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Introducao.. Wer freunde Sprachen nicht kenit, weiss nichts, von. seiner eigenen. Apprendre une langue, c'est vivre de noveau. © interesse’por aprender latim pode aumentar corisideravelmente mesmo .com um conhecimento limitado de alguns detalhes tais como sistematizados nesta introdugio. Os parégrafos sobre a posigqo ‘da-lingua latina na hist6ria linguistica fomece-Ihe alguma perspeétiva fo apenas para (9 latim, mas também para o portugués. O breve resumo da titeratura latina introduz os autores de cujas obras provem as Sententiae Antiguae e os Loct Antiqui deste livro; e mesmo este resumo abreviado oferece uma perspectiva. literdria que o estudante pode nunca achar em outro lugar. © mesmo vale com relagio a0 alfabeto; e, claro, nénhuma introdugio pode ser completa sem estabelecer dos sons que as letras representam. A POSICAO DA LINGUA LATINA NA LINGUISTICA HISTORICA ‘Ao falar as:palavras “eu”, “me”, “6”, “mie”, “irmao”, “dez”, voce esta dizendo palayras que, de umia forma ou de outra; homens e mulheres da Europa.e da Asia tem utilizado ha milhares de anos.|Se suas escritas prontincias mudaram de.alguma maneira através do témpo ¢ do espaco, pouco importa; o que toca a imaginagao ¢ 0 fato de que os elementos basicos destes simbolos do pensamento humano tem tido vitalidade para atravessar tantos tempos ¢ lugares até este momento, neste continente novo. O ponto & demonstrado nesta tabela consideravelmente abreviada ¢ simplificada a seguir': Alguns elemeiitos foram omitidos’ desta tabela por no serem’ imediatamente necessfrios. As palavras na tabela sio apenas algumas de muitas outras que podem ter ciiadas. Portugués ‘en me 4: mie irmto__der i me is mother brother ten abam "ma asti mater-bhratar aga ego. me esti meter —phratér’ deka ego me est mater fidter_ — decerm ic mé is médor . brothor tien Irlandés mé is mathir—bréthir — deich Antigo” ‘Lituano® a mané esti moté —_broterélis_desimtis Russo’ ja menja jest” mat”—-_ brat.“ desjat” Tratando-se especificamente da origem de nossa lingua, ainda no século TI a.C. ocorreu a implantago do latim na Peninsula Ibérica, em razio do assentamento de tropas de Anibal Baréa e da revanche romana ‘na ‘Segunda Guerra Pinica. Depois da vitéria, os romanos ocuparam a regifio ¢ a dividiram em trés centros adininistratives: a Bética (ao sul), a Hispania. Tarraconense (no centro-norte) € a Lusiténia (a oeste). Pouco a pouco, 0. latim se sobrepés is linguas nativas, possivelmente vinculadas aos celtas (dat serem denominadas linguas celtiberas), das quais resia até nossos dias somente 0 basco (falado “no territério basco, na Espanha). No final do Império Romano, falava-se ali um latim evoluido, especialmente pelos suevos (habitantes a norte do Tejo) e pelos visigodos (que habitavam o resto da peninsula), o qual, pouco tempo depois, quando ocorreram-as invasdes rabes, diversificou-se na fala das populagses mogarabicas e se distanciou de suas origens. Com o avango dos cristéos do norte sobre os arabes, a0 sul da Peninsula, percebe-se uma nova fase linglistica, o chamado romango, € por fim a ftagmentago em linguas diferentes, muito.por conta da fragmentagao politica: os reinos d& Ledo’ e-Castela adotaram o castelhano; 0 condado de Barcelona, ao sul, o cataléo; a Galiza, mais ao norte, o galego; Portugal, na zona Atlantica, 0 portugués®, > A lingua dos escritos sagrados da india Antiga, parent das moderas Kngas indo-curopéias da india. > Embora cognata de outras palavras nesta coluna, 6 temo phrater significa, em 1090 clissico, membro de wine * Como um exemplo de lingua germinica; as outras so 0 goico, alemso,holandés, Como umm exemplo de lingua céltica; as outes sSo 0 galEs, bretZo, gaélico. O termo mé do ilandés anti, presente na tabela,esténo atal caso nominativo, equvalente “eu no significado eno uso, mas “mé™, na forma. © Como um exemplo do grupo de linguas bélticas; as outas si0 0 letonés e antigo prassiang. * Como um exemple’ do grupo de linguas eslvas; as oitras $40 0 polonés, o Ditgar, o tehes9, 0 eslovaco,o esloveno,o servé-croata. "CAMARA JUNIOR, J. Mattoso. Histériae esiratura'da lingua portuguesa, 1915, p.1720, mM Vocé: pode perceber’a partir da coluna de palavras acima que as linguas listadas esto relacionadas’. E que, 4 excégdo da iltima derivagao.do inglés a partir. do anglo-saxo, nenhuma destas linguas deriva de outra na lista. Ao contrario, elas se remetem, através de estégios intermedidrios, @ um ancestral comum, que est. agora: perdido mas que pode ser.provado nas evidéncias das linguas que sobreviveram. Tais linguas s4o chamadas pelos filélogos de “cognatas” (termo latino para “relacionadas”, ou, literalmente, “nascidas juntas”, i.¢., do mesmo ancestral). O norne mais comum dado a este ancestral atualmente perdido de todas estas linguas “relacionadas” ov cognatas € indo-europeu, porque suas descendentes so encontradas tanto.na india quanto perto dela (sanscrito, iraniano) e mesmo na Europa (grego, lati e as linguas eslavas, germanicas, célticas ¢ balticas)'°. As mais antigas destas linguas, com base em documentos nelas escritos, so o.s4nscrito, 0 irdniano, o grego € 0 latim, ¢ estes documentos remontam a centenas de anos antes de Cristo. A ‘diferenga entre Iinguas derivadas (de rafzes que significam “fluir pela corrente’ de uma fonte”) € linguas cognatas pode ser mais claramente demonstrada peta relagdo das linguas romanicas com o latim ¢ entre si. A -partir aqui estamos nos dominios de uma histéria registrada e se pode pereeber que; com-a conquista politica romana de territérios como Gélia (Franca), Espanha ¢ Dacia (Roménia), ocorreu também uma conquista lingiistica romana. Distante deste antigo latim vitorioso, como era falado pelo povo (tulgus), € por isso chamado de Jatim vulgar, nasceram as linguas romanicas, como 0 portugués, o espanhol, o francés, 0 romeno ¢, naturalmente, o ‘italiano. Consequentemente, podemos dizer que 0 italiano, 0 francés € 0 espanhol de fato sio derivades do latim e cognatas entre si. matriz linguas romAnicas cognatas/derivadas Jatim italiano espanhol___ francés portugues amicus amico amigo ami ‘amigo liber libro libro livre liveo tempus tempo tiempo temps tempo manus mano mano iain: mo bucca + bocca boca bouche boca"! caballus’ cavallo caballo cheval cavalo”? filius figlio hijo fils filho ille il sed (ley? ele ° Esta. grande familia de linguas mostra relacio também no que diz. respeito as inflexses, mas ndo se pretende demonstrar isto neste momento. Uma lingua flexionada & aquela erp que substantivos, pronomes, adjetivos e verbos possuem terminagées varidveis pelas quais pode ser indicada a relagéo entre uma palavra e outra ha oragio. Em particular, perceba que-o anglo-saxso. como o latin, era uma lingua flexionada, mas que 0 inglés, seu descendent, perdeu moitas de suas flexdes. "© Note que muitas linguas (eg. as linguas semiticas, o esipcio, © basco, o chines, as linguas naivas da Aca e das Américas) esti exctuidas da fomiliaindo-européia. "YO termo no latim eléssico para a palavra boca & 6s, ars. " O terino no latim cléssico para a palavra cavalo é equus, i. Vv illa ta la la ela fgiateee nt hati cuatro quatre quatro bonus buono bueno bon: bom “bene bene bien bien bem facere fare hacer faire fazer dicere dire decir dire dizer legere leggere leer lite fer De fato, aqui voeé pode perceber uma das raz6es para’enriquecer 0 seu vocabulario, e quanto mais vocé estudar a lingua latina mais certamente pereeberd corno'nossa lingua é limitada sem 0 conhecimento daquela. Apesar da brevidade deste resumo, voc8 pode compreendet a posigao geral do latim na histéria linglistica européia e algo sobre sua importancia ininterrupta que tem para nés, no século XX]. E uma lingua cognata'* de miuitas e matriz de outras. Pode até ser chamada de nosso pai adotivo, UM BREVE RESUMO DA LITERATURA LATINA Como neste livro inteiro “Vocé leré sentengas ¢ longas’ passagens extraidas da literatura latina, segue abaixo um breve resumo para mostrar tanto a natureza quanio a extensio desta grande literatura. Vocé encontraré a seguir divisdes grandes ¢ féceis de se ter mente, embora o cuidado comum conta 0 dogmatismo no que conceme aos nomes ¢ datas dos periodos certamente pode ser percebido: . I. Periodo Arcaico (até ca. 80 a.C.) U. —_ Brade Ouro (80 a.C. ~14d.C,) A. Periodo Ciceroniano (80-43 a.C.) B. Periodo Augustano (43 a.C.~144.C.) TM, — Brade Prata (14 d.C, ~138 4.C.) WV. _ Periodo Patristico (final séc. Il a séc. V d.C.) V. "Periodo Medieval (séc. VI a XIV d.€.) VI.“ Renascenga (ca. Sée. XV) A atualidade. PERIODO ARCAICO (ATE ca. 80 .C.) © apogen da civilizagio grega, inctuindo o grande desenvalvimento de sua magnifica literatura e arte, foi aleangado nos séculos Ve IV a.C. Em comparagdo, Roma teve pouco a oferecer durante este periodo. Nossa evidéncia fragmentar mostra, apenas um rude metro acentual nativo chamado saturnino, algumas cenas cdmicas, ¢ uma:rude prosa pritica para registros e, discursos. Derivado de ille; mas no Gognato atual de i! eel Perceba com atengio que o latim é simplesmente cognato do grego, nfo derivado, v _ No século Tif d.C.; no entanto, a expanstio do poder romano levou-os a entrar em contato com a civilizagdo grega. De alguma forma, os romanos, fissurados em termos politicos € legais, ficaram fascinados por aquilo que encontraram, e Os escritores que existiam entre eles foram a escola aprender literatura grega...A partir deste momeinto, os géneros literdrios gregos, os metros, ‘as téciticas retdricas, assuntos’e idéias tiveram uma tremenda ¢ continua influéncia sobre. a literatura romana, mesmo desenvolvendo caréter proprio e originalidade de diversas maneiras: De fato, os proprios romanos ndo hesitam em admitir isso. Embora os romanos agora compusessem poemas épicos, tragédias, sdtiras e discursos, ‘os maiores extratos’ de obras desté periodo de aprendizagem dos modelos gregos sto as comédias de Plauto (ca. 254-184 a.C.) e Teréncio (185-159, a.C.). Estas comédias eram baseadas no modelo grego da comédia nova, comédia de costumes, de que se fazem excelentes Jeituras atualimente. De fato, um grande nimero destas obras influenciou escritores modernos; os Menaechini de Plauto, por exeniplo, inspiraram A Comédia dos erros, de Shakespeare. ERA DE OURO (80 a.C.—14 dC) Durante 0 séoulo I a.C. os eseritores romanos atingiram 6 auge da qualidade e fizeram a literatura latina uma das melhores do mundo, particularmente famosa por sua beleza, forma disciplinada, a que denominamos .cldssica, bem como por’ sua real substancia. Se Luere reclamava da pobreza do vocabulario latino, Cicero moldou tanto o vocabulério e o uso geral do latim, que se tornou o suprassumo linguistico por mais de tree séculos. O PERIODO CICERONIANO (80-43 a.C.). As obras literarias do Periodo Ciceroniano foram realizadas durante os iiltimos anos da Repiblica romana, Este foi um periodo de guerras civis ¢ de ditadores, da forga militar ‘contra 0 direito constitucional, de.interesses proprios, de brilhante pornpa € _poder, de devassidao moral e religiosa. Os autores mais representativos para este livro que vocé tem em maos sio: Lucretius (Titus Licrétius Carus, ca. 98-55 a.C.): autor do Dé Rérum Natiiré, un importante pocma didatico sobre’a felicidade adquirida por meic da filosofia epicurista.” Esta filosofia era baseada no prazer'® e foi solidificada por uma teoria atémica que fez do. Universo um seino de lei natural, nfo divina, € que, portanto, eliminou 0 medo dos deuses e da tirania darreligido, que Lucrécio acteditava ter escurecido a felicidade humana, Catullus (Gaius Valerius Catullus, ca. 84-54 a.C.)- poeta lirico do Norte da Itélia, jovem provincial intenso ¢ impressionante, qué caiu totalmente ‘sob 0 Feitigo da sofisticada aristocrata Lésbia (um pseudénimo '5 Veja abaixo Periodo Medieval e Renascenga "© No enfanto, o que significa somente “comer, beber © ser feliz” & uma Interpretagio incorreta. VI para seu real nome; Clodia), mas que finalmente escapou amargamente desiludido; mais de 100 poemas'seiis sobreviveram. Cicero (Marcus Tullius Cice’6, 106-43 a.C.): 0 maior orador romano, cuja clogtiéncia evitou a conspiracio do corrompido aristocrata Catilina’’; em 63 aC., €, 20 anos depois, custou-lhe a prépria vida: na sua oposigio patriética as politicas ‘autoritdrias de Ant6nio;-admirado também como autoridade da retérica romana, como-intérpréte da filosofia grega para os romanos, como ensaista sobre a amizade (Dé amicitia) e sobre a velhice (DE senectiite),, e, num estilo menos formal, como escritor de cartas confidenciais. A vasta contribuiggo de Cieero para a propria lingua latina jé foi mencionada.. Caesar (Gaitis Wlius Caesar, 102 ou 101-44 a.C.): orador, polltico, general, estadista, dictator, escritor; conhecido por suas memérias militares, Bellum Gallicum ¢ Bellum ciuile. Museo Archeologico Nazionale, Népoles, Italia. ” Ver as notas introdutorias @ “Ci econfissio”, cp. 30, 270 denuncta Catilina”, no cap. 11, ¢ “Evidéncia Vil . Nepos (Comélius Nepis, 99-24 a.C.): amigo de Catulo e César, & escritor de biografias notéveis mais por seu estilo relativamente’ facil e popula® do que pela geandeza como documentos histéricos. Publilius Syrus (fl. 43 a.C.): uri eseravo que foi levado para Roma'e se tormou famoso por seus mimos, que hoje. so representados apenas por uma colegao de ditados epigraméticos PERIODO AUGUSTANO (43 a.C. — 14 d.C.). O primeiro imperador romano deu seu nome a este periodo. Augusto quis corrigir os males do tempo, estabelecer-a ‘paz civil por um governo estével e obter 0 apoio romano para seu novo regime. Com isto, em’ mente, ele € seu primeiro- ministro nao oficial, Mecenas, buscaram estabelecer uma literatura'a servico do Estado. Sob seu’ patronato, Virgilio e Hordcio. tornaram-se 9 que chamamos poetas laureados. Alguns criticos modemnos sentem que este fato viciou os nobres sentimentos desses poetas; outros veem em Horécio um espftito de independéncia e dé preocupacdo moral geituina, e afirmam que Virgilio, por meio de seu herdi épico Enéias, no apenas esté glorificando Augosto, mas est sugerindo ao imperador o que se espera dele como chefe de Estado" Virgilio (Publ 9, 70-19 a.C.): de origem humilde, do Norte da itélia, amante da, natureza, simpitico estudante profundamente dedicado ao génerohumano, epicurista “é mistico, dutccritico severo & perfeccionista, arquiteto lingiiistico ¢ literdrio, “senor da linguagem”; famoso como escrifor de versos pastorais (as Eclogas) e um belo poema diditico sobre & vida campestre (as Gedrgicas); mais conhecido como autor fle um-dos maiores poemas épicos da humanidade””, a Eneida, 0 épico nacional com propésites ulteriores, para ser mais preciso, mas também com amplo apelo universal e hymano para fazé-lo poderoso durante vinte’e um, séculos de leitura Hordcio (Quiiitus Horatius Flaccus, 65-8 a.C.): filho de um liberto que, agradecido 2 visio do pai e as suas préprias qualidades, atingiu o maximo de um poeta laureado; autorde satiras geniais ¢ autorreveladoras, de tuma lirica soberba, tanto leve quanto séria, compositor meticuloso famoso por efeitos de’ sua elaboracio lingilistica (ciridsa felicitas, curiosa icidade), sintetizador do ditado epicurista carpe diem (colhe o dia) ¢ da uirtus (virtude); pregador e praticante da aurea mediocritas (urea medida). Tito Livio (Titus Liuius,-59 a.C. ~"17 d.C.): amigo de Augusto, mas admirador da repiblica e das antigas virtudes, autor de uma Histéria de Roma monumental e quase épica, retratou o melhor que julgou'de cardter romano. ** Ver, por exemplo, E. K: Rand, The builders of Bternal Rome (Harvard Univ. Press, 1943). . é "A Eneida € senipre associada a Miada-e i Odisséia, de Homero, a qual deve ‘muita coisa, e'com a Divina Comédia, de Dante, 0 Paraiso Perdido, de Milton, e 2 mais importante epopéia.cristi, Os Lusiadas, de Carn6es, que devem muito a ela. 3 vur Propércio (Sextus Propertius, ca. 50 a.C.°— ca. 2 aC): autor de quatro livros de elegias romanticas, muito admiradas por Ovidio. Ovidio (Pablius Ovidius Nas6, 43 a.C. ~ 17 d.C); autor de muitos poemas amorosos' que no estavam totalmente adaptadas aos planos de Augusto; tviais. conhecido atualmente por um longo e inteligente poema sobre mitologia, em hexémetros, as Metamorphoses, que proveu os poetas subseqiientes de'um tesouro. ‘Era de Prata (14 d.C.