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ABN – Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados Folha provisória – não será incluída na publicação como norma
Apresentação
REPRESENTANTES ENTIDADES
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Deginições
4 Desenvolvimento de projeto
5 Condições gerais
6 Condições específicas
Prefácio
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),
são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Nacional entre os
associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
1.1 - Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto de poço tubular para captação de água
subterrânea.
1.2 - As exigências desta Norma visam estabelecer procedimentos técnicos para o acesso seguro aos mananciais
subterrâneos, objetivando a extração de água de forma eficiente e sustentável.
1.3 - Esta Norma se aplica aos casos de:
b) inexistência de estudo hidrogeológico; caso em que o projeto deve ser parcialmente desenvolvido a partir de
conhecimentos gerais, e concluído após investigações específicas ou por informações conseguidas através da
perfuração de poço de pesquisa.
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2 Referência normativa
A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 5580 – Tubos de aço-carbono para rosca Whitworth gás para usos comuns na condução de fluidos – Especificação.
NBR 5590 - Tubos de aço carbono com ou sem costura, pretos ou galvanizados por imersão a quente para condução de
fluídos - Especificação.
NBR 6925 - Conexão de ferro fundido maleável, de classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação - Especificação.
NBR 6943 – Conexão de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM-ISO 7-1, para tubulações.
NBR 13604 – Filtros e tubos de revestimento em PVC para poços tubulares profundos.
DIN 4925 – (Part I) – Fiter pipes unplasticized polyvinyl chloride (rigid PVC, PVC-U) for drilled wells, with cross-perforation
and threaded connection for nominal sizes DN 40 to DN 100
API 5 B – Specification for threading, gagind, and thread inspection of casing, tubing, and line pipe threads.
ASTM A 53 – Standard specification for pipe, steel, black and hot-dipped zinc-coated (galvanized) welded and seamless for
ordinary uses.
3. Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.31.
3.1 Aqüífero : Formação ou grupo de formações geológicas capazes de armazenar e conduzir água subterrânea
3.2 Composição físico-química da água : Características físico-químicas das águas subterrâneas, com os teores
presentes.
3.3 Cone de depressão: Rebaixamento do nível da água causado pelo movimento convergente da água do aqüífero
quando bombeada, resultando em um cone de depressão em torno do poço. A sua forma e dimensão dependem das
características hidráulicas do aqüífero e pode ser determinado a partir dos dados obtidos no teste de vazão.
3.4 Conjunto de bombeamento: O conjunto de materiais e equipamentos utilizados para retirar a água do poço. De
acordo com a necessidade e a disponibilidade de energia, podem ser utilizados, dentre outros:
3.4.1 Bomba submersa ou de superfície acionada por energia elétrica, acoplada a tubulação de recalque (edução);
3.4.2 Air-lift: Tubulações de edução de água, de ar e injetor acoplados a unidade de ar comprimido – compressor.
3.4.3 Sistema de êmbolos ou pistão acoplados a moinho, ou outras máquinas acionadas em superfície.
3.5 Filtros: Seção tubular filtrante: tubulação ranhurada, perfurada ou espiralada com abertura contínua, aplicada na
perfuração, com objetivo de permitir o aproveitamento da água do(s) aqüífero(s).
3.6 Fluido de perfuração: Fluido composto de argilas hidratáveis e/ou polímeros com aditivos químicos especiais utilizado
na perfuração, com as finalidades principais de resfriar e lubrificar as ferramentas, transportar os resíduos de perfuração à
superfície, estabilizar o furo impedindo desmoronamentos, controlar filtrações e espessura de reboco, inibir e encapsular
argilas hidratáveis.
3.7 Centralizador: Dispositivo externo à tubulação de revestimento, com a finalidade de permitir a centralização do mesmo
e preenchimento do espaço anular de forma eqüidistante.
PROJETO ABNT NBR 12212:2005 3
3.8 Lacre : Dispositivo colocado no topo do revestimento que impede o ingresso de animais, líquidos e outras substâncias
que possam contaminar o poço e o aqüífero.
