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Introdução à Balística

Forense

JOÃO BOSCO SILVINO JÚNIOR


Perito Criminal
Polícia Civil de Minas Gerais
Conteúdo
Apresentação da disciplina

Armas de fogo

Munições

Estudos de caso
Introdução
“Balística Forense é a parte do
conhecimento criminalístico e médico–
legal que tem por objeto de estudo as
armas de fogo, munições e os
fenômenos e efeitos próprios dos tiros,
no que tiverem de útil à elucidação da
prova de questões de fato, no interesse
da justiça, penal e civil”
(Professor Eraldo Rabello)
Introdução – Divisões da
Balística
Balística Interna / Interior: estuda internamente
a arma de fogo e todos os efeitos intrínsecos
aos disparos;
Balística Externa / Exterior: estuda a trajetória
do projétil após a saída boca do cano da arma
até o momento em que o mesmo toca o alvo;
Balística dos Efeitos / Terminal / do Ferimento:
é aquela que estuda os efeitos produzidos pelo
projétil nos alvos. Analisam-se os impactos,
perfurações, lesões internas e externas nos
corpos atingidos;
Armas de Fogo -
Definição
Arma de Fogo é exclusivamente todo engenho mecânico
destinado a propelir um ou mais projéteis, mediante a força
expansiva dos gases resultantes da combustão da pólvora
ou outro elemento propelente.

Segundo o R-105(art. 3º, Inciso XIII):


XIII - arma de fogo: arma que arremessa projéteis
empregando a força expansiva dos gases gerados pela
combustão de um propelente confinado em uma câmara
que, normalmente, está solidária a um cano que tem a
função de propiciar continuidade à combustão do
propelente, além de direção e estabilidade ao projétil;
Classificação de armas
de fogo
A primeira análise que o Perito Criminal fará
da arma examinada será a sua
classificação;
Existem diversos critérios de classificação
de armas de fogo, sendo o mais usual
aquele adotado pelo Professor Eraldo
Rabello, mostrado a seguir.
Armas de Fogo -
Classificação
Quanto à “alma” do cano:
• Lisas: a superfície interna do cano é lisa, sem raiamentos.
Ex: espingarda, garrucha
• Raiadas: internamente o cano é raiado com sulcos
paralelos e helicoidais, destinados a produzir movimento
giratório e transversal ao eixo de trajetória do projétil, cuja
função é a estabilidade ao longo do percurso. Ex: revólver,
fuzil, pistola
Raiamento de armas
de fogo

• O objetivo do raiamento em armas de fogo é


estabilizar o projétil, distribuindo em um ângulo
de 360º as interferências causadas pela
assimetria deste
Composição dos
movimentos
Quanto ao
comprimento do cano

• Armas curtas: cano


com comprimento
de até 12”
• Armas longas:
cano com
comprimento maior
que 12”
Sistema de
Municiamento
Quanto ao sistema de
municiamento:
• Antecarga:
carregada
diretamente através
da boca do cano.
Ex: polveira, canhão
• Retrocarga:
carregada na parte
posterior do cano
(câmara de
explosão).
Sistema de Iniciação

Por mecha: primeiro


sistema de inflamação;
atrito: fecho de roda ou
de miquelete através do
sílex;
Por contato elétrico:
algumas peças de
artilharia (bazucas);
Por percussão:
atualmente mais usado,
podendo ser extrínseco
ou intrínseco.
Armas de Fogo -
Classificação
• Percussão extrínseca: o cão detona a
espoleta colocada no orifício externo
(“ouvido”).
• Percussão intrínseca - tipos: pino lateral
(“Lefaucheaux”, em desuso); central
(cápsula com espoleta central na base do
cartucho); radial (sem espoleta - a carga de
inflamação esta disposta no interior do
estojo). Pode ser ainda:

• Direta: percussor fixo ou móvel disposto na


extremidade do cão.
• Indireta: percussor dentro do corpo da
arma (cão e percussor separados).
Funcionamento