— 138 a. ) Na‘Bra de Prata, existe uma-escrita excelente, mas ha também, freqiientementé, artificialidades e conceitualismos, uma fascinagio por efeitos © uma paixdo ‘por epigramas, caracteristicas que frequentemente. indicam um senso literario menos preciso ¢ poderoso, desde a tradicional, frequentemente’ exagerada, distingéo entre a Era de Ouro ¢ de Prata. Os temperamentos de no poucos imperadores também exerciam uma limitagao ou-efeito negativo na literatura do periodo. Seneca (Licius Annaeus Seneca, 4 a.C. ~ 65°d.C.): filésofo estéico espanhol, tutor de Nero,,autor dos nobres ensaios morais do espirito estéico, de tragédias (as quais, afetadas por muita retérica-e tmuitos conceitos, tem considerdvel importincia no drama barroco europen) e da Apokolocimésis (A abobreose”), brilhantemente sagaz, aS vezes crucl, sétira menipégia da morte € deificaco do imperador Claudio. Petrénio (exata identidade e datas incertas, mas provavelmente Titus PetrOnius Arbiter ¢.65 d.C.), consular neroniano € cortesao; autor do Satyricon, uma novela satirica, menipéia, de acontecimentos, famosa por sua descrigio do novorrico liberto Trimalquido, e seus extravagantes banquetés. Quintiliano (Marcus Fabius Quintilidnus, ca, 35 — 95 d.C.): professor e autor da Institatid Oratoria, uma famosa obra pedagégica que discute a educago completa de uma pessoa para se tomar um orador; um grande admirador do estilo de Cicero ¢ um critico dos excessos retéricos de sua propria época. a Martial (Marcus Valerius Martidlis, 45 ~ 104 d.C.): famoso por seus mais de 1.500 epigramas sagazes e pela mistura satirica dada frequentemente a eles. Como ele mesmo diz, sua obra pode nfo ser grandiosa, mas as pessoas gostam. Plinio (Gaius Plinius Caecitius Secundus, ca. 62-113 4.C): urna figura piblica consciente, atualmente mais conhecido por suas Epistulae, cartas qué revelam o lado’brilhante e obscuro da vida rornana imperial. Tacito (Publius Cornélius Tacitus, 55 — 117 d.C.): 0 mais famoso ¢ irdnico historiador préssenatorial do perfodo compreendido entre si morte de Augusto € Domiciano. , Juvenal.{Decimus Winius Iwuendlis, ca. 55 ~ pos 127 dC. incansdvel, intensivamente retérico, .sitiro dos: males de seu tempo, que conclui que a tinica coisa pela qual se deve rogar € mens sana in corpore ‘sand (Mente s@ em corpo so). 1X 0 PERIODO ARCAIZANTE. 0 final do século Ik pode ser designado como um periodo arcaizante, no “qual se desenvolveram 0 gosto pelo vocabulitio ©. pelo estilo do latim arcdico. ¢ a incorporagto da dicgao do latim vulgar; autores caraéteristicos do perfodo foram 0 orador Frontio e 0 antiquarista Aulo Gélio, conhecido por sua miscelinea de ensaios, Noctés Auticae (“Noites na Atica”). . PERIODO PATRISTICO (final séc. Ha séc. V dC.) © nome do Periodo Patristico provem do fato de que a parte vital da literatura eram as obras dos lideres cristios, ou pais (patres), entre os quais estava Tertuliano, Cipriano, Lactincio, Jerdnimo, Ambrésio ¢ Augustinho. Estes homens possuiram uma educagfo refinada; tinham familiaridade (e na maioria das vezes tiveram como base) com os autores classicos; muitos deles erarh professores ¢ advogados antes de entrarem para o serviyo da Igreja. Em alguns momentos utilizeram deliberadamente “6 estilo cléssico para impressionar os pagdos, mas cada vez mais o interesse era alcangar 0 povo comum (aulgus) com a ménsagem cristé. Consequentemente, nao é surpreendente ver © latim vulgar” ressurgindo como uma influéncia importante na literatura do periodo. S. Jerdnimo, em suas cartas, essencialmente ciceroniano, mas em sua versio latina da Biblia, a Vulgata (383-405 d.C.), ele’ utiliza ‘a linguagem do povo. De maneira semelhante, Santo Agostinho, embora formalmente professor e ‘grande amante dos classicos romanos, queria usar um idioma que’alcangasse o povo (ad tsum uulgi) ¢ disse que nfo importava se os bérbaros conquistaram Roma uma vez que eram eristios. PERIODO MEDIEVAL (sée. VI a XIV 4.C) Durante os primeiros trés séculos. da Idade Média, o latim vulgar submeteu-se a répidas mudangas”' ¢, alcangando um estégio em que nao poderia mais ser chamado de latim, tornou-se diversas variantes do-romance de acordo com a localidade. - Por outro lado, o latim literério, mais ou mens modificado pela Vulgata e por outras influéncias, coritinuou a existir através da Idade Média como a lingua viva’ da: Igreja ‘e no mundo intelectual. Embora variando consideravelmente em cardter € qualidade, era a lingua internacional, e a literatura latina medieval é algumas vezes chamada “evropéia” em contraste com © recente: “romano nacional”. Neste latim medieval foi-escrita uma. 2 © Jatim velgar ja tinha sido mencionado como o linguajar comum. Suas raizes remontaim 2 periodo atcaico. De fato, a linguagem de Plauto tem muito em eomum com este latim vulgar tardio, e n6s sabemos que o latim vulgar sobreviveu durante as Eras de ‘Ouro e de Prata como linguagem’corrente do povo, mas que manteve. distingio és Tinguegem literitia nos textos e na variante faladi culta destes periodos, 2" Eg., a perda de grande parte das desinéncias de declinaglo e 0 uso crescente de preposiges; extenso uso de verbos auniliares; anarquia dos usos .dos modos verbais subjuntivo e indicativo. literatura vibrante e variada (obras religiosas, histérias, anedotas, romances, dramas, poesia sacra e secular), exemplos da qual esto incluidas abaixo, no excerto do escritor do século VII Isidoro de Sevilha (no cap. 29) € selegdes de outros autores na segao Loci Anfigui. A longa vida do latim é atestada no século XIV pelo fato de que Dante compés 0 tratado politico Dé Monarchia, que ele escreveu em latim seu Dé Vulgar Eloguentia para justificar seu uso do italiano vernacular para a literatura, € que nos versos latinos pastorais ele rejeitou'a exortagio de desistir do vemacular, no qual estava escrevendo @ Divina Comédia, ¢ compor algo em latim™ RENASCENCA (ca. Séc. XV) A ATUALIDADE, Por causa da recém deScoberta admiragio que Petrarca tinha por Cicero, os eruditos renascentistas desprezaram o latim medieval e retornatam a Cicero em particular como o canone de perfeicao. Embora seu retomo para o idioma elegante de Cicero foi alertado pela grande afeigo ¢ produziu efeitos brilhantes, foi um movimento artificial que fez o latim um tanto imitativo e estdtico, comparado a linguagem’ espontanea e viva que tina sido durante a Jdade Média. De qualquer maneira, o latim continuou a ser efetivamente beri empregado até a Era Moderna”, e a tensao eclesiastica estava ainda bastante viva (a despeito de sew desuso progressivo, a partir de 1960) como lingua. da Igreja Catélica e dos. seminarios. Além disso,. 0 redescobrimento da verdade, o espirito humanistido da antiga literatura grega € romana a ¢ atengdo recente a disciplina e 4 forma literaria como era encontrada nos classicos provou-se muito benéfica a literatura nativa da nova era, © /propésito deste. resumo era prover algum sentido do desefiwolvimento completo da literatura latina desde o século MII aC. até nossos tempos. A par de apreciar sua historia longa ¢ venerdvel, a literatura latina ainda inspirou, ensinou ¢ enriqueceu as literaturas ocidentais'a um grau pouco simples de se aprender. Somarse a isso a larga influéncia da propria lingua latina, conforme apresentada acima, e vocé dificilmente pode escapar das conclusées de que 0 latim esté’morto somente num sentido téenico da palavra, e que, mesmo"um tonhecimento restrito do latim € um grande recurso para alguém que trabalhe ou esteja interessado no portugués € nas linguas ¢ Titeraturas romanicas. ® Ao mesmo tempo, pelo simbolo do sucesso ds Dante e pelo de outros no iso das Vinguas vernaculares, deve-se admitir que o ltim comegou a travar ume batalha perdida. Por exémplo, perceba 0 uso por Eraimo ¢ Sit Thomas More no século XVI, por Milton, Bacon Newton no século XVI, ¢ por botinicos, estudiosos do classissismo ¢ potas dos séculos psteriores, XI ALFABETO E PRONUNCIA As formas das letras que vocé vé impressas nesta pigina possuem centenas de anos. Elas remontam desde os primeiros livros italianos™, impressos-no século XV, os elegantes manuscritos dos séculos XI ¢ XII, até 4 firme ¢ limpida Renascenga Carolingia pelos monges de Sao Martim, em. Tours, Franga. Estes monges desenvolveram as letras mindsculas a partir das belas claras semi-uncigis, que por sua vez nos levam as unciais e letras maitisculas quadradas do Império. Romano. Temos atualmente o habito de distinguir 0 alfabeto: romano do. grego, mas na verdade os romanos aprenderam a escrever com 0s etruscos, 0s quais, por seu turno, aprenderam a escrever com os colonizadores gregos qiie se estabeleceram nas proximidades de Napoles durante. o. século VII a.C. Atualmente, porém, reconhece-se que 0 alfabeto romand & uma forma simplificada do grego. Mas os prOprios’gregos foram devedores quanto a isto, porque, numa época remota e indeterminada, eles receberaim seu alfabeto dé uma fonte semitica, 6s fenfcios®, E, finalmente, os primeiros semitas parecem ter se inspirado nos hier6glifos egipcios. Esta breve historia das formas das letras que voce vé atualmente nos livros fornece, mais um exeimplo-de nossa divida com a Antigtidade. © alfabeto romano € como’o nosso, exceto que the faltarn as letras je y, Além disso, a letra v originalmente servia tanto para o som da vogal u quanto para o som da consoante v. Até.o século II da nossa era, ainda nao havia surgido a forma u arredondada, mas por conveniéncia tanto u quanto v jo empregados | nos textos latinos em grande parte das edigées contemporéneas. A letra k era usada raramente, e somente antes de a, em'um niimero pequeno de palavras. As letras y”* ¢ z foram introduzidas no final da Repiblica, para serem utilizadas em palaveas de origem grega. ‘As tabelas seguintes indicam, aproximadamente, os’sons.do latim como as letras eram usadas pelos romanos para representar estes sons. > ‘So chiamadas “incunabula” porque foram feitas nos “tempos de bergo” da imprensa. A fonte € chemada “romana” para distingli-se da “letra escura” que era uilizada no Norte da Europa (ep. a fonte nerminica). Os tipSgrafos italianos bascaram sua fonte omana nos escritos mais elegantes do periodo, estes escritos para 0s ricos, artisticos © precisos mecenas renascentistas. Os escribas desses manuscritos, procurando um tipo de eserita mais araente como qual agradar seus patrocinadores, encontraram-na em 'manuscritos provindes dos melhores manuscritos carolingios. * As 22 letras do alfabeto fenfeio representam apenas sons consonantais. Os eregos ‘mostraram sua originalidade erh usar algumas destas letras paca designar sons vocilicos. 8 Este € realmente ogrego u, upsilon (y), uma vogal cujo som-é intermedirio centre w ¢ i, como, no francés, u Ditongos Consoantes xi Vogais em tatim possuiam apenas duas pronincias, longa e breve. Vogais longas eram geralmente retidas cerca de dois tempos a mais do que as breves (cf. meia nota em relagiio a um quarto de nota, em miisica) e esto. ‘marcadas neste livro, como na maioria de textos para iniciantes (mas riZo em verdadeiros textos cléssicos), com um “macron” ou “acento longo” (e.g. 8); vogais sem macron so curtas. Os estudantes devem decorar os macrons como integrantes da duragdo de uma palavra, uma vez que as diferengas de pronincia por eles indicadas so mujtas vezes cruciais para o significado (e.g, liber & o-substantivo fivro, enquanto, liber é.0 adjetivo livre). Como nao € possivel determinar exatamente a duragdo de uma vogal em latim, apresenta-se abaixo um quadro de derivagio das vogais roménicas, incluindo as do portugués: Jongas Curtas __ aa aa ee t>e T>i > e (coms plicare> chegar) o>o . 6>0 o>u 11> 0 (como liipu > lobo) ‘y, como n6 francés tu ou no alenido iiber, no chegou ao portugués Jatim possui’os seis seguintes ditongos, combinagSes de sons de ‘vogais que compdern uma sé silaba: ae como ai em facai: eirae, saepe ‘au como au em calhau: aut, lando ei como ei em reino: deinds ‘eu como eu em seu: seu 0€ como of em oifo: coepit, proelium ui como ui em muito: ocorre apenas em huius, cuius, huie, cui, hui. Além disso, as duas vogais ‘so pronunciadas separadamente em palavras como fu-it, fructus As consoantes do.latim possuem, essencialmente, os mesmos sons do portugués, com algumas excegies: bs e bt eram pronunciadas ps € pt (¢.g. urbs, obtined); por outro lado, o b no latim tinha 0 mesmo som do portugues b (.g., bibebant).. ¢ tinha pronéincia sempre dura como em casa, nunca suave, como em cesto: cum, clus, facilis. g tinha proniincia sempre dura como em-gato, inunca suave, como em gente: gloria, gero. h tinha prontincia aspirada, como r em refo: hie, haec Xxill i (sempre representaddo como vogal) usualmente funcionioy como semiconsoante com 0 som de y, como no inglés yes, quando usado antes de yogal no inicio de palavra (ifistus = yustus); entre duas yogais denteo da palavra, possuia duas capacidades: servir como a vogal i, formando ditongo com a vogal precedente, e como a semiconsoante y (reiectus = rei-yectus, maior = mai-yor, cuius = cui-yus); por outro lado, era usual mente vogal. O i consonantal aparece regularmente em derivedos para o portugués como j (uma letra somada a0 alfabeto na Idade Média); por isso, Tulius — Jilio. era vibrante, a que.os romanos chamavam littera canina, porque seu som sugeria 6 ladvar de ces: Roma, erie. era sempre mudo como em sitio, nunca vozcado domo-em casa: sed, posuissés, misistis. { tinha sempre 0 som de £ como tudo, nunca ich como’ tia: taciturnitas, nationém, mentionem. ¥ tinha o som do nosso #: uiud, uinum, x inhi o-som de ks como em saido: mixtum, exerced. ch representava 0 grego chi ¢ tinha o som de ckh como no inglés block head, nfo como ch em choro: chorus, Archilochus. phrepresentava 0 grego phi ¢ tinha o.som de ph como no inglés up hill, nfo como: philosophia. - th representava 0 grego theta ¢ tinha o som de th como no inglés hot house: theatrum. : “Os romanos pronunciavam completamente consoantes duplas como duas consoarites separadas; nds, em nosso costume, as pronunciamos como uina tinica consoante. Por exemplo, os rr na palavra.latina currant soavam como dois erres, como em carrefa; ¢ os tt na palavra admittent soavam como dois f, como no inglés admit ten. Separagiio de silabas: quando dividir uma palavra em silabas: vogais contighas-ou vogal e ditongo-sio. separadas: dea, de-a; deae, de-ae. uma consoante entre duas vogais segue a segunda vogal: amfeus, a-mi-cus. 3. quando duas ou mais consoantes estio entre duas vogais, geralmente apenas a Ultima consoante segue a segunda vogal: mitto, mit-t0; seruare, ser-ua-re; consimptus, cOn-siimp-tus. Porém, uma oclusiva (p,'b, t, dy 6 g) + consoante liquida (I, ¥) contam’como consoante nica € seguem a proxima vogal: patrem, pa-trem;.castra, cas tra, Consideradas uma s6 consoante so qu ¢ as aspiradas ch, phy th, que minca devem ser separadas: architectus, ar-chi-tee-tus; loquacem, lo-qua-cem. Quantidade silébica: Uma silaba é longa por natureza se contiver uma vogal Tonga ou ditongo; uma silaba € longa por posigdo se contiver uma vogal Acentos - XIV curta seguida de duas ou mais consoantes”” ou por x, que € uma consoante dupla (=ks). Caso contratio, uma silaba é curta; novamente, a diferenca & como meia nota em relagdo a.um quarto de nota, em misica: 1. silabas fongas por natureza (aqui sublinhada Ro-ma, 24 ser-uat, sa- 3. ekemplos com todas as sflabas lorigas, por natureza ou por posig#o (aqui sublinhadas): Jau-da-té, ‘mo-ne-8, sae-pe, con-ser-ua-tis, pu-el- Este assunto é importante em latin por duas razSes: primeiro, porque a quantidade sildbica é a maior determinante do ritmo da poesia latina, como ‘vocé aprenderd mais tarde em seu estudo da lingua; segundo, por uma raziio mais imediata, a quantidade sildbica determina a posicio do acento tnico ‘emi uma palavra, conforme explicado abi Palavrds em Tatim sto pronunciadas com énfase maior ei uma sitaba (ou mais de uma); 0 local deste “acento ténico”, no latim (ao contrério, do portugués, segue estas regras simples e rigidas: 1. em uma palavra de duas primeira: sér-uo, saé-pe, ni- 2, em uma palavra de trés silabas ow mais (a) 0 acento recai préximo & tiltima silaba (j.e., a pentiltima) se esta silaba é longa (er-ua-re, cOn-sér-uat, for-ti-na); (b) caso contrério, o acento recai na silaba anterior a esta (ie, & antepeniltima: mé-ne-o, pa-tri-a, pe-cii-ni-a, u6-lu-eris) bas, 0 acento sempre recai na Pelo fato'de, estas regras Ue acentuagao serem regulares, 0 acento (como oposigéo aos macrons) no é obrigatoriamente incluso.quando se escreve latin; neste texto, entretanto, os aventos so providos em ambos os “paradigmas” (declinagées e conjugagdes) € a seco vacabulario, um meio de ajindar na proniineia. ‘ Embora a habilidade de comunicagao e conversagao oral-aural receba algumas vezes ~ infelizmente — pouca énfase, nao obstante, @ prontincia correta ou, no minimo, consistente, é essencial para o dominio de qualquer Iingua. A habilidade de pronunciar ofagdes e palavras em voz alta em latim de acordo com as regras dadas nesta introduga0 permitira “pronunciar” de forma correta, em sua thente , quando vocé pensar em uma palavra, soletré- la corretamente. ‘Ao iniciar seu estudo do iatim, lembre-se de que isto néo se trata apenas da leitura silenciosa de textos escritos (de fato, os romanos quase 77 Mas lembre-se que uma oclusiva + uma liquide, bem como qu-e as aspiradas ph, ‘che th regularmente conta como uma's6 consoante: €., pa-trem; quo-que. xv sempre liam-em voz alta!), pois o latim foi uma lingua falada por séculos ~ uma lingua de fato aprendida ¢ falada pelas criangas romanas, exatamente como voc8 aprendeu sua lingua nativa na sua infncia, € no apenas por famosos oradores, poetas ¢ politicos: Vocé deve usar as quatro habilidades no seu estudo diariamente, ouvindo e° falando tanto quanto lendo © escrevendo, sempre pronunciando paradigmas e itens de vocabulério em voz alta, e mais especialmente, ler em voz alta qualquer oragdo ou passagem latina que vocé encontrar; e sempré ler para compreensdo, antes de comegar ‘a traduzir para o portugués. Verbos; primeira e segunda conjugacoes; ; infinitivo presente ativo; presente do_ indicativo e imperativo ativo; traducao. VERBOS 7 Pode-se certamente corisiderar o verbo (do latim uerbuni, palavra) = que. descreve a ago de um sujeito oui-estado do ser - a palavra mais importante de uma orago e, portanto, podemos iniciar melhor nosso cestudo' do latim prestando atengao: nesta classe gramatical (as outras classes sas mesmas do portugués: substantivos, pronomes, adjetivos, advérbios, preposigdes, conjungées, interjeig6es). Tanto em latim como em portugués, os verbos apresentami as seguintes caracteristicas: PESSOA (lat. perséna): trata-se do sujeito, i.e. aquele que comete (ou, na voz passiva, recebe), uma ago, a.partir do ponto de vista do falante: 1°. pessoa = 0(s) falante(s), eu, nds; 2*, pessoa = a(s) pessoa(s) a quem'se fala, tu, vds; 3°. pessoa = a(s).pessoa(s) de quem se fala, ele, ela, eles, elas. NUMERO (lat. nymerus): trata-se do mimero do sujeito; se for singular, um tinico sujeito, portanto 0 verbo também estaré no singular; se for plural, havera mais de um sujeito, -portanto o verbo também estaré no plural. 5 7 TEMPO (lat. empus): tempo da ago. O latim possui seis tempos, presente, futuro, imperfeito, perfeito, mais-que‘perfeito, futuro perfeito, MODO (lat. mods): © modo de o verbo indicar 2 ago‘ow o estado; éomo © portugues, o latim possui o indicative (que “indica” fatos), 0 subjuintivo (que descreve, em particular, ages hipotéticas ou potenciais, cf. cap. 28) € 0 imperativo (que ordena ages, introduzido neste capitulo). VOZ (lat, vox): uma indicagiio de como o sujeito’ comete a ago (a voz ativa) ou a recebe (a voz passiva),-expressa por verbos transitives (que demandam complementos, chamados objetos). CONJUGAGAO Conjugar (do lat. coniugare, unir) um verbo é listar todas as suas formas, de acordo éom estas cinco varidgdes (pessoa, riémero, tempo, modo" e voz). Se the perguntarem como conjugar 0 verbo lowar no tempo presente e na voz.ativa do modo indicativo, vocé responderd: Singular Plural T® pessoa eu louvo nés louvamos 2. pessoa tu louvas vés louvais 3%, pessoa ele/ela louva eles/elas ouvam TERMINAGOES DE PESSOA Como o portugués, o latim possui seis terminagées de pessoa, que indicam de maneira distinta a' pessoa, 0 mimero e a voz:verbal. Uma. vez. que estas seis terminagdes de pessoa serdo encontradas sempre, 0 tempo levado para memorizé-las provara ser um excelente investimento, Para a voi ativa elas so: * : Singular 1°, pessoa ~@ ou—m, que correspondem a en. 2°. pessoa = 8, que corresponde a tu 3°. pessoa = t, que corresponde a ele. Plural : pessoa ~ anus, que corresponde-a nds pessoa - tis, que corresponde a vds 3°. pessoa. = nt, que corresponde'a eles O proximo passo é encontrar a rafz do verbo, &-qual estas terminages podem ser adicionadas. INFINITIVO' PRESENTE ATIVO E : PRESENTE DO INDICATIVO . infinitivo ‘presente dos verbos que utilizamos como. exeniplos neste.livro para as primeira e segunda conjugagées so, respectivamente: laude, louvar monére, advertir " 0 infntivo (at. ites, frit, iimitdo) simplestentefornee aida bésiea ‘do verbo; sun forma & “iTmitada" por pessoa. nimero¢, portant, ee indica tempo e voR. Como vocé percebeu, ~ are caracteriza a primeira conjugagio ¢ - ere, caracteriza a segunda. . + __ Agora,’a partir do infinitivo, retire o ~re, que é a terminagao do infinitivo, € vocé terd o tema do presente: Janda moné A este tema presente acrescente as terminagdes de pessoa (com algumas modificagGes assinaladas abaixo) vocé estaré pronto para ler ou dizer algo em latir no presente, e.g. laudi-s, ( louvas, moné-mus, nds advertinos. . Isto Teva ao primeiro de alguns paradigmmas. “Paradigma” deriva do grego paradeigma, que’significa padrao, exemplo; e os paradigmas sfo utilizados em vérios capitulos e no Apéndice para fomecer resumos de formas, de acordo comi padres convenientes. Obviamente, os antigos romanos aprendiam de seus.pais ou dos contatos diérios com outras pessoas virids formas flexionadas, em um método direto ~ como nds mesmos aprendemds portugués hoje em did. No: entanto,” como ‘usualmente comegamos 9 aprender latim’ numa idade relativamente tardia, sob a exigéncia do tempo, a apropriacio dos paradigmas, ainda que um: tanto artificial ‘e desestimulante, € tida geralmente como 0 método mais eficaz. ‘No processo de memorizagdo de todos os paradigmas, prepare-se para sempre dizé-los em Voz alta, pois isto 0 ajudard de duas maneiras, tanto na escrita quanto na fala; falar ¢ ouvir a lingua, seus sons basicos € seus ritmos, é um excelente meio para se atingir a proficién PRESENTE DO INDICATIVO de laudé & moned ingular : 1, pessoa Tauds, Touvo * moned, advirto 28 pessoa laudas, louwas miones, advertes =3*pessoa Taudat, lowva monet, adverte- Plural a 1*. pessoa Jaudamus, louvamos — monemus, advertimos 2". pessoa laudatis, lowvais monetis, advertis 3°. pessoa laisdant, Louvam monent, advertem Perceba que o‘latim possui somente estas formas do presente do indicatjvo e, que, portanto, so possiveis tradugdes. progressives, dependendo do contexto, e.g. mé laudant, eles me elogiam, eles estiio me elogiando. . Lembre-se de que os paradigmas so proyidos de acentos apeni por conveniéncia; eles seguem as regras especificas de acentuagdo explanadas ria Introdugio, € nao precisam ser incluidos em nossa conjugagao dos verbos latinos (a menos que vocé seja orientado pelo seu instrutor). Os macrons, contudo, devem ser incluidos, e os sons: vocdllicos que’ eles indicam devem ser considerados na memorizagio dos paradigmas e na flexéo de outros verbos de primeira e segunda conjugagdes. Convém saber que a vogal de ligagao no possui miacron em certas formas (e.g. mone, laudant); vocé deve aprender a seguinte regra; que tornard-mais facil atentar para macrons que as vezes aparecem e desaparecem arbitrariamente: Vogais normalmente longas sfo frequenteménte encurtadas quando aparecem imediatamente antes de outra vogal (por isto moneé em vez de *moné@’); antes de - m,- r ou~t € no final de uma palavra (por isto laudat em vez de *landit), ou antes de nt ‘ou nd em qualquer posigao (por isto laudant). No caso da primeira conjugac, ou verbos em — a - (em contraste com os verbos de segunda conjugagzo, os verbos em — & -), a vogal de ligacdo no é encurtada, mas desaparece inteiramente na primeira pessoa’ do singular, por causa da contragao com 9 ~ 0 final (por isto Taudo, e ndo laud). IMPERATIVO PRESENTE ATIVO © modo ‘imperativo é usado para’ dar ordens; a forma do imperativo singular é idéntico ao tema do presente ¢ o imperativo plural (empregado quando dirigido a duas éu mais pessoas) é formado apenas 0 acrescentar ~ te ao tema: 2 pessoa singular Iatida, Jowa! méné, advert! 2. pessoa plural laudate, fouvai! monéte, advert! Exg. Mone me! Adverte-me! Servate me! Salve-me! LENDO E TRADUZINDO O LATIM As regras simples abaixo 0 ajudarto na traducdo das oragdes ¢ na leitura do trecho neste capitulo; alguma ajuda sera dada nos capitulos’ subsequentes. Inicialmente, Jeia sempre cada sentenca do inicio ao fim; leia para compreender, pensando no significado de cada palavra e no sentido provavel da oragao inteira. O verbo muitas vezes vem no final de uma oragao em latim: lembre-se de que, se a terminagao for de primeira ou segunda pessoa, vocé ja saberd o sujeito (eu, 768, fu 0 vés); se-a terminago for de terceira pessoa, procure por um substantivo que pode. exercer a fungdo de sujeito (geralmente ¢ a primeira palavra da oragao). Sujeito - Objeto — Verbo (SOV) é um pad comum. Agora, uma vez que vocé memorizou os paradigmas acima e 0 vocabulério da lista abaixo, e praticou a conjugagao de alguns dos verbos da Jista, tente ler 7 O ast Intim cassico. aqui € em outs pastagens do livo indica uma forma que mio ocorie no traduzir as oragées € a pequena’passagem que concluem este capitulo BONAM FORTUNAM! (boa sorte! VOCABULARIO Lembre-se, na memorizagao. dos vocabulérios, estar sempre preparado para dizer as palavras em voz alta no mesmo momento em que vocé aprender'os significados. N: B.: como os verbos em portugués, 0 verbo latino possui “partes principais” (usualmente quatro) que devem ser memotizadas para conjugar 0 verbo em todas as suas'formias. Como vocé percebeu iia lista abaixo, a primeira parte principal é a primeira pessoa do singular do presente indicativo ‘ativo, ea segunda parte principal é 0 infinitivo presente ativo; a fungao das partes principais restantes serd explanada nos capitulos subsequentes. mé, pronome, me, miin mesmo; quid, pronome, gue (quiproqué) nihil, pronome, nada (niilismo, aniquilar); nin, advérbio, nao; saépe, advérbio, muitas vezes; amd, amare, am4vi, amitum, amar, gostar; amab t8, idiom., por favor (lit. eu te amarei) (amante, amatério, Amanda), cogitd, cbgitare, cdgitavi, cOgititum, pensar, considerar, planejar (cogitar); débed, débére, debut, débitum, dever (débito); do, dire, dedi, ditum, dar, oferecer (dado, data); érrd, errare, errivi, erratum, errar, enganar-se (errdtico, errante, erréneo, erro, aberracéio); Jaudo, laudare, Jaudavi, laudatum, louvar, elogiar (laudatério) méned, monére, ‘ménut, ménitum, advertir, avisar, (admoestagio, ‘monitor, monumento, monstro, premoni¢o); salued, saluere, estar bem, ter boa saiide; sAlu®, saluete (old!) (salvacao, salvar); sérud, serudre, serudul, serudtum, salvar, manter, giardar (observar, reservar, reservar); consérvd, cOnservareé, cOnservivi, cdnservatum (con ~ sérvd), forma mais forte de sérv@ preservar, conservar, manter (conservativo, conservagao); térred, terrére, térrul, térritum, assustar, atérrorizar (terriuel, terror, terrorista); udled, ualére, wilut, ualitarum, fortalecer, tér poder, estar bem; walt (ualéte), até mais, adeus (valido, invalidar, prevalecer); { uided, uidére, uidi, ulsum, observar, entender (prover, evidente, vista, rever, revisar, revisao, televisio); ‘used, udeare, uocaui, uocitum, chamar (vocagdo, advogado, vocabulario, convocar, evocar, invocar, provocar, revocar). SENTENTIAE (ORACOES’) 1. Labor mé uocat. 2. Mone iné, amab 1@, sien. 3. Festina lente, (palavras de Augusto. — festind, festinare, apressar; lent®, adv. lentamente) 4, Laudas mé; culpant mé. (culp®, eulpare, culpa, censurar) 5. Saepe peccamus (peecd, peeeare, pecar, errar) : 6. Quid debémus cbgitare? 7. Conseruate me! 8. Riimor uolat. (wold, uolare, voiar) 9. M8 non-amat. 10. Nihil mé terret. 11. Apollé mé saepe seruat, 12, Saluéte! ~ Quid uidetis? Nihil uidémus. 13. Saepe nihil cogitas, 14. Bis dis, sf cito das (bis, adv, duas vezes; cito, adv. rapidamente. 0 que vocé supde que este antigo’ provérbio. quer dizer atualmente? 15. Si ual@s, ualed. (Um, cumprimento amistoso como. qual os romanos costumavam iniciar uma carta) 16. 0 que ele vé 17. Eles no esto dando nada. 18. Tu no deves me elogiar. 19. Se eu‘ erro, ele muitas vezes me adverte. 20. Se vocé me aina, salve-me, por favor! 0 PORTA HORACIO REFLETE SOBRE UM CONV1i Maecenas et Vergilius mé hodié uocant. Quid cogitare debeo? Quid debed respondére? Si errd, mé saepe monent et culpant; si non erro, mé laudant. Quid hodié cOgitare débe? (Para Hordcio e para outros autores citados nas passagens deste capitulo, _ Feveja a Introdugdo; o afistocrata Mecenas € 0. poeta Vergtlio foram amigos de Horacio, ¢ esta breve passagem é livremente adaptada de ~ referéncias autobiogréficas em sua poesia. — et, conj., ¢; - hodié, adv., hoje; responded, respondére, responder). . LATINA EST GAUDIUM ~ ET OTILIS! Saluéte! Aqui e* no final dos capitulos subsequentes, vocé encontrara uma variedade de “petiscos” sobre o latim para seu aperfeigoamento! (Gandium, desta forma, significa prazer e 0 adjetivo wit). Para comegar, cis aqui algumas frases inciais para uma conversa ern latim: > Todas as oragbes slo bascalas em originals comanos, mas grande parte delas s80 consideralvemente adaptadas para as exigéneias deste primero capitulo. Salué, discipula ou diseipule! Old, aluna (0)! (as variagdes ~2 distinguem os géneros ferninino e masculino, respectivamente). Saluete, diseipulae et diseipul! O14, alunas (05)! (Feminino e masculino plural). Salué, magistra ou magister! Olé, professora (or)! (novamente, feminino e masculino). . Valete, discipulae et discipuli! Valé magistra (magister)! Até - mais, alunas... etc. . Quid est nomen tuum? Qual é o teu nome? Nomen meum est “Marcos”, Meu nome & Marcos (ok, melhor serd traduzir o nome para 6 latim: ndmen meum est “Marcus”). e Lembre-se- que labor ria oragio 1 acima € apenas uma, das palavras do Jatim que vieram para 0 portugués sem alteragdes, assim como rumor, na orag3o 8. ConserwAre, no entanto, mudou-de forma e de sentido no portugués, por isso tome cuidado’com os... ioct terribilés (brincadeiras terriveis). Valéte! EXERCICIOS 1. Indique os. pronomes equivalentes‘em’ portugués para cada uma das terminagdes de pessoa do latim: (1) -t, (2) ~ms, @G) 3 (4) ~ at, (5) -s, (6) tis. 2. Traduza as seguintes formas verbais e indique qual a. forma em que se apresentam: (1) monére, (2) vidére, (3) ualére, (4) debére. 3: Traduza as seguintes formas verbais e indique qual a forma em que sc apresentam: (1) dare, (2) cdgitare, (3) laudare, (4) amare, (5) errare. 4, Traduza a8 seguinies formas verbais e indique qual'a forma em que ‘se apresentam:-(1) uoc, (2) serua, (3) da, (4) cdgita, (5) lauda, (6) am, (7) mon8, (8) uide, (9) nal. 5. Traduza as seguintes formas verbais e indique qual a forma em. que se apresentam: (1) uocate, (2) seruate, (3) date, (4) cdgitate, (5) laudate, (6) amate, (7) monéte, (8) uidéte, (9) ualéte. 6. Traduza as jintes palavras: (1) uocat, (2) cdgitamus, (3) ainant; (4) debes, (5) uidet, (6) uident, (7) debemus, (8) ualés, (9) erratis, (10) uidemus, (11) amat, (12) uidétis, (13) erras, (14) dant, (15) seruamus, (16) dat, (17) amant, (18) vides. T. Monent mé si ers. 8. Monet mé si errant. 9. Monéte mé si erat. 10. Débés-monére mé..11., Débétis seruare mé. 12. Non débent laudare mé.13. “Quid dat?” “Saepe nihil dat”. 14. Mé saepe uocant et (@) monent.. 15. Nihil vided. Quid uidés? 16. Mé lauda si ndn ed, amabé té. 17.'Si ualétis, ualémus. 18. Si ualet, ueled. 19. Si:mé amat, debet mé laudare. 20. Conseruate mé.21. Non débgo errare. 22. Quid debémus laudire? 