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São Paulo
Dezembro 2010
1
RESUMO
ABSTRACT
This course final paper deals with the fermentation process of ethanol production as
a whole. The various stages of manufacture are shown under a technical approach in
the pursuit of an alliance between the theoretical knowledge obtained in the chemical
engineering graduation course and an example of broad industrial application in
Brazil.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Fluxograma da produção de etanol............................................................. 6
Figura 2 - Matriz energética mundial ........................................................................... 7
Figura 3 - Os cinco maiores produtores de etanol no mundo ...................................... 9
Figura 4 - Custos de produção de etanol .................................................................... 9
Figura 5 - Balanço energético ................................................................................... 10
Figura 6 - Composição da cana de açúcar ................................................................ 13
Figura 7 Levedura Saccharomyces cerevisiae .......................................................... 17
Figura 8 - Dorna de fermentação .............................................................................. 20
Figura 9 - Fluxograma do fed-batch .......................................................................... 21
Figura 10 - Produtos e subprodutos da fermentação anaeróbia ............................... 24
Figura 11 - Torre de absorção ................................................................................... 26
Figura 12 - Corte transversal de uma centrífuga de discos ....................................... 27
Figura 13 - Gráfico de otimização da centrífuga........................................................ 28
Figura 14 - Coluna de destilação............................................................................... 29
Figura 15 - Coluna de retificação .............................................................................. 30
Figura 16 - Diagrama bifásico etanol/água a 1 atm. .................................................. 31
Figura 17 - Destilação azeotrópica ............................................................................ 32
Figura 18 - Destilação azeotrópica com benzeno ..................................................... 33
Figura 19 - Exemplo de Peneira Molecular ............................................................... 34
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LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6
1.1. Objeto de Estudo ........................................................................................... 6
1.2. Objetivos ........................................................................................................ 6
1.3. Visão Geral da Produção de Etanol ............................................................... 7
2. METODOLOGIA ................................................................................................. 11
3. RESULTADOS ................................................................................................... 12
3.1. Cana de Açúcar ........................................................................................... 12
3.2. Preparo do Mosto ......................................................................................... 13
3.2.1. Caldo de Cana ....................................................................................... 14
3.2.2. Melaço ................................................................................................... 14
3.3. Preparo do Fermento ................................................................................... 16
3.4. Fermentação ................................................................................................ 19
3.4.1. Fermentação Descontinua ..................................................................... 21
3.4.2. Fermentação Descontínua Alimentada.................................................. 21
3.4.3. Fermentação Contínua .......................................................................... 22
3.4.4. Fatores Limitantes da Produtividade de Etanol ..................................... 23
3.4.5. Torre de Absorção de CO2 .................................................................... 25
3.5. Centrifugação ............................................................................................... 26
3.6. Destilação .................................................................................................... 29
3.7. Desidratação do Etanol ................................................................................ 31
3.7.1. Destilação Azeotrópica .......................................................................... 31
3.7.2. Peneira Molecular .................................................................................. 33
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 35
5. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 36
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1. INTRODUÇÃO
1.2. Objetivos
O etanol pode ser obtido através de diversas formas de biomassa sendo que, na
atualidade, a cana de açúcar e o milho são os grandes responsáveis pela sua
produção. A grande relevância do uso dessa fonte de energia,
energia além de ser uma
fonte renovável, é diminuir a dependência dos combustíveis fósseis na matriz
energética mundial, como se verifica na figura abaixo:
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS
O caldo de cana passa por diversos processos a fim de ter a maior parte das
suas impurezas eliminadas. A presença de impurezas tanto pode ter efeito nocivo
para as leveduras quanto pode causar a formação de espuma nas dornas de
fermentação, fazendo com que parte do mosto e do álcool seja definitivamente
perdida. Esse último efeito é muito comum e incrivelmente danoso.
Após a sua extração pelo processo de moagem, faz-se a necessidade de
realizar um flasheamento para eliminar os gases que prejudicam a principal etapa de
purificação, a decantação destas impurezas.
A decantação é realizada em uma espécie de tanque de fundo cônico por onde o
lodo, mais denso, escorre, sendo posteriormente bombeado, o caldo, mais leve é
retirado nas porções superiores. Recupera-se ainda parte do caldo retido no lodo
através de filtrações, esse caldo é posteriormente adicionado ao caldo clareado,
passando por peneiras que retiram partículas como bagacilho. Existem atualmente
equipamentos como turbo-filtros que realizam as duas etapas de uma só vez.