De tiro unitário: é dividida em simples (carga para


cano único) ou múltiplo (cargas e mecanismos
independentes para dois ou mais canos).
De repetição: comportam carga para dois ou mais
disparos com carregamento mecânico. Pode ser de
três tipos:
Arma não automática ou manual: aquela cujo mecanismo de
repetição e de disparo depende exclusivamente da força
muscular do atirador (revólver).
Arma semi-automática: aquela na qual o esforço muscular do
atirador é necessário para municiar a câmara de explosão e
acionar o gatilho. Aproveita-se a força dos gases da combustão
da pólvora para o mecanismo de repetição (pistolas).
Arma automática: aquela em que os mecanismos de
repetição e disparo são acionados pela força dos gases da
combustão da pólvora (metralhadoras).
XVII - arma de uso permitido: arma cuja utilização é
permitida a pessoas físicas em geral, bem como a pessoas
jurídicas, de acordo com a legislação normativa do
Exército;

XVIII - arma de uso restrito: arma que só pode ser utilizada


pelas Forças Armadas, por algumas instituições de
segurança, e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas,
devidamente autorizadas pelo Exército, de acordo com
legislação específica;
Art. 3º do R-105

XVII - arma de uso permitido: arma cuja utilização é


permitida a pessoas físicas em geral, bem como a pessoas
jurídicas, de acordo com a legislação normativa do
Exército;
XVIII - arma de uso restrito: arma que só pode ser utilizada
pelas Forças Armadas, por algumas instituições de
segurança, e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas,
devidamente autorizadas pelo Exército, de acordo com
legislação específica;
Definições do R-105

• O Decreto no 3.665/00 é a norma padrão que


regulamenta os produtos controlados pelo
Exército Brasileiro e, dentre eles, as armas de
fogo;
• O artigo 3º traz diversas definições importantes
para as armas de fogo;
• O artigo 16º relaciona as armas de uso restrito;
• O artigo 17º relaciona as armas de uso
permitido.
Art. 16 do R-105

III - armas de fogo curtas, cuja munição comum tenha, na saída do cano,
energia superior a (trezentas libras-pé ou quatrocentos e sete Joules e suas
munições, como por exemplo, os calibres .357 Magnum, 9 Luger, .38 Super
Auto, .40 S&W, .44 SPL, .44 Magnum, .45 Colt e .45 Auto;
IV - armas de fogo longas raiadas, cuja munição comum tenha, na saída do
cano, energia superior a mil libras-pé ou mil trezentos e cinqüenta e cinco
Joules e suas munições, como por exemplo, .22-250, .223 Remington, .243
Winchester, .270 Winchester, 7 Mauser, .30-06, .308 Winchester, 7,62 x 39,
.357 Magnum, .375 Winchester e .44 Magnum;

V - armas de fogo automáticas de qualquer calibre;

VI - armas de fogo de alma lisa de calibre doze ou maior com comprimento


de cano menor que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez
milímetros;
Ação

• Ainda sobre o sistema de repetição, há


que se salientar a ação da arma, que
pode ser simples, dupla ou “segura”
Armas de Fogo -
Classificação
Quanto à mobilidade e uso:
Armas fixas são os canhões de defesa de
forte, que apresentam movimento angular,
vertical e horizontal, sem deslocar-se de sua
posição original.
Armas móveis apresentam-se fixadas em
bases de rodas, podendo ser transportadas.
Semi-portáteis (morteiros de infantaria e as
metralhadoras pesadas), podem ser deslocadas
por duas ou três pessoas.
Portáteis são aquelas adequadas ao manuseio
de único homem podendo ser curta ou longa.
Partes do Revólver

Empunhadura, cabo ou
coronha (placa de
empunhadura)
Partes da Pistola
Partes da Espingarda
Exames relacionados a
armas de fogo

Quando uma arma é encaminhada para a


o laboratório criminal, geralmente estes
podem ser os exames solicitados:

Eficiência de arma de fogo;

Microcomparação balística.
Exames

Nas Seções Regionais de Criminalística, são


realizados apenas os exames de eficiência de
arma de fogo, sendo os exames de
microcomparação encaminhados para o
Laboratório de Balística do Instituto de
Criminalística;
É de extrema importância que o Perito Criminal
faça um bom trabalho no exame de eficiência,
caracterizando a arma da maneira mais
detalhada possível. Assim poderão ser evitados
exames desnecessários.
O laudo relacionado a
armas de fogo

