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AGO 2005 Projeto ABNT NBR 12212

Projeto de poço tubular para captação


de água subterrânea - Procedimento
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
CEP 20031-901 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (21) 3974-2300
Fax: (21) 2220-1762 / 2206436
Endereço eletrônico:
www.abnt.org.br
1º Projeto de Revisão

Copyright © 2005
ABN – Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados Folha provisória – não será incluída na publicação como norma

Apresentação

I) Este Projeto de Revisão de Norma:


1) é previsto para substituir a NBR 12212:1992 - Projeto de poço para captação de
água subterrânea , quando for aprovado, sendo que nesse interim, a referida continua
em pleno vigor;
2) foi preparado pela CE-02:144.40 - Comissão de Estudo de Projeto e construção de
poço para captação de água subterrânea do ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de
Construção Civil;
3) recebe sugestões de forma e objeções de mérito, até a data estipulada no eidtal
correspondente;
4) não tem valor normativo

II) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

REPRESENTANTES ENTIDADES

Adalberto A de Souza SANEPAR


Antônio Pedro Viero CREA-RS
Benjamin M Vasconcelos Neto CORNER
Carlos Eduardo Giampa DH Perfurações
Claudio P Oliveira HIDROGEO – RS
Edgard Olivetto Junior SANEQUALI
Fernando Pons da Silva JUPER
Heli Alves Garcia TUPY
João Carlos S Souza SABESP
João Horácio Pereira SANEPAR
Joel Felipe Soares ABAS
José Eduardo de Lima DAE
Marcos Justino Guarda SANEPAR
Ricardo Santaliestra Pina SINDUSCON
Sergio Gouveia Azevedo IPT
AGO 2005 Projeto ABNT NBR 12212
Projeto de poço tubular para captação
de água subterrânea - Procedimento
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro Origem: ABNT NBR 12212:1992
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
CEP 20031-901 – Rio de Janeiro – RJ ABNT/CB-02 – Comitê Brasileiro de Construção Civil
Tel.: PABX (21) 3974-2300 CE–02:144.40 – Comissão de Estudo de Projeto e Construção de Poço para
Fax: (21) 2220-1762
Endereço eletrônico: Captação de Água
www.abnt.org.br ABNT NBR 12212 – Public water supply system – Wells for extraction of
groundwater – Design Procedure
Descriptors: well.water supply
Esta norma cancela e substitui a ABNT NBR 12212:1992
Copyright © 2005,
ABN T– Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavra(s)-chave: Água subterrânea. Abastecimento de água. Poço 7 páginas
Tubular.

Sumário

Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Deginições
4 Desenvolvimento de projeto
5 Condições gerais
6 Condições específicas

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),
são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Nacional entre os
associados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

1.1 - Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto de poço tubular para captação de água
subterrânea.
1.2 - As exigências desta Norma visam estabelecer procedimentos técnicos para o acesso seguro aos mananciais
subterrâneos, objetivando a extração de água de forma eficiente e sustentável.
1.3 - Esta Norma se aplica aos casos de:

a) existência de estudo hidrogeológico, permitindo elaboração de projeto da forma mais completa.

b) inexistência de estudo hidrogeológico; caso em que o projeto deve ser parcialmente desenvolvido a partir de
conhecimentos gerais, e concluído após investigações específicas ou por informações conseguidas através da
perfuração de poço de pesquisa.
2 PROJETO ABNT NBR 12212:2005

2 Referência normativa
A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5580 – Tubos de aço-carbono para rosca Whitworth gás para usos comuns na condução de fluidos – Especificação.

NBR 5590 - Tubos de aço carbono com ou sem costura, pretos ou galvanizados por imersão a quente para condução de
fluídos - Especificação.

NBR 6925 - Conexão de ferro fundido maleável, de classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação - Especificação.

NBR 6943 – Conexão de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM-ISO 7-1, para tubulações.

NBR 12211 – Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água – procedimento.

NBR 13604 – Filtros e tubos de revestimento em PVC para poços tubulares profundos.

DIN 2440 – Steel tubes medium – Weight suitable for screwing.

DIN 2442 – Steel tubes heavy – Weight suitable for screwing.

DIN 4925 – (Part I) – Fiter pipes unplasticized polyvinyl chloride (rigid PVC, PVC-U) for drilled wells, with cross-perforation
and threaded connection for nominal sizes DN 40 to DN 100

API 5A – Specification for casing, tubing, and drill pipe.

