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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA


FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
ENGENHARIA MECÂNICA COM ÊNFASE EM MANUTENÇÃO

Anderson Machado Fernandes RA 017057-1


Edmauro Leandro Correia RA 017378-01
Rodrigo Suzigan Randi RA 017212-2

A GLOBALIZAÇÃO E A SUAS CONSEQÜÊNCIAS

Monografia realizada
sobre o livro Globalização e
Desemprego apresentado para
avaliação da disciplina de
Economia, do 4° semestre, do
curso de Engenharia Mecânica,
da Universidade Metodista de
Piracicaba – UNIMEP – sob
orientação do Prof. Zildo Gallo.

Santa Barbara D’Oeste, Julho de 2003


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Sumário

Resumo_________________________________________________________________________________3
Abstract________________________________________________________________________________3
Introdução_____________________________________________________________________________4
A Globalização, Desemprego e a Terceira Revolução Industrial_________________5
A Exclusão Social Atual______________________________________________________________8
Brasil: Desigualdade de renda e a atual exclusão social.________________________10
São Paulo: Desigualdade de renda e a atual exclusão social.___________________12
Conclusão_____________________________________________________________________________15
Referência Bibliográfica______________________________________________________________16
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Resumo

A problemática discutida nesta monografia é a globalização os efeitos da 3º


Revolução Industrial, as teorias sobre a exclusão social e a desigualdades
existentes particularmente no Estado de São Paulo e no Brasil em geral.

Abstract
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Introdução
O capítulo 1 trata da globalização e as conseqüências da 3º Revolução
industrial também sobre desemprego e a criação de “novos tipos de empregos”,
gerados pelo avanço da alta tecnologia. O que ocorre é a falta de mão-de-obra
qualificada para trabalhar nos novos setores

O capítulo 2 discute a exclusão social sob duas óticas: a individualista e a


estruturalista. A primeira é contra a proteção do trabalhador em relação aos riscos
de vida e econômicos; já a segunda defende as instituições de bem estar social, em
que há a preocupação de reintegrar o ex-trabalhador na sociedade e no mercado de
trabalho.

O capítulo 3 mostra como a desigualdade gera exclusão social no Brasil. A


desigualdade de renda, raça, escolaridade e status social formam duas camadas
distintas da sociedade: a alta sociedade e a baixa sociedade.

O capítulo 4 fala sobre o empobrecimento social frente às altas inflações,


aumentadas com a abertura do mercado brasileiro às importações e à globalização
financeira no estado de São Paulo. O desemprego só aumentou, pois para haver
competitividade, houve a necessidade de se avançar tecnologicamente a produção,
ou seja, substituir a mão-de-obra por máquinas e equipamentos, comandados
somente por mão-de-obra qualificada.
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A Globalização, Desemprego e a Terceira Revolução Industrial
A falta de bons empregos – de empregos que pagam e oferecem estabilidade,
perspectivas de carreira, seguro desemprego, seguro contra acidentes,
enfermidades, velhice e morte – é sentida em praticamente todos os países
desenvolvidos e semidesenvolvidos. É duvidoso que o problema pseudo-universal
do desemprego de fato atinja os pobres “antigos”, os que há décadas vivem de
bicos, do comércio ambulante, de trabalhos sazonais, da prestação de serviços que
não exigem qualificação, que incluem a prostituição, a mendicância e assemelhados.
É provável, porém, que o desemprego esteja contribuindo para o avultamento da
pobreza.

Para dar destaque ao desemprego nesta discussão, é necessário explicitar e


examinar criticamente uma série de pressupostos que o discurso corrente
subentende. O emprego resulta de um contrato pelo qual o empregador compra a
força de trabalho ou a capacidade de produzir do empregado. A firma empregadora
é o comprador, o demandante e, como tal, paga o preço da mercadoria – o salário.

