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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM IDOSO COM PNEUMONIA:

REFLEXÕES À LUZ DA TEORIA DE WANDA HORTA

Samy Loraynn Oliveira Moura1


Germana Maria da Silveira1
Marcelo dos Santos Feitoza1
Renata Soares Morais1
Rafael Aguiar Dias2
Antônia Siomara Rodrigues Silva3
Diane Sousa Sales4

1 – Discentes do 2 Período do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú –


UVA.
2 - Discente do 7 Período do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
3 - Enfermeira. Especialista em UTI Neonatal e Pediátrica. Especializanda em Educação na Saúde.
Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Coordenadora do Projeto de Extensão “A
Enfermagem no controle da Hipertensão e Diabetes”.
4 - Enfermeira. Especializanda em Educação na Saúde. Preceptora de estágios do Curso de
Enfermagem das Faculdades INTA.

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo que implica mudanças morfológicas, bioquímicas,


funcionais e psicológicas que constituem uma evidencia visível das limitações que aparecem
com o avançar da idade. Em virtude disso, o idoso está mais predisposto a processos
patológicos, e consequentemente, exibe maiores necessidades de cuidados. Segundo Filho &
Netto (2005), atualmente, é de fundamental importância que o profissional interessado nesta
área esteja atualizado nas peculiaridades anatômicas e funcionais do envelhecimento, sabendo
discernir com máxima precisão os efeitos naturais deste processo (senescência) das alterações
produzidas pelas inúmeras afecções que podem acometer o idoso (senelidade).
De acordo com Machado et al. (2001) as infecções hospitalares são as mais
frequentes e importantes complicações ocorridas com pacientes hospitalizados e aparecem em
taxa de 5 a 10 casos por 1000 internações. No Brasil, estima-se que 5% a 15% dos pacientes
internados contraem alguma infecção hospitalar. A pneumonia hospitalar no pós-operatório é
a terceira das infecções mais frequentes no ambiente hospitalar, sendo mais continuo do que
em relação aos pacientes clínicos, e que mais implica em mortalidade nesse contexto.
Realizaram-se visitas à um idoso hospitalizado, com o propósito de praticar técnicas
de ausculta respiratória, para fundamentar os conteúdos da disciplina de semiologia. Nessas
visitas, verificamos uma situação em um dos setores do hospital, que instigou interesse para
um estudo mais enfático do caso. Este se tratava de um paciente idoso que, alguns dias após
ter sido submetido a uma cirurgia laparotomica, evoluiu para um quadro de pneumonia
hospitalar. Diante disso, buscamos prestar assistência, através dos conhecimentos adquiridos
no processo acadêmico, principalmente no tocante ao como cuidar, adotando como o
embasamento a teoria de Wanda Horta e o modelo da sistematização de enfermagem -SAE.

2 OBJETIVO

Realizar a assistência de enfermagem a um paciente idoso com pneumonia


hospitalar, após laparotomia exploratória.

3 METODOLOGIA

A pesquisa realizada configura-se como um estudo de caso do tipo exploratório-


descritivo com abordagem qualitativa. O estudo de caso é um método muito utilizado em
pesquisas qualitativas, desenvolvendo-se em uma situação natural, rica em dados descritivos e
que focaliza a realidade de uma forma complexa e contextualizada.
A investigação deste estudo foi desenvolvida na Casa de Saúde São José, uma clinica
cirúrgica, do Hospital Santa Casa de Misericórdia, do município de Sobral, em uma
enfermaria semi intensiva, direcionada a um paciente com pneumonia hospitalar, após
laparotomia exploratória, durante um período de quatro dias consecutivos.
Para a coleta dos dados utilizou-se observação participante e uma entrevista
sistematizada com fundamentação na teoria de Wanda Horta, com emprego do modelo de
sistematização de enfermagem, sendo este composto por cinco etapas: Histórico de
enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento da assistência de enfermagem,
implementação da assistência de enfermagem avaliação e/ou Evolução de enfermagem, que
proporciona um plano de cuidados, individualizado e integral ao cliente, com maior
visibilidade e resolutividade das ações do enfermeiro. Deste utilizou-se no estudo o histórico,
o diagnóstico e a prescrição e a evolução de enfermagem. Considerou-se ainda como fonte de
coleta a revisão da dinâmica institucional do prontuário do paciente.

4 ANÁLISE DOS DADOS

J.R.S, 69 anos, casado, aposentado, escolaridade incompleta, sexo masculino, residia


com esposa, filha, genro e neto, na cidade de Sobral. Etilista com uso abusivo de bebidas
alcoólicas praticamente todos os dias, com conseqüente surgimento de problemas, segundo a
esposa. Foi admitido na Santa Casa de Misericórdia de Sobral no dia 25 de março de 2011,
com diagnostico inicial de abdome agudo. O paciente foi submetido a exames específicos,
com visualização de abdome distendido e dilatação de alças, seguido de uma laparotomia
exploratória, onde foi possível o achado do diagnóstico de neoplasia de intestino grosso,
acompanhado de retossigmodectomia. No pós-operatório apresentou uma evolução
satisfatória, no entanto durante o período de recuperação foi acometido por pneumonia
hospitalar. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Déficit de lazer e déficit de conhecimento
relacionado à sua patologia, onde o paciente fazia referencia aos sintomas com a seguinte
expressão: “Tem uma bola aqui na barriga, ai eu vomito e solto sangue.” PRESCRIÇÕES DE
ENFERMAGEM: Explicar ao paciente superficialmente, através de uma linguagem acessível,
sobre a sua doença, visto que em virtude de seu quadro clinico, não considerou-se
aconselhável comunicar-lhe sobre o diagnostico da neoplasia; manter um dialogo empático,
com incentivo continuo a praticas de autocuidado. EVOLUÇÃO: Paciente relatou sentir-se
melhor quando estava em nossa companhia, pois o nosso dialogo proporcionava-lhe um bem-
estar elevando assim sua auto-estima. Em virtude de o paciente ter ido a óbito não foi possível
por em prática todas as prescrições de enfermagem

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo podemos perceber a importância da sistematização no processo do
cuidar, o que foi possível constatar com a progressão no quadro clinico do paciente durante os
momentos em que prestamos assistência. Vale ainda salientar o quanto este estudo de caso
contribuiu para nosso processo de formação acadêmica, de maneira que nos proporcionou
novos conhecimentos e uma primeira experiência no ambiente hospitalar.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Sistematização da Assistência de


Enfermagem, 2008.
FILHO, C. T. Eurico, NETTO P. Matheus. Geriatria fundamentos, clínica e terapêutica. 2º
ed. São Paulo Atheneu, 2005.
Galdeano LE, Rossi LA, Zago MMF. Roteiro instrucional para a elaboração de um estudo
de caso clínico. Rev Latino-am Enfermagem 2003 maio-junho; 11(3):371-5.

MACHADO, A.; et al. Prevenção da infecção hospitalar. Projeto Diretrizes: Associação


Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2001.

Horta, Vanda de Aguiar. Processo de enfermagem. São Paulo : EPU 1979.

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