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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................2
1.1. Objectivos....................................................................................................................................3
1.1.1. Geral....................................................................................................................................3
1.1.2. Específicos...........................................................................................................................3
1.2. Metodologia.................................................................................................................................4
2. CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA...................................................................................................5
2.1. Conceitos.....................................................................................................................................5
2.2. Contabilidade das Empresas de Engenharia e Construção Civil..................................................5
2.2.1. Plano de contas....................................................................................................................7
Formação do stock...............................................................................................................................7
2.2.2. Custos na construção civil....................................................................................................8
2.2.2.1. Custos pagos ou incorridos..............................................................................................8
2.2.2.2. Custos contratados...........................................................................................................9
2.2.2.3. Custos orçados...............................................................................................................12
2.2.3. Controles na Construção Civil...........................................................................................12
2.3. Contabilidade na actividade imobiliária.....................................................................................13
2.3.1. Principais actividades.........................................................................................................13
2.3.1.1. Contabilização de terrenos.............................................................................................13
2.3.1.2. Contabilização dos contratos de construção...................................................................14
2.3.1.3. Problemas relacionados à contabilização dos terrenos...................................................14
2.3.1.4. Métodos de mensuração das obras de construção:.............................................................15
2.3.1.5. Rédito do contrato..........................................................................................................15
2.3.1.6. Custos do contrato (NIC11, parag16-18; e 20)...............................................................15
3. CONCLUSÃO...................................................................................................................................17
3.1. Referências bibliográficas..........................................................................................................18

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1. INTRODUÇÃO
A actividade imobiliária compreende o desmembramento de terrenos, loteamento, incorporação
de imóveis, construção própria ou condomínio, locação de imóveis próprios ou de terceiros e
administração de centros comerciais, Centros comerciais e condomínios residenciais
(Nhamtumbo, Notiço e Jossias, 2017). Pretende-se com o presente trabalho descrever os
mecanismos da contabilidade imobiliária.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Avaliar a contabilidade imobiliária.

1.1.2. Específicos
 Conceituar a indústria de construção e imobiliária.
 Identificar os mecanismos de financiamento imobiliário.
 Descrever os instrumentos de contabilidade das empresas de engenharia e construção
civil.

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1.2. Metodologia
Para a concretização dos objectivos deste trabalho utilizou-se como metodologia a pesquisa
bibliográfica e documental. Pois o presente trabalho de pesquisa foi de revisão de literatura. Esta
pesquisa bibliográfica assentou-se também em artigos técnicos e científicos relacionados com
esta matéria.
O tipo de pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o descritivo (pois o que se pretende é
descrever a contabilidade imobiliária).
A técnica de pesquisa adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma pesquisa
bibliográfica, através da consulta de manuais, que abordam assuntos ligados à contabilidade,
indústria de construção civil e contabilidade imobiliária, fez-se também a consulta de artigos
científicos, teses, dissertações, monografias, pesquisas científicas, e algumas explanações ou
definições de conceitos importantes utilizados durante a pesquisa desse trabalho, para a pesquisa
documental o Decreto-lei 54\2005, de 13 de Dezembro e por outro lado foi feita a pesquisa na
internet como forma de conhecer as actuais abordagens acerca da contabilidade imobiliária.

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2. CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA

2.1. Conceitos
Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007, p. 29) definem a contabilidade como sendo “um sistema de
informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de
natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de
contabilização.”.

Para Marion (2009, p. 28), “a contabilidade é um instrumento que fornece o máximo de


informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa.”.

Teixeira, P; Pantaleão e Teixeira, G. (2012, p. 176), conceituam a construção civil como: A


realização material de obras de engenharia civil, entre as quais a construção de prédios, estradas
de ferro ou de rodagem, saneamento, obras de terraplanagem e pavimentação em geral, de obras
hidráulicas ou elétricas, de obras de montagem e construção de estruturas em geral.

