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Títulos de Créditos

Conceito: Os títulos de crédito constituem “documentos necessários para o exercício de um direito literal e
autônomo, nele mencionado”. Deste conceito, dado pelo ilustre jurista italiano, podemos extrair os princípios
que norteiam esse tema, que são:

– Princípio da Cartularidade: exige a existência material do título ou, como versa Vivante, o documento
necessário. Assim sendo, para que o credor possa exigir o crédito deverá apresentar a cártula original do
documento – título de crédito.

Garante, portanto, este princípio, que o possuidor do título é o titular do direito de crédito.

A duplicata se afasta deste princípio, uma vez que expressa a possibilidade do protesto do título por indicação
quando o devedor retém o título.

– Princípio da Literalidade: o título vale pelo que nele está mencionado, em seus termos e limites. Para o
credor e devedor só valerá o que estiver expresso no título. Deve, por conseguinte, constar a assinatura do
avalista para que seja válido o aval, por exemplo.

A duplicata, por mais uma vez, figura como exceção, já que conforme estabelece o artigo 9°, §1°, da lei n°
5474/68: “a prova do pagamento é o recibo, passado pelo legítimo portador ou por seu representante com
poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento, em separado, com referência expressa à
duplicata”.

– Princípio da Autonomia: desvincula-se toda e qualquer relação havida entre os anteriores possuidores do
título com os atuais e, assim sendo, o que circula é o título de crédito e não o direito abstrato contido nele.

1. Princípio da Abstração: decorre, em parte, do princípio da autonomia e trata da separação da causa ao


título por ela originado. Não se vincula a cártula, portanto, ao negócio jurídico principal que a originou,
visando, por fim, a proteção do possuidor de boa-fé.

Não gozam deste princípio todos os títulos de crédito, mas se pode observar ser ele válido para as notas
promissórias e letra de câmbio.

2. Inoponibilidade das Exceções Pessoais: O obrigado em um título de crédito não pode recusar o
pagamento ao portador de boa-fé alegando suas relações pessoais como sacador ou outros obrigados anteriores
do título. A exceção à regra é o portador de má-fé, com a finalidade de prejudicar o devedor. A má-fé do
portador é caracterizada pelo fato de haver ele agido conscientemente em prejuízo do devedor

Classificação dos Títulos de Crédito (resumo principal, depois vou detalhar mais)

 Quanto ao modelo: podem ser vinculados ou livres.

Vinculados: devem atender a um padrão específico, definido por lei, para a criação do título. Ex:. cheque.

Livres: são os títulos que não exigem um padrão obrigatório de emissão, basta que conste os requisitos
mínimos exigidos por lei. Ex: letra de câmbio e nota promissória.

 Quanto à estrutura: podem ser ordem de pagamento ou promessa de pagamento.

Ordem de pagamento: por esta estrutura o saque cambial dá origem a três situações distintas: sacador ou
emitente, que dá a ordem para que outra pessoa pague; sacado, que recebe a ordem e deve cumpri-la; e o
beneficiário, que recebe o valor descrito no título. Ex: letra de câmbio, cheque.
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Promessa de pagamento: envolve apenas duas situações jurídicas: promitente, que deve, e beneficiário, o
credor que receberá a dívida do promitente. Ex: nota promissória.

– Quanto à natureza: podem ser títulos causais ou abstratos.

1. Títulos causais: são aqueles que guardam vínculo com a causa que lhes deu origem, constando
expressamente no título a obrigação pelo qual o título foi assumido, sendo assim, só poderão ser
emitidos se ocorrer o fato que a lei elegeu como uma possível causa para o mesmo. Podem circular por
endosso. Ex: duplicatas.

2. Títulos abstratos: são aqueles que não mencionam a relação que lhes deu origem, podendo ser criados
por qualquer motivo. Ex: letra de câmbio, cheque.

Constituição do Título de Crédito

Saque: Este instituto somente será encontrado pela emissão de letras de câmbio, já que estas são ordens de
pagamento que, por meio do saque, criam três situações jurídicas distintas, sendo estas:

1. a figura do sacador, o qual dá a ordem de pagamento e que determina a quantia que deve ser paga;
2. a figura do sacado, àquele para quem a ordem é dirigida, o qual deve realizar o pagamento dentro das
condições estabelecidas;
3. e, por último, o tomador, credor da quantia mencionada no título.

Saque, portanto, é o ato de criação, ou seja, da emissão da letra de câmbio. Após esse ato, o tomador pode
procurar o sacado para receber do mesmo a quantia devida. Sendo que não tem por única função emitir o
título, mas também visa vincular o sacador ao pagamento da letra de câmbio, assim sendo, caso o sacado não
pague a dívida ao tomador, este último poderá cobrá-la do próprio sacador, que é o próprio devedor do título.