Quando a demanda por mercadorias, seja para consumo ou para inversão, é


contida, a fim de que os preços não subam, as empresas vendem menos, portanto
produzem menos e, por isto, empregam menos. A concorrência intensificada entre
as empresas obriga-as a reduzir custos e, portanto, a aumentar ao máximo a
produtividade do trabalho, o que implica reduzir também ao máximo a compra de
força de trabalho. Os desempregados, que outrora eram denominados de exército
industrial de reserva, desempenham o mesmo papel que as mercadorias que
sobram nas prateleiras: eles evitam que os salários subam.

O ressurgimento do desemprego em escala crescente deve-se à vários


fatores, como às transformações econômicas ocasionadas pelo conjunto de
mudanças tecnológicas conhecido como Terceira Revolução Industrial e pela
crescente globalização das atividades econômicas.

Todas as revoluções industriais acarretam acentuado aumento da


produtividade do trabalho e, em conseqüência, causaram desemprego tecnológico.
Os deslocamentos foram grandes, milhões de trabalhadores suas qualificações à
medida que máquinas e aparelhos permitiram obter, com menores custos, os
resultados produtivos que antes exigiam a intervenção direta da mão humana.
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A Terceira Revolução Industrial sob diversos aspectos difere das anteriores.


Ela traz consigo acelerado aumento da produtividade do trabalho tanto na indústria
como em numerosos serviços, sobretudo dos que recolhem, processam, transmitem
e arquivam informações. Como ela está ainda em curso, é difícil prever seus
desdobramentos próximos e longínquos. Além da substituição do trabalho humano
pelo computador, parece provável a crescente transferência de uma série de
operações das mãos de funcionários que atendem o público para o próprio usuário.
É a difusão do auto-serviço facilitado pelo emprego universal do microcomputador. O
que pode significar que cada cidadão ou cidadão gastará mais tempo para consumir
e administrar o consumo presente e futuro de si e dos que dela ou dele dependem.

Um dos efeitos mais controversos da Terceira Revolução Industrial é que ela


parece estar descentralizando o capital. Esta hipótese se justifica por dois motivos:
pela maior flexibilidade que o computador confere ao parque produtivo, eliminando
certos ganhos de escala, tanto na produção quanto na distribuição; e pelo
barateamento do próprio computador e de todo equipamento comandado por ele.

É praticamente impossível separar os efeitos da Terceira Revolução Industrial


de outras mudanças concomitantes que vem ocorrendo nos diferentes países. O que
dá para admitir é que ela afeta profundamente os processos de trabalho e, com toda
certeza, expulsa do emprego milhões de pessoas que cumprem tarefas rotineiras,
que exigem um repertório limitado de conhecimentos e, sobretudo, nenhuma
necessidade de improvisar em face de situações imprevistas. Ao mesmo tempo, as
aplicações da microeletrônica criam novos postos de trabalho, provavelmente em
menor número, dos quais uma parte requer qualificação elevada (programadores,
por exemplo) e outra requer apenas prática (digitadores, por exemplo).

A globalização é um processo que se realiza sem solução de continuidade já


há mais de cinqüenta anos. É fácil comprovar isso observando o crescimento
contínuo do valor das trocas internacionais e dos investimentos diretos estrangeiros.
De 1970 em diante, as economias capitalistas desenvolvidas abriram seus mercados
internos aos produtos industrializados do Terceiro Mundo. Ao mesmo tempo, a crise
do dólar levou à flutuação das taxas de câmbio e à constituição de um grande
mercado financeiro internacional – o mercado de eurodivisas –não submetido a
qualquer controle público.
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A globalização é um processo de reorganização da divisão internacional do


trabalho, acionado em parte pelas diferenças de produtividade e de custos de
produção entre países. No início da segunda etapa, os países semi-industrializados
apresentavam ao capital global vantagens comparativas, que consistiam em grande
disponibilidade de mão-de-obra já treinada e condicionada ao trabalho industrial a
custos muito menores do que no países desenvolvidos. Na mesma época, as lutas
de classe nos países industrializados haviam se intensificados, alimentadas por
crescente insatisfação de uma classe operária de escolaridade elevada com um
trabalho monótono e alienante.

