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Figura 1
Campo Magnético
Denomina-se campo magnético com sendo o espaço no qual o imã exerce sua ação. Este
campo magnético pode ser delimitado através de linhas imaginárias que saem de um pólo para o
outro, chamadas linhas de força. Por convenção as linhas de força partem do pólo norte de um
imã para o pólo sul.
As linhas de força não podem ser vistas mas podem ser detectadas por meio de
experimentos.
Como experiência para visualizar as linhas de força magnética coloque um imã
(preferencialmente do tipo 'ferradura - Figura 2) embaixo de uma folha de papel; em cima
disponha limalha de ferro. Esta limalha irá se espalhar pelas linhas de força geradas pelo imã.
Você deve observar algo do tipo mostrado a seguir.
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Figura 2
Na figura 3 temos uma representação da direção das linhas de força. Repare que as linhas
de força parte do pólo norte do imã em direção ao pólo sul.
Figura 3
Eletromagnetismo
Figura 4
Como a bússola sofre um desvio quando aproximamos um imã, através dessa experiência,
chegamos à conclusão de que o condutor comportou-se como um imã. Inverta a polaridade da
alimentação (consequentemente o sentido da corrente irá também inverter)...Você verá que a
'agulha' também fica perpendicular ao fio condutor porém em sentido contrário ao anteriormente
observado...
Campo eletromagnético
Com a experiência acima constatamos que a corrente elétrica faz com que o condutor se
comporte como um imã. Logo ao seu redor existirá um campo magnético (Figura 5), senão como a
bússola iria movimentar-se? Através das forças invisíveis (linhas de força) do campo magnético!
Figura 5
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Como esse campo magnético teve sua origem na corrente elétrica, o denominamos de
campo eletromagnético que é um campo magnético que tem sua origem na eletricidade. Como é
de se esperar, esse campo é dotado de linhas de força que se distribuem em torno do condutor
(Figura 6).
E como essas linhas de força se distribuem ao longo do condutor? Qual será o sentido,
direção, etc. dessas linhas de força magnética?
Figura 6
Figura 7
A intensidade do campo magnético em torno do condutor que conduz uma corrente elétrica
depende do valor dessa corrente: um valor elevado de corrente produzirá inúmeras linhas de força
que se distribuem até regiões bem distantes do fio, enquanto uma corrente de baixa intensidade
produzirá umas poucas linhas próximas do fio e vice-versa.
Figura 8
3
A permeabilidade magnética é a
facilidade com que um material permite
estabelecer, através dele, um fluxo magnético
intenso. Sua unidade é [Weber / Ampere.metro].
O valor da permeabilidade magnética do vácuo é
igual a µo = 4 . 10-7 Wb/ A . m. Os materiais
que não são magnéticos (cobre, alumínio,
madeira, vidro, ar, etc.) têm permeabilidade
igual à do vácuo. Freqüentemente encontram-se
valores da permeabilidade relativa (µr) de
Fig. 9 - Tabela de permeabilidade determinados materiais, que é a relação entre a
permeabilidade do material e a permeabilidade
do vácuo. Ou seja o quanto a permeabilidade do material é maior que a do vácuo.
Fig. 10 A figura
mostra a facilidade
que um material com
alta permeabilidade
oferece ao fluxo
magnético.
Bobinas e eletroímãs
Acima vimos que um condutor percorrido por uma corrente elétrica se comporta como um
imã. Acontece que esse tipo de condutor retilíneo é um imã muito fraco, não possuindo aplicações
de ordem prática.
Para haver um aumento da intensidade do campo magnético, enrolamos o condutor em
forma de espiral, formando um solenóide, bobina ou indutor (Figura 11). Aqui, o campo
magnético será tão maior quanto maior for a quantidade de espirais (voltas ou enrolamentos) de
modo que agora o número de linhas de força é aumentado, obtendo o mesmo efeito se
aumentássemos o valor da corrente.
Para identificar os pólos (polaridade magnética) de uma bobina basta utilizar a regra da
mão direita de modo semelhante ao que fizemos acima: seguramos a bobina com os dedos da
mão direita dobrados no sentido da corrente que flui através da bobina, o polegar apontará para o
pólo norte da bobina, conforme figura 11b, a seguir.
Figura 11b
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Apesar da intensidade do campo de uma bobina ser aumentada pelo aumento do fluxo de
corrente e pelo aumento do número de espiras (voltas) da bobina, não teremos um campo
magnético concentrado e não teremos muita força de atração sobre os corpos colocados nas
proximidades da bobina. Para aumentar essa concentração de linhas de força, as espiras do
condutor são enroladas em torno de um material que possa ser magnetizado. Este material é
chamado núcleo da bobina - note que para a bobina da Figura 11 o núcleo é o ar.