Aceite: É por meio deste que o sacado se compromete ao pagamento do título ao beneficiário, na data do
vencimento. Para que seja válido este aceite deverá conter o nome e assinatura do aceitante. Importante frisar
que, se este aceite se der no verso do título, deverá acompanhar a palavra “aceito” ou “aceitamos”, para que não
se confunda com endosso; mas se no anverso do título, bastará a assinatura do aceitante.

O sacado/aceitante deverá ser civilmente capaz e não poderá ser falido. Se este vier a falecer poderá o
inventariante proceder o aceite em nome dos sucessores daquele.

Havendo endossantes neste título, deverão estes responder como devedores cambiários solidários e, assim
sendo, deverão pagar o que estabelece o título ao beneficiário, caso o sacado não o aceite. O aceite é
irretratável, ou seja, desde que produzido o sacado não poderá se eximir do pagamento da letra.

Prazo de respiro é o prazo de um dia dado em virtude da primeira apresentação do título para aceite do
sacado. De acordo com o art. 24 da LUG: “o sacado pode pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda
vez no dia seguinte ao da primeira apresentação”.

As letras com data certa para vencimento ou à vista dispensam a apresentação para aceite, porque vencem no
momento em que são apresentadas, devendo ser feita em 1 ano.

Será considerada a falta de aceite quando o sacado não for encontrado, estiver muito enfermo, não podendo, ao
menos, expressar-se, ou quando nega o aceite ao título expressamente. Diante da recusa do aceite, o
beneficiário deverá, a fim de receber o valor representado pelo título, protestá-lo no primeiro dia útil seguinte,
já que esta recusa acarreta o vencimento antecipado do título. Podendo o tomador perder o direito, se não
protestar neste prazo, de acionar os demais coobrigados cambiários. Sendo assim, verifica-se que o protesto
pressupõe a ausência do aceite.

O aceite deverá ser puro e simples, não podendo ser condicionado, e poderá ser limitado de acordo com que o
aceitante se obrigar nos termos do mesmo. A lei permite que o sacador estabeleça uma cláusula de proibição de
aceitação do aceite, tornando a letra inaceitável. Com isso, deverá o beneficiário esperar até a data do
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vencimento do título para apresentá-lo ao sacado, que só então, se recusá-lo, poderá voltar-se ao sacador. Se,
entretanto, antes da data do vencimento o sacado aceitar o título, ele será válido.

Essa cláusula não será permitida quando a letra for sacada a certo termo da vista, pois quando isso ocorre o
prazo do vencimento só corre a partir da data do aceite.

Endosso: É a forma pela qual se transfere o direito de receber o valor que consta no título através da tradição
da própria cártula.

De acordo com o art. 893 do Código Civil: “a transferência do título de crédito implica a de todos os direitos
que lhe são inerentes” e, por assim dizer, entende-se que não só a propriedade da letra que se transfere, como
também a garantia de seu adimplemento.

Endosso é o ato cambial pelo qual uma pessoa física ou jurídica transfere a propriedade de crédito a um novo
credor do título, vinculando-o ao pagamento deste. A pessoa que endossa é chamada de endossante ou
endossador, e a pessoa que recebe o título endossado e denominada endossatário. O endosso se perfaz por
meio de assinatura de próprio punho realizado pelo endossante.

Figuram dois sujeitos no endosso:

– endossante / endossador: quem garante o pagamento do título transferido por endosso;

– endossatário / adquirente: quem recebe por meio dessa transferência a letra de câmbio.

O endosso responsabiliza solidariamente o endossante ao pagamento do crédito descrito na cártula caso o


sacado e sacador não efetuem o pagamento. Portanto, se o devedor entregar a seu credor um título, por mera
tradição e sem endosso, não estará vinculado ao pagamento deste crédito caso as outras partes se tornem
inadimplentes.

Poderá o endosso se apresentar:

em preto: quando na própria letra traz a indicação do endossatário do crédito. Também conhecido por endosso
nominal.

em branco: quando apenas constar a assinatura do endossante, sem qualquer indicação de quem seja o
endossatário. Deverá este ser feito sempre no verso do título e se tornará um título ao portador.

Classificações doutrinárias de endosso:

– Endosso próprio: transfere ao endossatário não só a titularidade do crédito como também o exercício de seus
direitos.

– Endosso impróprio: difere do anterior uma vez que não transfere a titularidade do crédito, mas tão somente
o exercício de seus direitos. Este se subdivide em:

Endosso-mandato ou endosso-procuração: permite que o endossatário aja como representante do endossante,


podendo exercer os direitos inerentes ao título.

Endosso-caução ou pignoratício: figura como mera garantia ao endossatário de uma dívida do endossante para
com ele. Deve sempre conter a cláusula: “valor em garantia” ou “valor em penhor”. Tendo, portanto, o
endossante cumprido a obrigação para a qual se destinou a garantia, poderá rever o título de crédito.

Cessão Civil é a transferência de um título de crédito por meio diverso ao do endosso.