Se a globalização não reduz, pelo menos de forma sistemática e contínua, a


ocupação nos países exportadores de capital e importadores de produtos industriais,
não há dúvida de que ela ocasina “desemprego estrutural”. Ela faz com que milhões
de trabalhadores, que produziam o que depois passou a ser importado, percam seus
empregos e que possivelmente milhões de novos postos de trabalho sejam criados,
tanto em atividades de exportação como em outras. O “desemprego estrutural”
ocorre porque os que são vítimas da desindustrialização em geral não têm pronto
acesso aos novos postos de trabalho.

O desemprego estrutural, causado pela globalização, é semelhante em seus


efeitos ao desemprego tecnológico: ele não aumenta necessariamente o número
total de pessoas sem trabalho, mas contribui para deteriorar o mercado de trabalho
para quem precisa vender sua capacidade de produzir. Neste sentido, a Terceira
Revolução Industrial e globalização se somam.
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A Exclusão Social Atual

Um estudo elaborado para o instituto internacional de estudo do trabalho que


tenta colocar em debate a exclusão social atual.
A exclusão social divide se em concepções individualismo e estruturalismo e
estão intencionalmente nas abordagens de soluções propostas para questão mesmo
conhecendo as causas da exclusão social.
Os individualistas vêem em todas as leis e instituições que protegem o
trabalhador como obstáculo para expansão da atividade econômica e do emprego, e
atribui isso com o principal problema para exclusão social, e acreditam com o fim
das instituições o problema seria menor.
Os estruturalistas enxergam o mercado como um jogo que produz vencedores
e perdedores, sendo os perdedores sérios candidatos a se tornarem excluídos da
sociedade. As instituições sevem de apoio a eles para que possam retornar ao
mercado.
Que a discussão entre estruturalista e individualista continua se afundando,
mas vale a pena expor seus argumentos para que as contradições aflorem.
A exclusão social esta em conjunto com a desigualdade e pobreza, sendo
desigualdade referindo a distribuição de renda e a pobreza relacionada no
padecimento por provação do mínimo necessário para manter a pessoa viva e
saudável.
Ainda assim estruturalista e individualistas divergem amplamente sobre o que
fazer para combater a desigualdade e a pobreza.
Os estruturalistas querem comprometer o governo de tal forma que a
distribuição de renda seja igual para que ninguém corra o risco de não ver atendidas
suas necessidades básicas.
Já os individualistas vêem esses esforços como o melhor caminho para criar
um crescente exercito de pobres profissionais. Eles acreditam em incentivar o pobre
a ajudar a si mesmo para sair da pobreza, trabalhando duro, mantendo-se sobre e
cultivando hábitos de autodisciplina e assim por diante.
Em fim podemos ver a exclusão social como uma soma de várias exclusões,
por exemplo, aqueles que foram expulsos do mercado de trabalho formal, ou do
mercado da residência formal.
Nas palavras de Paul Singer ele toma o desemprego como um exemplo de
exclusão social, no estudo da maioria dos desempregado não pode se dizer a todos
que são excluídos, por exemplo, um jovem ou uma moça que esta a procura de um
emprego temporário não e um excluído, mas uma pessoa com uma idade avançada
que esgotou seu seguro desemprego e ainda não encontrou um emprego já
podemos considerar excluído.
Um meio de se acabar com exclusão social seria a inclusão social, a
opinião dos individualistas e estruturalistas são diferentes sobre este assunto. Os
individualistas concebem a inclusão social como abrir novos negócios, competir
pelos empregos, ir a escola para adquirir qualificações, e assim por diante. Eles
ignoram a barreira representada pela falta de capital e enfatizam a importância da
dedicação, vontade e persistência.
Já os estruturalistas fazem o contrario, acham que o capitalismo e
impróprio para que possa engrenar um processo de inclusão social para todos, e
enxergam os excluídos como vitimas da lógica do capitalismo. Eles acreditam que o
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estado deve a promover um processo publico de inclusão social, sustentando e