Usualmente é utilizado o ferro doce como núcleo o qual, ao ser magnetizado, se comporta
como um imã temporário, ou seja, ao ser interrompida a passagem da corrente elétrica cessa o
efeito magnético. A essa estrutura dá-se o nome de eletroimã.
Uma aplicação prática do eletroimã é o relé, que é um dispositivo que tem as sua
propriedade magnética utilizada como interruptor de circuitos elétricos. Obviamente
seu funcionamento é similar a uma campainha do tipo "ding-dong".
Ao circular corrente pelo enrolamento do eletroímã, o campo magnético formado atrai a
armadura de encontro ao núcleo do eletroímã (acompanhe pela figura!). Os contatos existentes na
armadura e no suporte do relê se tocam e vão fechar um outro circuito elétrico pelos terminais A e
B. Deixando de circular corrente pelo enrolamento da bobina, ou seja, quando o relê é desativado
(popularmente dizemos "desenergizado"), a mola de retorno age sobre a armadura, trazendo-o à
posição inicial. Nisso os contatos se abrem interrompendo o circuito entre os terminais A e B.
Figura 12
Note que o contato propriamente dito é constituído por duas lâminas: uma lâmina móvel e
uma lâmina fixa - a primeira movimenta-se graças ao campo magnético desenvolvido. O tipo de
relê mostrado na Figura 12 trata-se de relê de contatos normalmente abertos ou, simplesmente,
normalmente aberto. Você saberia dizer por quê?
Indução eletromagnética
O que nós já sabemos e não devemos esquecer? Que uma corrente elétrica fluindo em um
condutor provoca o aparecimento um campo magnético em sua volta.
.
O fenômeno inverso também ocorria, isto é: o campo magnético pode ocasionar o
aparecimento de uma corrente elétrica!
Enrolamos um fio condutor (isolado, para que as espira não entrem em curto) em um tubo
não metálico (plástico, papelão etc.); ligamos os terminais desse enrolamento a um galvanômetro
que, como você sabe, é um instrumento capaz de detectar pequenas correntes e... Eis que temos
algo parecido com o apresentado na Figura 13. Como nesse circuito não existe geradores, não há
circulação de corrente e o galvanômetro indica uma leitura nula.
Figura 13
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Aproximamos um imã a uma das extremidades da bobina conforme indicado na Figura 14 e
eis que durante a aproximação o galvanômetro indica a presença de corrente! Seu ponteiro que
estava na posição central (nula) desloca-se para um dos lados, no caso, para o lado esquerdo.
Figura 14
Magia?! Claro que não! Ainda tem mais! Se interrompermos o movimento do imã o ponteiro
do galvanômetro volta à sua posição de repouso! Isso mesmo! Cessando o movimento do imã,
cessa a circulação de corrente pelo aparelho de medida (Figura 15). Mas não pense que acabou...
O espetáculo continua! Ao afastarmos a barra imantada da bobina, em sentido contrário ao
primeiro, o ponteiro do galvanômetro sofre deflexão, porém agora para a direita! Há circulação de
corrente pelo circuito e em sentido contrário relativamente à primeira experiência! Chegamos à
seguinte conclusão: um imã em movimento (ou seja, campo magnético em movimento) cria
corrente elétrica e, de forma análoga, a corrente elétrica cria campos magnéticos.
Figura 15
Foi justamente Oersted quem constatou esse fenômeno, ou seja, vamos repetir que é
muito importante: movimentando-se um condutor próximo a um imã de tal forma que o condutor
'corte' o campo magnético do imã, será gerada uma corrente elétrica. Sem este principio não
existiria geradores, e nem energia produzidas por eles, transformadores, telecomunicações e
seus equipamentos, etc.
Investigando a experiência de Oersted mais profundamente Faraday, em 1831, descobriu o
princípio da indução eletromagnética: se um condutor atravessar linhas de força magnética, ou se
essas linhas atravessarem um condutor, induz-se uma fem (força eletromotriz = produz tensão
elétrica) nos terminais do condutor.
Consideremos o esquema apresentado na Figura 16 onde estão representadas as linhas
de força magnéticas (pólo norte para o pólo sul, aliás... como aprendemos) e um condutor C capaz
de mover-se entre os pólos ao qual é ligado a um galvanômetro G . Na situação apresentada na
figura, o medidor indica uma leitura zero; à medida que o condutor se aproxima da posição 2
indicada e começa a 'cortar' as primeiras linhas de força, o aparelho de medida irá deflexionando o
ponteiro em direção ao ponto E (lado considerado como sendo 'positivo').
