Вы находитесь на странице: 1из 22

05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

 Capítulo 1 

PLANEJAMENTO

Objetivos de Aprendizagem
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes
objetivos de aprendizagem:

Reorganizar o planejamento anual em conformidade com a Proposta


Curricular e com o Projeto Político Pedagógico das Unidades
Escolares.

Reestruturar o calendário escolar para o retorno das aulas


presenciais.

Validar as aulas não presenciais nas 800 horas letivas anuais.

1 INTRODUÇÃO 

No ano de 2020, o contexto educacional do Brasil e do mundo passou por uma


série de mudanças devido à situação de emergência causada pela pandemia do
Novo Coronavírus (COVID-19), no qual proporcionou desa os a serem superados
devido ao isolamento social em que todos foram submetidos. Este período
permitiu repensar a organização institucional quanto ao seu calendário escolar e
ao planejamento educacional frente ao desa o   da continuidade da rotina de
estudos, para que houvesse o menor impacto possível no ensino e na
aprendizagem dos educandos.

Para tanto, iniciaremos nossos estudos analisando as mudanças do caledário


escolar para pensar sobre o planejamento educacional e sua nova estrutura de
ensino no período da pandemia, para propor ações de continuidade ao retorno

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 1/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

das aulas presenciais de forma a garantir a formação contínua dos educandos da


 Educação Básica. Capítulo 1 

2 REESTRUTURANDO O CALENDÁRIO ESCOLAR NO CONTEXTO DA PANDEMIA 

O Conselho Nacional de Educação (CNE) homologou o Parecer nº 5/2020 no dia 28


de abril de 2020, abordando a reorganização dos calendários escolares das
instituições de Educação Básica em razão da pandemia, apresentando
possibilidades de aproveitamento de atividades para ns de cumprimento da
carga horária mínima anual.

Sabe-se que o calendário escolar é um meio de organizar a distribuição da carga


horária prevista na legislação para cada nível, etapa e modalidade da educação
nacional ao longo do ano escolar. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), os parâmetros mínimos de carga horária e dias letivos
para a Educação Infantil estão previstos  no seu Art. 31, no qual preconiza que
deve-se respeitar a “carga horária mínima anual de 800 horas, distribuída por um
mínimo de 200 dias de trabalho educacional” (LDB, 1996). O seu Art. 24, traz
informações inerentes ao Ensino Fundamental e o Ensino Médio, dizendo que a
“carga horária mínima anual será de 800 horas para o Ensino Fundamental e para
o Ensino Médio, distribuídas por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho
escolar, excluído o tempo reservado aos exames nais, quando houver” (LDB,
1996). Ainda, veri cando o que preconiza a LDB, percebe-se que em seu Art.23 é
previsto possíveis ajustes, quando se pressupõe que “o calendário escolar deverá
adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do
respectivo sistema de ensino, sem reduzir o número de horas letivas previsto
nesta Lei” (LDB, 1996).

Desta forma, em virtude da situação de calamidade pública decorrente da


pandemia (COVID-19), foi publicada no dia 1º de abril de 2020 a Medida Provisória
nº 934/2020 que exibilizou excepcionalmente a exigência do cumprimento do
calendário escolar, trazendo a seguinte redação:

Art. 1º O estabelecimento de ensino de educação básica ca dispensado, em caráter


excepcional, da obrigatoriedade de observância ao mínimo de dias de efetivo trabalho
escolar, nos termos do disposto no  inciso I do  caput  e no § 1º do art. 24 e no inciso II
do caput  do art. 31 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, desde que cumprida a
carga horária mínima anual estabelecida nos referidos dispositivos, observadas as normas
a serem editadas pelos respectivos sistemas de ensino.

Parágrafo único. A dispensa de que trata o caput se aplicará para o ano letivo afetado pelas
medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata
a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020 (BRASIL, 2020).

A Medida Provisória dispensa os estabelecimentos de ensino da obrigatoriedade


de observância ao mínimo de dias de efetivo trabalho escolar, desde que cumprida
a carga horária mínima anual estabelecida nos referidos dispositivos.
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 2/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

Desta forma, enquando durar o período de emergência causado pela pandemia, a


 gestão do calendário e a forma de Capítulo 1
organização, realização ou reposição de 
atividades escolares é de responsabilidade dos sistemas, redes ou instituições de
ensino. Entretanto, o CNE também tem a competência para estabelecer
orientações e diretrizes sobre a reorganização dos calendários escolares. Segundo
o Parecer do CNE:

A reorganização do calendário escolar visa a garantia da realização de atividades escolares


para ns de atendimento dos objetivos de aprendizagem previstos nos currículos da
educação básica e do ensino superior, atendendo o disposto na legislação e normas
correlatas sobre o cumprimento da carga horária. Importante salientar a manifestação do
CNE em sua Nota de que, no processo de reorganização dos calendários escolares, deve ser
assegurado que a reposição de aulas e a realização de atividades escolares possam ser
efetivadas de forma que se preserve o padrão de qualidade previsto no inciso IX do artigo
3º da LDB e no inciso VII do artigo 206 da Constituição Federal (BRASIL, 2020).

O Parecer apresenta algumas possibilidades de cumprimento da carga horária


mínima estabelecida pela LDB. Dentre as possibilidades, estão:

A reposição da carga horária de forma presencial ao m do período de


emergência.

A realização de atividades pedagógicas não presenciais (mediadas ou não por


tecnologias digitais de informação e comunicação) enquanto persistirem
restrições sanitárias para presença de estudantes nos ambientes escolares,
garantindo, ainda, os demais dias letivos mínimos anuais/semestrais
previstos no decurso.

