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UFCD / Domínio: Nª: 3281– Atividades pedagógicas do quotidiano da criança Formador: Rita Magalhães
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UFCD 3281 – Atividades pedagógicas do quotidiano da criança
Âmbito do manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta
duração nº 3281 – Atividades pedagógicas do quotidiano da criança, de acordo com o Catálogo
Nacional de Qualificações.
Objetivos
Conteúdos programáticos
Carga horária
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• 25 Horas
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Índice
Sumário...........................................................................................................................................4
Considerações iniciais....................................................................................................................5
Designações........................................................................................................................5
A educação pré-escolar é obrigatória ou facultativa...........................................................7
Planificar atividades pedagógicas..................................................................................................8
Projeto Educativo da Instituição..........................................................................................8
Projeto Curricular de Grupo..........................................................................................9
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar – OCEPE..................................10
Modelo pedagógico............................................................................................................11
O Grupo.............................................................................................................................12
Observação e conhecimento individualizado das crianças........................................12
Etapas de desenvolvimento das crianças e Propostas de Atividades........................13
Desenvolver e acompanhar atividades pedagógicas...................................................................19
Relação e comunicação com as crianças.........................................................................20
Relação e comunicação com os diferentes adultos..........................................................21
Desenvolvimento do trabalho em equipa..........................................................................22
Desenvolvimento de atitudes e comportamentos:.............................................................22
Referências bibliográficas............................................................................................................23
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Sumário
O serviço educativo das instituições de educação, sejam elas públicas ou privadas, carecem
cada vez mais de agentes educativos com formação, que saibam desempenhar o seu papel de
forma fundamentada em pedagogias de trabalho.
Hoje, um técnico de ação educativa não é apenas um adulto que supervisiona as brincadeiras
e colmata as necessidades básicas das crianças, alimentação e higiene. As funções deste
profissional foram extensamente alargadas, e este tornou-se um interveniente ativo no
processo de desenvolvimento integral das crianças.
Neste sentido, esta unidade de formação de curta duração abordará sucintamente o que o
profissional de educação deve ter em conta no momento de planificar, como deve implementar
e acompanhar a atividade.
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Considerações iniciais
Designações
Quando falamos no contexto infantil, são inúmeras as designações que surgem, por exemplo:
creche, berçário, jardim de infância, pré-escola, colégio, entre outros. É importante perceber o
seu significado, para podermos falar corretamente sobre elas.
A resposta social creche encontra-se sob a tutela da segurança social, ou seja, é esta entidade
que regulamenta e supervisiona as condições de implantação, localização, instalação e
funcionamento.
As designações colégio, jardim de infância, centro social e cultural, centro social e paroquial,
entre outros, designam o espaço físico onde as crianças se encontram, ou seja, as instalações.
Pré-Escola:
Segue-se um quadronível
síntese.
de ensino que compreende crianças entre os 3 e os 6 anos
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A educação pré-escolar é obrigatória ou facultativa?
Verifica-se, então, que as crianças dos 3 meses aos 6 anos não estão em idade escola, pelo
que, podemos afirmar que a educação pré-escolar não é obrigatória.
O que é que isto significa? Significa que o Estado tem que garantir que existe vaga para
todas as crianças com 4 anos, caso os encarregados de educação pretendam que estes
ingressem na educação pré-escolar. Mas não é obrigatória a sua frequência.
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Em suma, de acordo com as OCEPE, o projeto educativo é um “Instrumento global de gestão e
orientação pedagógica da organização educativa que, tendo em conta o seu contexto e
situação, prevê os modos de melhorar o seu funcionamento e eficácia, promovendo a
aprendizagem de todos os alunos, apoiando o desenvolvimento profissional de docentes e não
docentes, respondendo às características da comunidade” (2016, p.107).
Para a elaboração do projeto curricular de grupo, a equipa pedagógica, tem em conta o Projeto
Educativo da Instituição, o Regulamento Interno, o Plano Anual de Atividades e, prioriza as
características específicas do grupo tendo como principal objetivo responder às necessidades
e interesses das crianças que o constituem.
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Assim, devem ser utilizadas pelo educador, para tomar decisões sobre a sua prática de planear
e avaliar o processo educativo, aplicando assim a intenção educativa, o que quer dizer que o
exercício da docência na educação pré-escolar deve incluir planificação, avaliação e registo, ou
seja, exige intencionalização do quotidiano pedagógico.
Este documento é orientativo, mas deverá ser uma referência que indique aos educadores, aos
pais e à sociedade que experiências e saberes são importantes que o jardim de infância
proporcione às crianças.
As OCEPE estão disponíveis online e o seu acesso e download pode ser feito através do link:
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Noticias_Imagens/ocepe_abril2016.pdf.
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Modelos Pedagógicos
De acordo com Behar et all (2007) o modelo pedagógico "... representa, explica e orienta a
forma como se aborda o currículo e que se concretiza nas práticas pedagógicas e nas
interações professor-aluno-objeto”.
“Os modelos pedagógicos são referenciais essenciais para ação educativa do educador, para o
pensamento, para a reflexão antes, durante e após a ação” (Oliveira-Formosinho, 2007, p. 34).
Isto é, o modelo pedagógico utilizado pelo profissional da educação, educador, estabelece uma
certa organização, embora flexível, no que toca à organização do espaço, dos materiais, na
organização das rotinas, entre outros.
