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Inorgânica Aplicada
à Farmácia
Material Teórico
Tabela Periódica dos Elementos
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Tabela Periódica dos Elementos
• Introdução;
• Primeiros Sistemas de Classificação;
• A Tabela Periódica Moderna;
• Propriedades Periódicas.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer a tabela periódica e a sua estrutura;
• Conhecer as propriedades periódicas dos elementos químicos e prever a sua variação.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Tabela Periódica dos Elementos
Introdução
A descoberta de elementos químicos individuais é um pré-requisito para cons-
truir um sistema de classificação. Elementos como enxofre, ouro, prata, cobre,
estanho, chumbo e mercúrio são conhecidos desde a Antiguidade, mas a primeira
descoberta científica de um elemento químico ocorreu em 1669, quando o merca-
dor e alquimista alemão Henning Brand descobriu o fósforo.
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Hélice Telúrica
O próximo passo foi dado em 1862 pelo geólogo francês Alexandre-Émile
Béguyer de Chancourtois, que arranjou os elementos químicos em ordem cres-
cente de massa atômica e os posicionou em uma espiral contínua ao redor de um
cilindro metálico dividido em 16 partes, com o telúrio ocupando a posição central;
devido a esse arranjo, o sistema ficou conhecido como a hélice telúrica (Figura 1).
Através da hélice, previu a estequiometria de diversos óxidos metálicos.
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UNIDADE Tabela Periódica dos Elementos
É importante notar que essa relação funcionava porque, à época, os gases no-
bres ainda não haviam sido descobertos.
No ano seguinte, publicou uma tabela periódica (Tabela 1) e afirmou que compor-
tamentos análogos se repetem a cada oito elementos. Porém, por afirmar que have-
ria uma conexão entre a Química e a música (que também tem escala de oitavas), o
trabalho de Newlands não foi levado a sério, o que obscureceu o seu real significado.
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Você Sabia? Importante!
Tabela de Meyer
No mesmo ano, ocorreu outro importante avanço na classificação dos elementos,
quando o químico alemão Julius Lothar Meyer publicou uma tabela dos elementos
também ordenados pelas suas massas atômicas (Figura 3). A tabela mostrava que
elementos com propriedades similares frequentemente possuíam a mesma valência.
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Figura 5 – Tabela periódica publicada por Mendeleev em 1871
na revista Annalen der Chemie und Pharmacie
Fonte: Wikimedia Commons
Para dar nomes provisórios aos seus elementos previstos, Mendeleev usou os pre-
fixos eka-, dvi- e tri-, baseados nos nomes em sânscrito dos algarismos 1, 2 e 3, de-
pendendo se o elemento previsto estaria a uma, duas ou três posições abaixo do ele-
mento conhecido do mesmo grupo em sua tabela. Por exemplo, eka-alumínio (uma
posição abaixo do alumínio) e dvi-manganês (duas posições abaixo do manganês).
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UNIDADE Tabela Periódica dos Elementos
Tabela 2 – Propriedades previstas por Mendeleev para o eka-alumínio (Ea) e observadas para o gálio (Ga)
previsões para o Gálio
Propriedade
eka-alumínio (1871)a (desc. 1875)a, b
Classificação Metal Metal
Massa Atômica (u) 68 69,7
Densidade (g/cm3) 5,9 5,91
Ponto de Fusão (°C) Baixo 29,8
Ponto de Ebulição (°C) Não volátil 2204
Deve ser estável ao ar Estável ao ar
Comportamento
Químico do Elemento Deve dissolver-se lentamente Dissolve-se lentamente
em ácidos e em bases em ácidos e em bases
Comportamento Químico
Deve ser solúvel em ácidos e em bases Solúvel em ácidos e em bases
do hidróxido
Fórmula do Óxido Ea2O3 Ga2O3
densidade do óxido (g/cm3) 5,5 » 6,0
fórmula do sal EaX 3 GaCl3
método de descoberta análise espectral espectroscópica
* GaCl3: PE = 201 °C; ZnCl2: PE = 732 °C
Fontes: a) http://gallium.atomistry.com/eka-aluminium.html;
b) para os valores numéricos, Handbook CRC of Chemistry and Physics on CD-ROM, CRC Press (2002)
Tecnécio: é um metal radioativo extremamente raro natureza; foi o primeiro elemento quí-
Explor
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O cumprimento das previsões de Mendeleev nos mínimos detalhes pelas des-
cobertas de escândio, gálio e germânio poucos anos depois da publicação da sua
tabela convenceu a comunidade científica de que a lei periódica era uma genera-
lização útil, responsável pelas relações dos elementos. Devido à funcionalidade da
sua tabela e à exatidão das suas previsões, Mendeleev é considerado o pai da tabela
periódica moderna.