A ampliação da carga horária diária com a realização de atividades


pedagógicas não presenciais (mediadas ou não por tecnologias digitais de
informação e comunicação) concomitante ao período das aulas presenciais,
quando do retorno às atividades (BRASIL, 2020).

Sabe-se que habitualmente no Brasil, quando há suspensão das aulas, ocorre,


posteriormente, a reposição presencial, como decorrência natural de ser esta a
forma de ensino predominante para a Educação Básica, conforme estabelecida
pela LDB. Considerando que a pandemia poderá ocasionar um longo período de
emergência, sendo este um fator de di culdade de reposição,  o CNE recomenda
que sejam permitidas formas de reorganização dos calendários utilizando as duas
alternativas de forma coordenada, sempre que for possível e viável para a rede ou
instituição de ensino, do ponto de vista estrutural, pedagógico e nanceiro. Estas
possibilidades de cumprimento da carga horária visam não impactar no calendário
de 2021 e buscam não acarretar no retrocesso educacional para os estudantes.

Portanto, diferentes estratégias podem ser utilizadas para o cumprimento da carga


horária visando atingir os objetivos de aprendizagem, mas dependerão da
realidade do contexto local. Cada rede de ensino tem autonomia para replanejar e

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 3/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

reorganizar as aulas de acordo com as possibilidades existentes para cumprir com


 as exigências curriculares. Capítulo 1 
Assim, a reestruturação do calendário escolar exigirá de nições sobre o
planejamento das atividades pedagógicas, buscando o cumprimento da carga
horária exigida em cada etapa da Educação Básica. Neste sentido, a principal
pergunta a ser respondida é como garantir que os alunos tenham acesso aos
objetivos de aprendizagem previstos nos currículos, considerando o menor tempo
letivo presencial disponível para tal. Isso porque muitas instituições de ensino
optaram pelo desenvolvimento do efetivo trabalho escolar por meio de atividades
não presenciais como alternativas para reduzir a reposição de carga horária
presencial ao nal da situação de emergência, permitindo que os estudantes
mantenham uma rotina básica de atividades escolares, mesmo afastados do
ambiente físico da escola.

Neste contexto, é necessário estudar sobre o planejamento educacional a m de


possibilitar a garantia da qualidade de ensino-aprendizagem.

3 (RE)ORGANIZANDO O PLANEJAMENTO EDUCACIONAL NO CONTEXTO DA


PANDEMIA

O planejamento educacional busca organizar as ações pedagógicas voltadas ao


contexto escolar a m de atingir os objetivos propostos por um determinado
tempo que estão norteados pelos documentos que regem a instituição de ensino,
como a Proposta Curricular e o Projeto Político Pedagógico (PPP). O planejamento
educacional sugere programar as ações docentes por meio da pesquisa, da
re exão e da revisão constante do que foi proposto enquanto conhecimento
sensível e inteligível para os educandos.

Para a realização do planejamento é necessário, segundo Piletti (1997), responder


às seguintes perguntas: O que pretendo alcançar? Em quanto tempo pretendo
alcançar? Como posso alcançar o que pretendo? O que fazer e como fazer? Quais
recursos necessários? O que e como analisar a situação a m de veri car se o que
pretendo foi alcançado?

Essas são algumas questões essenciais para pensar sobre o planejamento


educacional, seja bimestral, semestral e ou anual. Todas as escolas partem do
princípio de planejamento para pensar e desenvolver suas ações,  porém, com a
situação da pandemia, vivênciado no ano de 2020, as escolas junto a todos os
pro ssionais da Educação Básica tiveram  que reorganizar as atividades planejadas
anteriormente. O momento da pandemia oportunizou novas perpectivas de
pensar e desenvolver as ações pedagógicas de forma não presencial a m de
alcançar os objetivos previamente de nidos. Muitas aulas foram reorganizadas de
uma maneira diferente, porém, de forma a garantir a qualidade de ensino e de

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 4/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

apredizagem. Foi proposto, em vários momentos, formas diferentes de vivenciar e


 Capítulo 1 a aprendizagem, seja por meio de
experienciar o conhecimento para desenvolver 
uma nova proposta de mediação do professor que ocorreu com o auxílio de
ferramentas tecnológicas, seja pela forma inovadora de aplicação da atividade no
qual explorou outros espaços além do escolar.

Neste estudo, analisaremos e discutiremos as diferentes abordagens sobre o


planejamento educacional para sugerir novas propostas de ensino que possam ir
além de um documento escrito para um material que também tenha a capacidade
de transformar o cotidiano da escola. Pois entende-se que o planejamento não se
trata de um documento burocrático exigido pela instituição de ensino, mas um
material que busca re etir sobre as atuais necessidades da sociedade para propor
práticas de formação humana. Libâneo (1994) de ne as funções principais do
planejamnto, dizendo que este documento:

Esclarece sobre os princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho


docente, articulando as atividades da escola e as exigências do contexto.

Estabelece o posicionamento losó co, político-pedagógico e pro ssional,


relacionado às ações a serem realizadas na escola e na sala de aula.

Pretende garantir a racionalização, organização e coordenação do trabalho


docente, voltado para um ensino de qualidade, evitando a improvisação e a
rotina;

Para que o planejamento seja um material de quali cação para a educação do ser,
que auxilie na prática pedagógica, o professor precisa se envolver de tal modo que
ele esteja disposto a assumir uma “atitude docente de re exão permanente”,
conforme relatam Piletti (1997), Vasconcellos (2009) e Lopes (2012).  Esses autores
apresentam uma concepção particular sobre o planejamento escolar, provocando
criticamente diferentes re exões.