A retirada de parte da água do caldo em evaporadores do tipo Robert, falling-film
ou Reboilers + Balões de Expansão (flash), para concentrar ainda mais os açúcares
geralmente é feita em usinas que não produzem açúcar, ou que estão mais voltadas
à produção de álcool etílico.
Ao contrário do caldo utilizado para se fabricar o açúcar, o caldo de cana para
fermentação não passa pelos processos de sulfitação (adição de SO2) e caleação
(adição de Cal), pois a presença do ácido sulfuroso e íons Ca++ elevam o stress e a
pressão osmótica dentro das leveduras, fazendo com que estas produzam
subprodutos indesejados.
3.2.2. Melaço
que também produz açúcar é para 65%, neste momento o caldo é chamado de
xarope.
Após o cozimento do açúcar em evaporadores não contínuos, obtêm-se a
massa, que contém sacarose cristalizada e o licor mãe. Este licor mãe existe porque
os açúcares do caldo são compostos principalmente de sacarose, mas também
existe uma parcela considerável de glicose e frutose.
Essas duas hexoses não cristalizam, e além de já estarem presentes na cana de
açúcar, são formados no processo de degradação térmica da sacarose por uma
reação chamada de inversão:
Note que glicose e a frutose possuem igual fórmula molecular, porém se tratam
de dois isômeros, a glicose e a frutose.
Uma caixa denominada cristalizador faz o papel de “descansar” a massa e dosá-
la às centrífugas não-contínuas de açúcar. Nestas centrífugas, o licor mãe passa
pelas aberturas do cesto da centrífuga, e o açúcar é descarregado pelo fundo ao
final da centrifugação, um jato de água superaquecida realiza a limpeza da
centrífuga com esta em movimento, fazendo com que parte do açúcar cristalizado se
dissolva, e atravesse pelas aberturas. A esta mistura de licor mãe e açúcar
dissolvido dá-se o nome de melaço.
O melaço é constituído de cerca de 60% de °Brix, porém este dado é
extremamente variável, pois existem diversas peculiaridades entre algumas usinas e
outras: cristalização de massas A, B e C, limpezas de centrífugas com vapor em vez
de água superaquecida, entre outros. Não desenvolveremos esses assuntos a
fundo, porém é importante saber que o melaço é muito mais concentrado que o
caldo, maior °Brix, porém possui menor Pureza (% de Sacarose/ % de Acúcares
totais). Comparativamente, a pureza do caldo é de cerca de 83% enquanto a do
melaço é de 54%.
Sendo assim, as usinas que produzem caldo e açúcar, para chegar ao °Brix de
Mosto de 22%, fazem a mistura de caldo e melaço, podendo também usar em
alguns casos água tratada com melaço, o que costuma ocorrer somente em
períodos de entressafra. Esta mistura ocorre de forma contínua em um equipamento
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Produção de
Metabolismo Reação química
biomassa
1-5g /
Fermentação C6 H 12 O6 levedura
→ 2C 2 H 5 OH + 2CO2 + 2 ATP
g de ART
C6 H 12 O6 + 6O2 levedura
→ 6CO2 + 6 H 2 O + 38ATP 47g /
Respiração
g de ART
Note pela tabela que a respiração gera mais ATP, que é a forma pela qual os
organismos armazenam energia, o que permite a maior formação de biomassa
(crescimento celular). ART corresponde aos açúcares redutores totais, neste caso
glicose, frutose e glicose, convertidos para base de glicose.
