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O Curso Técnico em Contabilidade está concebido para que se possa ter uma visão abrangente
deste pilar basilar da Gestão que é a Contabilidade. O atual desenvolvimento tecnológico e o
alargamento dos mercados exigem que o tecido empresarial se adapte em tempo útil a novas
realidades e é neste contexto que surge a Contabilidade como instrumento eficiente de Gestão.
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às
primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e
interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar
os fins propostos.
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos
filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo
passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações
de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber,
quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações
não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse
conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que
não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa
administrada.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e
trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de
dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito
antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.
EVOLUÇÃO CONTÁBIL
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai
até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o Patrimônio,
representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos.
O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos
bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra
"Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie.
As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem
registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila,
retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente
2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência
se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro Gênesis,
encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita cuneiforme,
onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto
significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus
custos.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em
sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada
pelos egípcios, marcava o inicio do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se
estabeleciam, de forma primitiva, controles administrativos e financeiros.
Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de Vendas Diárias",
"Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.
Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros.
Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "Shat". Era a adoção, de
maneira prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário.
Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já escrituravam Contas
de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do
saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias
atividades, como administração pública, privada e bancária.
NA BÍBLIA
Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio Jesus relatou em
Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os registros de
valores a receber dos devedores.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha!
(Gênesis 41.49).
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de
Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é
apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23-
27).
Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494,
quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei
Luca Pacioli, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde
à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os
ramos do conhecimento humano.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e
pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.
Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem
mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.
No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" , representando o valor dos
recursos injetados nas companhias pela família proprietária.
O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar em que
região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a
Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento
da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de
Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas
que o Novo Mundo representava.
A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciantes italianos
do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na
Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.
FREI LUCA PACIOLI escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas
Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à
teoria dos números positivos e negativos.
Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras, destacando-
se a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá", impressa em Veneza, na qual
está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração.
Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O
método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV.
O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário
e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação
deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral:
como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e
"Dano"; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.
Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada:
"Per " , mediante o qual se reconhece o devedor;
"A " , pelo qual se reconhece o credor.
Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje.
A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século
XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli não só sistematizou a
Contabilidade, como também abriu precedente que para novas obras pudessem ser escritas sobre o
assunto. É compreensível que a formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste
período instaurou-se a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos do
comércio mundial.
Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um indivíduo qualquer. O
governo passou a somente reconhecer como contadores pessoas devidamente qualificadas para o
exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio
internacional e com as guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias
de hoje.
FÁBIO BESTA
1845 – 1922
O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados: Francesco
Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle
administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano.
Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento contábil: a
primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada
por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta.
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inventado a
calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da Administração, e o
patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos.
Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o
elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir patrimônio como objeto da
Contabilidade.
Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu patrimônio
como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da
equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a
Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de gestão.
Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem
pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas,
inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade
Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de
dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.
Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado ao formidável
desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que os
Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o
avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras
obras contábeis de origem norte-americanas que tem reflexos diretos nos países de economia.
NO BRASILl, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido
ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para
tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do
Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um
contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração
financeira e fiscal.
Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num
mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais precisas possíveis para
tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem ganhando destaque no mercado
em Auditoria, Controladoria e Atuarial.
São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um profissional raro, há a
especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em virtude de planos de
previdência privada.
DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE
Contabilidade é a ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do
patrimônio da empresa.
Pública ocupa-se com o estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito
público e representação gráfica de seu patrimônio, visando três sistemas distintos:
orçamentário, financeiro e patrimonial, para alcançar os seus objetivos ramificando-se
conforme sua área de abrangência em federal, municipal e autarquias.
Privada ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito
privado, tanto as físicas quanto as jurídicas, além da representação gráfica de seu patrimônio,
dividindo-se em civil e comercial.
OS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
São as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e
buscam nos instrumentos contábeis as suas respostas. Podem ser divididos em: internos e externos.
Os usuários internos são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que
tem facilidade de acesso às informações contábeis como: gerentes, administradores, funcionários e
diretoria.
Os usuários externos são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acesso direto às
informações contábeis, mas que as recebem de publicações das demonstrações pela entidade, tais
como: bancos, concorrentes, governo, fornecedores e clientes.
CONVENÇÕES CONTÁBEIS: são mais objetivas e tem a função de indicar a conduta adequada que
deve ser observada no exercício profissional da Contabilidade. São elas:
Convenção da Objetividade;
Convenção da Materialidade;
Convenção da Consistência;
Convenção do Conservadorismo.
Exercícios de fixação:
1- O objeto da Contabilidade é:
a) O Balanço Patrimonial
b) A escrituração
c) O Patrimônio
d) Registrar os fatos administrativos
2- Qual a definição de contabilidade?
3- Quais são os usuários da contabilidade?
4- Quais são as técnicas contábeis
5- Quais são os postulados contábeis
BENS
São bens tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro, sendo utilizado
na realização do objetivo principal de seu proprietário. São as coisas úteis, capazes de satisfazer as
necessidades das pessoas e das empresas. Os bens classificam-se em: Bens Móveis, Bens Imóveis,
Bens Tangíveis e Bens Intangíveis.
Bens Móveis
São móveis os bens passíveis de remoção sem dano, seja por força própria ou por força alheia. Ou
seja, objetos concretos, palpáveis, físicos, que não são fixos ao solo. Ex.: dinheiro, veículos, móveis,
utensílios, máquinas, estoques, animais (que possuem movimentos próprios, semoventes), etc.
Bens Imóveis
São imóveis os bens que não podem ser retirados de seu lugar natural (solo e subsolo) sem
destruição ou dano, ou seja, aqueles que, para serem deslocados, terão de ser total, ou parcialmente
destruídos (pois são fixos ao solo). Ex.: árvores, edifícios, terrenos, construções, etc.
Bens Tangíveis
Também chamados de bens corpóreos e bens materiais, são tangíveis os bens que constituem uma
forma física, bens concretos, que podem ser tocados. Ex.: veículos, terrenos, dinheiro, móveis e
utensílios, estoques, etc.
Bens Intangíveis
Também chamados de bens incorpóreos e bens imateriais, são intangíveis os bens que não
constituem uma realidade física e que não podem ser tocados. Ex.: nome comercial (marca), patente
de invenção, ponto comercial, o domínio de internet, etc.