A primeira análise abordada parte da autora Lopes, que percebe a importância de


não adotarmos um conceito de planejamento ligado a uma concepção tecnicista
de educação:

No meio escolar, quando se faz referência ao planejamento do ensino, a ideia que passa é
aquela que identi ca o processo por meio do qual são de nidos objetivos, o conteúdo
programático, os procedimentos de ensino, os recursos didáticos, a sistemática da
avaliação da aprendizagem, bem como a bibliogra a básica a ser consultada no decorrer de
um curso ou de uma matéria de estudo. Com efeito, esse é o padrão de planejamento
adotado pela maioria dos professores e que, em nome da e ciência do ensino disseminada
pela concepção tecnicista de educação, passou a ser valorizado apenas em sua dimensão
técnica. [...] Ao que parece, essa de nição de componentes do plano de ensino de uma
maneira fragmentária e desarticulada do todo social é que tem gerado o entendimento de
um planejamento incapaz de dinamizar e facilitar o trabalho docente. No entanto, o real
sentido do planejamento do ensino no trabalho do professor é a organização da ação
pedagógica intencional, de forma responsável e comprometida com a formação dos alunos
(LOPES, 2012, p. 56-57).

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 5/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

Para essa autora, é fundamental que o planejamento seja pautado numa


 concepção de ensino que esteja Capítulo 1 com o contexto social, com as
articulado 
necessidades reais de aprendizagem dos educandos na contemporâneidade. Essa
re exão é fundamental na atualidade, justamente porque está se buscando
alternativas de práticas pedagógicas para trabalhar nesse momento da pandemia,
bem como para pensar nos desa os que serão encontrados no retorno às aulas
presenciais, momento pós-emergência.

Este, talvez, seja o motivo de maior atenção sobre o planejamento, haja visto que a
pandemia provocou uma série de mudanças no contexto educacional, uma vez
que houve a necessidade do isolamento social. Desta forma, a pandemia trouxe
desa os para a área da educação, quando foi preciso pensar “onde” a
aprendizagem aconteceria, isso porque os espaços escolares foram fechados e a
aprendizagem precisava acontecer em outros locais, explorando espaços para
além dos muros da escola. Outra questão primordial foi “como” a aprendizagem
ocorreu nesse momento da pandemia, no qual buscou-se   ferramentas
tecnológicas de informação e mídias digitais para auxiliar na mediação entre
professores e alunos ao ponto de contribuir para a pesquisa, para a investigação,
para a descoberta e, consequentemente, para o conhecimento. Portanto, para
Piletti (1997, p. 61):

Planejar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema. Diante de um


problema eu procuro re etir para decidir quais as melhores alternativas de ação possíveis
para alcançar determinados objetivos a partir de certa realidade. [...] O planejamento é,
hoje, uma necessidade em todos os campos da atividade humana. Aliás, sempre foi. Só que
hoje adquiriu maior importância por causa da complexidade dos problemas. Quanto mais
complexos forem os problemas, maior é a necessidade de planejamento.

Para o autor, o planejamento pode ser associado ao termo “atitude”, isso quer
dizer que a ação de planejar se torna um mecanismo de busca de soluções para
possíveis problemas pedagógicos encontrados. Essa atitude deve ser engajada
pelos pro ssionais da educação. A cada desa o encontrado no contexto escolar, o
planejamento se torna um instrumento de estratégia para professores,
coordenadores pedagógicos e gestores educacionais para analisar e procurar
caminhos que vão permeando escolhas capazes de conduzir a aprendizagem dos
educandos.

Sabemos que toda mudança gera medo e insegurança, porém é necessário que a
área da educação se permita passar por essas experiências desa adoras a m de
(re)pensar e (re)organizar a sua prática pedagógica.

 Vasconcellos (2009, p. 80-81), por sua vez, adota a postura de planejamento como
um processo “dinâmico”, que pode e deve estar sempre em constante análise e
possível alteração, respeitando as reais necessidades:

O planejamento, porém, não deve ser confundido com o script de uma peça, pois este deve
ser seguido à risca. O planejamento tem certo grau de liberdade, e precisa ser dinâmico, ou
seja, continuamente re etido, no processo em que ele é colocado em prática ele também é

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 6/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO
re etido. É o exercício de “ação-re exão-ação. [...] Sendo ação-re exão-ação uma tríade 24
dialética, não dicotômica ou estanque.
 Capítulo 1 
Neste sentido, o autor analisa o planejamento como uma proposta de re exão
contínua da sua prática. Professores, coordenadores e gestores educacionais
necessitam constantemente parar para analisar, parar para re etir sobre “o que
ensinar” (conteúdos, programas), “a quem ensinar” (características dos alunos),
“para que e por que ensinar” ( nalidade e objetivos educacionais gerais e
especí cos), “como ensinar” (métodos, estratégias, técnicas e recursos didáticos) e
“quando ensinar” (organização temporal do ensino). Outra questão pontuada pelo
planejamento também se deve ao fato de pensar sobre “como se aprende”. Desta
forma, o planejamento não deve ser visto e revisto somente no início do ano letivo
ou ao nal dele, mas é necessário que a cada período de necessidade, ele volte a
ser analisado. Portanto, o planejamento faz parte do processo de tudo que
acontece no ambiente escolar, buscando sempre enfrentar os desa os diários.

