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Ricardo Reis projeta-se na antiguidade grega, do mesmo modo que Caeiro contempla o
mundo exterior.
Na sua poesia, transparece um tom triste, resultante de uma atitude racional que o leva
a procurar um prazer relativo. Este, ilusoriamente, leva-o a sentir-se livre para poder
conter-se, mas não lhe permite afastar a tristeza experimentada por saber que as suas
emoções não são autênticas.
Reis revela-se detentor de uma dignidade sóbria, de uma perfeita clareza de ideias e de
uma conceção de vida simples.
Realiza um exercício de autodisciplina, nem que para isso tenha de abdicar dos prazeres
da vida.
As linhas ideológicas presentes na poesia de Reis refletem um homem que sofre e vive
o drama da transitoriedade de vida.
Propõe a fruição das coisas sem demasiado esforço ou risco e a aceitação de tudo, uma
vez que considera o destino mais importante do que a força humana.
Faz dos gregos o modelo de sabedoria (visível na aceitação do destino, de forma digna).
Conceção dos deuses como ideal humano (não são mais do que homens perfeitos ou
aperfeiçoados).
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