São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes ou futuros. É o
poder de exigir alguma coisa. Pode ser, por exemplo, o valor que uma empresa receberá decorrente
de uma venda a prazo. O comprador já levou a mercadoria, porém ainda não pagou então a empresa
tem o direito de receber o valor correspondente.
Exemplos de direitos: duplicatas a receber, salários a receber, aluguéis a receber, contas a receber,
títulos a receber, etc.
OBRIGAÇÕES
Aspectos qualitativos
Consiste em especificar, seguindo a natureza de cada um. Veja:
Aspectos quantitativos
Consiste em dar aos Bens, Direitos e Obrigações seus respectivos valores, levando-nos a conhecer
o valor do Patrimônio da empresa. Veja:
Todas as vezes que forem extraídas demonstrações baseadas nos registros contábeis da empresa,
nelas deverão estar ressaltados os aspectos qualitativos e quantitativos ‘elementos especificados
com seus respectivos valores em moeda.
Então fica:
Os elementos positivos são denominados componentes Ativos, e o seu conjunto forma o Ativo.
Os elementos negativos são denominados componentes Passivos, e o seu conjunto forma o Passivo.
Veja, então, como fica o gráfico:
A Situação Patrimonial Líquida também faz parte do PASSIVO (obrigações), mas contém uma
natureza especial, onde também fazem parte das obrigações os direitos dos acionistas, sócios ou
titular da empresa individual em relação ao patrimônio da pessoa jurídica.
Representa aquilo que, de fato, a pessoa tem. Isto é, sua riqueza efetiva, o que lhe sobra depois de
pagar todas as suas dívidas.
O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores do ativo (+) e do passivo (-) de uma entidade em
determinado momento, ou seja, se a empresa tem um Ativo (bens + direitos) de R$100.000,00 e um
Passivo (obrigações) de R$40.000,00, o Patrimônio Líquido dessa entidade será de R$60.000,00.
Passivo
Ativo R$40.000,00
R$100.000,00 Sendo
Patrimônio Líquido
assim:
R$60.000,00
A = P + PL
Total Total
Ativo R$100.000,00 Passivo R$100.000,00
O PL também figura no lado do Passivo em virtude de o capital, reservas, etc., pertencerem aos
proprietários da empresa (sócios, acionistas) e não deixa de ser uma obrigação da empresa pessoa
jurídica para com os proprietários pessoa física.
Exercícios de fixação:
a) Caixa
b) Estoque
c) Contas a receber
d) Salários a pagar
e) Máquinas e equipamentos
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________________
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ELEMENTOS A B C D E
Computador
Mesa
Duplicatas a receber
Impostos a recolher
Alugueis a receber
Dinheiro em caixa
Fornecedores
Clientes
Veículos
Salários a pagar
Mercadorias
Carnês a pagar
Terreno
Promissórias a pagar
Estoque de material de expediente
a) Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido Indica uma situação de normalidade da empresa, pois
o conjunto de bens e direitos supera as obrigações (há PL positivo). É uma situação favorável,
positiva ou superavitária.
b) Ativo = Patrimônio Líquido (sendo Passivo = 0) Não existe obrigações para com terceiros, o
que geralmente ocorre na abertura da empresa, sendo o passivo igual a zero.
c) Ativo = Passivo (sendo PL = 0) Neste caso, não existe capital próprio, o que significa que o
ativo da empresa foi totalmente financiado com recursos de terceiros. É um estado de alerta, pois a
empresa está com dificuldades financeiras. É uma situação nula ou compensada.
PATRIMÔNIO
Ativo Passivo
Bens Obrigações
e
Direitos Patrimônio
Líquido
Capital Social
Capital Próprio
Constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários. É a soma do capital social, suas variações,
os lucros e as reservas. Ou seja, é aquele que se originou da própria atividade econômica da
entidade, como lucros, reservas de capital e reservas de lucros. Equivale ao Patrimônio Líquido
(ou Situação Líquida).
Capital de Terceiros
Corresponde à soma do passivo + patrimônio líquido da empresa e representa o total dos recursos
utilizados no financiamento das atividades (Passivo Total). É igual a soma de todas as origens que
estão a disposição da entidade e que estão aplicadas no Ativo (em decorrência do método das
partidas dobradas).
Os recursos destinados pelos proprietários à formação do Capital Social nem sempre estão
disponíveis para serem transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade
(empresa) no ato de constituição da mesma. Ou seja, nem sempre o capital encontra-se totalmente
integralizado (ou realizado). O Capital Social só é integralizado (realizado) quando os recursos
correspondentes são transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade.
Subscrição é o ato jurídico formal pelo qual o sócio, acionista ou titular da empresa individual assume
a obrigação de transferir bens ou direitos para o patrimônio da entidade à qual está vinculado.
Sendo assim, o capital subscrito pode ou não estar integralizado. Se, ato contínuo à subscrição, a
titularidade dos bens e direitos é transferida para o patrimônio da entidade, então o capital estará
subscrito e integralizado. Caso contrário, embora o capital esteja subscrito, ainda se encontrará a
integralizar.
Capital Autorizado
O capital próprio de Sociedades Anônimas de Capital Aberto (que negociam suas ações em bolsa ou
balcão), a partir da Lei nº6.404/1976, (Lei das S.A.) foi instituído como Capital Autorizado.
Antes desta Lei, toda mudança na Constituição do Capital Social só poderia ser feita através de uma
alteração de estatuto, contrato ou registro da empresa na Junta Comercial ou Cartório de Registro
Civil das Pessoas Jurídicas, mas, com a nova Lei, nas Sociedades Anônimas a Assembleia Geral dos
acionistas pode delegar ao Conselho de Administração (órgão executivo das S.A.) a faculdade de
elevar o Capital Social até um determinado limite autorizado.
Existem dois tipos de investimentos que a empresa recebe quando inicia suas atividades. Um é
conhecido como investimento fixo, que serve para a aquisição de máquinas, móveis, prédios,
veículos, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado. O outro é conhecido como Capital de Giro.
Capital de giro é uma parte do investimento que compõe uma reserva
de recursos que serão utilizados para suprir as necessidades
financeiras da empresa ao longo do tempo. Esses recursos ficam nos
estoques, nas contas a receber, no caixa, no banco, etc. É o conjunto
de valores necessários para a empresa fazer seus negócios
acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro", que seriam
os bens efetivamente em uso.