O CNE, ao se referir em seu Parecer nº 5/2020 sobre a reorganização dos


calendários escolares e a realização de atividades pedagógicas não presenciais em
razão da pandemia da COVID-19, apresenta a possibilidade de cômputo de
atividades não presenciais a serem contempladas no planejamento educacional
das instituições de Educação Básica para ns de cumprimento da carga horária
mínima anual. Desta forma, o planejamento anual das escolas passou por uma
adequação para  sanar a exigência momentânea. Para tanto, fez-se necessário
considerar o que já foi trabalhado até o momento que antecedeu o período da
pandemia (analisando os objetivos já alcançados nos planos de aula), bem como “o
que” e “como” será organizado as atividades pedagógicas durante o período do
isolamento social, em que as escolas estão fechadas, e, portanto,   há a
necessidade da realização de atividades não presenciais. Neste momento da
pandemia, é importante que as instituições de ensino reconheçam suas
potencialidades em termos de possibilidades pedagógicas a serem alcançadas a
m de garantir os direitos individuais a educação. Para isso é necessário:

Planejar e ofertar todas as possibilidades de ensino para contemplar os


alunos de diferentes condições sociais.

De nir estratégias para os alunos que têm e para aqueles que não têm
acesso a mídias e à internet.

Reorganizar o calendário escolar.

Avaliar o processo de ensino e de aprendizagem.

Registrar as atividades e devolutivas dos alunos.

Capacitar pro ssionais que atuam na rede de ensino.

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 7/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

O planejamento escolar é composto por várias ações atribuídas aos pro ssionais
 Capítulo
da educação, no qual desenvolvem planos de1ensino e planos de aula para propor 
o que está fundamentado na Proposta Curricular e no Projeto Político Pedagógico
(PPP) da escola. Todas as alterações e adequações feitas nesses planos, ocorridos
no período de pandemia, precisam constar nesses documentos o ciais, isso
porque são estes documentos que de nem a identidade institucional e norteiam
os caminhos de uma educação de qualidade.

A todo instante professores e coordenadores pedagógicos precisam estar atentos


aos planos de aula desenvolvidos para que consigam engajar todos nesse
processo de aprendizagem, porque trata-se de um documento especí co para
cada aula no qual contempla os conteúdos de nidos no planejamento
educacional, de nido pelos documentos o ciais. Neste sentido, o professor,
mesmo na condição de ensino não presencial, deve elaborar um plano de aula
adaptado a essa nova realidade no qual respeita o tempo dos alunos e suas
capacidades para desenvolver as atividades pedagógicas a distância. Dentre outros
elementos, o plano de aula deve conter:

Conteúdo (descrever os conteúdos abordados).

Objetivos (descrever o que pretende atingir com a realização do estudo do


conteúdo e com as atividades realizadas).

Duração (descrever o tempo/carga horária para a realização das atividades


propostas).

Atividades (descrever quais as atividades a serem realizadas para atingir os


objetivos propostos).

Metodologia (descrever de que forma as atividades acontecerão).

Materiais utilizados (descrever quais materiais serão utilizados para


desenvolver cada uma das atividades).

Avaliação (descrever o processo avaliativo).

Este planejamento precisa estar bem articulado para não deixar dúvida sobre
como realizar cada uma das atividades, tanto para os educandos como para seus
pais e ou responsáveis, uma vez que eles também estão envolvidos nesse
processo de aula não presencial, justamente por oportunizar outros espaços de
aprendizagem, e, desta forma, requer o acompanhamento deles.

No Parecer do CNE as atividades não presenciais são entendidas como aquelas a


serem realizadas pela instituição de ensino com os estudantes quando não for
possível a presença física no ambiente escolar. A realização de atividades
pedagógicas não presenciais visa, em primeiro lugar, que se evite retrocesso de

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 8/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

aprendizagem por parte dos estudantes e a perda do vínculo com a escola, o que
 Capítulo
pode levar à evasão e abandono. Segundo 1
o CNE, no que se refere à realização das 
atividades pedagógicas não presenciais, ca de nido que:

[...] não se caracteriza pela mera substituição das aulas presenciais e sim pelo uso de
práticas pedagógicas mediadas ou não por tecnologias digitais de informação e
comunicação que possibilitem o desenvolvimento de objetivos de aprendizagem e
habilidades previstas na BNCC, currículos e propostas pedagógicas passíveis de serem
alcançados através destas práticas. Assim sendo, as atividades pedagógicas não presenciais
podem acontecer por meios digitais (videoaulas, conteúdos organizados em plataformas
virtuais de ensino e aprendizagem, redes sociais, correio eletrônico, blogs, entre outros);
por meio de programas de televisão ou rádio; pela adoção de material didático impresso
com orientações pedagógicas distribuído aos alunos e seus pais ou responsáveis; e pela
orientação de leituras, projetos, pesquisas, atividades e exercícios indicados nos materiais
didáticos (BRASIL, 2020).

Nesse sentido, as propostas pedagógicas para o momento da pandemia


necessitam estar articuladas com documentos como a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) que visa nortear o planejamento em cada um dos níveis de
ensino da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio) para desenvolver as habilidades e competências necessárias.

Você conhece a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)? É um


documento de caráter normativo que de ne o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de
modo que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e
desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional
de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à
educação escolar, tal como a de ne o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, e está orientado pelos
princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral
e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como
fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(DCN) (BRASIL, s.d, p.7).

Para conhecer o documento na íntegra, acesse o link:


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versao nal_site.pdf

FIGURA 1 – QUADRO DE COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 9/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

 Capítulo 1 

FONTE: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/templates/bncc/images/a-base/img-1.jpg>. Acesso em: 30 jun. 2020.