Diferenças de Endosso e Cessão Civil:

Endosso – ato unilateral que só será admitido mediante assinatura e declaração contidas no título. Confere
direitos autônomos ao endossatário (direitos novos) e não poderá ser parcial.
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Cessão Civil – ato bilateral, por meio de um negócio jurídico; pode ser feita da mesma forma que qualquer
outro contrato; confere os direitos derivados de quem o cedeu e poderá ser parcial.

Aval: Versa o art. 30 da LU, “o pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma
determinada, pode ser garantido por aval”. Com isso estabelece-se que aval é a garantia cambial, pela qual
terceiro (avalista) firma para com o avalizado, se responsabilizando pelo cumprimento do pagamento do título
se este último não o fizer.

Poderá o aval se apresentar:

em preto: indica o avalizado nominalmente;

em branco: não indica expressamente o avalizado, considerando, por conseguinte, o sacador como o mesmo.

é permitido o aval parcial ou limitado, segundo o art. 30 da Lei Uniforme.

O aval difere da fiança pelo fato desta última se caracterizar em contratos cíveis e não sob títulos de crédito,
como a primeira. Não há o que se falar em fiança no direito empresarial.

Por fim, cumpre ressaltar que a lei concede ao fiador o benefício de ordem, benefício este inexistente para o
avalista.

Exigibilidade do Título de Crédito

Vencimento: O vencimento do título ocorrerá, ordinariamente, com o término normal do prazo, sob as
seguintes formas elencadas pelo art. 6° da Lei Saraiva (Dec. 2.044/1908):

1º data certa

2º à vista = não tem data. O espaço é em branco ou “a vista”, aos olhos do devedor/ escolha do devedor

3º a certo termo da data = o credor faz o cálculo à partir da data da emissão. Ex: depois de 3 dias/1 ano/3
meses, depois da data de demissão será o vencimento.

4º a certo termo à vista = o credor levará o título ao devedor (o prazo é previamente preenchido, ex: “a 5 meses
da vista”) então a partir da data de vista, correrá o prazo para vencimento.

Ou, também, extraordinariamente, quando se dá pela interrupção do prazo por fato imprevisto e anormal,
elencados no art. 19 da mesma lei em questão.

a) falta ou recusa de aceite;

b) falência do aceitante.

Pagamento: É através do pagamento que se tem por extinta uma, algumas ou todas as obrigações declaradas
no título de crédito. Pode-se dizer, com isso, que o pagamento pode extinguir:

– algumas obrigações: se o pagamento é efetuado pelo coobrigado ou pelo avalista do aceitante, extingue-se a
própria obrigação de quem pagou e também a dos posteriores coobrigados;

– todas obrigações: se o pagamento é realizado pelo aceitante do título.


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Protesto: É a prova literal de que o título foi apresentado a aceite ou a pagamento e que nenhuma dessas
providências foram atendidas, pelo sacado ou aceitante.

O protesto será levado a efeito por:

– falta ou recusa do aceite;

– falta ou recusa do pagamento;

– falta da devolução do título.

Ação Cambial: É a ação cabível para o credor reaver o que deixou de receber pelo título de crédito devido,
promovendo a execução judicial de seu crédito contra qualquer devedor cambial, devendo-se sempre observar
as condições de exigibilidade do crédito. Para a letra de câmbio, a Lei Uniforme, em seu artigo 70 estabeleceu
os seguintes prazos:

6 meses: a contar do pagamento ou do ajuizamento da execução cambial, para o exercício do direito de regresso
por qualquer um dos coobrigados;

1 ano: para o exercício do direito de crédito contra os coobrigados, isto é, contra o sacador, endossante e
respectivos avalistas. Prazo este a contar do protesto ou do vencimento, no caso da cláusula “sem despesas”;

3 anos: para o exercício do direito de crédito contra o devedor principal e seu avalista, a contar do vencimento.

CLASSIFICAÇÃO:

1. QUANTO AO MODELO
a- LIVRE : Cuja forma não precisa seguir um padrão estabelecido por lei. Os requisitos para serem
considerados como títulos devem ser cumpridos, mas a lei não determina forma específica para eles.
Ex: Letra de Câmbio e Nota Promissória.
b- MODELO VINCULADO : A lei define um padrão para o atendimento dos requisitos de cada um.
Ex: Cheque e Duplicata Mercantil.

2. QUANTO À ESTRUTURA
a- ORDEM DE PAGAMENTO: O saque dá origem a três situações jurídicas distintas De quem dá a
ordem; do destinatário da ordem; e do beneficiário (Sacador, Sacado e Tomador). Ex: Letra de
Câmbio, Cheque.
b- PROMESSA DE PAGAMENTO: O saque cambial dá origem à duas situações jurídicas distintas
(dois intervenientes): A de quem promete pagar e o beneficiário da promessa: Sacador/Beneficiário,
Promitente/Beneficiário, Credor/Devedor.