É nos Bancos e no Caixa que fica uma parte dos recursos financeiros disponíveis da empresa, ou
seja, aquela que a empresa pode utilizar a qualquer tempo para honrar os seus compromissos
diversos.
Dependendo do saldo inicial, das entradas e das saídas, pode ocorrer uma falta ou uma sobra desses
recursos em um momento específico, dia ou semana. Para isto não ocorrer, as decisões de compra e
venda devem ser tomadas com critérios estabelecidos. Sempre que uma decisão for tomada, é
necessário que seja feita uma análise sobre a disposição dos recursos financeiros da empresa para
isso. Se for tomada uma decisão de compra em excesso ou de dar mais tempo para os clientes nas
vendas a prazo, a empresa deverá ter uma quantidade maior de dinheiro (recursos financeiros). Se
esse recurso não existe, a entidade vai precisar utilizar recursos emprestados de bancos, de
Portanto, administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o momento atual, as faltas e as
sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas em relação a compras,
vendas e à administração do caixa.
Em resumo, Capital de giro (capital circulante ou capital de trabalho) indica a parte do patrimônio que
sofre constante movimentação nas empresas, tais como as disponibilidades e os valores realizáveis,
diferenciando-se entre estes os créditos, os estoques e os investimentos. São excluídos, portanto, os
capitais permanentes (ativo fixo ou imobilizado, investimentos permanentes) e o ativo pendente, que
compreende valores contingentes como, por exemplo, despesas do exercício seguinte
.
Diferença entre Capital e Patrimônio
Tanto Capital quanto Patrimônio podem, em termos mais amplos, serem considerados sinônimos.
Porém é necessário distingui-los, tendo em vista que a expressão capital pode assumir nos termos
contábeis todos os significados descritos acima, enquanto o Patrimônio será sempre o conjunto de
bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa.
IMPORTANTE:
Fatos contábeis (ou fatos administrativos) são ocorrências que têm por efeito a alteração da
composição do Patrimônio, seja em seu aspecto qualitativo ou em seu aspecto quantitativo.
São todos os eventos que ocorrem na empresa, passíveis de se determinar um valor monetário. O
registro de um fato contábil pode ou não alterar o valor do Patrimônio Líquido da empresa.
Modificativos ou Quantitativos
São fatos que alteram a composição do Patrimônio e modificam para mais (modificativos
aumentativos) ou para menos (modificativos diminutivos) a situação líquida da empresa.
Débito Crédito
Modificativos aumentativos: envolvem uma conta patrimonial e uma
A PL/R
conta de receita, aumentando o Patrimônio Líquido (PL). Ex.: Receita
P PL/R
de vendas, receita de aluguel, etc.
Débito Crédito
Modificativos diminutivos: envolvem uma conta patrimonial e uma
PL/D A
conta de despesa, diminuindo o Patrimônio Líquido (PL). Ex.:
PL/D P
pagamento de despesas em geral, etc.
Mistos ou Compostos
OBS.: Não confunda fato com ato administrativo. O ato administrativo, ao contrário do fato
administrativo, não produz de imediato qualquer alteração no Patrimônio e não deve ser registrado na
contabilidade. Se contabilizado, é chamado de operação extrapatrimonial (conta de compensação).
Exercícios de fixação:
2- Complete:
a) Quando o total dos bens e direitos for menor que o total das obrigações, a SL será
_______________.
b) Quando o Ativo for igual ao __________________, a SL será nula.
c) Quando o total das obrigações for menor que o Ativo, a SL será __________________.
d) SL Positiva é o mesmo que SL _______________________.
3- Complete:
a) SL Positiva
b) SL Negativa
c) SL Nula
( ) SL Superavitária
( ) Passivo a Descoberto.
( ) Situação Deficitária.
4- Quando os débitos de uma empresa excedem o seu patrimônio bruto, dizemos que a
situação líquida é:
a) superavitária
b) ativa
a) capital de terceiros
b) capital alheio
c) débitos da empresa
d) recursos correntes
e) obrigações
a) ao passivo exigível
b) ao capital de terceiros
c) às exigibilidades a longo prazo
d) ao passivo circulante
e) aos débitos da empresa
Bens $23.000
Direitos $31.000
Obrigações $42.000
a) recebimento de direitos
b) reversão de reservas de lucros
c) aumento do capital social
d) aumento das reservas patrimoniais
e) conversão de debêntures em ações
Exemplo: Suponha que você vá ao banco e efetue um depósito em seu próprio nome. Sendo
correntista do banco, você terá uma conta aberta em seu nome, o que significa dizer que o
valor depositado vai ser anotado em um registro, destinado a demonstrar todas as suas
transações com o banco, chamado Conta. Da mesma forma que o banco, as empresas
utilizam contas para registrar as transações ocorridas.
Teoria Personalista
Para a escola personalista, as contas (elementos patrimoniais) podem ser representadas
por pessoas com as quais são mantidas relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a
entidade em termos de débito e crédito. Todos os débitos efetuados nas contas dessas
pessoas representam suas responsabilidades, enquanto todos os créditos representam seus
direitos em relação ao titular do Patrimônio.
b) Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia a guarda
os bens (Ativo), ou seja, que representam os bens. São, portanto, contas dos agentes
consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc.
Teoria Materialista
A escola materialista se opôs a teoria personalista, defendendo que as contas representam
entradas e saídas de valores e não simples relações de débito e crédito entre pessoas
(excluídas as relações com terceiros).
Esta é uma visão mais econômica do que vem a ser a conta, a relação entre as contas e a
entidade é uma relação material e não pessoal, de sorte que a conta só deve existir
enquanto houver também o elemento material por ela representado.
a) Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das obrigações
da entidade, ou seja, Ativo e Passivo Exigível.
É a teoria usualmente adotada no Brasil. Segundo ela, criada por Vincenzo Masi, o objeto
de estudo da ciência contábil é o Patrimônio de uma entidade. A contabilidade tem como
finalidade controlar este patrimônio e apurar o resultado das empresas.
a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo), das
obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade.
Contas Patrimoniais
São aquelas contas que representam o Ativo (indica a existência de Bens e Direitos) e o
Passivo (indica a existência de Obrigações e Patrimônio Líquido da entidade, formado pelo
capital social, as reservas e os prejuízos acumulados). São essas contas que representam o
Patrimônio da empresa, através do Balanço Patrimonial.