O laudo de eficiência de armas de fogo é


geralmente composto dos seguintes itens:

Preâmbulo;
Histórico;
Material encaminhado a exames
Exames de Eficiência
Devolução do Material
Conclusão
O laudo relacionado a
armas de fogo

Preâmbulo: traz as informações


contidas no ofício de
encaminhamento do material.
Exemplo

AUTORIDADE REQUISITANTE:Bel. José da Silva Santos


REQUISIÇÃO: Ofício No 767/2008/DEH/DIHPP
NATUREZA DOS EXAMES: Eficiência de arma de fogo.
REFERÊNCIA: I.P. 797/2006
VÍTIMA: BRUNO ALVES DA COSTA
DATA DOS EXAMES: 02/12/2008.
DESTINO DO LAUDO: Departamento de Investigação de
Homicídios e Proteção à
Pessoa - DIHPP.
O laudo relacionado a
armas de fogo
Histórico: descreve como o exame
foi requisitado e chegou à Seção
Técnica.
Exemplo

Designados pela Diretoria do Instituto de Criminalística, os


Peritos Criminais signatários do presente laudo
procederam aos exames necessários passando a expor o
que constataram.
O laudo relacionado a
armas de fogo
Material encaminhado a exames:
descrição detalhada dos materiais
encaminhados para exames.
Exemplo

Foram encaminhados para exames periciais os seguintes


materiais:
01 (uma) pistola de fabricação nacional, marca Taurus,
Modelo PT24/7 Pro, de calibre .40S&W, com numeração de
série SAO 41111, com armação em polímero, acabamento do
cano e ferrolho pintado e oxidado, percussão intrínseca e
direta, cano com 4”(quatro polegadas) de comprimento com
alma apresentando seis raias dextrógiras, sistema de
funcionamento de repetição semi-automático em ação
simples ou dupla. A arma estava acompanhada de um
carregador bifilar com capacidade máxima de 15(quinze)
cartuchos por municiamento;
Exemplo

01 (um) revólver de fabricação nacional, marca Taurus,


de calibre .38SPL, número de série NF 958284, tambor
com seis câmaras de explosão, acabamento oxidado,
cano com comprimento de 3”(três polegadas) e alma
apresentando 05(cinco) raias dextrógiras, sistema de
percussão central intrínseca e indireta, funcionamento de
repetição manual em ação simples ou dupla, placas de
empunhadura de madeira;
O laudo relacionado a
armas de fogo
Exames de Eficiência: descrição
detalhada dos exames efetuados e
dos seus resultados
Exemplo

Os materiais encaminhados foram submetidos a exame de


eficiência, onde se constatou o seguinte:

A arma relacionada no item 1, carregada e municiada com cartuchos


de calibre correspondente, foi capaz de percutir a espoleta das
referidas munições, produzindo a inflamação da carga e propelindo o
projétil tanto em ação simples quanto em ação dupla;
A arma relacionada no item 2, carregada e municiada com cartuchos
de calibre correspondente, foi capaz de percutir a espoleta das
referidas munições, produzindo a inflamação da carga e propelindo o
projétil apenas em ação simples, sendo apresentado defeito mecânico
para o funcionamento em ação dupla, vez que o tambor não
apresentava giro sincronizado com o movimento do cão;
O laudo relacionado a
armas de fogo
Devolução do Material: descreve
como será devolvido o material
examinado.
Exemplo

Finalizados os exames, os materiais encaminhados são


devolvidos acondicionados no invólucro de segurança no
00435423.

