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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO
FALE
PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS II
Prof. Maria Izabel

O PORTUGUÊS NA OPINIÃO DE QUEM VEM DE FORA

Exceções, regências e conjugações verbais da língua portuguesa estão entre os principais


obstáculos para o estrangeiro

Texto publicado na edição impressa de 06 de novembro de 2014

Curiosidades

O português é a quinta língua mais falada no mundo.

Proficiência

Para conseguir o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa, estrangeiros são


submetidos a um exame aplicado pelo Inep.

Mais diretos

Os pronomes pessoais tu e vós não ganham destaque nas aulas. São estudados eu, você/ele/a
gente, nós e vocês/eles.

Sons nasais

O português possui muitos sons nasais. Vogais e ditongos nasais, como “ã”, “om”, “ãe” e “em”,
podem ser mais difíceis de serem pronunciados.

Expressões populares

Sem explicações, expressões comuns no nosso dia a dia podem causar confusão no aluno,
como “cabeça de vento”, “dar com a língua nos dentes”, “ter as costas quentes”, “chutar o
balde”.
Vocabulário traiçoeiro

Considerando falantes de línguas latinas, além do cuidado com as novas pronúncias que são
exigidas, como nas palavras “avô” e “avó”, o vocabulário pede atenção. Palavras similares têm
significado diferente, como “embaraçada”, grávida em espanhol.

Fonte: Redação, com especialistas entrevistados e coleção didática “Viva!”, lançada recentemente pela Editora Positivo.

O português é um dos idiomas mais difíceis do mundo, dizem os brasileiros. Com as novas
regras de ortografia, ele parece ter se tornado ainda mais complexo. Apesar de especialistas
não concordarem totalmente com essa “má-fama” da língua, um bate-papo com quem busca
aprender as primeiras palavras e frases comprova que nossas exceções, irregularidades,
regências e conjugações costumam dar dor de cabeça em quem vem de fora.

Mesmo com as dificuldades, o português está em alta entre os estrangeiros. A descoberta do


idioma ocorre em cursos no país de origem ou em escolas brasileiras. A vinda ao país devido a
uma oportunidade de trabalho faz deste o empurrão inicial de grande parte dos estudantes,
sejam adultos ou crianças que acompanharam os pais. No primeiro semestre deste ano, quase
33 mil estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil, segundo o Ministério do Trabalho
e Emprego.

Acostumado a ensinar português a estrangeiros, Leandro Alves Diniz, professor de Língua


Portuguesa da Unila, diz que o idioma é tão complexo e rico como qualquer outro. “Costumo
brincar que nosso idioma é tão fácil que uma criança brasileira com cinco anos fala superbem e
que ele é tão difícil que qualquer um de nós que tentar explicar como o português funciona
não vai conseguir”, diz.

Conforme a professora Zélia Torres de Albuquerque, do Colégio Internacional de Curitiba, a


nacionalidade de cada pessoa geralmente interfere na forma de aprender. “Se temos um aluno
latino, o aprendizado do português é mais rápido. Com um americano, alemão ou japonês, é
mais demorado. Mas cada aluno é um caso e tem o seu momento de absorção da língua em
estudo.”

Para a intercambista finlandesa Anniina Tahka, 16 anos, há três meses no Brasil, o aprendizado
do português tem sido mais complexo. “O português está sendo o mais difícil. Por enquanto,
eu assisto às aulas, mas fico só ouvindo. Acabo misturando muito os outros idiomas”, conta a
jovem, que já domina o sueco e o inglês.

Tempo de estudo

Diniz afirma que é difícil precisar o tempo que alguém leva para aprender o português.
“Depende da motivação, da relação do aluno com a língua, se ele está imerso no contexto ou
se está no Brasil”, explica. Ele diz que algumas pessoas podem falar e escrever bem em um ano
e outras podem morar anos no Brasil e se acomodar com o básico do idioma.
Há dois anos no Brasil, o norte-americano Dallin Cordon, 15 anos, ainda dá escorregadas no
português. Ele diz que é difícil saber onde termina uma palavra e começa outra e considera a
conjugação de verbos a parte mais complicada. A ajuda da mãe, que havia passado um tempo
em Portugal, foi muito importante para a adaptação. “Minha mãe falava as palavras bem
devagar e eu repetia para outras pessoas”, diz.