Contas de Resultado
São as Receitas e as Despesas do período, que devem ser encerradas no final do exercício
para que se apure o resultado do exercício. Este resultado, lucro ou prejuízo, será
incorporado ao Patrimônio através da conta Prejuízos acumulados (quando o resultado for
negativo), ou Reserva de lucros (quando o resultado for positivo).
Contas Bilaterais - São aquelas que sofrem variações nos dois sentidos, aceitando tanto
registro de débito quanto de crédito. Ex: Caixa, Banco Conta Movimento, Duplicatas a
receber, etc. Elas podem apresentar tanto saldo devedor quanto saldo credor. Quando
apresenta saldo devedor, é chamada de Conta bilateral ativa e quando apresenta saldo
credor, é chamada de Conta bilateral passiva.
PLANO DE CONTAS
Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da
organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais:
A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com
observância das Normas Brasileiras de Contabilidade.
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma
sintética, a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração
contábil.
Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e
artigo 187), em síntese, se compõe de:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em espécie (papel-moeda)
disponível na tesouraria da empresa. Trata-se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo
Disponibilidades.
Nível 1:
Nível 2:
Nível 3: Contas que evidenciem os grupos a que se referem, como por exemplo:
Nível 1 - Ativo
Nível 2 - Ativo Circulante
Nível 3 - Bancos Conta Movimento
Nível 4: Sub-contas que evidenciem o tipo de registro contabilizado, como por exemplo:
Nível 1 - Ativo
Nível 2 - Ativo Circulante
Nível 3 - Bancos Conta Movimento
Nível 4 - Banco A
Abaixo, segue um exemplo bem simples de uma estrutura de plano de contas em 4 níveis:
1 ATIVO
2 PASSIVO
2.1 CIRCULANTE
2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher
2.1.1.01 Simples a Recolher
2.1.1.02 INSS
2.1.1.03 FGTS
2.1.2 Contas a Pagar
2.1.2.01 Fornecedores
2.1.2.02 Outras Contas
2.1.3 Empréstimos Bancários
2.1.3.01 Banco A - Operação X
4 RECEITAS
Exercícios de fixação:
1- Do ponto de vista contábil, o que é conta?
No primeiro caso, "D" e "C" significam débito e crédito, respectivamente. Já no segundo caso,
o "a" sinaliza crédito, sem a necessidade de colocar a letra "D" antes da conta Estoque. Tem-
se por mais usada a primeira opção.
Por exemplo: Uma empresa comprou um terreno do valor de $80.000,00. Para pagar à vista,
foi usado o dinheiro disponível no caixa da empresa. Lançamos o registro destas duas contas
D- Imóveis (O terreno teve destino na conta em questão, já que faz parte dos imóveis da
empresa.)
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que foi pago à vista com o dinheiro
da empresa.)
Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entregar algo, é debitada. Se uma
conta entrega algo ou adquire o direito de receber algo, é creditada.
OBS.: Para corrigir um erro em um lançamento contábil, não se usa borracha ou corretivo.
Para corrigi-lo, faz-se o registro contrário. Um débito anula um crédito e vice-versa (operação
conhecida como estorno). Pode-se usar para corrigir os erros em geral (inversão das contas,
lançamentos em duplicidade, omissão de lançamentos, erro no valor, etc.) vários tipos de
métodos, como por exemplo, estorno do lançamento, lançamento retificativo, lançamento
complementar e ressalva por profissional qualificado.
A palavra método vem do grego methodos (caminho) e se refere ao meio utilizado para
chegar a um fim. É o caminho pelo qual se atinge um objetivo. Método de Escrituração é o
meio pelo qual procedemos ao registro de fatos contábeis.
Embora haja diversas maneiras diferentes de escriturar os fatos contábeis, todas elas
procedem de dois métodos fundamentais: o método das Partidas Simples e o método
das Partidas Dobradas.
Ou seja, não há devedor sem credor correspondente. A todo débito corresponde um crédito
Exemplo 1: Se "X" tem um crédito de $200,00 contra "Y", é certo que "Y" tem um débito de
$200,00 para com "X".
Em consequência do método das partidas dobradas, a soma dos saldos das contas do Ativo
deve ser sempre idêntica à soma dos saldos das contas do Passivo e Patrimônio Líquido (no
Balanço Patrimonial), de tal forma que, se esses dois saldos não "baterem no centavo", isso
denuncia um erro de lançamento que precisa ser detectado e corrigido.
A utilização das Partidas Dobradas permite que através de um único lançamento, as duas
alterações sejam anotadas:
- Redução de $40.000,00 no dinheiro existente no patrimônio; e
- Aumento de $40.000,00 aplicados em aquisição de veículo.
LIVROS CONTÁBEIS
Livro Diário
As empresas que utilizam fichas, são obrigadas a adotar o livro próprio para a inscrição das
demonstrações financeiras.
Em resumo, o Diário registra oficialmente todas as transações de uma empresa. Sendo assim, é
necessário que ele atenda determinadas exigências e preencha certas formalidades. Estas
formalidades têm a ver com sua apresentação exterior (formalidades extrínsecas) ou com a
escrituração (formalidades intrínsecas).
Formalidades extrínsecas
Termo de abertura: finalidade a que se destina o livro, o número de ordem, o número de folhas, a
firma individual ou o nome da sociedade a que pertença, o local da sede ou estabelecimento, o
número e data do arquivamento dos atos constitutivos no Órgão de Registro estipulado e o número
de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).
Termo de encerramento: indica o fim a que se destinou o livro, o número de ordem, o número de
folhas e a respectiva firma individual ou sociedade mercantil.
OBS.: Estes termos serão datados e assinados pelo comerciante ou por seu procurador e por um
contabilista legalmente habilitado. Na localidade em que não haja profissional habilitado, os termos de
abertura e encerramento serão assinados, apenas, pelo comerciante ou seu procurador.
Se estas formalidades não forem respeitadas, o Diário acaba sendo completamente invalidado,
passando a fazer prova apenas contra o contribuinte.
Formalidades intrínsecas
- Utilização do idioma nacional e da moeda corrente do país;
- Uso da linguagem mercantil;
- Individualização e clareza dos lançamentos nele feitos;
- O registro dos fatos em rigorosa ordem cronológica de dia, mês e ano;
- A inexistência, na escrituração, de intervalos em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas, ou
transportes para as margens.