Imóvel é um bem que não se pode transportar sem que se altere a sua essência. Contrapõe-se ao
bem móvel, que pode ser movimentado sem que se altere sua essência ou que possui movimento
próprio.

Contabilidade Imobiliária é o ramo da Ciência Contabilística que estuda e pratica o controle do


património das empresas de actividade imobiliária.
Promoção Imobiliária é a parte da contabilidade que se dedica exclusivamente pela negociação
dos imoveis. Este, normalmente ocorre antes da fase de construção.

2.2. Contabilidade das Empresas de Engenharia e Construção Civil


A contabilidade no segmento da construção civil possui algumas particularidades, que serão
vistas a seguir

Conforme Teixeira, P; Pantaleão e Teixeira, G. (2012, p. 23), A contabilidade é regida por


princípios claramente definidos e é composta de uma estrutura básica aplicável a todos os tipos
de empresas, embora aceitando variações necessárias para adequações às particularidades de
cada ramo de atividade.

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O maior conflito na contabilização das empresas do ramo da construção civil é a utilização do
correto critério de como contabilizar os contratos de construção, ou seja, o reconhecimento das
receitas e as despesas geradas ao decorrer da obra.

A contabilidade na área da construção civil é diferenciada dos outros ramos pela sua
complexidade, devido às dúvidas existentes quanto à contabilização, reconhecimento dos custos
e das receitas.

Características da atividade Podemos elencar várias características para o ramo da construção


civil: dentre elas, o tempo de duração do ciclo operacional que geralmente ultrapassa um ano
(diferente das empresas de outros segmentos), os diversos tipos de controlos, a formação do
estoque e as várias maneiras de vender os imóveis.

De acordo com Scherrer (2012) é preciso dar enfoque, nos vários critérios de apuração dos
resultados que são específicos do ramo imobiliário e que em muitos momentos diferem em
comparação com as outras atividades.

A contabilidade no ramo da construção civil diverge em seus aspectos contábeis para os fiscais:
Para compatibilizar as normas contábeis com as tributárias, bem como segregar os princípios
contábeis das normas fiscais e legislação específica, principalmente no ramo imobiliário, as
empresas deverão apresentar dois balanços: um para atender às disposições tributárias e outro
adaptado às normas societárias (Teixeira, P; Pantaleão; Teixeira, G; 2012, p. 289).

No ramo imobiliário é bastante comum a operação da permuta de imóveis, “considera-se


permuta de imóveis quando duas ou mais pessoas trocam entre si coisas de sua propriedade”
(Teixeira, P; Pantaleão; Teixeira, G; 2012, p. 321). Para que a contabilidade seja precisa é
necessário que o profissional contábil tenha um conhecimento aprofundado dessas peculiaridades
para que possa desenvolver o seu trabalho corretamente, atendendo o fisco e o gestor.

2.2.1. Plano de contas


O plano de contas é um instrumento fundamental na contabilidade, serve como base para a
elaboração das demonstrações contábeis.

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A contabilidade que tem como objetivo social o ramo da construção civil, tem uma contabilidade
bem próxima ao das outras empresas, o quê difere o plano de contas das outras é quando se trata
da apropriação dos custos e receitas (Chaves, 2014).

Marcos Antônio Airosa Neto apud Teixeira P; Pantaleão e Teixeira, G. (2012, p. 30) define
plano de contas como:
O plano de contas é o guia ordenado e sistemático das operações que se
realizam numa empresa, as quais movimentam o Patrimônio. Na sua
elaboração é indispensável que o planificador conheça a estrutura prevista
para a empresa, suas atividades, campo de ação, métodos de trabalho, em
suma, todos os pormenores, necessários a um plano que permita
acompanhar as atividades da empresa, e também acompanhar o seu
desenvolvimento ulterior.

O plano de contas deve obedecer aos princípios contábeis, além de permitir ao empresário o
acompanhamento das atividades da empresa, deve ter a possibilidade de aumentar a sua estrutura
com o crescimento da empresa.