treinando os desempregados.
A teoria sobre a exclusão social pode ter causas individuais bem como
estruturais.
Uma das pressuposições ao se lidar com a exclusão social e a de que
ela e resultado de fatores individuais. As pessoas são excluídas porque não
possuem as qualificações exigidas pelo mercado, ou porque elas deixam de migrar
para onde suas habilidades são requeridas, ou porque suas propriedades são tais
que elas preferem permanecer ociosas, fora dos relacionamentos econômicos e
sociais que criam a normalidade. Este ponto de vista, que poderíamos chamar de
concepção individualista, sublinha o papel das barreiras sociais erigidas por
regulamentações legais que originalmente tinham a intenção de proteger aqueles
considerados social e economicamente em desvantagem. Por exemplo, a legislação
do salário mínimo, o mesmo que trabalhadores não-qualificados estejam dispostos a
aceitar salários abaixo do mínimo, a legislação impede-os, obrigando-os a
permanecer ociosos ou a aceitar emprego informal.
Outra pressuposição e a de que as principais causas da exclusão
social são estruturais, qualquer economia de mercado e feita de estruturas-negócios,
departamentos governamentais, organizações não-lucrativas que são os mais
importantes canais da integração econômica. Numa economia dessas, o acesso a
produção social bem como ao consumo do produto social e condicionado por
mecanismos competentes de mercado, que simplesmente não pode assegurar que
todos aqueles que necessitam sejam contemplados. O tamanho da demanda do
trabalho depende da soma das decisões individuais de produção de um grande
numero de estruturas em competição. Conseqüentemente a demanda por trabalho
pode ser de qualquer grandeza, menor, igual ou maior do que a oferta de trabalho,
ou seja, o numero daqueles que desejam ou necessitam trabalhar pelo salário
corrente. Isto quer dizer que a exclusão social e´´ principalmente determinada pela
dinâmica das empresas e outras estruturas supridoras de trabalho. Esta forma de
pensar pode ser chamada de concepção estruturalista em oposição a individualista.
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Brasil: Desigualdade de renda e a atual exclusão social.

A desigualdade social brasileira é vista sob vários aspectos como a pobreza


através da grande desigualdade de renda em escala nacional, as áreas
metropolitanas a volta das capitais, os gêneros e cor sendo que os brasileiros
possuem uma mistura de racial muito variada a descriminação é dirigida
principalmente a negros, a escolaridade sendo este aspecto fortemente ligado a
exclusão.

A pobreza no Brasil é definida através de níveis mínimos de renda per capta,


sendo as incidências de pobreza muitos desiguais entre regiões e cidades, que
variam de acordo com seu desenvolvimento.

A exclusão social fortemente associada com a pobreza, é o analfabetismo, a


ausência de escolaridade e o trabalho infantil associados a atributos pessoais como
gênero, cor, raça e região medindo o gênero de descriminação.Sob a ótica da
concepção individualista presume-se que as rendas individuais são proporcionais a
produtividade individual supostamente determinada em grande medida pela
educação, sendo explicadas as diferenças de rendas através principalmente do nível
de escolaridade.

A exclusão do emprego formal é associado a impedimento de usufruir dos


direitos legais garantidos apenas aqueles que pertencem apenas aquela instituição,
não tendo acesso aos direitos assegurados pela legislação trabalhista. Esta é
particularmente importante no Brasil, pela grande parcela da população que é
atingida que provavelmente vem crescendo, derivada da Terceira Revolução
Industrial, visto que tais tendências no Brasil vêm se reforçando devido vir abrindo
sua economia ao comercio e investimento.

