessa (Estância), G.E.
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Guilhermino Bezerra (Itabaiana), G.E. João Ribeiro (Laranjeiras), G.E. Silvio Romero
(Lagarto), G.E. Padre Dantas (Maruim), G.E. Coronel João Fernandes (Própria), G.E.
Senador Leandro Maciel (Rosário do Catete), G.E. Francisco Leite (Riachuelo), G.E.
Vigário Barroso (São Cristóvão) e G.E. Olímpio Campos (Neopólis).
Muitos desses grupos foram instalados em prédios que se destacam pelo belo
estilo arquitetônico e localizados em praças públicas, como uma forma de anunciar que
o governo estava se voltando para a instrução pública, pois “neles, e por meio deles, os
republicanos buscarão mostrar a própria República e seu projeto educativo exemplar
e, por vezes, espetacular” (FILHO, 2000, p. 147) como também estava aplicando no seu
planejamento e criação “os saberes científicos, notadamente da medicina e, dentro
dessa, da higiene”; preceitos médico-higienistas que começam a aflorar no discurso
acadêmico do início do século XIX. Para construção desses prédios o governo recorreu
à desapropriação de casas através de decretos, procedimento esse constatado nos
principais jornais do período. Em outras localidades, o governo adaptou prisões,
transformando-as em grupos escolares, como se verificou nos municípios de Lagarto e
São Cristóvão.
Essas construções destinadas à instrução pública impressionavam os habitantes
de Sergipe e de outros Estados, conforme se constata no livro de visitas do Grupo
Escolar Manoel Luís transcrito a seguir, de 12 de março de 1925.
" Ao referir-me a este curso o faço sob a mais forte das
impressões.
Sergipe resolveu no norte do Brasil o problema da
insttrução popular.
Seus grupos são verdadeiras revelações aos estudiosos
dos materiais pedagógicos. Hoje visito este, que no
momento me abriga, sob o patronato do nome do Dr.
Manoel Luiz e direcção da professora D. Leonor Telles de
Menezes, forte organização da dirigente e de preceptora.
Oxalá o exemplo do glorioso Estado de Sergipe mostre na
Federação Brasileira, diminuindo a chaga que nos
acabrunha e atrapalha a bôa marcha dos destinos do
Brasil".
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Sergipe (Aracaju), 12 de março de 1925


Ernesto de Assis, delegado escolar do Estado da Bahia
Mesmo diante da situação financeira do Estado e das críticas sobre o curso
oneroso do ensino, Graccho Cardoso não hesitava em conclamar a necessidade dos
governantes e autoridades se voltarem para a educação e bem-estar da população.
Destacava o papel da instrução primária em prol do desenvolvimento do país,
reflexo de sua visão prospectiva de modernização, defendendo que “a alma das
instituições republicanas reside na cultura do povo, esclarecimento é a mais segura
garantia de normalidade e progresso. Não pode ser livre, rico e feliz um povo, onde
predominam as massas analphabetas”.

Ensaiando algumas conclusões

O estilo arquitetônico e o porte dos grupos escolares criados no Governo de


Graccho Cardoso contribuíram para que alguns estabelecimentos ainda continuem
cumprindo sua missão de ensinar, enquanto outros foram alocados para sediar
repartições públicas vinculadas (G.E. Gumercindo Bessa, G.E. Padre Dantas) ou não ao
magistério ( G.E. Sem. Leandro Maciel, G.E. Silvio Romero).
Atendo-se às observações dos prédios e analisando os livros de termos de visita
e de ata das reuniões pedagógicas, disponíveis em alguns grupos escolares, verifica-se o
caráter inovativo no ensino público, a aplicação dos preceitos médico-higienistas
presentes no discurso acadêmico do início do século XIX, tanto na construção do
prédio, como também no funcionamento do estabelecimento.
Na fase inicial de implantação, alguns grupos funcionavam em um só período
(das 8:30 às 12:30 horas), sendo que mais adiante em dois e, depois, em 3 turnos,
atendendo principalmente “as crianças pobres”, cujos pais não podiam matriculá-las no
ensino privado. Em relação à organização das turmas, durante muito tempo, havia
distinção entre os sexos: o turno da manhã se destinava ao sexo feminino, sendo que no
turno vespertino havia classes para o sexo masculino, e, depois de algum tempo, classes
diferentes para alunos dos dois sexos. O ensino misto só vai surgir a partir de 1936.
Também se verifica, nos registros, o uso dos métodos ativos defendidos pelo
movimento escolanovista e a ênfase no ensino de Canto Orfeônico e Educação Física, a
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fim de estimular o espírito nacionalista, bem como “melhorar nossa raça” (termo de
inspeção de 16/11/1938 do Grupo Escolar Dr. Manoel Luís).
Durante o período de 1925 a 1943, verificou-se uma atuação marcante dos
inspetores de ensino Antonio Xavier de Assis, José Augusto da Rocha Lima e José de
Alencar Cardoso que através das reuniões orientavam o corpo docente na concretização
dos princípios e métodos do ensino ativo, envolvendo o desenvolvimento de excursões
pedagógicas, os Centros de Interesse inspirado em Decroly, os processos intuitivos, a
aplicação de testes auditivos e visuais a fim de favorecer a aprendizagem da leitura e da
escrita.

Bibliografia

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Eliane Marta T. (org) 500 anos de Educação. Belo Horizonte, A Autentica.

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pelo Presidente do Estado José Joaquim Pereira Lobo. CD rom SEEC 003. Sistema
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Mensagem apresentada à Assembléia Legislativa do Estado em 7 de setembro pelo


Presidente do Estado Mauricio Graccho Cardoso (anos de 1923, 1925,1926). CD rom
SEEC 003. Sistema Informatizado de Memória Histórica de Sergipe.
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NUNES, Maria Thetis (1984). História da Educação em Sergipe. São Paulo, Editora
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SAVIANI, Dermeval et al. O legado educacional do século XX no Brasil. Campinas,
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1. Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Sergipe - FAP-SE/FUNTEC


e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

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