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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO

TRABALHO DA VARA __ DO FORUM DE __ DA COMARCA DE __

PROCESSO:

JONAS AUGUSTO, brasileiro, solteiro, inscrito no RG nº xxxxxx e CPF nº


xxxxx, com profissão xxxxx, domiciliado e residente no endereço xxxx. com CEP xxxxx,
vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de suas advogadas
que por esta subscreve (procuração em anexo), pelo rito ordinário, com fundamentos
nos artigos 840 e 769, da Consolidação das leis trabalhista (CLT), bem como o artigo
319, do Código de Processo Civil (CPC), propor:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA EM DECORRÊNCIA DO ACIDENTE DE


TRABALHO

Contra Legumes Gostoso LTDA, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ nº


xxxxxxx localizada em Cuiabá, pelas razões e fatos e direito que exponho a seguir:

I. DOS FATOS

Trata-se de reclamação trabalhista pelo rito ordinário. O Reclamante Jonas


foi contratado em agosto de 2019, para exercer a função de empacotador, com a
remuneração inicial de R$ XX,XX.

Ocorre que em novembro de 2019 sofreu um acidente no trabalho durante


o manuseio da máquina empacotadeira, causando lesões em sua mão, que ficou presa
no equipamento, contudo verificou-se que houve uma alteração pelo Empregador, ora
Reclamado, segundo constatado no CIPA.

Em razão do acidente o Reclamante Jonas Augusto, teve que amputar um


dos dedos da sua mão direita, causando dano de natureza gravíssima, uma vez que
esse perdeu 20% de sua capacidade laborativa, conforme consta nos exames da perícia
realizados junto ao INSS.

Diante do acidente e da lesão causada ao Reclamante, esse necessitou de


um afastamento em decorrência do ocorrido, recebendo auxílio previdenciário até o mês
de fevereiro de 2020, quando retornou ao trabalho.
Além do mais, o Reclamante teve despesas com médicos e medicamentos,
no montante total de R$ 2.500.00 (dois mil e quinhentos reais).

Por fim, em março de 2020, Jonas foi demitido pelo Reclamado, recebendo
como último salário o montante de R$ 1.500.00 (hum mil e quinhentos reais). Deixando
de receber suas verbas rescisórias.

II. DA JUSTIÇA GRATUITA

O Reclamante é beneficiário da justiça gratuita, nos termos do artigo 5º,


LXXIV, da Constituição Federal, que assim dispõe:

“LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita


aos que comprovarem insuficiência de recursos;”

Diante do ditame da C.F, junta-se nessa oportunidade os comprovantes


demonstrativos da situação delicada do Reclamante.

Além do mais, estabelece o artigo 98 e seguintes do CPC, que a “a


assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de
gratuidade da justiça”.

Assim, requer-se que o Reclamante, a justiça gratuita, levando em


consideração os referidos diplomas, e também a situação de miserabilidade do Sr.
Jonas Augusto.

III. DOS DIREITOS

O Reclamante no exercício de sua função laboral passou a ter contato


habitual com o manuseio de máquina empacotadeira, conforme descrito nos fatos
acima, e diante dessa situação, sofreu um acidente gravíssimo.

Além do mais, o Empregador alterou o equipamento, conforme descrito no


CIPA.
Acidente é o acontecimento que determina, fortuitamente, dano que poderá
ser a coisa material, ou pessoa.

Acidente do trabalho, por definição legal, é aquele que ocorre pelo exercício
do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho.

Lei 6367/ 76, artigo 2º dispõe que:

Art. 2º Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício


do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

O Reclamante, em razão do exercício de seu labor a serviço da empresa e da


irresponsabilidade do Reclamado quanto a prevenção de acidentes desta natureza, foi
vítima de acidente de trabalho, que lhe causou a amputação de um dos seus dedos da
mão direita, causando lesão gravíssima à Jonas que perdeu 20% de sua capacidade
laborativa, segundo a perícia.

Da atitude da Reclamado em não promover as diligências elementares


de forma a evitar que o reclamante ficasse exposto a infortúnios, infere-se a índole
eminentemente mercantilista da empresa, na busca frenética de lucros, exercendo
atividade empresarial de risco, em detrimento da saúde e segurança de seus
empregados.

Diante do exposto, nota-se que conforme o caso em tela, vem surgindo


entendimento nos tribunais, conforme transcrevo abaixo:

"AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - ACIDENTE DO TRABALHO -


CULPA - DANO MORAL E ESTÉTICO - CUMULATIVIDADE -
FIXAÇÃO DO VALOR EM SALÁRIOS MÍNIMOS - VEDAÇÃO
CONSTITUCIONAL - 1. Tratando-se de ação de indenização por
acidente no trabalho, não se discute a culpa do empregador,
aplicando-se a teoria do risco, bastando que o empregado prove
ter o acidente ocorrido e a relação de emprego. Ao empregador
cabe provar, para afastar sua responsabilidade, que a culpa fora
exclusiva do empregado. 2. Admite-se a cumulação de
indenização por dano moral e por dano estético, ainda que
derivados do mesmo fato. 3. A fixação de indenização em salários
mínimos contraria o disposto no art. 7º, IV, da CF, que veda a
vinculação desse para qualquer fim. 4. Apelação provida em
parte". (TJDF - APC 20000150053548 - 5ª T. Cív. - Rel. Juiz Jair
Soares - DJU 21.11.2001 - p. 170).