O Artigo Química Nova, 20(1), 103 (1997) – Alguns Aspectos Históricos da Classificação Peri-
Explor
ódica dos Elementos Químicos. O artigo apresenta a história da evolução da tabela periódica
dos elementos, desde as primeiras classificações provisórias, passando por Meyer e Mende-
leev, até especulações sobre elementos super pesados que ainda precisam ser sintetizados.
Disponível em: http://bit.ly/31YC8Sq
Últimas Modificações
Com a descoberta do hélio em 1868 e dos demais gases nobres na década de
1890, foi necessário criar uma nova coluna na tabela periódica para acomodá-los.
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No espaço reservado a cada elemento são exibidas informações relevantes:
As informações de cada elemento podem variar de uma tabela para outra, mas
os dados básicos são os mostrados na figura acima.
A paródia “The Periodic Table Song” demonstra de maneira divertida os elementos da ta-
Explor
bela periódica moderna. Selecione nas configurações do vídeo, a legenda para “português”,
caso julgue necessário. Disponível em: https://youtu.be/rz4Dd1I_fX0
Grupos ou Famílias
Em número de 18, correspondem às colunas da tabela e reúnem elementos com
os mesmos números de elétrons na camada mais externa, denominada camada de
valência. Os elementos da mesma família tendem a ter propriedades similares.
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UNIDADE Tabela Periódica dos Elementos
IUPAC: Abreviação em inglês para União Internacional da Química Pura e Aplicada; trata-se
Explor
de uma organização internacional que visa a estabelecer padrões normativos para a área
da Química.
Períodos
Os 7 períodos da tabela periódica correspondem a cada uma das suas linhas; os
elementos de cada período têm em comum os mesmos números de camadas eletrô-
nicas. Assim, os elementos do 1o período (hidrogênio e hélio) têm uma camada de
elétrons, os elementos do 2o período têm duas camadas e assim, sucessivamente, até
os elementos do 7o período, que possuem todas as sete camadas eletrônicas possíveis.
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Figura 10 – Períodos da tabela periódica
Fonte: Acervo do conteudista
tos estão situados abaixo dos demais para deixar a tabela mais compacta; essa convenção
é usada por razões práticas e estéticas. Também comumente chamados lantanídeos e
actinídeos; os termos lantanoide e actinoide são recomendados pela IUPAC.
Configuração Eletrônica
O determinante primário das propriedades químicas de um elemento é a sua
configuração eletrônica, particularmente os elétrons da camada de valência. As con-
figurações eletrônicas dos átomos mostram uma variação periódica com o aumento
do número atômico: elementos com a mesma configuração eletrônica na camada de
valência têm propriedades semelhantes.
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UNIDADE Tabela Periódica dos Elementos
Por essa tabela, a configuração eletrônica do lítio, que é um metal alcalino (família
1A) do 2o período, termina em 2s1, a do sódio logo abaixo, em 3s1; a configuração
do selênio, que é um calcogênio (família 6A) do 4o período, termina em 4s2 4p4, a
do bromo, que é um halogênio (família 7A) do mesmo período, em termina em 4s2
4p5, e assim por diante.
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Propriedades Periódicas
A configuração eletrônica dos elementos está intimamente ligada à estrutura da
tabela periódica: as propriedades químicas de um átomo são largamente determina-
das pelo arranjo dos elétrons na camada externa (ou camada de valência).
Raio Atômico
O raio atômico de um elemento químico é uma medida do tamanho de seus áto-
mos, geralmente a distância média ou típica do centro do núcleo até o limite da nuvem
de elétrons; como esse limite não é uma entidade física bem definida, existem diferen-
tes definições não equivalentes de raio atômico. Para o propósito deste estudo, serão
usados valores aproximados derivados de medidas de distâncias interatômicas.
