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Lição 2

14 de Julho de 2019
A MORDOMIA DO CORPO

INTRODUÇÃO

Sob a antiga aliança, Deus aceitava os sacrifícios de animais mortos. Entretanto, devido ao
sacrifício final de Cristo, os sacrifícios do Antigo Testamento já não têm mais qualquer efeito
(Hb 9.11,12). Para aqueles em Cristo, a única adoração aceitável é oferecer a si mesmo
completamente ao Senhor. Debaixo do controle de Deus, o corpo ainda não redimido do cristão
pode e deve ser rendido a ele como um instrumento de justiça (Rm 6.1,13; 8.11-13). "Racional"
vem do grego "lógica". A luz de todas as riquezas espirituais que os cristãos desfrutam
exclusivamente como o fruto das misericórdias de Deus (Rm 11.33,36), segue-se logicamente
que eles elevem a Deus a sua mais elevada forma de culto. Aqui está subentendida a ideia de
culto espiritual sacerdotal, o qual era parte integral da adoração do Antigo Testamento. O corpo
do cristão pertence ao Senhor (v.13), é um membro de Cristo (v.15) e templo do Espírito Santo.
Todo ato de fornicação, adultério ou qualquer outro pecado é cometido pelo cristão no
santuário, o Santo dos Santos, onde Deus habita. No Antigo Testamento, o sumo sacerdote
entrava lá apenas uma v e z por ano, e somente após uma extensiva limpeza, caso contrário ele
seria morto (Lv 16). - Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!

I. A DIMENSÃO MATERIAL DO CORPO

1. A formação maravilhosa do corpo. O ponto culminante da criação acontece com o ser


humano vivente, feito à imagem de Deus para governar a criação. Isso definiu o relacionamento
peculiar do homem com Deus. O homem é ser vivente capaz de incorporar os atributos de
comunicação de Deus (Gn 9.6; Rm 8.29; Cl 3.10; Tg 3.9). Na sua vida racional, o homem era
semelhante a Deus no sentido de que era capaz de raciocinar e tinha intelecto, vontade e
sentimento. No sentido moral, ele era semelhante a Deus porque era bom e sem pecado. Na
gravidez, período divinamente planejado, o Senhor observa o desenvolvimento tia criança ainda
no útero de sua mãe.

2. A estrutura do corpo humano. Conquanto Deus exista eternamente (Sl 90.2), o "princípio"
marcou o começo do universo no tempo e no espaço. Ao explicar a identidade de Israel e o
propósito do povo nas planícies de Moabe, Deus quis que o seu povo soubesse a respeito da
origem do mundo no qual eles se encontravam. Gênesis 1 usa o termo criar para referir-se
apenas à atividade criadora de Deus, embora ocasionalmente seja usada em outros lugares para
referir-se à matéria já existente (Is 65.18). O contexto exige determinantemente que se tratava
de uma criação sem material preexistente (como também acontece em outras referências na
Bíblia: cf. Is 40.28; 45.8,12,18; 48.13; Ir 10.16; At 17.24). Foi assim, que o Eterno trouxe à
existência a coroa da criação, Conquanto essas duas pessoas compartilhassem de modo igual a
imagem de Deus e juntos exercessem domínio sobre a criação, por desígnio divino eles eram
fisicamente diferentes a fim de cumprirem o mandamento de Deus de multiplicarem-se, ou seja,
nenhum deles podia gerar filhos sem a participação do outro. O corpo humano é extremamente
complexo e maravilhoso, funcionando graças a um conjunto de sistemas que trabalham de
maneira coordenada para desempenhar diversas funções. O corpo humano é constituído por
diferentes partes, entre elas, a pele, os músculos, os nervos, os órgãos, os ossos, etc. Cada parte
do corpo humano é formada por inúmeras células que apresentam formas e funções definidas.
Além disso, existem os tecidos, órgãos e sistemas, os quais funcionam de modo integrado.
Podemos comparar nosso corpo a uma máquina complexa e perfeita com todas as suas partes
funcionando em sincronia.

