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“Para a autora (Spivak), não só o subalterno não pode falar como também o
intelectual pós-colonial não pode fazer isso por ele. Mas como, hoje,
poder-se-ia desautorizar Césaire, Fanon, Memmi e Said? O intelectual não
poderia também ser um “subalterno”?” (p. 93)
Comentário: nesse momento, traz os questionamentos sobre o lugar de fala
dos subalternos: uma vez que buscam fugir de todo tipo de dominação
(sobretudo a europeia), poderia outros intelectuais falarem em nome dos
subalternos? Assim, manteriam ainda algum tipo de dominação, sendo
somente o subalterno capaz de falar, de fato, por si mesmo.
“Até o século XVI não havia diferença colonial, mas diferença imperial: os
bárbaros eram imperiais turcos, mouros, chineses, russos (Mignolo, 2003, p.
42). Para Dussel, a América não somente foi a primeira periferia do sistema-
mundo como também a primeira oportunidade de acumulação primitiva do
capital19 (Castro-Gómez, 2005a).” (p. 102-103)
Comentário: A América aparece como a primeira periferia, uma vez que a
ideia de raça justificou a “inferioridade” de todos os povos, uma vez que não
eram europeus. Assim, enquanto outros grupos locais são vistos como
impérios diferenciados, a América é vista como “raças diferenciadas”, ou ainda
“raças inferiores”, portanto, ainda diferentes do “ser europeu”.