À medida que o movimento continua afastando-se da posição 2 em direção à posição 3 o
ponteiro deflexiona até ficar no seu estado de repouso (posição central). Isto acontece porque
agora nenhuma linha de força está sendo 'cortada'
Trazendo o condutor da posição 3 para a posição 2, ou seja da esquerda para a direita, o
ponteiro do galvanômetro G deflete em direção ao ponto D (lado considerado 'negativo')!. Isto
claramente mostra que novamente uma fem foi induzida no fio, mas agora em sentido contrário ou
oposto.
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Puxa! Mas isto nada mais é do que a "nossa" experiência acima! Claro! Não pense você
que Faraday 'roubou' a nossa idéia! Afinal de contas ele faleceu em 1867!! Nós, isto sim, é que
estamos 'roubando' a idéia e a genialidade dele!
Figura 16
Como determinar a polaridade da tensão induzida? Essa resposta foi estabelecida pelo
cientista Lenz, célebre por seus trabalhos de física experimental após realizar uma série de
experiências sobre a indução eletromagnética afirmou o seguinte: os efeitos da corrente
induzida sempre se opõem às causas do seu aparecimento. Ou, em outras palavras: o
sentido da corrente induzida é tal que seus efeitos tendem sempre a se opor à variação de
fluxo que lhe deu origem.
Vamos exemplificar: um imã permanente desloca-se ou aproxima-se, se você preferir, de
uma bobina produzindo uma corrente induzida que passa pelo circuito dessa bobina (Figura 17).
Determinemos a polaridade da bobina e o sentido da corrente induzida para este caso.
Utilizando a lei de Lenz, a extremidade direita da bobina deve ser o pólo N para se opor ao
movimento do imã (força de repulsão). Então o sentido da corrente induzida pode ser determinado
pela regra da mão direita: se o polegar direito apontar para a direita (pólo norte), os dedos
indicarão o sentido da corrente ao 'abraçarem' a bobina como bem o mostra a Figura 17.
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Figura 17
E se o imã se afastar? Neste caso, pela lei de Lenz, a extremidade direita da bobina deve
ser o pólo S para tentar recompor o movimento de afastamento do imã. Portanto, o sentido da
tensão induzida será o contrário da situação anterior e que pode ser estabelecido pela regra da
mão direita: o polegar (da mão direita!) apontando para o N da bobina os quatro dedos ao
fecharem sobre a bobina darão o novo sentido da corrente conforme está indicado na Figura 18.
Figura 18
Assim, a força eletromotriz induzida é uma oposição e por isso é chamada de força contra
eletromotriz, abreviadamente fcem. Podemos enunciar a Lei de Lenz como: "O sentido de uma
força eletromotriz induzida é tal que ela se opõe, pelos seus efeitos, à causa que a
produziu”.
Cálculo da fem induzida em uma espira colocada em um campo magnético variável com o
tempo pode ser dado por:
= - /t
Onde:
= fem induzida, dada em Volts;
/t = Variação do fluxo magnético com o tempo (*);
O fluxo é dado em Webers e o tempo em segundos
O sinal menos é conseqüência da Lei de Lenz.
Ou seja, quanto maior a variação do fluxo magnético com relação ao tempo, maior a
tensão produzida. Por isso, quanto maior a rotação de uma bobina dentro de um campo
magnético do gerador, maior a tensão produzida.
Auto indução
Nos elementos que possuem condições mais favoráveis ao fenômeno da indução, poderá
acontecer o conhecido fenômeno da auto indução.
A auto indução é o fenômeno por meio do qual uma variação na corrente que flui por um
condutor, induz no próprio indutor uma fem. Esta fem tem sempre um sentido tal que tende a
opor-se a qualquer mudança na corrente que flui pelo condutor visto que foi mostrado
anteriormente que na indução temos uma força contra eletromotriz. A auto indução tem efeito
somente quando há uma mudança no valor da corrente.
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Indutância
Figura 19
Como unidade de indutância, ou seja, da capacidade de indução de um componente, é
utilizado o henry (H) com os seus múltiplos e submúltiplos . Em eletrônica são amplamente
utilizados os submúltiplos milihenry (mH) onde 1 mH = 0,001 H (ou 1 mH = 10-3 H) e o microhenry
(µH) em que 1 µH = 0,000 001 H, ou seja, 1 µH = 10-6 H.
Dizemos que um corpo condutor possui uma indutância de 1 henry quando é capaz de
produzir uma fem induzida de 1 volt quando ao ser percorrido por uma corrente que varia na razão
de 1 ampère por segundo (relembre que o fenômeno de indução existe ao existir variação...)
Os fatores que determinam a intensidade
de um campo magnético ao redor de uma bobina Auto indução
quando percorrida por uma corrente elétrica são
os mesmos que determinam a indutância de um
componente pois, como vimos, os fenômenos
são recíprocos.