Como exemplo de estrutura de um projeto pedagógico a ser desenvolvido,


contemplando os critérios norteados pela BNCC, apresentamos um modelo de
plano de aula para a Educação Infantil que está estruturado de tal forma que trata
dos direitos de aprendizagem, campos de experiências, objetivos de aprendizagem
e desenvolvimento.

QUADRO 1 – PLANO DE AULA PARA A EDUAÇÃO INFANTIL

PLANO DE AULA – EDUCAÇÃO INFANTIL

Tema da aula: descrever o título da aula ou o título do projeto a ser

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 10/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

desenvolvido.
 Capítulo 1 

Campos de experiência (BNCC):

(      ) O eu, o outro e o nós.

(      ) Corpo, gesto e movimentos.

(      ) Traços, sons, cores e formas.

(      ) Escuta, fala, pensamento e imaginação.

(      ) Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento a serem trabalhadas nesta aula:


descrever qual o propósito do estudo realizado.

Aplicação: descrever as atividades a serem realizadas, explicando a metodologia


e os materiais, tecnologias e recursos a serem utilizados.

Duração e forma de entrega das atividades: descrever o tempo de realização


das atividades, bem como a data de entrega e toda a orientação sobre a forma
de postagem e ou entrega das atividades desenvolvidas.

Avaliação: descrever os critérios de avaliação.

FONTE: A autora

Muitas instituições estão se organizando para desenvolver diferentes


materiais pedagógicos em prol da educação nesse momento de pandemia. O
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) está publicando
diariamente materiais para crianças e suas famílias como podcast no projeto
“Deixa que Eu Conto”. Para conhecer o seu conteúdo, acesse o link:
https://www.unicef.org/brazil/deixa-que-eu-conto. Os programas planejados
a partir dos campos de experiência, estão sendo publicados no Spotify e
YouTube, sendo mais uma possibilidade de apoio para as diversas aulas.
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 11/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

 Capítulo 1 
Para o Ensino Fundamental, no que concerne os critérios estabelecidos na BNCC,
observa-se que sua estrutura está norteada pelas áreas do conhecimento,
componentes curriculares, unidades temáticas, objetos de conhecimento,
competências e pelas habilidades que expressam as aprendizagens essenciais que
devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares,
relacionadas aos objetos de conhecimento. Para a BNCC (2017), ao explanar sobre
as habilidades desenvolvidas no Ensino Fudamental, destaca que:

As habilidades não descrevem ações ou condutas esperadas do professor, nem induzem à


opção por abordagens ou metodologias. Essas escolhas estão no âmbito dos currículos e
dos projetos pedagógicos, que, como já mencionado, devem ser adequados à realidade de
cada sistema ou rede de ensino e a cada instituição escolar, considerando o contexto e as
características dos seus alunos (BRASIL, 2017, p. 30).

Neste sentido, segue uma sugestão de como elaborar o plano de aula no Ensino
Fundamental:

QUADRO 2 – PALNO DE AULA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PLANO DE AULA – ENSINO FUNDAMENTAL

Tema da aula: descrever o título da aula ou o título do projeto a ser


desenvolvido.

Área do Conhecimento (BNCC):

(      ) Linguagens.

(      ) Matemática.

(      ) Ciências da natureza.

(      ) Ciências humanas.

(      ) Ensino religioso.

Componente curricular (BNCC): descrever a(s) disciplina(s) especí ca(s) a serem


contempladas no estudo.

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 12/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

Competências especí cos a serem desenvolvidos nesta aula (BNCC): descrever


 Capítulo 1 em cada aula.
quais as competências a serem desenvolvidas 

Habilidades a serem desenvolvidas nesta aula (BNCC): descrever quais


habilidades a serem desenvolvidas em cada aula.

Objetos de conhecimento: descrever os conteúdos a serem estudados  em


articulação com o componente curricular.

Aplicação: descrever as atividades a serem realizadas, explicando a metodologia


e os materiais, tecnologias e recursos a serem utilizados.

Duração e forma de entrega das atividades: descrever o tempo de realização


das atividades, bem como a data de entrega e toda a orientação sobre a forma
de postagem e ou entrega das atividades desenvolvidas.

Avaliação: descrever os critérios de avaliação.

FONTE: A autora

Sobre a organização para o Ensino Médio, norteado pela BNCC, preconiza-se o


fortalecimento das relações entre as disciplinas que são contempladas em áreas
de conhecimento e a sua contextualização para apreensão e intervenção na
realidade, requerendo trabalho conjugado e cooperativo dos seus professores no
planejamento e na execução dos planos de ensino (BRASIL, 2017). Assim como no
Ensino Fundamental, a BNCC do Ensino Médio está estruturada em áreas do
conhecimento, componentes curriculares, competências e habilidades. Segue um
exemplo de plano para o Ensino Médio seguindo as orientações da BNCC:

QUADRO 3 – PLANO DE AULA PARA O ENSINO MÉDIO

PLANO DE AULA – ENSINO MÉDIO

Tema da aula: descrever o título da aula ou o título do projeto a ser


desenvolvido.
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 13/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

 Capítulo 1 
Área do Conhecimento (BNCC):

(      ) Linguagens e suas tecnologias.

(      ) Matemática e suas tecnologias.

(      ) Ciências da natureza e suas tecnologias.

(      ) Ciências humanas e sociais aplicadas.

Componente curricular (BNCC): descrever a(s) disciplina(s) especí ca(s) a serem


contempladas no estudo.