Formação do stock
A formação do estoque na construção civil se constitui dos imóveis prontos, dos imóveis em
construção e do almoxarifado.

Iudícibus et. al. (2010, p. 72) define stock como “bens tangíveis ou intangíveis adquiridos ou
produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal de suas
atividades”.

Nas empresas do ramo imobiliário os custos dos imóveis em construção devem ser
contabilizados no ativo circulante, essas contas não são zeradas ao final de cada exercício social
e vão acumulando valores ao saldo das contas, permitindo o acompanhamento e a evolução das
mesmas, tornando possível sua comparação com o orçamento proposto (Teixeira, P; Pantaleão;
Teixeira, G; 2012).

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Conforme Chaves (2014, p. 145), o grupo de contas nomeado stock “registra os imóveis
concluídos destinados à venda, ou seja, após a conclusão da obra, o saldo do grupo de conta obra
em andamento referente àquela obra deve ser transferido para o grupo estoque de imóveis.”.

O grupo de contas do almoxarifado registra materiais de construção que serão utilizados


futuramente nas obras, a baixa desse estoque se dá no momento em que o material é destinado à
utilização em determinado empreendimento (Chaves, 2014).

Dessa forma as obras em andamento vão acumulando valores até o momento da conclusão da
obra, quando a obra estiver concluída o valor acumulado deve ser transferido para a conta
estoques, onde, essa registra os imóveis que estão prontos para venda.

2.2.2. Custos na construção civil


Os custos são atribuíveis à obra desde a assinatura do contrato até a data da conclusão. Os custos
devem ser reconhecidos quando tiver certeza da efetivação do contrato, eles podem ser incursos
a determinado contrato desde que possam ser individualmente identificados e confiavelmente
mensurados.

Para Teixeira, P; Pantaleão e Teixeira, G. (2012, p. 413): A formação do custo de uma obra por
empreitada ocorre de forma tradicional e convencional, correspondendo à mão de obra própria
aplicada, material utilizado, serviços de subempreiteiros (mão de obra de terceiros) e gastos
gerais. Deste modo, os valores efetivamente incorridos durante o período ou custo estimado ou
orçado comporão igualmente o custo efetivo da obra.

Para Scherrer (2012, p. 7) os custos na construção civil contêm características próprias: Sem
perda de conceito perante os princípios contábeis.

2.2.2.1. Custos pagos ou incorridos


Custos pagos ou incorridos podem ser definidos como custos adquiridos na formação do custo do
imóvel, com destaque aos bens ou serviços adquiridos para aplicação específica no
empreendimento de que a unidade faz parte (Teixeira, P; Pantaleão; Teixeira, G; 2012).

Para Scherrer (2012, p. 8), a efetiva apropriação dos custos é somente aceita quando: A unidade
imobiliária (apartamento, casa etc.) tenha sido vendida, caso contrário, isto é, quando se

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adquirem bens sem destino específico (para estocagem), não se podem apropriá-los, devendo ser
lançados em conta representativa do stock.

Para Teixeira, P; Pantaleão e Teixeira, G. (2012) aplica-se o seguinte tratamento contábil:


a) Para os bens adquiridos para estocagem, sem destinação específica.
b) Todos os gastos incorridos, primeiramente serão contabilizados no ativo circulante, para
depois serem consideradas na formação do custo da unidade vendida.
c) Os custos incorridos, referentes a empreendimento que contemplam duas ou mais
unidades imobiliárias, deverão ser apropriados mediante rateio baseado em critério usual
no tipo de empreendimento imobiliário.