II. A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO


1. O corpo segundo as Escrituras. A Bíblia usa várias metáforas para designar espiritualmente
o corpo:

A Bíblia se refere ao corpo humano sob alguns aspectos, contrastando o “homem exterior” e
“homem interior”: “E todo o vosso espírito, e alma (homem interior) e corpo (homem exterior),
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts
5.23). Embora distintos, espírito e alma (Hb 4.12) nunca são separados. Todos os homens, como
seres criados por Deus (Gn 1.26,27). Como escreve o Pr. Elienai Cabral: “O homem é um ser
tricótomo (1Ts 5.23; Hb 4.12). O termo tricotomia significa “aquilo que é dividido em três” ou
“que se divide em três tomos”. Em relação ao homem, o termo tricotomia refere-se às três
partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência neste ponto entre alguns teólogos. Há
aqueles que entendem o homem como apenas um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas
partes: corpo e alma (ou espírito). Os defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito
como sendo uma e a mesma coisa. Entretanto, parece-nos mais aceitável o ponto de vista da
tricotomia. Esse conceito da tricotomia crê que o homem é uma triunidade composta e
inseparável. Só a morte física é capaz de separar as partes: o corpo de sua parte imaterial.

a) O corpo: É a parte inferior do homem que se constitui de elementos químicos da terra como
oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo,
ferro, cobre, zinco e outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo com todos esses
elementos da terra, sem os elementos divinos, são de ínfimo valor. No hebraico, a palavra
corpo é basar. No grego do Novo Testamento, a palavra corpo é somma. Portanto, o corpo é
apenas a parte tangível, visível e temporal do homem (Lv 4.11; 1Rs 21.27; Sl 38.4; Pv 4.22; Sl
119.120; Gn 2.24; 1Co 15.47-49; 2Co 4.7). O corpo é a parte que se separa na morte física.

b) A alma: É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. A alma precisa do corpo para
expressar sua vida funcional e racional. A alma é identificada no hebraico do Velho
Testamento por nephesh e no grego do Novo Testamento por psiquê. Esses termos indicam a
vida física e racional do homem. Os vários sentidos da palavra alma na Bíblia, como sangue,
coração, vida animal, pessoa física; devem ser interpretados segundo o contexto da escritura
em que está contida a palavra “alma”. De modo geral, em relação ao homem, a alma é aquele
princípio inteligente que anima o corpo e usa os órgãos e seus sentidos físicos como agentes
na exploração das coisas materiais, para expressar-se e comunicar-se com o mundo exterior.
Nephesh dá o sentido literal de “respiração da vida” (Sl 107.5,9; Gn 35.18; 1Rs 17.21; Dt
12.23; Lv 17.14; Pv 14.10; Jó 16.13; Ap 2.23; Ecl 11.5; Sl 139.13-16);

c) O espírito: No hebraico é ruach e no grego, pneuma. O espírito do homem não é simples


sopro ou fôlego, é vida imortal (Ec 12.7; Lc 20.37; 1Co 15.53; Dn 12.2). O espírito é o
princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre
Deus e o homem. Certo autor cristão escreveu que “corpo, alma e espírito não são outra coisa
que a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, consciência
própria e consciência de Deus.