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Raio Iônico
A mesma tendência de variação nos raios se aplica aos íons. Quando um átomo
perde elétrons, o número de prótons no núcleo torna-se maior que o número de elé-
trons e, assim, a atração sobre a nuvem eletrônica é mais intensa, tornando o cátion
menor que o átomo neutro. Para os ânions, ocorre o oposto: o ganho de elétrons
aumenta a repulsão entre eles e o ânion torna-se maior que o átomo neutro.
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Grupo 1 Grupo 2 Grupo 13 Grupo 16 Grupo 17
Li + Li Be 2+ Be B 3+ B O O 2− F F−
Energia de Ionização
A energia de ionização corresponde à energia necessária para remover um elé-
tron de um átomo no estado fundamental no estado gasoso:
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UNIDADE Tabela Periódica dos Elementos
Observa-se que tanto na família quanto no período, quanto menor for o átomo,
maior será a energia necessária para a retirada de elétrons, pois a carga nuclear e,
assim, a atração dos elétrons pelo núcleo, aumenta.
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Levando essas observações para a tabela periódica, tem-se a seguinte variação:
Afinidade Eletrônica
A afinidade eletrônica corresponde à energia envolvida quando um átomo neu-
tro no estado gasoso recebe um elétron:
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Verifica-se que, tanto na família quanto no período, quanto menor for o átomo,
maior será a sua capacidade de receber elétrons. Levando essas observações para
a tabela periódica, tem-se a seguinte variação:
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Eletronegatividade
A eletronegatividade consiste na tendência relativa de um átomo em atrair elé-
trons em sua direção quando em uma ligação covalente; com poucas exceções, os
gases nobres não participam de ligações covalentes e, assim, não serão considera-
dos na análise dessa propriedade.
Verifica-se que, tanto na família quanto no período, quanto menor for o átomo,
maior será a sua eletronegatividade. Levando essas observações para a tabela perió-
dica, tem-se a seguinte variação:
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Setting the Table – A brief visual history of the periodic table
Histórico produzido pela Revista Science que mostra a evolução do número de elementos
químicos conhecidos e dos sistemas usados para a sua organização, desde as primeiras formas
até a tabela atual (em inglês).
http://bit.ly/2NpOkss
Tabela Periódica Dinâmica
Tabela periódica interativa com layouts dinâmicos mostrando nomes dos elementos, propriedades
físicas e químicas, configurações eletrônicas e isótopos (parcialmente em inglês).
http://bit.ly/2Nm1M0d
Vídeos
Tudo se Transforma, História da Química, Tabela Periódica
O vídeo discute brevemente a evolução dos sistemas de classificação dos elementos químicos até a
tabela periódica atual.
https://youtu.be/hvRnuMrDc14
Alkali metals in water, accurate!
O vídeo mostra o aumento da reatividade dos metais alcalinos ao longo da família (devido à
diminuição das energias de ionização) através de reações com o oxigênio do ar e com água (em
inglês; é possível acionar legendas com tradução automática para o português).
https://youtu.be/uixxJtJPVXk
Halogen reactions with iron wool
O vídeo mostra a diminuição da reatividade dos halogênios ao longo da família (devido à diminuição
das afinidades eletrônicas) através de reações com palha de aço (em inglês; é possível acionar
legendas com tradução automática para o português).
https://youtu.be/EvtyMr5EvBY
Reacting Fluorine with Caesium – First Time on Camera
O vídeo mostra a reação entre o elemento com a menor energia de ionização (césio) e o elemento
com a maior afinidade eletrônica (flúor) (em inglês; é possível acionar legendas em português).
https://youtu.be/EvtyMr5EvBY
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Leitura
Breve Discussão Histórica sobre a “Descoberta” dos Lantanídeos e a sua Relação com as Teorias de Luz e Cores de
Maxwell e Einstein
Química Nova na Escola, 38(1), 25 (2016) – Breve Discussão Histórica sobre a “Descoberta” dos
Lantanídeos e a sua Relação com as Teorias de Luz e Cores de Maxwell e Einstein. O artigo discute a
história da descoberta dos lantanoides e a relação entre a luminescência e as teorias de luz e cores.
http://bit.ly/2NngV1v
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Referências
ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Mo-
derna e o Meio Ambiente. Tradução de Ricardo Bicca de Alencastro. 5a ed.
Porto Alegre: Bookman, 2013. 925 p.
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