23. Videt; cOgitat; monet. Substantivos e Casos; Primeira Declinacao; Concordancia. de Adjetivos; Sintaxe. : . SUBSTANTIVOS E CASOS Como um verbo latino (¢ ‘portugués) possui varias flexdes ou terminag&es que miarcam seu papel particular em cada oragSo, assim também um substantivo latino possui varias terminagSes para mostrar se dle € usado como o sujeito ou objeto de um verbo, on para indicar a idéia de posse ¢ assim por diante. As varias formas flexionadas de um substantivo so chainadas “casos”, os usos.e significados mais comuns deles estio arrolados abaixo; vocé encontrara alguns outros usos dos casos nos capitulos subsequentes, todos eles vocé deve ser capaz de identificar e nomear, portanto € aconselhavel comegar agora a fazer uma lista de usos para cada um dos casos, com’ definigdes e exemplos em,seu caderno ou cornputador. Para fins ilustrativos, seri conveniente tomar como base as oragdes* em portugués abaixo, que serio traduzidas para o : latim mais tarde neste capitulo paraque as analisemos. ~ A poeta da para a menina grandes rosas (ou dé grandes rosas para a menina). B, ‘As menina’ dio as rosas do poeta para os marinheiros. c. Sem dintieiro, a patria das meninas néo est forte. “ Bssas oragbes estao limitadas ao material disponivel nos Capit modo que elas possam ser imediatamente entendidas quando passadas para o latim. Nominative Genitivo Dativo ‘Acusativo ‘Ablative Os romanos usavam 0 nominative mais comumente para indicar 0 sujeito de um verbo finito; ex., poeta na orago A e meninas na oragao B. Quando um substantivo era usado para modificar® outro, os romanos colocavam aquele.substantivo que modifica, ou limita, no genitive, Uma idéia muito disseminada para 0 genitivo é a idéia de posse ¢, apesar de outras categorias serem encontradas (além do genitivo de posse), 0 significado do-genitivo pode geralmente ser contemplado pela tradugio com a preposi¢ao de. Um substantivo latino no genitivé geralmente segue © substantivo que elé modifica. Os ‘romanos usavam o- dativo para marcar a pessoa ou coisa indiretamente-afetada pela ago do verbo, como menina (para a menina) na oragao A ¢ pard os marinheiros na B; ambos os substantivos 40 objetos indiretos, 0 uso mais comum do dativo. Na maior parte, das vezes, © uso da dative pode ser determinado usando para ou a com 0 substantivo, Os rorivanos usavam 0 acusativo para indicar 0 objeto direto da ago do verbo, a pessoa.ou coisa diretamente afetada pela ago do verbo. Pode ser também usado como objeto de certas preposigdes: ex., ad, para; in, em; post, apés, atrés®. Nas oragdes A e B, rosas & 0 objeto direto do, verbo dar. Nés algumas vezes chamamos 0 ablative de adverbial’ porque este era 0 caso usado pelos romanos quando eles queriam modificar, ov limitar, 0 verbo por idéias como' meio (“pelo qué”), agente (“por quem”), ‘acompanhamento (“com quem”), maneira (“como”), lugar (“onde; de onde”), tempo (“quando”). Os romanos usavam 0 ablativo algumas vezes com preposi¢ao e outras vezes sem. Nao hd uma unica tegra para a tradugio desse caso. Entretanto, vocé nfo encontrara dificuldades quando ‘uma preposigao latina for usada (ab, por, desde; cum, com; de e ex, desde; in, em) ¢; em geral, vooé pode associar com o ablativo algumas preposigdes do portugués, como por, com, desde, ém e algumas outras mais*. Os usos mais complexos sero abarcados em pontos convenientes nos capitulos seguintes. 5 wModifiear” vem ‘da yalevra latina modus no sentido de “limite”; isto significa limitar uma palavra por meio de outra, Por exemplo, na oracgo B, “rosas”, por si mesmo, passa uma idéia geral, mas a adigdo de “do poeta” modifica, ou limita, ‘rosas", de. maneira que apenes um grupo especifico € explictado, A’ adigao de ‘vermeihas” teria modifieado, ou limitedo, “rosas” ainda mais, pela exclusio de rancas” “amarelas © Uma preposigiio € uma ‘palavra colocada antes (prae-positus) de uh substantivo ou pronome, o “objeto de uma preposiga0”,, para indicar a sua rélagdo com otra palavra na oragdo; orapSes preposicionals podem ser adjetivas (um homem de sabedoria") ou adverbiais (“ele veio de Roma’) 7 Em latim, ad uerbum, significa para ou perio do verbo; um advérbio modifica um verbo, um adjetivo ov outro advérbio * Portanto: pecunia, pelo ov com dinheiro; ab puella, pela ou desde a menina; ‘cum pueltS, com a menina; eum r8, com raiva; ab (dé, ex) patri8, desde, da'pdiria; in pateia, na pétria; in inénsa, na mesa; Ana hora, em uma hora. ‘Voeativo ‘Os romanos usavam'o vocativo, as vézes com a interjeigao” ©, para chamar (woeare) diretamente uma pessoa ou coisa; ex., (O) Caesar, (0) César, O fortuna, O fortuna. Na pontuagio modema, 0 vocativo & ~ separado do resto da oragio por virgulas. Com apenas uma excegio, que sera estudada no capitulo 3, 0 vocativo tem: a mesma forma do nominativo, por isso ele comumente nao é citado nos paradigmas. PRIMEIRA DECLINAGAO” — SUBSTANTIVO E ADJETIVO A listagem de todos os casos de um substantivo — ou de uni adjetivo ~é chamada de “declinagao”..Da mesma forma que conjugamos verbos adicionando terminagées a uma raiz, assim nbs também “declinamos” substantivos e adjetivos,adicionando terminagées também a.uma “raiz”, As formas do ‘nominativo ¢ do genitivo singulares de um substantivo séo dadas nas entradas do vocabulério, as quais devem ser. completamente memorizadas, e ento’ se acha a base retirando-se a terminagio do genitivo; 0 procedimento para.os adjetivos ¢ similar e sera esclarecida nos capitulos 3 ¢ 4. O paradigma a seguir, que deve ser memorizado ( ¢ lembre-se de praticar em voz alta!), ilistra a declinagao de uma frase composta de substantivo e adjetivo, porta magna, o grande porto: porta, porto magna, Terminasao porta magna (um)" porto grande Gen pértae * mignae _ do portdo grande ae Dat périaa. mégnae ‘panalao porto one grande Au. pértam., magnam 0 porto grande ani bl ports | magn&——_por/comlesde 0 a.* ‘portéo grande Voe. porta magna O portdo grande a Plural Nom. pértae " magnae os portées grandes wae ; ou portées grandes Gen. portarum ~ magnarum. dos portées grandes -Brum ° Em latim, interiectiO significa literalmente fangar algo em, ie., sem eoniexio sintética com o resto da oragao. "© termo declinacao esta ligado ao verbo dé-clinare, afastar dé. A idéia dos graméticos antigos era a que os outros casos “afastam-se” do nominativo; eles desviam do nominative. . "34 que o latim clissico nfo tinha palavras que cortespondessém exatamente ‘aos nossos artigos definidos o/a/os/as. ou aos nossos. artigos —indefinides um/uma/unshumas, porta pode ser traduzido como portdo ov 0 porto ou um portdo. Dat. portis - mégnis "_aas/para os portaés grandes Acu Portas © magnas os portdes grandes -as AbL Portis. magnts ——_por/comédesde os is 2 ‘portbes grandes Voc. pértae nae O portées grandes -ne GENERO DA PRIMEIRA DECLINACAO = FEMININO Diférentementé do portugués, 0 latim distingue trés_géneros: masculino,’ ferninino e neutro. Enguanto os substantivos latinos que indicam seres masculinos sfo, naturalmente, masculinos,'e aqueles que indicam serés femininos sq femininos, o género da maioria dos outros substantivos era um conceito gramatical, no natural, ¢ entdo o género de _ um substantive deve simplesmente ser memorizado como parte da entrada do vocabulario. . Substantivos da primeira declinagao so riormalmente femininos; cx., puella, mening; rosa, rosa; pectinia, dinheiro; patria, patria. Alguns poucos substantivos.que denotam individuos envolvidos em ocupagées ttadicionalmente de homens em Roma so masculinos; ex., poeta, poeta; nauta, marinheiro; agricola, agricultor (outros que nao so empregadoS neste livro so: auriga, auriga; ineola, habitant pirata, pirata). 7 ‘Neste livro, 0 género de um substantive nio serd especificado como m, f,ou n. nas notas, se ele seguir as regras gerais. CONCORDANCIA DE ADJETIVOS ©. papel comum dos adjectives ¢ acompanhar e modificar substantivos, ou 0s limitar em tamanho, cor, textura, carater etc.; e, assim como os substantivos, os adjetivos so declinados. Entao, naturalmente, um adjetivo concorda com o seu substantivo em género, nimero. caso (um adjetivo. que modifique mais. que um substantivo_geralmente coneorda com aquele. que-esti mais proximo, embora algumas vezes 0 masculino predomire).. Um adjetivo (adiectum, lancado junto, adicionado) € wma palavra adicionada a um substantive. Como o significado de sua raiz latina também sugere, um adjetivo era comumente posicionado préximo ao seu substantivo (exceto em poesia, onde a ordem “das palavras € bem mais livre). Muito frequentemente o adjetivo seguia 0 substantivo, um posicionamtento légico; uma vez que a pessoa ou coisa nomeada é geralmente mais importante que’ o seu atribyto; as excegdes eram os ‘adjetivos que denotavam tamanho ou niimero, assim como os demonstrativos (hie, este; ille, aguele), qué normalmente ocupavam posigdo precedente, da mesma forma que quaisquer adjetivos que falante ou escritor quisesse enfatizar. SINTAXE : © verbo grego syntattein significa ordenar ou, em particular, alinhar um exército em ordem de batalha, De modo’ similar, na terminologia gramatical “sintaxe” & a ordenagao de palavras de acordo com a funco que elas cumprem na oragdo, Para explicar a sintaxe de determinado substantivo ou adjetivo, vocé deve determinar a forma dele, a palavra a qual ele mais depende, e”a fazdo da forma (i.e., 0 seu uso gramatical ou fungo na orago). As amostras de oragdes dadas’acima, aqui traduzidos para o latim, fornecem alguns exemplos. Perceba nas terminagGes do sujeito ¢ do verbo a regra que urn-verbo deve concordar com 0 seu sujeito ‘em pessoa e niimero; perceba também que uma terminagio de substantivo tal como ~ae pode representar mais de um “caso, a ordem das palavras € 0 contexto fornecem pistas necessérias para © significado de uma, oragao (dai puellae ser 0. objeto indireto em Ae sujeito em B). A. Poéta puellac magnas rosas dat. B. Puellae naufis rosas poétae dari. . Patria puellarum sine pectinia non valet. A. sintaxe de “algumas dessas palavras pode ser assim convenientemente determinada: : Palavra ‘Forma Dependéncia__" Razio nom. 58, dat sujeito dat. 9g. dat objeto indireto magna cu. pl. rosis modificae concorda com o substantivo Oragao B piellae nora. pl. dant sujeito natis dat. pl dant objeto indireto ross acu. pl. dant objeto direto pottae gen. 5g, rosis adjuinto adnominal restrtivo de posse Oragiio C pectinia abl. sg. sine objeto de preposigao.. Esteja proito para explicar a sintaxe de todos os substantivos ¢ adjetivos nas orag6es ¢ leituras abaixo. VOCABULARIO fima, famae, f, rumor, fama, reputagao (famoso, difamado, infamia) forma, formae, f, forma, aparéncia, beleza (formal, formato, formula, deformado ete.; mas nao: férmica, formidavel). fortiina, fortanae, f,, fortuna, sorte (afortunado, desafortunado) Ira, irae, f,, ira, raiva (jrado, irascivel; mas no: irritado) natita, natitae, m., inarinheiro (néutico) patria, patriae, £, patria, terra natal (expatriado, repatriado) peciinia, -ae,” f., dinheiro (pecunirio) Philoséphia, -ae; f, (do grego philoséphia, amor pela sabedoria), filosofia poéna, -ae, f., penalidade, punigac (penal, penalizar, pénalti) posta, -ae, m., poeta (poesia) porta, -ae, £, portdo, entrada (portal, portico) puélla, -ae, f., menina résa, -ae, f., rosa (rosario, roseta) ends dare, idiom, pagar a pena senténtia, -ae, £, sentimento, pensamento, opiniio, voto, sentenca” (sentencioso, sentenciai) ulta, -ae, £, vida; modo de vida (vital, vitalidade, vitamina, vitalizar, revitalizar) antiqua, -ae, adjetivo," antigo (antiquado, antiquario) miigna, -ae, adj., éxlenso, grande; importante (magnifico, magnificente, magnata, magnnimo, magnitude) méa,-ae, adj., minha mniilta,'-ae, adj;, muita’ (multidio, miltiplo, multiplicar; multi-, um refixo como em multimilionério) tiia,,-ae, adj., ‘ua usado quando se fala com apenas uma pessoa ef, conjungao, ¢; até; et..et, anto...guanto sed, conj., mas O, interjgigo, Of, Oh!, comumente usado com vocativo sine, preposigdo + abl., sem est, € SENTENTIAE ANTIQUAE™ 1.” Salu@, O patria! (Plauto.) ~ 2, Fama et sententia uolant. (Virgilio. - uolre, voar, mover-se rapidamente) . peciinia, -ae = pecOnia, pecdniss; este formato abreviado sera empregado «em todas as entradas subsequentes de substantvos regulures da primeira decinagSo. "Aqui sio fomecidas as formas do nom, ¢ do gen. do adjetivo, abreviado ‘como um substantivo da primeira deel; apés 0 aprendizado das formas masculinas neutras nos préximos- dois capftutos, as entradas. dos adj. fornecertio apenas as termingdes do nominativo'pare todos os trés géneros (veja, por ex. Banus, ~2,-UmT no -vocabulério do capitulo 4), ‘antigas oragdes romanas serd nomeado. Um aslerisco antes do nome do autor indica que 4 oragdo écitada sem alteragBesA falta do asterisco significa que a oragao original teve que ser modificada de algum modo, para se adequar aos confiecimentos limitados de Iatim do estudante, mas o estudante pode ter certeza de que a idéia ¢ a locugdo s5o aquelas do autor antigo indicado. A. passagem especifica da qual cada .orasdo foi adaptada esta identificada abaixo, p. 508-10, para os estudaptes que estdo interessados ‘no contexto e desejam fazer maiores lefturas, Oragdes de origem romana. Dagui em diante, 0 autor de cada uma das.” 3. Da veniam puellae, amabo t@. (Teréncio. — uenia, -ae, permissio, perdéo) 4, ‘Clémentia tua’ multdig,vitay seruat, (Cicero. — clementia, -ae, cleméncia) 5. Multam pectiniam déportat. (Cicero. ~ deportire, carregar, levar embora) 6. Fortiinam et uftam antiquae patriae saepe laudas sed rectisas, (Hordcio. ~reetisare, recusar, rejeitar) 7... Me uitare turbam iubgs. (*Séneca. ~ uitire, evitar; nao confunda esie verbo com o substantive ulta: ~ turba, ~ae, muiltiddo. — inbére, orderiar) 5 8: Me philosophiae do. (Séneca.) 9.- “Philosophia est ars ultae. (*Cicero.—ars;nom. sg., arte) 10. Sariam formam ‘ultae cOnseruate, (Séneca. sana, -ae, adj., sd, saudével) : 11, Immiodica ita creat insaniam. (Séneca, ~ immodiea, -ae, adj, imoderada, desmedida. ~ creare, criar. — insania, -ae, insdnia, insénidade), 12. Quid cdgitis? — debémus itam vitare. (Séneca.) 13. Nilla audritia sine poend est. (*Séneca. — niilla, -ae, adj., nenhuma, ~ awaritia, -ae, avareza) 14." ME saeuis caténis onerat. (Hordcio, ~ saeua, -ae, adj., cruel. — caténa, -ae, corrente, — onerare, oprimir) 15. Rotam fortinae nén timent. (Cicero. rota, -ae, roda. ~ timére, \ temer.) 16, Asmeninas salvam a vida do poeta 17. . Sem filosofia, nés frequénterente erramos ¢ sofremos 0 castigo. 18. Se tua patria é forte, nada amedronta os marinheiros e'tu deves fouvar tua grande sorte. 19. __Nés frequentemente vemos o castigo da raiva. 20. 0 porto antigo é grande, CATULO DA ADEUS A SUA NAMORADA Puella mea mé nén amat. Valé, puella! Catullus obdirat: posta puellam non amat, formam puellae nén laudat, puellae ross non dat, et puellam non basiat! Ira mea est magna! Obdur6, mea puella ~ sed sine t€ non wales. (Catulo 8; adaptago em prose, Para este poeta do séc. 1° a.C., ver introd., e, para.excertos nao adaptados do poema original, ver cap. 19. ~ ‘Note a mudanga de primeira pessoa para terceira ¢ de novo @ primeira; gual € 9 efeito pretendido? ~ obdarare, resist, suportar. ~ basiare, beijar. ~ t8, te.) ETIMOLOGIA Perceba que “etimologia” vern do grego etymos, verdadeiro, real € logos, palavra, significado. Consequentemente, @ etimologia dé uma palavra traga a derivagao da riesma e mostra o seu sentido original. Sob ‘ete t6pico, seréo introduzidos varios itens que néo foram abarcados pela lista de palayras derivadas no vocabulério. Eno, cada capitulo é rico nesse tipo de material, entretanto, uma cobertura completa sequer pode ‘ser tentada. Pectinia esta ligado a peeus, gado. Fortiina deriva de fors, acaso, acidente: Explique © significado das palavras portuguesas abaixo, baseando-se nas palavras latinas das oragGes indicadas. Maior auxilio, se necessirio, pode ser encontrado em algum bom dicionirio; 0 Diciondrio Houaiss da Lingua Portuguesa € muito bom em etimologias. volitil (2) eriatura (11) > venial (3) nulificar (13) turbuleito (7) ” concatenagao (14) insano (10) ‘oneroso (14) rotatéria (15) . obdurar (“Catulo”) LATINA EST GAUDIUM- ET UTILIS! Saluéte, discipuli et discipulae! E aqui abaixo seguem outras frases do latim-coinversacional: Como vocé esta hoje? 8! Otimo! Pessime! Péssimo! Bene! Bem! ; Satis bene. Normal. Non bene. Nao muito bem Et ti? E vocs? Valéte, discipulae et discipuli! EXERCICIOS 1. Dé os" cortespondentes latinos ‘para os. artigos definidos “ofalosias” e 0s indefinidos “um/uma/uns/amas”. 