1.1. "Corpo do pecado". Os seres humanos foram criados por Deus com espírito, alma e corpo
(Gn 1.27; 1Ts 5.23). Tem sido dito que não somos corpos com almas, mas almas com corpos. O
corpo - o "homem exterior" - é a nossa habitação física através da qual experimentamos o
mundo. Nossos corpos funcionam essencialmente através dos cinco sentidos e atendendo às
necessidades inatas que nos levam a comer, beber e dormir. Nossos corpos não são maus, mas
são dons de Deus. Ele deseja que entreguemos esses corpos como sacrifícios vivos para Ele
(Rm 12.1-2). Quando aceitamos o dom da salvação de Deus através de Cristo, nossos corpos se
tornam templos do Espírito Santo (1Co 6.19-20; 3.16). Em Romanos 6.6, apóstolo se refere ao
nosso velho homem, ao eu do cristão não regenerado. A palavra grega para "velho" não diz
respeito a algo velho em anos, mas a algo gasto e inútil, não é referente ao tempo, mas à
utilidade. O nosso velho ser morreu com Cristo, e a vida que desfrutamos agora é uma vida dada
de maneira divina, a vida do próprio Cristo (Gl 2.20). Fomos retirados da presença e do controle
do nosso ser não regenerado, e desse modo não devemos seguir as lembranças remanescentes de
nossos velhos caminhos pecaminosos como se ainda estivéssemos sob a influência do mal (Ef
4.20-24; Gl 5.24; Cl 3.9,10). Ao utilizar o termo “corpo do pecado”, em sua essência, o e
sentido é o mesmo de “nosso velho homem”. Paulo usa os termos "corpo" e "carne" para se
referir às tendências pecaminosas interligadas com as fraquezas e os prazeres físicos, como por
exemplo, nos textos de Rm 8.10,11,13,23. Embora o velho ser esteja morto, o pecado mantém
uma posição em nossa carne profana ou em nossa humanidade não redimida, com seus desejos
corrompidos. Agora, é importante que se entenda e se corrija um erro comum no ensino cristão:
O cristão não tem duas naturezas conflitantes, a velha e a nova, mas uma nova natureza que
ainda está encarcerada numa carne não redimida. Porém, o termo "carne" não equivale ao corpo
físico, o qual pode ser um instrumento de santificação (v.19; 12.1; 1Co 6.20).

1.2. "Casa terrestre" (2Co 5.1). Em 2 Coríntios 5.1, ‘casa terrestre... tabernáculo’, é a
metáfora de Paulo para o corpo físico (cf. 2Pe 1.13,14). A imagem era perfeitamente natural
para esse tempo porque muitas pessoas eram habitantes nômades de tendas, e Paulo, com o um
fazedor de tendas (At 18.3), sabia muita coisa a respeito das características delas. Também, o
tabernáculo dos judeus havia simbolizado a presença de Deus entre o povo quando este saiu do
Egito e tornou-se uma nação. O que Paulo quer dizer é que, com o uma tenda temporária, a
existência terrena do homem é frágil, insegura e modesta (1Pe 2.11). Do mesmo modo, o
apóstolo utiliza uma poderosa metáfora para se referir ao nosso corpo glorificado - ‘da parte de
Deus um edifício’ (1Co 15.35-50). Um "edifício" sugere solidez, segurança, certeza e
permanência, em oposição à natureza frágil, passageira e incerta de uma tenda. Assim com o os
israelitas substituíram o tabernáculo pelo templo, do mesmo modo os cristãos devem desejar
substituir o seu corpo terreno pelo corpo glorificado (Rm 8.19-23; Fp 3.20,21).

1.3. "Templo do Espírito Santo". 1 Coríntios 3.16,17 explica que o corpo do crente é o
santuário, ou templo do Espírito Santo. No Antigo Testamento, o santuário era um lugar
sagrado, que Deus abençoava com Sua presença. O corpo do cristão é sagrado porque Deus está
presente com ele. Quem atenta contra o corpo do crente (contra sua vida), atenta contra Deus. O
corpo do cristão pertence ao Senhor, é um membro de Cristo e templo do Espírito Santo. Todo
ato de fornicação, adultério ou qualquer outro pecado é cometido pelo cristão no santuário, o
Santo dos Santos, onde Deus habita. Ser templo do Espírito Santo implica responsabilidade. O
crente deve tratar seu corpo com respeito. Pecar contra o corpo é profanar o templo de Deus!
Em 1 Coríntios 6.18-20, esse respeito pelo corpo está diretamente ligado com evitar a
imoralidade sexual. A imoralidade sexual é pecado contra o próprio corpo, que deve ser
guardado puro. O corpo do crente pertence a Deus e não deve ser profanado com práticas
erradas (1Co 6.15-17).

2. Pecados contra o corpo. A Bíblia adverte acerca dos pecados contra o corpo:

2.1. Prostituição, adultério, fornicação. Em 1 Coríntios 6.13, o apóstolo se refere a


‘alimentos... estômago’, que, talvez fosse um provérbio popular para celebrar a ideia de que o
sexo é puramente biológico, como comer. A influência do dualismo filosófico pode ter
contribuído para essa ideia, visto que tornava mal apenas o corpo; portanto, o que alguém faz
fisicamente não podia ser evitado, e assim, era irrelevante. Como a relação entre esses dois era
puramente biológica e temporária, os coríntios, como muitos de seus amigos pagãos,
provavelmente usavam essa analogia para justificar a imoralidade sexual. Paulo rejeita a
conveniente analogia justificadora.