2.2.2.2. Custos contratados


No decorrer da construção, alguns gastos podem ser ajustados com o fornecedor ou prestador de
serviços, através de um contrato para fornecimentos e pagamentos futuros. Embora operações
desse tipo representem um compromisso financeiro da empresa construtora, condicionando à
contraprestação por parte do contratado, a mesma não é usualmente registrada em contas
patrimoniais. Como exemplos desse tipo de situação, temos o contrato de fornecimento de
elevadores, que usualmente são fabricados para cada obra específica, e a contratação de mão-de-
obra de empreiteiros que prestam serviço à mesma. Na utilização dos custos contratados deve ser
observado o seguinte:
 Os custos contratados respectivos ao imóvel vendido deverão ser creditados na conta
específica do passivo circulante ou do passivo exigível a longo prazo, na data da efectivação
da venda, em contrapartida a um dos seguintes débitos:
 Ou no Resultado do Exercício, a débito da conta própria deste grupo, se referente à
unidade não concluída à vista ou vendida à prazo ou à prestação com pagamento total
contratado para o curso do período base da venda;
 Ou nos Resultados de Exercícios Futuros, a débito da conta própria deste grupo, se
referente à unidade não concluída vendida a prazo ou à prestação com pagamento total
contratado para depois do período base da venda, na hipótese de interesse do contribuinte
pelo reconhecimento do lucro bruto proporcionalmente à receita da venda recebida;
 À medida que os fornecedores de bens e serviços forem cumprindo os contratos em que
os sejam partes, o contribuinte deverá debitar as contas já referidas do Passivo Circulante ou

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do Passivo Circulante a Longo Prazo e creditar a conta do activo Circulante – obras em
andamento, pelo valor do custo contratado, apropriável a cada unidade vendida;
 Os custos contratados relativos a empreendimentos que compreendam duas ou mais
unidades deverão ser apropriados, a cada uma delas, mediante rateio baseado em critério
usual no tipo de empreendimento imobiliário;
 Os custos contratados após o dia da efectivação da venda ocorridos depois dessa data,
serão creditados à conta do Passivo Circulante ou Passivo Exigível a Longo Prazo, em
contrapartida a débitos a conta específica de Resultado do Exercício ou a conta própria do
grupo de Resultados de Exercícios Futuros.

As contas movimentadas quando da opção da construtora de utilizar os Custos contratados na


Formação do custo do imóvel vendido e na realização desses custos seriam:
 Custo dos Imóveis Vendidos (Resultado do Exercício)
 Custo Deferido dos Imóveis Vendidos (Resultado de Exercício Futuros)
 Conta Controle do Custo Contratado (Passivo Circulante)
 Conta Controle do Custo Contratado (Passivo Exigível a longo Prazo)
 Obras em Andamento (Activo Circulante)
 Caixa/Bancos
 Receita com Vendas de Imóveis
 Fornecedores

Exemplos: Supondo-se que determinada empresa apresentasse a seguinte posição de um


empreendimento imobiliário, composto de construção para venda, de 10 unidades residenciais,
idênticas:
Obras em andamento (Activo Circulante)
Construção “X”
Terreno ----------------------------------------------- 1.000,00
Material de Construção ---------------------------- 2.000,00
Mão-de-obra ----------------------------------------- 800,00
Encargos Sociais ------------------------------------ 650,00
Serviços de Terceiros ------------------------------- 1.250,00 5.700,00

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Se alienar uma unidade desse empreendimento, pelo valor de R$ 1.500,00 à vista e contratar com
uma firma subempreiteira o término desse empreendimento, pelo valor de R$ 4.300,00, teríamos
os seguintes lançamentos contabilísticos:
Pela apurarão do custo da unidade vendida, na data da realização da venda:

Déb.: Custos dos Imóveis Vendidos (Resultado do Exercício)


Créd.: Obras em Andamento – Empreendimento “X” (Activo Circulante)

Histórico: Valor:

Transf. Das contas, valor proporcional do Custo incorrido sobre a unidade imobiliária “A”,
alienada nesta data, a saber:

a terreno ---------------------------------------- 100,00


a material de construção --------------------- 200,00
a mão-de-obra --------------------------------- 80,00
a encargos sociais ----------------------------- 65,00
a Serviços --------------------------------------- 125,00 570,00
Pelo registro do custo contratado para término do empreendimento, proporcional à unidade
vendida:
Db.: Custos dos Imóveis Vendidos (Resultado do Exercício)
Créd.: Conta Controle do Custo Contratado (Passivo Circulante)

Empreitada “Alfa”.