API 5 Ax – Specification for high-strength, tubing, and drill pipe.

API 5 Ac – Specification for restricted yield strength casing and tubing.

API 5 B – Specification for threading, gagind, and thread inspection of casing, tubing, and line pipe threads.

API 5 L – Specification for line pipe.

ASTM A 53 – Standard specification for pipe, steel, black and hot-dipped zinc-coated (galvanized) welded and seamless for
ordinary uses.

3. Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.31.

3.1 Aqüífero : Formação ou grupo de formações geológicas capazes de armazenar e conduzir água subterrânea

3.2 Composição físico-química da água : Características físico-químicas das águas subterrâneas, com os teores
presentes.

3.3 Cone de depressão: Rebaixamento do nível da água causado pelo movimento convergente da água do aqüífero
quando bombeada, resultando em um cone de depressão em torno do poço. A sua forma e dimensão dependem das
características hidráulicas do aqüífero e pode ser determinado a partir dos dados obtidos no teste de vazão.

3.4 Conjunto de bombeamento: O conjunto de materiais e equipamentos utilizados para retirar a água do poço. De
acordo com a necessidade e a disponibilidade de energia, podem ser utilizados, dentre outros:
3.4.1 Bomba submersa ou de superfície acionada por energia elétrica, acoplada a tubulação de recalque (edução);
3.4.2 Air-lift: Tubulações de edução de água, de ar e injetor acoplados a unidade de ar comprimido – compressor.
3.4.3 Sistema de êmbolos ou pistão acoplados a moinho, ou outras máquinas acionadas em superfície.

3.5 Filtros: Seção tubular filtrante: tubulação ranhurada, perfurada ou espiralada com abertura contínua, aplicada na
perfuração, com objetivo de permitir o aproveitamento da água do(s) aqüífero(s).

3.6 Fluido de perfuração: Fluido composto de argilas hidratáveis e/ou polímeros com aditivos químicos especiais utilizado
na perfuração, com as finalidades principais de resfriar e lubrificar as ferramentas, transportar os resíduos de perfuração à
superfície, estabilizar o furo impedindo desmoronamentos, controlar filtrações e espessura de reboco, inibir e encapsular
argilas hidratáveis.

3.7 Centralizador: Dispositivo externo à tubulação de revestimento, com a finalidade de permitir a centralização do mesmo
e preenchimento do espaço anular de forma eqüidistante.
PROJETO ABNT NBR 12212:2005 3

3.8 Lacre : Dispositivo colocado no topo do revestimento que impede o ingresso de animais, líquidos e outras substâncias
que possam contaminar o poço e o aqüífero.

3.9 Litologia : Estudo dos diferentes tipos de rochas.

3.10 Nível dinâmico (ND) : Profundidade do nível de água de um poço, bombeado a uma dada vazão, medida em relação
à superfície do terreno no local.

3.11 Nível estático (NE) :Profundidade do nível de água de um poço em repouso, isto é, sem bombeamento, medida em
relação à superfície do terreno no local.

3.12 Pellets de argila expansiva


Grânulos de argila desidratada, processada industrialmente para retardo de inchamento em contato com água.

3.13 Perfilagem elétrica e radioativa: Medição de parâmetros físicos e radioativos das formações geológicas, realizadas
com ferramentas específicas descidas no interior do poço e registradas em papel contínuo.

3.14 Perfuração Procedimento de perfurar o solo e formações subjacentes, executado com sonda perfuratriz. O diâmetro
e a profundidade são funções da necessidade, disponibilidade hídrica e da geologia.

3.15 Poço de pesquisa Poço perfurado com a finalidade de avaliar a geologia, litologia e a capacidade hidrodinâmica
do(s) aqüífero(s).

3.16 Poço tubular: Obra hidrogeológica de acesso a um ou mais aqüíferos, para captação de água subterrânea,
executada com sonda perfuratriz mediante perfuração vertical com diâmetro mínimo de 4”. Em função da necessidade e da
geologia local, poderá ser parcial ou totalmente revestido.

3.17 Pré Filtro Material sedimentar granulométricamente selecionado, predominantemente quartzoso, aplicado no espaço
anular entre a perfuração e a coluna de revestimento (tubos e filtros).