Competências especí cos a serem desenvolvidos nesta aula (BNCC): descrever


quais as competências a serem desenvolvidas em cada aula.

Habilidades a serem desenvolvidas nesta aula (BNCC): descrever quais


habilidades a serem desenvolvidas em cada aula.

Objetos de conhecimento: descrever os conteúdos a serem estudados  em


articulação com o componente curricular.

Aplicação: descrever as atividades a serem realizadas, explicando a metodologia


e os materiais, tecnologias e recursos a serem utilizados.

Duração e forma de entrega das atividades: descrever o tempo de realização


das atividades, bem como a data de entrega e toda a orientação sobre a forma
de postagem e ou entrega das atividades desenvolvidas.

Avaliação: descrever os critérios de avaliação.

FONTE: A autora

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 14/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

É fundamental ter claro todas as orientações nos planos de aula para facilitar o
 entendimento dos educandos e dos Capítulo
seus pais1 e ou responsáveis. As alterações no 
planejamento que se zeram necessárias para preconizar a educação no período
da pandemia, também precisam estar descritas nos planos de aula para evidenciar
as ações a serem realizadas e, para possível análise e (re)análise do processo
pedagógico em conformidade com os objetivos propostos. É importante pensar e
(re)pensar o planejamento de diferentes formas para buscar metodologias de
aprendizagem capazes de contribuir para a inclusão, fortalecendo as
oportunidades educacionais.

Para o Parecer do CNE, no período de pandemia, o planejamento de estudos é


entendido como um importante registro e instrumento de constituição da
memória de estudos, como um portfólio de atividades realizadas que podem
contribuir na reconstituição de um uxo sequenciado de trabalhos realizados
pelos estudantes.

Neste sentido, os pro ssionais da educação são guras centrais nesse processo de
construção do planejamento, pois são eles os mediadores de todo o processo
pedagógico que envolve o estímulo à pesquisa, a produção prática e a re exão
crítica dos estudantes.   Para desenvolver uma proposta pedagógica que leve os
educandos à busca pelo conhecimento inteligível e também sensível, é precisa
romper com a ideia de mestre meramente explicador para uma concepção de
mestre emancipador, já que a proposta de ensino para o momento da pandemia
oportuniza experiências de maior autonomia do educando para explorar outras
formas de ensinar, bem como outras formas de aprender.

O lósofo Jacques Rancière (2002) nos fala sobre o mestre emancipador como um
mediador que tem o papel de emancipar o aluno, o que signi ca que é necessário
forçar o estudante a usar sua própria inteligência. Para isso acontecer, é preciso,
primeiramente, que ele tenha emancipado a si próprio:

Mestre é aquele que encerra uma inteligência em um círculo arbitrário do qual não poderá
sair se não se tornar útil a si mesma. Para emancipar um ignorante, é preciso e su ciente
que sejamos, nós mesmos, emancipados; isso é, conscientes do verdadeiro poder do
espírito humano. O ignorante aprenderá sozinho o que o mestre ignora, se o mestre
acredita que ele o pode, e o obriga a atualizar sua capacidade (RANCIÈRE, 2002, p. 27).

Rancière parte do princípio de que todos os homens têm igual inteligência e,


portanto, são capazes de aprender se assim forem estimulados. Para ele, quem
ensina sem emancipar, embrutece. É a tomada de consciência dessa igualdade de
natureza que se chama emancipação, e que abre o caminho para toda aventura no
país do saber. Pois se trata de ousar, de se aventurar, e não de aprender mais ou
menos bem, ou mais ou menos rápido. Ao falar de mestre emancipador, Rancière
(2002) propõe uma análise da concepção de ensino que propõe ir além da mera
explicação do conteúdo para uma proposta que busca provocar e incentivar seus
educandos a pesquisar, a descobrir, a re etir e a conhecer.

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 15/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

Desta forma, mais do que nunca, nesse período de pandemia, é imprenscindível


 Capítulo 1
que professores, coordenadores pedagógicos e gestores educacionais sejam 
emancipados, para assim, tornarem-se emancipadores, ou seja: fornecer, não a
chave do saber, mas a consciência daquilo que pode uma inteligência, quando ela
se considera como igual a qualquer outra e considera qualquer outra como igual a
sua. “A emancipação é a consciência dessa igualdade, dessa reciprocidade que,
somente ela, permite que a inteligência se atualize pela veri cação” (RANCIÈRE,
2002, p. 50). Portanto, o desa o está em criar, em reiventar maneiras de propor o
conhecimento de tal forma que possa  oportunizar provocações nos estudantes a
descobrir saberes e ressignicar seus pensamentos para assim serem emancipados
e emancipadores da sua própria história.

4 PENSANDO SOBRE O RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS

O retorno as aulas presenciais após o momento vivenciado pela situação de


emergência da pandemia, exigirá um plano de ações em diversas frentes, de
natureza intersetorial e demandará intensa articulação e contextualização local.
Também exigirá dos órgãos centrais da educação brasileira, uma série de
iniciativas em múltiplas dimensões e que considerem o ineditismo do cenário
atual, buscando ações planejadas para o transporte escolar, para  a alimentação,
para as ações pedagógicas e para as medidas sanitárias. Tais iniciativas devem
buscar garantir um retorno tranquilo, que assegure a saúde de toda a comunidade
escolar e prepare para que o pro ssionais da educação consigam enfrentar os
desa os que encontrarão em torno da aprendizagem. Nesse sentido, alguns
processos que fazem parte do planejamento educacional devem ser considerados
para que o retorno das aulas aconteçam de forma mais e caz possível:

QUADRO 4 – PLANEJAMENTO EDUCACIONAL PARA O RETORNO DAS AULAS

Momento que antecede o retorno as Momento de retorno as aulas


aulas presenciais presenciais

Veri car constatemente todas as


informações e regulamentações
sobre o processo ao retorno das
aulas presenciais para manter uma
articulação entre órgãos que atuam
Criar medidas de proteção para os
direta ou indiretamente com a
pro ssionais da educação e para os
Educação Básica.
alunos no que se refere aos cuidados
sanitários, a m de evitar o contagio
Planejar o retorno gradual às aulas
entre eles e suas famílias.
considerando todos os envolvidos
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 16/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

(pro ssionais da educação e alunos), Criar avaliações diagnósticas para 


 com as devidas precauções comCapítulo
a veri1 car o nível de aprendizado dos 
saúde.
alunos e, em seguida, se houver a
necessidade, criar programas de
Organizar o calendário escolar a
recuperação.
partir da realidade local e dos
documentos vigentes, visando
garantir os objetivos de
aprendizagem previstos nos
currículos.

FONTE: A autora

Todo este planejamento de retomada às aulas presenciais precisa ser


cuidadosamente pensado e organizado, exigindo um alinhamento de ações por
parte dos pro ssionais da educação para garantir as informações e orientações
necessárias para alunos e suas famílias sobre o processo a ser seguindo do ponto
de vista sanitário, uma vez que as escolas provavelmente serão reabertas em meio
a preocupações quanto à pandemia. Portanto, a comuicação entre escola e família
precisa ser frequente. Sabe-se que muitos desa os serão encontrados, e, segundo
o movimento Todos pela Educação (2020), dentre eles, destacam-se:

impacto emocional nos alunos e pro ssionais da educação;

abandono e evasão escolar;

retorno gradual com precauções com a saúde; 

cumprimento da carga horária exigida por lei;

avaliação diagnóstica e recuperação da aprendizagem;  

comunicação frequente com os pais e responsáveis;  

articulação entre instituições locais que impactam a política;

contextualização das ações no nível da escola;

atendimento intersetorial;

institucionalização de políticas de recuperação da aprendizagem;

Além dos cuidados sanitários que serão imprescindíveis, muitos pesquisadores e


analistas apontam para uma retomada que também precisa considerar os
cuidados psicológicos, nos quais redes e escolas devem adotar estratégias para

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 17/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

garantir equidade da aprendizagem. Isso porque existe um risco de aumento das


 desigualdades de aprendizagem Capítulo
durante 1 o período em que as escolas 
permanecem fechadas, desta forma, professores e gestores precisam apontar
essa possibilidade dentro dos focos de atenção dos planos e diretrizes para a
retomada das aulas.

O apoio emocional e psicológico, tanto para alunos como para os próprios


pro ssionais da educação será fundamental para minimizar situações de estresse
provocados pelo isolamento social. Segue algumas sugestões de atividades de
formação que visa auxiliar nesse processo de retomada:

Formação de grupos de discussão entre os pro ssionais da educação sobre


os desa os encontrados e formas de resolvê-los.

Elaboração de um planejamento sobre o acolhimento emocional e sua


contínua observação com os alunos e com os pro ssionais da educação, a
serem feitas com o apoio de outras áreas.

Formação com os pro ssionais da limpeza com o intuito de instruir sobre o


aumento da frequência da higienização nas superfícies e em locais como
corrimões, maçanetas, bancadas, mesas, cadeiras e equipamentos.

Realização de o cinas e formações frequentes com psicólogos e ou


pro ssionais de outras áreas que supostamente venham a se fazer
necessárias.

Por outro lado, muitas ações que oportunizaram experiências signi cativas, nesse
momento da pandemia, provavelmente in uenciarão positivamente no futuro da
educação no país. Entre as ações fortalecidas, destacam-se:

a relação família-escola;

a tecnologia como aliada contínua para o ensino-aprendizagem.

Essas ações de fortalecimento foram extremamente importantes e precisam


continuar se destacando no futuro do contexto escolar para assegurar a
continuidade dos estudos, bem como para a melhoria da educação. São práticas
que precisam fazer parte do planejamento pedagógico das escolas para
potencializar metodologias de ensino inovadoras.

Muitos países já retornaram ou também estão em fase de organização para a


retomada das aulas presenciais e estão adotando diferentes medidas, como:

maior espaçamento entre as carteiras dentro das salas de aula;

realização de aulas em vários espaços diferentes de estudo, como sala de


aula, ginásio, quadra, galpão ou mesmo em lugares ao ar livre;
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 18/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

manter os espaços bem arejados, com janelas e portas abertas;


 Capítulo 1 
respeitar o distanciamento de pelo menos 1,5m (um metro e meio) entre
uma pessoa e outra;

escalonamento dos horários de entrada, de refeição e de saída dos alunos


para evitar possíveis aglomerações;

rodízios entre alunos e pro ssionais da educação, para que nem todos
estejam presentes na escola ao mesmo tempo;

sinalização de rotas dentro das escolas para que os alunos mantenham


distância entre si;

diminuição do número de alunos por sala de aula;

utilização de múltiplas entradas e saídas da escola para aproximar os alunos


de seus espaços de estudo, evitando o mínimo de circulação;

marcação dos lugares a serem ocupados no refeitório e ou praça de


alimentação para minimizar a movimentação durante as refeições.