A informatização como fenômeno novo, ocasionou os impostos sobre mão-


de-obra e a indexação salarial teria crescido marcadamente, o salário diminuiu
demarcadamente. O Brasil exporta e importa principalmente bens manufaturados e
é difícil dizer qual deles é mais intensivo em capital. A abertura dos mercados não
trouxe os efeitos benéficos sobre o trabalho.
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A liberação comercial facilitou a importação de equipamentos que


economizam mão de obtendo por objetivo aumento de produtividade do trabalho
apartir do investimento industrial .
12

São Paulo: Desigualdade de renda e a atual exclusão social.

No Brasil em 1981foi considerada a pior década para a economia, pois o país


sentiu dificuldades de fechar o seu balanço de pagamentos, dependendo de novos
créditos dos bancos privados, a partir de 1981, o Brasil mergulhou na maior
recessão de sua história, que acabou só em 1984.
Durante a primeira recessão do período, 1980-83, o produto total caiu 6,28%
e o industrial 14,27%. Na fase de recuperação seguinte, 1983-87, o produto total
cresceu 26,49% e o industrial 29,79%, mesmo o produto industrial ter crescido mais
que o total, ele não compensou o atraso acumulado durante a recessão.
A partir de 1990, começa a abertura comercial do mercado interno às
importações, impulsionando o processo de desindustrialização.
A desindustrialização se resulta de tendências universais, a Terceira
revolução Industrial, que eleva a produtividade na indústria, mas muito pouco em
serviços de consumo social, diminuindo a parcela de tempo social de trabalho
alocada a indústria.
No período de 1976 e 1993, a economia da RMSP sofreu mudanças, pela
evolução da estrutura setorial da ocupação e do trabalho assalariado.
A queda do ritmo de expansão do número de ocupados na RMSP cresceu de
4,5 para 6,8 milhões entre 1976 e 1993, mas deste aumento de 2,3 milhões, 2
milhões surgiram na primeira metade do período, entre 1976 e 1985, enquanto 350
mil surgiram na Segunda metade (1985-93).
Na década de 70, devido ao “Milagre Econômico”, a Grande São Paulo atraiu
muitos imigrantes de outras regiões do Brasil. Na década de 80, a queda do ritmo de
crescimento da ocupação na RMSP caiu quase à metade.
Em 1976, a RMSP era predominantemente industrial, sendo que, 37,69% dos
ocupados estavam na indústria de transformação. Mas das 882,2 mil ocupações que
surgiram em 1976-81, apenas 171,7 mil estavam neste setor. Em 1976-81, a maior
parte das ocupações, surgiu na prestação de serviços, com 193,7 mil (21,96%), em
seguida a indústria de transformação, comércio de mercadorias, com 155,1 mil
(17,548%) e social com 102,9 mil (11,66%).
O produto brasileiro cresceu 11,26% enquanto o industrial cresceu apenas
8,25% no período de 1981-85, sendo que o país já se encontrava em crise industrial,
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a ocupação industrial expandiu em 1981-85 a 2,45% ao ano, podendo notar que o