2. Thdique o caso latino para. cada uma das seguintes construgdes ou idéias: (1) objeto direto; (2) posse; (3) sujeito; (4) adjunto adverbial de meio; (5) objeto indireto. 3." Indique 0 caso, néinero € a fungo sintética de cada uma das seguintes terminagdes da primeira declinag&o: (1) -as; (2) -a; (3) - am; (4) -ae (pl.). : 4. Indique 08 caso(s) € mimero indicados pelas seguintes terminagées, e, quando possivel, .indique as preposigdes portuguesas que podein ser associadas com eles: (1) -Arum; (2) -a; B) -ae; (4) -is. 5. Traduza os substantivos ¢ especifique a fungao sintética de cada um como é indicado pela sua terminagao: (1) puellam; (2) puella; (3) piellas; (4) puetlae (plural); (5) patrias; (6) patriam; (7) patria; (8) patriae; (9) peotiniam; (10) peciinia; (11) poenas; (12) poenam. © 6. Traduza os substantivos dé acordo com 0 caso em que esto: (1) puellac (5g); (2) puellarum; (3) © patria; (4) patriae (sg.); (5) pectinia; (6) pectiniae (sg.); (7) poents; (8) poena; (9) poenarum. 7. _ Dada a forma do nominativo singular, escreva as formas pedidas: (J) mutta: pecania para o genitivo ¢ acusativo. singular; (2) magna fama para o dat. e abl. sg.; (3) uita mea para o gen, sg. € nom. pl.; (4) fortima tua para.o acu, sg. e pl.; (5) magna patria para 0 gen. sg. ¢ pl.; (6) fortiina mea para o abl. sg. ¢ pl.s-(7) magna poena para o dat. sg: ¢ pl; (8) multa philosophia para 0 dat. e abl. pl. 8. Traduza as frases para o latim de acordo com 0, caso tanto nomeado quanto indicado pela. preposiggo: (1) ‘por muito dinheird; (2) de muitas meninas; (3) para/por minha patria; (4) uma vida grande (como objeto direto); (5). pelas tuas penas; (6) muitas patrias (sujeito); (7) para/por muitas meninas, (8) da minha vida; (9) © sorte; (10) da menina; (11) das meninas; (12) meninas (vocativo); (13) as méninas (objeto direto); (14) as meninas (sujeito). : 9. Vale, patria mea. 10. Fortiina puellde est magna. 11. Puella fortinam patriae tuae faudat. 12. © puella, patriam tuam serua. 13. Multae puellae 14, Puellae nihil datis. 15. Pectiniam pueliac uidet. 16. Peciiniam puellérum ndn_uidés. 17. Monére puellis debemus. 18. Laudare puellam débent. 15, Vita multis puellis forttinam dat. 20. Vitam meam pectinia tua-conseruas, Fama est nihil sine fortting. 22. Vitam sine pectin nén amatis. 23. Sine fima et fortuna patria non ualet. Tram~ » puellarum laudare non débés. 25. Vitam sine poenls amamus. 26. Sine philosophid nén ualémus. 27. Quid est uita sine philosophia? Segunda declinacao: substantivos masculinos e adjetivos; aposto; ordem das palavras A SEGUNDA DECLINACAO. ‘A segunda declinagéio segue a-regra j4 apresentada na primeira declinagio: base + terminagdes. No entanto, as terminagées diferem daquelas da primeira declinago, exceto no dativo e no ablativo plural. (Os substantivos desta declinagao sto, regularmente, masculinos ou neutros; os masculinos sfo apresentados abaixo, os neutros no capitulo 4. Grande’ parte dos substantivos masculinos da segunda declinagao possuem o nominativo singular terminado em ~us, enquanto alguns terminam em -er (os neutros, conforme veremos no préximo capitulo, terminam em—um). MASCULINOS EM -us amicus, magnus, amigo grande : Base: ___amie-__"_magn- Term. ‘Singular Nom. amicus magnus —_um/o grande amigo -us Gen amit. =< smagnt- = de um/do grande amigo 1 Dat. amid ~~ magn para _um/para o. grande 0 ‘amigo Ac. ainicum — magnum —_um/o grande amigo “um » AbL amicd == magno—por/de/com um grande © : 0 amigo Voc. amice’ magne —< grande amigo e Plural Nom amici magni —_uns/os grandes amigos Gen,° amfcdrum —magnorum - de grandes amigos Dat, ammicis. = magnis ~—_para grandes amigos Ae. amicds mégnds ° uns/os grandes amigos -0s AbL amicis mégnis ~ por/de/com'? grandes -is amigos Voc. ami ‘magni 6 grandes amigos MASCULINOS EM -¢r Dentre os substantivos masculinos, de segunda declinago terminados em -er,, alguns, como puer,.mantém — e - na base, enquanto grande parte, como ager, suprimem o -e-, dai a especial importéncia de aprender o genitivo,como entrada lexical (embora o conhecimento de tais derivados para o portugués, como “pueril” e “agrieultura” também o ajudaré a se lembrar da base). O mesmo ocorre com © tinico substantivo masculino de segunda declinagao terminado em —ir, vir, viri, homem (vardo, bardo) 7 puer, ager, menino camipo Base: __puer- agr oo Term. ‘Singular Nom. puier'® ‘Ager magnus'” 2 Gen. . ~ phert gut magni Dat. pliers dgrd inagnd Ac. pierum = agram)=——s mgnum Abl. per Agr, magno Voc. puter ger magne Plural Nom. puert ag magni Gen. paerdrum = 4grérum,—_ridgndram Dat, _ poeris Agris mégnis Ac. puerds Agrs mégnos Ab) peri gris magnis Voc. peri agi mégni ‘COMENTARIOS SOBRE AS TERMINAGOES DE CASOS: Pode ser stil notar que algumas terminagdes da segunda declinagiio sto idénticas a algumas da primeira declinagdo (0 dat. e abl. pl. em—1s)'e outras so semelhantes (e.g: ~am/-um no ac. sing., -arum/- orum no gen. pl. © ~as/-ds ac. pl.). Como na primeira declinagao, algumas terminagdes de segunda declinagao sdo’ usadas para casos diferentes (¢.g., que casos diferentes podem representar as formas amie, amie} € amicis?); riovamente, a-ordem das palavras na oragdo € 0 "5 Lembre-sede que esta €uma manera imperfeita, um modo forgao de represetagto do ablative, © lembrese de que as preposigees so comments usedas com 0 ablative, especitimente quando 0 substantivo indica uma pessoa; na taducio para o portuguis, a preposigto« mito comumente wtilizada : °® As formas sublinhadas so a Gnicas para as quai se pede maior tengo. "'Somada no intuito de comparer ou conirastar. Pereeba a combinagio de puer magnus, goroto grande, O puer magne, 8 grande garoto conteéxto iro ser auxil tradugdo em tais ocasides. E especialmente importante notar que somente no singular'de substantivos e adjetivos da segunda declinagao" teiminados: em —us formam 0 vocativo de maneira bastante diferente da forma do nominative: singular amfeus, ‘amice; mas. plural amici, amIct. Substantivos em —ins (e.g,, filius, filho, Vergilius, Vergilio)e 0 adjetivo ‘meus, meu, possuem somiente o i no vocativo singular: mi fill, 6 mew filho, © Vergilt, 6 Vergilio. s essenciais para a leitura, compreensio :¢ . APOSTO Gaium, filium meuni, in agrd video. Vejo Gaio, met filho, no campo. Nesta orago, filium exerce fungdo de aposto em relagio a Gaium. Um aposto é um substantivo que € “colocado ao Jado”'* de outro substaritivo como equivalente de explicagao; substantivos que exercem fungio de aposto sempre concordam em caso, usualmente em mimero, € também, no raramente, em género. Umi aposto é geralmenite separado do substantivo precedente por virgulas. ORDEM DAS PALAVRAS Uma ordem comim em uma oragao simples ot em uma oragao subordinada.em latim é esta: 1. 0 sujeito e seus modificadores; 2. 0 objeto indireto; 3. 0 objeto direto; 4. 0 advérbio ou oragdes adverbiais; 5. 0 verbo. Em uma elaboragao formal, a tendéncia de se colocar o verbo no final da oracdo esta, provavelmente, relacionada ao gosto romano. pelo periodo circular, 0 qual procura manter 0 leitor ou ouvinte em suspense : até que a titlima .palavra da oraggo tenba sido atingida. Lembre-se, também, que’ adjetivos e substantivos declinados no caso genitive seguem-se, geralmente, as palavras que cles: modificam. Entretanto, embora os padres descritos acima devem.ser tidos em mente, os préprios romanos faziam algumas excegdes a essas regras em fungao de maior variedade ¢ Enfase. De fato, nas Iinguas bastante flexionadas, como 9 Jatim, .a ordem das palavras pode, relativamente, influir pouco no sentido gragas as desinéncias, que expressam muito da relago entre as. palavras na oragdo. No portugués, que néo herdou do latim todo o sistema de. declinagdés, a oracdo comumente depende de convengdes mais restritas de ordem de colocagao das palavras. Por exemplo, verifique a seguinte idéia expressa em apenas uma orago em portugués e quatro veisdes diferentes em latim, dizendo todas, essencialmenie, a mesma coisa, a despeito da ordem das palavras: (1) O menino dé uma rosa a uma menina bonita. (2) Puer puéltae bellae rosam dat. 84d (20 lado de) + pono, positus (coloco, colocado). (3) Bellae puellae puer rosam dat (4) Bellae puellae rosam dat puer. (5) Rosam puer puellae bellae dat. Qualquer que seja a ordem das palavras na orago em latim, o sentido permanece 0 mesmo (embora varie a énfase): Perceba ainda que, de acordo com a terminagio, bellae pode modificar puellae ndo importa onde estejam estas palavras. Mas se. vocé a ordem das palavras em portugués, vocé também mudard o sentido: (2) O menino d4 uma rosa a uma menina bonita. (2) Omenino, a uma menina bonita, uma rosa da. (3) Aura menina bonita, uma rosa.o menino dé. (4) Auma menina bonita, uma rosa da o menino, (5) Uma rosa o menino da a uma menina bonita, Em todas estas oragdes as mesinas palavras so usadas com as mesriias formas, mas o sentido de cada oracao é diferente de acordo com as convengdes da: ordem das palavras em nosso idioma. Além disso, enguanto as oragdes 2, 3 © 4 nfo possuem sentido em portugues, as mesmas orag6es, em latim, fazem sentido perfeitameiite. VOCABULARIO Ager, agri, hase., campo (agricultura, agrério, agronomia; ep. agricola) agricola, -A¢, m., agricultor; amiea, -ae, fem. € amleus, amici, masc., amiga/amigo (amigivel, a mizade; cf.-am6); fernina, -ae, mulher (feminino, #émea, feminilidade); filia, -ae, dat. é abl. pl. filiabus, fitha (filiagao, afilhado, fins, iif, masc., filho (vide lia); niimerus, -1”, masc.,.n%mero (numeral, inuinerével, enumerar), pépulus, -1, masc., povo (popular, povoagio, populacho, povoar, populaiidade, populatizar, populoso); tier, ptieri, mase., menino, p}. meninos, criangas (pueril, puerilidade); sapiéntia; ‘ae, fem., sabedoria (sapiéncia, sabio, sapiente); uir, wirT, masc., homem, her6i (virtude, viril, triunvirato, nao virulento); avanus (nasc.), avira (fem.), adj., avarento/avarenta (avareza); paitel (masc.), paticae (fem), adj. usualmerite no pl. poucas/poucas; Romanus. (masé.), Romina (fem), adj. romano/romana (romance, romantico, romantismo, romanesco, Romania, Roménia), d@, prep. + abl, de, acerca de, sobre,: concernente @, também-como _prefixo indicando movimento de/para baixo e posi¢des como distante, ao lado, ford, (declinio, descender); in, prep + abl., em, deniro de; nédig, adv., hoje; , fidalgo); Substantivos regulares de segunda dectinago terminados em —us sero abreviados desta maneira nas entradas lexicais subsequentes (ic, némerus, -I = nimerus, nimeri), habed, habére; habut, hdbitum, ter, possuir, segurar, considérar (exibir, habito, habitat); satio (1), satisfazer (saciado, insaciavel, saciedadé, satisfacio; cf. satis, cap. 5). e PRATICA E REVISAO 1, Filjum naturae ROmanf in agris uidémug, + 2, Pued puellas hédié uocant 3. Sapientiam amfc&rum, filia mea, semper laudat. 4, Mult uirl et fminae philosophiam antiquam cOnseruant. 5. Stra ualet, O mi fill, saepe errimus et poenas damus. 6. Fortiina uirds magnds amat. 1. Agricola filiabus pectiniam dat. 8, Sem poucos amigos a vida nao é boa 9. Hoje teris muita fama no pais. 10. Vemos grande fortuna na vida de suas filhas, 6 meu amigo. 11. Ble sempre dé rosas 4s minhas filhas e aos filhos. SENTENTIAE (ORACOES) amici, dé populd Romand cdgitare (Cicero). 2. Maecénis, amicus Augusti, mé in nimérd anifcorum liabet (Hordcio. - Maeeénas, subst. prop. no caso nom; veja cap. 1; - Augustus, -). 3. Libellus meus et sententiae meae ultés uirorum monent. Chaedrus. ~ libellus, -, livrinko, libelo). 4. Pauct uiti sapientiae student. (Cicero. — studére + dat., empenhar-se). ” 5. Fortuna aduersa virom niagnae sapientiae ndn terret. (Hordcio., aduersus, aduersa, adj. = port). 6. Cimén, uir magnae fimae, magnam beneuolentiam habet. (Nepos. - Ciman, subst. prop., bencuolentia, ~ae = port.) 7. Semper avarus eget. (*Hordcio. ~ auarus = awarus uir. ~ egére, precisar) 8. Niilla copia. pectniae auarum uirum satiat. (Seneca, — ebpia; -a¥, abundéincia). : 9, Peetnia avsirum irstat,:ndn satiat. (Publilius Syrus. — irritdre = port.) 10. Sécrété amicds admoné; laud’: palam. (* Publilius Syrus. ~ sBeréte, adv., secretamente.~ admoné = mone. ~ palam, adv., abertamente). 11. Modum tenére debemus. (* Seneca. ~ modus, - 1, moderaco. - tenére, ter, observar). AGRAMA ESTA SEMPRE MAIS VERDE. Agricola et ultam et-fortdnam navtae saepe laudat; naula magnam forttinam et ultam poétae.saepe laudat; et poeta ultam et agris agricolae laudat. Sine philosophia auart viri dé peciinia semper cOgitant: multam peciiniam habent, sed pecGnia multa uirum audrum non satiat. *° Os verbos regulares de primeira conjugaeio cujas formas seguem o padrio - ©, -2re, -avi, -atum, serio indicadas apenas com o nimero (1) nas proximas entradas, lexicais. (Horacio, Sermones, 1.1.; adaptagao livre em prosa). ETIMOLOGIA Abaixo esto algumas das palavras’ do romance que podera reconhecer na base do vocabulirio deste capitulo, ‘Latim Portugués Espanhol__‘ Italiano" Francés amicus amigo amigo amico ami filins filho ~ hijo figlio fils humerus“ nimero —mimero numero numéro populus —_povo pueblo popolo peuple panei pouco poco poco peu semper sempre sempre sempre habere haver haber avere avoir dé de de di de LATINA EST GAUDIUM~ET OTILIS! Saluéte, amicae et amici! Quid agitis hodie? Bem, se vocé vive em Bauri, talvez seja custos vigilat, sentinela sempre vigilante (lema do municipio de Baur, Estado de Sio Paulo), em tradugfo livre; se trabalha para a Marinha do Brasil, deve estar in omnia paratus, pronto para tudo (lema do Primeiro Esquadrdo de Helicépteros de Emprego Geral). Estes sto apenas dois dentre varias inscrigdes ¢ lemas latinos que representam um nimero vasto de instituigdes e organizagdes modernas. Valéte et habéte fortamam bonam! “Augusto de Prima Porta Final do sée. 1 aC. ‘Museu do Vaticano EXERCICIOS 1. Indique 0 caso, o niimero e a fungio sintatica indicada por cada uma das terminagdes de palavras masculinas de 2°. Declitiagao: (Q) -um; (2) J (pl); 3) -us; (4) As, (5) med; (3) popull Romant (sing); (4) populs Romand; (5) uitis; (6) uitt (sing); (7) uirorum; (8) ami paucérum; (9) amicis paucts; (10) amicé med; (11) amict met; (12) multis pueris: 5. Dadas as seguintes formas do nominativo, escreva as formas latinas solicitadas: (1) populus Romanus no gen. e no abl. sing.; (2) magnus uir no ac. e no abl. pl; (3) puer meus no dat. e no abl. pl.; (4) magnus numerus no dat. ¢'no abl. sing:; (5) magnus uir no voc. sing. € pl.; (6) filius meus no gen. sing. e pk 6. Verta as seguintes expressGes para o latim de acordo com o caso explicito ou pedido pela. preposi¢ao do portugués: (1). de muitos meninos; (2) para 0 povo romano; (3) meus filhos (obj. dir.); (4) 0 meus filhos; (5) um grande nimero (obj. dir.); (6) de um grande mamero; (7) O grande homem; (8) para muitos meninos; (9) o grande homem (suj.); (10) do povo romano. 7. Val€, mi amice.’8. Populus Réménus sapientiam filiT tui laudat. 9. O uir magne, populum Romanum serua. 10. Numerus popult Romani est magnus. 11. Multi pueri puellas amant. 12. FHi6 med nihil datis. 13. Virds in agrd uideo. 14. Amicum filir met uides. 15. Amicum filiorum tudrum non uidet. 16. Déb&mus filids' meds monére. 17. Débent filium: tuum laudare, 18, Vita paucis uiris famam dat. 19. Me in iumerd amicdrum tudrum habés. 20. Viri magni paucds amicés saepe habent. 21. Amicus meus semper ‘cOgitat. 22. Filius magni uiri non semper est magnus uir. 23. Sapientiam magndrum uirdrum non semper uidémus. 