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1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................2
1.1. Objectivos....................................................................................................................................3
1.1.1. Geral....................................................................................................................................3
1.1.2. Específicos...........................................................................................................................3
1.2. Metodologia.................................................................................................................................4
2. POLITICA MONETÁRIA DE MOÇAMBIQUE................................................................................5
2.1. Breves conceitos..........................................................................................................................5
2.1.1. Politica Monetária................................................................................................................6
2.1.1.1. Objectivos da Política Monetária.....................................................................................7
2.1.1.2. Instrumentos de Política Monetária..................................................................................7
a) Reservas Obrigatórias..................................................................................................................7
b) Taxa de Redesconto.....................................................................................................................8
c) Operação de Mercado Aberto......................................................................................................9
2.1.1.3. Critério para a escolha das metas da autoridade monetária..............................................9
2.2. Sistema financeiro de moçambique.............................................................................................9
2.3. Política monetária de Moçambique............................................................................................11
3. CONCLUSÃO...................................................................................................................................15
3.1. Referências bibliográficas..........................................................................................................16
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1. INTRODUÇÃO
As políticas monetárias facilitam o processo de integração econômica, buscando diminuir os
custos de transação ou até mesmo torná-la mais eficiente, seguindo as premissas da teoria do
comércio internacional e os novos aspectos dentro da macroeconomia.
O principal objectivo da política monetária é controlar a oferta de moeda na economia. De
acordo com Cleto e Dezordi (2002), a lógica da política monetária consiste em controlar a oferta
de moeda (liquidez) para determinar as taxas de juro de referência do mercado. De certa forma, o
controle da oferta monetária tem impacto não só sobre as taxas de juro, como também sobre a
inflação. Cleto e Dezordi (2002) consideram que ao controlar-se os meios de pagamento através
da política monetária, visa-se também estabilizar o nível geral de preços da economia3. Porém, a
corrente neoclássica defende o estabelecimento da taxa de juros conforme o mercado de capitais
(neste caso de dinheiro), evitando a intervenção administrativa dos bancos centrais na
delimitação da oferta monetária. Ao longo do texto são apresentadas os objectivos primários e
principais da política monetária do Banco de Moçambique. De acordo com Ehinomen e Charles
(2012), a política monetária pode ser restritiva ou expansiva, dependendo das condições
económicas e das circunstâncias. Pretende-se com o presente trabalho, descrever a política
monetária de Moçambique.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Descrever a política monetária de moçambique
1.1.2. Específicos
Definir conceitos de política monetária e instrumentos de política monetária.
Identificar os instrumentos de política monetária
Descrever a política monetária em Moçambique
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1.2. Metodologia
Para a concretização dos objectivos deste trabalho utilizou-se como metodologia a pesquisa
bibliográfica. Pois o presente trabalho de pesquisa foi de revisão de literatura. Esta pesquisa
bibliográfica assentou-se também em artigos técnicos e científicos relacionados com esta
matéria.
O tipo de pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o descritivo (pois o que se pretende é
descrever a Politica Monetária de Moçambique).
A técnica de pesquisa adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma pesquisa
bibliográfica, através da consulta de manuais, que abordam assuntos ligados à finanças,
economia moçambicana, politica monetária e politica monetária de moçambique, fez-se também
a consulta de artigos científicos, teses, dissertações, monografias, pesquisas cientificas, e
algumas explanações ou definições de conceitos importantes utilizados durante a pesquisa desse
trabalho, e por outro lado foi feita a pesquisa na internet como forma de conhecer as actuais
abordagens acerca da politica monetária de Moçambique.
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2. POLITICA MONETÁRIA DE MOÇAMBIQUE
Reservas Obrigatórias -também denominada de reserva legal, são consideradas uma espécie de
imposto sobre os depósitos à vista dos bancos comerciais. É exigido aos bancos comerciais que
mantenham uma fracção dos seus recursos à vista junto do Banco Central. A taxa de reservas
obrigatórias afecta basicamente o tamanho do multiplicador dos meios de pagamento, (Lopes e
Vasconcellos, 2000:68 citado por Muteia, 2018).