Finalizados os exames, os materiais encaminhados são


devolvidos da seguinte maneira:
Os materiais relacionados no item 1, acondicionados no
invólucro de segurança no 00435423;
Os materiais relacionados no item 2, acondicionados no
invólucro de segurança no 00435424.
O laudo relacionado a
armas de fogo
Conclusão: conclui o exame,
apresentando de forma resumida os
resultados obtidos.
Exemplo

Finalizados os exames periciais, tendo sido feitas as análises pertinentes,


concluem os Peritos Criminais, signatários do presente laudo, o seguinte:

A arma encaminhada, relacionada no item 1, apresentava-se eficiente e


com capacidade de ofender a integridade física de outrem se carregada e
municiada com cartuchos de calibre compatível;
A arma encaminhada, relacionada no item 2, apresentava-se eficiente e
com capacidade de ofender a integridade física de outrem se carregada e
municiada com cartuchos de calibre compatível, porém somente
funcionando em ação simples devido a defeito de funcionamento em ação
dupla;
A arma encaminhada, relacionada no item 1, apresentava-se ineficiente,
não sendo capaz de percutir a espoleta de cartuchos ´de calibre compatível
alojados em sua câmara.
Munições

Munição ou cartucho é a unidade de carga


destinada ao uso da arma de fogo, sendo
composta por uma carga iniciadora, uma
carga propelente e um ou mais projéteis.
Tipos de cartuchos

1- base metálica; 2- estojo plástico; 3- pólvora; 4- bucha


plástica; 5- chumbo; 6- fechamento estrela; 7- espoleta; 8-
estojo; 9- projétil; 10- mistura iniciadora.
Projétil

Geralmente é composto por


liga metálica de chumbo,
estanho e antimônio,
podendo ser coberto por
blindagem parcial ou total,
em cobre, zinco, aço ou
outro metal resistente.
Apresenta-se em diversos
tipos e materiais.
Tipos de projéteis

• Quanto ao revestimento:

Liga Metálica– Não apresentam qualquer tipo de


revestimento

Semi-encamisado – Apresentam uma blindagem (camisa


de cobre) que se extente da base até antes da ponta do
projétil, deixando uma parte do núcleo de chumbo
exposto, visando aumentar o poder de parada devido à
sua expansão;

Encamisado – apresentam a camisa fechada na ponta e


aberta na base para a introdução do núcleo;
Tipos de projéteis

• Quanto ao formato:
Ogival – Apresentam a ponta com formato arredondado,
possuindo maior poder de penetração;

Ponta oca – a ponta apresenta um orifício destinado à


facilitar a expansão do projétil quando do impacto em uma
superfície mais resistente;

Canto-vivo – O projétil apresenta-se como um cilindro de


chumbo, com o mesmo diâmetro em toda a sua extensão,
visando uma área de estriamento maior, conferindo maior
precisão ao projétil;
Tipos de projéteis

• Quanto ao formato:
Ponta plana ou cone truncado – a ponta apresenta uma
seção plana, perpendicular ao do movimento do projétil,
visando oferecer maior transferência de energia;

Semi-canto-vivo – O projétil apresenta uma seção


cilíndrica encerrada por uma seção cônica na ponta.

Hydra-shock – apresenta um orifício semelhante ao


projétil ponta oca, com um pino central que funciona como
um aríete no momento do impacto, promovendo maior
fragmentação do projétil;
Estojo

Cápsula de metal cilíndrica ou em forma de garrafa,


destinada a alojar a espoleta, a pólvora e o projétil.
Seu calibre normalmente corresponde ao do projétil e
pode ser medido em milímetros ou polegadas.
Tipos de estojo

• Os tipos de estojo se dividem em


cilíndrico, cônico e garrafa, conforme a
figura abaixo:

Cilíndrico Cônico Garrafa


Tipos de estojo

• O culote do estojo pode assumir diversos formatos,


cada um com um tipo de utilização. Os formatos
mais comuns estão apresentados na figura abaixo:

Cinturado Com Semiaro Sem Aro Com Aro Rebatido


Mistura Iniciadora

• BASE DE ESTIFNATO DE CHUMBO (NÃO CORROSIVA – ANTIOXIDANTE)

• Período: década 70 até atualidade.