2.2. Homossexualidade. 1 Coríntios 6.9,10 apresenta uma lista de pecados, que embora
incompleta, representa os principais tipos de pecados morais que caracterizam o não salvo. O
reino é a esfera espiritual da salvação em que Deus governa como rei sobre todos aqueles que
pertencem a ele pela fé (Mt 5.3,70). Todos os cristãos estão nesse reino espiritual, porém estão
aguardando para entrar na plena herança dele no tempo vindouro. As pessoas caracterizadas por
essas iniqüidades não são salvas. Conquanto os cristãos possam cometer, e cometam, esses
pecados, eles não os caracterizam como um padrão de vida contínuo. Quando isso acontece, fica
demonstrado que a pessoa não está no reino de Deus. Os verdadeiros cristãos que pecam
ressentem-se do seu pecado e buscam conquistar a vitória sobre ele (Rm 7.14-25). Nesta relação
incompleta de pecados apresentada pelo apóstolo, temos ‘efeminados... sodomitas’ - esses
termos dizem respeito àqueles que trocam e corrompem os papéis e as relações sexuais normais
entre homem e mulher; estão incluídos o travestismo, a mudança de sexo e outras perversões
quanto ao gênero (Gn 1.27; Dt 22.5). Os sodomitas são chamados assim porque o pecado do
sexo entre homens dominou a cidade de Sodoma (Gn 18.20; 19.4,5). Essa perversão pecaminosa
é sempre condenada, de qualquer modo, pela Escritura (Lv 18.22; 20.13: Rm 1.26-27; 1Tm
1.10).

2.3. Transexualidade. O transexualismo, também conhecido como transgeneridade, Transtorno


de Identidade de Gênero (TIG) ou disforia de gênero, é um sentimento de que seu gênero
biológico/genético/fisiológico não corresponde ao gênero com o qual você se identifica e/ou se
percebe. Os transexuais/transgêneros geralmente se descrevem como se estivessem “presos”
em um corpo que não corresponde ao seu verdadeiro gênero. Eles costumam praticar o
travestismo e também podem procurar a terapia hormonal e/ou a cirurgia de mudança de sexo
para adequar seus corpos ao gênero percebido. A Bíblia em nenhum lugar menciona
explicitamente a transgeneridade ou descreve alguém como tendo sentimentos transgêneros. No
entanto, a Bíblia tem muito a dizer sobre a sexualidade humana. O conceito mais básico para
nossa compreensão de gênero é que Deus criou dois (e apenas dois) gêneros: “homem e mulher
os criou” (Gn 1.27). Toda a especulação moderna sobre numerosos gêneros ou fluidez de
gênero - ou mesmo um “continuum” de gênero com gêneros ilimitados - é estranha à Bíblia. O
mais próximo que a Bíblia chega de mencionar a transgeneridade é em suas condenações à
homossexualidade (Rm 1.18-32; 1Co 6.9,10) e ao travestismo (Dt 22.5). A palavra grega
frequentemente traduzida como “homossexuais passivos ou ativos (NVI)” ou “homossexuais
(NTLH)” em 1 Coríntios 6.9 significa literalmente “homens efeminados”. Assim, enquanto a
Bíblia não menciona diretamente a transgeneridade, quando menciona outras instâncias de
“confusão” de gênero, identifica clara e explicitamente como pecado.