Escrituração Manual
É necessário que o Livro Diário contenha:
- Data da operação (transação);
- Título da conta débito e da conta crédito;
- Valor do débito e do crédito;
- Histórico (alguns dados fundamentais sobre a operação em registro: número da nota fiscal,
cheque, terceiros envolvidos, etc. O histórico deve ser o mais breve possível, escrito de forma
reduzida).
OBS.: Todas as empresas, independentemente do seu porte ou tipo societário, são obrigadas a
efetuar escrituração contábil. Cabe destacar ainda que o regime tributário que a empresa venha a
utilizar também não pode interferir quanto ao assunto escrituração contábil, pois quem tem autoridade
para emanar sobre este tema é tão somente o CFC (Conselho Federal de Contabilidade), para o qual
os profissionais de contabilidade são obrigados a prestar contas
Exemplo 1
Operações realizadas durante o mês de Dezembro de 2011 na empresa "Bem Viver":
1) A empresa retirou dinheiro do caixa para depósito no banco no valor de $200.
D- Banco (+A)..... $200
C- Caixa (-A)....... $200
Explicação: Neste lançamento, a empresa diminui seu dinheiro disponível em caixa (-A) e aumentou
seu dinheiro disponível na conta banco (+A).
Explicação: A conta Fornecedores diminuiu em $500, ou seja, diminuiu a dívida (-P), e como foi pago
em cheque, diminuiu o ativo da conta bancos.
Explicação: Nesta operação, os sócios colocaram dinheiro na empresa, aumentando o caixa. Como o
capital aumentou, há também mais receita (+PL).
5) Compra de veículo com pagamento 50% à vista em cheque e 50% financiado a curto prazo em 10
parcelas. Valor total de $2.000.
D- Veículos (+A)............................ $2.000
C- Banco (-A)................................ $1.000
C- Financiamentos a pagar (+P)...... $1.000
Explicação: Com a compra do veículo, a empresa aumentou sua quantidade de bens (+A), pagou
50%, em cheque, diminuindo este valor do banco (menos recursos) e financiou a outra metade em 10
parcelas de $100, ou seja, criou uma dívida/obrigação.
Exemplo 2
Operações realizadas na empresa XYZ no mês de Abril/2010:
03/04/2010 - Constituição da empresa - o capital subscrito no contrato social é de R$120.000,00. Os
sócios integralizaram todo o capital em dinheiro.
12/04/2010 - Realizaram a abertura de uma conta corrente em nome da empresa para realizar sua
movimentação e depositaram R$90.000,00 do dinheiro da empresa nesta conta bancária.
21/04/2010 - A empresa realizou a compra de dois computadores e uma impressora. O valor total da
compra foi de R$6.000,00 pago à vista em cheque.
24/04/2010 - A empresa comprou mesas e cadeiras para uso na empresa, desembolsando à vista em
dinheiro o total de R$1.600,00.
27/04/2010 - A empresa comprou mercadorias para revender. Efetuou a compra à prazo no valor de
R$27.000,00.
Lançamentos:
LIVRO DIÁRIO
Livro Razão
Antigamente, o razão existia apenas em forma de livros, onde se atribuía o título de uma conta para
cada página. Desta forma, havia uma página para Caixa, outra para Banco, outra para Estoque, e
assim por diante. Com o passar do tempo, as folhas avulsas foram substituindo as páginas do livro,
sendo muito comum o uso das fichas razão hoje em dia.
Nome da conta
Data do lançamento: dia, mês e ano de ocorrência do fato que alterou o valor do componente
patrimonial;
Contrapartida: é a conta que completa o lançamento de outra conta que está sendo escriturada;
Histórico do lançamento: descrição do fato administrativo do evento registrável na escrituração;
Débito e Crédito: indicação do valor que será acrescido e/ou diminuído do saldo da conta;
Saldo: diferença entre o somatório do débito e somatório do crédito; e
D/C: indicação da natureza do saldo - D (devedor) e C (credor).
OBS.: Se for usado escrituração mecanizada, além destes itens, deve conter também o nº da folha
correspondente no livro diário.
Modelo de Razão
CONTA: CAIXA
Razonetes
Toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo são lançados no lado esquerdo do razonete (lado do
débito). Toda conta de Passivo ou Patrimônio Líquido, bem como os acréscimos, serão lançados no
lado direito do razonete (lado do crédito). Toda diminuição de Ativo será lançada no lado direito e
toda diminuição de Passivo será lançada no lado esquerdo do razonete.
Em resumo, a importância dos razonetes é principalmente didática, para ajudar a entender como as
operações de uma empresa ou organização são processadas pela contabilidade. Na prática, a fonte
de dados para a obtenção do balancete (que é a fonte do Balanço Patrimonial e da DRE), é o Livro
Diário.
Exemplo 1
Lançamento: Compra de Veículos no valor de $45.000, à vista, via banco.
No livro diário:
D- Veículos...........$45.000
C- Banco..............$45.000
Exemplo 2
Alguns lançamentos existentes no Livro Diário:
1) D- Estoque.... $67.000
C- Caixa....... $67.000
2) D- Caixa....... $70.000
D- Banco.... $30.000
C- Estoque.... $100.000
3) D- Caixa....... $ 35.000
C- Banco ..... $35.000
4) D- Estoque............. $ 10.000,00
C- Fornecedores..... $ 10.000,00
As contas que foram lançadas no Diário a débito, são lançadas no Razão (razonetes) no lado
esquerdo e as que foram lançadas a crédito no Diário, no lado direito. Em cada razonete é
registrado todas as operações do Livro Diário referentes a conta em questão.
OBS.: Apurado o saldo da conta, o próximo passo é colocar um traço horizontal logo abaixo dos
lançamentos, de lado a lado, com o qual limpamos o razonete, passando a valer apenas os valores
lançados a partir do respectivo traço. Em seguida, lançamos o saldo final (SF) no débito ou no
crédito, conforme o caso.
Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a Contabilidade de uma
empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos contábeis importantes,
como por exemplo, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP).
É a relação de Contas extraídas do livro Razão (razonetes) da empresa, ou seja, é o conjunto de todas
as contas (patrimonias e de resultado) dos razonetes com seus respectivos saldos finais. O saldo de
Ou seja, para elaborar um balancete, cada Conta será transferida do razonete para ele, com seu
respectivo saldo. Assim, se a Conta no razonete apontar saldo final devedor (lado esquerdo), este saldo
será transportado para a coluna do saldo devedor do balancete. Se a Conta apresentar no razonete
saldo final credor (lado direito), este saldo será transportado para a coluna do saldo credor do balancete.