24, Philosophiam, sapientiam magnorum uirdrum, laudare debetis. Substantivos Neutros |. de Segunda Declinacao; Adjetivos; Indicativo Presente de Sum; Predicado com Substantivos e com Adjetivos; . . Adjetivos Substantivados SEGUNDA DECLINAGAO - NEUTROS Na primeira declinago nao hé substantivos de género neutro, mas na segunda declinago hid muitos. Eles so declinados como se segue; novamente adicionando-se terminagSes a uma raiz: donum —cdnsilium—- magnum presente plano grande Raiz: don- consili-__"_magn- Terminagées Nom. donum cénsilium: magnum a Gen. doni cOnsili?! magni a 20 gen. sg. dos substantivos da segunda declinagio terminidos em —ius on ~ ium-eram escritos com um Gnico -T (fibus, gen. fil; cOnsilinm, gen. ebnsilt através do primeiro século a.C. Entretanto, uma vez que a forma =f (Ait, cOnsili do genitive tomou-se mais recorrente a partir do inicio do Império e ima vez que -W era sempre regra para adjetivas (eximius, gen. eximif), esta é a forma que sera empregada neste texto, Dat. “d6nd mégnd | Acu. mum cOnsilium- ~ mégnum —~ -um Abl. dnd consiliS = magno ~ Plural Nom. dona magna Gen. dondrim —cdnsilidram = magndrum Dat; dons consiliis ” mégnis Act dona consili magna Abl , — donis ensiliis- ° magnis Perceba que as. terminagées dos neutros da segunda declinagao so a mesmas que-as’terminagdes masculinas, éxcetuando-se que 0 nominativo, acusative e vocativo sfo idénticos uns aos’ outros (isto é valido para todos.os neutros de todas as terminag6es): -um no singular, - a no plural. A ordem ‘das palavras e o-“contexto frequentemente possibilitardio que yocé distinga entre um substantive néutro usado,como sujeito € um usado como objeto (vocativos so ainda mais facilmente distinguiveis, é claro, por eles serem comumente separados do restante da ‘oragiio por virgulas). A términagao plural -a pode ser confundida com um nominativo singular ‘da primeird declinagao, ent&o yocé pode perceber como ¢ importante memorizar completamente todas as entradas do vocabulario, incluindo o género dos substantivos. Os neutros regulares da segunda déclinagao serio’ apresentados nos vocabularios abreviados na seguinte forma: donum, 1 (=donum, dom), n. DECLINACAO E CONCORDANCIA DE ADJETIVOS O paradigma de magnus apresentado nos Caps. 2-4 jlustrou a questo de que, enquanto a raiz permanece constante, © adjetivo tem terminages masculinas, femininas ou neutras de acordo com’o género do substantivo com 0 qual-ele é usado, e da mesma forma ele concorda com © substantivo em mimero e caso. A declinagdo inteira de magnus abaixo fornece uma boa revisdo das duas primeiras declinagées. Masculino Feminino Neutro gular Nom magnus magna magnum Gen. magni mignae magni Dat. migno mgnae mégnd Acu mégnum magnam magnum Ab. mégnd mdgnae mégno Voc. magnus magna magnum Plural Nom. midgni mégnae magna Gen. magndram mégriérum mégndrum Dat. mégnis magnis magnis Acu mégnos magnas magna Abl. mages magnis magnis Voc. magi magnae magna Dagui para frente, tas adjetivos da primeiree segunda dectinagio aparécerdo desta forma nos vocabulérios: méus, -2, -um miltus,-a,-um patie, -2¢, -a (apenas pk) Sum: INFINITIVO PRESENTE E PRESENTE DO INDICATIVO. Assim como 0 verbo ser em portugués ¢ irregular, também 0 é 0 latino- sum. Embora as terminagdes pessoais possam ser distinguidas, a Taiz varia tanto que o melhor procedimento é memorizar estas formas t30 comuns assim que elas so dadas. Note que, porque sum € um verbo de ligagdo intransitivo, nds no fazemos referéncia a voz dele como ativa nem como passiva. INFINITIVO PRESENTE DE Sum: esse, ser INDICATIVO. PRESENTE DE Sum Singular Plural 1. sum, eu sow, estou stimus, nds somos, estamos 2. es, tu és, ests éstis, vés sos, estais 3. est, (ele, ela, aquilo)é, esté, hd sunt, (elés, elas) sao, esto, ha PREDICADOS COM SUBSTANTIVOS E COM ADJETIVOS Como um verbo intransitivo, sum nfo admite objeto direto. Ao invés disso, como um engate que liga dois vag6es de um trem, sum (e outros verbos de ligagdo a serem aprendidos depois) serve para conectar ‘© sujeito de uma oragdo com um substantivo ou adjetivo.no predicado”. 2 As duas principais divisdes de uma orasio so: o sujeto e o predicadot © predicado ¢ composto pelo verbo e todas as palavrase frases que dele dependem. Tais substantivos e adjetivos predicados - ou'“nominativos predicados”, como sao frequentemente chamados — so conectados ou mesmo eqiiacionados com o sujeito pelo verbo de ligacao, ¢ entéo eles naturalmente’concordam com o sujeito em mimero e caso (comumente 0 nominativo, é claro) e, onde quer que seja possivel, também-em género. No caso de sujeitos compostos de diferentes: géneros, um adjetivo predicado comumente concorda ein généro com.o mais préximo, embora © masculino frequeritemente predomine, Estude 0é seguintes exemplos, ¢ esteja preparado para identificar os substantivos e adjetivos' predicados pas orages do capitulo’ nas leituras. Vergilis-est amicus August, Virgilio é amigo de Augusto. Vergilius est poeta, Virgilio é um poeta. Vergilius est magnus, Virgilio & grande. Fama Vergilil est magna, a fama de Virgilio é grande. Amicae sunt bonae, as amigas sdo boas. Pueri débent esse bont, os meninos devem ser bons. Puer et puella sunt boni, 0 menino ea menina sao bons. Donum est magnum, o presente é grande. Déna sunt magna, os presentes so grandes. Sumus Romani, somos romanos. Sumus Rominee, somos romarias _ ADJETIVOS SUBSTANTIVADOS Os Romanos frequentemente usavam um adjetivo como um “substantivo”, i.e., em lugar de um, assim como fazemos em portugués (‘Os humildes herdarp a tera” ~ ie; “os homens humildes”). Tal adjetivo substantivado deve “geralmente ser traduzido como um substantivo, frequentemente adicionando-se homem ou homens, mulher ou mulheres, coisa ou coisas, de acordo com @ seu género € ntimero, coms esté ilustrado nos exemplos seguintes: Bonds saepe laudant, frequentemente elogiam a boa mulher. Multi sunt stultt, muitos (homens) sdo tolos. Pueri mala non amant, os meninos ndo amam as coisas mds. Pauci dé periculd cogitant, poucos (homens) pensam sobre o perigo. VOCABULARIO basium, -ii (= basi, n., betjo (beijoqueiio, beijinho, beijoca) béllum, -I, n., guerra (belicoso, beligerante, rebelde, rebeligo, revelia) cOnsitium, -it, n., plano, propésito, consetho, aviso, opiniao, Julgamento, sabedoria (conselheiro, consultor).. clira, -ae, f., cuidado, atengdo precaugéio, ansiedade (cura, curador, curioso, curiosidade, curetagem, sinecura; cp. eftrd, cap. 36) donum, -1,n., dom, presente (donativo, doago; ep. dd) exitium, -il, n., destruigéo, ruina (exilado; ep. exes, cap. 37) magister, magistri, m., ¢ magistra, -ae,-f., dono ou dona de escola, professor, mestre (magistrado, magistratura, magistério, maestro, maestria, magistral; cp. magaus) méra, -ae, f., atraso, demora (moratéria, morada, moradia) nihil, indeclinavel, n., nada (niilismo, aniquilar) éculus, 7, m., olho (ocular, oculista, binéculo, monéculo) officium, -it, n., dever, servigo, esforgo (oficio, oficial, oficioso, oficina; ep. faeid, cap. 10) otium, -it, n., defo, paz (ocioso, negécio) periculum, -i, n., perigo, risco “remédium, -ii, n., cura, remédio (remediavel, irremediavel) béllus, -a, -um, bonito, belo, charmoso (beleza, embelezar, belles-lettres). Nao confunda com bellum, guerra bérius, -a, -um, bom (bonus, bonanga, bonito) hamanus, -a, -um, gue pertence ao homem-(homd, cap. 7), Iumano; género; refinado, cultivado (humanidade, humanitario, humanismo, humanidades, humanista; inumano) malus, -2, -um, mal, perversd, ruim (malicia, malicioso, maligno, malaria, malfeitor, malevolente, maltratado) paruus, -a, -um, pequeno, diminuto, parvo (parvoice) ~stiltus, -a; -um, folo; sttltus, -T, m., zim tolo (estulto,estulticia, estultice) uérus, "-a, -um, - verdadeiro, real, préprio _(verificar, verossimilhanga; veraz, veracidade) - iuud (on ddinud), inadre, ibut, jOtum, ajudar, assistir; agradar {ajudante, coadjuvante) . sum, ésse, fii, futtirum, ser, estar, existir, haver (esséncia, essencial, futuro) PRATICA E REVISAO 1, Otium est bonum, sed Stium multérum est paruum. 2. Bella (de bellum, 4, n.) sunt mala et multa:pericula habent. 3.-Officium nautam d8 oti0 hodié wocat. 4, Pauci uirt avari multas formas pericull in peciinia uident. 5. Si multam peciiniam habatis, saepe non estis sine ciris. 6. Puellae magistram d® cOnsilid mald sine mora monent. 7. O magne poeta, sumus uéri amici; mé iuva, amabo té! 8. Fémina agricolae portam uidet. 9. Vés estais em grande perigo- 10. As opiniées de meu filho sao-frequentemente tolas. 11. As filhas fithos de grandes homens e mulheres ner sempre sto grandes. 12. Sem sabedoria, a boa sorte dos marinheiros nfo € nada é eles esto pagando as penas: SENTENTIAE ANTIQUAE. 1. Fortiina est caeca (*Cicero. ~ eaecus, -a, -um, cego.) 2. Si pericula sunt wéra, infortinatus es. (Teréncio: — Infortinatus, -a, -um, desafortunado.) 3. Salué, O amice; uir bénus es. (Teréncio.) 4. Non bella est.ffima filif tut. (Hordcio.) 5. Errdre est hiimanum. (Séneca. ~ como um substantivo verbal neutro indeclindvel, um infinitivo pode ser o sujeito de um verbo.) 6. Nihil est omnind beatum:. (Horacio — ‘omnind, adv., inteiramente, — beatus, -a, -um, feliz, ofortunado.) 7. Remedium irae est mora. (Séneca.) 8. Bonus Daphnis, amicus meus, Otium et uitam agricolae amat, (Virgilio. — Daphnis é uma personagem pastori}.) 9. MagisteT parufs pueris cristuld et dona saepe dant. (Horécio. — craistulum, -i, biscoito.) : 10, Aiticam meam magis quam éculog meds amb. (Teénci. — magis quam, mais que.) . Salué, ‘mea bella puella — da mihi-multa basia, amabo ta! (Cats, mihi, dat., para mim.) 12, Infinitus est numerus stultérum, (Eclesiastes. — infinitus, “i, - um = a0 portugués.) 13. Officium mé uocat. (Pérsio.) 14. Mali sunt in nostro numero et dé exitio bondram uirdrum cSgitant. Bonds adiwvaté; cOnsenidte populum Romanum. (Cicero. — nostré, nosso.) A RARIDADE DA AMIZADE Poucl uirt uérds amicos habent, et pauct sunt dignT. Amicitia uéra est praeclira, et omnia praeclara sunt rra. Multl iri stultt dé peciinia semper cdgitant, pauci dé amicis; sed errant possumus ualéte’ sine multa pecinia, sed’ sine amicitia non ualémns et vita est nihil (Cicero, De’ Amicitia 21.79-80. — dignus, -a, -um, digno, merecedor. amiitia, -ae, amizaide, — omnia, todas as coisas. — Praeckitus, -a, -um, espléndido, noldvel. ~ rarus, -a, -um = 20 portugués. — possumus, podemos.) ETIMOLOGIA Alguns derivados nas Iinguas roméinicas: Latim Portugués _ Italiano Espanhol__ Francés ‘oculus* —.olho chio oj ail otium écio ozio ocio oisivité periculum . perigo —pericolo “peligro _—_—péril officium- oficio officio _oficio office bonus bom buono bueno. bon verus verdadeiro vero verdadero vrai miagister - mestre maestro.-—smaestro.— maitre bellus belo bello bello belle homanus | humano “umano — “humané—humain beatus: beato beato beato be: basium ——_deljo bacio beso baiser varus raro raro raro rare LATINA EST GAUDIUM- ET UTILIS! Salue, amicé! Existem incontaveis expressOes latinas , correntes no jargo académico (lembra-se de sub rosa?); um deles, ielaéionado a um adjetivo encontrado neste capitulo, é rara auis, lit, wma ave rara, mas usado pata qualificar algo excepeional, incomum oi uma raridade. O estudante de lati no Brasil passou tomou-se uma rara auis durarite a década de 1960, mas atualmente vivemos um notavel ressurgimento do interesse pelos estudos cléssicos. Ergo, Jogo, ¢ outra palavra latina que permeia nossos léxicos universitarios; ergo, agora vocé sabe 0 que Descartes quis dizer no seu Discurso do Método quando disse cgitd ergo sum. Semper cogita, amicé, et uale! * Cicero. Galeria Ufizi Florenga, Ita. EXERCICIOS 1. Um neutro da 2° dectinagao tem as mesmas formas que ‘um masculino comium da segunda declinagéo éxceto em ttés ocasides. Especifique estas és ocasides ¢ dé as terminagées neutras delas. ! 2. Especifique o(s) .caso(s), mimero e fungo sintatica indicados por cada uma das terminagdes seguintes de substantivos neutros da 2° declinacio: (1) ~a; (2) —um, 3. Especifique 0(s) caso(s) € nimero das terminagées dos neutros da 2* declinaglo’ abaixo e especifique a(S) preposigao(Ges) portuguesa(s) que pode(m) ser associada(s) com cada uma: (1) 8; (2)~Brum; (3) ~Ip(4)— is. 4, Traduza os substantivos neutros abaixo e determine a fungdo sintatica de cada uma indicada por sua terminagio: (1) bella; (2) bellum; (3) officium; (4) officia; (5) pericula. 5. Traduza as frases abaixo de’ acordo com as terminagdes dos casos: (1) bellérum malorum; (2) bell malo; (3) bellt mali; (4) bellis malis; (5) officit magni; (6) officits magnis; (7) perteulo -parus. 6. Dados 0s nominativos singulares abaixo, escreva as formas latinas solicitadas em cada item: (1) bellum paruum no nom. ¢ acu. pl.; (2) otium bonum no acu. sg. e pl; (3) periculum magnum no gei. sg. e pl; (4) officium uérum no acu. ¢ abl. sg. 7. Tradiiza as frases abaixo para o Jatim de acordo com 0 caso indicado entre parénteses ou revelado pela preposi¢ao em cada item: (1) O guerra m4; (2) para/ao grande dever; ) peto grande perigo; (4) bom écio (objeto direto); (5) or muitas guerras; (6) do bom écio; (7) pelos perigos de muitas guerras, (8) pequenas guerras .(sujeito); (9) pequenas guerras (objeto direto); (10) O guerias tolas; (11) ‘a pequena guerra (sujeito). 8. Otium est bonum. 9. Multa bella Gtium nén cénseruant. 10, Periculum est magnum. 11. In magnd peficuld sumus. 12. Bt jum pericula saepe habet. 13. Vita ndn est sine miultis periculis. 14. Boni uiti dtium amant, 15. Stultus uir pericula belli laudat. 16. Otium belld saepe nn cOnservamus. 17, Populus Romanus dtium bonum ndn semper habet. 18. Patriam et Stium bellfs paruis saepe servant. 19. Multae puellae sunt bellae. 20. Vert amici sunt pauci. 21. Amicus meus est uir magni officit. 22. Officia magistr? sunt multa et magna. 23. Vir parui Stites. 24. Viri magnae ciirae estis. 25, Sine mora ciram officio dare débémus. 26. Sine oculis uita est~" nibil. Primeira e segunda conjugacgées: _ futuro e pretérito imperfeito do indicativo;. . Adjetivos em -er Os TEMPOS. FUTURO .E- PRE: TERITO IMPERFEITO DO INDICATIVO Os romanos jindicavam 0 tempo futuro nas duas primeiras conjugagdes inserindo a desinéncia de tempo e modo (-bi-na maioria dos . verbos) entre 0 tema. do presente do indicative ¢ as terminagdes de mimero e pessoa. A desinéncia de tempo e- modo -ba- era semelhantemente empregada (em todas as conjugagées) para 0 pretérito imperfeito do indicativo. As formas deste futuro e pretérito imperfeito podein ser identificadas nos seguintes paradigmas: FUTURO. E PRETERITO IMPERFEITO DO INDICATIVO ATIVO DE Taud & moned Singular Futuro Pretérito imperfeito T? pessoa —_lauda-bé, louvarei Taude 2pessoa _lauda-bi-s, lowiards 3°. pessoa lauda-bit, louvard Plural 1 pessoa laudabimus, Jouvarems _laudabamus, louvdvamos 2 pessoa —_laudabjtis, louvareis laudabitis, Jouvaveis 3*.pessoa —_laudabunt, louvarao laudabant, louvavam Pretérito imperfe moné-ba-t, advertia monébamus, advertiamos + monébatis, advertieis. Singular. Futuro 1? pessoa advertirel- 2 pessoa —_ moné-bi-s, advertirds C 3%, pessoa -t, advertira Plural Ispessoa- montbimus, advertiremos 2. pessoa _monebitis, advertireis 3°. pessoa monébunt, adverfirdo monébant, ddvertiam Perceba que a yogal modifica-se na terminago da primeira pessoa do singular € na terceira do plural (recorde-s bo/bi/bi/bi/bi/bu — sons que iembram a fala de um bebé!), € que a letra —a- torna-se curta nas primeira ¢ terceira pessoas do singular e'na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito (recorde-se que: vogais normalinente longas so, regularmente encurtadas depois de —m, -F e -t e antes de nt ou qlialquer ontra vogal, em qualquer outra posigo). : O infixo.—ba- pode ser facilmente lembrado como desinéncia-do tempo, pretérite imperfeite porque gerou a desinéncia —va- do pretérito imperfeito do indicativo do portugués. ADJETIVOS. DAS PRIMEIRA E SEGUNDAS DECLINACOES EM -er © problema com a letra e aparecendo'antes de r aparece nos adjetivos tanto quanto nos substantivos puer e ager (cap. °3). Este problema nfo € grande se vocé memorizar as formas do adjetivo conforme dadas nos vocabulérios (nominativo’ masculino, feminino neutro), urha vez que’a base, quer conte ow nao com a letra -e-, aparece nas formas do feminino do neuitro, como se verd nos exemplos abaixo. Assim como os substantivos terminados em -er, sua familiriaridade com os derivados em portugués pode ser facilitada a0 se lembrar da base “liberal”, de liber, “pulcritude”, de pulcher, “misetével”, de miser, etc.) tnber-um pulchr-um liber pulcher Tiber-a pulchr-a livre belo, bela © restante do paradigma continua utilizando- a base e as terminages regular . Mase. Fem. Ne. Mase. Fem.” Ne. Nom. liber, ibera ~ ‘berum —piiichr_pilehra__piilchram Gen. Iiberi_“liberae’—liberi_—pilehr?