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Curso Técnico Análise de Circuitos Eletromagnetismo e Indutores

Magnetismo, eletromagnetismo e indutores


Em épocas remotas foi observado pelo homem que uma determinada rocha mineral tinha a
propriedade de atrair corpos metálicos. Dizem que um pastor de ovelhas, um tal de Magnes, foi
quem fez a primeira observação de fenômeno magnético. Isso foi na Grécia Antiga segundo a
lenda. Esta rocha encontrada na natureza é um minério de ferro (óxido de ferro), sendo chamada
de magnetita de modo que essa propriedade de atração de certos corpos passou a chamar-se
magnetismo.
Imãs São corpos que possuem o magnetismo. Eles podem ser:
 naturais - existentes na natureza sendo constituídos pela magnetita e;
 artificiais - produzidos pelo homem através de processos especiais denominados
imantação, em que conseguimos fazer com que corpos constituídos pelo ferro e seus
compostos possam adquirir as propriedades magnéticas.

Figura 1

Os imãs podem ser permanentes ou temporários. Os primeiros conservam suas


propriedades magnéticas por toda sua existência. São substâncias magnéticas àquelas que
podem adquirir a propriedade do magnetismo e também as que podem ser atraídas por um imã.
Dentre as substancias magnéticas mais comuns são o ferro, aço, níquel, cobalto e ligas metálicas.
O nosso planeta Terra também é um grande imã porém com fraco magnetismo.
Os imãs possuem a propriedade de atrair substâncias magnéticas. Esta atração concentra-
se nas pontas que recebem o nome de polos. Um imã terá, então, dois pólos que recebem a
denominações de pólo norte e pólo sul, usualmente representados pelas letras N e S, como pode
ser visto na figura 1 acima.
Em um imã pólos iguais se repelem, pólos diferentes se atraem - compare com a lei de
atração e repulsão de cargas elétricas e verifique que o 'negócio' se comporta de forma
semelhante!
Você saberia explicar porque um lado da agulha da bússola sempre indica o pólo norte
geográfico da Terra?

Campo Magnético

Denomina-se campo magnético com sendo o espaço no qual o imã exerce sua ação. Este
campo magnético pode ser delimitado através de linhas imaginárias que saem de um pólo para o
outro, chamadas linhas de força. Por convenção as linhas de força partem do pólo norte de um
imã para o pólo sul.
As linhas de força não podem ser vistas mas podem ser detectadas por meio de
experimentos.
Como experiência para visualizar as linhas de força magnética coloque um imã
(preferencialmente do tipo 'ferradura - Figura 2) embaixo de uma folha de papel; em cima
disponha limalha de ferro. Esta limalha irá se espalhar pelas linhas de força geradas pelo imã.
Você deve observar algo do tipo mostrado a seguir.

1
Figura 2

Na figura 3 temos uma representação da direção das linhas de força. Repare que as linhas
de força parte do pólo norte do imã em direção ao pólo sul.

Figura 3
Eletromagnetismo

Somente no século XIX os cientistas descobriram a relação existente entre os fenômenos


magnéticos e os elétricos. Experimentalmente, lá por volta de 1820, o físico dinamarquês Hans
Christian Oersted verificou que a corrente elétrica cria ao eu redor um campo magnético.
Ele colocou um condutor horizontal paralelamente a uma bússola e fez passar uma corrente
elétrica pelo condutor. Sempre que passava corrente a agulha imantada se desviava de sua
'posição de repouso' e ficava perpendicular ao condutor, conforme Figura 4.

Figura 4
Como a bússola sofre um desvio quando aproximamos um imã, através dessa experiência,
chegamos à conclusão de que o condutor comportou-se como um imã. Inverta a polaridade da
alimentação (consequentemente o sentido da corrente irá também inverter)...Você verá que a
'agulha' também fica perpendicular ao fio condutor porém em sentido contrário ao anteriormente
observado...

Campo eletromagnético

Com a experiência acima constatamos que a corrente elétrica faz com que o condutor se
comporte como um imã. Logo ao seu redor existirá um campo magnético (Figura 5), senão como a
bússola iria movimentar-se? Através das forças invisíveis (linhas de força) do campo magnético!

Figura 5
2
Como esse campo magnético teve sua origem na corrente elétrica, o denominamos de
campo eletromagnético que é um campo magnético que tem sua origem na eletricidade. Como é
de se esperar, esse campo é dotado de linhas de força que se distribuem em torno do condutor
(Figura 6).
E como essas linhas de força se distribuem ao longo do condutor? Qual será o sentido,
direção, etc. dessas linhas de força magnética?