Neste sentido, o modelo pedagógico adotado pelo educador deve enquadrar-se dentro dos
princípios educacionais que o próprio defende, de forma, a haver uma maior familiaridade entre
ambos e a sua execução ser mais fluida e eficaz.
Existem, também, educadores que não seguem à risca um modelo pedagógico, mas baseiam-
se em vários para definir a sua ação. O importante é que o educador exerça a sua função de
acordo com princípios pedagógicos claros e bem assumidos como, por exemplo, o
construtivismo, a aprendizagem pela ação, a inclusão, entre outros.
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O Grupo
O respeito pela diferença inclui as crianças que se afastam dos padrões “normais”, devendo a
educação pré-escolar dar resposta a todas e a cada uma das crianças (OCEPE, 1997, 19).
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De acordo com as várias etapas de desenvolvimento das crianças, realizamos uma pequena
síntese das características desenvolvidas e propostas de atividades.
É de salientar que:
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Propostas de atividades pedagógicas para o berçário
Creche: 1 ano
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Creche: 2 anos
Aos dois anos a criança já é capaz de resolver atividades pedagógicas mais complexas.
Usa frase simples e é capaz de conversar sobre um tema por um breve período.
Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si própria como "eu" e
pode conseguir descrever-se por frases simples, como "tenho fome“.
A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é capaz de voltar a
uma atividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada nela por períodos de
tempo mais longos).
Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de sequências numéricas
simples e de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos
de objetos).
Começa a ter noção das relações de causa e efeito;
Pré-escola: 3 anos
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Aos 3 anos a criança já é capaz de compreender a maior parte do que ouve e o seu
discurso deverá ser compreensível para os adultos;
Utiliza bastante a imaginação: jogos de faz de conta e início dos jogos de papéis;
Brinca intencionalmente com outros colegas, mas tem dificuldade em partilhar;
Sabe o nome, o sexo e a idade;
É bastante curiosa e investigadora;
Tem noção das relações de causa e efeito;
Pré-escola: 4 anos
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Compreende conceitos de número e de espaço: "mais", "menos", "maior", "dentro",
"debaixo", "atrás";
Começa a compreender que os desenhos e símbolos podem representar objetos reais;
Começa a entender os conceitos de "antes" e "depois", "em cima" e "em baixo", bem
como conceitos de tempo: "ontem", "hoje", "amanhã";
Começa a ser seletivo com os amigos.
Pré-escola: 5 anos
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Desenvolver e acompanhar atividades pedagógicas
A comunicação deve ser estimulada em cada atividade, sendo que ao longo das mesmas o
educador formula questões do género: “Como chegas-te a essa conclusão?”; “Por que é que é
assim e não é de outra maneira?”; “Alguém pensa de maneira diferente?”.
Também as OCEPE (Ministério da Educação, 1997), corroborando com o que foi anteriormente
referido, entendem que é essencial proporcionar "experiências diversificadas e apoiar a
reflexão das crianças, colocando questões que lhes permitam ir construindo noções …" (p. 74).
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Com base nos princípios da cidadania, participação ativa e responsabilização, o adulto deve
mediar o percurso educativo das crianças, considerando cada criança como um ser único e
singular, proporcionando uma intervenção individualizada e o respeito pelo tempo necessário
para a realização das tarefas.
Segue-se um quadro síntese das atitudes educativas na interação dual adulto/criança, retirado
da obra “Linguagem e comunicação no Jardim-de-Infância”, de Inês Sim-Sim et al (2008, p.28).
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desenvolvimento desse processo. O ambiente educativo da sala de jardim de infância e do
estabelecimento educativo proporcionam múltiplas formas de relações recíprocas, que se
enumeram, dado o papel que o adulto desempenha na promoção dessas relações e no
aproveitamento das suas potencialidades, para a educação das crianças e para o seu
desenvolvimento profissional.
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As crianças devem ter oportunidade de trabalhar em pequeno e grande grupo, de forma a que
tenham oportunidade de confrontarem os seus pontos de vista e de colaborarem na resolução
de problemas ou dificuldades colocadas por uma tarefa comum.
Trabalhar em grupos permite que as ideias de uns influenciem as dos outros. Este processo
contribui para a aprendizagem de todos, na medida em que constitui uma oportunidade de
explicitarem as suas propostas e escolhas e como as conseguiram realizar.
As razões das normas que decorrem da vida em grupo (por exemplo, esperar pela sua vez,
arrumar o que desarrumou, etc.) terão de ser explicitadas e compreendidas pelas crianças,
como o respeito pelos direitos de cada uma, indispensáveis à vida em comum. Estas normas e
outras regras adquirem maior força e sentido se todo o grupo participar na sua elaboração,
bem como na distribuição de tarefas necessárias à vida coletiva (por exemplo, regar as plantas,
tratar de um animal de estimação, encarregar-se de marcar as presenças e o tempo, etc.).
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Também, ao participarem no planeamento e avaliação, as crianças estão a colaborar na
construção do seu processo de aprendizagem. Planear e avaliar com as crianças
individualmente, em pequenos grupos ou no grande grupo são oportunidades de participação e
meios de desenvolvimento cognitivo, da linguagem e da capacidade de autocrítica.
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Referências bibliográficas
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