3- QUANTO ÀS HIPÓTESES DE EMISSÃO


a- CAUSAIS: Só pode ser emitido se ocorrer o fato que a lei elegeu como causa passível de sua emissão.
Ex: Duplicata Comercial / Contrato de compra e venda mercantil e prestação de serviços com a efetiva
entrega da mercadoria ou serviços e Conhecimento de Depósito e Warrant.
b- NÃO CAUSAIS OU ABSTRATOS: Podem ser emitidos por qualquer causa para representar
obrigação de qualquer natureza no momento do saque. Ex: Cheque, Nota Promissória.

4- QUANTO À CIRCULAÇÃO
a- AO PORTADOR: Por não identificarem o credor são transferidos por mera tradição (entrega do
título). A Lei 8.021/90 que dispõe sobre identificação dos contribuintes aboliu o título ao portador. O
CCB disciplina os títulos ao portador nos arts. 904 ao 909.
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b- NOMINATIVOS: São os que identificam o seu credor e sua transferência, pressupõe além da
tradição os registros nos livros da entidade emissora. À ORDEM: Circulam mediante tradição,
acompanhada de endosso (assinatura no verso ou anverso do título). NÃO À ORDEM: Circulam
mediante tradição acompanhada da cessão ordinária de créditos. (é um contrato).

5- QUANTO À CATEGORIA
a- PRÓPRIOS: Encerram uma verdadeira operação de crédito. Dão direito a uma prestação de coisas
fungíveis, como por ex: O dinheiro são os mais genuínos títulos de crédito. Também chamados de
típicos e cambiais. Ex: Letra de Câmbio e Nota Promissória.
b- IMPRÓPRIOS: São títulos que não representam uma verdadeira operação de crédito, mas por
possuírem certos requisitos dos títulos de crédito propriamente ditos, circulam com as garantias que
estes possuem. Também chamados atípicos ou cambiariformes. Ex: Cheque e Conhecimento de
Depósito e Warrant.

LETRA DE CÂMBIO

É um título de crédito que se estrutura como ordem de pagamento, dando origem, assim, a três situações
jurídicas distintas:

a) a do sacador, que emite a ordem;

b) a do sacado, a quem a ordem é destinada;

c) a do tomador, que é beneficiário da ordem.

Não precisam necessariamente, no entanto, estarem ocupadas estas três situações jurídicas por três pessoas
distintas, admitindo a Lei Uniforme, no art. 3º, que a letra seja sacada:

a) à ordem do próprio sacador: o sacador e o tomador são a mesma pessoa (a letra é emitida por alguém em seu
próprio benefício);

b) sobre o próprio sacador: o sacador e o sacado são a mesma pessoa (a letra é emitida pelo sacado contra ele
mesmo);

c) por ordem e conta de terceiro: situação usual, em que as três situações jurídicas são ocupadas por sujeitos de
direito distintos, ou seja, uma pessoa (sacador) ordena que alguém (sacado) pague a outrem (tomador).

Requisitos essenciais para emissão da letra de câmbio:

1) a expressão “letra de câmbio” (cláusula cambiária);

2) uma ordem incondicional para pagamento de quantia determinada (não pode estar sujeita a qualquer
condição, suspensiva ou resolutiva e deve ser mencionada a moeda de pagamento);

3) o nome e identificação do sacado (feita com a menção ao número de sua carteira de identidade, de seu CPF,
título de eleitor ou CTPS);

4) o nome do tomador;

5) a assinatura do sacador (pois ele é o codevedor ao garantir a aceitação e o pagamento da letra, podendo o
tomador voltar-se contra ele se o sacado não aceitar a letra ou não pagá-la);
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6) a data do saque;

7) o lugar do pagamento ou a menção de um lugar junto ao nome do sacado;

8) o lugar do saque ou a menção de um lugar junto ao nome do sacador.

Saque → diz-se de ordem de pagamento expedida por alguém contra outro ou contra banco, onde tem fundos
disponíveis para a cobertura.

Lei Uniforme, aprovada pelo Decreto nº 57.663, de 24 de janeiro de 1966. Art. 1º. A letra contém:

1 – A palavra “letra” inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse
título;

2 – O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;

3 – O nome daquele que deve pagar (sacado);

4 – A época do pagamento;

5 – A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;

6 – O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;

7 – A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;

8 – A assinatura de quem passa a letra (sacador).

A jurisprudência admite, todavia, a emissão de letra de câmbio – e de qualquer outro título de crédito – em
branco ou incompleta:

Súmula nº 387, STF: “A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo
credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto”.

Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os
ajustes realizados.

Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não
constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.

Por fim, caso não conste a época do pagamento do título, ela será considerada à vista (art. 2º, Lei Uniforme).

Aceite da letra: Emitida a letra de câmbio, ela será entregue ao tomador, que a levará ao sacado para que este
a aceite (art. 25 da Lei Uniforme), o que deve ser feito no próprio título por meio da expressão “aceito” ou
“aceitamos”, seguida da assinatura do sacado ou de procurador com poderes especiais para tanto. Se a letra foi
emitida contra mais de um sacado, o tomador deve apresentá-la, inicialmente, ao primeiro nomeado no título,
e depois sucessivamente.