Figura 6

A regra da mão direita é utilizada para determinar o sentido


do campo eletromagnético produzido por uma corrente elétrica.

Seguramos o fio que conduz a corrente com a mão direita e,


com o polegar apontando o sentido do fluxo de corrente, fechamos
os quatro dedos em volta do fio os quatro dedos indicarão o sentido
das linhas de força em torno do condutor e, é claro, o polegar o
sentido do fluxo de corrente.

Figura 7

A intensidade do campo magnético em torno do condutor que conduz uma corrente elétrica
depende do valor dessa corrente: um valor elevado de corrente produzirá inúmeras linhas de força
que se distribuem até regiões bem distantes do fio, enquanto uma corrente de baixa intensidade
produzirá umas poucas linhas próximas do fio e vice-versa.

Figura 8

Calculo do campo magnético criado por um fio condutor retilíneo.


B = .i/2..r
B = intensidade do vetor campo magnético em um ponto, dado em Tesla (T)
 = permeabilidade magnética do meio (T.m/A)
r = distância do ponto ao fio (m)
0= 4.. 10-7 T.m/A (permeabilidade no vácuo) (Explicado a frente)

3
A permeabilidade magnética é a
facilidade com que um material permite
estabelecer, através dele, um fluxo magnético
intenso. Sua unidade é [Weber / Ampere.metro].
O valor da permeabilidade magnética do vácuo é
igual a µo = 4 . 10-7 Wb/ A . m. Os materiais
que não são magnéticos (cobre, alumínio,
madeira, vidro, ar, etc.) têm permeabilidade
igual à do vácuo. Freqüentemente encontram-se
valores da permeabilidade relativa (µr) de
Fig. 9 - Tabela de permeabilidade determinados materiais, que é a relação entre a
permeabilidade do material e a permeabilidade
do vácuo. Ou seja o quanto a permeabilidade do material é maior que a do vácuo.

Fig. 10 A figura
mostra a facilidade
que um material com
alta permeabilidade
oferece ao fluxo
magnético.

Bobinas e eletroímãs

Acima vimos que um condutor percorrido por uma corrente elétrica se comporta como um
imã. Acontece que esse tipo de condutor retilíneo é um imã muito fraco, não possuindo aplicações
de ordem prática.
Para haver um aumento da intensidade do campo magnético, enrolamos o condutor em
forma de espiral, formando um solenóide, bobina ou indutor (Figura 11). Aqui, o campo
magnético será tão maior quanto maior for a quantidade de espirais (voltas ou enrolamentos) de
modo que agora o número de linhas de força é aumentado, obtendo o mesmo efeito se
aumentássemos o valor da corrente.

Figura 11 – bobina ou indutor

Para identificar os pólos (polaridade magnética) de uma bobina basta utilizar a regra da
mão direita de modo semelhante ao que fizemos acima: seguramos a bobina com os dedos da
mão direita dobrados no sentido da corrente que flui através da bobina, o polegar apontará para o
pólo norte da bobina, conforme figura 11b, a seguir.

Figura 11b
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Apesar da intensidade do campo de uma bobina ser aumentada pelo aumento do fluxo de
corrente e pelo aumento do número de espiras (voltas) da bobina, não teremos um campo
magnético concentrado e não teremos muita força de atração sobre os corpos colocados nas
proximidades da bobina. Para aumentar essa concentração de linhas de força, as espiras do
condutor são enroladas em torno de um material que possa ser magnetizado. Este material é
chamado núcleo da bobina - note que para a bobina da Figura 11 o núcleo é o ar.

Usualmente é utilizado o ferro doce como núcleo o qual, ao ser magnetizado, se comporta
como um imã temporário, ou seja, ao ser interrompida a passagem da corrente elétrica cessa o
efeito magnético. A essa estrutura dá-se o nome de eletroimã.
Uma aplicação prática do eletroimã é o relé, que é um dispositivo que tem as sua
propriedade magnética utilizada como interruptor de circuitos elétricos. Obviamente
seu funcionamento é similar a uma campainha do tipo "ding-dong".
Ao circular corrente pelo enrolamento do eletroímã, o campo magnético formado atrai a
armadura de encontro ao núcleo do eletroímã (acompanhe pela figura!). Os contatos existentes na
armadura e no suporte do relê se tocam e vão fechar um outro circuito elétrico pelos terminais A e
B. Deixando de circular corrente pelo enrolamento da bobina, ou seja, quando o relê é desativado
(popularmente dizemos "desenergizado"), a mola de retorno age sobre a armadura, trazendo-o à
posição inicial. Nisso os contatos se abrem interrompendo o circuito entre os terminais A e B.