Importante: a soma dos saldos devedores deve ser igual à soma dos saldos credores. Se houver
desigualdade, é sinal de que há erros na Contabilidade da empresa.
Exemplo 1
EMPRESA XYZ - Balancete de Verificação em 31/11/20x1
SALDO ($)
CONTA Devedor Credor
Caixa 300.000,00
Banco conta-corrente 50.000,00
Estoques 9.950,00
Veículos 70.000,00
Depreciação acumulada de veículos 1.800,00
Máquinas e equipamentos 217.340
Móveis e utensílios 200.000
Fornecedores 210.000,00
Salários a pagar 20.000,00
ICMS a recolher 110.500,00
Capital social 500.000,00
Receita de vendas 450.000,00
Receita financeira 19.000,00
ICMS sobre vendas 110.500,00
CMV (Custo Mercadoria Vendida) 252.000,00
Despesa com salários 80.000,00
Balancete (simplificado):
EMPRESA ABC - Balancete de Verificação em 12/02/20x9
SALDO ($)
CONTA
Devedor Credor
Caixa 48.500,00
Banco 31.500,00
Fornecedores 80.000,00
Livro Caixa
O Livro Caixa é na maior parte das vezes adotado pela tesouraria da empresa (departamento
responsável pela execução dos recebimentos de receitas e pagamentos de despesas) ou de qualquer
outra entidade com ou sem fins lucrativos.
As anotações devem ser metódicas, diárias e detalhadas. Não deve-se anotar rendimentos futuros
(notas que ainda não compensaram e cheques pré-datados). Todas as Notas Fiscais e comprovantes
de pagamentos devem ser guardados pois são eles que ajudarão a preencher o Livro Caixa
corretamente (pode ser de gastos de energia elétrica, aluguel, água, telefone, material de expediente
(escritório) e de limpeza, bem como reparos e conservação do local, etc.)
- data do registro;
- breve histórico;
- entradas e saídas (débito e crédito, respectivamente, lembrando que não usa-se os dois em um
mesmo registro);
- saldo atual da conta Caixa (saldo anterior mais débito ou menos crédito da conta em questão).
Exemplo
LIVRO CAIXA
Débito Crédito
Data Histórico Saldo
(entradas) (saídas)
01/12/2012 Saldo do mês anterior - - R$750,00
Recebimento da fatura mês 10/2012 cfe doc
07/12/2012 R$890,00 R$1.640,00
nº140
15/12/2012 Compra material de expediente cfe NF nº89367 R$250,00 R$1.390,00
20/12/2012 Pagamento aluguel mês 11/12 cfe documento R$520,00 R$870,00
OBS.: As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL estão obrigadas, perante o fisco, à
escrituração do Livro Caixa, observando as exigências contidas na Lei no 9.317/96 e as demais
formalidades, inclusive quanto aos termos de abertura e encerramento.
Erros de Escrituração
A escrituração feita nos livros contábeis não deve conter intervalos em branco, entrelinhas, borrões,
rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Entretanto, ao desenvolver suas atividades profissionais, o ser humano pode cometer enganos
durante o processo de escrituração. Estes erros podem ocorrer de diversas formas:
- lançamento de valor incorreto;
- borrões ou rasuras na escrituração;
- espaço em branco;
- lançamentos em duplicidade de valor;
- inversão das contas;
- erro na redação de histórico;
- etc.
Quando os erros acontecem, eles devem ser declarados na escrituração mediante retificação através
de estorno, lançamento retificativo, lançamento complementar, lançamento de transferência ou
ressalva (por profissional qualificado).
Estorno
É utilizado quando ocorre duplicidade de um mesmo lançamento contábil (quando o contabilista faz o
mesmo lançamento duas vezes) ou por erro de lançamento da conta debitada ou da conta creditada
na escrituração das entidades, fazendo um lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-
o totalmente.
A correção, no caso de duplicidade, é simples. Deve-se efetuar apenas o estorno do lançamento feito
a mais. Se o caso for erro de lançamento, estornamos conforme o exemplo a seguir.
Lançamento efetuado:
D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
C- Banco - $4.000,00
H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme NF nº589 do Fornecedor ModelOffice.
Estorno total:
D- Banco - $4.000,00
C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
H.: Vlr referente estorno do lançamento feito em xx/xx/20x1, referente compra de uma mesa para
escritório.
Lançamento correto:
D- Móveis e utensílios - $4.000,00
C- Fornecedores - $4.000,00
H.: Vlr referente compra de mesa para escritório, conforme NF nº589 do Fornecedor ModelOffice.
Lançamento Retificativo
Serve para retificar as contas lançadas erradamente e para estornar parte do lançamento, corrigindo
registros feitos por importância maior. No caso de o valor ser lançado maior do que é, a correção
pode ser feita estornando todo o lançamento e depois fazendo o lançamento no valor correto, ou
então estornando apenas a diferença dos valores.
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu um veículo do fornecedor AutoCar no valor de $60.000,00 à vista
em dinheiro.
Lançamento efetuado:
D- Veículos - $80.000,00
C- Caixa - $80.000,00
H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar.
Estorno da diferença:
D- Caixa - $20.000,00
C- Veículos - $20.000,00
H.: Vlr referente estorno de parte do lançamento lançado à maior no dia xx/xx/20x1, referente compra
de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar.
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu um veículo do fornecedor AutoCar no valor de $60.000,00 à vista
em dinheiro.
Lançamento efetuado:
D- Veículos - $6.000,00
C- Caixa - $6.000,00
H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar.
Lançamento complementar:
D- Veículos - $54.000,00
C- Caixa - $54.000,00
H.: Vlr referente complemento da importância lançada à menor no dia xx/xx/20x1, referente compra
de veículo, conforme NF nº290 do Fornecedor AutoCar.
Lançamento de Transferência
Regulariza o lançamento da conta debitada ou creditada indevidamente, através da transposição do
valor para a conta adequada.
– Transferência: é o lançamento que promove a regularização da conta indevidamente debitada ou
creditada, através da transposição do valor para a conta adequada;
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu uma mesa para escritório do fornecedor ModelOffice no valor de
$4.000,00 e a pagará a prazo.
Lançamento efetuado:
D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
C- Fornecedores - $4.000,00
H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme NF nº589 do Fornecedor ModelOffice.
