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Geografia – 10º Ano

O espaço natural de Portugal – o relevo


2009-10
O relevo de Portugal: caracterização

“Todo o relevo é o resultado, num dado momento


geológico,
da erosão sobre as estruturas. “
Raquel Soeiro de Brito

A Península Ibérica é, no seu


conjunto, uma área de terras altas,
fendidas pelas bacias dos rios mais
importantes.
Em Portugal, no Norte
montanhoso concentram-se 95% das
áreas de altitude superior a 400m e
todos os altos cimos para além dos 1
000m, que pela maior parte das vezes se
erguem bruscamente apenas a uns
escassos 50km da costa actual; no Sul
predominam as terras baixas e aplanadas
onde, acima de 500m, só persistem
alguns relevos mais resistentes à erosão –
os sinclinais de São Mamede e as cristas
de quartzite de Marvão, no Nordeste

Il
ustração 1: Mapa hipsométrico de
PortugalContinental
alentejano, as corneanas de Évora e o maciço eruptivo de Monchique-Fóia1, no Sudoeste
algarvio.”
Dito por outras palavras: a Norte, o relevo é mais acidentado, sendo o terreno
escarpado e cortado por vales profundos. A erosão decorrente de fenómenos atmosféricos
esculpiu as elevações de terreno, dando-lhes um aspecto distinto das da paisagem espanhola.
A Sul do Tejo, aparecem as terras mais uniformes, de escasso relevo e
pantanosas. A vegetação predominante nesta região limita-se a plantas e arbustos (charnecas)
ou a árvores mediterrâneas (sobreiros, azinheiras, figueiras e oliveiras).

Da observação do mapa hipsométrico da Península Ibérica podemos constatar que o


território de Portugal Continental é, de facto, como que um prolongamento, ou um rebordo da
Península Ibérica. É em Espanha que se localiza a maioria da Meseta Ibérica, logo é onde as
altitudes são mais elevadas e o relevo mais acidentado.

Ilustração 2: Mapa hipsométrico da Península Ibérica

Portugal faz parte da maior unidade morfoestrutural da Península, o Maciço


Antigo que, de Espanha, entra largamente no nosso país, onde ocupa todo o Minho e Trás--os-
Montes e a maior parte das Beiras e do Alentejo, formando um conjunto de troços aplanados, a
altitudes mais elevadas.

A altitude média do Maciço Antigo ronda os 800-900m a norte da Serra da


Estrela, a maior elevação em Portugal Continental(1 993m), no horst que forma a Cordilheira

1
Altitude: 902 metros.
Central2 e faz a separação entre os troços da Meseta3Norte e a do Sul, a qual não ultrapassa
os 300-200m.

São cerca de 70% do território continental constituídos por um conjunto de rochas pré-
câmbricas e paleozóicas, com predomínio de xistos, granitos e quartzitos (rochas mais
duras), enrugados ou deslocados por vários ciclos orogénicos (ou ciclos de relevo).

Encontramos também no nosso território as Orlas Sedimentares, cujos sedimentos


variados, sobretudo calcários e margas, assentam num solo pouco profundo e sofreram
várias fases sucessivas de enrugamentos e erosão.

Finalmente, há as Bacias Cenozóicas do Tejo e Sado, grandes áreas de abatimento,


isto é, cuja subsidência4 ou “abaixamento” foi sendo gradualmente compensada pelo
preenchimento com materiais detríticos; predominam os materiais arenosos, cascalhentos e
argilosos, pouco deslocados e transbordando sobre as rochas do Maciço Antigo. Apesar da
designação, estas unidades morfoestruturais encontram-se também no Algarve.

2
A Cordilheira Central Portuguesa é constituída por 6 serras: Açor, Lousã, Estrela, Gardunha, Moradal e Alvelos.
3
“Meseta Ibérica” é outro termo que designa o Maciço Antigo Ibérico.
4
O termo subsidência refere-se ao movimento de uma superfície (geralmente a superfície da Terra) à medida que ela
se desloca para baixo relativamente a um nível de referência, como seja o nível médio do mar. (fonte: Wikipedia)
Il
ustração 3: As unidades morfo-estruturais de Portugal Continental

Para sintetizarmos, temos então:

Formação (era Rochas predominantes


geológica)
Maciço Antigo Pré-câmbrico e Granitos, xistos, quartzos
paleozóico (mais duras)
(Até há 240Ma)
Orla Meridional Secundário (240 a 65Ma) Calcários e margas (rochas
pouco duras e muito porosas)
Bacia cenozóica (ou Cenozóica (65Ma a 2Ma) Arenitos, argilas e cascalhos
terciária) do Tejo e
Sado

Ilustração 4: As eras geológicas


O relevo dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira

As dorsais médio-oceânicas (como a Atlântica) correspondem aos locais a partir dos


quais os fundos oceânicos se propagam, pela injecção de material magmático (daí serem
sísmica e vulcanicamente activas), resultando elevações
basálticas que originaram ilhas.
Assim, no fundo do oceano Atlântico Norte
destaca-se a dorsal médio-atlântica e respectivas
falhas; o arquipélago dos Açores localiza-se na junção das placas Norte-Americana,
Euroasiática e Africana, e o arquipélago da Madeira na junção da placa Africana e a Margem
Continental Portuguesa.

As ilhas que constituem os arquipélagos dos Açores e da Madeira, de origem


vulcânica, mas formadas em diferentes épocas, sofreram aos longo dos tempos (e os Açores
ainda sofrem) vários fenómenos de sismicidade e de vulcanismo; foram formadas e erodidas,
passaram por períodos de transgressão e de regressão marinha (avanços e recuos dos
mares). A batimetria5 junto aos arquipélagos é vigorosa, passando-se rapidamente para
grandes profundidades.

A plataforma continental portuguesa

Junto ao continente português a


plataforma continental apresenta um
declive suave (até aos 200m de
profundidade), seguindo-se-lhe o talude
continental, de declive mais acentuado,
que liga a primeira aos grandes fundos
oceânicos.

A plataforma continental portuguesa é estreita e “quebrada” por diversos vales e


canhões submarinos, dos quais se destacam os canhões da Nazaré, do Tejo (Lisboa) e do
Sado (Setúbal).

Pode então dizer-se que a plataforma continental de Portugal continental é


relativamente estreita, variando entre os 30 e os cerca de 60 km, apresentando a sua maior
extensão ao lado do Cabo da Roca em Cascais. Nos arquipélagos, devido à sua constituição
vulcânica, a extensão da plataforma continental é quase desprezível.

5
A batimetria é a medição da profundidade nos oceanos, lagos e rios.

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