Figura 12
Note que o contato propriamente dito é constituído por duas lâminas: uma lâmina móvel e
uma lâmina fixa - a primeira movimenta-se graças ao campo magnético desenvolvido. O tipo de
relê mostrado na Figura 12 trata-se de relê de contatos normalmente abertos ou, simplesmente,
normalmente aberto. Você saberia dizer por quê?

Indução eletromagnética

O que nós já sabemos e não devemos esquecer? Que uma corrente elétrica fluindo em um
condutor provoca o aparecimento um campo magnético em sua volta.
.
O fenômeno inverso também ocorria, isto é: o campo magnético pode ocasionar o
aparecimento de uma corrente elétrica!
Enrolamos um fio condutor (isolado, para que as espira não entrem em curto) em um tubo
não metálico (plástico, papelão etc.); ligamos os terminais desse enrolamento a um galvanômetro
que, como você sabe, é um instrumento capaz de detectar pequenas correntes e... Eis que temos
algo parecido com o apresentado na Figura 13. Como nesse circuito não existe geradores, não há
circulação de corrente e o galvanômetro indica uma leitura nula.

Figura 13
5
Aproximamos um imã a uma das extremidades da bobina conforme indicado na Figura 14 e
eis que durante a aproximação o galvanômetro indica a presença de corrente! Seu ponteiro que
estava na posição central (nula) desloca-se para um dos lados, no caso, para o lado esquerdo.

Figura 14

Magia?! Claro que não! Ainda tem mais! Se interrompermos o movimento do imã o ponteiro
do galvanômetro volta à sua posição de repouso! Isso mesmo! Cessando o movimento do imã,
cessa a circulação de corrente pelo aparelho de medida (Figura 15). Mas não pense que acabou...
O espetáculo continua! Ao afastarmos a barra imantada da bobina, em sentido contrário ao
primeiro, o ponteiro do galvanômetro sofre deflexão, porém agora para a direita! Há circulação de
corrente pelo circuito e em sentido contrário relativamente à primeira experiência! Chegamos à
seguinte conclusão: um imã em movimento (ou seja, campo magnético em movimento) cria
corrente elétrica e, de forma análoga, a corrente elétrica cria campos magnéticos.

Figura 15

Foi justamente Oersted quem constatou esse fenômeno, ou seja, vamos repetir que é
muito importante: movimentando-se um condutor próximo a um imã de tal forma que o condutor
'corte' o campo magnético do imã, será gerada uma corrente elétrica. Sem este principio não
existiria geradores, e nem energia produzidas por eles, transformadores, telecomunicações e
seus equipamentos, etc.
Investigando a experiência de Oersted mais profundamente Faraday, em 1831, descobriu o
princípio da indução eletromagnética: se um condutor atravessar linhas de força magnética, ou se
essas linhas atravessarem um condutor, induz-se uma fem (força eletromotriz = produz tensão
elétrica) nos terminais do condutor.
Consideremos o esquema apresentado na Figura 16 onde estão representadas as linhas
de força magnéticas (pólo norte para o pólo sul, aliás... como aprendemos) e um condutor C capaz
de mover-se entre os pólos ao qual é ligado a um galvanômetro G . Na situação apresentada na
figura, o medidor indica uma leitura zero; à medida que o condutor se aproxima da posição 2
indicada e começa a 'cortar' as primeiras linhas de força, o aparelho de medida irá deflexionando o
ponteiro em direção ao ponto E (lado considerado como sendo 'positivo').
À medida que o movimento continua afastando-se da posição 2 em direção à posição 3 o
ponteiro deflexiona até ficar no seu estado de repouso (posição central). Isto acontece porque
agora nenhuma linha de força está sendo 'cortada'
Trazendo o condutor da posição 3 para a posição 2, ou seja da esquerda para a direita, o
ponteiro do galvanômetro G deflete em direção ao ponto D (lado considerado 'negativo')!. Isto
claramente mostra que novamente uma fem foi induzida no fio, mas agora em sentido contrário ou
oposto.

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Puxa! Mas isto nada mais é do que a "nossa" experiência acima! Claro! Não pense você
que Faraday 'roubou' a nossa idéia! Afinal de contas ele faleceu em 1867!! Nós, isto sim, é que
estamos 'roubando' a idéia e a genialidade dele!