Taxa de Redesconto - Taxa de juros cobrada pelo Banco Central pelos empréstimos aos bancos
comerciais que pode ser usada tanto para sinalizar as taxas de juros a serem praticadas pelo
mercado, como para determinar a disposição dos bancos em ter mais ou menos liquidez, (Lopes
e Vasconcellos, 2000:68 citado por Muteia, 2018).
Operação de Mercado Aberto - As operações de mercado aberto, são instrumentos que o banco
central utiliza quando pretende contrair ou expandir a sua base monetária, Para o efeito, quando
o objectivo e contrair a base Monetária, este vende parte dos seus títulos públicos e por sua vez,
retira a moeda em circulação (Lopes e Vasconcellos, 2000:68 citado por Muteia, 2018).
Oferta de Moeda - De com Mankiw (2001), a oferta de moeda é o conjunto de todos os meios
de pagamento utilizados pelas famílias e pelos agentes económicos para efectuarem as suas
transacções, incluindo os activos menos líquidos, num determinado momento. Existem várias
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medidas-padrão da oferta monetária, nomeadamente, o M1 (que é o somatório das notas e
moedas em circulação e dos depósitos à ordem), o M2 (que incorpora o M1 mais os depósitos a
prazo), e o M3 que para o caso moçambicano é a agregação do M2 e dos depósitos da economia
em moeda estrangeira. A oferta de moeda é geralmente gerida pelo banco central. Para efeitos
desta pesquisa, o conceito de moeda utilizado é o M3. De acordo com os monetaristas o excesso
de moeda é o principal determinante da inflação no longo prazo.
De acordo com alguns estudiosos como, Escóssia (2009) citado por Muteia (2018), que afirmam
que os instrumentos monetários actuam directamente sobre o controle do volume de dinheiro em
circulação, com objectivo de proteger e elevar o seu poder de compra. O mesmo autor, reparte a
actuação da política monetária em dois grandes seguimentos a saber: O seguimento da política
monetária restritiva que engloba medidas que visam reduzir a quantidade de moeda em
circulação ou simplesmente conter seu crescimento com o Objectivo de desaquecer a economia e
evitar o aumento dos preços. Nesta ordem, pode-se afirmar que num seguimento de política
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monetária restritiva, o acautelar a subida desenfreada de preços passa pela redução ou tornar
escassa a quantidade da moeda em circulação (Muteia, 2018).
Para o outro seguimento, o da política monetária expansionista, de acordo com Escóssia (2009)
citado por Muteia (2018), é constituído por medidas que visam aumentar o volume de dinheiro e
liberalizar os empréstimos através de taxas de juro atractivas aos olhos de qualquer um. Por
outras palavras, pretende-se com isso dizer, que em uma política monetária expansionista, o
volume de dinheiro em circulação é maior, e tem como finalidade e elevar a demanda e
influenciar positivamente a economia.
De acordo com Ehinomen e Charles (2012), a política monetária pode ser restritiva ou expansiva,
dependendo das condições económicas e das circunstâncias. A política monetária expansiva
consiste em aumentar a oferta de moeda para além da quantidade óptima para a economia real,
reduzindo assim as taxas de juro e estimulando investimentos maioritariamente no sector privado
(Essa política é adoptada em época de recessão, de modo a aumentar a procura agregada e gerar
novos empregos). A política monetária restritiva refere-se ao fenómeno contrário (Aplica-se
quando a economia apresenta inflação alta, com o objectivo de reduzir a procura agregada e,
consequentemente, o nível de preços).
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a) Reservas Obrigatórias
Também conhecidas por reservas legais, são consideradas como uma típica espécie de impostos
ou obrigações, sobre os depósitos a vista dos bancos comerciais. São depósitos sob forma de
reservas bancárias, em que os bancos comerciais são obrigados a manterem uma percentagem
dos seus depósitos a vista, junto ao Banco Central (Muteia, 2018).