• Composição:

• Estifnato de Chumbo
• Nitrato de Bário
• Trissulfeto de Antimônio
• Tetrazeno
• Alumínio em pó

• Observações:
• Mistura estável com relação à umidade e temperatura, libera gases e
resíduos sólidos: CO, CO2, NO, NO2, Vapor d’água, Óxido de Chumbo,
Óxido de Bário, SO2, Vapores de Chumbo Metálicos, etc.
Espoleta (clean range)

Novo tipo de espoleta desenvolvido pela CBC que não


utiliza metais pesados em sua composição, objetivando
reduzir a contaminação produzida pelos mesmos. Seus
compontentes são:

• Diazodinitrofenol (DDNP),
• Tetrazeno
• Nitrocelulose
• Nitrato de Potássio
• Alumínio em pó
Pólvora (carga
propulsora)

Combustível sólido que se


inflama rapidamente sem
necessidade de oxigênio
exterior, produzindo grande
volume de gases e calor.
Pode ser de:
base simples
(nitrocelulose)
base dupla
(nitrocelulose+nitroglicerina)
Buchas e discos

• Geralmente em
cartuchos de calibre
nominal, confeccionados
em plástico, serragem
prensada e papelão,
funcionando como
elemento de separação
da pólvora e dos
projéteis (grãos de
chumbo).
Armas de Fogo -
Calibre

• É a medida do
diâmetro interno do
cano da arma. Este
diâmetro deve ser
tomado entre os
“cheios” do cano.
Nomenclatura de
calibres
• O conhecimento das diferentes nomenclaturas de
calibres de armas de fogo é OBRIGATÓRIO aos Peritos
Criminais, vez que o seu trabalho possui objetivo
técnico, não podendo se lastrear em linguajar coloquial;
• Existem atualmente dois sistemas de nomenclatura de
calibres de armas de fogo de alma raiada, um baseado
no sistema inglês, outro baseado no sistema métrico de
medida;
• Existem calibres com nomes expressos nos dois
sistemas;
• Para as armas de calibre nominal há um outro sistema
de nomenclatura
Nomenclatura – Sistema
Inglês

• O sistema inglês de nomenclatura expressa a medida do


projétil em centésimos ou milésimos de polegada bem
como o fabricante que desenvolveu aquele calibre ou
característica da arma a que se destina;
• Exemplos:
– .380AUTO (destinado a armas semi-automáticas)
– .40S&W (desenvolvido pela Smith&Wesson)
– .45ACP (Automatic Colt Pistol)
– .38SPL (Smith&Wesson Special Long)
– .25AUTO (destinado a armas semi-automáticas)
Nomenclatura – Sistema
Métrico

• O sistema métrico de nomenclatura


expressa a medida em milímetros do
projétil bem como o fabricante que
desenvolveu aquele calibre;
• Exemplo:
– 9mmLuger
– 6.35mmBrowning
– 7.65mmBrowning
Nomenclatura – Sistema
Métrico

• Outra forma muito comum de nomenclatura no


sistema métrico é aquela que expressa as
medidas de diâmetro de projétil x comprimento
do estojo, ambas em milímetros;
• Exemplos:
– 9x19mm (9mmLuger)
– 9x17mm (9mmKurtz ou .380Auto)
– 5,56x45mm (.223Rem)
– 7,62x51mm (.308Win)
Nomenclatura – Calibre
Nominal

• Os cartuchos para armas de alma lisa


apresentam um terceiro tipo de nomenclatura
não relacionado diretamente à medida do
diâmetro do projétil;
• Neste caso o nome do calibre está relacionado
à quantas esferas de chumbo do diâmetro do
cano são necessárias para se obter a massa de
1 libra (453,6 gramas)
Nomenclatura – Calibre
Nominal

Converteu-se uma libra (453,6g) de chumbo puro em 12


esferas de iguais pesos e diâmetro. Se uma dessas
esferas encaixava-se perfeitamente num determinado
cano, o calibre deste era "12" ou 1/12 Lb e assim por
diante.
Erros técnicos mais
comuns

• Erros técnicos de nomenclatura de calibres são


constantemente observados em revistas, manuais,
laudos periciais, notícias na imprensa e em diversas
outras fontes que não deveriam cometê-los:
• Exemplos de erros técnicos:
– 9 M/M (pretendendo-se expressar o 9mmLuger)
– 45mm (pretendendo-se expressar o .45ACP)
– 12mm (pretendendo-se expressar o 12 para alma lisa)
– .12mm(pretendendo-se expressar o 12 para alma lisa)
– .380mm(pretendendo-se expressar o .380Auto)
Unidade de medida