Assim, o número de espiras e o núcleo de eL=a = força eletromotriz auto-induzida, medida em Volts.
indutância, medida em Henry.
uma bobina (indutor) são elementos primordiais i/t = variação da corrente elétrica com o tempo.
na determinação da indutância. Outros fatores
podem afetar indiretamente a indutância tais como: o espaçamento entre as espiras, diâmetro do
fio, tipo de enrolamento e a forma da bobina. Por exemplo, o diâmetro do fio não afeta diretamente
a indutância, mas determina o número de espiras que podem ser enroladas num dado espaço.
Examinemos o circuito formado por um indutor, uma resistência e uma fonte de alimentação
conforme indicado na figura 20. A resistência R representa a resistência de um indutor real já que
o fio que constitui o enrolamento da bobina possui uma resistência ôhmica. Antes de fechar K1, é
claro, não temos corrente no circuito (I = 0) e, então, não há tensão induzida na bobina (UL = 0).
Quando fechamos K1 (estamos supondo K2 aberta) existe uma tendência de
estabelecimento instantâneo da corrente no circuito. Isto corresponde a uma variação rápida de
corrente que provoca uma variação rápida de campo magnético no indutor. Logo, será induzida
uma tensão máxima no indutor (UL = máx)
Figura 20
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Como já vimos, a tensão induzida é uma fcem que se opõe à variação que a originou.
Então, o indutor age no sentido de 'frear' o crescimento rápido da corrente.
Portanto, a corrente não chega ao máximo instantaneamente e sim demora certo tempo –
isto pode ser verificado no gráfico (A) da Figura 21 adiante. À medida que o tempo vai passando,
com K1 fechada, não existem mais variações e a tensão induzida vai caindo a zero conforme
indica o gráfico (B) da Figura 21. Como a corrente demora certo tempo para chegar ao máximo,
podemos dizer que o indutor atrasa a corrente.
Figura 21
Figura 22
Como a corrente ainda permanece durante um certo tempo, podemos dizer que o indutor
armazena corrente elétrica através do magnetismo existente.
Quando aplicamos uma tensão alternada a um indutor provocamos uma corrente alternada
que dá origem a um campo magnético variável. Este campo magnético provoca o aparecimento
de uma força contra eletromotriz que se opõe à corrente no circuito.
O indutor oferece, então, uma oposição à passagem da corrente alternada que depende
da velocidade de variação: quanto maior esta, maior a fcem induzida e maior será a oposição à
corrente. A oposição que o indutor oferece à passagem da corrente alternada é chamada de
reatância indutiva (representamos por XL), e é dada pela expressão:
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Onde L é a indutância (em henrys - H) do indutor,
f a freqüência do sinal (Hz) e
π é constante numérica (3,14)
XL é a reatância indutiva, cuja unidade é Ω(ohm)
V= I.XL
Considere como fonte de energia elétrica a rede elétrica domiciliar (120 V, 60 Hz) e que
uma indutância de 100 mH é submetida a essa fonte. Determine a corrente i que circula por essa
indutância. O primeiro passo consiste em determinar a reatância indutiva XL .
Portanto:
XL = 2 x πx60 x 100 x 10-3 = πx 12 Ω
Aplicando a lei de Ohm, encontramos:
Figura 23
Associação de indutâncias
Assim como acontece com as resistências e capacitâncias , as podemos realizar três tipos
de associação com as indutâncias:
Associação série,
Associação paralela e
Associação mista.
Aqui, porém, existe uma preocupação não existente para as resistências e capacitâncias:
os indutores devem ser dispostos suficientemente afastados um do outro de modo que não
interajam eletromagneticamente entre si. Caso contrário o campo magnético gerado por um deles
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interfere no outro e as relações que iremos ver adiante não podem ser aplicadas. Generalizando,
os valores dos indutores podem ser associados exatamente como se associam os resistores.
Se certo número de indutores for ligado em série (Figura 24), sem acoplamento mútuo, a
indutância total ou equivalente Leq será a soma das indutâncias individuais.
Figura 24
As regras para a associação de indutores em paralelo (Figura 25) são as mesmas que para
os resistores (em paralelo) se os indutores forem colocados o suficientemente afastados um do
outro.
Figura 25
O Transformador
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Figura 26
Fisicamente, as bobinas não são ligadas entre si. Entretanto, são acopladas
magneticamente; assim, um transformador transfere energia elétrica de uma bobina para outra por
meio de um campo magnético alternado.
Se admitirmos que todas as linhas de força do primário abraçam todas as espiras do
secundário, a tensão induzida no secundário dependerá da relação entre o número de espiras do
secundário e o número de espiras do primário. Podemos escrever a relação:
Vs/Vp = Ns/Np
Figura 27
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