Histórico: Valor:
Valor dos serviços contratados p./
Conclusão da unidade imobiliária
“A” do empreendimento “X” ---------------------- 430,00
pelo recebimento do valor da transação:
Db.: Caixa/Bancos
Créd.: Receita com vendas de imóveis (Resultado do Exercício)

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Histórico: Valor:
Valor recebido relativo à alienação

Da unidade imobiliária “A”, do empreendimento “X” ------------------------ 1.500,00

2.2.2.3. Custos orçados


Ao ser contratada a venda de uma unidade não concluída, além dos gastos já feitos até a
ocasião da venda, mister se faz que se seja feita uma estimativa do custo necessário à sua
conclusão, para que seja realistas a comparação da receita da venda com o custo da unidade
vendida. Ele é baseado num cálculo de engenharia desenvolvido sobre projectos construtivos e
os preços de materiais e mão-de-obra correntes no mercado, necessários à sua execução.

2.2.3. Controles na Construção Civil


Pela complexidade da atividade é necessária a elaboração de controlos para o acompanhamento
gerencial e fiscal.

A contabilidade de custos no ramo imobiliário em termos de preocupações não deve ser tratada
diferentemente das outras atividades, deve ter um conhecimento profundo por parte do
profissional para que a sua apropriação seja feita da forma mais adequada (Scherrer, 2012).

De acordo com Scherrer (2012) as empresas do ramo imobiliário precisam fazer o controlo dos
stocks destinados à venda, através de um registro permanente de estoques, com o propósito de
determinar o custo dos imóveis vendidos. Esse controle pode ser feito de várias maneiras como:
através de planilhas eletrônicas, fichas ou sistema informatizado, desde que sempre abrange
todos os imóveis.

Os controlos são importantes para que o gestor possa acompanhar os processos de evolução da
obra e ter uma visão mais detalhada de todos os imóveis, ou seja, quais imóveis permanecem em
estoque, os imóveis já vendidos, os custos incorridos e orçados por imóvel, as receitas e os
custos já apropriados e em qual estágio a obra se encontra.

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2.3. Contabilidade na actividade imobiliária
2.3.1. Principais actividades

2.3.1.1. Contabilização de terrenos


A contabilização de terrenos inicia com o preço da sua aquisição e posteriormente lança se o
custo do seu melhoramento, através da pavimentação, vedações e gradeamentos, iluminação,
sistemas de aguas e esgotos. Que devem ser debitados a uma conta de melhoramento em terrenos
e por conseguinte devem ficar sujeitos a depreciações sistemáticas por que têm uma vida útil
limitada. Contudo, certos melhoramentos são debitados directamente na conta dos terrenos por
melhorarem a sua utilidade, dando lhe benefícios económicos duradouros e permanentes, desse
modo não podem estarem sujeitos a depreciações. Exemplo: custos associados com as drenagens,
limpezas e terraplanagens pequenas barragens de terras, poços e furos, canais e arranjos
paisagísticos. Os custos de aquisição de terrenos compreendem:
 Preço original de compra;
 Os encargos legais, como a sisa1 e a escritura de compra;
 Os custos de demolição de estruturas ou de edifícios para dar origem, ou não a um outro,
líquido de recuperação de materiais, são considerados como custos de terrenos por que tais
custos são necessários para pôr os terrenos em condições para o seu uso pretendido;
 Pagamento de impostos pelo comprador não pagos pelo vendedor na data da compra;
 Custos de inspecções em terrenos para construção imobiliária e
 Os custos das apólices de seguros.

Alguns exemplos de lançamentos

Exemplo: aquisição de um terreno por uma empresa que explore a actividade de construção e
venda de imóveis:

Débito – Terrenos (Activo Circulante)

Melhoramentos

Crédito – Disponibilidades ou fornecedores

Histórico – pela compra de terrenos -------------------- Valor

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Imposto pago pela transacção de propriedade imobiliária.