Adaptação

Cultura e arte além do beabá

A tendência no ensino de idiomas estrangeiros é de que ele seja entendido mais como um
contato com culturas diversas do que como um código a ser dominado. Por aqui, o ensino da
língua portuguesa está vinculado à cultura brasileira, com seus aspectos sociais, históricos e
culturais. O japonês Tatsuro Murakami, 17 anos, conta que sempre quis vir para o Brasil por
causa da música brasileira. “Quero conhecer a música de países diferentes e achei que seria
legal vir ao Brasil para fugir do comum”, conta o jovem, que cursa o ensino médio no Colégio
Opet.

Depois de mais de dez anos nos Estados Unidos, Marcela e José Luiz Andrade resolveram
voltar ao Brasil. Uma boa proposta de emprego tornou a mudança atrativa para o casal, mas as
duas filhas não estão convencidas. Há sete meses, Rebeca, 9 anos, e Letícia, 8 anos, estão
matriculadas no Colégio Positivo e, mesmo tendo crescido com a mãe falando português em
casa, a adaptação no Brasil não está nada fácil. “Elas dizem que estão esperando completarem
18 anos para voltar para a sweet home (doce lar)”, conta a mãe.

Como a família pretende ficar no Brasil, Rebeca e Letícia precisarão de uma dose extra de
motivação e de incentivo dos pais para dominarem o português. A mãe busca reforço em
português e, enquanto isso, fora da escola é hora de assistir a filmes, ler livros e maximizar o
contato com a língua, assim como é recomendado a qualquer brasileiro que quer aprender um
idioma estrangeiro.

“Matricular as crianças na escola, adaptá-las socialmente e deixá-las felizes, é o ponto mais


importante para os pais estrangeiros recém chegados. Quando as crianças estão
‘encaminhadas’, fazendo amizade, aprendendo, vivendo a rotina, a família consegue acomodar
os outros pontos.” Claudia Lebiedziejewski, coordenadora de admissão do Colégio
Internacional de Curitiba.

Com a palavra, os estudantes estrangeiros


“Minha família chegou ao Brasil no ano passado, mas como minha mãe morava antigamente
em Portugal, ela já tinha uma base do idioma. Quando estamos em restaurantes ou
supermercados é ela que fala por nós na maioria das vezes. O português não é tão difícil,
porque eu já falo francês e espanhol. Mas a pronúncia das palavras e os acentos são a parte
mais complicada.” Sarah Grippay, 14 anos, da França, há um ano e dois meses no Brasil.

“Minha primeira opção para o intercâmbio era os Estados Unidos, pelo Rotary. Mas gostei
quando descobri que viria ao Brasil, pois alguns amigos tinham estado aqui e me contado
várias coisas legais. O português está sendo bem difícil. Tenho aula de português para
estrangeiros duas vezes por semana à tarde, além das aulas normais do 2º ano pela manhã e
não entendo uma palavra do que a professora diz. O mais difícil é o vocabulário.” Sven Genke,
17 anos, da Alemanha, há três meses no Brasil.

Atividade 1:

Expresse por escrito sua opinião sobre o que leu.

O português é a quinta língua mais falada no mundo e para obter o certificado de proficiência
é necessário fazer o exame Celpe-bras para estrangeiros.

Os portugueses alteram os pronomes pessoais conhecidos em espanhol como “tú” e são


trocados por você. Também é importante reconhecer que a linguagem possui sons nasais, que
são um pouco difíceis de pronunciar.

Os brasileiros dizem que o português é a língua mais difícil do mundo, porque tem regras e
expressões gramaticais diferentes.

Por outro lado, é importante reconhecer que uma pessoa da América Latina terá um
aprendizado mais rápido da língua, caso contrário, um americano, alemão ou japonês, mas
mesmo assim cada um tem seu momento e este fator também depende da motivação de a
pessoa a aprender o idioma.

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