3.10 Nível dinâmico (ND) : Profundidade do nível de água de um poço, bombeado a uma dada vazão, medida em relação
à superfície do terreno no local.
3.11 Nível estático (NE) :Profundidade do nível de água de um poço em repouso, isto é, sem bombeamento, medida em
relação à superfície do terreno no local.
3.13 Perfilagem elétrica e radioativa: Medição de parâmetros físicos e radioativos das formações geológicas, realizadas
com ferramentas específicas descidas no interior do poço e registradas em papel contínuo.
3.14 Perfuração Procedimento de perfurar o solo e formações subjacentes, executado com sonda perfuratriz. O diâmetro
e a profundidade são funções da necessidade, disponibilidade hídrica e da geologia.
3.15 Poço de pesquisa Poço perfurado com a finalidade de avaliar a geologia, litologia e a capacidade hidrodinâmica
do(s) aqüífero(s).
3.16 Poço tubular: Obra hidrogeológica de acesso a um ou mais aqüíferos, para captação de água subterrânea,
executada com sonda perfuratriz mediante perfuração vertical com diâmetro mínimo de 4”. Em função da necessidade e da
geologia local, poderá ser parcial ou totalmente revestido.
3.17 Pré Filtro Material sedimentar granulométricamente selecionado, predominantemente quartzoso, aplicado no espaço
anular entre a perfuração e a coluna de revestimento (tubos e filtros).
3.18 Raio de Influência É igual ao raio da área de influência máxima do cone de depressão gerado no poço bombeado.
3.20 Revestimento: Tubulação que forma as paredes do poço nas camadas desmoronantes não produtivas e que define
seu diâmetro nominal. Possui diâmetro e composição variados, sendo aplicada na perfuração, com finalidade de sustentar
as paredes do poço em formações inconsolidadas e desmoronantes, manter a estanqueidade, isolar camadas indesejáveis
e aproveitar camadas produtoras.
3.21 Rocha cristalina: Agregado natural formado por um ou mais minerais, que constitui parte essencial da crosta
terrestre, de origem magmática ou metamórfica, com variados graus de dureza, normalmente alto.
3.22 Rocha Sedimentar: Agregado natural originado da erosão/alteração, transporte, deposição ou precipitação e
diagênese de qualquer tipo de rocha.
3.23 Selamento Isolamento através do preenchimento do espaço anular entre a perfuração e a coluna de revestimento
com cimento e/ou pellets de argila expansiva, ou outra técnica que evite a percolação de águas superiores pela parede
externa do revestimento.
3.24 Surgência: Jorro espontâneo de água subterrânea causado pela pressão positiva, acima da cota da
superfície do terreno.
3.27 Teste de vazão: Ensaio de bombeamento realizado em um poço tubular ou sistema de poços, com objetivo de
determinar as características hidrodinâmicas do(s) poço(s) e permitir o dimensionamento das condições de explotação.
Deve ter controle das vazões, rebaixamentos e recuperação.
3.29 Tubo de boca Tubulação de aço com diâmetro compatível, instalado nas camadas iniciais, com a finalidade de isolar
e manter estável a boca do poço durante os trabalhos de perfuração.
3.31 Vazão de explotação: Vazão ótima que visa o aproveitamento técnico e econômico do poço; fica situada no limite do
regime laminar e deve ser definida pela curva característica do poço (curva-vazão/ rebaixamento).
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4. Desenvolvimento do Projeto
e) planta topográfica em escala adequada, com a localização e o cadastro das obras e dos poços existentes e
piezometria.
g) previsão do(s) aqüífero(s) a ser(em) explotado(s), tipo e geometria, do potencial e do nível piezométrico;
j) revestimento com especificação dos critérios para obter-se a estanqueidade na coluna cega e o posicionamento e
colocação dos filtros, quando estes forem necessários;
m) recomendações de técnicas para controle e monitoramento da explotação visando a manutenção das condições
naturais do poço e aqüífero(s);
5. Condições Gerais
5.1 Vazão
5.1.1 O projeto de exploração do poço deve assegurar vazão contínua e constante sem prejuízo da qualidade da água.
Durante a sua vida útil, deve ser controlado e monitorado como parcela do recurso hídrico regional.