De salientar que as taxas das reservas obrigatórias, constituem um factor bastante importante e
impulsionador, do ponto de vista do seu impacto sobre o multiplicador dos meios de pagamento
pois, influenciam na determinação de qual será o montante de moeda que ficara a disposição dos
comerciais para empréstimos e outros. Quanto maior for o depósito compulsório, maior será o
nível de reservas obrigatórias dos bancos comerciais junto ao banco central. De acordo com
Lopes e Vasconcelos (2000) citado por Muteia (2018)., uma alteração nas reservas obrigatórias,
afecta a oferta da moeda e faz com que o sistema multiplicador se modifique.
b) Taxa de Redesconto
A taxa de redesconto é uma taxa de juro cobrada pelo Banco Central, pelos empréstimos aos
bancos comerciais que podem ser usados sobretudo para conferir robustez aos bancos comercias,
do ponto de vista de ter mais ou menos liquidez. Em casos em que a taxa de juro cobrada pelo
Banco Central é superior a taxa de juro cobrada pelos bancos comerciais, estes reduzem a
concessão de crédito ao mercado, visando reduzir o risco de ter que recorrer ao banco central
(Muteia, 2018).
Este instrumento e igualmente usado pelo Banco Central, para aumentar ou diminuir os níveis de
disponibilidade da moenda e consequentemente expandir a economia. Nesta ordem, quando o
Banco Central diminui a taxa de redesconto, o montante que os bancos comerciais devem enviar
para o Banco Central diminui. Nesta ordem eles conseguem reter um montante maior para
emprestar. Ou seja, a quantidade de crédito disponível ao mercado comum aumenta. Com isso,
mais dinheiro fica disponível para as pessoas e a base monetária se expande, e a partir daí, os
gastos aumentam e a economia cresce como um todo (Muteia, 2018).
Quando o Banco Central toma a decisão contrária a do parágrafo anterior, o de aumentar a taxa
de redesconto, ocorre a situação inversa. Os bancos comerciais dispõem de menos recursos para
emprestar. O crédito disponível para as pessoas diminui e a base monetária se contrai,
desacelerando a economia (Muteia, 2018).
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c) Operação de Mercado Aberto
As operações de mercado aberto, são instrumentos que o banco central utiliza quando pretende
contrair ou expandir a sua base monetária, Para o efeito, quando o objectivo e contrair a base
Monetária, este vende parte dos seus títulos públicos e por sua vez, retira a moeda em circulação.
Pretensão contrária, o Banco central compra os títulos públicos no mercado, o que de certa
maneira vai permitir o aumento da moeda em circulação (Lopes e Vasconcelos 2000 citado por
Muteia, 2018).
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2.2. Sistema financeiro de moçambique
O BM foi criado em 1975, e acumulava as funções de banco central e de banco comercial, num
contexto de economia centralmente planificada. Durante os anos que seguiram, o sistema
financeiro nacional apresentava as seguintes características:
Existência de dois bancos comerciais, nomeadamente, o Banco Popular de Desenvolvimento
(BPD), que era um banco estatal e o Banco Standard Totta (BSTM), que era constituído em
100% por capitais privados;
Défice fiscal financiado directamente pelo banco central, por via da emissão, causando
pressão inflacionária.
O colapso do sistema de economia centralmente planificada em meados da década de 80 levou o
governo a aderir as instituições de Breton Woods em 1984, e na sequência desta adesão, o
governo iniciou em 1987 a implementação do Programa de Reabilitação Económica (PRE). Este
programa tinha como principais pilares, o ajustamento estrutural e a liberalização económica,
incluindo a do sistema financeiro nacional (Fumo, 2013).
No quadro das medidas do PRE, o BM passou a partir de 1992 a exercer apenas as funções de
banco central, tendo sido criado no mesmo ano o Banco Comercial de Moçambique (BCM),
actualmente Millennium BIM, que ficou com a parte comercial que estava no BM. A partir de
1992, com o suporte legal da Lei 1/92, a implementação da política monetária pelo BM passou a
basear-se no regime de metas de agregados monetários, num contexto de taxas de câmbio
flexíveis1. Neste âmbito, a estratégia da política monetária do BM em vigor, define como
variável operacional a base monetária2, variável constituída pelas reservas bancárias e pelas
notas e moedas em circulação fora do BM, enquanto, o M3 é o objectivo intermediário e a
inflação baixa e estável é o objectivo final da política monetária (Fumo, 2013).