_pllehrae pilcht Dat, ‘Tiber ‘Miberae ber —pllchro_pilchrae_pilehro (ete. (ete) Para o singular destes exemplos declinados inteiramente, veja 0 sumario | de formas, ¢ lembre-se de reférir-se a este sumdrio regularmente quando ~ revisar as declinagdes.e conjugagées. VOCABULARIO aduléscéntia, -ac, fem., juyentude, adolescéncia (adolescente); animus, -1, masc., dnimo; nimi, -drum, coragem (animosidade, magnénimo, unanimo, pusildnime); caélum, -1, n., céu (celestial, celeste, cerileo); ciilpa, -ae, fem., culpa (culpsvel, culpado); gloria; .-ae, fem., gldria (glorificar, glorificaglo, glorioso, ingl6rio) vérbum, -, n, palavra (verbo, advérbio, verbal, provérbio) te, abl. e ac. sing., fe, /u mesmo; cp. me; ber, libera, tberum, fivre (liberal, liberalidade, libertino; ep. Tibertas, cap. 8; liber’, cap. 9); néster, néstra, néstrum, nosso; sanus, -a, -am, sGo,, soudével (sanidade, sanit4rio, insano); fgitur, conj. pospositiva®, portanto, por consequéncia, -ne, enclitico ou sufixo adicionado a uma palavra enfitica colocada no inicio de uma oragao para indicar interrogagao; prépter, prep. + ac., por causa de, em raziio de; eras, adv., amanhd (procrastinar, procrastinag0); heri, adv., ontem; quand®, adv. interrogativo e pron. rel., quando; si quand®, se algumarvez;, sdtis, adj. e adv, indeclindvel, bastante, suficiente (-mente) (cp. satid: satisfazer, satisfeito, satisfatorio, saciar, insacidvel); tum, ady. correlative, entdo, naquele momento, naquela circunstancia, depois: disso (tumtum.., de um: lado... de outro... 070... OFa...); end (1), jantar, (cear, ceia, cendculo; ep. céna, cap. 26); eilp@ (1), culpar, censurar (ep. eulpa, acima); reméned, remanere, remansl, remansum, ou méned, manére, mansi, mansum, ficar, restar, permanecer (permanente, mansio, imanente — nao confundir com imanente); stiperd (1), superar, estar acima de (cp. super, adv. ¢ prep., + abl. ou ac., acima). PRATICA E REVISAO 1, Offficium liberos wits semper uocabat. 2. Habgbimusne mulis uirdés et fminas “magndrum animorum? 3. Peticula bellf non sunt parua, sed pairia tua 18 uocdbit et agricolae adiuuabunt, 4. _ Propter culpas malérurh patria nostra non walebit. ® Uma palavra pospositiva é aquela que nd aparece como primeira palavra de uma orasio, por isto ¢ posta depois (post-pind) da primeira palavra, $. Mora animds nostr6ssuperabat et remedium rion habebamus. 6" MultTin agris heri manébant et Romanos iuuabant. 7. Pauct uiti dé ciira animi cégitabant. 8. Propter fram in culpa estis et cras poentis dabitis. 9. Vérumdtium non habés, vir stulte! 10, Nihil est sine culpa; sumus boni, sipaucds habémus. 11. Posta amicae multas ross, dona pulchra, et basia dabat. 12, A guerra e a destrni¢do permanecerfio sempre em nossa patria? 13, O dinheiro satisfaz o homem avarento? 14. Portanto, tu irés salvar a reputagio de nossos tolos ripazes. 15. . O dinheiro ¢ a gléria estavam conguistando aalma de um bom homem. : ‘SENTENTIAE ANTIQUAE 1. «Tnuidiam popull Romani cras ndn sustinébis. (Cicero — inuidia, -ae, inveja, - sustinére, suportar, sustentar), 2; Periculumne igitur hert remanebet? (Cicero) 3. Angustus animus peciniam amat. (Cicero — angustus, -a, - um, pobre) 4, Superd animds et Tram tuam. (Ovidio) 5. Culpa est mea, O amici. (Cicero) 6. Da veniam filié et filiabus nostris (Teréncio ~ uenia, -ae, favor, perdao). « 7. “Propter’aduléscentiam, flit mei, mala uitae nda videbatis. (Teréncio) 8 Amabo t6, cir filiam meam. (Cicero - eftrre, curar). 9. Vita himana est supplicium.(Séneca — supplicium, -it, suplicio, puni¢do) 10, Satisne sinus es? (Teréncio) U1. Si_quéndo satis’ pectiniae habébd, tum mé consilié et philosophiae dabo. (Seneca — pectiniae, gen.) 12, Semper gloria et fima tua manébunt. (Vergilio) 13. Vir bonus et peritus aspera uerba postirum culpabit. (Hordcio ~ peritus, -a, -um, perito. ~ asper, aspera, asperum, dspero, grosseiro) SEU UNICO CONVIDADO ERA REALMENTE UM JAVALI! Non c&nat sine apro noster, Tite, Caecilianus: bellum conuiuam Caecilidinus habet! “(/Marcial, 7:59. Esta 6 a primeiza de varias selegées dos Bpigramas de Marcial, popular poeta que viveu no século 1 dC, brevemente apresentado na Introdugdo; estes poemas so, geralmente, muito curtos, como este distico elegiaco, satirico e destinado a uma personagem specifica, embora usualmente ficticia, como-0 gluto Ceciliano. — Titus, a quem 0 poema é dirigido, mas nao vitima dele. - aper, apri, javali, cordeiro. — conuiua, -ae, um dos poucos subst. masc. da I*, decl., conviva, convidado para ceia). TERMOPYLAE: 0 HUMOR DO SOLDADO. “Exercitus noster est magius”, Persicus inquit, “et propter numerum agittdrum nostrarum = caelum = ndn_uidébitis!” Tum Laecedemonius respondet: “In umbra, igitur, pugnabimus!” Et Leonidas, rex Laecedemoniérum, exclimat: “Pugnate cum animis, Laecedemonit, hodié apud umbras fortasse c&nabimus!” (Cicero, Tusculanae Disputdtionés.1.42.101; uma anedota da batalha de ‘Termofilas, em 480 a.C., na qual os persas, liderados pelo rei Xerxes, derrotou os espartanos, sob Lednidas. — exercitus, exército. — Persicus, - 3, um persa. — inquit, diz. — sagitta, -ae, flecha, ~ Laceedemonius, - 5, un espartano’ ~ respondére = port. — umbra, -ae, sombra, fantasma, alma. — pugnare, lutar. — réx, rei. — exclamare, exclamar. — cuin + abl., com. — apud + ac., junto de. ~fortasse, adv., talvez). ETIMOLOGIA Anima, -ae, 0 sopro da vida é uma palavra que esta relacionada a animus; entio: animal, animado, inanimado. “Esperto” e “‘experiéncia” so palavras relacionadas-a peritus (or. 1). Es-, derivado de ex-, tem fungaio de intensificar, enquanto a raiz pert significa tentar. que entéo significa “experimento”? Aparentemente, nio existe experiemento sem algum perigo (per -culum). LATINA EST GAUDIUM - ET UTILIS! Saluéte, et amici’ ct.amicae meae! Quid -agit hodié? Sinceramente, espero que vocés estejam simi et sdnae, tanto fisicamente quanto espiritualmente; se assim estiverem, vocés perceberam 0 que 0 poeta satirico Juvenal sugeriu coo a melhor coisa da vida, méns sana in corpore sind, mente si em corpo sao (vocés encontrarfo os dois substantivos de terceira déclinago méns e corpus inais tarde, mas por enquanto vocés devem ter in mente esta famosa citagao. Talvez voéés jA tenham ouvido falar das expréssdes’ uerbum sap € mea culpa; se nfo, aproveitem para conhecer; a primeira, é uma abreviagio de uerbum satis sapienti est: sapienti é 0 dat. do adjetivo de 3%. decl. sapiéns, sdbio, usado aqui como. um’ substantivo (lembram-se. dos adjetivos substantivados do cap. 47). Ent&o, vocés jé devem ter deduzido que a frase significa Uma palavra é suficiente para o sdbio (em portugués corrente, para bom entendedor meia palavra basta). Se voces nao conseguiram adivinhar esta, entao grite: “mea culpa”! E (isto é um uerbum sap). Voltem um pouco ¢ revisem os vocabulérios dos capitulos 1a5. Valéte! EXERCICIOS 1. Identifique as serminagées de miimero e pessoa dos tempos futuro & ‘pretérito imperfeito do indicativo das duas conjugagées. Sio-as mesmas terminagdes do presente do, indicative? Se nao forem, aponte as diferencas. 3. Idéntifique as desinéncias dos tempos futuro € pretérito imperfeito do indicativo nas duas conjugagoes. 4. Comé poderfo de’ fato ser traduzidos os verbos cujas terminagées de niimero e pessoa sfo (1) ~bamus; (2) -bit, (3)-bitis; (4) -b95 (5) bunt; (6) bat? 5. Quando um adjetivo de primeira ou segunda declinagao possui @ terminagio -er no género masculino, pode-se dizer gie 0 ~e se mantem ou se perde nos outros géneros? 6. Como palavras do ‘portugués, como liberal, pulerits miserdvel podem ajudar na declinacao de adjetivos latinos? 7. Traduza para o portugués as seguintes. formas: (1) manébant; @it; (3) manebimus; (4) dabam; (5) dabitis; (6) dabit; ; (8), uidebimus; (9) uocabant; (10) uocabis; (11) habébis; (12) habebant. 8. ‘Traduza para o latim: (1) daremos, 2) estavas permanecendo; @) veriio; (4) chamaremos; (5) (ele) chamava; (6) vereis; (7) -verei; (8) salvavam; (9) teremos; (10) tinhamos; (11) terd; (12) tem. 9. Magister noster mé laudat et t€ cras laudabit. 10. Liberi uiri pericula nostra superabant.. /1. Filif noste? puellas pulchrés amant. 12. Amicus noster in numer® stultorum non remianbit. 13. Culpas multas habebaimus et semper habébimus. 14. Pericula, magna animés nostrds nbn superant 15. Pulchra patria nostra est libera. 16. Liber! uirtestis; patriam pulchram babebitis. 17. Magistti liberi officio cfiram dabant. 18. Malés igitur in ‘patria nostra superabimus. 19. Sj Tram tuam superdbis, te superabis. 20. Propter nostrOs animds multi sunt fiber. 21, Té, O patria hbera ainabimus et semper amabimus. 22. Sapientiam pec cOnseruabitis. 23. Habeine animus tuus Satis sapientiae? Sum: Futuro e Imperfeito do Indicativo; Possum: Presente, Futuro e Imperfeito do Indicativo; Infinitivo Complementar. FUTURO E IMPERFEITO DO INDICATIVO DE Sum. : : ‘Ao retornarmos para o verbo irregular sum, esse, 0 melhor método para aprender os tempos futuro ¢ imperfeito é, novamente, ‘memorizar os paradigmas abaixo; estas formas so mais regulares que aquelas do presente, eniretanto, cada uma formada com a raiz er- e com as familiares terminagdes pessoais do presente (-d/-m, -s, -t, -mus, -tis, ~ nt), Futuro Imperfeito Pretérito Imperfeito 1. €r6, serei, estarei éram, era, estava Sing. 2. éris, serds, estards &as, eras, estdvas 3. Grit, serd, estard érat, era, estava 1. érimus, serémos; estaremos. eras, éramos, estévamos PL. 2. is, sereis, estareis eratis, éreis, estdveis , estarao érant, eram, estavam VERBO IRREGULAR possum, posse, potut: poder, conseguir, ser capaz © usual verbo" possum, posse, potui, é simplesmente’ uma composto de pot-, do adjetivo irregular potis (que pode, possivel; cp. “potente”, “‘potencial”) + sum. Antes das formas do sum que comesam com s+ 0 tera alterado ou “assimilado” para ~s- (daf possum de *potsum); caso contrério, 0° -t- permanecia inalterado. O. irregular infinitivo presente posse se desenvolveu de uma forma mais antiga que seguia esta regra (potesse). . Presentedo - Futuro Pretérito Indicative Imperfeito Imperfeito ‘posso ‘podere? ‘podia 1. pés-sum pot-erd, pét-eram Sing. 2. potes pot-eris pot-eras 3. potest pot-erit ‘pot-erat 1. pés-sumus pot-érimus pot-eramus PL 2. pot-éstis pot-éritis poteratis, 3. pés-sunt pot-erunt pétefant Para ambos sum © possum pode ser proveitoso- perceber’a semelhanga das terminagées do futuro e do imperfeito, -0/-is/-it etc., e— am/-As/-at etc., com as terminagdes do futuro e do imperfeito da primeira © segunda conjugacao, -bi/-bis/-bit etc., ¢ -bam/-bis/ -bat ctc., que foram introduzidas no capitulo anterior. - INFINITIVO COMPLEMENTAR -Possum, exatamente como poder em portugués, reguiarmente exige um infinitivo para completar 0 seu sentido. Vocé ja viu o infinitivo complementar usado. com débed, e voce'o encontrar émpregado com outros verbos. Nossos amigos podiam superar muitos perigos. Amici nostri poterant superare milta pericula. + Meu amigo nao pode permanecer. ‘Amicus meus nda potest remanere. Deves economizar 0 teu dinheiro. Dabés conservare pectiniam tam. Perceba que o infinitivo complementar no possvi um sujeito separado que Ihe’ seja proprio; 0 sujeito dele & 0 mesmo que aquele do verbo do qual ele depende. . VOCABULARIO déa, -ae, f.., dat. e abl. pl. deabus, deusa, e deus, -7, m., voc. sg. deus, nom. pl. di, dat. ¢ abl.’ pl. dis (os plurais der e deis tomaram-se comuns durante 0 period de Augusto), deus (adeus, deificar, deidade) a disefpula, -ae, f., ¢ diseipulus, T, m., aluno, aprendiz, pupilo, estudante, discfpulo (disciptina, disciplinar; cp. disco, Cap. 8) insidiae, -arum, f. pl., emboscadas, traigdes, insidias (insidioso) liber, libri, m., livro (livraria; libreto); n&o confunda com liber, livre tyrdnnus, “i, m., tirano, comandante absaluto (tirania, tiranico) uitium, -if, n,, vicio, crime, falta (viciado, vicioso; mas no vice e versa) Graéeus, -a, -um, grego, grega; Graéeus, -1, m., um grego ~” perpétuus, -a, -um, perpétuo, coritinuo, ininterrupto, duradouro (perpetuar, perpetuidade) plenus, -a, -um, cheio, abundante~ (plenatio, pleniltinio, plenipoténcia, plenipotencidtio, plenitude) + sdluns, -a, -um, salvo, sdo (ep. salued) seeiindus, -a, -um; segundo; favordvel (secundatio) . uéster, uéstra, uéstrum, vosso . -que, conj. enclitica, e. B anexada na segunda de duos palavras a serem juntadas: fama gloriaque, fama e gléria tabi: (1) adv. e conj. rel., onde, quando; (2) adv. e conj. interrog. onde? (ubiquagao, ubiquidade, ubiquo) ibi,adv-, 14 (ib. ou ibid.) nune, adv., agora, no momento, _ quaré, adv., lit. por qual coisa (qui r@), por isto, porque péssum, pésse, pdtul, poder, conseguir, ser capaz (posse, possivel, potente, potestade, potencial, onipoteite) toleré (1), tolerar, aguentar (toleravel, intoleravel, tolerdncia; cp. tolld, Cap. 22, ferd, Cap. 31) PRATICA E REVISAO 1, Oculf noste nén. ualébant; quaré agros, bells uidére non poterdmus. 2, Sine mult peciinia et multis donis tyrannus satiare populum re populum Romanum non poterit. 3. NOn poterant, igitur, tf d® poeni amicoram tworam hest moniére. 4, Paruus numerus GraecOrum cris ibi remanére potert 5. Magister puerds malls sine mora uocabit. 6. Filiae uestrae dé libris magni po8tae saepe cogitabant. 7. Quaindd satis sapientiae habébimus? 8 Multi JibrT-antiqut propter sapientiam cOnsiliumque erant maga. 9. Gloria bondrum librorum semper manebit. 10. Possuntne pectinia Stiumque ciiras uillae hiimanae superare? 11. Entio, nés sempre podemos ver os verdadeiros vicios de um tirano. 12, Poucos homens livres poderdo tolerar um comandénte absoluto. 13, Muitos romanés louvavam os. grandes livros dos antigos exegos. 14. Onde a gloria e (use que) a fama podem ser perpétuas? SENTENTIAE ANTIQUAE 1. Dionysius tum erat tyrannus Syrdcisindrum. (Cicero. — Dionjsius, -ii, um nome grego. — Syricisinus, -, siracusano.) 2. Optisne meam uitam fortinamque gustare? (Cicero. — optare, desejar. — gustare, provar.) 3. Possumusne, © dt, in malis insidiis.et magno exitio esse salut? (Cicero. - Vocé pode explicar por que o nom, pl. salui € usado aqui?) 4, Propter cliram meam in perpetud periculd non eritis. (Cicero.) 5. Propter uitia tua mullf t& culpant-et nihil té in patria tha délectare nunc potest. (Cicero. — délectire, deleitar:) 6. Forttina Pinict belli secundi varia erat. (Tito Livio. ~ pinicus, - a, -um, piinico, cartaginés. — warius, -a, -1im, variado.) 7. Patria dmanorum erat pléna GraecOrum librorum statudrumque pulchrarum. (Cicero. — statua, -ae, port.) 8. Sine dis et dedbus in caclo animus non potest snus esse. (Séneca.) . 9. Si animus infirmus est, non poterit bonam fortinam tolerare. (Publilio Siro. — Infirmus, -a, -um, fraco, débil.) 10. Ubi légés ualent, ibi populus liber potest ualére. (Publilio Siro. ~ legs, nom. pl, leis.) “NAO TE AMO, E PONTO FINAL!” Non amo te, Sabidi, nec possum dicere quar Hoc tantum possum dicere: non amo t8. (*Marcial 1.’ 32; metro: distico elegfaco. amo: 0 -0 final era frequentemente abreviado na poesia latina. ~ Sabidius, -it. — nee = et non.— dicere, dizer. — hoe, isto, acus. — tantum, adv., apenas.) © HISTORIADOR TITO LiVIO LAMENTA 0 DECLINIO DA MORAL ROMANA Populus Romanus magnés animos et paucds culpas habébat, Dé officiis nostris cOgitabamus et gloriam belli semper laudabamus. Sed Nas oragoes™* nunc saultum dtium habémus, et multi sunt auiri, Nec uitia nostra nec remedia tolerare possumus. (Tito Livio, do prefacio de sua Histéria de Roma, Ab Urbe Condita; ver Introd.