motor do crescimento metropolitano passou a ser o terciário (serviços). Essa
mudança de tendência ocorre entre 1985-93, quando o número total de ocupados é
de 347,3 mil a indústria de transformação apresenta uma perda líquida de 320 mil
postos de trabalho.
O esvaziamento econômico da RMSP não foi pior em 1985-93, devido ao
crescimento da ocupação no comércio de mercadorias, na prestação de serviços e
no social, sendo que nestes três setores houve um aumento de 522,1 mil nas
ocupações, compensando a perda na indústria e no setor financeiro.
A ocupação industrial cresceu até com certo vigor durante a década de 80 e
inverteu seu curso a partir de 1990, quando crise econômica e abertura do mercado
interno coincidiram, colocando a indústria metropolitana sob dupla pressão de uma
demanda em queda livre e a competição de importados. Quando a dinâmica da
indústria tornou-se negativa, nos anos 90, a economia inteira da RMSP deixou de
crescer.
Ainda no período de 1976-81, o número total de empregados cresceu 2,86%
por ano, neste período a proporção de assalariados no total de ocupados caiu. Já
em 1981-85, a tendência se inverte, o emprego cresce 5,13% por ano, acima da
taxa de aumento da ocupação, de 4,82%.
Em 1985-93 os números de empregos diminuem, e aumenta o de ocupados
sobe, os empregados diminuem de 85,1 mil, ao passo que ocupados sobem 347,3
mil.
A contração do assalariamento se verifica na indústria de transformação e
outras atividades, sendo que no total, estes dois setores eliminaram 497 mil
empregados nestes oito anos, tendo uma compensação pelo crescimento do
emprego na prestação de serviços, no social e no comércio de mercadorias, que
juntas criaram 311.700 empregos nestes oito anos. Com isso gerando a substituição
do emprego formal para o não informal.
O emprego informal dispensa o empregador e o empregado de recolher
contribuições à Previdência Social, ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço e
outras, essa substituição do emprego formal pelo informal implica na redução de
mais de 50% o custo anual do trabalhador à empresa.O desemprego é um fator que
faz com que as pessoas aceitem o emprego informal.
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O emprego formal caiu de 62,69% em 1981 para 59,97% em 1985 e para


51,84% em 1993, enquanto o emprego informal subiu de 17,51% em 1981 para
21,18% em 1985 e para 23,93% em 1993. Sendo que, trata-se de dois processos
independentes: de um lado, empregados formais são despedidos, em função da
desindustrialização, da globalização e do avanço tecnológico, substituídos por
máquinas ou por autônomos subcontratados. De outro lado, empregados são
admitidos informalmente, seja por pequenas empresas ou famílias, seja por novas
subcontratadas de grandes empresas.
A organização dos trabalhadores é atingida ao mesmo tempo pela
precarização, a soma de desassalariamento ou terceirização e de informalização e
pelo desemprego.
A crise industrial multiplicou a ocupação em serviços, em que a proporção de
autônomos é alta; e o desassalariamento transferiu do emprego industrial ou
bancário, grande número de trabalhadores para atividade por conta própria,
enquanto fornecedores de serviços que antes prestavam como assalariados,
mostrando assim, que estas mudanças estruturais se deram com grande
degradação do nível de renda.
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Conclusão

Todos os meios discutidos entre estruturalistas e individualistas ainda


não tiveram um efeito para que possa ajudar a grande massa de excluídos, ou
desempregados. Vários pontos são abordados com se a culpa fosse da própria
pessoa no ponto de vista dos individualistas, mesmo com essa opinião nenhuma
mudança foi feita tudo continua como estava.
Os estruturalistas mesmo achando o capitalismo impróprio para se
implantar uma inclusão social esperam uma medida do governo em relação à
exclusão social para que possa melhorar para todos, ate agora não surtiu efeito, e
tudo continua como esta.
As duas opiniões seriam válidas se trabalhassem em conjunto e se o
governo desse o apoio necessário para que quando empregadas não passassem
apenas de mais uma idéia.
A exclusão social analisada do ponto de vista dos fatos estruturais foi vista
como espécie de variável intermediária que contribuíram para reproduzir a exclusão
dos grupos discriminados e desfavorecidos. A exclusão no mercado formal de
trabalho do Brasil não pode ser totalmente atribuída à abertura do mercado interno,
mas outros fatores como recessão e recuperação econômica não parecem ter tido
um papel significativo. Pode-se considerar a exclusão do mercado formal como
sendo um dos mais importantes processos de exclusão social. O cumprimento da
legislação trabalhista foi debilitado, sendo a crise fiscal a conseqüência
desmantelamento do aparelho estatal.
A desindustrialização resulta do aumento da concorrência, provocada pela
abertura do mercado interno, e que induziu as empresas a cortar custos mediante
redução do emprego e corte dos salários.
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Referência Bibliográfica

SINGER, Paul. Globalização e Desemprego: diagnóstico e alternativas. São Paulo:


Contexto, 1998.

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