3. A progressão da santificação do corpo. As palavras "santificar", "sagrado" e "santo" são


traduções da mesma palavra grega. Elas significam estar separado para um serviço especial. Na
Bíblia muitas coisas além de pessoas são apresentadas como santificadas - os móveis do
Tabernáculo (Êx 40.10,11,13); uma montanha (Êx 19.23); comida (1Tm 4.5). Torna-se até
possível para um crente santificar a Deus no seu coração (1Pe 3.15). Portanto, santificar, ou
tornar sagrado, não significa purificar ou tornar sem pecado, mas separar alguma coisa para
Deus e o serviço a Deus. Em relação ao Cristão, santificação ou santidade significa estar
separado do pecado e para Deus. Existem três aspectos distintamente diferentes desta
santificação: passado, presente e futuro. Todo Cristão está autorizado a falar, "fui santificado;
estou sendo santificado; ainda serei santificado”.

a) Santificação passada. Significa que o crente já foi posicionalmente separado em Cristo (At
20.32; 1Co 1.2; 1.30; 6.9-11; Hb 10.10,14). No novo nascimento, cada crente está sendo
eternamente santificado em Cristo, é retirado do poder do diabo para dentro da família de Deus
(Jo 1.14; Gl 4.4-6), do reino do diabo para dentro do reino de Cristo (Cl 1.12,13); da velha
criação para a nova criação (2Co 5.17). Esta santificação é uma realidade eterna e está baseada
numa nova posição spiritual que o Cristão tem em Jesus Cristo. Os crentes de Corinto não
estavam sem pecado, e apesar disso foram chamados de santos e foi escrito que foram
santificados (1Co 1.2,30). Neste sentido, o Cristão pode dizer, "Estou santificado em Cristo."

b) Santificação presente (atual). Indica o processo pelo qual o Espírito Santo gradualmente
muda a vida do crente para dar vitória sobre o pecado. Esta é a santificação prática. Trata-se do
crescimento cristão, deixando o pecado do lado e vestindo dedicação a Deus (Rm 6.19,22; 1Tm
4.3,4; 1Pe 1.14-16). [Nota do tradutor: A palavra inglesa “godliness” aparentemente não tem
tradução própria em português. Ela significa algo parecido como “ser semelhante, ser um
reflexo de Deus”. O dicionário somente indica “piedade, dedicação a Deus”.] Este processo
atual de santificação nunca acaba nesta vida (1Jo 1.8-10). O Cristão precisa resistir ao pecado
até ser levado deste mundo através da morte ou na volta de Cristo. Neste sentido, o Cristão pode
dizer, "estou sendo santificado pelo poder de Deus."

c) Santificação futura. É a perfeição que o crente vai desfrutar na ressurreição (1Ts 5.23). Na
vinda de Cristo, cada crente receberá um corpo novo que estará sem pecado. O Cristão não terá
mais de resistir ao pecado ou de crescer para a perfeição. Sua santificação estará completa. Ele
estará inteira e eternamente separado do pecado e para Deus. Neste sentido, o Cristão “estará
santificado na volta de Cristo.”

3.1. Os meios da santificação que vêm da parte de Deus. É Deus que age diretamente na
santificação integral do crente: "espírito, e alma, e corpo" (1 Ts 5.23). O Altíssimo também o
santifica através de Cristo (Ef 5.25,26; Hb 9-14; 13.12; 1 Jo 1.7), do Espírito Santo (1 Co 6.11;
2 Ts 2.13; Rm 15.16) e da Palavra de Deus (Jo 17.17).
É maravilhoso e ao mesmo tempo confortador sabermos que Deus tem, pela sua graça,
providenciado os recursos para experimentarmos a vida de santidade. Quais sãos esses meios?

1. O Sangue de Cristo “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos
comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”(1 Jo
1.7). O Sangue fala da nossa posição perante Deus. É uma obra consumada que concede ao
pecador arrependido um lugar na presença de Deus (Hb 13.12; 10.10, 14; 1 Jo 1.7).
Observemos que, como resultado da obra consumada de Cristo, o pecador arrependido é
transformado de pecador impuro em adorador santo. A santificação é o resultado dessa
maravilhosa obra redentora do Filho de Deus, ao oferecer-se no Calvário para aniquilar o
pecado pelo seu sacrifício. Em virtude desse sacrifício, o crente é eternamente separado para
Deus; sua consciência é purificada e ele próprio é unido em comunhão com o Senhor Jesus
Cristo (Hb 12.11; 9.14). À luz de 1 Jo 1.7 fica claro que o que remove essa barreira, que é o
pecado, entre o ser humano e Deus, para que flua entre ambos a comunhão, é o Sangue eficaz
de Jesus Cristo. Não há ninguém perfeito, mas é possível andar em comunhão com Deus, desde
que o Sangue do Cordeiro esteja nos purificando. Não há comunhão com Deus se não debaixo
do sangue de Cristo (1 Jo 1.9).