O sistema financeiro evoluiu de dois bancos comerciais em 1992 para 18 bancos em Dezembro
de 2012, dos quais quatro dominam o sistema financeiro, em termos de carteira de activos no
total de activos no sistema bancário3. Na sequência das reformas do sistema financeiro, o BM
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prosseguiu com a transição do uso de instrumentos directos de política monetária para os
indirectos, tendo sido criados em 1996 e 1997 o Mercado Cambial Interbancário (MCI) e
Mercado Monetário Interbancário (MMI), respectivamente4. Contudo, as operações de mercado
aberto têm vindo a ser aplicadas desde 2000/2001 (Fumo, 2013).
Nobre (1998) citado por Muteia (2018), no seu estudo sobre a política monetária de Moçambique
e seu efeito na economia, procurou determinar os reais efeitos da taxa de juro no volume da
actividade económica, e a sua relação com a taxa de câmbio. Para credibilizar o seu estudo,
Nobre procurou descrever todo o processo cambial e financeiro de Moçambique e buscou os
argumentos teóricos dos clássicos kynesianos. Os resultados do eu estudo concluíram que em
Moçambique a taxa de juro aplicada e muito e alta, oque traz consequência negativas no
processo produtivo, que por sua vez tem efeitos agressivos no processo cambial pois, criam se
condições para uma procura elevadíssima de divisas.
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De acordo com o Banco de Moçambique (s/data), no documento da Estratégia de Médio e Longo
Prazo da Política Monetária, ponto 2.1. “A Lei Orgânica do Banco de Moçambique define como
objectivo primário a preservação do valor da moeda nacional. Portanto, é importante que a
política monetária seja correctamente executada tendo em conta a estabilidade do sistema
financeiro” (Abbas, 2015).
No ponto 2.2. e 2.3. do mesmo documento fala-se ainda da estabilidade de preços 1, que ocorre
quando a inflação é baixa e previsível. Neste documento considera-se que a estabilidade de
preços é o objectivo principal da política monetária do Banco de Moçambique (BdeM) que,
segundo o PARPA II, não deve exceder um dígito2 (Abbas, 2015).
De acordo com o Banco de Moçambique (s/data) para atingir o objectivo primário definido, o
quadro operacional da política monetária do BdeM assenta no regime de metas monetárias, que
considera a opção mais viável para o caso de Moçambique (Abbas, 2015).
A variável operacional deve ser influenciada directamente pelo Banco Central no curto prazo,
devendo ter uma relação previsível com a meta intermédia. Apesar do Banco Central não poder
influenciar directamente as metas intermédias, este procura fazê-lo através da gestão dos
instrumentos de política monetária para monitorar as metas operacionais tais como a base
monetária e as taxas de juro de curto prazo… Nesta perspectiva, o Banco de Moçambique adopta
como meta intermédia o agregado M38 e como variável operacional a Base Monetária” (Em
Banco de Moçambique (s/data), ponto 4.2. e 4.3) (Abbas, 2015).
1
De acordo com Banco de Moçambique (s/data) “a estabilidade de preços deve ser entendida como o ponto em que
variações no nível médio de preços não afectam materialmente o processo de tomada de decisão económica”.
2
Como principio, a inflação deverá ser tão baixa quanto possível. A definição de abaixo de dois dígitos (menos de
10%) é excessivamente vaga e permite taxas consideradas elevadas (acima de 2% - 3%).
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De acordo com Banco de Moçambique (s/data), uma inflação elevada e instável traz as seguintes
desvantagens para a economia: (1) distorce a afectação de recursos e faz com que os investidores
sacrifiquem a actividade produtiva a favor das operações de hedging9; (2) desincentiva a
poupança; (3) descrimina os trabalhadores com salários fixos, pensionistas e trabalhadores com
rendimentos baixos que não se conseguem proteger contra o impacto da inflação; (4) resulta
frequentemente numa distribuição irregular dos rendimentos e riqueza; e, (5) discrimina os
grupos sociais com rendimentos baixos, o que é socialmente inaceitável num contexto em que o
objectivo da política económica do governo é reduzir a pobreza absoluta3(Abbas, 2015).