Art. 25, Lei Uniforme → O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra “aceite” ou qualquer outra
palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta na
parte anterior da letra.

Quando se trate de uma letra pagável a certo termo de vista, ou quem deva ser apresentada ao aceite dentro de
um prazo determinado por estipulação especial, o aceite deve ser datado do dia em que foi dado, salvo se o
portador exigir que a data seja a da apresentação.

A falta de data, o portador, para conservar os seus direitos de recurso contra os endossantes e contra o sacador,
deve fazer constatar essa omissão por um protesto feito em tempo útil.
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Aceite ==> É colocado, por regra, no anverso, e quando no verso deve ter a palavra “aceito” ou equivalente.

Quando o sacado coloca sua assinatura na cambial, ele se compromete com a dívida nela imposta (princípio da
literalidade).

Com o aceite, os demais coobrigados desvinculam-se da responsabilidade como devedores principais.

O aceite, na letra de câmbio, é facultativo, porém irretratável. O sacado pode simplesmente recusá-lo, sem dar
qualquer justificativa para tanto. A recusa do aceite, no entanto, provoca o vencimento antecipado do título,
podendo o tomador exigir do sacador – codevedor da letra – o seu pronto pagamento.

O sacado pode, ainda, aceitar parcialmente a letra, também ocorrendo o vencimento antecipado do título,
podendo o tomador cobrar a totalidade do título contra o sacador.

Vencimento antecipado da letra de câmbio

Pode ocorrer a antecipação do vencimento da letra de câmbio por dois motivos:

a) a falta ou recusa do aceite ou o aceite parcial;

b) pela falência do aceitante.

Art. 43, Lei Uniforme → O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os
endossantes, sacador e outros coobrigados:

(…) Mesmo antes do vencimento:

1- Se houve recusa total ou parcial de aceite;

2- Nos casos de falência do sacado, quer ele tenha aceite, quer não, de suspensão de pagamentos do mesmo,
ainda que não constatada por sentença, ou de ter sido promovida, sem resultado, execução dos seus bens.

3- Nos casos de falência do sacador de uma letra não aceitável.

Há duas espécies de aceite parcial:

a) aceite-limitativo → o sacado aceita apenas parte do valor do título;

b) aceite-modificativo: o sacado altera alguma condição de pagamento do título, como o vencimento, por
exemplo.

O sacador dispõe, no entanto, de uma forma específica de se prevenir quanto ao vencimento antecipado da
letra: colocando no título a cláusula não aceitável, que impõe ao tomador a obrigação de só procurar o
sacado para o aceite na data do vencimento.

Existe ainda uma pequena variante da cláusula não aceitável, por meio do qual o sacador estipula uma data
certa a partir da qual a letra pode ser levada a aceite, sendo vedada, portanto, a apresentação do título para
aceite do sacado antes dessa data.

A cláusula não aceitável não é admitida nas letras de câmbio a certo termo da vista, uma vez que nestas o prazo
de vencimento somente se inicia a partir do aceite.

Vencimento da letra:

Emitida a letra e realizado o aceite pelo sacado, o título se torna exigível a partir do seu vencimento, podendo-
se distinguir quatro espécies de letra de câmbio, quanto a este aspecto:
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1) letra com dia certo → vence em data preestabelecida pelo sacador.

2) letra à vista → tem o vencimento no dia da apresentação do título ao sacado.

3) letra a certo termo da vista → vence após determinado prazo, estipulado pelo sacador quando de sua
emissão, que começa a correr a partir da vista (aceite) do título.

4) letra a certo termo da data → também vence após um determinado prazo estipulado pelo sacador, mas que
começa a correr a partir da própria emissão (saque) do título.

Prazo de apresentação e pagamento da letra

Na letra a certo termo da vista, o tomador deverá apresentá-la para aceite no prazo estabelecido no título, ou,
caso não tenha sido estabelecido prazo algum, dentro de um ano, contado de sua emissão.

Art. 23, Lei Uniforme → As letras a certo termo de vista devem ser apresentadas ao aceite dentro do prazo de
um ano das suas datas.

O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um prazo maior.

Esses prazos podem ser reduzidos pelos endossantes.

Na letra à vista, por sua vez, o tomador não precisa necessariamente levá-la para aceite do sacado, podendo
optar por apresentá-la diretamente para pagamento, o que deve ser feito em um ano a partir da emissão do
título.

Obs.: uma vez apresentada a letra para aceite, o sacado deverá devolvê-la de imediato, não podendo retê-la, sob
pena, inclusive, de responsabilização penal pelo crime de apropriação indébita. Pode o sacado, todavia,
requerer ao tomador que a letra lhe seja apresentada novamente no dia seguinte ao da primeira apresentação,
ou seja, 24 horas depois. Trata-se do chamado “prazo de respiro”.

O portador não é obrigado a deixar nas mãos do aceitante a letra apresentada ao aceite.

Aceita a letra, caberá ao tomador aguardar a data do seu vencimento. Vencida a letra, ela se tornará exigível,
devendo então ser apresentada ao aceitante para pagamento, que deve ser realizado, em princípio, por ele
próprio, que é o devedor principal.