Assim, conforme exposto em lei e também no entendimento acima


descrito, vem o Reclamante requerer, que seja pago danos morais, em virtude do
acidente de trabalho, ficando assim o Empregador, responsável, pelos danos causados
ao seu Ex-funcionário, pois segundo a CLT, no artigo 166, dispõe que:

"Art. 166. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,


gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequado ao
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados"

No mesmo diapasão, manifesta-se a Superior Instância:


"RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DO TRABALHO -
INDENIZAÇÃO - DIREITO COMUM - FORNECIMENTO DE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL -
AUSÊNCIA - CULPA DA EMPREGADORA CARACTERIZADA -
ADMISSIBILIDADE AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS.
ACIDENTE DO TRABALHO. DIREITO COMUM. ACIDENTE
TÍPICO. PERDA DA VISÃO DE UMA DAS VISTAS. AUSÊNCIA
DE EPIS. RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR
CARACTERIZADA". (2º TACSP - Ap. s/Rev. 560.311-00/0 - 12ª
C. - Rel. Juiz Gama Pellegrini - J. 21.10.1999).

Diante todo o exposto, é notável que a ocorrência de lesão se deu por conta
do Empregador, que não dispôs da devida segurança de seus funcionários, e não
cumpriu com as suas obrigações conforme determina a lei, dessa maneira a culpa da
Reclamado ficou caracterizada por sua omissão voluntária e negligência ante o
descumprimento das diretrizes legais aplicáveis, deixando de levar em conta as
condições adversas do trabalho do Reclamante, incompatíveis com as normas de
segurança pertinentes, dando causa, portanto, a um trauma ortopédico e funcional de
natureza irreversível.
Dos Danos Morais

Diante do caso em tela, verificou-se que o Reclamante sofreu danos morais,


e embora sabemos que esse não se pague, afinal, o Sr. Jonas, não terá seu dedo direito
como antes nunca mais, requer que esse Douto Juiz, estabeleça uma quantia de R$
xx,xx, em virtude dos danos gravíssimos gerados pelo Empregador, ora Reclamado ao
seu ex-funcionário, ora Reclamante.

Das lesões sofridas pelo Reclamante, evidentes são os danos morais


decorrentes, e consistem na violação da sua integridade física, irradiação de dor,
angústia, tensão, nervosismo, revolta e toda a sorte de sentimentos desagradáveis,
detectáveis ao senso comum diante de tão lamentável episódio.

Vale destacar, que o Reclamante foi afastado e recebeu auxílio


previdenciário, até o mês de fevereiro de 2020, e teve um custo de R$ 2.500,00 (dois
mil e quinhentos reais), com medicamentos e médicos.
A angústia de permanecer em um leito hospitalar em estado grave, por longo
período, certamente é situação que a ninguém agrada, resultando, à saciedade, em
sentimentos desgostosos passíveis de serem reparados.

Neste sentido, reiterados são os julgados dos Tribunais pátrios, senão veja:

"INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRABALHO -


AMASSAMENTO DE DEDO INDICADOR DA MÃO ESQUERDA
- CULPA DO EMPREGADOR CARACTERIZADA - DANO
MATERIAL E ESTÉTICO COMPROVADOS SENTENÇA EXTRA
PETITA - INOCORRÊNCIA - FIXAÇÃO DO VALOR DA
INDENIZAÇÃO DESDE LOGO - POSSIBILIDADE - VERBA
HONORÁRIA ADEQUADA - APELAÇÃO DESPROVIDA -
RECURSO ADESIVO - PROVIMENTO PARCIAL - Não configura
decisão extra petita a sentença que, embora haja sido formulado
pedido de reparação do dano estético, condena em dano
moral porquanto aquele e espécie deste. Não configura caso
fortuito se o acidente ocorreu porque o pé do tratorista escapou
da embreagem em razão dos pedais estarem molhados e, ao
deslocar o trator, esmagou parte do dedo da mão do reclamante
entre a barra de tração e o cabeçalho da grade. A culpa reside na
imprudência no agir do tratorista que não podia ignorar a
possibilidade de que o pé, molhado ou enlameado, escorregasse
da embreagem. O dano moral existe, sendo inegável que a perda
da estética na mão causa trauma psíquico que deve ser
indenizado. Estando comprovada a redução da capacidade
laborativa o valor da pensão deve ser fixado desde logo com base
no salário percebido pela vítima na ocasião do acidente tendo em
vista que a apuração do "quantum debeatur" somente deve ser
deixado para a fase de liquidação da sentença quando
efetivamente impossível de ser apurado com os elementos
carreados aos autos, o que não ocorre na presente hipótese,
inclusive porque não se deve relegar a liquidação da sentença
para a satisfação do dano moral. Presente o dano moral pelo
simples reconhecimento da perda da capacidade laborativa da
vítima em razão do evento danoso ("danum in re ipsa"), fixa-se a
indenização em valor equivalente a XXX SALÁRIOS MÍNIMOS,
importância que visa oferecer compensação ao lesado para
atenuar o sofrimento havido, impor sanção ao lesante com a
finalidade de desestimular a repetição de práticas violadoras,
além de se constituir em exemplo à sociedade. A verba honorária
fixada em dez por cento sobre o valor da condenação remunera
adequadamente o trabalho realizado pelo advogado e atende aos
critérios estabelecidos no artigo 20, parágrafo 3, do Código de
Processo Civil". (TAPR - AC 139760800 - (12071) - Umuarama -
3ª C. Cív. - Rel. Juiz Rogério Coelho - DJPR 15.10.1999)