Pode considerar-se que o Banco Central tem optado por uma política monetária expansiva,
sendo, no entanto, cauteloso no estabelecimento de taxas de juro de referência que, embora
decrescentes, consideram-se altas comparativamente com a inflação (Abbas, 2015).
No entanto, as taxas de juro não baixaram na proporção das taxas de referência por razões
diversas: (1) existência de sectores económicos com níveis de lucro que suportam custos
elevados do capital, absorvendo deste modo a oferta monetária; (2) manutenção dos critérios de
segurança/risco elevados na concessão dos créditos; (3) baixa bancarização da economia; e, (4)
financiamento da dívida pública reduzindo a capacidade creditícia para o sector privado e
famílias, Mosca, Abbas e Bruna (no prelo) (Abbas, 2015).
De acordo com Mosca, Abbas e Bruna (no prelo) a gestão dos dois instrumentos de política
monetária (oferta monetária expansiva e taxas de juro elevadas) provoca os seguintes efeitos
negativos: (1) a “desincentivação” das exportações dos produtos tradicionais (cujas receitas não
são, em princípio, retidas no exterior tal como é permitido aos grandes investimentos); e, (2) a
contracção da capacidade de concorrência dos produtores nacionais face à importação de bens de
consumo, com consequências negativas sobre o crescimento dos sectores destinados ao mercado
interno (Abbas, 2015).
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Inflação como o “imposto dos pobres”
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“Esta política teve como objectivos: (1) alocar, por via do crédito da banca comercial, capital aos
sectores de maior rentabilidade, período de retorno mais rápido e menor risco14; (2) suportar o
despesismo governamental e financiar o Estado através da compra da dívida (bilhetes do tesouro
e títulos da dívida pública); (3) controlar a inflação (Índice de Preços ao Consumidor15),
derivada do aumento dos salários acima do crescimento da produção16, da inflação, da
produtividade e do efeito inflacionário da entrada de capitais e da imigração com rendimentos
muito acima da média moçambicana; e, (4) controlar a inflação por via da taxa de câmbio
sobrevalorizada, considerando a crescente importação de bens alimentares.
O controlo do IPC completa-se (ou tem como principal factor) com os subsídios de grande parte
dos bens de consumo de baixa renda (tarifas de água e energia, transportes públicos, serviços de
educação e saúde, material escolar). Pode verificar-se como o Banco Central tem optado por
políticas complementares coordenadas com a política orçamental, permitindo a expansão das
despesas públicas populistas e de defesa do poder17. Em alguns momentos (por exemplo,
durante a crise em 2008 e 2009), o Banco de Moçambique injectou divisas no mercado
secundário de divisas e reuniu-se com agentes desse mercado secundário persuadindo-os a não
desvalorizarem o Metical”.
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3. CONCLUSÃO
Falar da Política Monetária, é falar da actuação das autoridades monetárias, por meio de
instrumentos de efeito directo ou induzido, com o propósito de controlar a liquidez global do
sistema económico, a luz do seu objectivo primário, de garantir a estabilidade macroeconómica,
sobre tudo a estabilidade de preços e crescimento económico com baixos níveis de desemprego.
Os instrumentos da política monetária, são variáveis que o Banco Central controla directamente,
e para executar a política monetária, o Banco põe a sua disposição os três instrumentos tais como
a) reservas obrigatórias, b) taxa de redesconto e c) operações de mercado aberto para influenciar
as variáveis intermediárias.
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3.1. Referências bibliográficas
Abbas, Máriam. (2015). A política monetária e a agricultura em moçambique. Observatório
do meio rural 34.prf,
Fumo, Esmeralda Ester Malaquias. (2013). Teste da Teoria Quantitativa da Moeda em
Moçambique: 2000-2012. Faculdade de Economia, Universidade Eduardo Mondlane.
Muteia, Sérgio Carlos Monteiro. (2018). Analise da Endogeneidade da Política Monetária
Sobre Flutuações Cambiais em Moçambique, Durante o Período 2000-2016. Universidade
católica de moçambique, Faculdade de economia e gestão.
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