lavagem imediata das mãos na chegada dos alunos à escola e, no mínimo,


uma vez a cada duas horas ao longo do dia;

evitar o cumprimento com aperto de mãos, beijos ou abraços;

não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres, materiais


didáticos, como livros e a ns e ou ferramentas e equipamentos;

manter o cabelo preso e evitar usar acessórios pessoais, como brincos, anéis
e relógios;

limpeza de todo o ambiente escolar, pelo menos uma vez ao dia, sobretudo
das superfícies que são tocadas por muitas pessoas;

manter a limpeza e desinfecção de equipamentos e maquinários coletivos


após a utilização por usuário.

veri cação da temperatura dos alunos e pro ssionais da educação no


momento da entrada da escola;

disponibilização de álcool em gel nos espaços de estudos e quaisquer


espaços comuns nas escolas;

utilização de máscaras por alunos e pro ssionais da educação durante toda a


estadia na escola e em todos os espaços;
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 19/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

disponibilização das orientações de medidas de prevenção em linguagens


 acessíveis para os alunos; Capítulo 1 
considerar o trabalho remoto aos servidores e colaboradores do grupo de
risco.

O Ministério da Educação (MEC) publicou no mês de julho de 2020 uma


cartilha com o “protocolo de biossegurança para o retorno das atividades
nas Instituições Federais de Ensino”, que também atendem a Educação
Básica, orientando sobre as ações a serem desenvolvidas. Este documento
possui diretrizes que podem nortear a elaboração de materiais especí cos
para a retomada as aulas presenciais em cada realidade de ensino na esfera
pública e ou privada. Para conhecer o documento, acesse o site:
https://vps3574.publiccloud.com.br/cartilhabio.pdf.

Há, portanto, um consenso de que as medidas de distanciamento social e os


cuidados de higiene são fundamentais para que o retorno às aulas presenciais não
contribua para o aumento de infectados. É importante destacar que essas medidas
devem ser de nidas em conjunto, ou seja, devem ser acordadas pelas autoridades
competentes a nível federal, estadual e municipal, levando em consideração a
realidade local e as di culdades especí cas de cada rede de ensino e escola, e
podendo sofrer alterações e adaptações conforme o decorrer do controle da
situação de saúde local.

Outro ponto a ser considerado entre as medidas preventivas é a situação de


estudantes que se encontram dentro do grupo de risco. Para esses casos, a
instituição deve considerar a adoção de estratégias para reposição das atividades,
após o m da pandemia. Outra questão é a de situações em que alunos poderão
apresentar sintomas (tosse, febre, coriza, dor de garganta, di culdade para
respirar, fadiga, tremores e calafrios, dor muscular, dor de cabeça, perda recente
do olfato ou paladar), e, para esses casos, indica-se que a pessoa deve comunicar
imediatamente à instituição.

Além disso, todas as ações de planejamento de nidas para a retomada às aulas,


precisam constar nos documentos que regem a rede de ensino e as escolas
(Proposta Curricular e PPP) para assim, de fato, serem executadas por todos e
estarem devidamente registradas para contribuir com ações futuras.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 20/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

O período da pandemia trouxe muitas mudanças para o contexto educacional,


 Capítulode
fazendo todos re etirem sobre o processo 1 ensino e aprendizagem em meio a 
essa situação inusitada. As escolas, ao serem fechadas devido à situação de
emergência, buscaram rapidamente alternativas para continuar com suas
atividades pedagógicas.

O calendário e o planejamento educacional foram reestruturados pelas redes de


ensino, no qual buscaram possibilidades de aprendizagem que garantissem a
qualidade, conforme preconiza os órgãos competentes da educação e a legislação
vigente. Professores, coordenadores e gestores educacionais foram desa ados a
tomar atitudes emancipadoras ao propor propostas pedagógicas inovadoras para
assegurar a formação aos seus estudantes. Desa os que foram sendo acalentado
pelo esforço dos pro ssionais de educação, quando estes tiveram que replanejar
suas ações pedagógias teóricas e práticas, bem como pelos alunos e sua família,
quando estes se propuseram a desenvolver a aprendizagem em espaços para
além dos muros escolares.

Desta forma, mais do que nunca percebe-se a função de organizar um


planejamento educacional que esteja atrelado as necessidades reais da sociedade,
pois ele consiste em estruturar atividades e propor a organização das tarefas
assumidas pelos pro ssionais da educação com seus educandos. Isso pressupõe
que tudo que acontece na instituição de ensino precisa estar devidamente
organizada como parte de um  planejamento educacional  geral nortedas por
documentos institucionais.

Essa nova realidade, em que foi possível enfrentar desa os poucas vezes vistos
pela sociedade, fez perceber que a escola tem potencialidades para permear por
inovadoras metodologias que consideram o acesso à tecnologia e às mídias
digitais importantes aliados, bem como por uma educação que integra escola e
família.

Para tanto, os desa os ainda persistem, quando somos tomados a pensar sobre a
retomada às aulas presenciais em que se faz necessário complementar o
planejamento com medidas de cuidado com a saúde e com a qualidade da
educação.

Portanto, o planejamento educacional deve ser pensado como um instrumento


capaz de solucionar possíveis problemas, quando este é proposto por pro ssionais
engajados e que buscam ativamente enfrentar desa os de forma a se reiventar
cotidianamente.

Apresentação 

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 21/22
05/09/2020 Livro Digital - PLANEJAMENTO

 Capítulo 1 
Conteúdo escrito por:
Todos os direitos reservados © 2020
Vania Konell

https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/planejamento/conteudo.html?capitulo=1 22/22

Вам также может понравиться