Em regra, ela deve ser apresentada para pagamento no dia do seu vencimento, salvo se esse recair em dia não
útil, caso em que deve ser apresentada no dia útil seguinte. Vencido o título, caso o tomador não apresente a
letra de câmbio para pagamento, começa a fluir o prazo para protesto, que na letra de câmbio deverá ser feito
nos dois dias úteis seguintes ao vencimento.

Art. 44, Lei Uniforme → A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto
por falta de aceite ou falta de pagamento).

O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Se, no caso
previsto na alínea 1 do artigo 24, a primeira apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode
fazer-se ainda o protesto no dia seguinte.

O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve
ser feito num dos dois dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à
vista, o protesto deve ser feito nas condições indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite.

O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por falta de pagamento.

No caso de suspensão de pagamentos do sacado, quer seja aceitante, quer não, ou no caso de lhe ter sido
promovida, sem resultado, execução dos bens, o portador da letra só pode exercer o seu direito de ação após
apresentação da mesma ao sacado para pagamento e depois de feito o protesto.

No caso de falência declarada do sacado, quer seja aceitante, quer não, bem como no caso de falência declarada
do sacador de uma letra não aceitável, a apresentação da sentença de declaração de falência é suficiente para
que o portador da letra possa exercer o seu direito de ação.
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Protesto

É a prova literal de que o título foi apresentado a aceite ou para pagamento e nenhuma dessas providências
foram atendidas pelo sacado.

O protesto será levado a efeito por (3):

a) falta ou recusa do aceite;

b) falta ou recusa do pagamento;

c) falta da devolução do título.

Ação Cambial

É cabível para o credor reaver o que deixou de receber pelo título de crédito, promovendo a ação judicial de
execução contra qualquer devedor cambial. A Lei Uniforme estabelece os seguintes prazos:

– 6 meses para quem entrar com a ação judicial contra qualquer coobrigado;

– 1 ano contra o sacador, endossante ou avalista;

– 3 anos contra o devedor principal e seu avalista.

Art. 70, Lei Uniforme → Todas as ações contra ao aceitante relativas a letras prescrevem em três anos a contar
do seu vencimento.

As ações ao portador contra os endossantes e contra o sacador prescrevem num ano, a contar da data do
protesto feito em tempo útil ou da data do vencimento, se se trata de letra que contenha cláusula sem
despesas”.

As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em seis meses a contar do dia em
que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado.

Nota Promissória

É um título de crédito emitido pelo devedor, sob a forma de promessa de pagamento, a determinada pessoa, de
certa quantia em certa data. A nota promissória, portanto, é uma promessa direta e unilateral de pagamento, à
vista ou a prazo, efetuada, em caráter solene, pelo promitente-devedor ao promissário-credor.

Regulam o tema, o Decreto n. 2.044 de 31/12/1908, que define a letra de câmbio e a nota promissória e regula
as operações cambiais, e o Decreto n. 57.663 de 24/01/1966, que promulga as convenções para adoção de uma
lei uniforme em matéria de letras de câmbio e notas promissórias e o Decreto.

Figuram como partes na nota promissória:

- o subscritor / promitente-devedor.

- o beneficiário / promissário-credor.

Observemos que na letra de câmbio temos uma ordem de pagamento (ver artigo anterior), enquanto que na
nota promissória o que existe é uma promessa de pagamento. Sendo esta promessa uma declaração unilateral
do promitende-devedor, não há, portanto, necessidade de aceite, cuja manifestação e ciência da dívida já é feita
implicitamente no ato da promessa unilateral.

A nota promissória constitui um título abstrato, haja vista que a sua emissão não exige causa legal específica,
não necessitando, portanto, a indicação expressa do motivo que lhe deu origem.
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Na nota promissória, diferente do que ocorre com a letra de câmbio, não há o que se falar em saque, mas em
emissão do título. O emitente do título se obriga, originária e diretamente, para com o tomador ou beneficiário.
Assim, o promitente-devedor assume na nota promissória uma incondicional promessa de pagamento.

A Lei Uniforme apresenta, em seu artigo 75, os requisitos essenciais necessários à plena validade de uma nota
promissória. São eles:

a) a denominação “nota promissória”.

b) promessa solene e direta de pagamento.

c) nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga (promissório-credor).

d) indicação da data de emissão da nota promissória.

e) assinatura do emitente (subscritor ou promitente-devedor).

Além dos requisitos essenciais acima elencados, a Lei Uniforme considera como requisitos não-essenciais:
(antigo 76)

f) data de vencimento do título (na sua ausência o título é pagável à vista).

g) lugar de pagamento da nota promissória (quando o título não especificar o lugar de seu pagamento, deve ser
considerado como tal o lugar de sua emissão).

h) lugar de emissão.