Lançamento de transferência:
D- Móveis e utensílios - $4.000,00
C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
H.: Vlr referente transferência da importância lançada erroneamente no dia xx/xx/20x1, em conta de
Máquinas e equipamentos.
Nos casos de borrões, rasuras, lacunas, saltos de linhas ou de páginas, a ressalva deve ser assinada
por profissional registrado no CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Os borrões, falhas de
impressão e outros erros que comprometam a autenticidade do Livro Diário, poderão ser sanados
através de declaração, assinada pelo contador, tornando sem efeito aquela folha e refazendo, a
seguir, os lançamentos ali contidos.
Borrões e Rasuras
Se ocorrer borrões ou rasuras no livro contábil, deverá ser feita a ressalva relativa ao erro, datar e
assinar na própria folha do livro, ao lado da rasura ou do borrão. Ressalvar significa ratificar,
confirmar, a correção feita através da rasura ou dos borrões no lançamento. A ressalva deve ser feita
pela contabilista.
Saltos de linhas ou de páginas
Se houver saltos de linhas no livro contábil, estas deverão ser preenchidas com traços horizontais, e
com a devida ressalva, datada e assinada pelo contabilista. No caso de saltos de páginas, estas
deverão ser preenchidas com um traço diagonal, e com a respectiva ressalva.
Omissão de lançamentos
O Decreto nº 6.022/2007 institui o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), prevendo que os
livros e documentos contábeis e fiscais serão emitidos em forma eletrônica.
Sped Contábil
A legislação tributária federal exige que, além do Livro Diário, o contribuinte escriture o Livro Razão.
Obriga, também, as pessoas jurídicas não optantes pelo Simples a apresentarem os arquivos
eletrônicos que representem a Contabilidade.
Dessa forma, são quatro formas distintas de representar uma mesma realidade, sujeitas a
formalidades distintas:
Arquivos eletrônicos em dois formatos distintos compostos, basicamente, por plano de contas,
lançamentos e saldos.
Nos arquivos eletrônicos atualmente entregues, em cerca de 90% dos casos, constata-se que eles
representam de forma adequada a escrituração em papel e, a partir do mesmo conjunto de arquivos,
pode-se “gerar” os Livros Diário e Razão.
O Sped Contábil visa à substituição da emissão de livros contábeis (Diário e Razão) em papel pela
sua existência apenas digital. Os livros Diário e Razão serão gerados a partir de um mesmo conjunto
de informações digitais.
A solução abrange os fiscos federal, estaduais, futuramente municipais, DNRC, CFC, Banco Central,
SUSEP, CVM e contribuintes que irão fornecer informações para a composição da base dados.
O arquivo deverá ser assinado digitalmente pelo empresário ou representante legal da sociedade
empresária e pelo contabilista responsável pela escrituração. O aplicativo conterá, também,
funcionalidades para a realização das assinaturas digitais.
Depois de assinado, o arquivo será encaminhado para o Sped que disponibilizará para as Juntas
Comerciais as informações necessárias à autenticação. A Junta Comercial fará uma série de
validações próprias e depois autenticará o livro entregue. Essa informação de autenticação é
fornecida ao titular da escrituração por intermédio do Sped por meio de consulta à Internet.
Depois de recebida, a escrituração contábil é armazenada em um banco de dados que irá permitir
que os órgãos parceiros do Sped obtenham cópias integrais do arquivo. O titular da escrituração
poderá, pela Internet, ter conhecimento de qual órgão teve acesso a sua escrituração.
Uma vez transmitido, qualquer pessoa que tiver o arquivo, poderá verificar a autenticidade da
escrituração contábil da empresa e visualizar e imprimir a escrituração.
Sped Fiscal
A escrituração prevista na forma deste convênio substitui a escrituração e impressão dos seguintes
livros:
I - Livro Registro de Entradas;
II - Livro Registro de Saídas;
III - Livro Registro de Inventário;
IV - Livro Registro de Apuração do IPI;
V - Livro Registro de Apuração do ICMS;
VI - documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP;
VII - Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque.
A escrituração fiscal digital é uma das partes do tripé que compõem o SPED - as outras duas são
a escrituração contábil digital (ECD) e a nota fiscal eletrônica (NF-E).
O contribuinte deverá manter o arquivo digital da EFD, bem como os documentos fiscais que deram
origem à escrituração, na forma e prazos estabelecidos para a guarda de documentos fiscais na
legislação tributária, observados os requisitos de autenticidade e segurança nela previstos.
Exercícios de fixação:
1- Complete:
a) O Diário é um livro .................................................................................................................
b) O livro que registra o movimento individualizado de todas as contas chama-se ..................
c) O livro utilizado para controlar os direitos e as obrigações denomina-se..............................
d) No livro caixa são registradas operações que envolvem.......................................................
e) Escrituração é uma técnica que consiste em ............................................... nos livros
próprios todos os fatos administrativos, bem como os atos administrativos relevantes que
ocorrem na ................................
f) Lançamento é o .................................pelo qual se processa a ............................................
g) O método de escrituração utilizado universalmente é ..........................................................
2- Responda:
a) Cite três livros utilizados pela contabilidade.
c) Qual é o livro que permite um controle individualizado de todas as contas utilizadas pela
contabilidade?
Periódico
Ocorre quando os estoques existentes são avaliados na data de encerramento do balanço, através
da contagem física.
Optando pelo inventário periódico, a contabilização das operações que envolvem mercadorias pode
ser efetuada utilizando a Conta Mercadorias Mista ou a Conta Mercadoria Desdobrada.
Existe apenas uma única conta, a de Mercadorias, que registra todos os fatos pertinentes ao RCM: –
Vendas, Compras, Estoque e CMV. É denominada conta mista, pois mescla em seu interior contas
patrimoniais (estoque) e de resultado (RCM).
Permanente
É aquele em que há um controle de forma contínua do estoque, pois dá-se a baixa do custo das
mercadorias vendidas a cada operação de venda. A conta Mercadorias, a qualquer momento, reflete
o valor das mercadorias que se encontram em estoque.
Na Ficha de Controle de Estoque, o valor das compras deve ser efetuado na coluna Entradas. Na
escrituração contábil, debita-se uma conta representativa de Mercadorias, credita-se Caixa, Bancos
Conta Movimento ou Fornecedores.