Diante do exposto, requer-se que seja fixado dano moral, em razão do


ocorrido com o Reclamante no montante de R$ xx, xx, afim de que tenha o seu prejuízo
moral diminuído.

Das verbas rescisórias não recebida

Alega o Reclamante, que não recebeu as verbas rescisórias, ocorre que


esse exerceu sua função de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, e foi despedido sem justa
causa e sem receber nenhuma justa causa. E para agravar ainda mais a situação após
voltar de uma recuperação de acidente causado pela própria empresa.

Diante disso, o Reclamante, faz jus a verbas rescisória do período em que


realizou as atividades, como saldo salário, aviso prévio proporcional ao tempo de
serviço, 13º salário proporcional, férias integrais simples acrescidas do terço
constitucional, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, depósito de
FGTS, multa de 40% do FGTS, liberação do Termo de rescisão do Contrato de
Trabalho, liberação das guias do seguro- desemprego, e multa do artigo 467 e 477, §8º
da CLT.

DOS PEDIDOS:

Diante todo o exposto. Requer:

I. Que seja julgada totalmente procedente a presente ação, conforme


demonstrado acima.
II. Que seja deferida a justiça gratuita, com fundamentos na CLT, CPC e na Carta
Magna;
III. seja julgado totalmente procedente o pedido, condenando a reclamado ao
pagamento dos danos materiais (lucros cessantes e danos emergentes), em
função das despesas com o tratamento, bem como dos valores que o reclamante
deixou de perceber com o afastamento do trabalho;
IV. seja julgado totalmente procedente o pedido, condenando a reclamado ao
pagamento de uma pensão mensal vitalícia, correspondente à total incapacidade
do reclamante para o exercício de seu ofício, nos termos dos arts. 949 e 950 do
Código Civil;

V. seja julgado totalmente procedente o pedido, condenando a reclamado ao


pagamento da reparação pelo dano moral causado ao Reclamante, em valor a
ser arbitrado por Vossa Excelência, considerando para fins de condenação, a
extensão do dano, o grau de reprovabilidade da conduta da reclamado, bem
como o potencial econômico desta, além dos parâmetros adotados pelos
Tribunais pátrios em casos semelhantes;

VI. seja julgado totalmente procedente o pedido, condenando a reclamado ao


pagamento da reparação pelo dano estético causado ao Reclamante, vez que
de natureza diversa do dano moral pleiteado, especialmente em razão da
afetação harmônica física do reclamante, tratando-se de lesão perturbadora,
com reflexos na sua estrutura psicológica, em função do impacto causado
perante a sociedade;

VII. a condenação ao pagamento de todas as despesas, presentes e futuras,


decorrentes do tratamento médico-fármaco-hospitalar, nos termos do art. 286 da
CLT.

VIII. seja oficiado o INSS, para que qual o período de afastamento do reclamante de
suas atividades profissionais, bem como apresente todos os documentos
referentes as perícias médicas realizadas no reclamante, e que atestam a sua
incapacidade para o trabalho;

IX. julgar totalmente procedente o pedido, condenando os Requeridos ao


pagamento dos valores acrescidos de juros, correção monetária, desde a data
do sinistro até o efetivo pagamento, além das custas judiciais e honorários
advocatícios fixados em 20%, nos termos da lei;
X. deferir o benefício da justiça gratuita, nos termos da Lei n.º 1.060/50, inclusive com
isenção das despesas postais, tendo em vista que o reclamante não possui
condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo de sustento próprio e
de sua família.

XI. Protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos em direito,


especialmente depoimento pessoal do preposto da reclamado, sob pena de
confesso, pericial, testemunhal, e juntada de documentos novos.

Dá-se à causa o valor de R$ XXX,XX

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

São Paulo, 09 de setembro de 2020

Aline de Souza Balestero Alonso

OAB/SP nº 201300531

__

Keyla Brasilino

OAB/SP nº 8162257517

__

Larissa de Lima Lucena

OAB/SP nª 81621410

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