Na falta de pagamento da nota promissória o credor poderá promover o protesto do título. Observe que na
nota promissória não há protesto por falta de aceite, somente por falta de pagamento, até porque não há o
aceite neste tipo de título de crédito.

Quanto aos prazos para a propositura de ação executiva baseada na nota promissória, o credor terá que
observar os seguintes prazos prescricionais:

a) em 03 (três) anos a contar do vencimento do título, para o exercício do direito de crédito contra o
promitente-devedor e seu avalista.

b) em 01 (um) ano a contar do protesto efetuado dentro dos prazos legais, para o exercício da competente ação
executiva contra os endossantes e seus respectivos avalistas.

c) em 06 (seis) meses, a contar do dia em que o endossante efetuou o pagamento do título ou em que ele
próprio foi demandado para o seu pagamento, para a propositura de ações executivas dos endossantes, uns
contra os outros, e de endossante contra o promitente-devedor.

DUPLICATA

É o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e venda comercial ou prestação de
certos serviços.

VEJAMOS UM EXEMPLO DE COMO SURGE UMA DUPLICATA:

Na venda de uma mercadoria, com prazo não inferior a 30 dias, o vendedor deverá extrair a respectiva fatura
para apresentá-la ao comprador.

No momento da emissão da futura, ou após a venda, o comerciante poderá extrair uma duplicata que, sendo
assinada pelo comprador, servirá como documento de comprovação da dívida.

REQUISITOS ESSENCIAIS:

A duplicata, sendo título formal, apresenta os seguintes requisitos previstos em Lei:


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1- A denominação duplicata, a data de sua emissão e o número de ordem.


2- O número da fatura.
3- A data do vencimento ou a declaração de ser duplicata à vista.
4- O nome e o domicílio do vendedor e do comprador.
5- A importância a pagar, em algarismos e por extenso.
6- A praça de pagamento.
7- A cláusula à ordem.
8- A declaração do recebimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo
comprador, como aceite cambial.
9- A assinatura do emitente.

CLASSIFICAÇÃO

A duplicata é título de modelo vinculado e o comerciante que a adotar deve manter um livro de registro de
duplicatas. A duplicata deve ser de uma única fatura.

A duplicata é título causal pois somente pode representar crédito decorrente de uma determinada causa. A
emissão e aceite de duplicata simulada é crime pela lei 8137/90.

Duplicata Simulada, que um é título cuja existência depende de um contrato de compra e venda comercial ou
de prestação de serviço. Em outras palavras, toda duplicata deve corresponder a uma efetiva venda de bens ou
prestação de serviços. A emissão de duplicatas que não tenham como origem essas atividades é considerada
infração penal. Trata-se da chamada “duplicata fria” ou duplicata simulada.

VENCIMENTO:

– À vista: Pagável à apresentação.

– À um certo termo de vista.

REMESSA:

Remessa pelo credor: 30 dias, na praça do devedor.

Remessa por instituição financeira: 10 dias.

DEVOLUÇÃO:

Em 10 dias, contados da apresentação, assinada ou acompanhada de declaração contendo razões recusa de


aceite.

ACEITE: O vendedor tem prazo para enviar a duplicata, que é título de aceite obrigatório e sua recusa
somente poderá ocorrer em determinados casos legalmente previstos (avaria ou não recebimento de
mercadorias quando enviadas por conta e risco do vendedor, vícios na qualidade e quantidade, divergência nos
prazos ou preços).

PROTESTO: A duplicata pode ser protestada, até 30 dias após o seu vencimento, por falta de pagamento,
aceite ou devolução. A perda do prazo implica somente na perda do direito contra os co-obrigados.

A triplicata pode ser emitida no caso de perda ou extravio da duplicata.


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O PROTESTO ACONTECE QUANDO:

1- Por falta de aceite.


2- Por falta de pagamento.
3- Por falta de devolução.
4-

PRAZO PRESCRICIONAL:

 Contra o sacado/avalistas: 3 anos, a contar do vencimento.


 Contra o endossante/avalistas: 1 ano, a contar da data do protesto.
 Dos coobrigados contra outros e contra o sacador: 1 ano, a contar do pagamento do título.

CHEQUE

É uma ordem incondicional de pagamento à vista, de uma certa quantia em dinheiro, dada com base em
suficiente provisão de fundos ou decorrente de contrato de abertura de crédito disponíveis em banco ou
instituição financeira equiparada.

Partes:

EMITENTE: É a pessoa que dá a ordem de pagamento para o sacado, após verificação dos fundos, pagar. É o
devedor principal.

SACADO: O banco ou instituição financeira a ele equiparada. O sacado de um cheque não tem, em nenhuma
hipótese, qualquer obrigação cambial.

BENEFICIÁRIO: É a pessoa a quem o sacado deve pagar a ordem emitida pelo sacador OBS.: Os fundos
disponíveis em conta corrente pertencem, até a liquidação do cheque, ao correntista sacador.