3.18 Raio de Influência É igual ao raio da área de influência máxima do cone de depressão gerado no poço bombeado.

3.19 Rebaixamento Diferença entre os níveis estático e dinâmico durante o bombeamento.

3.20 Revestimento: Tubulação que forma as paredes do poço nas camadas desmoronantes não produtivas e que define
seu diâmetro nominal. Possui diâmetro e composição variados, sendo aplicada na perfuração, com finalidade de sustentar
as paredes do poço em formações inconsolidadas e desmoronantes, manter a estanqueidade, isolar camadas indesejáveis
e aproveitar camadas produtoras.

3.21 Rocha cristalina: Agregado natural formado por um ou mais minerais, que constitui parte essencial da crosta
terrestre, de origem magmática ou metamórfica, com variados graus de dureza, normalmente alto.

3.22 Rocha Sedimentar: Agregado natural originado da erosão/alteração, transporte, deposição ou precipitação e
diagênese de qualquer tipo de rocha.

3.23 Selamento Isolamento através do preenchimento do espaço anular entre a perfuração e a coluna de revestimento
com cimento e/ou pellets de argila expansiva, ou outra técnica que evite a percolação de águas superiores pela parede
externa do revestimento.

3.24 Surgência: Jorro espontâneo de água subterrânea causado pela pressão positiva, acima da cota da
superfície do terreno.

3.25 Teste de alinhamento: Verificação do perfil retilíneo de um poço.

3.26 Teste de aqüífero Procedimento para avaliar as características hidrodinâmicas do aqüífero.

3.27 Teste de vazão: Ensaio de bombeamento realizado em um poço tubular ou sistema de poços, com objetivo de
determinar as características hidrodinâmicas do(s) poço(s) e permitir o dimensionamento das condições de explotação.
Deve ter controle das vazões, rebaixamentos e recuperação.

3.28 Teste de verticalidade Verificação do prumo de um poço.

3.29 Tubo de boca Tubulação de aço com diâmetro compatível, instalado nas camadas iniciais, com a finalidade de isolar
e manter estável a boca do poço durante os trabalhos de perfuração.

3.30 Vazão: olume de água extraído do poço por unidade de tempo.

3.31 Vazão de explotação: Vazão ótima que visa o aproveitamento técnico e econômico do poço; fica situada no limite do
regime laminar e deve ser definida pela curva característica do poço (curva-vazão/ rebaixamento).
4 PROJETO ABNT NBR 12212:2005

4. Desenvolvimento do Projeto

4.1 Elementos necessários


O projeto de captação de água subterrânea através de poço ou sistema de poços pressupõe o conhecimento de:
a) vazão pretendida;

b) hidrogeologia da área constituída, no mínimo, do condicionamento geológico regional e local, incluindo


levantamento dos dados geológicos, geofísicos e de poços existentes, com identificação e caracterização do(s)
aqüífero(s) cuja exploração é pretendida pelo(s) poço(s) a ser(em) perfurado(s). Emissão de relatório conclusivo
sobre a potencialidade hidrogeológica da área e da viabilidade de atendimento ao item 4.1.a, com determinação dos
locais mais adequados para a execução da(s) perfuração(ões) e da provável composição físico química da água;

c) avaliação preliminar da vulnerabilidade à poluição dos aqüíferos;

d) estimativa do número de poços a constituir o sistema;

e) planta topográfica em escala adequada, com a localização e o cadastro das obras e dos poços existentes e
piezometria.

4.2 Atividades necessárias


O projeto de poço tubular para captação de água subterrânea deve compreender os seguintes itens:

a) recomendação do método de perfuração, tipo de fluido, considerando custo, adequação às características


litológicas e hidrogeológicas do aqüífero explorado e segurança sanitária e ambiental;

b) locação topográfica do poço;

c) estimativa das profundidades mínima e máxima do poço;

d) estimativa da vazão do poço;

e) fixação dos diâmetros nominais úteis do poço e da perfuração;

f) previsão da coluna estratigráfica a ser perfurada;

g) previsão do(s) aqüífero(s) a ser(em) explotado(s), tipo e geometria, do potencial e do nível piezométrico;

h) previsão da cota do nível dinâmico;

i) avaliação da composição físico química da(s) água(s) do(s) aqüífero(s) interceptado(s);

j) revestimento com especificação dos critérios para obter-se a estanqueidade na coluna cega e o posicionamento e
colocação dos filtros, quando estes forem necessários;

k) definição dos métodos de aferição da verticalidade e alinhamento do poço;

l) especificação das condições de proteção sanitária, tanto superficial quanto subsuperficial;

m) recomendações de técnicas para controle e monitoramento da explotação visando a manutenção das condições
naturais do poço e aqüífero(s);

n) previsão de execução de perfilagem elétrica e radioativa em formações sedimentares, que possibilite a


determinação de camadas produtivas e improdutivas, indicando o correto posicionamento das seções de filtros na
coluna de revestimento.