5.1.2 O projeto de monitoramento dos poços terá por objetivo a detecção precoce de alterações nas características
hidrogeológicas dos poços e aqüífero(s).
5.2 - Proteção
5.2.1 Perímetro de proteção do poço:O perímetro de proteção do poço deve ser definido considerando as características
hidrogeológicas da região e particularidades locais. Laudo técnico fundamentado definirá as condições de proteção quando
condições particulares indicarem necessidade de projeto específico.
PROJETO ABNT NBR 12212:2005 5
5.2.2 Área de proteção do poço: A área circunscrita à laje sanitária deverá ser protegida com alvenaria, tela, cerca ou
outro dispositivo, que impeça o acesso de pessoas não autorizadas e permita a manutenção dos equipamentos, tendo no
mínimo 1 m2.
5.2.3 Selo sanitário: Preenchimento do espaço anular entre a parede da perfuração e a coluna de revestimento, com
espessura mínima de 75 mm, com a finalidade de preservar a qualidade das águas subterrâneas e de a proteger contra
contaminantes e infiltrações de superfície. Dependerá da geologia local, sendo aconselhável uma profundidade mínima de
12 metros.
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5.2.4 Laje sanitária: Deverá ser prevista a construção de uma laje de concreto com dimensão mínima de 1 m e espessura
de 10 cm, concêntrica ao tubo de revestimento e com declividade para as bordas.
5.2.5 Lacre: Instalado o equipamento de bombeamento, o poço deverá ser protegido por um lacre que o proteja de
contaminações superficiais, impedindo o acesso de animais, líquidos e outras substâncias que possam alterar as
qualidades originais da água. Deve permitir o acesso para controle, manutenção e monitoramento e, nos poços surgentes,
impedir o desperdício de água.
6. Condições específicas
6.1 Perfuração
6.1.1 O diâmetro e a profundidade da perfuração serão determinados pela vazão pretendida, disponibilidade hídrica e
geologia local.
6.1.2 O diâmetro da perfuração deverá sempre levar em conta o diâmetro dos tubos e filtros a serem instalados, sendo
aconselhável um espaço anular mínimo de 75 mm, para possibilitar a livre descida da coluna de revestimento, do pré-filtro
e um selamento seguro.
6.2 Distância entre poços: A distância entre poços deve basear-se na hidrogeologia local, levando em conta o raio de
influência dos poços, no sentido de evitar interferência entre os mesmos. No caso de sistemas de poços será obrigatório o
planejamento e gerenciamento das interferências.
6.3.1 O diâmetro nominal do poço deve levar em conta as características do conjunto de bombeamento e sua profundidade
de instalação.
6.3.2 O diâmetro nominal do poço será determinado pelo diâmetro interno do revestimento.
6.3.3 É recomendado o diâmetro nominal mínimo de 150 mm, sendo tolerado, em condições especiais, os diâmetros de
125 mm e 100 mm para poços de pequena vazão.
6.4 Câmara de bombeamento: A câmara de bombeamento deve ter diâmetro compatível com a vazão e o diâmetro da
bomba a ser instalada, respeitando-se o espaço anular mínimo de 25mm em torno do corpo da bomba.
6.5 Revestimento
6.5.1 O revestimento deve ser especificado quando à natureza, resistência mecânica, corrosão, estanqueidade das juntas,
manuseabilidade na colocação, e resistência às manobras de operação e manutenção do poço.
6.5.2 Em poços parcialmente revestidos o revestimento deverá avançar, no mínimo, 3 m na rocha não desmoronável, a fim
de obter absoluta estanqueidade na transição da formação inconsolidada para a consolidada.
6.5.3 Deverão ser aplicados centralizadores a intervalos regulares, de modo a permitir a eqüidistância entre o diâmetro
perfurado e o revestimento.