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Nota: todos os custos pagos ou incorridos serão primeiramente para uma conta representativa das
obras em andamento, para depois serem consideradas na formação do custo de cada unidade
vendida; se a utilização do terreno tiver que ser em partes ou seja uma parte por mês ou ano o
valor divide-se consoante a parcela em uso e o lançamento será assim.

Exemplo: quando da utilização de parte do terreno, por determinada obra:

Débito — Obras em andamento (Activo Circulante)

Crédito – Terrenos (Activo Circulante)

Histórico – pela utilização total ou parte do terreno ------ ------- Valor

2.3.1.2. Contabilização dos contratos de construção


Para se fazer qualquer contabilização do imobilizado, após a obtenção do espaço ou terreno tem
sido prioritário fazer se um contrato para construção.

De acordo com a NIC11 Um contrato de construção é um contrato especificamente negociado


para a construção de um activo ou de uma combinação de activos que estejam intimamente
interrelacionados ou interdependentes em termos da sua concepção, tecnologia e função ou do
seu propósito ou uso final. Existem dois tipos de contratos de construção:

Contrato de preço fixado, segundo a NIC2 11 paragrafo 3, é um contrato de construção em que


o contratador concorda com um preço fixado ou com uma taxa fixada por unidade de output, que
nalguns casos, está sujeito a cláusulas de custos escalonados.

Contrato com adicionais ao preço “ cost plus” é um contrato de construção em que o


contratador é reembolsado por custos permitidos ou de outra forma definidos mais uma
percentagem destes custos ou por uma remuneração fixada.

2.3.1.3. Problemas relacionados à contabilização dos terrenos


O tratamento dos impostos e de outros encargos com terrenos para a construção imobiliária é em
certas ocasiões duvidosas. Se o terreno estiver a produzir réditos, através da renda, os encargos
são tratados como gastos do exercício. E se não estiverem a produzir réditos ou benefícios são
tratados como aditivos do custo do terreno, isto é, capitalizável.

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Norma Internacional de contabilidade

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Quando se verifica a compra de terrenos com edifícios e estruturas implantadas e que não sejam
para demolir, há que separar o custo de terreno e o custo dessas estruturas e de edifícios. Para
efeitos legais, os terrenos são classificados como prédios rústicos mesmo que contenham
edifícios e outras instalações, o que para a contabilidade não pode ser aceite segundo o princípio
de substância sobre a forma.

Se os terrenos forem comprados e detidos para efeitos especulativos devem ser considerados
como investimentos financeiros; se forem comprados e detidos para revenda devem ser
classificados como inventário de mercadorias. No caso da especulação, os gastos são imputados
directamente ao custo de aquisição enquanto os terrenos sejam detidos pela empresa, pois, os
ganhos do investimento ainda não foram recebidos, salvo se estes produzirem rendas
naturalmente.

2.3.1.4. Métodos de mensuração das obras de construção:


Método do contrato completado é um método de contabilização que reconhece o redito na
demonstração de resultados somente quando a venda dos bens ou prestação de serviços sob
contrato estiver completo ou substancialmente completo.

Método de percentagem de acabamento é um método de contabilização que reconhece o rédito


nas demonstrações de resultados proporcionalmente ao grau de acabamento de bens ou serviços
sob contrato.

2.3.1.5. Rédito do contrato


O rédito é o rendimento que surge no decurso das actividades ordinárias de uma empresa e é
referido por uma variedade de nomes diferentes incluindo vendas, honorários, juros, dividendos
e royalties (NIC18).

Segundo a NIC11, paragrafo11 o rédito do contrato deve compreender:


 A quantia inicial de redito acordada no contrato; e
 Variações no trabalho, reclamações e pagamentos de incentivos do contrato:
(i) Até ao ponto que seja provável que resultem em réditos; e
(ii) Estejam em condições de serem fiavelmente mensurados.