5. Condições Gerais

5.1 Vazão

5.1.1 O projeto de exploração do poço deve assegurar vazão contínua e constante sem prejuízo da qualidade da água.
Durante a sua vida útil, deve ser controlado e monitorado como parcela do recurso hídrico regional.

5.1.2 O projeto de monitoramento dos poços terá por objetivo a detecção precoce de alterações nas características
hidrogeológicas dos poços e aqüífero(s).

5.2 - Proteção

5.2.1 Perímetro de proteção do poço:O perímetro de proteção do poço deve ser definido considerando as características
hidrogeológicas da região e particularidades locais. Laudo técnico fundamentado definirá as condições de proteção quando
condições particulares indicarem necessidade de projeto específico.
PROJETO ABNT NBR 12212:2005 5

5.2.2 Área de proteção do poço: A área circunscrita à laje sanitária deverá ser protegida com alvenaria, tela, cerca ou
outro dispositivo, que impeça o acesso de pessoas não autorizadas e permita a manutenção dos equipamentos, tendo no
mínimo 1 m2.

5.2.3 Selo sanitário: Preenchimento do espaço anular entre a parede da perfuração e a coluna de revestimento, com
espessura mínima de 75 mm, com a finalidade de preservar a qualidade das águas subterrâneas e de a proteger contra
contaminantes e infiltrações de superfície. Dependerá da geologia local, sendo aconselhável uma profundidade mínima de
12 metros.
2
5.2.4 Laje sanitária: Deverá ser prevista a construção de uma laje de concreto com dimensão mínima de 1 m e espessura
de 10 cm, concêntrica ao tubo de revestimento e com declividade para as bordas.

5.2.5 Lacre: Instalado o equipamento de bombeamento, o poço deverá ser protegido por um lacre que o proteja de
contaminações superficiais, impedindo o acesso de animais, líquidos e outras substâncias que possam alterar as
qualidades originais da água. Deve permitir o acesso para controle, manutenção e monitoramento e, nos poços surgentes,
impedir o desperdício de água.

6. Condições específicas

6.1 Perfuração

6.1.1 O diâmetro e a profundidade da perfuração serão determinados pela vazão pretendida, disponibilidade hídrica e
geologia local.

6.1.2 O diâmetro da perfuração deverá sempre levar em conta o diâmetro dos tubos e filtros a serem instalados, sendo
aconselhável um espaço anular mínimo de 75 mm, para possibilitar a livre descida da coluna de revestimento, do pré-filtro
e um selamento seguro.

6.2 Distância entre poços: A distância entre poços deve basear-se na hidrogeologia local, levando em conta o raio de
influência dos poços, no sentido de evitar interferência entre os mesmos. No caso de sistemas de poços será obrigatório o
planejamento e gerenciamento das interferências.

6.3 Diâmetro nominal do poço

6.3.1 O diâmetro nominal do poço deve levar em conta as características do conjunto de bombeamento e sua profundidade
de instalação.

6.3.2 O diâmetro nominal do poço será determinado pelo diâmetro interno do revestimento.

6.3.3 É recomendado o diâmetro nominal mínimo de 150 mm, sendo tolerado, em condições especiais, os diâmetros de
125 mm e 100 mm para poços de pequena vazão.

6.3.4 O poço pode ser completado em diversos diâmetros nominais.

6.4 Câmara de bombeamento: A câmara de bombeamento deve ter diâmetro compatível com a vazão e o diâmetro da
bomba a ser instalada, respeitando-se o espaço anular mínimo de 25mm em torno do corpo da bomba.

6.5 Revestimento

6.5.1 O revestimento deve ser especificado quando à natureza, resistência mecânica, corrosão, estanqueidade das juntas,
manuseabilidade na colocação, e resistência às manobras de operação e manutenção do poço.

6.5.2 Em poços parcialmente revestidos o revestimento deverá avançar, no mínimo, 3 m na rocha não desmoronável, a fim
de obter absoluta estanqueidade na transição da formação inconsolidada para a consolidada.