6.5.4 O tubo de revestimento deve ser especificado conforme a NBR 5580, NBR 5590, NBR 136504, DIN 2440, NBR 6925,
NBR 6943, NBR 12211, DIN 2442, DIN 4925, API 5 A, 5Ax, 5 Ac, 5B, 5 L e ASTM A 53.
6.6 - Filtro
6.6.1 Os poços, cujos intervalos produtivos a serem aproveitados estiverem em aqüíferos inconsolidados e/ou
desmoronantes devem ser providos de filtros.
6.6.2 O trecho do intervalo produtivo em rocha consolidada que possuir, estritamente, instabilidade estrutural deve ser
provido de filtro.
6.6.3 Em aqüíferos múltiplos, com características hidráulicas confinantes e livres, deve –se adotar a melhor disposição dos
filtros, tendo em vista garantir a individualidade dos aqüíferos e a eficiência hidráulica da captação.
6.6.4 O diâmetro interno dos filtros deve ser compatível com os tubos lisos, com o diâmetro da bomba, com os
implementos de explotação da água e ser suficiente para manter a velocidade vertical máxima de 1,5m/s.
6 PROJETO ABNT NBR 12212:2005
6.6.5 O comprimento das seções de filtros deve ser estabelecido após o conhecimento das características dos aqüíferos
seccionados (espessura das camadas saturadas, pressões e produtividade desejada) e dos próprios filtros, sendo
calculado conforme a equação a seguir:
L= ________Q_________ . 100
3,14 Ao.D.V.
Onde:
L = comprimento do filtro, em metros.
Q = vazão a ser extraída, em m³/s.
Ao = área aberta total; relação entre a somatória das áreas individuais das ranhuras e a área da superfície total do
filtro, característica do tipo de filtro utilizado, em %.
D = diâmetro do filtro, em metros.
V = velocidade de entrada da água, em m/s.
6.6.6 O dimensionamento da abertura dos filtros (ranhuras) deve ser feito com base nas granulometrias do aqüífero e do
pré-filtro.
6.6.7 As aberturas dos filtros devem reter o mínimo de 85% do material do pré-filtro, com granulometria selecionada pela
curva granulométrica do aqüífero.
6.6.8 No caso de instalação dos filtros sem pré-filtro, as aberturas devem reter de 30% a 40% do material do aqüífero, para
coeficiente de uniformidade maior que 6,0, e de 40% a 50%, para coeficiente menor que 6,0.
6.6.9 O filtro deve ser especificado contendo no mínimo as informações referentes ao tipo de material, resistência
mecânica, diâmetros internos e externos, tipo e dimensões da abertura e área útil percentual.
6.6.10 Os filtros devem apresentar suficiente robustez mecânica para resistir aos esforços externos de tração e de
compressão diametral de acordo com a profundidade de instalação.
6.6.11 A escolha dos filtros deve levar em consideração a ação corrosiva ou incrustante da água subterrânea.
6.6.12 Os parâmetros constantes da Tabela a seguir são indicadores usuais da ação corrosiva ou incrustante.
Tabela de indicações
Ação corrosiva Ação incrustante
PH < 5 PH > 8
OD > 2mg/L Dureza > 300mg/L
Presença de gás sulfídrico Ferro > 2mg/L
Sólidos totais dissolvidos >1000mg/L Manganês a pH > 8: 1mg/L
Gás carbônico > 50mg/L
Cloreto > 300mg/L
6.7 - Pré-filtro
6.7.2 O espaço anular mínimo entre a perfuração e a coluna de revestimento, para aplicação de pré-filtro, deve ser de 75
mm.
6.7.3 O material a ser utilizado como pré-filtro deve ter constituição mineralógica quartzosa, com grãos sub-arredondados a
arredondados, e as seguintes características:
a) granulometria tal que 70%, em massa, sejam retidos em peneira de abertura compreendida entre quatro e seis
vezes a que reteria igual porcentagem da amostra friável;
b) coeficiente de uniformidade inferior a 2,5;
c) estabilidade física e química em água;
d) grau de limpeza e desinfecção adequada à higiene do poço.