Figura 16

E se mantivermos o condutor C parado na posição 2, que sucederá?


O ponteiro do medidor ficará na sua posição central indicando zero! Claro! Não há
movimento relativo entre o condutor e as linhas de força geradas pelo imã. Eu disse: não há
movimento relativo entre o condutor e as linhas de força.
Se movimentarmos o condutor para cima ou para baixo paralelamente às linhas de força,
Figura 16, também não haverá fem induzida. Entendeu? Não basta somente ter o movimento
(relativo), ele não pode ser paralelo às linhas de força!
A fem induzida depende da intensidade do campo magnético que é cortado, da intensidade
do movimento dado ao condutor e do ângulo do movimento. Quanto maior o número de linhas de
força cortadas e quanto maior a variação de movimento, maior será a intensidade da corrente
elétrica induzida, assim quanto mais próximo o 'ângulo de corte' estiver de 90o. Assim, uma bobina
movimentando-se em um campo magnético possui maior capacidade de indução - é por esse
motivo que é comum chamar de indutor uma bobina.
Portanto, é importante perceber que, se tivermos um condutor percorrido por uma corrente
variável, será induzida uma corrente elétrica em outro condutor colocado próximo.
Desta forma, sempre que dois condutores são colocados um próximo ao outro, mas sem
ligação fisicamente entre eles, há o aparecimento de uma tensão induzida num deles quando a
corrente que passa pelo outro é variada. Este fenômeno é conhecido como indutância mútua e é
aplicado em um componente chamado transformador.
É justamente este o fenômeno (indutância mútua) que possibilita, em certas situações,
escutar através de nosso telefone a conversa de um outro assinante (as pessoas chamam isso de
linha cruzada).
Lei de Lenz

Como determinar a polaridade da tensão induzida? Essa resposta foi estabelecida pelo
cientista Lenz, célebre por seus trabalhos de física experimental após realizar uma série de
experiências sobre a indução eletromagnética afirmou o seguinte: os efeitos da corrente
induzida sempre se opõem às causas do seu aparecimento. Ou, em outras palavras: o
sentido da corrente induzida é tal que seus efeitos tendem sempre a se opor à variação de
fluxo que lhe deu origem.
Vamos exemplificar: um imã permanente desloca-se ou aproxima-se, se você preferir, de
uma bobina produzindo uma corrente induzida que passa pelo circuito dessa bobina (Figura 17).
Determinemos a polaridade da bobina e o sentido da corrente induzida para este caso.
Utilizando a lei de Lenz, a extremidade direita da bobina deve ser o pólo N para se opor ao
movimento do imã (força de repulsão). Então o sentido da corrente induzida pode ser determinado
pela regra da mão direita: se o polegar direito apontar para a direita (pólo norte), os dedos
indicarão o sentido da corrente ao 'abraçarem' a bobina como bem o mostra a Figura 17.

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Figura 17
E se o imã se afastar? Neste caso, pela lei de Lenz, a extremidade direita da bobina deve
ser o pólo S para tentar recompor o movimento de afastamento do imã. Portanto, o sentido da
tensão induzida será o contrário da situação anterior e que pode ser estabelecido pela regra da
mão direita: o polegar (da mão direita!) apontando para o N da bobina os quatro dedos ao
fecharem sobre a bobina darão o novo sentido da corrente conforme está indicado na Figura 18.

Figura 18

Assim, a força eletromotriz induzida é uma oposição e por isso é chamada de força contra
eletromotriz, abreviadamente fcem. Podemos enunciar a Lei de Lenz como: "O sentido de uma
força eletromotriz induzida é tal que ela se opõe, pelos seus efeitos, à causa que a
produziu”.

Cálculo da fem induzida em uma espira colocada em um campo magnético variável com o
tempo pode ser dado por:

 = - /t
Onde:
 = fem induzida, dada em Volts;
/t = Variação do fluxo magnético com o tempo (*);
O fluxo é dado em Webers e o tempo em segundos
O sinal menos é conseqüência da Lei de Lenz.

(*) (Lembre-se de que  significa “Variação”)

Ou seja, quanto maior a variação do fluxo magnético  com relação ao tempo, maior a
tensão produzida. Por isso, quanto maior a rotação de uma bobina dentro de um campo
magnético do gerador, maior a tensão produzida.