6.5.3 Deverão ser aplicados centralizadores a intervalos regulares, de modo a permitir a eqüidistância entre o diâmetro
perfurado e o revestimento.

6.5.4 O tubo de revestimento deve ser especificado conforme a NBR 5580, NBR 5590, NBR 136504, DIN 2440, NBR 6925,
NBR 6943, NBR 12211, DIN 2442, DIN 4925, API 5 A, 5Ax, 5 Ac, 5B, 5 L e ASTM A 53.

6.6 - Filtro

6.6.1 Os poços, cujos intervalos produtivos a serem aproveitados estiverem em aqüíferos inconsolidados e/ou
desmoronantes devem ser providos de filtros.

6.6.2 O trecho do intervalo produtivo em rocha consolidada que possuir, estritamente, instabilidade estrutural deve ser
provido de filtro.
6.6.3 Em aqüíferos múltiplos, com características hidráulicas confinantes e livres, deve –se adotar a melhor disposição dos
filtros, tendo em vista garantir a individualidade dos aqüíferos e a eficiência hidráulica da captação.

6.6.4 O diâmetro interno dos filtros deve ser compatível com os tubos lisos, com o diâmetro da bomba, com os
implementos de explotação da água e ser suficiente para manter a velocidade vertical máxima de 1,5m/s.
6 PROJETO ABNT NBR 12212:2005

6.6.5 O comprimento das seções de filtros deve ser estabelecido após o conhecimento das características dos aqüíferos
seccionados (espessura das camadas saturadas, pressões e produtividade desejada) e dos próprios filtros, sendo
calculado conforme a equação a seguir:

L= ________Q_________ . 100
3,14 Ao.D.V.
Onde:
L = comprimento do filtro, em metros.
Q = vazão a ser extraída, em m³/s.
Ao = área aberta total; relação entre a somatória das áreas individuais das ranhuras e a área da superfície total do
filtro, característica do tipo de filtro utilizado, em %.
D = diâmetro do filtro, em metros.
V = velocidade de entrada da água, em m/s.

6.6.6 O dimensionamento da abertura dos filtros (ranhuras) deve ser feito com base nas granulometrias do aqüífero e do
pré-filtro.

6.6.7 As aberturas dos filtros devem reter o mínimo de 85% do material do pré-filtro, com granulometria selecionada pela
curva granulométrica do aqüífero.

6.6.8 No caso de instalação dos filtros sem pré-filtro, as aberturas devem reter de 30% a 40% do material do aqüífero, para
coeficiente de uniformidade maior que 6,0, e de 40% a 50%, para coeficiente menor que 6,0.

6.6.9 O filtro deve ser especificado contendo no mínimo as informações referentes ao tipo de material, resistência
mecânica, diâmetros internos e externos, tipo e dimensões da abertura e área útil percentual.

6.6.10 Os filtros devem apresentar suficiente robustez mecânica para resistir aos esforços externos de tração e de
compressão diametral de acordo com a profundidade de instalação.

6.6.11 A escolha dos filtros deve levar em consideração a ação corrosiva ou incrustante da água subterrânea.

6.6.12 Os parâmetros constantes da Tabela a seguir são indicadores usuais da ação corrosiva ou incrustante.

Tabela de indicações
Ação corrosiva Ação incrustante
PH < 5 PH > 8
OD > 2mg/L Dureza > 300mg/L
Presença de gás sulfídrico Ferro > 2mg/L
Sólidos totais dissolvidos >1000mg/L Manganês a pH > 8: 1mg/L
Gás carbônico > 50mg/L
Cloreto > 300mg/L

6.7 - Pré-filtro

6.7.1 A instalação de filtros deve ser complementada com pré-filtro.

6.7.2 O espaço anular mínimo entre a perfuração e a coluna de revestimento, para aplicação de pré-filtro, deve ser de 75
mm.

6.7.3 O material a ser utilizado como pré-filtro deve ter constituição mineralógica quartzosa, com grãos sub-arredondados a
arredondados, e as seguintes características:
a) granulometria tal que 70%, em massa, sejam retidos em peneira de abertura compreendida entre quatro e seis
vezes a que reteria igual porcentagem da amostra friável;
b) coeficiente de uniformidade inferior a 2,5;
c) estabilidade física e química em água;
d) grau de limpeza e desinfecção adequada à higiene do poço.