• No meio relativo a armas e munições existem


duas medidas muito utilizadas e pouco usadas
no Brasil:
• Medida de comprimento: polegada (in)
– 1 in = 25,4mm
– 1 mm = 0,03937 in
• Medida de massa: grain (gn)
– 1 gn = 0,0648 grama
– 1 grama = 15,43 gn
Munições - Revólver

Calibre (inch) Peso Velocidade (m/s) Energia


(grains) (joules)
.22LR 33 446 213
.32S&WL 98 258 211
.38SPL 125 287 334
.357Magnum 158 372 710
.44Magnum 240 357 991
.454 Casull 260 548 2.536
.500 S&W 400 490 3.113
Munições - Pistola

Calibre Calibre (inch) Peso Velocidade Energia


(mm) (grains) (m/s) (joules)
6.35 25 AUTO 50 232 87
7.65 32 AUTO 71 276 175
9x17 .380 AUTO 95 308 293
9x19 - 95 405 506
- .40S&W 160 355 653
- .45ACP 230 253 477
Munições - Fuzil

Calibre Calibre (inch) Peso Velocidade Energia


(mm) (grains) (m/s) (joules)
5.56x45 .223Remington 55 965 1.660
7.62x51 .308Winchester 144 838 3.276
7.62x63 .30-06Springfield 150 835 3.388
12,7x99 .50Browning 772 830 17.234
12,7x76 .50Barret 829 532 7.603
Exames relacionados a
cartuchos, estojos, projéteis e
outros

Quando um ou mais cartuchos, estojos, projéteis e outros


materiais utilizados no manejo de armas de fogo são
encaminhados para o laboratório balístico, podem ser
efetuados os seguintes exames:

Eficiência de cartucho de arma de fogo;


Determinação de calibre de cartucho de arma de
fogo (ou projétil, ou estojo, ou bucha)
Microcomparação balística;
Determinação de calibre de grãos de chumbo.
Exames

Nas Seções Regionais de Criminalística, são


realizados os exames de determinação de
calibre e eficiência, sendo os exames de
microcomparação encaminhados para o
Laboratório de Balística do Instituto de
Criminalística;
É de extrema importância que o Perito Criminal
faça um bom trabalho tanto no exame de
eficiência quanto na determinação de calibre,
caracterizando o material da maneira mais
detalhada possível. Assim poderão ser evitados
exames desnecessários.
Exame de eficiência

• Exame de eficiência de cartucho:


– Verifica a condição de utilização do cartucho;
– Quando existe uma arma compatível na Seção, o
cartucho é inserido na arma e é feito o acionamento do
sistema de disparo, verificando se o cartucho estava ou
não em condições de utilização;
– Quando não existe uma arma compatível na Seção, é
feita a desmontagem do cartucho e os elementos são
testados separadamente.
Determinação de
calibre
• O exame de determinação de calibre pode
ser feito no cartucho intacto ou nos
elementos constituintes do cartucho,
quando possível
• A determinação de calibre do cartucho é
feita conferindo-se as medidas e
inscrições de base com os padrões
internacionais
Determinação de
calibre
• No caso dos projéteis, o exame de
determinação é feito por meio de medidas
de diâmetro de base e massa do projétil,
comparando-o aos projéteis padrão
existentes na Seção
Determinação de
calibre
• O exame de determinação de calibre pode
ser feito no cartucho intacto ou nos
elementos constituintes do cartucho,
quando possível
• A determinação de calibre do cartucho é
feita conferindo-se as medidas e
inscrições de base com os padrões
internacionais
Quando um projétil é disparado por uma arma
de fogo, são deixadas marcas no corpo deste.
Tais marcas são únicas e exclusivas de cada
arma de fogo, de maneira semelhante à uma
impressão digital.
Microcomparação
balística
• O exame de microcomparação balística só
é realizado no Laboratório de Balística do
Instituto de Criminalística e na Seção
Técnica de Juiz de Fora
• Para a realização do exame é utilizado o
microcomparador balístico
• Podem ser feitos exames de
microcomparação em projéteis ou estojos
Microcomparação
Balística
Microcomparação
balística em projéteis
Microcomparação
balística em projéteis
• A análise é feita nas micromarcas
deixadas na face lateral do projétil pelas
características do cano formadas no
processo de fabricação
• Diferentemente das impressões papilares,
as marcas podem ser alteradas ou
destruídas definitivamente
Microcomparação
balística em projéteis
Microcomparação
balística em projéteis
Microcomparação
balística em estojos
• A comparação balística em estojos é feita
tanto na marca de percussão quanto nas
marcas formadas pela compressão do
culote do estojo contra a culatra da arma
• Da mesma forma que as marcas nos
projéteis, podem ser alteradas com o uso
da arma
Microcomparação
balística em estojos
Sistema EVOFINDER