2. O Espírito Santo “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos
do Espírito”(Ef 5.18). É impossível a santificação sem a operação do Espírito Santo. Diríamos
que Ele é o agente, o dinamizador. O ensino bíblico deixa bem claro este fato (1 Co 6.11; 1 Pe
1.1, 2; Rm 15.16). “Da mesma forma que o Espírito Santo pairava sobre o caos original (Gn
1.2), seguindo-se o estabelecimento da ordem pelo Verbo de Deus assim o Espírito paira sobre
a alma humana, fazendo-a abrir-se para receber a luz e a vida de Deus” (2 Co 4.6). O Espírito
Santo toma o imundo e o leva ao santo. Fez o que aconteceu na casa de Cornélio (At 10). E
agora os gentios são aceitos na família de Deus porque foram santificados, separados pelo
Espírito Santo. Para uma vida de santidade o Espírito Santo terá de entrar em cena. Homens e
mulheres santos são aqueles em que o Espírito Santo trabalha.

3. A Palavra de Deus “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que,
estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais
fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”(Jo 15.1-3). Os cristãos são
descritos como sendo gerados pela Palavra de Deus (1 Pe 1.23). A Palavra de Deus desperta
as pessoas para compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão
importância à Palavra, arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados pela Palavra que
lhes fora falada. Esse é o início da purificação, que deve continuar através da vida do crente.
No início de sua consagração ao ministério, o sacerdote israelita tomava um banho cerimonial
completo, banho que nunca se repetia, era uma obra feita uma vez para sempre. Todos os dias,
porém, era obrigado a lavar as mãos e os pés. Da mesma maneira, o regenerado foi lavado (Tt
3.5, Jo 13.10); mas precisa de uma separação diária das impurezas e imperfeições conforme
lhe foram reveladas pela Palavra de Deus, que serve como espelho para a alma (Tg 1.22-25).
Deve lavar as mãos, isto é, seus atos devem ser retos; deve lavar os pés, isto é, “guardar-se das
imundícias em que tão facilmente tropeçam os pés do peregrino, que anda pelas estradas deste
mundo.”

3.2. A responsabilidade humana na santificação. A santificação é o processo pelo qual o


crente se afasta (separa) do pecado para viver uma vida inteiramente consagrada a Deus,
desenvolvendo nele a imagem de Cristo (Rm 8.29). É um processo de cooperação entre o crente
e o Espírito Santo que se inicia no momento da justificação do salvo, isto é, Deus vê o crente
como santo, ainda que a santidade dele precise ser aperfeiçoada (Ef 4.12). No processo de
conversão, a santificação é outorgada ao cristão porque Deus o vê santo, separado e amado por
Ele, o nosso Pai (Cl 3.12). Nesse sentido estamos firmados em Cristo e os pecados não têm mais
lugar em nossas vidas (1Jo 3.6). As Escrituras revelam que devemos almejar e priorizar a
santificação (Hb 12.14), pois a nossa natureza pecaminosa insiste em resistir a esse processo
(Rm 7.14,21). Deus anela pela santificação dos seus filhos, não por capricho divino, mas porque
o pecado nos fere de morte e o nosso Pai de amor não quer ver os seus filhos feridos, mortos no
pecado, pois isso contraria sua natureza amorosa. Assim, para sarar a ferida do pecado, Ele
enviou o seu filho para nos libertar do pecado a fim de vivermos uma vida santa. Às vezes
achamos que podemos ser continuamente bons e santos (1Jo 1.10). Na verdade, a nossa meta
deve ser essa, mas não podemos deixar de reconhecer que somos simultaneamente justos e
pecadores, ou seja, em Cristo, Deus nos vê absolutamente santos; no entanto, em relação à nossa
natureza inclinada ao pecado, nossa santificação sofre revezes (Rm 7.15). Por isso é exigido um
esforço pessoal e dependência contínua do Espírito Santo para sermos santos.