Auto indução

Nos elementos que possuem condições mais favoráveis ao fenômeno da indução, poderá
acontecer o conhecido fenômeno da auto indução.
A auto indução é o fenômeno por meio do qual uma variação na corrente que flui por um
condutor, induz no próprio indutor uma fem. Esta fem tem sempre um sentido tal que tende a
opor-se a qualquer mudança na corrente que flui pelo condutor visto que foi mostrado
anteriormente que na indução temos uma força contra eletromotriz. A auto indução tem efeito
somente quando há uma mudança no valor da corrente.

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Indutância

Chamamos de indutância a capacidade que um elemento tem de apresentar ou de ser


mais ou menos sensível aos fenômenos de indução e auto indução. Os elementos que nós
utilizamos para representar a indutância em um circuito elétrico são os indutores que, em
realidade, são as bobinas já bem conhecidas por nós. A Figura 19 apresenta o símbolo usual
utilizado para representar graficamente um indutor.

Figura 19
Como unidade de indutância, ou seja, da capacidade de indução de um componente, é
utilizado o henry (H) com os seus múltiplos e submúltiplos . Em eletrônica são amplamente
utilizados os submúltiplos milihenry (mH) onde 1 mH = 0,001 H (ou 1 mH = 10-3 H) e o microhenry
(µH) em que 1 µH = 0,000 001 H, ou seja, 1 µH = 10-6 H.

Dizemos que um corpo condutor possui uma indutância de 1 henry quando é capaz de
produzir uma fem induzida de 1 volt quando ao ser percorrido por uma corrente que varia na razão
de 1 ampère por segundo (relembre que o fenômeno de indução existe ao existir variação...)
Os fatores que determinam a intensidade
de um campo magnético ao redor de uma bobina Auto indução
quando percorrida por uma corrente elétrica são
os mesmos que determinam a indutância de um
componente pois, como vimos, os fenômenos
são recíprocos.
Assim, o número de espiras e o núcleo de eL=a = força eletromotriz auto-induzida, medida em Volts.
indutância, medida em Henry.
uma bobina (indutor) são elementos primordiais i/t = variação da corrente elétrica com o tempo.
na determinação da indutância. Outros fatores
podem afetar indiretamente a indutância tais como: o espaçamento entre as espiras, diâmetro do
fio, tipo de enrolamento e a forma da bobina. Por exemplo, o diâmetro do fio não afeta diretamente
a indutância, mas determina o número de espiras que podem ser enroladas num dado espaço.

Funcionamento do indutor em corrente contínua

Examinemos o circuito formado por um indutor, uma resistência e uma fonte de alimentação
conforme indicado na figura 20. A resistência R representa a resistência de um indutor real já que
o fio que constitui o enrolamento da bobina possui uma resistência ôhmica. Antes de fechar K1, é
claro, não temos corrente no circuito (I = 0) e, então, não há tensão induzida na bobina (UL = 0).
Quando fechamos K1 (estamos supondo K2 aberta) existe uma tendência de
estabelecimento instantâneo da corrente no circuito. Isto corresponde a uma variação rápida de
corrente que provoca uma variação rápida de campo magnético no indutor. Logo, será induzida
uma tensão máxima no indutor (UL = máx)

Figura 20

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Como já vimos, a tensão induzida é uma fcem que se opõe à variação que a originou.
Então, o indutor age no sentido de 'frear' o crescimento rápido da corrente.
Portanto, a corrente não chega ao máximo instantaneamente e sim demora certo tempo –
isto pode ser verificado no gráfico (A) da Figura 21 adiante. À medida que o tempo vai passando,
com K1 fechada, não existem mais variações e a tensão induzida vai caindo a zero conforme
indica o gráfico (B) da Figura 21. Como a corrente demora certo tempo para chegar ao máximo,
podemos dizer que o indutor atrasa a corrente.

Figura 21

Quando abrimos a chave K1 e fechamos a chave K2 do circuito (Figura 20), a tendência é


que acorrente no circuito decresça instantaneamente ao valor zero. Isto representa uma variação
rápida de corrente que provoca uma variação rápida e decrescente do campo magnético do
indutor.
Novamente é induzida uma tensão máxima no indutor que se opõe à variação de corrente,
ou seja, age no sentido de manter a corrente elétrica no circuito. Deste modo, a corrente demora
certo tempo para ir até zero conforme apresentam os gráficos da Figura 22, abaixo.

Figura 22

Como a corrente ainda permanece durante um certo tempo, podemos dizer que o indutor
armazena corrente elétrica através do magnetismo existente.