Crime 1 Informações
Vítima 1

Investigações paralelas

Crime 2 Informações
Vítima 2
Sistema EVOFINDER

Crime 1
Vítima 1

SISTEMA
EVOFINDER INFORMAÇÕES

Crime 2
Vítima 2
Sistema
EVOFINDER

• A comparação entre as marcas de dois


projéteis ou estojos diferentes permite
determinar se os mesmos foram
utilizados pela mesma arma. Se um
sistema consegue fazer tal comparação
de maneira automática, este se torna
uma poderosa ferramenta na
investigação policial.
Sistema EVOFINDER

• Após um longo processo de estudo das


plataformas existentes, a SPTC optou
pela compra do Sistema Evofinder para
inplementar o banco de dados balístico
em Minas Gerais
• A aquisição foi feita em Janeiro de 2008,
com a entrega do equipamento no final de
março daquele ano
Configuração da
plataforma
• A plataforma adquirida
possui a seguinte
configuração:
– Duas estações de
aquisição de dados
– Quatro estações de
trabalho
– Um servidor
– Quatro "No Break"
Configuração da
Plataforma
Configuração da
plataforma
Configuração da
Plataforma

Cassete Projétil Cassete Estojo


Funcionamento básico
Projéteis
• Para a captura de imagens de projéteis o
sistema Evofinder utiliza um sensor de
imagem CCD monocromático que faz a
captura da imagem em escala de cinza;
• A captura é feita por faixas que são em
seguida unidas, formando a imagem da
área lateral do projétil;
• O foco é feito de maneira automática,
ficando o ajuste manual apenas para
partes mais danificadas do projétil;
Captura da imagem
do projétil
Funcionamento básico
Projéteis
• Após capturada a imagem do projétil, a
marcação das raias e minúcias é feita
pelo Perito manualmente;
• A primeira etapa é marcar as partes
fundas do projétil, escolhendo uma área
com maior quantidade de estrias e
estabelecendo um retângulo onde estará
a área pesquisada. O ângulo do
raiamento também é determinado nesta
Funcionamento básico
Projéteis
• Em seguida é feita a marcação de
minúcias detectadas na parte cheia do
projétil. O ângulo das linhas também é
determinado manualmente;
• Finalmente a amostra pode ser inserida
na base de dados, preenchendo-se uma
janela onde constarão as informações
relativas ao caso e ao projétil.
Funcionamento básico
Projéteis
Funcionamento básico
Projéteis
Funcionamento básico
Projéteis
Busca de projéteis

• Uma vez inserida no banco de dados a


amostra, esta se torna apta a ser confrontada
com a base;
• O equipamento fornece a lista de todas as
amostras, ordenadas de maneira decrescente
em função do índice de correlação com a
amostra questionada, tanto para a parte cheia
quanto para a parte funda do projétil;
• Além disso é informado em quantas raias
houve um melhor ajuste.
Busca de projéteis
Trajeto, trajetória e
alcance
Trajetória: caminho percorrido pelo projétil no
espaço.
Trajeto: caminho realizado pelo projétil dentro
de um objeto ou corpo.
Alcance: apresenta grande variação: ângulo
de tiro, arma, munição, etc. Pode ser:
– Real: alcance máximo do projétil (revólver Taurus
.38SPL, cano 3”: ± 1200m).
– Útil: alcance máximo para causar ferimentos (revólver
Taurus .38SPL, cano 3”: ± 400m).
– Precisão: alcance com razoável precisão, alvo com
30 cm de lado - área dos órgãos vitais humanos (rev.
Taurus .38SPL, cano 3”: ± 100m).

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