O preço pelo qual as mercadorias foram vendidas é levado a registro na escrituração contábil,
mediante débito da conta Caixa, Bancos Conta Movimento ou Duplicatas a Receber, creditando-se a
conta Receita de Vendas.
O preço pago pelas mercadorias vendidas (preço de custo) deverá ser registrado na coluna de saídas
da Ficha de Controle de Estoque, ensejando, na escrituração contábil, o seguinte lançamento: –
débito da conta Custo das Mercadorias Vendidas, creditando-se a conta representativa dos estoques
(Mercadorias em Estoque).
Preço Específico
Significa valorizar cada unidade de estoque ao preço efetivamente pago para cada item
especificamente identificado.
É usado somente quando é possível fazer determinação do preço específico de cada unidade em
Avalia o estoque final pelas aquisições mais recentes e o custo das mercadorias vendidas pelas
aquisições antigas.
Avalia o estoque final pelas aquisições mais antigas e o custo das mercadorias vendidas pelas
aquisições mais recentes.
Avalia tanto o estoque final quanto o custo das mercadorias vendidas pela média entre as primeiras e
as últimas aquisições.
Quando uma empresa adquire mercadorias para revenda, podem acontecer certos fatos que resultam
num custo de aquisição diferente do valor pago ao fornecedor, como, por exemplo, os fretes e
seguros.
São os descontos obtidos na liquidação antecipada de obrigações. É uma Receita Financeira, não
provocando alteração no Resultado com Mercadorias.
São parcelas redutoras dos preços de compra em função de eventos ocorridos após tais operações.
Ensejam os abatimentos sobre compras: – diferença de tipo, qualidade, quantidade, peso ou qualquer
Na compra de mercadorias para revenda, o ICMS e o IPI incidem sobre as compras, porém apenas o
ICMS incidirá sobre as futuras vendas. Portanto, recupera-se o ICMS, mas o IPI não é recuperável.
Na compra de matérias-primas para industrialização, tanto o ICMS como o IPI são recuperáveis,
porque haverá incidência destes impostos quando da venda dos produtos industrializados. Os
impostos recuperáveis são registrados em contas representativas de direitos realizáveis, enquanto os
não recuperáveis integram o custo dos bens adquiridos.
Devoluções de Compras
Quando o comerciante entrega as mercadorias vendidas, incorrendo nos gastos com frete e seguros,
estas operações não alteram vendas porque são consideradas como despesas operacionais.
O desconto incondicional, quando destacado na respectiva nota fiscal de venda, poderá, a critério da
empresa, ser registrado em conta específica, redutora de venda, ou então, registra-se a venda pelo
valor da operação sem o destaque contábil do desconto concedido.
São os que guardam proporcionalidade com o preço da venda ou dos serviços, mesmo quando o
respectivo montante integre esse preço.
Tais impostos são contas redutoras da receita bruta das vendas e serviços. São ela – ICMS, ISS, IE,
COFINS, PIS e taxas que guardam proporcionalidade com o preço de venda e a quota de
contribuição, ou retenção cambial, devida na exportação.
Devoluções de Vendas
Vamos apurar o Resultado da Conta Mercadorias para saber se a empresa comercial obteve lucro ou
prejuízo em sua atividade principal.
Apuração Extracontábil
CMV = EI + C - EF
Onde:
EI = Estoque Inicial
C = Compras de Mercadorias
Onde:
EI = Estoque Inicial
C = Compras de Mercadorias
Teremos:
CMV = 13.000
Apuração extracontábil
RCM = V – CMV
Onde:
V = Vendas de Mercadorias
RCM = V – CMV
Teremos:
RCM = 10.000
Onde:
V = Vendas de Mercadorias
Quando o RCM é positivo, como neste caso, significa que o valor das vendas de Mercadorias foi
superior ao custo das respectivas Mercadorias vendidas; logo, corresponde a lucro, que denomina-se
Lucro Bruto do Exercício.
Quando o RCM é negativo, significa que o valor das vendas de Mercadorias foi inferior ao custo das
respectivas Mercadorias vendidas; logo, corresponde a prejuízo, que denomina-se Prejuízo sobre
Vendas.
Apuração Contábil
Apuração Contábil
a Estoque de Mercadorias
primeira das Contas supra, ref. Ao estoque inicial, para apuração do Resultado
Bruto...............................................$ 5.000
Apuração Contábil
a Compras de Mercadorias
3) Estoque de Mercadorias
4) Vendas de Mercadorias
Resultado Bruto........................................................23.000
Resultado Bruto.........................................................................13.000
Se o saldo da Conta Resultado da Conta Mercadorias ( RCM) for devedor, corresponderá a Prejuízo
sobre Vendas.
Se o saldo da Conta Resultado da Conta Mercadorias ( RCM) for credor, como nesse caso,
corresponderá a Lucro sobre Vendas.
CMV = EI + C - EF
CMV = EI + (CM + FSC – CA – AC – DIO) – EF
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque Inicial
CM = Compras de Mercadorias
FSC = Fretes e Seguros sobre Compras
CA = Abatimentos sobre Compras
DIO = Descontos Incondicionais Obtidos
EF = Estoque Final]
RCM = V - CMV
RCM = ( V – VA – AV – DIC – ICMS – PIS – Cofins) – CMV
RCM = Resultado da Conta Mercadorias
V = Vendas
VA = Vendas Anuladas
AV = Abatimentos sobre Vendas
DIC = Descontos Incondicionais Concedidos
ICMS = Imposto Estadual Incidente sobre as Vendas
PIS = Programa de Integração Social
Cofins = Contribuição para Financiamento da Securidade Social
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
O valor encontrado pela aplicação desta fórmula corresponde ao valor dos fretes e Seguros sobre
Compras deverá ser transferido para a conta Estoque de Mercadorias. Portanto o valor a ser
transferido para conta Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) corresponderá a diferença existente
entre o saldo dos Fretes e Seguros sobre Compras e o valor encontrado na presente fórmula.
Objetivo:
Encerrar as contas de resultado (receitas e despesas) e apurar o resultado (lucro ou prejuízo) obtido
pela empresa no período.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCHMIDT, Paulo. História do Pensamento Contábil/Paulo Schmidt, José Luiz dos Santos. São
Paulo: Atlas, 2006. -- (Coleção resumos de contabilidade;v.8).
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm
http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=contabilidade00#preliminares
http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=contabilidade00
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica: São Paulo. Editora Atlas, 2009.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral Fácil: São Paulo. Saraiva Editora, 2003.