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2.3.1.6. Custos do contrato (NIC11, parag16-18; e 20)
Os custos de contrato devem compreender:
 Os custos que se relacionem directamente com o contrato especifico, como por exemplo:
os materiais utilizados no projecto de contrato, a depreciação do activo fixo utilizado no
contrato, e os custos de transportar o equipamento fixo de um local para o outro;
 Os custos que sejam atribuíveis a actividade do contrato em geral e possam ser imputados
ao contrato que incluem: seguros, concepção e assistência técnica, e gastos industriais da
construção;
 Outros custos que sejam especificamente debitáveis ao cliente nos termos do contrato.
Os custos que não possam ser atribuídos a actividade do contrato ou que não possam ser
imputados a um contrato são excluídos dos custos de um contrato de construção:
(i) Os custos administrativos gerais quanto aos quais o reembolso não esteja
especificado no contrato;
(ii) Custos de vender;
(iii) Custos de pesquisa e desenvolvimento quanto aos quais o reembolso não esteja
especificado no contrato; e
(iv) Depreciação de instalações e equipamentos ociosos que não sejam usados num
contrato particular.

2.4. Financiamento imobiliário


O financiamento é um instrumento essencial na promoção do desenvolvimento imobiliário, pois,
devido aos altos custos dos imóveis, é necessário que existam fontes geradoras de créditos
direcionadas a este segmento. A compra de um imóvel se constitui no maior ou no único grande
investimento realizado durante toda a vida de um indivíduo, sem o crédito, esse sonho se torna
praticamente impossível.

As inovações institucionais promovidas pelos governos, que reorganizam o funcionamento do


mecanismo seletivo dos mercados, e as inovações financeiras criadas pelas instituições privadas,
ampliando a diversidade de produtos e mercados, que determinam a dinâmica evolutiva do
sistema de financiamento imobiliário. A evolução requer a operação dos dois mecanismos
(inovação e seleção). Se as inovações institucionais criadas pelo governo não estimularem a

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inovatividade das empresas, ou se exacerbarem a punição aos que cometerem erros, o mercado
não evoluirá.

3. CONCLUSÃO
Para responder aos objectivos do presente trabalho, conclui-se que a Contabilidade Imobiliária é
o ramo da Ciência Contabilística que estuda e pratica o controle do património das empresas de
actividade imobiliária. A Promoção Imobiliária é a parte da contabilidade que se dedica
exclusivamente pela negociação dos imoveis. Os mecanismos da contabilidade imobiliária são a
aquisição do terreno, celebração de contrato de construção, edificação e sua locação ou venda.

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3.1. Referências bibliográficas
 Chaves, Francisco C. Contabilidade Prática na Construção Civil: de acordo com as normas
internacionais de contabilidade. São Paulo: Atlas, 2014.
 Decreto-lei 54\2005, de 13 de Dezembro
 Fabretti, Láudio C. Contabilidade tributária. 13. Ed. São Paulo: Atlas, 2013.
 Franco, Hilário, Contabilidade industrial, 9ª edição. Atlas editora, 1991. São Paulo
 Iudícibus, Sérgio de; Martins, Eliseu; Gelbcke, Ernesto R. Manual de contabilidade das
sociedades por ações: aplicável às demais sociedades. 7. Ed. 3. reimpr. São Paulo: Atlas,
2007.
 Machado, José R. Braz; Contabilidade financeira, editora gráfica europam. 1998
 Marion, José C. Contabilidade básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
 Scherrer, Alberto M. Contabilidade imobiliária: Abordagem sistêmica, gerencial e fiscal. 3.
Ed. São Paulo: Atlas, 2012
 Szuster, Natan. et al. Contabilidade Geral: introdução à contabilidade societária. 3. Ed. São
Paulo: Atlas, 2011.
 Teixeira, Paulo J; Pantaleão, Milton J; Teixeira, Gelson J. M. Construção Civil: Aspectos
Tributários e Contábeis. 4. ed. Porto Alegre: Alternativa, 2012.

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