—nee...nee, conj., nem...nem.) ETIMOLOGIA A nossa “ivraria” esté claramente ligada a liber. Muitas linguas curopéias (incluindo a nossa), entretanto, tém o seu equivalente derivado de bibliothéca, uma palavra latina de origem’ grega que significa, cessencialmente, a mesma coisa que a nossa “livraria”. O qué, ento, voc’ supde que biblos signifique em grego antigo? Cp. a Biblia, 2. opto, adotar. gosto, désgosto, 5. deletivel delete, 10, legal, legislativo, legitimo, leal. O y francés em uma frase como il y a (ha, existe) pode ser mais ‘compreensivel quando vocé sabe que este y deriva de ibi. As-palavras francesas a seguir so derivadas do latim, como indicado: ates = estis; nétre = noster; votre = uester; goliter = gustare. O qué, ento, é uma das coisas que o acento circunflexo francés indica? LATINA EST GAUDIUM - ET UTILIS! Saluete, discipuli et discipulie! Quid hodié agitis, amici? Cogitatisne dé lingua Latina? Bem, eu presumo que nao € preciso usar nenhum senso etimolégico para saber que lingua Latina significa.. Tingua latina ou apenas “latim”, sua matéria favorita. Agora que voc aprecia essa lingua, eu sei que voce estuda com grande “gosto!” (se voce estranhou o “trocadilho”, veja S.A. 2 acima). O novo item do vocabulério deus aparece na expresso deus ex machina, deus a partir de wna médquina, que se refere (no teatro ou em outros contextos) a qualquer pessoa ou mecanismo que realiza um resgate incrivel a partir de um” dilema aparesiterente insolivel. Vocé sabia qué sub € uma preposigao que significa embaixo, como em “‘subterrineo”, embaixo da terra; se assim é, vocé pode rir dessa velha piada: semper ubi sub ubit (boa higiene previne urticérial). E falando de ubi, ele faz. a pergunta que ibi responde; uma forma composta deste construida com o sufixo intensificador —dem, 0 mesmo (ver Cap. 11 para uma uso similar de —dem), ibidem, nos da ibid., no mesmo lugar citado, apenas uma das’ muitas abreviagdes latinas comumente cempregadas em portugués. Aqui esto algumas outras: cf. = confer, confira cp. = comparare, compare eg. = exempli gratia, por exemplo etal. = et alit/aliae, e owtros/outras etc. = ef eBfera, e oulras coisas ™ Por brevidade, esta frase seré usada de agora em diante para chamer a atengSo a palavras etimologicanienteassociadas Squelas nas oragSes indicadas, id est; isto é ' nbta bene, noe bem (ie., preste bastante atengii0) nid® infri e wide supra, veja abaixo e veja acima Semper ubi sub ubi E 0 académico ibid. ambos na mesma ligdo? Bem, € isso que © titulo significa:-Latiha EST gaudium — et utilis! Valéte! ‘EXERCICIOS 1. No verbo sum e’ nos seus compostos, 0 que significam as terminagbes pessoais a seguir: (1) —mus; (2) —nt; (3) -s; (4) -t; (5) 6; (6) —m;,(7) tis? 2. Se o verbo possum ¢ um composto de pot + sum, onde dentre as varias formas o t muda para s ¢ onde ele permanece inalterado? 3. Traduza as formas aleatérias a seguir: (1) erat; (2) poterat; (3) exit; (4) poterit; (5) sumus; (6) possumus; (7) poteramus; (8) poterimus; (9) poteram;.(10) eram; (11) ex6; (12) poterd; (13) ‘erunt; (14) poterunt; (15) poterant; (16) esse; (17) posse. 4, Traduza para o latim: (1) somos; (2) éramos, (3) seremos; (4) poderemos; (5) pode; (6) poderd; (7) ele podia; (8) poder; (9) podiam; (10) podem; (11) poderio; (12).so; (13) ser; (14) eu podia. . 5. Patria uestra erat libera. 6. Poteram esse tyrannus. 7. Amicus uester erit tyrannus. 8. Ubi tyrannus est, ibi uirl ndn possunt esse libel. 9. In patria nostra heri nn poterat remanére. 10. TyrannT multa uitia semper habebunt. 11. Tyrannds superare non poter’mus. 12. Tyrannum nostrum. superare débémus. 13. Tyrannus bonds superire poterat; sed ibi remanére non poterit. 14. Poteritis pericula tyranni uidére. 15. Vitia tyranndrum. tolecare non possumus. 16. Insidias tyranné non tolerabas. 17. Otium in patrii-uestra ndn potest esse perpetuum. 18. Débés uirés Jiberds dé ‘tyrannis monére. 19. Magister uester librds pulchros semper amabat. 20. LibtT bont uérique poterant patriam conseruare. 21. Libris bonis patriam uestram cOnseruare poteritis. 22. Tyranni sapientiam bondrum librorum superdre nOn poterunt. 23. Mali libros bonds rin possunt tolerare. Substantivos' de terceira declinagao A terceira declinagao, dentre as cinco existentes no latim, contem substantivos pertencentes aos trés géneros © uma grande variedade de terminagdes do nominative singular, mas todos -caracterizados pclo genitivo singular —is; por causa desta variedadé de géneros ¢ formas do nominative, € especialmente importante memorizar todas as entradas lexicais (as quais sero incluidas por completo na se¢do Vocabulario, sem a abreviago do genitivo), A declinagao mesma é simples, seguindo os mesmos prineipios jé aprendidos para os substantivos de primeira e segunda declinagiio: encontrar a base (suprimindo terminagao ~is! do genitivo singular) e.acrescentar a terminagdo. Uma vez que o vocativo é sempre idéntico a0 nominativo-(com exceco apenas das palavéas de 2°. declinagao terminadas em —us/-ius), nfo aparecerd em nenhum paradigma subsequent SUBSTANTIVOS DE TERCEIRA DECLINACAO | rex,m, wirtas,f£ —homd,m. corpus,n. Termin, rei virtule* homem . corpo de caso Base "reg. uirtat-__fiomin--__eorpor-_mJ/f. “Nom. tex (68-5) Gen, home, e6rpus is homin-is | c6rpor-is “is Dat. reg. hémint- c6rport 4 Ac. regen hémin-em — c6rpus Abl rege homin-e —e6rpore -e “ Nom. rages corpora Gen. reg-um. sérpor-um -is Dat, regribus ‘cérpor-ibus -F Ae. tages cérpor-a-em bl. regeibus cérporibus -e “. * Gomo apontado antefiormente, as teiminagdes dos derivados em portugiés pode auxilié-lo a lembrar-se da base; eg, iter, itineris, caminho, jornada: itinersrio; cor, cordis, carapo: cordial; eustos, eustodis, guarda: custodiar. GENERO- Regras devem ser dadas para ajudé-lo a lembrar-se do género, do maior ntimero possivel de substantivos de terceira declinagao, mas, fora o fato de que aqueles que denotam seres humanos so miasculinos ou femininos de acordo como sentido, as excegies sto numerosas*. 0. procedimento mais seguro € aprender 0 género de cada substantivo assim que vocé 6 encontrar pela primeira vez’. ‘TRADUCAO Na tradugo (como na declinagao),,tome especial cuidado com 0 fato de que um substantivo de terceira declinagio pode ser modificado por-um adjetivo de primeira ou segunda declinagao; e.g., grande rét em Jatim é magnus réx, magni regis, etc.; paz verdadeira, uéra pax, uérae pacis, etc. Enquanto um adjetivo ou um substantivo deve concordar ém mimero, gériero e. caso, a formagiio de suas terminagdes nao précisa necessariamente ser a mesina. Porque algumas das terminagdes dos substantivos de terceira declinagdo so idénticas “és terminagdes de diferentes casos de substantivos de outras declinagses (¢.¢., a do dativo’singular -1¢ amesma do genitivo ‘singular’ e dé nominative phiral masculind de segunda declinagao), € absolutamente essencial, a0 ler e traduzir, ndo apenas prestar atencfio A ordem das palavras e ao contexto, mas também reconihecer a declinagao particular do substantivo. Novamente, a chave do sucesso é 0 esiudo meticuloso do vocabulario. VOCABULARIO 2 Amor, amoris, m., amor (amoroso, enamorado; cp. am@, amicus) cérmen, eérminis, n., cancdo, poema (charme) cluitas, cuitatis, fem., estado, cidadania (cidade; cp. eiuis, cap. 14) corpus, cérporis, n., corpo (corpo, corpisculo, corpulenio, corporal, corporagio, incorporar) 7 De’ qualquer forma, as seguintes regras apresentam poucas ou nenuma excefte: ‘Masculinds oF, -B8 (amor, -Ors; labor, Oris; arbor, drvore, & principal excegd0) “tor, -tors (uietor, -t6ris;sciptor, -t0rs, exeritor) Femininos tis, ati (veritas, -tatis, verdade, Nbertas,-tatis) Ads, tats (virtds, -ttis; senectts,-tOts, senlidade) 1019, -tadinis (multitude, -tadinis; pulehritodo, -t 10, -tonis(natio,-tionis; orati,-tionis) ‘Neutro 2s (corpus, corporis; tempus, temporis; genus, generis) -8,:a1,-ar (mare, maris, mar; animal, animalis) © género de substantivos que Seguem esta regra ndo serd dado nas notas de nis) rodapé. ? Um procedimento itil € aprender’a forma caractéristica de algum adjetivo, como magnus, a, -um, com cada substanivo. Esta préticafacilita recordar uma pista para 0 afnero e & comparivel a aprender 0 artigo definido com os substantives nas Iinguasroménicas, Por exemplo, magna virtOs, magnum corpus, magnus labor. hémé, hominis, n., homem, ser humano (homicida, homenagem, homo sapiens, mas no o prefixo homo- sozinho; cp. hiimanus ¢ wir) Vabor, labsris, m., lavor, trabalho, labuta, produgao. (laboratério, laborioso, colaborar, elaborar; ep. labors, cap. 21) littera, -ae, £, letra (do alfabeto); Vitterae, -arum, pl., carta, epistola, literatura (literal, letras, belas-letras, literato, aliterag0) mbs, moris, m., habifo, costume, conduta, mores, morum, m pl. habitos, cardter (moral, imoral, imoralidade) némen, néminis, n. nome (nomenclatura, nominal, nominetivo, nome, pronome, renome, denominac0, ignomfnia) px, pies, f, paz (pacifico, pacificar, pacifista, apaziguar) régina, -ae, f,, rainha (regina) rex, régis, m, rei (real, regalia, regicida; ¢p. rajah) témpus, témporis, n., tempo, ocasido, oportunidade (tempo, temnporaris, contemporsineo, temporal, ternporizar) térra, -ae, £, terra, chao, pais (terrestre, terrago, terrier, tertitério, subterraineo, terracota) txor, uxiris, f, esposa uirgo, uirginis, £., virgem, donzela (virginal, virgindade, virginia) * : uirltis, uirtatis, £, virtude, hombridade, coragem, exceléncia, cardter, forca (yirtuoso, virtuosidade, virtual; cp. vir) néuus, -a, -um, novo, éstranho (novela, novidade; noticia, inovar) post, prep. +ac., depois de (posteridade, posterior, pstumo, p.m. = post meridiem, proposto, pés-graduagZo ¢ coino prefixo pos- de outras palavras; cp. postrémum, cap. 40), jub, prep. + abl. com verbos de posigao, + ac. com” verbos de . movimento, s0b, embaixo de, junto a (sub- Ou por assimilagao Suc-, suf-, sug-, sup-, sus-, em composigées inumeraveis: subterraneo, subiirbio, sucedaineo, sufixo; sugestivo, suportar, sustentar) aided, audére, absus sum (verbo semi-depoente explicado no‘eap..34), ousar (audacioso, atidaz) néco (1), assassinar, matar (relacionado a ndceo, cap. 35, ¢ necro- do prego nekros). PRATICA EREVISAO 1, Secundis litters discipulae her? uidébas et de uerbis tum cOgitabas. 2. Féminae sine mora ciuitatem dé insidiis mald monébunt. 3. Réx et régina igitur cris non audebunt ibi 4. Morés Graecorum non erant sine culpis uititsque 5. Quando homings satis wirtatis habsbunt? 6 1 . o Corpora uestra sunt sana et animt sunt pléni.sapientiae. Propter morés hfimands pacem uéram nin habébimus. Poteritne ciuitas pericula temporum nostrorum superare? Post bellum multds librds dé pacé et remedifs bellt uidebant. . 10, Officia sapientiamque oculis animt possumus uidére, u. Sem Virtudé no podemos viver em paz. 12, Muitos'estudantes tinham pouco tempo para a literatura grega. 13 Depois de tempos ruins a verdadeira virtude e muito trabalho ajudariio o Estado. 1 As irmis de seus amigos estavam jantando aqui ontem. SENTENTAE ANTIQUAE Homo sum (*Teréncio). 2. Nihil sub s6le nowum (*Eclesiastes - sol, sdlis, m., sol. — houum: sc. est). i 3. Carmina noua dé aduléscentia uirginibus puerisque nunc cantd (Horacio. — cantare, cantar). 4, Landis fortinam et morés antiquae plébis (*Horécio. - plébs, plébis, £, a multidéo). 5. Boni propter amdrem uirtitis pecoare Sdérunt (Hordcio, ~ peceare, errar. ~ ddérunt, verbo defectivo, 3a. pess. pl. odiar) 6. Sub principe dir temporibusque malis audés esse bonus. (Marcial. ~ princeps;, -cipis, m., principe, imperador, chefe; diirus, -a, -um, duro, severo) 7. Populus stultus uiris indignis hondres saepe dat. (Horacio. — honor, - + ndris, honra, oficio. — indignus, -a-, -um, indigno) 8. Nomina stultéram in parietibus et portis semper uidémus (Cicero. =o . desejo de se escrever sentirnentos e nomes em lugares piblicos € antigo! — parits, -etis, m., parede). 9. Otium sine litteris mors est. (*Séneca, — mors, mortis, £, morte) 10. Multae natiénés seruitiitem tolerare possunt; nostra ciuitas non potest, Praeclara est recuperatio libertatis. (Cicero. ~ natio, “port. — seruittis, -titis,- servidio. — praeclirus, -a, -um, nobre, preclaro. — recuperati6, ~dnis, récuperacao. ~ libertis, -tatis = port.) 11. Nihil sine magn labore uta mortalibus dat. (Horécio. — morttlis, - talis, mortal). 12: Quémodo in perpetua pace salu et liberi esse poterimus? (Cicero. ~ quomodo, como?). 13. Gloria in altissimis Ded-et'in terra pax hominibus bonae-uoluntatis - (#830 Lucas. ~ altissimis, abl. pi. nas alturas. — uoluntas, vontade). 5 ORAPTODE LUCRECIA Tarquinius Superbus erat réx R6mandrum, et Sextus Tarquinius ‘erat filius malus tyranni. Sextus Lucrétiam, uxdrem Collatinf, rapuit, et fémina-bona, propter magnum amorem uirtitis, s& necduit. Romant antiqui uirtitem animosque Luerétise semper laudabant et Tarquinids culpabant. (Tito Livio, 1.58; Tarquinio, o Soberbo, foi o Ultimo rei- romano; Colatino, um aristocrata; de acordo com-a lenda, 0 rapto de Lucrécia promoveui a derrocada da dinastia dos Tarquinios, o fim da monarquia ¢.0 estabelecimento da Repiiblica romana em 509 a.C. ~ rapuit, raptow. ~ SB, asi mesma. —neeauit, forina do verbo no pret. perf.) Nas leituras Tarquinio ¢ Lucrécia Ticiano, 1570-75 Akademie der Blindenden Kuenste, Viena, Austria CATULO DEDICA SEU LIVRO DE POESIAS Comélid, uiré magnae sapientiae, dabd pulchrum libram nouum, Coméli, mi amice, librds meds semper laudabas, et es magister doctus litterdrum! Quaré habé nouum labdrem meum fama libri (et tua fama) erit perpetua. (Catulo, 1, adaptagaio em prosa; veja L. I. 1. Catulo'dedica seu primeiro livro de poemas ao historiador e bidgrafo Comélio Nepos. — doctus, -a, ~ um, douto, erudito).. ETIMOLOGIA No latim tardio, emits passou a significar cidade em vez de Estado, ¢ por isso esta palavra tornou-se eitth (it.), eiudad (esp.) eité (fr.) lade, em portugués. 2. Solar, solsticio. — novo, novidade, inovar, renovar. 3. canto, encanto, encantamento. 4. plebeu, plebe, plebiscite. 5. duragio, obdurar. 6. voluntério, involuntirio, Observe as derivagdes dos sufixes latinos em algumas linguas romanicas: Latim____ Italiano Francés Portugués “185, tatis 18 ne ~dade veritas verita verdad verité antiquitas antichita. _—antigiiedad-—antiquité_._antigiidade ~ti0, tidnis — -zione -cién tion -s8o/280 natio ratio nazione nacién nation négio razione —_racion ration raza0 ~tor,-toris tore -tor -teur stor inuentor —inventore inventor © “inventeur” inventor actor attore actor acteur_ + ator EXERCICIOS lL Na térceira dectinago, as terminagdes de nomes femnininos.e masculinos diferem entre si, como diferem na primeira € segunda declinag6es jé aprendidas? Os nomes neutros de terceira declinago possuem algumia términagao de caso idénti¢a aquela dos nomes nentros de segunda declinagao? Se houver, especifique qual: Nomeie o(s) género(s) €'0(s) cas0(s) indicado(s) pelas seguintes teiminagdes de terceira declinagio: 1. —€s; 2. ~a; 3. -em. ‘Nomeie 0(s) caso(s) e 0(s) mimero(s) indicado(s) pelas seguintes terminagdes de terceira declinagdo: 1. —ibus; 2.~1; 3. -¢; 4. -em; 5.~um; 6, ~is; 7. Para indicar 0 género dos seguintes nomes, dé a forma adequada do nominativo, como magmus, -2, -um, para: 1. tempus; 2. uirts; 3. labor; 4. eTuitas; 5. mds; 6. p&x; 7. r&x;'8. corpus; 9. ueritas; 10, amor. ‘Traduza as seguintes express0es de acordo com a terminagio dos casos, quando possivel;- onde indicar caso nominative ou acusativo, indique: 1. labére mult; 2. labsri mult®; 3. labiris mult; 4. laborés ‘multi; 5. pacis perpetuae; 6. pace perpetua; 7. paéi perpetuae; 8. cfuitatum parvarum; 9: eTuitétem parnam; 10. cluitates parus; 11. ciuitates parvae; 12. cuitate parua; 13. tempora mala; 14. tempus malum; 15. tempori malo; .16. temporum malorum; 17. temporis mali; 18. mori tuo; 19. more tud; 20. mOris tui, 21: mérés. tui; 22. mérés tuds; 23. mdrum. todrum, : Nerse para o latim as seguintes frases de acordo com 0 caso indicado ou com a preposicdo ‘indicada em portugués: 1. para grande virtude; 2. grande virtude (suj.); 3. grandes virtudes (obj.); 4, de grandes virtudes; 5. com grande virtude;-6. nosso tempo (0bj.); 7. nossos tempos (suj.); 8. nossos tempos (obj.); 9. para nossos tempos; 10. para nosso tempo; 11. do nosso tempo; 12. de ‘noss6s.tempos; 13. meu amor (0bj.); 14. meus amores (obj.); 15. para meu amor; 16. do meu amor; 18. dos meus amores. 8. Meurn tempus 6tid est paruumn. 9. Virtlis tua est magna. 10. Pectnia est nihil sine méribus bonis. 11. Virtités hominum multorum sunt magnae. 12. Morés hominis: bont erunt bonI. 13. Hominf litters dabunt. 14. Hominés multos in cTuitate magna uidére poteramus. 15..Magnumi amdrem pectiniae in multis hominibus uldebamus. 16, Pauci homines uirtitl ciram dant. 17. Civitas nostra pacem hominibus multis dabit. 18. Pax-ndn potest esse perpetua, 19, Sine bond pace. ciuitates temporum nostrorumi nori walebunt. 20. Post multa bella tempora sunt mala. 21. Jn multis cTuitatibus terrisque pax nOn poterat ualére. 22. Sine magnd labore homé nihil habébit. 23. Virgo pulchra amiicés mérum bondrum aniat. 24, Horinés magnae uirtatis tyrannos superdre aisdebant. 25. Amor patriae in-cruitate nostra ualebat

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