III. O CULTO RACIONAL E A MORDOMIA DO CORPO

De acordo com as Escrituras, devemos nos apresentar em sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus. Nesse sentido, o nosso culto a Ele, segundo Romanos 12.1,2, deve considerar o seguinte
tripé:

1. “Um sacrifício vivo". O texto de Romanos 12.1 trata de como poderemos experimentar qual
a vontade de Deus. E a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. Mas, como conhecê-la e
experimentá-la? O apóstolo Paulo nos oferece três princípios para conhecermos e
experimentarmos a vontade Deus. Depois de expor sobre a gloriosa salvação que recebemos
pela fé em Cristo, Paulo insta a igreja para demonstrar essa verdade através de uma vida de
consagração. Nossa consagração a Deus é uma resposta ao seu amor, uma reação à ação da sua
misericórdia dispensada a nós. Na antiga dispensação os animais do sacrifício iam arrastados ao
altar, involuntariamente, mas nós devemos voluntariamente oferecer o nosso corpo a Deus
como um sacrifício vivo, santo e agradável. Nosso corpo foi comprado pelo sangue de Cristo; é
morada do Espírito e habitação de Deus. Portanto, deve ser oferecido a ele como um sacrifício
vivo. Nosso corpo não é destinado à impureza, por isso sua entrega precisa ser um sacrifício
santo. Nosso corpo é para o Senhor e por isso, seu sacrifício precisa ser agradável, ou seja, sem
mácula. O apóstolo Paulo diz que essa consagração é que constitui o nosso culto racional. A
palavra “racional” significa lógico, coerente, autêntico. O culto que agrada a Deus é aquele
onde há coerência e consistência entre o altar e o trabalho, entre o templo e o lar, entre a
adoração e a vida. O culto que prestamos a Deus no altar é vazio de significado se não é
acompanhado por uma vida de obediência e fidelidade a Deus (Is 1.15; Am 5.21-23; Ml 1.6-10).

2. “Um sacrifício santo". Não se trata de sacrifícios de animais, pois Cristo os invalidou (Hb
10.4,9,10). Trata-se de uma ilustração para sacrifício de louvor, ação de graças (Sl 50.14).
Devemos nos consagrar totalmente a Deus, vivendo para Sua glória em cada detalhe de nossas
vidas. Sacrifício vivo é a vida do crente que morreu para o pecado e agora vive para Deus, por
meio de Cristo, pela própria vida do Cristo e pela fé n’Ele. Somos “corpo de Cristo” (1Co
12.27), e “pedras vivas” (“Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus
Cristo” - 1Pe 2.5). Isso é agradável a Deus, pois a justiça e santidade de Cristo são perfeitas, e
satisfazem a perfeita vontade do Deus perfeito.

3. “Um sacrifício agradável". Deve-se tomar cuidado ao usar essa linguagem ‘Oferecendo-se
em sacrifício vivo’, é importante lembrar que não podemos oferecer mais sacrifício, Cristo já o
fez de uma vez por todas. O único sacrifício que podemos oferecer agora é o nosso culto
racional. Culto racional significa adoração consciente, com amor, mas também com
entendimento. No Antigo Testamento, as regras de adoração centravam muito em ações
exteriores e muitas pessoas se esqueciam que nada disso tinha valor sem um coração voltado
para Deus (Rm 9.30-32). No Novo Testamento, a adoração começa no coração, que depois se
reflete na vida e nas ações exteriores.

CONCLUSÃO

O ato de apresentar envolve a decisão da mente. Entregamos nossas vidas a Deus, e isso
racionalmente. Decidimos que viveremos para Ele, o que só é possível por meio d’Ele, mas que
também não aconteceria sem a participação da nossa vontade. Existe aqui uma cumplicidade
entre a vontade de Deus e a vontade do homem. É bem verdade que quase tudo em nossa
salvação e espiritualidade depende da vontade d’Ele, mas também é verdade que Deus optou
por posicionar-se eticamente diante da nossa vontade/escolha. Em outras palavras, apesar de o
culto racional depender de Deus, ele também requer (em um segundo momento) a nossa
contribuição e decisão. O “sacrifício vivo, santo e agradável”, é o “culto racional”, e ambos
podem também ser chamados de “verdadeira adoração em espírito e em verdade”.

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