REQUISITOS:

EXTRÍNSECOS:

Agente capaz, cuja vontade foi livremente expressa, sem qualquer vício

INTRÍNSECOS:

a) A denominação “cheque”, inscrita no próprio texto

b) A ordem incondicional de pagar uma quantia determinada

c) O nome do banco/instituição que deve pagar (sacado)

d) A indicação da data e lugar de emissão

e) A indicação do lugar do pagamento

f) A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais

TIPOS DE CHEQUES
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Cheque cruzado

Possibilita a identificação do credor e só poderá ser pago via depósito em conta.

O cruzamento pode ser:

Geral: Dois traços paralelos no anverso

Especial: Entre os traços, figura o nome do Banco Cheque para ser creditado em conta: O emitente/portador
proíbe o pagamento em dinheiro mediante a inscrição no anverso da expressão: “para ser creditado em conta”

Cheque visado

É aquele garantido pelo banco sacado durante um certo período.

Cheque Administrativo

É aquele sacado pelo banco contra um de seus estabelecimentos.

ENDOSSO

O cheque é título de modelo vinculado. A transmissão de cheque pagável a pessoa qualificada é


TRANSMISSÍVEL através do ENDOSSO, com ou sem a cláusula “à ordem”.

A sua circulação segue a mesma regulamentação da letra de câmbio, com as seguintes diferenças:

 não se admite o endosso-caução;


 o endosso do sacado é nulo, VALENDO APENAS COMO QUITAÇÃO (exceção: endosso feito por um
dos estabelecimentos do sacado para pagamento em outro estabelecimento); e
 o endosso feito após o prazo de apresentação serve apenas como cessão civil de crédito.

AVAL

Expresso da forma convencional ou pela simples assinatura no anverso do cheque. Na falta de indicação,
considera-se avalizado o emitente.

ACEITE

O cheque não admite aceite. A praça é obrigada a aceitar pagamentos em cheque.

VENCIMENTO

Sempre à vista, contra apresentação.

O cheque para se levar em conta somente é liquidado por lançamento contábil por parte do sacado.

O prazo para pagamento de cheque é de 30 dias para mesma praça e 60 se for de praça distinta. A perda do
prazo implica em perda do direito contra os co-obrigados e do direito creditício se não mais existir fundos.

O cheque pode servir como instrumento de prova de pagamento e extinção de obrigação.


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PAGAMENTO

Cheque sem fundos é tipificado como estelionato. O credor não pode recusar pagamento parcial. O sacado não
deve pagar o cheque após o prazo de prescrição.

A execução de cheques sem fundos prescreve em 6 meses a partir do término do prazo para apresentação. Após
o decurso deste prazo, será admissível ação com base em locupletamento sem causa no prazo de 2 anos.
SUSTAÇÃO DE CHEQUE: A sustação do cheque pode ser:

 revogação (contra-ordem), notificação dos motivos, feitos após o prazo para apresentação do cheque e
 oposição, aviso escrito, relevante razão de direito, antes da liquidação do título. A sustação pode
configurar crime de fraude no pagamento por cheque (art.171). O sacado não pode questionar a
ordem.

PRAZO PRESCRICIONAL

a) 6 meses, contados da expiração do prazo de apresentação: – Do portador contra o emitente e seus avalistas –
Do portador contra os endossantes e seus avalistas.

b) De qualquer dos coobrigados contra os demais: 6 meses contados do dia em que pagou o cheque ou foi
acionado OBS.: A ação de enriquecimento ilícito contra o emitente ou coobrigados prescreve em 2 anos
contados do dia em que se consumar a prescrição da ação de execução

Os cheques PÓS-DATADOS: É interessante lembrarmos que, segundo a lei Uniforme sobre Cheques, este título
é ordem de pagamento à vista. Desta maneira, os cheques com data futura ao dia real da emissão não devem
ser levados em conta. A data futura não é considerada e o cheque sempre é pagável à vista.

Ação Cambial

É uma ação executiva típica, que objetiva a cobrança de título cambiário (cheque, nota promissória, letra de
câmbio, duplicata etc).

O portador tem o direito de acionar todos os obrigados e coobrigados, sem estar adstrito a observar a ordem
em que eles se obrigaram. Todos os que se obrigarem na letra a ela se vinculam diretamente, pois suas
obrigações são autônomas, umas em relação às outras. O portador pode eleger apenas um obrigado, ou então
um coobrigado para contra ele dirigir a ação, ou pode promovê-la contra todos, citando-os solidariamente. O
art. 47 da Lei Uniforme (“LUG”) dispõe sobre o conhecido princípio cambiário de que “os sacadores,
aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são todos solidariamente responsáveis para com o portador.
O portador tem o direito de acionar todas essas pessoas individualmente, sem estar adstrito a observar a ordem
por que elas se obrigaram”.

Esse direito se transfere do portador a qualquer dos signatários quando tenha pago a letra, assumindo este a
posição de portador. Por outro lado, a lei deixa claro que “a ação intentada contra um dos coobrigados não
impede acionar os outros, mesmo os posteriores àquele que foi acionado em primeiro lugar”.

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