6.7.4 O perfil granulométrico do pré-filtro deve assegurar valores de turbidez dentro dos padrões sanitários.

6.7.5 O conjunto filtro e pré-filtro deve reter no mínimo 90%, em massa da formação geológica.

6.8 - Extensão da zona de captação

6.8.1 A extensão da zona de captação deve ser dimensionada para atender a vazão projetada.

6.8.2 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos livres é conveniente a penetração total do poço e aplicação de filtros
no terço inferior da formação aqüífera.

6.8.3 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos confinados é conveniente penetração em toda a sua espessura,
prevendo-se a colocação de filtros na máxima extensão, conforme o caso.
PROJETO ABNT NBR 12212:2005 7

6.8.4 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos semiconfinados, devem ser aplicados os filtros apenas nos intervalos
permo porosos, detectados pela descrição das amostras de calha e ou pela perfilagem elétrica.

6.9 Teste de vazão

6.9.1 Após conclusão do poço deve ser realizado teste de vazão com a utilização, quando possível, de poços de
observação para a determinação das características hidrodinâmicas do aqüífero.

6.9.2 Em sistemas de poços devem ser realizados testes de vazão com a utilização de poços de observação para a
determinação das características hidrodinâmicas do aqüífero

6.9.3 Para a determinação da vazão de explotação e dos parâmetros hidráulicos em poço único, sem poço de observação,
o teste de vazão deve ter duração mínima de 24 horas com vazão constante, seguido de medidas de recuperação do nível.
O tempo de medição da recuperação deve ser o suficiente para que esta atinja, no mínimo, 80% do rebaixamento medido.

6.9.4 Para poços com vazões superiores a 5.000 l/h, poderá ser executado também teste de vazão escalonado, que visa
medir as perdas de carga e vazão explotável.

6.9.5 A vazão estimada do poço pode ser avaliada durante sua construção, por meio de ensaios operacionais, quando as
características geológicas do aqüífero o permitam.

6.9.6 Os procedimentos do teste de vazão devem ser realizados com equipamento que ofereça condições flexíveis de
operação no poço, quanto à vazão e medição do nível dinâmico.

6.9.7 O resultado final dos ensaios deve ser formalizado em relatório consubstanciando informações, registros e análise do
desempenho do poço, (prescritos em 6.9.2.).

6.9.8 A vazão de explotação do poço e o correspondente nível dinâmico são fixados em função de análise dos ensaios de
bombeamento.

6.9.9 Para sistema de poços, os ensaios de vazão devem considerar e quantificar a interferência entre eles.

6.9.10 Em aqüíferos confinados a profundidade do nível dinâmico não deve ser inferior a cota superior do aqüífero
captado.

6.10 Selamento

6.10.1 Para prevenir riscos de contaminação ou mineralização, o poço deve ser selado em toda a extensão necessária ao
isolamento.
6.10.2 O processo de selamento utilizado deve permitir o fechamento do espaço anular concêntrico ao revestimento.

6.10.3 Caso o selamento seja feito com cimento, deve ser indicada a densidade da pasta nos trechos a serem cimentados.

6.11 - Instalação do conjunto de bombeamento

6.11.1 A escolha do conjunto de bombeamento deve ser feita em função dos seguintes fatores:
a) condições de explotação: vazão e nível dinâmico;
b) diâmetro interno e profundidade da câmara de bombeamento;
c) temperatura da água;
d) características físico-químicas da água;
e) características da energia disponível;
f) altura manométrica total.

6.11.2 A profundidade de instalação da bomba deve ser definida em função da posição prevista para o nível dinâmico.

6.11.3 Na instalação do equipamento de bombeamento, deve ser prevista a colocação de um tubo lateral para medição do
nível da água.

6.11.4 O diâmetro da bomba submersa não deve permitir velocidade no espaço anular entre o diâmetro máximo do motor e
o diâmetro mínimo do poço na câmara de bombeamento superior a 3,7 m/s nem inferior a 0,1 m/s, em qualquer condição
de operação e em função das características do equipamento.

6.11.5 Nos recalques de poços profundos, deve ser feito o estudo de golpe de aríete, em função das características dos
equipamentos.

6.12 Disposições finais

6.12.1 O poço concluído deve ser mantido com tampa e lacrado até a instalação do equipamento de bombeamento.

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