As leveduras, como qualquer ser vivo, necessitam de nutrientes para realizar os
seus processos metabólicos, segue de acordo com a referência [5] uma tabela com
as concentrações necessárias de cada nutriente:
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Uma linhagem ideal de levedura para se iniciar uma safra, segundo a referência
[3] e [4], deve obedecer os seguintes aspectos:
3.4. Fermentação
% ART Consumido
Produtos da Fermentação
(86 a 92% de Rendimento)
Etanol 46 – 47
Gás Carbônico 41 – 45
Biomassa 1–5
Glicerol 2–9
Ácido Succinico 0,3 – 1,2
Ácido Acético 0,1 – 0,7
Óleo Fusel
sel 0,2 – 0,6
*Para consumo total de açúcar pela levedura
Tabela 3 - Balanço de massa da fermentação anaeróbia
Assim, pode-se
se aumentar a formação de etanol diminuindo a formação de
biomassa, glicerol e ácidos orgânicos. Como a formação de biomassa através do
processo fermentativo anaeróbio não pode ser evitada (sempre são produzidos dois
ATP’s que são convertidos em calor e biomassa), deve-se
deve se prevenir que a levedura
execute a respiração ao invés da fermentação,
fermentação, o que pode ser feito controlando a
concentração de oxigênio dissolvido no processo. No entanto, ao impedir totalmente
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3.5. Centrifugação
ௗమ
ݒ = ଵ଼ఓ ሺߩ௦ − ߩሻ݃ (1)
ௗమ
ݒ = ሺߩ௦ − ߩሻ ݓଶ ݎ (2)
ଵ଼ఓ
௪మ
ܨ = (3)
ଶగ௪ మ
ܳ = ݒ [ ଷ
൫ܴ ଷ − ܴଵ ଷ ൯ܿ]ߠ݃ݐ (4)
3.6. Destilação
O vinho após ter sido centrifugado encontra-se próprio para a destilação. Sua
graduação alcoólica é de cerca de 10-12°GL, o que precisa ser elevado para a casa
de 92,6-96,8°GL para entrar na especificação de álcool hidratado carburante, ou
ainda 99,4-99,9°GL para ser considerado álcool anidro. Isso só é possível utilizando
o processo de destilação.
O processo de destilação mais comumente utilizado na indústria é o de Melle-
Guinot. Este processo utiliza basicamente três etapas.
A primeira etapa é chamada de destilação, na qual se alimenta a coluna com o
vinho a cerca de 90ºC na porção A1, havendo a formação de vinhaça (produto de
fundo), álcool de segunda (produto de topo), e flegma (produto intermediário).
A visão simplificada da coluna da etapa de destilação é seguinte:
4. CONCLUSÃO
Neste trabalho, como esperado, foi constatada uma forte sinergia entre as
disciplinas ministradas na graduação e os processos encontrados numa usina de
fabricação de etanol. A fermentação, por exemplo, vai de encontro com a disciplina
de Engenharia Bioquímica assim como a destilação envolve conhecimentos de
operações unitárias e termodinâmica aplicada. Entretanto, o processo infelizmente
carece de uma produção bibliográfica que aborde o tema com elevado grau de
complexidade, o que dificulta o pleno entendimento do tema.
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5. BIBLIOGRAFIA
1. http://www.inventabrasilnet.t5.com.br/caralc.htm
2. http://www.biodieselbr.com/
3. MENEZES, T.J.B. Etanol: O Combustível do Brasil, Ed Ceres XXIV. São
Paulo, Editora Agronômica Ceres LTDA, 1980.
4. CAMARGO, R. Importância da Raça de Levedura na Fermentação do Melaço.
In: II Semana de Fermentação Alcoólica. Fermentação do Mel Final das
Usinas de Açúcar. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, vol II,
Piracicaba-SP, 1966.
5. LIMA, U.A et al. Biotecnologia Industrial: Processos Fermentativos e
Enzimáticos, vol 3. São Paulo, Editora Edgard Blücher LTDA, 2001.
6. KILIKIAN, B.V. PESSOA JR., A. Purificação de Produtos Tecnológicos,
Barueri-SP, Editora Manole, 2005.
7. AMORIM, H.V. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA- Ciência & Tecnologia. Editora
Fermentec. Piracicaba, 2005.
8. http://www.inovacao.unicamp.br/etanol/report/workshop-etanol_luiz-basso.pdf
9. GUTIERREZ, L.E. Efeito da Adição de Sulfato de Amônio Sobre a Produção
de Ácido Succínico Durante a Fermentação Alcoólica, Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba-SP, 1988.
10. FOUST, A.S. Princípio das Operações Unitárias, Ed. 2, Editora LTC, 1982.
11. PERRY, R.H., Perry`s Chemical Engineers’ Handbook, McGraw-Hill, 1997.