Indutores em Corrente Alternada

Quando aplicamos uma tensão alternada a um indutor provocamos uma corrente alternada
que dá origem a um campo magnético variável. Este campo magnético provoca o aparecimento
de uma força contra eletromotriz que se opõe à corrente no circuito.
O indutor oferece, então, uma oposição à passagem da corrente alternada que depende
da velocidade de variação: quanto maior esta, maior a fcem induzida e maior será a oposição à
corrente. A oposição que o indutor oferece à passagem da corrente alternada é chamada de
reatância indutiva (representamos por XL), e é dada pela expressão:

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Onde L é a indutância (em henrys - H) do indutor,
f a freqüência do sinal (Hz) e
π é constante numérica (3,14)
XL é a reatância indutiva, cuja unidade é Ω(ohm)

Assim, a lei de Ohm pode ser expressa por:

V= I.XL

Considere como fonte de energia elétrica a rede elétrica domiciliar (120 V, 60 Hz) e que
uma indutância de 100 mH é submetida a essa fonte. Determine a corrente i que circula por essa
indutância. O primeiro passo consiste em determinar a reatância indutiva XL .
Portanto:
XL = 2 x πx60 x 100 x 10-3 = πx 12 Ω
Aplicando a lei de Ohm, encontramos:

Caso a freqüência da rede fosse 600 Hz em vez de 60 Hz, teríamos:

Então a nova corrente seria de:

Calculando, encontramos i = 0,318 A.

Aumentou a freqüência... Aumentou a reatância indutiva e, deste modo, a corrente


circulante pelo indutor diminui. Observe que a corrente i está atrasada 90º relativamente à tensão
UL do indutor, conforme o gráfico da Figura 23.

Figura 23
Associação de indutâncias
Assim como acontece com as resistências e capacitâncias , as podemos realizar três tipos
de associação com as indutâncias:
Associação série,
Associação paralela e
Associação mista.
Aqui, porém, existe uma preocupação não existente para as resistências e capacitâncias:
os indutores devem ser dispostos suficientemente afastados um do outro de modo que não
interajam eletromagneticamente entre si. Caso contrário o campo magnético gerado por um deles
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interfere no outro e as relações que iremos ver adiante não podem ser aplicadas. Generalizando,
os valores dos indutores podem ser associados exatamente como se associam os resistores.
Se certo número de indutores for ligado em série (Figura 24), sem acoplamento mútuo, a
indutância total ou equivalente Leq será a soma das indutâncias individuais.

Figura 24

Para a associação série da figura acima podemos escrever:

Leq = L1 + L2 + L3 + ... + ... Ln

As regras para a associação de indutores em paralelo (Figura 25) são as mesmas que para
os resistores (em paralelo) se os indutores forem colocados o suficientemente afastados um do
outro.

Figura 25

Para a associação paralela acima e com as restrições impostas, a indutância total, ou


equivalente, é dada é dada pela seguinte expressão matemática:

O Transformador

O funcionamento de um transformador fundamenta-se no principio da indução


eletromagnética. Um transformador simples consiste de duas bobinas colocadas bem próximas,
porém isoladas eletricamente (galvanicamente).
Aplicamos uma tensão alternada a uma das bobinas que é chamada de primário; nos
terminais da outra bobina é ligada a carga, ou seja, o elemento que vai utilizar a energia elétrica.
Esta bobina é chamada de secundário - Figura 26.
A tensão alternada aplicada ao primário provoca um campo magnético variável. As linhas
de força deste campo magnético, ao cortarem as espiras do secundário, irão produzir uma tensão
induzida.

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Figura 26

Fisicamente, as bobinas não são ligadas entre si. Entretanto, são acopladas
magneticamente; assim, um transformador transfere energia elétrica de uma bobina para outra por
meio de um campo magnético alternado.
Se admitirmos que todas as linhas de força do primário abraçam todas as espiras do
secundário, a tensão induzida no secundário dependerá da relação entre o número de espiras do
secundário e o número de espiras do primário. Podemos escrever a relação:

Vs/Vp = Ns/Np

Onde Vs e Vp são a tensão do secundário e do primário respectivamente enquanto que Ns


e Np representam o número de espirar da bobina do secundário e do primário respectivamente.
Exemplificando: calcular a tensão do secundário do transformador da Figura 27 abaixo.

Figura 27

Aplicando a equação do transformador, obtemos:

No caso, como a tensão do secundário é maior que a tensão do primário, temos um


transformador elevador de tensão ou simplesmente um transformador elevador.

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