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Ética e Educação, E- Fólio A, Maria José Aires Saturnino da Palma, nº 1501236, Turma 7

O que define o objeto da Ética no contexto escolar?

O texto retirado do Estatuto do Aluno e Ética Escolar, capítulo V, Secção I, Artigo 39º,
aponta para as responsabilidades da comunidade educativa no sucesso da formação
pessoal e académica de cada um dos nossos alunos, não só como “… direito à educação
e à igualdade de oportunidades no acesso à escola”, mas também como “… o
desenvolvimento de uma cultura de cidadania capaz de fomentar os valores da pessoa
humana, da democracia e exercício responsável da liberdade individual e do
cumprimento dos direitos e deveres que lhe estão associados.”.

Ao refletir sobre esta temática, várias questões se colocam: Afinal o que é a ética? Qual
a sua relação com a moral? A pertinência desta transmissão de valores da pessoa
humana através da comunidade educativa? E não menos importante a questão
transversal a toda esta temática, Qual o objeto da ética no contexto escolar?

A ética é a área do saber filosófico dedicada ao aprofundamento do estudo acerca da


conduta humana, isto é do seu agir enquanto indivíduo, a forma como decide e
concretiza a sua acção, atendendo a valores e princípios que permitem considerar os
actos dignos na vivência em sociedade. Tal como é referido por Barros Dias (2004), J.
M. no capítulo o Objecto da Ética, “A Ética é a teoria do comportamento moral dos
seres humanos em sociedade”.

Ainda citando o mesmo autor “temos como adquirido que nas sociedades tal como as
conhecemos, o ser humano não se cumpre sem educação”. Sendo da responsabilidade
da escola o direito à educação, onde o ensinar e aprender é relacional, devendo cumprir
os projectos educativos, a integração sociocultural plena, condicionando a construção da
personalidade de cada um, tornando-se pessoa no seu agir, sem separar o dever moral do
agir moralmente. No entanto, a escola não é a única responsável neste sucesso educativo
global, deve ter-se em conta outras instâncias, nomeadamente a família no seu todo, os
meios de comunicação social, as associações, os amigos, os clubes desportivos, etc,.

A comunidade educativa, e os docentes em particular, para além da transmissão de


conhecimentos, tarefa preponderante na preparação escolar e profissional dos jovens,
devem ser responsáveis pela transmissão de valores. Cada um deve ser levado a agir em
liberdade plena, tal como refere Barros Dias, J. M. (2004) “o que fazer em cada situação
concreta é um problema prático-moral e não teórico-ético”, não sendo possível separar

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em caso algum liberdade de responsabilidade, ou seja, o exercício responsável da


liberdade individual e do cumprimento dos direitos e deveres que lhe estão associados.

Em suma, cabe à escola, e consequentemente a toda a comunidade educativa, alunos,


pais ou encarregados de educação, professores, pessoal não docente, bem como às
autarquias e serviços de administração central e regional com intervenção na área da
educação, a responsabilidade de formar cidadãos que reflictam sobre as suas acções, isto
é que consigam distinguir o certo do errado e sejam livres de tomar decisões no sentido
do bem.

A transmissão dos valores deve ser contextualizada nos dias de hoje, nomeadamente,
consciência ecológica, consumo sustentável, princípios de cidadania, democracia,
solidariedade, liberdade de escolha, autonomia, responsabilidade cívica… entre outros,
pois só assim poderemos contribuir para o desenvolvimento das capacidades individuais
e cultura de cidadania, garantindo a igualdade de oportunidades na sociedade, bem
como uma melhoria da humanidade.

Ao terminar a realização desta tarefa que me foi proposta, e perante o tão recente ataque
terrorista ocorrido em Paris, o qual não apresenta nenhuma legitimação moral ou ética
que leve à vitimização de um tão elevado número de pessoas. Resta-me citar Lipovetsky
G. (1994) “Se o processo moral tem um sentido na história, ele não assenta apenas num
maior respeito pelos direitos do homem, mas também na nossa disponibilidade para
rectificar mais rapidamente o intolerável: a ética “prudente” ou a capacidade de ganhar
tempo contra o mal e a dor dos homens. Esperemos que seja esta uma das virtudes do
futuro que nasce no crepúsculo do dever”.

Transportando esta análise para o objecto da ética na educação, toda a comunidade


educativa e demais intervenientes devem objetivar em seu fim último a formação
integral do ser humano, isto é, o desenvolvimento das suas potencialidades com
exigência ética e moral, de forma a perseguir o ideal do ser humano, assumindo
livremente uma responsabilidade solidária perante a sociedade, isto é, saber usar a razão
para que se possa viver com dignidade e permitir uma vida digna a todos.

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Bibliografia:

BARROS DIAS, J. M. – Ética e Educação, Lisboa, Universidade Aberta, 2004.

Lei n.º 51/2012 de 5 de Setembro, Capítulo V, Secção I, Artigo 39º, (Estatuto do Aluno
e Ética Escolar). Diário da República, nº 172/12 - Iª série.

LIPOVETSKY, Gilles – “Apresentação”, in O Crepúsculo do Dever. A ética Indolor


dos Novos Tempos Democrátic

os, Tradução de Fátima Gaspar e Carlos Gaspar, Lisboa, Publicações Dom Quixote,
1994, pp. 13-26.

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