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1. Introdução
Devastada por quase 40 anos de guerra, primeiro pela Independência e depois entre irmãos,
Angola começa agora a dar os primeiros passos no sentido da reconstrução do país. Muitos
investimentos estão a ser feitos pelo governo no sentido de melhorar as infra-estruturas básicas
de apoio à economia e às populações nas áreas da educação, saúde, saneamento básico,
transportes e fornecimento de electricidade e água potável. No entanto, muito resta por fazer
neste país em cinzas e as TICs podem, sem sombra de dúvida, ter um papel importante a
cumprir neste esforço de reconstrução.
2. Caracterização do país
A República de Angola está localizada no sudoeste do continente africano e é banhada pelo
oceano Atlântico a oeste, fazendo fronteira a norte e a este com o Congo-Brazzaville, a
República Democrática do Congo e a Zâmbia e a sul com a República da Namíbia. Com uma
superfície de 1 246 700 km2 e uma população estimada em 12 531 357 habitantes2, Angola tem
uma densidade populacional de cerca de 10 habitantes por quilómetro quadrado.
3 idem
6 Fonte: http://hdr.undp.org/en/statistics/
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única forma, para desenvolver e fazer chegar esses serviços até às populações, pelo que é
urgente trabalhar para reduzir este fosso digital7 .
Além do computador, a ferramenta mais poderosa de entre as novas TICs, um meio surge como
particularmente adequado para a prestação desses serviços mínimos em Angola, quer pelo seu
preço e facilidade de utilização, quer pela sua taxa de penetração nacional – o telemóvel. De
acordo com o Instituto Angolano de Comunicações (INACOM), existem actualmente 5 000 000
de utilizadores de telemóveis em Angola8 e a Unitel, a maior operadora móvel nacional,
disponibiliza já os seus serviços, incluindo SMS e acesso à Internet, nas 18 capitais provinciais
e numa parte considerável dos municípios do país, prevendo cobrir todo o território nacional
dentro de 4 anos, ou seja em 20129.
No entanto, dado o incipiente estado de desenvolvimento de aplicações Web para telemóvel e o
elevado custo de aquisição de equipamento informático, a maior parte das pessoas interessadas
em aceder à Internet têm de procurar um dos muitos “cyber-cafés” que pululam pelas ruas das
principais cidades. A iniciativa privada tem assim contribuído para colmatar as dificuldades e
respondido à ânsia demonstrada (principalmente) pelos jovens de utilizar as potencialidades das
TICs para melhorar o seu rendimento escolar, procurar emprego, comunicar com os amigos e
familiares noutras partes do mundo ou simplesmente “navegar” na Net.
7 Adapt. de http://www.w3.org/2006/12/digital_divide/public.html
8 Fonte: http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=19114
10 http://www.angola.gov.ao/
11 http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=82826&Seccao=geral
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Num país que só agora encontrou o caminho da paz e em que falta fazer quase tudo, o maior desafio
do governo e da sociedade reside em transformar o grande potencial das TICs em factor crítico de
crescimento e progresso, permitindo melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e proporcionar-lhes
as ferramentas necessárias para poderem ser actores principais do seu próprio desenvolvimento.
Referências bibliográficas:
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