6.7.4 O perfil granulométrico do pré-filtro deve assegurar valores de turbidez dentro dos padrões sanitários.
6.7.5 O conjunto filtro e pré-filtro deve reter no mínimo 90%, em massa da formação geológica.
6.8.1 A extensão da zona de captação deve ser dimensionada para atender a vazão projetada.
6.8.2 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos livres é conveniente a penetração total do poço e aplicação de filtros
no terço inferior da formação aqüífera.
6.8.3 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos confinados é conveniente penetração em toda a sua espessura,
prevendo-se a colocação de filtros na máxima extensão, conforme o caso.
PROJETO ABNT NBR 12212:2005 7
6.8.4 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos semiconfinados, devem ser aplicados os filtros apenas nos intervalos
permo porosos, detectados pela descrição das amostras de calha e ou pela perfilagem elétrica.
6.9.1 Após conclusão do poço deve ser realizado teste de vazão com a utilização, quando possível, de poços de
observação para a determinação das características hidrodinâmicas do aqüífero.
6.9.2 Em sistemas de poços devem ser realizados testes de vazão com a utilização de poços de observação para a
determinação das características hidrodinâmicas do aqüífero
6.9.3 Para a determinação da vazão de explotação e dos parâmetros hidráulicos em poço único, sem poço de observação,
o teste de vazão deve ter duração mínima de 24 horas com vazão constante, seguido de medidas de recuperação do nível.
O tempo de medição da recuperação deve ser o suficiente para que esta atinja, no mínimo, 80% do rebaixamento medido.
6.9.4 Para poços com vazões superiores a 5.000 l/h, poderá ser executado também teste de vazão escalonado, que visa
medir as perdas de carga e vazão explotável.
6.9.5 A vazão estimada do poço pode ser avaliada durante sua construção, por meio de ensaios operacionais, quando as
características geológicas do aqüífero o permitam.
6.9.6 Os procedimentos do teste de vazão devem ser realizados com equipamento que ofereça condições flexíveis de
operação no poço, quanto à vazão e medição do nível dinâmico.
6.9.7 O resultado final dos ensaios deve ser formalizado em relatório consubstanciando informações, registros e análise do
desempenho do poço, (prescritos em 6.9.2.).
6.9.8 A vazão de explotação do poço e o correspondente nível dinâmico são fixados em função de análise dos ensaios de
bombeamento.
6.9.9 Para sistema de poços, os ensaios de vazão devem considerar e quantificar a interferência entre eles.
6.9.10 Em aqüíferos confinados a profundidade do nível dinâmico não deve ser inferior a cota superior do aqüífero
captado.
6.10 Selamento
6.10.1 Para prevenir riscos de contaminação ou mineralização, o poço deve ser selado em toda a extensão necessária ao
isolamento.
6.10.2 O processo de selamento utilizado deve permitir o fechamento do espaço anular concêntrico ao revestimento.
6.10.3 Caso o selamento seja feito com cimento, deve ser indicada a densidade da pasta nos trechos a serem cimentados.
6.11.1 A escolha do conjunto de bombeamento deve ser feita em função dos seguintes fatores:
a) condições de explotação: vazão e nível dinâmico;
b) diâmetro interno e profundidade da câmara de bombeamento;
c) temperatura da água;
d) características físico-químicas da água;
e) características da energia disponível;
f) altura manométrica total.
6.11.2 A profundidade de instalação da bomba deve ser definida em função da posição prevista para o nível dinâmico.
6.11.3 Na instalação do equipamento de bombeamento, deve ser prevista a colocação de um tubo lateral para medição do
nível da água.
6.11.4 O diâmetro da bomba submersa não deve permitir velocidade no espaço anular entre o diâmetro máximo do motor e
o diâmetro mínimo do poço na câmara de bombeamento superior a 3,7 m/s nem inferior a 0,1 m/s, em qualquer condição
de operação e em função das características do equipamento.
6.11.5 Nos recalques de poços profundos, deve ser feito o estudo de golpe de aríete, em função das características dos
equipamentos.
6.12.1 O poço concluído deve ser mantido com tampa e lacrado até a instalação do equipamento de bombeamento.
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